Desembolso do BB para safra 2018/19 cresce 20% entre julho e outubro, diz VP

Publicado em: 22/11/2018

Os desembolsos do Banco do Brasil em crédito para a safra 2018/19 cresceram 20 por centro entre julho e outubro deste ano na comparação com igual período de 2017, em meio a um “cenário positivo de produção e preço”, disse nesta terça-feira o vice-presidente de Agronegócios da instituição, Tarcísio Hübner.

“A demanda por recursos está forte. Temos visto um desembolso significativo”, afirmou ele no intervalo de evento do setor em São Paulo, destacando que mesmo adversidades como tabelamento de fretes e tensões comerciais no exterior não têm reduzido o ânimo dos agricultores.

Líder em crédito rural no país, o Banco do Brasil está oferecendo neste ano cerca de 103 bilhões de reais em linhas de custeio e investimento de safra, disse o executivo.

Segundo Hübner, o apetite dos produtores está forte por recursos voltados à tecnologia e ampliação de áreas, principalmente de soja.

Maior exportador global da oleaginosa, o Brasil está plantando um recorde de mais de 36 milhões de hectares com a commodity neste ano, conforme dados do governo.

A semeadura avançada, já praticamente encerrada em Mato Grosso, o maior produtor nacional, melhora o cenário para a segunda safra, a safrinha, colhida em meados do próximo ano e composta principalmente por milho, avaliou Hübner.

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil comentou ainda que a demanda também está aquecida pelo Moderfrota, financiamento para aquisição de tratores, colheitadeiras, plantadeiras, dentre outros equipamentos. Ele não descartou uma eventual falta de recursos dessa linha até o fim do Plano Safra 2018/19, em 30 de junho de 2019.

Fonte: Terra

Bancos não querem descontar promissória de operações com a JBS

Publicado em: 01/06/2017

Mudança no modelo de pagamento pela principal empresa compradora do setor – JBS, falta de concorrência, queda nos preços da arroba, e apreensão dos quanto à liquidez de algumas indústrias, são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos pecuaristas no curto espaço de tempo.

Desde que a JBS se tornou uma das protagonistas do escândalo de corrupção no Brasil, as vendas à vista foram suspensas. Sem alternativa ou precisando fazer caixa, o pecuarista se via obrigado a entregava suas animais, solicitar a NPR (Nota Promissória Rural) e realizar o desconto junto à instituição financeira, mas esse tipo de operação também está cada vez mais rara.

Segundo relatou Luis Fernando Conte, vice-presidente da Acrimat (Associação dos Criadores do Mato Grosso), os bancos não estão aceitando fazer a desconto. No estado, há relatos de tentativas no Banco do Brasil, Sicredi e Bradesco, todas sem sucesso.

No Mato Grosso do Sul, o pecuarista e conselheiro da Famasul (Federação de Agricultura do Mato Grosso do Sul), Janes Bernardino Onório Lírio, contou ao Notícias Agrícolas, que nem mesmo o Banco Original [também pertencente à Companhia J&F, dona da JBS] estaria aceitando descontar a nota promissória.

Esse cenário trouxe grande apreensão à ponta inicial da cadeia, já que nem mesmo uma empresa do Grupo estaria dando credibilidade a operações com a JBS. Para o vice-presidente da Acrimat, é possível que os bancos estejam aceitando apenas operações de volumes menores, nas quais os riscos são igualmente inferiores. “Pode ser que eles [bancos] também tenham um limite de crédito para essas operações, não dá para saber, porque antes as movimentações eram pequenas.”

Mas, além de ter poucas chances de conseguir descontar a NPR, aqueles que efetivamente têm sucesso na operação, ainda correm sérios riscos financeiros.

“Antigamente quem vendida para a processadora, poderia pedir a antecipação do pagamento – porque há anos a empresa já não tem preço à vista -, mediante ao desconto de 3,1%”, explica Conte. Nesse caso, o produtor estava resguardado, uma vez que descontado a ‘multa’, não havia nenhum outro risco financeiro.

“O problema é que com a NPR precisarmos endossar a nota promissória junto à instituição financeira. Se chegar no dia do vencimento e o frigorífico não pagar, temos que arcar com a dívida no banco”, acrescenta Lírio.

De qualquer forma, os pecuaristas que necessitam vender têm poucas opções. Buscar indústrias menores, que em sua maioria já estão bem escaladas; entregar para unidades mais distantes; se render a JBS, recebendo com 30 dias; ou então tentar descontar a NPR, nas poucas instituições que ainda aceitam, sem garantias.

Até o fechamento dessa reportagem nenhuma instituição financeira se posicional a respeito.

Fonte: Notícias Agrícolas

BB recebe mais de R$ 50 milhões em propostas para próxima safra

Publicado em: 08/02/2017

Em 15 dias, o Banco do Brasil recebeu mais de mil propostas, com potencial de R$ 548 milhões em negócios; desses, R$ 59 milhões foram de produtores de Mato Grosso. O Banco anunciou no final do mês passado, que poderá liberar até R$ 3 bilhões para o pré-custeio da safra 17/18 no Estado. Se o montante se confirmar, o valor corresponderá a um aumento de 114% em relação aos recursos liberados no ano passado, para o pré-custeio do atual ciclo.

De acordo com entidades que representam os produtores, como Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), tomando os recursos nesses primeiros dias após a liberação dos recursos, o agricultor conta com a possibilidade de antecipar a aquisição de insumos e se livra do pico de compras.

Como aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a antecipação é favorável, pois a movimentação de compras para nova safra já é observada pelo Estado. De acordo com os dados do órgão, o custo total da safra 17-18, até o final de janeiro, estava estimado em R$ 3.564,81/ha, valor 3,3% inferior ao da safra 16-17.

Fonte: MT Agora