A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, teve um déficit de R$ 23,6 bilhões no primeiro trimestre de 2020. O resultado negativo em 12,39% reflete a crise gerada nos mercados pela pandemia do novo coronavírus, classificada pela instituição como “a maior crise do último século”. O dado é referente ao Plano 1, de benefício definido, onde a Previ tem a maior fatia de seus investimentos.
A fundação destaca que o segmento mais impactado no período de janeiro a março foi o da renda variável, com recuo de 26%. Embora significativo, ele foi menor que o do Ibovespa, que caiu 36,86% no primeiro trimestre.
Dados apurados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que os fundos de ações do mercado tiveram, em média, um desempenho negativo de 33,41%.
Já no Previ Futuro, plano de contribuição variável da Previ, as perdas foram de 12,41% no trimestre. “Numa situação adversa tão brutal como a que estamos presenciando, ter investimentos com rentabilidades que recuam menos que as do mercado são um sinal importante de resiliência das carteiras de ativos”, diz o fundo de pensão em seu boletim de desempenho.
A Previ lembra que já superou outras crises, como a de 2015, quando o país vivia uma recessão e o Plano 1 teve um déficit conjuntural de R$ 16,14 bilhões.
No boletim, a Previ afirma que mesmo com o choque intenso no curto prazo, os mercados vão se recuperar, ainda que lentamente. A fundação fala em monitorar constantemente o cenário e os investimentos para acompanhar o eventual impacto nas diferentes categorias de ativos e também “identificar e avaliar possíveis oportunidades que surjam”.