A operação para a oferta inicial de ações (IPO) da Neoenergia está sendo avaliada em R$ 18,4 bilhões, nas conversas que os bancos que assessoram a companhia estão realizando no mercado. Um dos principais acionistas, o Banco do Brasil (SA:BBAS3), desejava um valor maior, mas acabou convencido a reduzir sua pedida diante de um cenário de maior competição. As informações são da edição desta segunda-feira do Valor Econômico.
A nova tentativa de abrir o capital da empresa é próximo ao que havia sido tentado em 2017, que era de R$ 19 bilhões e o lançamento da oferta deve acontecer em duas semanas, de acordo com a publicação.
A oferta secundária terá como vendedores o BB, o fundo de pensão Previ e a Iberdrola (MC:IBE). Atualmente, o banco detém 9,34%, a Previ tem 38,21% e a Iberdrola 52,45%. Os acionistas querem levantar entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões.
Em seu balanço patrimonial, o BB estima o valor de mercado da Neoenergia em R$ 19,4 bilhões e aceitou negociar essa cifra.
A operação da companhia irá disputar a atenção dos investidores com a oferta subsequente de ações da CPFL (SA:CPFE3), que será precificada na primeira semana de junho. A CPFL representaria um risco menor, uma vez que tem planos de investimento de R$ 12 bilhões nos próximos cinco anos e um endividamento correspondente a 2,4 vezes a geração de caixa
Já a Neoenergia deve aportar nos próximos cinco anos somam R$ 25 bilhões e a alavancagem está próxima de 3 vezes
A operação tem como coordenadores Banco do Brasil, Bank of America, Citi, J.P. Morgan, Credit Suisse e HSBC.