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Polo compra Banco do Brasil e Petrobras e vê proteção na lei das estatais

Publicado em: 28/10/2022

Mesmo com os riscos políticos sobre empresas estatais a dias das eleições presidenciais, a Polo Capital avalia que este não é o momento de ficar de fora de Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR3;PETR4), ainda que com posições reduzidas, diz o sócio e gestor Conrado Rocha, em entrevista.

A gestora, que administra um patrimônio de R$ 4,3 bilhões de acordo com a Anbima, estava fora de ambas as estatais, mas decidiu montar posições após o primeiro turno das eleições, aproveitando os preços descontados.

Rocha avalia que há proteções legais construídas nos últimos anos que não devem ser revertidas, independentemente de quem vencer a eleição presidencial em 30 de outubro.

Além da lei das estatais, ele destaca que o Banco do Brasil conta ainda com o crivo do Banco Central, regulador do setor e que teve sua autonomia aprovada.

As ações das estatais têm reagido ao cenário eleitoral, pois o mercado avalia que um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia significar menos independência e eficiência dessas empresas, na comparação com uma reeleição de Jair Bolsonaro.

“Banco do Brasil pode até cair logo após as eleições no caso de Lula vitorioso, mas está tão barato e tem tanta proteção com lei das estatais e pelo Banco Central que achamos difícil cair demais depois de passado 1, 2 ou 3 meses”, disse, acrescentando não acreditar que Lula gastaria capital político importante no primeiro ano para alterar a lei das estatais.

No caso de Petrobras, Rocha avalia que a empresa “é a petroleira mais barata do mundo” e que, em caso de uma vitória de Jair Bolsonaro, “teria espaço para ganhar muito”, o que justificaria a posição da gestora. “Mas todo mundo tem medo, então a posição é pequena.”

A gestora, que adota uma estratégia long short com operações de compra e venda de ativos dentro de um mesmo setor, também possui posições dentro de outros segmentos que têm reagido às sinalizações políticas. Ao contrário das estatais, o setor educacional se favoreceu depois que Lula sinalizou a volta de um programa de financiamento estudantil nos moldes do Fies, caso eleito.

Nesse caso, Rocha coloca Ânima e Ser Educacional no topo da lista. Ânima é, inclusive, a segunda maior posição do fundo hoje. “Mesmo sem o Fies, entendemos que está tão barato que o discurso do Lula chamou a atenção para o setor.” O sócio da Polo optou ainda por Tenda no setor de construção civil.

Ele também vê espaço para empresas alavancadas se beneficiarem do fim do ciclo de alta de juros e da redução de risco político, passadas as eleições. No setor de saúde, as empresas favorecidas são Kora, Dasa e Rede D’Or.

Fonte: Money Times

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