Folha antecipou resultado de licitação de publicidade do BB

Publicado em: 27/04/2017

O informe trazia o nome da empresa e o número da concorrência que ela venceria nesta segunda. Segundo a informação obtida pelo jornal, houve direcionamento dentro da estatal para garantir que a Multi Solution estivesse entre as contratadas pelo Banco do Brasil.

Procurado, o BB afirmou “que o processo de licitação para escolha das novas agências de publicidade obedeceu rigorosamente a legislação, e a definição das vencedoras foi norteada por critérios técnicos”. Já a Multi Solution negou qualquer favorecimento.

Outras duas agências de publicidade foram selecionadas na licitação, que foi pública e realizada na manhã desta segunda, em Brasília: a Nova/sb e a Z+. A primeira tem tradição em negócios do setor público e a segunda integra um grupo francês.

Houve disputa acirrada entre ao menos quatro agências pela segunda e a terceira colocações —uma firma estava no páreo e foi desqualificada após recontagem. A Multi Solution, porém, foi a única entre as qualificadas que não teve a liderança na disputa ameaçada.

PROCESSO

A agência alcançou 91,58 pontos, de um total de 100. Este tipo de licitação, chamada de “melhor técnica”, ocorre em fases e já na segunda etapa, a Folha apurou, a Multi Solution tinha margem segura para garantir que estaria entre as contratadas.

A firma ficou cerca de seis pontos à frente das demais classificadas. A distância entre as outras duas agências que venceram o certame foi de pouco mais de um ponto: 84,25 (Nova/sb) e 85,26 (Z+).

Essa modalidade de licitação exige das concorrentes o preenchimento de uma série de requisitos para que sejam habilitadas a participar da concorrência. Neste caso, além de propor o menor preço, as empresas enviaram ao BB planos de comunicação e capacidade de atendimento.

Essas informações são avaliadas por uma subcomissão, composta por seis membros: dois sem vínculo com o BB (um do Ministério das Comunicações e outro da Petrobras) e quatro funcionários da instituição financeira.

Nesta terça (25), a Petrobras informou que nenhum de seus funcionários participou da avaliação da concorrência. O servidor da estatal que se ausentou foi substituído por um suplente, funcionário da Embratur.

Pelo edital publicado em janeiro, as agências apresentariam as propostas em envelopes não identificados, para que a subcomissão de licitação desse notas sem conhecer a autora da proposta que estava avaliando.

No caso da disputa pela conta de publicidade do Banco do Brasil, 14 empresas foram habilitadas a participar da concorrência. Entre elas estavam algumas das principais agências do ramo no Brasil, como a Agnelo Pacheco e a Lew Lara, que fazia a publicidade da estatal até este ano.

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A Multi Solution, presidida por Pedro Queirolo, nunca havia vencido licitação em órgãos públicos. Por e-mail, Queirolo afirmou à Folha que a vitória na licitação do BB “veio para coroar os 20 anos de trabalho da agência, que é reconhecida por grandes cases no setor privado”.

A empresa ganhou visibilidade no mercado ao abocanhar, anos atrás, a conta das marcas Itaipava e TNT. A Itaipava é citada na Lava Jato como uma das firmas usadas pela Odebrecht para distribuir propinas —o que ela nega.

Veículos especializados no setor de publicidade noticiaram que, em 2012, a agência perdeu esse negócio, o que levou à queda de metade do seu faturamento.

OUTRO LADO

Procurado pela reportagem, o Banco do Brasil defendeu o processo de licitação e disse que a “escolha das novas agências de publicidade obedeceu rigorosamente a legislação e a definição das vencedoras foi norteada por critérios técnicos”.

A assessoria de imprensa da instituição disse ainda que, “na próxima quarta-feira (26), o Banco do Brasil, de forma transparente, irá publicar todas as propostas técnicas que foram apresentadas na licitação, junto com as respectivas notas atribuídas pela comissão responsável pela avaliação, o que possibilitará a verificação de todo o processo por qualquer interessado”.

O Banco do Brasil negou também que tenha havido embate entre as agências que participaram da disputa, embora concorrentes tenham pedido, e conseguido, uma recontagem dos votos, que alterou a classificação das empresas que disputavam o segundo e o terceiro lugar.

“A audiência cumpriu com normalidade todos os procedimentos previstos em edital para apuração das empresas vencedoras da licitação, incluindo a abertura em sequência dos dois envelopes com as propostas técnicas que compõem a nota final de cada participante”, informou a instituição.

Por e-mail, Pedro Queirolo, presidente da Multi Solution, disse que esta foi a primeira licitação pública que venceu, mas que sua agência já participou de outras concorrências, como Petrobras, Secretaria de Comunicação da Presidência da República e Sebrae.

“O Banco do Brasil veio para coroar os 20 anos de trabalho da agência, que é reconhecida por construir grandes cases no setor privado”, afirmou Queirolo.

Questionado pela reportagem se sua empresa havia obtido algum tipo de favorecimento, disse que “de forma alguma”. “Acreditamos que o novo momento que nosso país enfrenta é uma oportunidade para desenvolver um trabalho sério e competente também no setor público.”

SAIBA MAIS

A Folha já antecipou resultados de concorrências públicas antes. Em 1987, o jornal noticiou que o processo para a construção da ferrovia Norte Sul havia sido fraudulento.

A Folha havia publicado, de maneira cifrada, os 18 vencedores cinco dias antes do anúncio oficial. Reportagem de Janio de Freitas de 13 de maio de 1987 afirmava que a informação chegou ao jornal “antes até de serem abertos, pela estatal Valec e pelo Ministério dos Transportes, os envelopes com as propostas concorrentes”.

Em outra ocasião, a Folha antecipou o resultado da licitação para a construção da via permanente 2-Verde do Metrô, obra de mais de R$ 200 milhões, vencida pelo consórcio de empreiteiras Camargo Corrêa/Queiroz Galvão.

O caso aconteceu em 2008, e o resultado foi divulgado de forma cifrada oito horas antes da abertura dos envelopes da concorrência, em texto sobre a ópera “Salomé”, então em cartaz em São Paulo.

Outra reportagem foi publicada em outubro de 2010, quando o jornal revelou ter registrado com seis meses de antecedência o nome das empresas vencedoras na licitação da expansão da linha-5 Lilás do metrô.

No caso de agora, com 14 empresas disputando 3 vagas, a chance de alguma ser selecionada ao acaso é de 21,4%.

Para que isso valha, porém, é preciso que todos os concorrentes estejam em perfeita igualdade de condições, ou seja, tenham apresentado propostas de qualidade e preço tão semelhantes que o resultado pode ser aleatório, segundo Sergei Popov, professor de probabilidade na Unicamp.

Para que a probabilidade seja válida, a licitação precisaria ser “por sorteio, sem entrar no mérito”.

Geralmente não é o caso: além de toda licitação avaliar os méritos, algumas empresas podem ter estruturas mais eficientes, que permitam preços mais baixos sem perda de qualidade, favorecendo-as numa licitação honesta.

 

Folha: Folha de São Paulo

Convocação da Assembleia Geral Extraordinária

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA AGEBB-ASSOCIAÇÃO DOS GERENTES DO BANCO DO BRASIL

Prezados(as) Associados(as):

AGEBB – Associação dos Gerentes do Banco do Brasil, inscrita no CNPJ nº 56.270.895/0001-39, por intermédio de seu Presidente, Francisco Vianna de Oliveira Júnior, convoca todos os associados a participarem da

Assembleia Geral Extraordinária

para o fim de deliberarem sobre a seguinte Pauta:

a) para autorizar a representação da AGEBB na Ação Coletiva proposta em face do Banco do Brasil S/A, com o intuito de obter a “nulidade da redução salarial e a incorporação definitiva da gratificação de função” (Proc. 0000487-19.2017.5.10.0018) conforme os termos do Estatuto em seu art. 14, parágrafos 1o e 2o, art. 15 e art. 17.

A Assembleia será realizada no dia 13 (treze) de Maio de 2017 (dois mil e dezessete), às 10:00 horas, à Praça Dr. João Mendes Júnior, 52, 11o andar, conjunto 1101, na cidade de São Paulo/SP.

A primeira convocação ocorrerá às 10:00 horas. Caso não estejam presentes 1/5 dos associados, a segunda convocação se dará uma hora depois, ou seja, às 11:00 horas, só então a Assembleia Geral Extraordinária será iniciada com o número de pessoas presentes.

A autorização para que o associado seja representado pela AGEBB na Ação coletiva proposta em face do BANCO DO BRASIL S.A., com o objetivo de obter a “nulidade da redução salarial e a incorporação definitiva da gratificação de função” (Proc. 0000487-19.2017.5.10.0018), se dará por simples manifestação dos associados. Em todos os casos, o deliberado em Assembleia Geral é soberano, obrigando os associados, mesmo que discordantes ou ausentes.

A presente convocação encontra-se afixada na sede da AGEBB, publicada em seu website, além de enviada por correspondência eletrônica a todos os associados, nos termos do art. 14, parágrafo 1o do Estatuto Social.

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Presidente Francisco Vianna de Oliveira Júnior

São Paulo, 28 de abril de 2017.

BB Investimentos inicia cobertura de setor com ‘oportunidade de crescimento’

Publicado em: 26/04/2017

SÃO PAULO – A BB Investimentos elaborou relatório em que inicia a cobertura das transmissoras de energia: Alupar (ALUP11), Transmissão Paulista (TRPL4) e Taesa (TAEE11), atribuindo a posição de Market Perform (performance em linha com o mercado) para as duas primeiras, e de Outperform (performance acima da média do mercado) para Transmissão Paulista.
De acordo com o documento, a decisão deve-se às atuais oportunidades de crescimento oferecidas no segmento, em vista da proximidade de novos leilões, do aumento da rentabilidade para projetos greenfield (para viabilizar planos de expansão no setor), assim como, devido à possibilidade de aquisições de ativos detidos por companhias com necessidade de desinvestimento e desalavancagem.

“O cenário atual é favorável às companhias do segmento, dado que as principais questões regulatórias estão devidamente endereçadas e há a perspectiva de expansão”, escrevem os analistas Viviane Silva, Rafael Dias e o gerente de pesquisa Wesley Bernabé.

Ainda de acordo com a BB, o setor está estrategicamente posicionado para captar uma redução dos juros: “Dada as características das concessões de transmissão, com receita estável e anualmente reajustada por inflação, assim como o alto nível de distribuição de dividendos esperado para as companhias do setor, o investimento em suas ações são comparados aos investimentos de renda fixa, o que num cenário de queda da taxa básica de juros as deixam mais atraentes”.

Com relação à recomendação de compra de Transmissão Paulista (TRPL4), os analistas estimam um preço-alvo de R$ 69,50 para os papéis da companhia, o que totaliza um potencial de alta de 11,97% em relação ao fechamento do dia 20 de abril de 2017.

Fonte: Info Money

Governo e BB renovam condições diferenciadas para servidores no Acre

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Os servidores públicos que desejarem contratar empréstimo consignado no Banco do Brasil terão condições diferenciadas. As vantagens foram possíveis por meio de um termo de cooperação realizado entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa (SGA), e a instituição financeira.

O termo viabiliza a renovação da carência de até seis meses para pagamento da primeira prestação para os novos contratos e também para quem possui empréstimos consignados vigentes, desde que tenha margem de crédito.

A secretária de Gestão Administrativa, Sawana Carvalho, destaca que o termo de cooperação pode ajudar o servidor público, neste momento em que governo concedeu reajustes salariais, a organizar as finanças. “Ele tem a possibilidade de renovar seu consignado com margem de carência para pagar a primeira parcela, isso faz com que o servidor se organize e a economia no estado continue girando”, afirmou.

Os servidores também têm um prazo de até 96 meses e taxas diferenciadas, tendo em vista que está é uma operação que apresenta um risco muito pequeno para o banco. Essas vantagens já podem ser contratadas pelos servidores por meio de smartphones, internet, nos terminais de autoatendimento e nas próprias agências bancárias.

“Essa é uma forma, analisando o cenário, as dificuldades do momento, de colocar à disposição dos servidores uma fonte a mais de recurso e que movimente também o comércio do estado”, declarou o superintendente Estadual do Banco do Brasil, Paulo Amaral.

 

Fonte: Notícias no Acre

Bancos tradicionais farão transição para o digital no Brasil, diz Moody’s

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SÃO PAULO – As fintechs estão liderando a inovação no segmento de banco digital no Brasil, mas são os bancos tradicionais que determinarão o escopo das mudanças no setor, segundo a Moody’s Investors Service.

O número de startups e fintechs no Brasil cresceu nos últimos anos, o que faz do país o maior mercado de tecnologia financeira da América Latina. No entanto, muitas dessas startups são exclusivamente focadas em pagamentos ou em gestão de ativos, e apenas 2% delas oferecem serviços múltiplos.

Ao mesmo tempo, os principais bancos do país, liderados por Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco ampliaram os serviços de banco digital para aumentar a eficiência e atrair os clientes da geração millennial, um segmento crescente no mercado consumidor e que tem preferências distintas.

“A mudança estrutural na demanda e comportamento dos clientes está levando os bancos a focarem cada vez mais em canais de serviços alternativos”, afirma Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody´s.

“Os bancos também têm interesse nas plataformas de banco digital porque enxergam oportunidades de redução de custos, uma vez que a economia brasileira segue fragilizada após uma prolongada recessão”.

O crescimento da oferta de serviços digitais tem permitido aos bancos reduzirem gradualmente suas redes físicas. Nos últimos três anos, o Itaú fechou 10% de sua rede de agências, enquanto o Bradesco também planeja fechar agências após a aquisição das operações brasileiras do HSBC. “Até mesmo o Banco do Brasil, que como banco público tem algumas limitações relacionadas a aquisições e parcerias, fechou agências nos últimos dois anos à medida que amplia seus serviços digitais por meio de desenvolvimentos internos”, destaca a Moody’s.

Com o fechamento de agências, os bancos cortam pessoal, manutenção, materiais, transportes e gastos com segurança, o que responde por cerca de dois terços do total de despesas administrativas no sistema bancário.

Esta economia com despesas ajuda os bancos a financiar os significativos investimentos em tecnologia da informação necessários para o desenvolvimento e lançamento das estratégias digitais. A Moody’s estima que esses investimentos devem chegar a aproximadamente até R$ 5 bilhões por ano.

Fonte: Info Money

Lucro dos bancos deve voltar a subir no trimestre

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Depois de quatro trimestres consecutivos de queda, o resultado dos grandes bancos brasileiros deve começar a reagir. O lucro combinado de Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander atingirá R$ 14,9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 21% em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a projeção média de analistas.

A recuperação tem relação com a melhora, ainda que tímida, dos indicadores da economia, mas também com a base de comparação. Os três primeiros meses do ano passado foram o “fundo do poço” para os bancos, que precisaram digerir perdas bilionárias com o calote da fornecedora de sondas do pré-sal Sete Brasil.

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A expectativa é que os resultados também sinalizem o fim do ciclo de alta da inadimplência, que não para de crescer desde 2015. “Por outro lado, não esperamos uma recuperação na carteira de crédito, em razão tanto da demanda fraca como do apetite de risco limitado dos bancos”, escrevem os analistas do Goldman Sachs, em relatório.

Apesar das condições ainda desfavoráveis, os balanços já devem mostrar alguns sinais positivos. O HSBC prevê um ligeiro crescimento dos empréstimos de 2% para o Santander ante o trimestre anterior, impulsionado pela retomada do consumo e do financiamento das pequenas e médias empresas, e de 1% para Bradesco e Itaú, neste último sendo liderado pela expansão em segmento de baixo risco, como a carteira imobiliária e de consignado. O único que ainda deve não mostrar uma expansão da carteira de crédito é o Banco do Brasil.

A temporada de divulgação de resultados começa amanhã, com o Santander Brasil. O banco foi o único entre os grandes a ter aumento no lucro no ano passado. Mesmo assim ainda apresenta um retorno bem inferior aos principais concorrentes privados.

Para o Credit Suisse, a expectativa é que essa diferença diminua. “Acreditamos que o mercado está subestimando o impacto positivo da estratégia do banco sob a nova gestão, que ficará claro já em 2017”, afirmam os analistas, que elevaram recentemente a recomendação das ações do Santander para “outperform” – equivalente à compra.

O Deutsche Bank vê uma melhora da margem financeira e da qualidade dos ativos do banco espanhol no país, com as baixas para perdas já tendo sido provisionadas. “O crescimento dos empréstimos deve permanecer moderado, mas pode aumentar ligeiramente e crescer acima dos pares”, apontam os analistas do banco em relatório.

A maior recuperação nos resultados do primeiro trimestre deve vir do Banco do Brasil. O lucro da instituição deve dobrar em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,6 bilhões, de acordo com a média das estimativas. Apesar da melhora, em termos anualizados o lucro do BB continuará abaixo da expectativa para 2017 como um todo, segundo os analistas do Itaú BBA.

O BB deve continuar sendo beneficiado pelo crescimento do resultado de intermediação financeira acima do setor. Os analistas do Santander esperam um crescimento de 5% dessa variável no período. O banco vem implementando um processo de recomposição dos juros nos empréstimos concedidos dentro do programa Bom Pra Todos, durante o governo Dilma Rousseff, que tinham taxas inferiores às de mercado. Com isso, o banco deve liderar a melhora da taxa de retorno sobre o capital, que deve passar de 8,1% para 11,8%, ainda abaixo da taxa apresentada pelos grandes bancos.

O Itaú é o que está à frente em termos de melhora da qualidade da carteira de crédito segundo os analistas. Os analistas do Santander preveem uma redução de 0,1 ponto percentual no índice de inadimplência do maior banco privado brasileiro no trimestre, de 3,4% para 3,3%. “Acreditamos que o banco deve continuar a apresentar melhora na qualidade dos ativos, especialmente nos segmentos de pessoas físicas e pequenas e médias empresas”, apontam em relatório.

Como o mercado avaliou que o banco foi bastante conservador na provisão para perdas no ano passado, apresentando um índice de cobertura de 222% em dezembro, os analistas do Santander esperam uma queda de 24% na despesa com provisão do Itaú neste trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o Bradesco ainda deve registrar alguma alta na inadimplência, segundo os analistas. “Acreditamos que uma pequena alta no índice pode ser uma boa notícia para o banco”, afirma o Itaú BBA. Pelas projeções do Deustche Bank, o índice de atrasos na carteira do Bradesco deve ter uma alta de 5,5% para 5,6% entre dezembro de 2016 e março deste ano. “A qualidade dos ativos deve ficar amplamente sob controle, embora a inadimplência possa aumentar em empréstimos corporativos específicos que já foram provisionados”, apontam os analistas.

Um dos destaques do balanço do Bradesco deve ser as receitas de prestação de serviços, que devem apresentar uma alta de 15,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado, nas contas do Goldman Sachs. Desde o terceiro trimestre, os números do banco incorporam os do HSBC Brasil.

Outro ponto que deve ser acompanhado de perto nos resultados dos bancos é a carteira de crédito de grandes empresas. As instituições registraram perdas bilionárias no ano passado com a baixa (“impairment”) de créditos concedidos na forma de títulos de dívida, como debêntures.

Apesar de não esperarem um aumento significativo do impairment por parte dos bancos nesse primeiro trimestre, os analistas do Santander ainda veem o anúncio da recuperação judicial de uma grande empresa – provavelmente a operadora de telefonia Oi – impactar negativamente o índice de inadimplência do Banco do Brasil. “Contudo, não temos expectativas de um efeito significativo sobre as despesas de provisão e, com isso, cremos que o mercado pode ter uma reação neutra, uma vez que esse item permaneceu no balanço do banco desde o segundo trimestre de 2016.”

O aumento da provisão para perdas com o anúncio do pedido de recuperação judicial da incorporadora PDG Realty, em fevereiro, deve começar a aparecer no balanço dos bancos neste primeiro trimestre. Embora já viessem fazendo provisão para perdas nesse caso específico, os bancos devem aumentar as despesas para cobrir eventuais perdas em créditos concedidos à incorporadora. A empresa tinha R$ 7,8 bilhões em dívida, sendo pelo menos R$ 3,339 bilhões em créditos bancários, parte deles na forma de debêntures e outros títulos.

O impacto da queda da Selic sobre os bancos também será um foco de atenção nos balanços. Mas os números ainda não devem mostrar os efeitos dos juros menores, já que não houve tempo para que os empréstimos concedidos com as taxas mais altas fossem renovados. “Não esperamos muita pressão nas margens fora das típicas questões sazonais”, afirmam os analistas do Goldman Sachs.

Fonte: Valor Econômico

BB e espanhola Mapfre rediscutem acordo bilionário em seguros

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O Banco do Brasil e a espanhola Mapfre começaram a rediscutir o acordo bilionário que possuem na área de seguros. As atividades que resultam do casamento – que tem mais de cinco anos e é previsto para durar 20 – são parte da BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do banco e tem ações listadas em bolsa. A reavaliação deve mudar o modelo da parceria e a iniciativa de revisão partiu do próprio BB.

Como é

Atualmente, BB e Mapfre têm duas sociedades: uma focada no seguro de pessoas, imobiliário e agrícola e outra voltada para automóvel e ramos elementares, que inclui o segmento patrimonial. Juntas, emitiram R$ 15,8 bilhões em prêmios no ano passado, mais do que o dobro dos R$ 7,6 bilhões calculados no início da aliança estratégica. BB não comentou. A Mapfre garantiu que “não há rediscussão ou negociação em curso sobre o referido acordo”.

 

Fonte: Estadão

Governo intervém e licitação do BB é suspensa até conclusão de auditoria

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O Banco do Brasil decidiu não homologar o resultado da licitação de publicidade, cujo nome da vencedora foi antecipado à Folha, até que uma auditoria interna apure indícios de direcionamento da concorrência.

Como o jornal mostrou na edição desta terça (25), o nome da primeira colocada, a agência Multi Solution, foi obtido pela reportagem quatro dias antes da abertura dos envelopes que oficializariam o resultado.

A informação é de que houve direcionamento na estatal para favorecer a empresa. O banco nega qualquer ação nesse sentido, assim como o presidente da agência, Pedro Queirolo. Essa é a maior licitação já disputada no governo Michel Temer.

A Multi Solution e outras duas empresas dividiriam um contrato de até R$ 500 milhões por um ano, prorrogável até o limite de 60 meses, totalizando mais R$ 2,5 bilhões, sem contabilizar eventuais reajustes.

O vazamento do resultado da licitação irritou o Palácio do Planalto, que enviou emissários ao BB para pedir uma solução rápida para o caso.
Destas conversas ficou acertado que o banco suspenderia o resultado da licitação até que o caso fosse elucidado. Há forte cobrança para que o certame seja anulado.

O BB, por sua vez, entrou em contato com o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Raimundo Carreiro. Dentro da corte, o movimento foi visto como estratégico, já que havia entre os ministros quem defendesse uma intervenção no caso com o pedido de anulação da licitação, o que traria mais desgaste ao banco.

Antes mesmo da publicação da reportagem da Folha expondo o vazamento, o governo Temer havia estranhado o resultado porque a Multi Solution nunca teve contrato com o poder público e é vista como uma novata sem estrutura para tocar uma conta como a do Banco do Brasil.

Nesta terça, foi anunciado o resultado de outra licitação de agências de publicidade, desta vez da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), e a Multi Solution ficou com a última colocação (leia mais na pág. A5).

Integrantes do governo e especialistas ouvidos pela Folha apontaram fatos inusitados na pontuação obtida pela Multi Solution na concorrência do Banco do Brasil.

A agência obteve nota 13,08 de um total possível de 15 no quesito capacidade de atendimento, sendo que não possui um escritório em Brasília e conta com equipe enxuta em comparação com suas concorrentes.

Recebeu nota máxima, 10, no quesito repertório, deixando para trás nomes como a Lew Lara, que atende atualmente o banco.
Por meio de sua assessoria, o BB afirmou que “o processo de licitação para escolha das novas agências de publicidade não está finalizado e obedece a legislação”.

“A definição das classificadas seguiu critérios técnicos, conforme parâmetros previstos em edital público”, diz o texto. A instituição financeira afirma ainda que o resultado da auditoria interna “será determinante para a finalização da licitação”. “O BB não hesitará em adotar qualquer outro procedimento que julgar necessário.”

Na segunda-feira (24), o presidente da Multi Solution, Pedro Queirolo negou irregularidades. “De forma alguma [houve favorecimento].”
Queirolo disse ainda que, apesar de só ter clientes privados em seu portfólio viu “no novo momento que o país enfrenta uma oportunidade para desenvolver um trabalho sério e competente também no setor público”.

Leia abaixo a íntegra da nota do Banco do Brasil:

Em relação à reportagem publicada nesta terça-feira (25) sobre o processo de licitação para contratação de agências de publicidade, o Banco do Brasil esclarece que:

I – O processo de licitação para escolha das novas agências de publicidade não está finalizado e obedece rigorosamente a legislação. A definição das classificadas seguiu critérios técnicos, conforme parâmetros previstos em edital público.

II – Para que não pairem dúvidas, o Banco do Brasil, tão logo tomou conhecimento da reportagem, iniciou auditoria interna para apuração das notícias divulgadas, cujo resultado será determinante para finalização da licitação. O Banco do Brasil não hesitará em adotar qualquer outro procedimento que julgar necessário.

III- De forma transparente, nesta quarta-feira (26), o Banco do Brasil dará publicidade a todas as propostas técnicas que foram apresentadas na licitação, junto com as respectivas notas atribuídas pela comissão responsável pela avaliação, o que possibilitará a verificação de todo o processo por qualquer interessado.

IV – Além disso, o Banco do Brasil está à disposição dos órgãos de Controle, tendo já contatado o TCU (Tribunal de Contas da União) a fim de prestar esclarecimentos que aquela Corte julgue necessários.

 

Fonte: Folha de São Paulo

BB libera R$ 100 milhões para custeio agrícola pelo celular

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Em pouco mais de dois meses, os produtores rurais tomaram mais de R$ 100 milhões para operações de custeio pelo aplicativo do Banco do Brasil. Além do montante, o BB ainda analisa outros R$ 151 milhões. Os clientes da instituição já realizaram mais de 400 contratações por meio dos dispositivos móveis, como smartphones e tablets.

As operações agrícolas pelo mobile atingiram valor médio de R$ 250 mil. O BB anunciou a instalação da funcionalidade em 09 de fevereiro, inicialmente, para os produtores do Paraná. A instituição expandiu o acesso de forma gradativa e o volume das liberações ficou ainda maior a partir de 03 de abril, quando a solução ficou disponível para todo o país.

A funcionalidade simplifica a apresentação de documentos. Após a análise da operação, o cliente passa na agência e assina o instrumento de crédito. Para os clientes que estejam com a documentação completa, os recursos ficam disponíveis em um dia.

“Esta é mais uma solução do programa BB Agro Digital, que tem o objetivo de agilizar os atendimentos, tornando os processos mais simples e levando mais comodidade aos produtores. Atingir esta marca em tão pouco tempo demonstra a aceitação pelos clientes” ressalta Tarcísio Hübner, vice-presidente de agronegócios do BB.

BB Agro Digital

Entre as soluções digitais do BB merece destaque o aplicativo GeoMapa Rural, que permite ao produtor captar e enviar as coordenadas geodésicas da área a ser plantada ao Banco, utilizando-se do celular. A funcionalidade gera maior comodidade e agilidade no atendimento aos produtores.

O extrato das operações rurais é outro destaque, por permitir aos clientes consultar o saldo, o cronograma e o valor das prestações do financiamento pelos canais digitais do Banco do Brasil, inclusive pelo celular.

Fonte: Assessoria do BB

94,8 mil clientes já antecipam R$ 242 milhões de restituição de IRPF no BB

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Desde o dia 02 de Março, quando a linha de antecipação de restituição de Imposto de Rende Pessoa Física (IRPF) foi reaberta, já foram contratadas 94,8 mil operações, num total de R$ 242 milhões. A média é de R$ 2,5 mil por operação. As operações via mobile representaram 12% em volume, num total de R$ 29 milhões e crescimento de 100% em relação ao ano passado. Em todo o ano de 2016, a linha teve um desembolso total de cerca de R$ 500 milhões.

No ano passado, a contratação realizada pelo aplicativo do Banco já permitia – de modo pioneiro no mercado bancário – o envio de foto do recibo do IRPF, sem necessidade do cliente ir à agência. Para este ano, o BB amplia a facilidade também para o cliente que realizar a antecipação pela internet: ele poderá realizar o upload do recibo da Declaração do IR, imagem ou PDF, pelo próprio canal. A funcionalidade traz conveniência e ganho de tempo ao cliente, pois ele receberá o crédito da antecipação direto na conta, sem precisar sair de casa.

O BB incentiva o uso do crédito com responsabilidade. A linha é uma alternativa para amortizar dívidas com taxas de juros maiores. Em média, 65% dos que contratam linhas de antecipação utilizam o crédito para quitar ou amortizar compromissos financeiros com taxas de juros maiores, a exemplo do cheque especial ou rotativo do cartão de crédito.

Condições do crédito
Com a linha é possível antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil, com taxas de juros a partir de 2,11% a.m, até 4,18%. O pagamento é realizado somente na data do crédito da restituição ou no vencimento do contrato, que será no dia 15 de janeiro de 2018, o que ocorrer primeiro. As contratações podem ocorrer via Aplicativo BB para celulares e tablets, via internet e também nos terminais de autoatendimento, na Central de Atendimento BB e nas agências do Banco em todo o país por correntistas com limite de crédito aprovado e que tenham indicado o Banco do Brasil para recebimento da restituição.

Fonte: Assessoria do BB

BB Seguridade seleciona startups de seguros

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Até o dia 4 de maio, a BB Seguridade – por meio do fundo BR startups – seleciona startups que tenham atuação em uma das áreas do seu portfólio de negócios, direta ou indiretamente. As inscrições para seleção de investimentos de startups com negócios relacionados ao mercado de seguros, podem ser feitas por este link (http://www.fundacity.com/fundo-br-startups/).

Para participar do processo, as empresas precisam atender a critérios de rentabilidade e de gestão, como ser sediadas no Brasil, possuir receita anual entre R$ 120 mil e R$ 5 milhões, ter pelo menos dois sócios fundadores com as responsabilidades de CEO e CTO, sendo pelo menos um deles fluente em inglês.

Para a BB Seguridade, os temas de interesse são: produtos de seguridade, marketing e experiência do usuário, educação financeira e planejamento pessoal, big data e analytics, dispositivos da ‘internet das coisas’, infraestrutura, sistemas, plataformas e inteligência artificial. Mais do que o investimento financeiro, as empresas poderão dispor da experiência dos principais executivos da BB Seguridade na mentoria e orientação dos negócios.

Investimento em startups

Em março, a BB Seguridade anunciou um aporte de R$ 5 milhões no fundo BR startups, criado pela Microsoft em 2014. Com o investimento, a BB Seguridade passa a ser o investidor-âncora de Insurtechs, segmento que procura desenvolver a cultura da inovação para a área de seguros.

Para a diretora de Clientes, Comercial e de Produtos da BB Seguridade, Angela de Assis, o objetivo é buscar acesso ágil a novas tecnologias como análise de grande volume de dados em áreas como monitoramento de sinistros, por exemplo. “Com a expertise adquirida neste trabalho com o fundo BR Startups, esperamos que novos insights sejam trazidos para a BB Seguridade, para gerar eficiência em processos e auxiliar na ampliação do comportamento de inovação dentro da empresa, buscando sempre soluções de seguridade que tenham foco na visão do cliente”, diz Angela.

Sobre o Fundo BR Startups
O fundo BR Startups foi criado pela Microsoft Participações, holding de investimentos lançada em 2013 para realizar investimentos estratégicos relacionados ao fomento à inovação e ao empreendedorismo, em conjunto com grandes Corporações. O fundo é gerido pela MSW Capital, Gestora com experiência na orientação de empreendedores e histórico de sucesso em fusões e aquisições. Interessados em participar da seleção de investimento em startups no segmento de seguros e serviços que possam atender a esse mercado (Insurtech) deverão se inscrever pelo site http://www.fundacity.com/fundo-br-startups/apply/1334 .

Fonte: Assessoria do BB

Reforma prejudicará participantes de fundos de pensão, diz Abrapp

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Jornal GGN – Uma das emendas feitas na Proposta de Emenda Constitucional 287, que trata da reforma da Previdência, permite a transferência da gestão dos planos de previdência complementar dos funcionários públicos para a previdência aberta.

A alteração, prevista no artigo 40 no texto final do relator da Comissão da Reforma, Arthur Maia(PPS-BA), irá prejudicar os participantes dos fundos de pensão, na avaliação da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje (25), Luís Ricardo Martins, presidente da Abrapp, explicou que a possibilidade da transferência da gestão destes planos para entidades abertas prejudicará os funcionários públicos, já que os rendimentos das aposentadorias serão reduzidos e haverá uma piora na governaça dos planos.

As aposentadorias perderão rendimento já que as entidades fechadas de previdência complementar não tem fins lucrativos, ao contrários das empresas abertas, que atuam de acordo com a lógica do mercado. No caso dos fundos de pensão, os participantes também têm representatividade na gestão dos planos, o que não ocorre no sistema aberto e permite um acompanhamento e uma fiscalização mais próximos.

O presidente da Abrapp afirma que a justificativa da alteração, que é a de incentivar a concorrência, não se sustenta. ”A concorrência teria de se dar em condições justas”, afirmou.

Caso a PEC com a alteração sobre a gestão dos fundos seja aprovada, Luís Ricardo afirmou que existe a “real possibilidade” da entidade ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.

Questionado se a competição não incentivaria a melhora da governança dos fundos, Martins ressaltou que os planos que apresentam déficit são casos pontuais, além de reafirmar a solidez do sistema, que tem mais de 2,5 milhões de participantes diretos.

O presidente da associação afirmou que a entidade tem procurado dialogar com lideranças políticas em Brasília, para mudar a questão referente à gestão dos fundos e também para apresentar propostas.

Martins diz que o sistema cumpre sua missão de dar a devida proteção para os aposentados, além de desonerar o Estado. Entretanto, reclama que o governo não enxerga a previdência complementar como uma solução de parte dos problemas previdenciários do país.

Na coletiva, o presidente da entidade também ressaltou que os fundos de pensão poderiam também auxiliar na retomada da atividade econômica, como investidores de longo prazo. “O estado carece de investimento de longo prazo”, ressaltou.

No total, 138 entidades fechadas de previdência complementar administram 438 planos que estão superavitários, enquanto 80 entidades administram 205 planos deficitários. De acordo com os dados da Abrapp, são pagos regularmente mais de R$ 42 bilhões em benefícios atualmente, com reservas de que superam R$ 790 bilhões.

Clique aqui para ler o quadro comparativo, elaborado pelo gabinete de Arthur Maia.

Veja aqui os dados estatística da Abrapp de dezembro de 2016.

Fonte: CGN

Fundos de pensão têm rombo de R$ 70,6 bilhões

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BRASÍLIA – Os fundos de pensão fecharam 2016 com rombo de R$ 70,6 bilhões, segundo levantamento da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o xerife do setor. O dado preocupa por causa da rápida expansão do déficit do sistema, que subiu 700% em quatro anos – em 2012, o buraco era de R$ 9 bilhões. O rombo subiu para R$ 21 bilhões em 2013 e para R$ 31 bilhões no ano seguinte. O déficit atingiu seu ápice em 2015, quando somou R$ 77,8 bilhões.

A indústria dos fundos de pensão é composta por 307 entidades, que administram 1.137 planos de benefícios. Juntas, elas detêm quase R$ 800 bilhões em investimentos, que representam 12,6% do PIB nacional. São 7,2 milhões de associados, entre participantes que estão na ativa, dependentes e assistidos.

Um plano de aposentadoria registra déficit quando os ativos não são suficientes para pagar os benefícios previstos até o último participante vivo do plano. A nova regulação não exige o equacionamento de todo o déficit. A norma em vigor permite que planos com população mais jovem tenham mais tempo para administrar os desequilíbrios. Para cobrir o déficit, participantes e patrocinadores (as empresas) precisam injetar mais dinheiro nos planos por meio de contribuições extras.

Fundo de pensão é uma poupança formada por trabalhadores de uma mesma empresa com a finalidade de complementar a aposentadoria. O dinheiro é gerido por um colegiado com representantes indicados pelas empresas e pelos trabalhadores. Os maiores fundos são de empresas estatais, criados há mais tempo.
Dez planos concentram 88% do déficit de todo o sistema. Dos maiores, apenas a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) já informou que fechou 2016 com superávit de R$ 2 bilhões. Os balanços da Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios) ainda não foram divulgados, mas o Estado apurou que o déficit das três fundações somado deve ultrapassar R$ 30 bilhões. Entre participantes que ainda estão trabalhando, dependentes e assistidos, as três têm mais de um milhão de associados.

Ápice

O novo diretor-superintendente da Previc, Fábio Coelho, afirma que o “ápice” do déficit do segmento foi verificado em dezembro de 2015, quando bateu na ordem de 9% do total dos ativos. “A tendência é que nos próximos meses tenhamos uma redução maior”, afirma, em sua primeira entrevista exclusiva. Os elementos que devem contribuir para essa reversão, segundo ele, são a inflação mais controlada, a retomada da atividade e o comportamento mais benigno da Bolsa. “Nossa expectativa é que 2017 seja um ano de transição tanto do ponto de vista da mudança da supervisão como também da retomada dos ativos”, diz.

Coelho afirma que grande parte dos rombos registrados nos últimos anos teve origem em “agendas econômicas”: “Ao mesmo tempo em que o passivo aumentou por conta da longevidade e por pressões inflacionárias, tivemos também uma redução dos ativos por conta da recessão econômica e de investimentos não ‘performados.”

Conselheiros que representam os participantes, porém, afirmam que os prejuízos também foram causados por investimentos que eram considerados apostas nos governos Lula e Dilma, como Sete Brasil, Invepar e Oi. Na visão deles, os governos anteriores pressionaram as entidades a dividir o risco desses projetos e deixaram aos participantes os prejuízos.
Casos de fraude e má gestão motivaram a criação de uma CPI na Câmara dos Deputados para apurar irregularidades dos fundos ligados às estatais. O relatório final apontou prejuízos de R$ 6,6 bilhões causados por má gestão, fraudes e ingerência política nos quatro maiores fundos de pensão das estatais. Abastecida de informações da própria Previc, a Polícia Federal já deflagrou duas fases da Operação Greenfield, que investiga supostos desvios nessas fundações.

“A fotografia do nosso sistema continua sendo favorável. Esses são casos fora da curva, casos de polícia, que precisam ser investigados e punidos”, afirma Luís Ricardo Marcondes Martins, presidente da associação que representa o setor (Abrapp): “Um sistema que paga R$ 42 bilhões de benefícios por ano não admite amadorismos”.

Fonte: Estadão

Escolha de agência de publicidade foi técnica, afirma BB

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SÃO PAULO – (Atualizada às 9h07) O Banco do Brasil (BB) afirmou que o processo de licitação para escolha de suas novas agências de publicidade obedeceu a legislação e foi pautado por critérios éticos.

Por meio da assessoria de imprensa, a instituição informou que vai publicar na quarta-feira todas as propostas técnicas que foram apresentadas na licitação para escolha de suas novas agências de publicidade, junto com as notas atribuídas pela comissão técnica responsável pela avaliação. De acordo com o posicionamento do BB, isso “possibilitará a verificação de todo o processo por qualquer interessado”.

Reportagem publicada nesta terça-feira pela “Folha de S.Paulo” aponta o vazamento do resultado da licitação antes da abertura dos envelopes, que foi realizada na manhã de segunda-feira.

O jornal obteve o nome da primeira colocada na disputa, a agência Multi Solution, na quinta-feira, e o registrou em cartório. No processo, foram classificadas mais duas agências, a Nova/sb e a Z+. As três vão dividir um contrato de R$ 500 milhões por 12 meses, prorrogáveis por até 60 meses.

“O Banco do Brasil informa que o processo de licitação para escolha das novas agências de publicidade obedeceu rigorosamente a legislação e a definição das vencedoras foi norteada por critérios técnicos, conforme parâmetros previstos em edital público”, afirmou a instituição por meio da assessoria de imprensa.

Na nota, o BB negou que tenha havido “qualquer tipo de embate entre agências de publicidade na audiência pública” realizada ontem para a abertura dos envelopes, rebatendo informação da “Folha” de que concorrentes pediram ontem uma recontagem dos votos, que alterou a classificação do segundo e do terceiro lugar na disputa.

“A audiência cumpriu com normalidade todos os procedimentos previstos em edital para apuração das empresas vencedoras da licitação, incluindo a abertura em sequência dos dois envelopes com as propostas técnicas que compõem a nota final de cada participante”, disse o BB.

Segundo a “Folha”, houve direcionamento no BB para favorecer a Multi Solution. A reportagem indicou que houve forte disputa entre pelo menos quatro agências para o segundo e o terceiro lugares, mas a Multi Solution nunca teve a liderança ameaçada.

O contrato do BB é a maior concorrência realizada no governo Michel Temer. A suposta fraude atinge o banco num momento em que sua diretoria, liderada por Paulo Caffarelli, tenta aproximar o BB das práticas de gestão e rentabilidade dos grandes concorrentes privados. A Multi Solution negou ter sido favorecida.

(Talita Moreira | Valor)

Acionistas da Neoenergia negociam fusão da empresa com a Elektro

Publicado em: 20/04/2017

São Paulo – Os acionistas da companhia de energia Neoenergia – o grupo espanhol Iberdrola, a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e o Banco do Brasil – estão em conversas para fazer uma fusão da empresa com a Elektro, que também é controlada pela Iberdrola.

A ideia, se a proposta for levada adiante, é abrir o capital da nova companhia que surgirá da união entre as duas elétricas, apurou o Estado com fontes a par do assunto.

As conversas para uma eventual fusão começaram há poucas semanas. Bancos foram contratados para representar as partes e já fizeram reuniões para tratar do tema.

Pessoas familiarizadas com o assunto afirmaram que o grupo Iberdrola tentou alinhar a união das duas empresas em 2011, quando adquiriu o controle da Elektro, mas as conversas não avançaram. À época, o grupo desembolsou US$ 2,4 bilhões pelo ativo.

“Agora, há uma boa vontade da Previ e do Banco do Brasil. Os dois querem sair do negócio. O BB é o que mais tem interesse em deixar a companhia de energia”, disse uma fonte. “Antes, não havia espaço para abrir negociações entre as partes.”

A fusão entre as duas empresas sempre foi vista como um caminho natural, uma vez que o grupo Iberdrola é acionista comum das companhias.

O Estado apurou que o grupo Iberdrola fechou o escritório no Rio de Janeiro e que todas as decisões da empresa são tomadas na Elektro, que fica em Campinas, no interior de São Paulo, o que já indica uma movimentação do grupo espanhol de que a fusão está mais avançada.

Além de três distribuidoras que abastecem 770 municípios nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, a Neoenergia detém 50% de participação na Hidrelétrica Teles Pires, de 1,8 mil megawatts (MW), e 10% em Belo Monte, de 11 mil MW. No ano passado, o grupo faturou R$ 14,8 bilhões.

Já a Elektro encerrou o ano com receita líquida de R$ 4,7 bilhões. A empresa detém uma concessionária de energia que abastece 223 municípios paulistas e cinco cidades do Mato Grosso do Sul. “A Elektro tem uma qualidade muito boa e pode melhorar o perfil dessa nova empresa”, afirma o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello.

Saída

A fusão entre as duas companhias pode ser a porta de saída do Banco do Brasil do negócio. “O banco afirmou que não quer ficar em setores que não façam parte do seu principal negócio.

No caso da Previ (que soma fatia de 49%, incluindo um dos fundos de investimento), eles serão diluídos e podem sair de uma vez (da empresa)”, disse outra fonte.

De acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, não está descartada a possibilidade de o BB vender sua fatia para o grupo espanhol. Mas, segundo fontes, a abertura de capital poderá ser a maneira de costurar a saída de acionistas que não querem ficar na empresa.

No passado, a Iberdrola tentou comprar o controle da Neoenergia, mas as negociações não avançaram por entraves com os sócios. Por volta de 2012, os espanhóis mudaram de estratégia e colocaram sua parte à venda na empresa.

Chegaram a ter boas propostas de investidores chineses, como a State Grid, mas não fecharam um acordo por causa da interferência do governo federal, que não queria o avanço dos asiáticos na área de energia (hoje, numa das piores crises da história do País, os chineses têm comprado vários ativos no setor).

Procurada, a Neoenergia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem nada a comentar sobre o assunto. A Elektro afirmou que “transações dessa natureza e magnitude são avaliadas diretamente pelo acionista”, que não respondeu à reportagem. O BB também não comentou. Previ e Iberdrola não retornaram os pedidos de entrevista.

Avanço chinês

A consolidação do setor de energia voltou com força nos últimos dois anos, impulsionada pela recessão brasileira.

O avanço dos asiáticos no mercado brasileiro tem sido liderado pela State Grid, que comprou no ano passado 23% da CPFL, por R$ 5,85 bilhões, que pertencia à Camargo Corrêa.

A empresa também adquiriu participações de outros acionistas, num negócio de quase R$ 15 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: EXAME

 

O achaque do ex-presidente do BB sobre a Odebrecht, segundo o delator

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— O Dida está puto porque o Marcelo trata tudo com o Guido e ele nunca leva nada.

A frase acima foi dita no início de 2014 por André Gustavo Vieira da Silva, enviado de Aldemir Bendine, o Dida, então presidente do Banco do Brasil, para uma conversa nada republicana com o delator da Odebrecht Fernando Reis.

Assim, direta e desavergonhada, a reclamação consta da delação do ex-presidente da Odebrecht Ambiental. De acordo com o relato de Reis, Vieira da Silva era o representante de Bendine para achaques.

Nem é preciso dizer que o Marcelo e o Guido citados possuem os sobrenomes Odebrecht e Mantega, respectivamente.

Segundo a delação, Vieira da Silva procurou Reis em nome de Bendine no início de 2014. Sua missão era cobrar 1% de uma operação de reestruturação da dívida da Odebrecht Agroindustrial, que estava sendo negociada com o Banco do Brasil.

Iniciou a conversa dizendo a Reis que Bendine estava irritado. Motivo: a Odebrecht resolvia seus assuntos direto com Mantega. Bendine sentia-se atropelado pelo ministro da Fazenda, que dava ordens ao BB sem levá-lo em conta.

E mencionou sem rodeios o alongamento de um crédito de R$ 2,9 bilhões negociado pela Odebrecht Agro com o BB. Direto ao ponto, quis saber de Reis quanto Bendine receberia para aprovar o alongamento.

Reis conta que levou o assunto a Marcelo Odebrecht. Recebeu a ordem de enrolar. E assim procedeu.

Em nova conversa com Vieira da Silva, Reis disse, ainda de acordo com o seu próprio relato, que Mantega era a pessoa que cuidava do dinheiro do PT, por isso não havia qualquer atropelo.

O argumento não convenceu o enviado especial de Bendine, que procurou Reis mais quatro vezes. Firmou um pedágio de 1% do valor total da operação. Inicialmente, esse percentual corresponderia a R$ 29 milhões.

No início de 2015, porém, a área técnica do BB decidiu segregar o valor da operação e refinanciar R$ 1,2 bilhão para o plantio de cana dentro do Plano Safra.

O alongamento agora era, portanto, de R$ 1,7 bilhão (originalmente o pedido era de R$ 2,9 bilhões). Vieira da Silva voltou à carga. Pediu 1% desse valor, ou seja, R$ 17 milhões.

Como em fevereiro de 2015 Bendine virou presidente da Petrobras, a Odebrecht, de acordo com Reis, resolveu parar de enrolar. Os interesses da Odebrecht na Petrobras eram gigantescos na estatal e não era o caso de desafiar o poder de retaliação de Bendine — o que foi efetivamente foi provado por Vieira da Silva, que ameaçou com o cancelamento de contratos na Petrobras.

Em 18 de maio de 2015, enfim, Reis e Marcelo Odebrecht se reuniram com Bendine na casa de Vieira da Silva, em Brasília. No encontro, foi acertado um pagamento inicial de R$ 3 milhões, que foi feito pelo departamento de propinas.

Tomando o relato da delação ao pé da letra, pode-se dizer que Bendine insistiu e conseguiu o que queria aos 44 minutos do segundo tempo, pois um mês depois, Marcelo Odebrecht foi preso.

Bendine sempre foi conhecido pela ousadia. Em 2010, comprou um imóvel em São Paulo pagando R$ 150 mil em espécie. Justificou dizendo que, embora presidente do BB à época, guardava o dinheiro em casa. Mas em conversa com pessoas próximas, tem negado as acusações de Fernando Reis.

Fonte: O Globo

Consórcio em alta: BB comercializa R$ 2,1 bilhões em cotas até março

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O crescimento é apoiado por canais alternativos, como correspondentes bancários, internet e a atuação junto a clientes Atacado e Private

O BB comercializou R$ 2,1 bilhões em 56 mil cotas de consórcios no primeiro trimestre deste ano, cerca de 60% a mais que no mesmo período de 2016, tanto em volume, como em cotas comercializadas. Apenas em março foram R$ 765 milhões, em 20,7 mil cotas, um aumento de 129% apenas comparando com março de 2016. O ritmo de crescimento segue firme, já que nos dois primeiros meses deste ano, a venda de consórcios havia crescido 46% (veja release neste link). O movimento do BB destoa do mercado em geral, que têm crescido, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), em torno de 4,5%, conforme dados do início do ano.

O diretor comercial da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo, analisa que “a impulsão do crescimento tem apoio por canais alternativos, como por correspondentes bancários ou internet, e a atuação junto a clientes Atacado e Private”. Além disso, ele aponta que “o produto é uma boa alternativa para quem se programa para aquisição de um bem ou serviço, e o brasileiro tem percebido valor neste tipo de programação que o consórcio possibilita”.

Portfólio completo
A BB Consórcios é a única administradora relacionada a uma instituição financeira que oferece o produto para todos os segmentos: automóveis, imóveis, tratores, caminhões, máquinas e equipamentos, motocicletas, bicicletas, bens duráveis, serviços, aviões e até mesmo linhas sustentáveis para aquisição de bens e serviços de “economia verde”. Esta, uma atuação inédita no mercado, com placas fotovoltaicas, equipamentos de reuso de água, bicicletas elétricas e demais bens de uso não poluentes.

Fonte: Assessoria de Imprensa do BB

BB segue Copom e reduz juros, com destaque para o imobiliário

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Novas taxas entraram em vigor na segunda-feira, 17

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira, 12, a terceira redução consecutiva no ano em taxas de juros para pessoas física e jurídica, como reflexo da redução da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de um ponto percentual, divulgada no início da noite desta quarta-feira (12).

A queda mais expressiva foi para as linhas de crédito imobiliário pessoa física nas contratações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e da carteira hipotecária.

A nova taxa para as operações no âmbito do SFH passa a ser de 9,99% ao ano na faixa mínima, redução de 0,81 ponto percentual na comparação com os 10,80% praticados hoje. Para a faixa superior, a nova taxa passar a ser de 10,94% ao ano, ante os 11% ao ano que o Banco cobrava até aqui. Nos financiamentos da carteira hipotecária, a taxa cai de 11,80% ao ano para 10,90% ao mês no piso; e de 12,02% para 11,99% ao ano no patamar superior.

Ainda na pessoa física, os juros ficam mais em conta no crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas, com redução de 1,28% ao mês para 1,23% ao mês, na faixa mínima, e de 3,86% ao mês para 3,81% ao mês no patamar máximo. O BB também reduziu os juros para o cheque especial da pessoa física: as taxas agora flutuam entre 4,31% ao mês no piso, e 12,84% ao mês no teto, ante 4,36% e 12,89% ao mês, cobrados até agora.

Reduções também para pessoas jurídicas

As taxas para pessoas jurídicas também estão mais atrativas, com redução mais significativa para as linhas do cheque ouro empresarial e giro rápido rotativo, agora em 8,38% ao mês, ante os 8,43% cobrados até então no menor patamar praticado. Na faixa superior, as taxas recuam de 13,60% ao mês para 13,55% ao mês.

O BB também passa a oferecer juros menores nas linhas para aquisição de veículos por pessoas jurídicas (redução de 1,47% para 1,42% ao mês no piso e de 3,24% para 3,19% ao mês na máxima). A antecipação de crédito lojista (ACL) também teve redução de 1,58% ao mês para 1,53% ao mês no piso; e de 3,94% para 3,89 ao mês no maior patamar.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

Em plena crise econômica, empresas lucraram R$ 103,3 bilhões em 2016

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O lucro líquido de 294 empresas brasileiras de capital aberto atingiu R$ 103,3 bilhões em 2016. O número revela um crescimento de 11,87% em relação a 2015, quando as mesmas empresas registraram um lucro de R$ 92,3 bilhões. Os dados foram levantados pela consultoria Economatica.

Em contrapartida, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou 7,4% de queda em dois anos consecutivos após a retração de 3,6% em 2016. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%, depois de um ano de estagnação em 2014.

O economista Thomaz Ferreira Jensen explica que, mesmo com pouca atividade produtiva, a variação positiva do lucro das empresas se justifica pelas taxas de juros elevadas e por reduções de custo. Jensen afirma que a instabilidade político-econômica no período foi causada, em parte, pela falta de investimentos, já que a dinâmica econômica destas companhias não é mais baseada na geração de lucro com a atividade produtiva.

“Todas essas empresas que estão listadas na Bolsa [de Valores] têm uma boa parte do seu lucro decorrente das aplicações que elas fazem no mercado financeiro, especificamente ganhando dinheiro com a alta taxa de juros brasileira”, disse.

No mesmo sentido, o doutor em Ciências Sociais e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Robson Sávio afirma que o Estado garante, com as altas taxas de juros, os privilégios do setor privado. “Os juros no Brasil não são civilizados. É um assalto institucionalizado ao trabalhador brasileiro. Com a alta taxa de juros, o Estado protege o rentismo, que não tem nenhum ônus mesmo em cenários de crise”, avaliou.

Segundo ele, o fortalecimento das empresas em períodos de recessão é uma estrutura do neoliberalismo, “que privilegia o capital em detrimento do trabalho e de políticas de ampliação de direitos”.

“O desemprego, por exemplo, é altamente favorecedor deste tipo de capitalismo porque mais pessoas vão procurá-lo a qualquer custo, abrindo mão de todos os direitos e a qualquer valor. É isso que acontece no Brasil hoje”, analisou o cientista político.

Instituições financeiras

Mesmo com queda nos resultados em relação a 2015, os bancos se mantiveram como o setor que mais lucrou no Brasil em 2016. Ainda segundo os dados da Economatica, as instituições financeiras acumularam aproximadamente R$ 48,6 bilhões no ano passado. Apesar de uma queda de R$ 1,7 bilhão, o Bradesco lidera a lista das empresas mais lucrativas, com R$ 21,6 bilhões.

Entre os 20 maiores lucros do Brasil, ainda aparecem o Banco do Brasil (R$ 8 bilhões), Santander (R$ 5,5 bilhões), BB Seguridade (R$ 4 bilhões) e BTG Pactual (R$ 3,4 bilhões).

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Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), na conclusão da 11ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, divulgado na semana passada, os bons resultados do setor estão relacionados à queda nas despesas com empréstimos e repasses em função da relativa valorização do real frente ao dólar, o que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.

Jensen destaca ainda a tendência “inexorável” de extrema concentração e centralização de capital no setor. Em 2016, o Bradesco consolidou a aquisição do HSBC Brasil após a negociação de R$ 16 bilhões em 2015.

O economista pontua ainda a dificuldade de inserção de bancos estrangeiros no mercado brasileiro, que são adquiridos ou ocupam fatias menores de participação. “O que me chama atenção neste setor bancário é que ele é altamente internacionalizado e desnacionalizado na região da América Latina. Mas, no caso brasileiro, é basicamente um duopólio que reforça o poder do Itaú e do Bradesco — que, importante pontuar, são grupos de controle familiar que ditam seus rumos”, disse.

Ajuste fiscal

Segundo a consultoria Economatica, a ampliação dos lucros estaria relacionada também à reestruturação e introdução acelerada de novas tecnologias e a digitalização dos processos, como internet banking e aplicativos de celular, mas, principalmente, pelo encolhimento de suas estruturas físicas e de pessoal.

Já o relatório do Dieese aponta que, além da elevação das receitas com tarifas e serviços, as instituições financeiras também garantiram o resultado positivo com a venda de seguros, previdência e capitalização. E, em 2017, o setor bancário pode ampliar esta variação positiva dos lucros, caso, por exemplo, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que altera as regras da aposentadoria, seja aprovada.

Para Jensen, ao minimizar o público da previdência social no Brasil, o governo federal abre espaço para que o setor privado amplie sua participação. “Há na proposta de reforma [da Previdência] uma clara intencionalidade de abrir espaço para os bancos, que basicamente são os controladores das grandes seguradoras privadas, possam ter mais mercado para seus planos privados”, avaliou o economista.

Já Sávio ressalta que a desregulamentação da Previdência, da legislação trabalhista e outros cortes sociais vão garantir que os processos de acumulação de renda permaneçam. Segundo ele, o fator político, que levou o setores da economia a apoiar a entrada do governo golpista de Michel Temer (PMDB), foi o principal desencadeador de desestabilização da economia.

“Todos o ônus sobra para o trabalhador, o aposentado, para aquele que depende de um estado distribuidor de renda e das políticas sociais. Isso é um processo histórico e que nesse momento se agudizou”, finalizou o professor.

 

Fonte: Brasil de Fato

Bancos em 2016: concentração e lucro elevado mesmo com recessão

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São Paulo – O setor financeiro confirmou em 2016 a tendência de concentração e manteve lucros elevados, apesar da crise, constata o Dieese em estudo de sua Rede Bancários, divulgado nesta segunda-feira (17). “Os cinco maiores bancos do país tiveram desempenho muito expressivo, seja em termos de intermediação financeira (as principais contas dos bancos) ou de resultado operacional, a despeito do adverso cenário econômico e da queda observada no resultado líquido em comparação com o ano anterior”, diz o instituto.

“Permanece a necessidade de se ampliar e se aprofundar o debate sobre o papel desempenhado pelo sistema financeiro nacional, especialmente no que se refere aos três maiores bancos privados”, acrescenta o Dieese, em referência a Bradesco, Itaú e Santander. Somados o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, os cinco concentram 87% das operações de crédito.

Em relação ao emprego, o número de trabalhadores tem queda contínua desde 2012, aponta o Dieese, mas houve pequena variação (-0,1%) de 2015 (433.015) para 2016 (432.518), uma perda de 497 vagas. Quatro dos cinco maiores bancos fecharam postos de trabalho, com destaque para o BB, que eliminou 8.569, queda de 7,8%. O banco teve um plano especial de estímulo à aposentadoria, com 9.409 adesões. Fechou o ano com 100.622 empregados.

A Caixa, que fechou 2.480 vagas (-2,5%), também fez um plano de apoio à aposentadoria. E deverá cortar mais postos de trabalho neste ano, já que abriu novo programa de estímulo ao desligamento de mão de obra. No final de 2016, estava com 94.978 funcionários.

Entre os privados, o Santander cortou 2.770 (-5,5%) e o Itaú Unibanco, 2.610 (-3,1%). A exceção foi o Bradesco, com abertura de 15.932 vagas (17,2%). Mas na conta entra a incorporação do HSBC – sem isso, o banco cortou 4.790 postos de trabalho de setembro de 2015 a setembro do ano passado. No final de 2016, o Bradesco estava com 108.793 funcionários, o Itaú tinha 80.871 e o Santander, com 47.254 empregados.

O Itaú fechou 168 agências e o Santander, oito, no ano passado. BB e Caixa têm 11 e oito a mais em relação a 2015, respectivamente, mas o Dieese lembra que os dois bancos planejam fechar centenas de agências neste ano. O saldo de 807 no caso do Bradesco leva em consideração, mais uma vez, a incorporação do HSBC.

O lucro líquido dos cinco maiores bancos brasileiros somou R$ 59,6 bilhões em 2016, queda de 12,1% em relação ao ano anterior. Segundo o Dieese, o resultado pode ser explicado, entre outros motivos, pelo fato de as empresas terem feito “forte provisionamento” e por não usarem créditos tributários. O maior lucro foi registrado pelo Itaú: R$ 22,2 bilhões, redução de 7%, enquanto o Bradesco teve R$ 17,1 bilhões, diminuição de 4,2%.

Já o BB teve queda de 44,2%, para R$ 8 bilhões, mas o Dieese observa que esse dado deve ser relativizado por causa do impacto, em 2015, de acordo do BB com a Cielo, no segmento de pagamento eletrônicos. O lucro da Caixa, de R$ 5 bilhões, caiu 3%, mas o resultado operacional cresceu 271,5%, “devido à melhora no resultado da intermediação financeira, em especial, de resultados com operações de crédito e com títulos e valores mobiliários”. A exceção de 2016 foi o Santander, cujo lucro líquido aumentou 10,8% sobre 2015 e atingiu R$ 7,3 bilhões.

A íntegra do estudo pode ser lida no site do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

BB tem condições de reduzir estrutura de custos, diz presidente

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O presidente-executivo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse nesta quinta-feira (13/04) estar inconformado com a atual estrutura de custos do grupo, que trabalha para apresentar um resultado melhor do que o previsto para 2017.

“Não estou nem um pouco confortável com esse guidance (estimativa do banco)”, disse Caffarelli em entrevista à Reuters sobre a previsão de alta de 1,5% a 4,5% das despesas administrativas neste ano.

O executivo reforçou que o BB deve ter neste ano uma redução ao redor de R$ 2,3 bilhões com quadro de funcionários e espera corte anual de R$ 750 milhões como resultado de revisão de contratos de processos internos.

“Ganho de eficiência virou uma questão quase dogmática aqui”, disse.

As declarações do executivo acontecem perto de Caffarelli completar um ano à frente do BB e cinco meses depois do banco ter anunciado um plano de redução de custos que envolveu a demissão voluntária de 9,4 mil funcionários e o fechamento ou redução de cerca de 800 agências.

Nos últimos meses, as ações do BB têm subido fortemente, refletindo a expectativa de investidores de que o banco está a caminho de elevar seus níveis de rentabilidade e de capital.

Para Caffarelli, o BB atingirá esses objetivos sem ter que recorrer à injeção de recursos do controlador o governo federal e à venda de ativos. O banco já tem sinalizado intenção de se desfazer do que considera ativos não essenciais, como a participação na elétrica Neoenergia.

“Não contamos com recursos de vendas de ativos para reforçar o capital”, disse.

No caso do argentino Banco Patagonia, do qual o BB é controlador, o plano já revelado de venda de participação se dará preferencialmente por uma oferta de ações no mercado, disse Caffarelli.

A venda de participação no Banco Votorantim está fora de questão, afirmou, assim como de fatias em braços de negócios internos do banco em áreas como custódia ou de cartões, em moldes semelhantes ao que fez quando abriu o capital de sua subsidiária BB Seguridade .

“Não faz sentido nesse momento abrir mão de parte da receita futura desses negócios”, disse Caffarelli durante visita aos escritórios da Thomson Reuters.

Melhora no cenário
Segundo o presidente do BB, uma melhora da atividade econômica no país já se refletiu num aumento de cerca de 20% no volume de empréstimos concedidos pelo banco para consumo desde janeiro.

“No consignado, o ritmo é o melhor desde 2014”, disse Caffarelli.

Já em grandes empresas, um dos segmentos que tem mais pressionado a qualidade das carteiras de bancos nos últimos trimestres, o executivo disse que o nível de inadimplência do BB no setor pode ter leve alta neste primeiro semestre, mas a tendência prevista para a partir de então é de queda.

Além disso, Caffarelli disse não esperar que o BB tenha que fazer mais alguma provisão significativa para perdas com inadimplência de algum grande cliente. Nos últimos trimestres, todos os grandes bancos do país reservaram bilhões de reais para perdas esperadas com calotes de grandes grupos como Oi e Sete Brasil, que estão em recuperação judicial.

Nova vice-presidência
Caffarelli disse que o banco submeterá ao conselho de administração proposta de criar uma nova vice-presidência de seguros, que será o ocupada pelo presidente da subsidiária BB Seguridade, José Maurício Pereira Coelho.

Segundo o presidente do BB, a medida visa a melhorar a governança do grupo, dado que a subsidiária responde por importante parcela das receitas do conglomerado.

“Mas o custo de criação dessa vice-presidência é zero”, garantiu Caffarelli.

(Por Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal)

Fonte: Época Negócios

Paulo Gustavo é Dona Hermínia em nova campanha do BB

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Com o conceito “Pensando bem, dá!”, comunicação divulga as soluções de crédito por meio de peças para TV, rádio, internet, cinema e revistas.

Para divulgar as soluções de crédito do Banco do Brasil, a agência Lew’Lara\TBWA coloca no ar essa semana campanha publicitária estrelada por Dona Hermínia, personagem interpretada pelo comediante Paulo Gustavo. O conceito “Pensando bem, dá!” reforça a preocupação do banco em oferecer crédito responsável para os seus clientes de conta física e jurídica que, por meio do aplicativo do banco, podem simular parcelas e outros serviços. A comunicação conta série de filmes para TV e cinema, spots para rádio, anúncios em revistas, mídia OOH e ações nas redes sociais.

Intitulado “Dona Hermínia”, o comercial de lançamento tem como cenário a casa de Dona Hermínia que, de forma bem humorada, comenta a história de sua vizinha que não tem dinheiro para reformar a cozinha. A personagem sugere então que a vizinha pegue crédito no Banco do Brasil.

Em versões de 30” e 60”, o filme estreia em break exclusivo do Jornal Nacional e posteriormente em TV fechada e internet.

 

Fonte: Inteligemcia

Comissão busca acelerar reabertura de agências do BB alvos de explosões no PE

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Na próxima segunda-feira (24), um grupo formado por representantes das Secretarias Estaduais de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Defesa Social (SDS) e Planejamento e Gestão (Seplag), Procon/PE e Banco do Brasil se reunirá para acelerar a reabertura das agências do Banco do Brasil que foram alvo de explosões nos últimos anos em Pernambuco, principalmente no interior.

A comissão foi definida durante uma reunião ocorrida na sede da SJDH, na qual o secretário da pasta, Pedro Eurico colocou espaços públicos à disposição da entidade para a instalação de agências de forma temporária e em caráter emergencial.

“Esta é uma demanda permanente do governador Paulo Câmara. O nosso principal problema reside no enfraquecimento da economia dos pequenos municípios, devido a considerável diminuição da circulação de dinheiro nas regiões mais prejudicadas” explicou Eurico.

Durante a reunião foi debatido um mapeamento das cidades mais afetadas para o restabelecimento imediato das atividades e a cessão de imagens que contribuam com os trabalhos de investigação da Polícia Civil também pautaram o encontro.

Para o secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, “há uma resistência muito grande por parte dos bancos na instalação de apetrechos que inutilizem as cédulas e, consequentemente, tornem as ações menos atrativas para os criminosos”.

Segundo dados do Banco do Brasil, Pernambuco conta com 184 agências da instituição financeira distribuídas por todo o estado. Deste total, 77 sofreram explosões, 24 já foram totalmente reabertas, outras 32 estão funcionando parcialmente e as 21 demais continuam fechadas.

“Temos total interesse no restabelecimento pleno das nossas unidades e estamos trabalhando fortemente para isso” garantiu o superintendente do Banco do Brasil no estado, Nassib Lomes.

 

Fonte: Blog da Folha de Pernambuco

Bancários do BB não têm o que comemorar nos 100 anos da instituição

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O Banco do Brasil completa 100 anos no mês de abril em meio a um desmonte na instituição que atinge diretamente correntistas e funcionários. No Estado, já foram fechadas duas agências e a Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex), o que é contraditório, já que o Espírito Santo é exportador.

De acordo com o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), todas as medidas tomadas pelo banco sofreram protestos de clientes e trabalhadores. Foram fechadas as agências Moscoso e Rio Branco, em Vitória; e as agências Expedito Garcia, em Cariacica, e Jardim Limoeiro, na Serra, foram transformadas em postos de atendimentos.

Somente na Rio Branco havia 6,2 mil contas de pessoa física e 1,5 mil de pessoa jurídica. Já a agência Moscoso tinha 11 mil contas de pessoa física e 850 de pessoa jurídica.

No caso da agência Moscoso, a carteira de clientes foi transferida para a agência Pio XII, no Centro de Vitória, e para agências digitais, assim como os clientes da Rio Branco foram transferidas para a agência Praia do Canto, na Avenida Reta da Penha e também para as digitais.

A reestruturação foi anunciada sem diálogo com os trabalhadores ou com as representações dele. Esta medida foi tomada visando uma economia de R$ 750 milhões em despesas, no entanto, o número de funcionários já é insuficiente para atender à demanda de usuários.

O sindicato também ressalta que a estratégia do banco é focar nas ferramentas de atendimento digital, que começaram a ser implantadas em 2014, com foco nos clientes de alta renda. No entanto, para os bancários, este modelo representa sobrecarga de trabalho, desrespeito à jornada de trabalho e aumento de pressão para cumprimento de metas.

O trabalho no BB Digital – que tem atendimento feito por telefone ou online – inclui os bancários em condições de trabalho semelhantes às do telemarketing, que garante ao empregado o direito de dois intervalos de 10 minutos contínuos, após a primeira e antes da última hora trabalhada.

Suportar a pressão à custa de muita energia e antidepressivos?

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No nosso cotidiano o mais comum não é um vendaval de pressões e estresse, mas as várias pequenas situações que vão se somando e que transformamos em um vendaval

Você conhece a fábula “O bambu e o carvalho”, do escritor grego Esopo? Aquela que nos ensina que devemos ter mais flexibilidade e cuidar de nossas emoções no dia a dia. Se já a conhecia, vale a pena lê-la novamente. Senão, leia-a com muita atenção.

– Condoo-me de você, disse orgulhoso o carvalho a um caniço de bambu. Mal sopra branda aragem e aí está a inclinar-se, a tremer, a humilhar-se e dobrar-se. Faça como eu. Por mais rijo que sopre o furacão, oponho-me altivo, obrigo-o a quebrar-se de encontro a mim, a desviar-se.

— Quisera fazer assim, mas não posso, respondeu o caniço. Você é robusto e eu, fraco. Suas raízes enterram-se rijas pela terra adentro. As minhas espalham-se pela superfície.

O carvalho sorriu, desdenhoso e sobranceiro.

Subitamente levanta-se uma formidável ventania, um furacão. O carvalho quer resistir. Porém, com o seu ímpeto, o furacão o arranca pelas raízes. O caniço, porém, havia vergado, havia se inclinado até o chão e, quando passou o tufão, reergueu-se sem ter sofrido dano algum.

Que lições podemos tirar da flexibilidade do bambu, que apesar da sua fragilidade, comparada à robustez do carvalho, sobrevive ao furacão, enquanto o frondoso carvalho é arrancado com raízes e tudo? Como podemos utilizar essa metáfora em nosso dia a dia e, com sabedoria, termos a flexibilidade do bambu para passar ilesos pelo vendaval?

Diante das pressões do dia a dia, a nossa tendência natural é tentar resistir à pressão. Tentamos suportar, ser mais fortes do que ela, lutar contra ela com todas as nossas forças. Essa estratégia muitas vezes funciona. Mesmo às custas de muita energia, terapia e antidepressivos.

Isso acontece porque quando somos submetidos à pressão, geralmente, ativamos o “modo sobrevivência”, e tentamos lutar ou fugir.

No nosso cotidiano, se pararmos para observar, o mais comum não é um vendaval de pressões e estresse. Mas as várias pequenas situações de estresse que vão se somando e se parecem com um vendaval. Por exemplo, ao sair de casa, você se depara com o trânsito congestionado e o transporte público lotado. Se olharmos esse fato isoladamente, ele não tem o potencial de gerar grandes desconfortos. É desconfortável, mas o que incomoda realmente é o acúmulo de todas as tensões e pequenos desconfortos como a cara feia de um colega de trabalho, o filho que vai mal na escola e por aí vai.

Para lidar com tudo isso, precisamos separar alguns momentos em nosso dia para refletir sobre qual é a importância que estou dando para cada um desses fatos. Pergunte-se: Esse fato isolado, que significado tem? Será que não estou dando uma importância maior do que ele realmente tem?

Precisamos separar alguns momentos em nosso dia para cuidar da nossa saúde emocional. E cuidar dela é algo que exige treino, dia após dia. Não é algo que possamos comprar. É algo que cultivamos dentro de nós.

Esses momentos para cuidar de nós próprios são como o curvar do bambu diante da ventania. O primeiro passo é reservar um momento para perceber e se perguntar: Quais emoções eu vivi hoje? Quantas dessas foram negativas? E ao se dar conta disso existe um jeito rápido de começar a mudar a percepção e a reação a eles.

Mude o foco – Em vez de ficar remoendo o problema, tome uma respiração profunda e procure olhar para a solução. Passe a relembrar os momentos alegres que teve no seu dia. O sorriso do seu filho, um abraço da companheira(o), uma conversa produtiva com um colega do trabalho…

Direcione o foco para as qualidades que você já tem. Coragem, iniciativa, sinceridade, carinho, amor, compaixão, altruísmo, benevolência, cooperação – mesmo que você não pratique isso o tempo todo. Certamente, existe na sua história de vida momentos em que você agiu com bondade. E se você foi capaz de fazer isso uma vez, você é capaz de repeti-lo.

Ao mudar o foco e relembrar desses momentos positivos, começamos a construir um estado emocional melhor. E, acredite, podemos fabricar qualquer emoção que quisermos viver. Basta seguir a fórmula que irei passar nos artigos subsequentes. E a mudança de foco é uma parte importante desse processo.

Não podemos evitar momentos dolorosos, mas viver em sofrimento é uma opção. E você pode escolher viver na abundância e felicidade. Você merece!!!

Marcelo Katayama – Médico e terapeuta da Núcleo Ser Treinamento e Consultoria.

Ação coletiva da AGEBB exige a continuidade do pagamento de comissões a gerentes do BB. Prazo prorrogado até 5/5

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Os beneficiados, inicialmente por liminar, serão os executivos descomissionados que recebem comissão de função há pelo menos 10 anos e fazem parte do quadro de associados da AGEBB

A exemplo da liminar concedida pela Justiça do Trabalho de Santa Catarina, no fim de março, a AGEBB decidiu entrar como uma ação coletiva pela manutenção do pagamento dos salários pela média dos últimos 10 anos aos gerentes descomissionados. “A luz amarela acendeu quando nos deparamos com o fato de que, entre 15 de maio e 10 de junho, muitos gerentes deixarão de receber o ´esmolão´”, diz o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Junior.

O texto da ação está pronto e será apresentado à Justiça em maio. Inicialmente, será pedida uma liminar, que tem efeito imediato, até que seja julgado o mérito da ação proposta pela AGEBB. É fundamental destacar que, pelo estatuto interno, a entidade pode incluir na ação apenas os associados à entidade. Por isso, é imprescindível que os gerentes descomissionados que ainda não fazem parte do quadro de sócios solicitem a sua inclusão nele até o dia 28 de abril, para que os seus nomes sejam incluídos na lista entregue à Justiça, caso a liminar seja concedida.

Súmula 372 – A Justiça de Santa Catarina concedeu no fim do mês de março liminar que obriga o Banco do Brasil, até a audiência inicial (ainda não agendada), a manter o pagamento dos salários pela média dos 10 anos anteriores à data da supressão das comissões. Os beneficiados são os gestores e caixas efetivados da base territorial do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região que exercem funções comissionadas por tempo igual ou superior a esse período.

A ação tomou como base a Súmula 372, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a qual estabelece que os empregados efetivados em função e/ou atividade gratificada por período igual ou superior a 10 anos, ininterruptos, não podem ter suas gratificações e complementos salariais suprimidos ou reduzidos, sem justo motivo.

Para o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Junior, a entidade, desde o lançamento do plano de reestruturação, tem chamado a atenção do banco para a questão da Súmula 372 e a geração de passivos trabalhistas, além das injustiças contra os gestores em todo o país. “Dezenas de gerentes de unidade e Genegs foram ou ainda serão descomissionados ou rebaixados, de acordo com levantamento realizado pela associação dos gerentes. Nas conversas que temos mantido permanentemente com executivos do BB, sempre recebemos a garantia de que todos os gerentes seriam realocados, o que não tem ocorrido em todas as situações”, afirma Vianna Junior. “A AGEBB quer fazer valer o direito da manutenção dos ganhos, sem qualquer redução, para os gerentes que há mais de 10 anos recebem comissão de função”, ressalta o presidente da entidade.

ATUALIZAÇÃO – 28/4

Caro associado,
Por exigência da Justiça, todos os sócios interessados na ação coletiva impetrada pela AGEBB, que exige a continuidade do pagamento dos salários pela média dos últimos 10 anos aos gerentes descomissionados, devem fornecer uma autorização (clique aqui para fazer o download do documento) à associação.
O documento deve ser preenchido, assinado – não é necessário reconhecer a firma – e, em seguida, uma cópia deve ser enviada para o e-mailagebb@agebb.com.br, até o dia 5 de maio de 2017. A propósito, este é também o prazo final para os gerentes que ainda não fazem parte do quadro de sócios solicitarem a sua inclusão nele para que os seus nomes sejam incluídos na lista entregue à Justiça caso a liminar seja concedida.
Se houver alguma dúvida, por favor, entre em contato com a AGEBB pelo e-mail agebb@agebb.com.br ou ligue (11) 3104-4441.
 
Francisco Vianna de Oliveira Junior
Presidente da AGEBB

Publicada Decisão sobre a cobrança de mensalidades do FEAS

Publicado em: 13/04/2017

Foi publicada na segunda-feira, 10/04/2017, a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP) sobre o recurso apresentado pela AFACEESP, mantendo a autorização para a cobrança das mensalidades dos beneficiários que fazem parte da ação coletiva relacionada ao Plano Feas.

Com a retomada do processo de cobrança das mensalidades, o beneficiário deve ficar atento quanto à pontualidade nos pagamentos, para que possa usufruir plenamente de seu plano de saúde.

Quanto à cobrança das mensalidades retroativas, que não foram pagas durante a vigência da liminar, a determinação do Desembargador é para que seja aguardada a decisão final do Tribunal Superior do Trabalho (Brasília) sobre a matéria.

O Economus continuará defendendo os interesses dos beneficiários e estuda as alternativas judiciais cabíveis para manter a saúde financeira do Feas e garantir a assistência a todos.

Importante ressaltar que caso o beneficiário pretenda rever sua participação neste processo, deve contatar o advogado responsável pela causa.

Saiba mais sobre o histórico do processo aqui.

Vereadores de São Paulo convidam presidentes de grandes devedores para CPI da Dívida Ativa

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Vereadores paulistanos aprovaram, cuidadosamente, requerimentos para convidar executivos das maiores empresas devedoras do município de São Paulo a prestar esclarecimentos na CPI da Dívida Ativa. Entre eles os presidentes do Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Correios e Infraero. Há quem ache que os interesses dos representantes do povo para fazer tais convites vão além do espírito republicano.

 

Fonte: Época

Plano de recuperação da construtora PDG prevê novo aporte de bancos

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De maior incorporadora do País, a PDG virou um poço de problemas para os credores – majoritariamente bancos – e, principalmente, para seus clientes. Em recuperação judicial desde 22 de fevereiro, no maior processo do gênero no setor imobiliário, a empresa deve apresentar à Justiça até maio seu plano de reestruturação para tentar se reerguer. O desafio maior será concluir os 30 empreendimentos em andamento, 17 dos quais estão paralisados.

Segundo fontes ouvidas pelo Estado, a tarefa não será nada fácil. Com uma dívida total de cerca de R$ 7,8 bilhões – dos quais R$ 6,2 bilhões no processo de recuperação judicial, aprovado pela Justiça em 2 de março, além de cerca de R$ 1,6 bilhão não incluído no processo –, a PDG não tem hoje dinheiro para comprar um tijolo sequer.

Da dívida total, R$ 1 bilhão refere-se a ações de clientes, que somam cerca de 20 mil pessoas – caso do casal Gizele Vieira e Thiago de Oliveira, que desistiu da compra do apartamento após a construtora informar que a obra atrasaria um ano e meio. Eles tiveram de refazer seus planos e hoje engrossam a lista de credores da PDG.

Em um mercado marcado por baixa demanda por imóveis, altos níveis de rescisão de contratos (distratos) e crédito restrito para as próprias incorporadoras, a PDG, que contratou a consultoria RK Partners e o escritório de advocacia E. Munhoz, vai tentar levantar dinheiro novo com os bancos credores, como Bradesco, Itaú, Caixa e Banco do Brasil, para conseguir terminar as obras. A propostatambém prevê a venda de apartamentos em estoque e terrenos para fazer caixa. Procurados, RK e E. Munhoz não comentam.

Recursos

Fontes a par do assunto afirmaram ao Estado que a companhia precisa de pelo menos R$ 500 milhões para terminar as obras. “Há mais possibilidade de os bancos colocarem dinheiro em construções em estágio avançado porque, dessa forma, podem vender os apartamentos ou pegá-los como garantia”, afirmou uma pessoa ligada a um dos credores. “Mas, para as obras que ainda estão no início, a alternativa seria repassar os empreendimentos a outras incorporadoras ou convencer os clientes a bancar o término das obras.” Procurados, os bancos não comentaram.

No mercado, há ceticismo em relação à recuperação plena da empresa, que chegou a ser avaliada em Bolsa em R$ 14 bilhões, em 2010, e hoje vale R$ 103 milhões. Em 2016, a PDG encerrou com prejuízo líquido de R$ 5,43 bilhões. O patrimônio líquido ficou negativo em R$ 3,4 bilhões. Ou seja, o valor das obrigações é superior ao dos ativos.

“A dívida é insustentável. A PDG adotou estratégias erradas: cresceu desordenadamente em regiões que não tinham como ter escala e buscou atender públicos muito diferentes”, disse uma fonte de mercado. Ainda assim, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, a recuperação judicial foi o melhor caminho. “Não acredito em risco sistêmico, mas uma falência poderia prejudicar o setor”, disse outra fonte.

Futuro. Vladimir Ranesvsky, presidente da empresa, faz um “mea culpa” e reconhece que a PDG tinha um projeto de atuação nacional com imóveis de vários padrões, para diversos públicos, que não funcionou. Isso vai mudar. “O foco será tornar a PDG uma companhia bem menor, mas rentável e capaz de honrar seus compromissos.”

Hoje presente em nove Estados, o grupo deve focar em poucas capitais, mas não definiu qual será o seu nicho de mercado. Colocar esse plano em prática, porém, ainda depende do aval dos credores.

 

Fonte: Isto É Dinheiro

A Caixa é mais suscetível a “pressões de cima”, diz Marcelo Odebrecht

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SÃO PAULO – O executivo Marcelo Odebrecht disse em seu depoimento para a força-tarefa da Operação Lava-Jato que a Caixa Econômica Federal seria um banco “mais suscetível a pressões de cima”. A delação foi divulgada pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin

“Tenho que reconhecer”, disse Marcelo, avaliando que talvez isso se explique pelo caráter mais político das diretorias.

A avaliação foi feita em comparação com o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que seriam “menos suscetíveis”.

Ele relata que, se a presidente pedisse para um ministro resolver uma questão na CEF, “funciona”. “No Banco do Brasil, a gente sente que o corporativismo é mais forte e que uma pressão de cima funciona menos”.

Os comentários foram feitos após o ex-presidente do grupo Odebrecht relatar o processo de entrada da empresa no projeto da Arena Corinthians para a Copa do Mundo.

Isso se deu, segundo o executivo, por um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao seu pai, Emílio Odebrecht.

De início, o combinado seria que o financiamento seira arcado pelo BNDES, mas o repassador seria a Caixa. Depois, a ex-presidente Dilma Rousseff teria definido que a função de repassador ficaria a cargo do BB.

“Ela queria uma coisa mais segura, ‘confiável’, ela usou esse termo”, disse, complementando que Dilma não detalhou a razão dessa avaliação.

Posteriormente, o repasse voltaria a ser função da Caixa.

Fonte: Valor Econômico