O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira a abertura de linha de crédito do Banco do Brasil (BB) de R$ 12 bilhões para ser empregado no pré-custeio da safra de 2017/2018, durante cerimônia em Ribeirão Preto.O valor é maior que o emprestado a agricultores por meio do mesmo programa no ano passado, ocasião em que foram destinados R$ 10,2 bilhões à linha.
Por outro lado, os juros aplicados aos financiamentos deste ano são maiores. A nova linha prevê taxa de até 8,5% ao ano para financiamentos de até R$ 780 mil e 9,5% ao ano para empréstimos de até R$ 3 milhões.
Ao antecipar a possibilidade de adquirir financiamento para custeio da safra, o Banco do Brasil dá aos agricultores a chance de negociar melhores preços de insumos, obtendo os recursos a juros subsidiados pelo governo.
— A agricultura e o agronegócio vão tão bem, são tão sustentadores do país, que só precisa de financiamento. É o que estamos fazendo nesse momento — disse Temer.
Nesta quinta, o presidente voltou a afirmar que o país está “começando a sair da recessão”. Ele destacou a manutenção da inflação em 2016 dentro do teto da meta e defendeu a importância da realização de reformas previdenciária, trabalhista e tributária no país.
— O primeiro passo é superar a recessão. Superada a recessão, vamos para o crescimento e, depois, para o pleno emprego. Essas são as fases que temos que atravessar. Agora, graças a Deus, estamos começando a sair da recessão — disse Temer.
O presidente citou a liberação de R$ 30 bilhões de brasileiros com contas inativas do FGTS como outra medida fundamental à retomada da economia, e negou considerar a hipótese de restringir o saque em contas com montantes expressivos de recursos.
— Hoje saiu uma notícia de que “o Temer diz que vai reduzir essa possibilidade de retirada”, ou seja, cerca de 2%, 3% das pessoas que tem mais verbas. Eu quero declarar publicamente que não houve nenhuma modificação. Quem tiver contas inativadas vai poder sacá-las — afirmou.
Participaram do evento o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, além de deputados federais e estaduais de São Paulo.
De acordo com o presidente do BB, atualmente 25% da carteira de empréstimos do banco, ou R$ 180 bilhões, é destinado ao agronegócio, com taxas de inadimplência menores de 1%, em média. A instituição financeira estima ter 1,5 milhão de clientes vinculados ao setor.
Fonte: EXTRA