O fundo de pensão Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, anunciou que pode reverter um déficit acumulado de R$ 3,16 bilhões em um superávit de até R$ 1 bilhão até agosto. O desempenho positivo é atribuído à alta de 6% da Bolsa, que representa cerca de um quarto da carteira do Plano 1, o maior da fundação.
Em agosto, a rentabilidade dos ativos do plano foi de 1,84%, resultando em um ganho de R$ 3,6 bilhões no mês. Esse resultado é significativo em comparação com o CDI, que foi de 1,16%. Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ, destacou que a rentabilidade é impactada pela oscilação do mercado, refletindo a resiliência da carteira de ativos.
O presidente da Previ, João Fukunaga, ressaltou a importância da gestão técnica e colegiada da fundação. Os dados preliminares indicam um superávit de R$ 911 milhões em agosto e um acumulado de R$ 4,1 bilhões no ano, revertendo o déficit registrado até 2024. A expectativa é que o número final dependa do INPC, que será divulgado pelo IBGE.
Desempenho do Plano 1
O Plano 1 acumulou uma rentabilidade de 8,97% até agosto, superando a meta atuarial de 6,41% e quase empatando com o CDI de 9,03%. A renda variável teve um desempenho notável, com 13,4% de retorno, enquanto a renda fixa rendeu 7,3%. Os investimentos estruturados, que incluem fundos de participações, apresentaram um ganho de 20,8%.
Apesar do desempenho positivo, a Previ continua a reduzir sua exposição a ações, tendo vendido R$ 7 bilhões em papéis, incluindo ações da BRF. Os recursos foram reinvestidos em NTN-Bs, títulos do Tesouro com prazos além de 2035. Gonçalves afirmou que essa estratégia está em andamento e visa aproveitar as altas do mercado.