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Resistência à reestruturação do BB pode se dar em três frentes

Publicado em: 21/01/2021

A resistência ao processo de reestruturação do Banco do Brasil, envolto em uma polêmica palaciana que quase custou a permanência de seu presidente no cargo, deve envolver três frentes de atuação: no Congresso, no Judiciário e nas “ruas”. A estratégia começou a ser desenhada por entidades vinculadas ao funcionalismo e por parlamentares de oposição.

A reunião da chamada “Frente ampla em defesa do Banco do Brasil” ocorreu nesta terça-feira (19), articulada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília e peça Contraf-CUT.

Kleytton Morais, presidente do sindicato, iniciou o encontro virtual lembrando que o BB, “desde 2016, vem sofrendo intensos ataques no sentido da privatização”.

“Fomos surpreendidos pelo processo de reestruturação, que chamamos de desestruturação. Ataca ferozmente os trabalhadores e trabalhadoras”, relatou aos congressistas, destacando que a ofensiva se dá não apenas pelo programa de demissão voluntária, mas também se “reduzindo valores referentes à sua remuneração” para os que ficarem.

João Fukunaga, da Contraf, destacou que, pela lógica da direção do banco, unidades de locais considerados pouco lucrativos devem ser fechadas e que o argumento de acessibilidade pela internet não se sustenta em relação aos mais pobres: “Prejudica diretamente a atuação do Branco do Brasil como Banco Público. Em alguns casos, se trata da única agência da localidade”

“Guedes é um legítimo representante do mercado. Para 30 milhões de brasileiros, internet não existe. É um raposão cuidando das galinhas”, emendou Pompeo de Mattos (PDT-RS).

Reinaldo Fujimoto, presidente da ANABB, reclamou da postura do banco e do governo em afirmar que só há uma alternativa para o futuro da instituição.

“Eles vão pelo lado mais fácil, fechar agências e demitir colegas. Esse momento exige revisar o valor que o Banco do Brasil gera para a sociedade. Isso requer um BB sólido e eficiente, mas sem pensar exclusivamente pela ótica do mercado”, apontou.

Representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, Débora Fonseca trouxe ao debate a falta de transparência e informações sobre o processo.

“Muitas dessas informações poderiam ter chegado, mas eu tive que fazer um pedido formal para obter. Não temos lista de agências para mensurar o impacto para o País”, relatou. “Os funcionários passam por um momento de muita insegurança”.

A ideia de articular diversas frentes de resistência foi do senador Jaques Wagner. Além da atuação parlamentar, requisitando informações ao BB, e a contestação judicial, o parlamentar entende ser necessário convencer as pessoas nas “localidades”.

“Temos que descer ao nível dos prefeitos e vereadores. [Nós da oposição] somos aguerridos no parlamento, mas, [por exemplo], garantimos o Fundeb por conta de uma rede pressionando os parlamentares”, defendeu.

Fonte: Portal Reconta Aí

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