O Banco do Brasil anunciou na noite de segunda-feira que Luiz Gustavo Braz Lage ocupará o cargo de vice-presidente de Agronegócios na instituição financeira. Essa posição era a única vaga de vice-presidência restante na gestão da atual presidente, Tarciana Medeiros, e era aguardada pelo setor desde o início do ano. Com a sua nomeação, todos os oito vice-presidentes da gestão atual são funcionários de carreira do banco.
Em um comunicado recente, o BB também divulgou que Jayme Pinto será o novo diretor de Agronegócios. Em março, o Valor já havia relatado que Pinto era um dos candidatos ao cargo de vice-presidente, que estava vago há três meses desde a saída de Renato Naegele.
Segundo divulgado pelo BB, o novo VP de Agro foi funcionário de carreira do banco por 36 anos (de 1981 a 2017). Ele é graduado em Ciências Contábeis e Administração de Empresas pela PUC Minas e possui MBA Executivo em Finanças pelo Ibmec e MBA em Negócios Internacionais pela Fipecafi/USP. Possui Educação Executiva – AMP-Advanced Management Program pela Iese – Business School.
Fontes do setor disseram que o novo VP de Agro tem ligações com Adézio de Almeida Lima, que foi vice-presidente de crédito do BB e é tido como um “petista histórico”. Além disso, foi informado que Braz Lage desde 2021 exerce a posição de diretor da Cooperforte. No período de 2009 a 2017, foi diretor comercial da Brasilveículos Cia de Seguros e, no Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, foi diretor e diretor geral de Riscos, Atuária, Controles Internos, Governança e Legal. Antes disso, no período 2004 a 2009, exerceu o cargo de diretor de Crédito do BB.
Em recente entrevista ao Valor, a presidente Tarciana Medeiros destacou que “alguns direcionamentos no mercado de agro” demandavam uma análise criteriosa do novo indicado. “Pretendemos conceder crédito cada vez mais verde, como também trabalhar a cadeia do agro sustentável, expandindo a agricultura familiar. Então, há uma discussão das características para a vice-presidência”, falou a executiva na ocasião.
A ex-senadora Kátia Abreu também chegou a ser cotada para o cargo, mas existia uma avaliação no governo de que sua nomeação poderia encontrar empecilhos por conta das regras previstas na lei das estatais. O Fato Relevante divulgado há alguns minutos ainda informa a troca de 11 nomes na diretoria do banco.