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Transferências para grandes bancos encolhem 38% nos últimos três anos

Publicado em: 25/03/2021

Quase todos os pagamentos (99%) até dezembro de 2017 (incluindo pessoas físicas e jurídicas) se concentravam nos cinco maiores bancos brasileiros (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa), segundo levantamento feito pela plataforma de automação de pagamentos da Transfeera. Ao fim de dezembro de 2020 essa parcela passou a representar 61% das transferências, uma queda de 38,4% em três anos.

A queda de participação dos bancos tradicionais é decorrente do crescimento dos bancos digitais, especialmente do Nubank, que em dezembro do ano passado representou 15% do total de pagamentos realizados por meio da Transfeera.

Levando em consideração apenas as transferências para pessoas físicas, os grandes bancos representavam 55% dos pagamentos no fim de 2020, bem menos que os 80% três anos antes.

Nas transferências entre pessoas físicas, o Banco do Brasil foi o que mais sofreu. Em dezembro de 2017, 33% dos pagamentos realizados pela Transfeera tinham como destino o banco estatal e três anos depois essa parcela caiu para 10%.

O Bradesco segue em uma trajetória estável, recebendo cerca de 14% dos pagamentos realizados no fim de 2020 e o Nubank ficou com 18% das transferências entre pessoas físicas.

Para Carlos Augusto de Oliveira, diretor de tecnologia da associação brasileira de bancos (ABBC), a realidade constatada no ambiente de pagamentos da Transfeera “demonstra uma tendência clara de utilização crescente desses ‘neo-bancos’ ao escolherem de forma crescente estas instituições digitais como plataforma para recebimento do seu fluxo financeiro, o que significa uma opção de uso prioritário no seu dia-a-dia”.

Nas transferências para contas de pessoas jurídicas, o banco que mais sofreu com perda de clientes é a Caixa Econômica Federal. Em dezembro de 2017 ela representava 24% dos pagamentos e no mesmo mês do ano passado foi apenas 6%. Do outro lado, o Banco Inter hoje representa 10% das transferências recebidas.

A participação do Nubank é menos expressiva em contas empresariais e representavam 7% do total de pagamentos. Segundo a Transfeera, a parcela pequena é sinal de que as contas de pessoas jurídicas no Nubank têm como foco empreendedores individuais.

“Mecanismos de liquidação digital e instantâneas e ecossistemas de compartilhamento e integração, trazidas pelo Pix e open banking tendem a pressionar ainda mais os bancos tradicionais, obrigando-os a acelerar a agenda de transformação ao mesmo tempo que acirra a competição com fintechs com estruturas mais leves e ágeis por definição”, afirma o diretor da ABBC.

O estudo analisou um montante de 3,2 milhões de transferências bancárias, realizadas entre abril de 2017 e dezembro de 2020 na plataforma de automação de pagamentos da Transfeera. Do total de transferências, 2,3 milhões (73%) tiveram como destino pessoas físicas e 861 mil (27%) pessoas jurídicas.

Fonte: Valor Investe

 

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