Contraf-CUT solicita ao BB a reabertura das negociações para mudança estatutária na Cassi

Publicado em: 29/05/2019

Foi encerrada nesta segunda-feira 27, a votação da mudança estatutária da Cassi. Apesar do SIM ter vencido o pleito com 55.444 votos contra 49.577 votos do NÃO, a proposta não alcançou os dois terços necessários para aprovação.

“Diante dos avanços em relação a proposta rejeitada em 2018 e da atual situação da Cassi, o Sindicato teve responsabilidade em indicar o voto SIM, o que afastaria o risco de uma intervenção da ANS. A democracia e o estatuto da Cassi são soberanos. A partir de agora estaremos, como sempre estivemos, atentos nas consequências do resultado e defendendo os interesses e direitos dos associados”, diz o diretor do Sindicato e bancário do BB, João Fukunaga.

A Contraf-CUT enviou, na terça-feira 28, um ofício ao Banco do Brasil solicitando reabertura das negociações da mesa da Cassi. O mesmo fez a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) na mesma data. Já no dia seguinte fez o mesmo a Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédito (Contec) e a AGEBB deve encaminhar um documento nos próximos dias.

O total de votantes na consulta foi de 110.196 associados, com votos favoráveis de 55.444 associados. O restante do votos ficou assim divididos: 49.577 votos NÃO, 2.131 votos em branco e 3.044 votos nulos. Para aprovação da reforma estatutária que injetaria mais recursos na Cassi seriam necessários 70.014 votos favoráveis, considerando o quórum da consulta.

“Considerando a urgência em se encontrar uma solução financeira e de melhoria de governança para a sustentabilidade da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, o ofício enviado ao BB solicita retomar as tratativas para se chegar a um entendimento sobre o futuro da Cassi”, afirma Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Fonte Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Privatização dos bancos públicos: mais de 50% das cidades ficarão sem agências

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Números do Banco central reforçam o que as entidades representativas dos empregados da Caixa Econômica Federal têm repetido diuturnamente: sem bancos públicos não há desenvolvimento econômico e social para o Brasil. Atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agência bancária, 950 municípios (17%) são atendidos apenas por bancos públicos. Caso os bancos públicos sejam privatizados, 57% das cidades brasileiras ficarão sem agências bancárias.

“Isso significa que a população será privada de serviços bancários e de políticas sociais na área da habitação, da educação, do esporte, dentre outras. Os bancos privados não têm interesse em prestar serviços para a população menos favorecida e tampouco se instalar em cidades e bairros afastados dos grandes centros comerciais e financeiros”, alerta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Ferreira.

O dirigente lembra o importante papel dessas instituições no financiamento de projetos necessários ao desenvolvimento econômico, em atividades anticíclicas quando de crises e na bancarização, no acesso da população de menor renda aos programas sociais e às atividades bancárias, suprindo lacunas deixadas pelos bancos privados nacionais e estrangeiros.

Rondônia é um dos estados mais afetados pelo problema. Dos 15 municípios do estado, apenas seis contam com agências e, em cinco, são só agências de bancos públicos.

Fonte: Federação dos Bancários do Estado do Paraná

Bolsonaro sobre privatizações: ”Na Caixa e no BB, não pretendo mexer”

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Em café da manhã com jornalistas, nesta quinta-feira (23/5), o presidente Jair Bolsonaro mencionou que vem aí um programa de privatizações forte e em várias etapas. Citou que para os Correios, por exemplo, já há sinal verde. O secretário que comanda a área de privatizações no Ministério da Economia, Salim Mattar, está trabalhando ainda na área de refino da Petrobras, setor que o presidente espera que ajude a reduzir o preço do gás.

Mas há duas instituições que ele, pessoalmente, não pretende incluir nessa programação: Caixa Econômica e Banco do Brasil. “Não pretendo mexer”, disse. E previu: “Vai ter uma grita aí”. Vale lembrar que, nos Estados Unidos, o ministro Paulo Guedes havia mencionado a perspectiva de privatização do Banco do Brasil.

Coaf e relação com o Congresso

Em termos de organização de governo, o presidente tem esperanças em ver a Medida Provisória 870, que organizou o governo, aprovada até a semana que vem nas duas Casas e minimizou o fato de a Câmara ter devolvido o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ao Ministério da Economia. “Foi um a um o jogo ontem, né? Faz parte, o Parlamento tem legitimidade para mudar”, disse ele, ressaltando a independência do Congresso. “Não temos base fixa. De acordo com o entendimento, votam de uma forma ou de outra. O Parlamento é um Poder independente, conforme está na Constituição”, disse ele.

O presidente ressaltou ainda que não se referiu especificamente aos congressistas quando mencionou, na segunda-feira, que o problema do país é a sua classe politica. “Foi um comentário geral. Estamos, nós, políticos, no poder desde que saiu o (presidente João Batista) Figueiredo. Um deputado não aguenta ouvir isso daí? Tá chateado? Eu me incluo no bolo”, afirmou.

Ele disse ainda que os 28 anos de parlamento deram uma ideia do que ele enfrentaria nessa relação. “Estamos mudando um paradigma”, disse, citando como exemplo o corte de um patrocínio de R$ 800 milhões da Petrobras a uma empresa de Fórmula 1. “Quando mexe, bota gente poderosa contra. Não sou o dono da verdade, mas procurarei mudar o Brasil. Então, o tiro vem. Poderia estar reeleito deputado federal, poderia estar no Senado ou aposentado. Mas estou feliz, tive a oportunidade de escolher os meus ministros. Agora, às vezes, é um parto sem respiração. Eu tenho engolido sapos até pela fosseta lacrimal”, disse o presidente.

Fonte: Estado de Minas

BB fica na 20ª posição no ranking das 50 marcas mais valiosas do Brasil

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Conceitos que geram negócio e dirigem a trajetória de uma companhia. O ranking das 50 marcas mais valiosas do Brasil, divulgado pela Kantar com exclusividade para a CM, traz as ideias e iniciativas de empresas que mais geraram lucro, investimento e fidelidade do cliente no país em 2019.

Em um seminário realizado nesta terça-feira (28), a Kantar, em parceria com a IstoÉ Dinheiro e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), apontou os resultados da pesquisa anual que estabelece um ranqueamento das marcas de acordo com seu crescimento no mercado financeiro, seu aumento de fidelidade e compradores.

Segundo Eric Salama, CEO Global da Kantar, é preciso entender o que move o comportamento do consumidor, codificar novos nichos e buscar novas oportunidades. “Você precisa entender os benefícios e os desejos do novo consumidor, como ele gasta o dinheiro e o que ele busca alcançar. O consumidor quer uma prova do produto, viver uma experiência, ele tem outros desejos hoje”, conta.

Sonia Bueno destaca o case da Coca-Cola, que penetra em 85% dos lares brasileiros e se tornou uma opção para quase a totalidade deles. “As marcas precisam sair da zona de conforto, oferecer novas soluções, inovadoras, comunicar e transformar o seu negócio”, afirma a CEO Brasil da Kantar.

Metodologia

Diversos rankings são desenvolvidos pela empresa, entre eles o das marcas mais fortes e mais valiosas. Para esses estudos, a metodologia para avaliação é feita a partir de três indicadores: o valor da marca, o poder da marca e a escolha da marca.

Eric Salama revela que comunicação, inovação, experiência para o consumidor, comunicação multiplataforma e engajamento são pontos chave para o desenvolvimento de qualquer marca e que o Brasil deve investir nisso. “Marcas brasileiras são fortes, mas precisam investir mais para fazer o consumidor se apaixonar, saber que o que ele está consumindo é diferente do resto e não se prender à referências de fora”, revela.

Eduardo Tomiya, Managing Director da Kantar no Brasil, reforçou a ideia de que significado e diferenciação são indispensáveis para o crescimento de qualquer empresa. “A reputação e o conceito talvez sejam os ativos mais importantes de uma marca”, finaliza.

Confira o ranking completo abaixo

1- Bradesco

2- Itaú

3- Skol

4- Brahma

5- Globo

6- Antarctica

7- Magazine Luiza

8- Petrobras

9- Renner

10- Amil

11- Natura

12- Ypê

13- Sadia

14- Bohemia

15- Ipiranga

16- Lojas Americanas

17- Ypióca

18- Vivo

19- Embratel

20- Banco do Brasil

21- NET

22- Localiza

23- Drogasil

24- Porto Seguro

25- B3

26- Droga Raia

27- Seara

28- Schin

29- Netshoes

30- CVC

31- TOTVS

32- Cielo

33- Pão de Açúcar

34- Casas Bahia

35- Suvinil

36- Iguatemi

37- SBT

38- Caixa

39- Bauducco

40- Gol

41- Estácio

42- Buscapé

43- Havaianas

44- Fleury

45- Smiles

46- Arezzo

47- Dorflex

48- Tigre

49- Perdigão

50- Extra

Fonte: Consumidor Moderno

Entre janeiro e abril, bancos eliminaram 1.720 postos de trabalho, aponta Caged

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Nos primeiros quatro meses do ano, o setor bancário eliminou 1.720 postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério da Economia.

No ano passado, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander lucraram R$ 85,9 bilhões, crescimento de 16,2% em relação a 2017, quando essas empresas que respondem por 90% dos empregos bancários no país lucraram R$ 74 bilhões.

“Os bancos que já publicaram seus balanços trimestrais (Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil) tiveram lucros superiores ao mesmo período do ano passado e também em relação ao último trimestre de 2018, ano de resultados recordes no setor financeiro. Ao invés de colaborar para a retomada econômica do país, uma vez que possui todas as condições para isso, o setor financeiro agrava a já altíssima taxa de desemprego, pratica juros extorsivos e defende a reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria pública, solidária e para todos. Sobra ganância e falta responsabilidade social ao setor”, critica a diretora do Sindicato Erica Oliveira.

Rotatividade

Como se não bastasse cortar postos de trabalho em um cenário de alto desemprego no país, os bancos ainda lucram com a rotatividade, demitindo bancários que ganham mais e contratando funcionários com salários mais baixos. De janeiro a abril, os bancários que ingressaram no setor recebiam em média 67% do que ganhavam os que foram desligados dos bancos.

Desigualdade de gênero

Outro dado que chama a atenção no recorte do setor bancário no Caged é a desigualdade de gênero. Nos quatro primeiros meses de 2019, as mulheres que ingressaram no setor recebiam em média 77% dos homens contratados no mesmo período. Entre os desligados, as mulheres recebiam em média 71% da remuneração dos homens desligados dos bancos.

Na última Campanha Nacional Unificada dos Bancários, no ano passado, a categoria conquistou a realização de um novo Censo da Diversidade, que deve iniciar este ano. O censo é uma ferramenta importante no combate às desigualdades de gênero e raça no setor bancário e para a promoção de políticas de igualdade de oportunidades para mulheres, PCDs (pessoas com deficiência) e negros.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Ministro Paulo Guedes quer ‘passar faca’ nas empresas estatais

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quarta-feira (22) que o governo começará “daqui a pouco” a privatizar “peixes grandes”, ao ressaltar que os recursos obtidos com as privatizações serão transferidos aos bancos por meio do pagamento dos juros da dívida pública.

Disse Guedes, durante um seminário sobre a reforma da Previdência em Brasília, que “por enquanto não tem peixe grande, só coisinha pequena aqui, concessões ali. Daqui a pouco vão entrar os grandes, nós vamos começar os grandes também. Está tudo sendo preparado”, destacou o ministro.

Em seguida, Guedes disse que o dinheiro arrecadado seria utilizado para o pagamento dos juros da dívida pública, que segundo ele, é uma vergonha para Brasil – já que este ano a expectativa do governo é de gastar R$ 360 bilhões com essa despesa.

“Com as privatizações, vamos travar essa despesa (com juros da dívida), que para o Brasil é uma vergonha”, afirmou Guedes.

Guedes não disse que peixes grandes são esses, mas no mês de março deste corrente ano, o ministro declarou durante um evento intitulado “A Nova Economia Liberal”, realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio, que se livraria de todas as estatais, inclusive a Petrobrás.

Disse Paulo Guedes: “Eu trouxe o Salim Mattar, com apetite enorme, doido para privatizar o máximo possível, doido para passar a faca…”, declarou, referindo-se ao secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, secretaria do Ministério da Economia com foco em privatizações.

Na quinta-feira (16), em Dallas (EUA), Guedes anunciou que pretende entregar o Banco do Brasil para o Bank of America.

As críticas declaradas por Paulo Guedes aos gastos do governo com juros são falaciosas, pois se Guedes estivesse realmente incomodado com os gastos do governo com a dívida pública, ele diminuiria os juros a patamares civilizados, por meio da redução da taxa básica de juros da economia (Selic), já que governo que tem o poder de definir essas taxas.

Mas, Bolsonaro pretende entregar definitivamente as decisões econômicas do País, inclusive as taxas de juros, para os monopólios financeiros que controlam o Banco Central, ao propor a lei que permite a autonomia ao Banco Central (BC).

Fonte: Hora do Povo

“Fusão do BB com banco americano era brincadeira de Paulo Guedes”, diz governo

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Um vídeo do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que poderia fundir o Banco do Brasil (BB) com o Bank of America (BoFa) – uma das principais instituições financeiras dos Estados Unidos – viralizou nas redes sociais. O discurso, apesar de verdadeiro, foi uma brincadeira que o ministro fez a uma plateia formada por empresários e investidores, segundo o próprio Guedes, o Ministério da Economia e o Banco do Brasil.

A frase foi dita por Guedes na quinta-feira passada (15), em Dallas, nos Estados Unidos, durante a cerimônia de entrega do prêmio “Personalidade do Ano” ao presidente Jair Bolsonaro pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

“Vamos tentar vender a Petrobras, tentar vender o Banco do Brasil. Ou, melhor, tentar fazer uma fusão do Banco do Brasil com o Bank of America. Eles são ótimos no mercado imobiliário e em empréstimos ao agronegócio. Então, vamos juntá-los. Já fizemos isso colocando Boeing e Embraer juntas. Vamos construir empresas transnacionais”, afirmou Guedes, em meio a risos na plateia.

Depois, a jornalistas, incluindo Raphael Sibilla, que cobriu o evento para a Gazeta do Povo, o ministro se explicou e disse que fez a afirmação apenas em tom de brincadeira e que usou uma metáfora para referir às negociações entre a americana Boeing e a brasileira Embraer.

A Boeing anunciou no fim de 2017 intenção de comprar a fabricante brasileira de aviões Embraer. Depois de quase um ano de negociações, elas chegaram em um acordo. Foi criada uma terceira empresa que ficará responsável pela fabricação e venda dos aviões comerciais da Embraer. Essa empresa terá a Boeing como acionista majoritária, com 80% das ações. A Embraer ficará somente com a fabricação e venda de aviões de defesa e jatos executivos.

Procurados pela reportagem, tanto o Ministério da Economia quanto o Banco do Brasil confirmaram que o ministro estava brincando ao falar entre uma associação do Banco do Brasil com o BoFa. O ministério da Economia também negou que esteja sendo avaliada uma fusão ou uma parceria entre os dois bancos nos mesmos moldes do acordo feito entre Embraer e Boeing.

Ministro já havia falado sobre fusão no ano passado

Apesar do tom de brincadeira, não foi a primeira vez que o ministro Paulo Guedes falou sobre uma eventual parceria entre o banco brasileiro e o norte-americano. Logo após a eleição de outubro de 2018, Guedes disse ao site “Poder360” que o Banco do Brasil e o Bank of America poderiam fazer um acordo para operarem juntos e que isso aumentaria a competição do setor bancário brasileiro.

Depois, também ao “Poder360”, Guedes falou que isso era uma ideia para ser discutida no futuro e não estaria necessariamente no plano de governo de Bolsonaro. “É uma ideia para ser discutida, se for o caso, lá no futuro.”

O ministro é amigo de Alexandre Bettamio, presidente do Bank of America para a América Latina, e chegou a convidar o banqueiro para assumir o Banco do Brasil. Bettamio, porém, não pôde aceitar o convite e Rubem Novaes foi nomeado presidente do banco brasileiro.

O Banco do Brasil é uma das principais estatais da União, considerada uma das “joias da coroa”, com valor de mercado de R$ 140 bilhões no início de abril e 108 mil funcionários, segundo dados referentes ao fim de 2018. Além de atuar como banco de varejo, seu diferencial é o atendimento ao setor de agronegócio, sendo responsável pelo Plano Safra.”

Fonte: Gazeta do Povo

Associação dos funcionários do BB vai à CVM contra conselheiros indicados

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A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) entrou com uma representação na CVM questionando a indicação de alguns indicados para o conselho de administração do banco. Motivo: conflito de interesse.

Há duas semanas, a Anabb já havia dado um voto na Assembléia Geral de Acionistas apontando o suposto conflito de interesses nas indicações de Guilherme Horn, Marcelo Serfaty, Beny Parnes e Mauricio Graccho Cardoso. O oficio à CVM repete os argumentos contidos no voto dado há quinze dias na AGE.

Segundo a Anabb, “um dos aspectos mais enfatizados hoje, nos programas de integridade e de compliance — ressaltados inclusive pelo TCU, AGU e CCU — tem sido a preservação da governança sem focos ou riscos de conflitos de interesse” (…) e “os conselheiros terão acesso a qualquer informação, inclusive informações confidenciais e privilegiadas, sobre os movimentos e desempenhos operacionais e financeiros dos ativos de todas as empresas do conglomerado Banco do Brasil”.

Fonte: O Globo

Caixa e Banco do Brasil perdem espaço no crédito, mas liderança não está ameaçada

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O Banco Central (BC) apresentou novos dados sobre a concentração no mercado financeiro. Os cinco bancões continuam respondendo por 85% das operações de crédito, 84% dos depósitos e 81% dos ativos do sistema, dentro de um universo de 172 bancos. No entanto, parece se consolidar uma tendência de menor participação dos bancos públicos, embora sigam líderes em diversos segmentos.

No Relatório de Economia Bancária (REB), o BC apresenta diversos recortes sobre o mercado, mas vamos centrar atenção na participação nos segmentos de pessoas físicas e jurídicas, bem como nas modalidades crédito imobiliário e rural.

A história que os dados do BC nos conta é a da mudança de orientação de governo na utilização dos bancos públicos como ferramenta de política parafiscal, que se encerrou em meados de 2016, com mudança de governo, e tende a se acentuar com um governo de orientação liberal, que quer reduzir a concentração e ampliar a concorrência.

Pessoas físicas

A participação da Caixa e do Banco do Brasil vem diminuindo desde 2016, quando chegou a 51,7%, e agora caiu para menos da metade do crédito para as pessoas físicas, ficando em 48,16% em 2018.

A Caixa, fechou o ano respondendo por 29,5% do mercado ante 32,58% em 2016. Já o BB caiu de 19,13% para 18,7%. O banco privado com melhor colocação no período foi o Itaú Unibanco, que fechou o ano passado com 12% desse segmento, marcando uma ampliação sobre os 11,77% de 2017, que tinha registrado queda sobre 11,91% de 2016.

Pessoas jurídicas

No financiamento às empresas, a predominância continua sendo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com 20,58% do estoque. Mas a fatia é menor que os 21,9% de 2016 e os 22,6% de 2015.

O banco de fomento vem observando redução na sua carteira, depois de observar crescimento na casa de 40% depois da crise de 2008. O ano passado também marcou a adoção da Taxa de Longo Prazo (TLP) no lugar da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), reduzindo o volume de subsídio nas operações do banco.

A segundo posição no segmento empresarial segue com o Banco do Brasil, que tem 18,7% do mercado, seguido pela Caixa, com 12% e pelo Bradesco, com 11,5%. Em comparação com 2016, BB perdeu mercado, enquanto Caixa e Bradesco ganharam espaço.

Imobiliário

Aqui, a Caixa continua sendo o “banco da casa própria”, como 70% do estoque de financiamentos, pouco acima dos 68,17% de 2016 e dos 69,96% de 2017.

O segundo colocado é o Banco do Brasil, com 8,2%, ampliando dos 7,86% de 2016. Entre os privados, o Bradesco é o melhor colocado, com 7,94% ante 7,26% de 2016. Itaú e Santander apresentam quedas marginais de participação.

Crédito rural

Aqui, o Banco do Brasil é o “banco do campo”, respondendo por 53,36% do estoque de crédito em 2018, menos que os 55,45% de 2017, mas acima dos 47,55% de 2016. A segunda colocação é do Bradesco com 6,54%, também menos que 2017 (7,21%), mas acima dos 6,14% de 2016.

Movimentações acontecerem nas demais posições. O Santander parece ter firmado posição em terceiro lugar, com 3,79%, menos que os 4,05% de 2017, mas acima dos 2,53% que tinha em 2016, quanto ocupava a quinta colocação.

Quem perdeu terreno no período, foi o Banco Cooperativo Sicredi, que era o terceiro em 2016, com 4,28%, não figurou entre os cinco maiores em 2017, e agora está em quinto lugar, com 2,67% em 2018.

O IHHn que aparece nas tabelas é o índice de Herfindahl-Hirschman Normalizado (IHHn) utilizado para medir a concentração no sistema. Ele oscila entre zero e um. O BC considera que mercados que registram valores correspondentes ao IHHn situados entre zero e 0,1000 são considerados de baixa concentração. Acima de 0,1000 até 0,1800, de moderada concentração e acima de 0,1800 até 1, de elevada concentração. Para o sistema financeiro como um todo, as medições então na faixa de moderada concentração.

Fonte: Seu Dinheiro

Negócio da China da Queiroz Galvão com o Banco do Brasil

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Tem chamado atenção no setor elétrico a negociação envolvendo R$ 800 milhões da dívida que a Queiroz Galvão Energia tinha com o Banco do Brasil.

A operação, conduzida pelo fundo americano CastleLake, que comprou os títulos da dívida, envolve um desconto inicial de 40% — o equivalente a R$ 315 milhões — e o pagamento de apenas 30% à vista.

A terceira parte do débito, envolvendo os 30% restantes, seria paga em três anos. Mas a garantia do pagamento são cotas de fundos de investimentos detidas pela CastleLake e posteriormente substituídas por ações de uma sociedade de propósito específico (SPE), que seria constituída para controlar empresas da Queiroz Galvão. No mercado, ninguém vê valor para assegurar uma operação tão grande.

Procurados, Banco do Brasil e Queiroz Galvão Energia não comentaram.

Fonte: Época Negócios

Neoenergia deve fazer oferta pública secundária de ações em julho

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A Neoenergia, segunda maior distribuidora de energia do Brasil, deve lançar uma oferta pública secundária de ações na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) “nos primeiros dias” de julho, segundo o presidente da empresa Iberdrola, Ignacio Galán. A espanhola Iberdrola é a controladora da Neoenergia, e atua nos segmentos de distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica. Por sua vez, a Neoenergia atua na distribuição de energia no Brasil, e entre as principais subsidiárias estão: Elektro, que opera em São Paulo e no Mato Grosso do Sul; Coelba, que opera na Bahia; Celpe, que opera em Pernambuco e Cosern, que opera Rio Grande do Norte.

Galán está em visita ao Brasil, para a inauguração de usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu, em Capanema, no Paraná. No evento, o executivo explicou que o cronograma prevê que “ao longo de todo o mês de junho serão feitos todos os ‘road shows’ (apresentações) e serão fixados os preços e todas as condições”. A oferta pública secundária de ações na Bolsa de Valores de São Paulo foi aprovada no último dia 29 de abril. Os principais sócios da empresa são: Iberdrola com participação de 52,45% (deve manter controle); Banco do Brasil (BBAS3) com participação de 9,34% (deve vender toda a fatia); e o Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) com participação de 38,21% (deve desfazer-se de parcela mínima). Foi solicitada a admissão para negociação dos títulos no segmento Novo Mercado da B3. A Neoenergia já tinha tentado estrear na Bolsa em 2017. Entretanto, na época, a precificação ofertada pelos investidores não agradou aos acionistas brasileiros.

A Iberdrola planeja uma oferta pública de distribuição de R$ 1,25 bilhão em debêntures. Segundo o economista da Suno Research, Tiago Reis, “as debêntures são títulos de dívida que uma Sociedade Anônima (S/A) possui com um investidor”. Tal dívida que pode ser de médio ou longo prazo. Deste modo, o credor passa a ter direito de crédito com a companhia. A Neoenergia informou que serão emitidas e oferecidas, inicialmente, um total de 1,250 milhão de debêntures. Cada uma precificada a R$ 1 mil. No entanto, poderá haver disponibilidade de um lote adicional de de 250 mil debêntures. Desta forma, o total a ser arrecadado pode atingir R$ 1,5 bilhão. As debêntures deverão ser emitidas em suas séries: com vencimento em 10 anos (15 de junho de 2029); e com vencimento em 14 anos (15 de junho de 2033). Segundo a Neoenergia, trata-se da sexta emissão de debêntures para financiar as operações brasileiras.

Neoenergia inaugura usina hidrelétrica no Paraná

O grupo Neoenergia na última quinta-feira (23) a usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu, em Capanema (PR). A usina fica a 567 quilômetros da capital paranaense, Curitiba. O total de investimentos na usina hidrelétrica soma R$ 2,4 bilhões. A capacidade de geração é de 350 megawatts (MW) de energia. Isto equivale a um potencial de abastecimento de 1 milhão de moradias. A Neoenergia participa do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), em conjunto com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Galan destacou no evento de inauguração a importância do Brasil para a companhia. Além disso, anunciou planos de investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos anos.

“Nós temos um plano robusto de investimentos no Brasil. Estamos ampliando bastante a nossa rede de distribuição na Bahia”, afirmou Galan. De acordo com o presidente-executivo da Iberdrola, a Neoenergia tem expectativas de expandir a sua participação na geração de energias renováveis, por meio dos próximos leilões do setor. “A demanda por energia na região e no Sudeste cresce a uma média de 5% ao ano. Isso significa novos investimentos. São novas indústrias e o turismo demandando investimentos, como acontece na Bahia”, explicou. “Nós estamos aqui para reafirmar o nosso interesse com o desenvolvimento sustentável do país. Estamos a 22 anos gerando energia aqui, presentes em 18 estados”, disse Galán, presidente-executivo da Iberdrola, que controla a Neoenergia.

Fonte: Suno Research

Governo do Amazonas emprestará R$ 400 milhões do Banco do Brasil

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A ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) aprovou no início da tarde desta quarta-feira, 23, o Projeto de Lei n° 168/2019 que autoriza o Governo do Amazonas a fazer empréstimo de R$ 400 milhões do Banco do Brasil. A proposta teve apenas um voto contra, do deputado Wilker Barreto (PHS).

Os deputados aprovaram emenda de Wilker Barreto que retira o parágrafo único do Artigo 6°. O parágrafo previa a dispensa a emissão de nota de empenho para a realização das despesas. Os deputados entenderam que a ausência das informações prejudicaria a transparência e, consequentemente, a fiscalização dos gastos do Poder Executivo.

A deputada Alessandra Campêlo (MDB), relatora do projeto, afirmou que o dinheiro é para obras de saneamento básico com a retomada do Prosamim e a geração de emprego com a continuação da construção do anel viário de Humaitá, que facilitará o escoamento pela rodovia AM-070.

O empréstimo é uma das medidas anunciadas pelo governador para reduzir a dívida do Estado, que soma R$ 1,5 bilhão, segundo a Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda). Além do empréstimo, o governo anunciou em março que quer aumentar a arrecadação de impostos, reduzir gastos, emprestar U$ 150 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Atualmente, já dispõe de dinheiro do FTI (Fundo de Turismo ao Fomento).

Conforme o projeto de lei, o Estado poderá emprestar até R$ 400 milhões, com garantia da União, do Prodecap 2019 (Programa de Apoio às Despesas de Capital). Os valores serão destinados à amortização da dívida pública, capitalização de Fundo Garantidor de Parceria Público-privada e pagamento de contrapartida de operações de crédito.

O projeto proíbe o uso do dinheiro para despesas correntes e determina que o dinheiro do empréstimo deverá ser consignado como receita no orçamento ou em créditos do Estado. O Artigo 4° diz que os orçamentos ou os créditos adicionais deverão consignar, anualmente, as dotações necessárias às amortizações e aos pagamentos dos encargos, relativos aos contratos de financiamento.

Caso o projeto seja aprovado, o Banco do Brasil está autorizado a debitar na conta corrente do Governo do Amazonas os valores referentes ao pagamento do empréstimo, juros e tarifas bancárias.

Portal: Amazonas Atual

Paranapanema: Previ transfere ações de seu controle para Grupo Buritipar

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A Paranapanema (PMAM3) divulgou em comunicado na última segunda-feira (27) que o Grupo Buritipar adquirirá 8.065.917 detidas anteriormente pela Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil).

A operação foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e fará com que a Buritirama, do Grupo Buritipar, detenha 12.052.034 ações da Paranapanema, o que equivale a 29% de seu capital social.

Anteriormente, o conglomerado detinha participação de aproximadamente 16% do capital social da companhia.

Fonte: Money Times

Guedes cogita “associação” entre Banco do Brasil e Bank of America

Publicado em: 22/05/2019

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou novamente sobre a possibilidade de uma “associação” entre o Banco do Brasil (BB) e o Bank of America (BofA) Merrill Lynch, na última quinta-feira (16). “Vamos procurar fazer uma associação entre o Banco do Brasil e o Bank of America. São bancos bons para empréstimos agrícolas. Já fizemos uma nova relação entre Embraer (EMBR3) e Boeing. Vamos construir empresas transnacionais. E ultrapassar as nossas fronteiras na procura de melhores oportunidades econômicas”, afirmou Guedes, em discurso na cidade de Dallas (EUA).

O evento em Dallas foi realizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (EUA). E tinha por objetivo homenagear o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em 7 de novembro de 2018, após a votação do segundo turno da eleição presidencial, Guedes havia dito para o portal “Poder360” que a equipe econômica estudava a fusão do Banco do Brasil (BBAS3) com o Bank of America Merrill Lynch. Guedes é amigo do presidente do BofA para América Latina, Alexandre Bettamio. Antes de tornar-se ministro, Guedes era conhecido no mercado financeiro por ter sido um dos quatro fundadores do Banco BTG Pactual (BPAC11), além do think-tank Instituto Millenium (RJ).

Confira outros pontos mencionados pelo ministro no breve discurso:

Guedes citou positivamente a possibilidade de um acordo similar entre a Boeing e a Embraer. O ministro voltou a defender a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência, novamente afirmando que o Brasil está em um “buraco negro” causado pelo desequilíbrio das contas públicas. Acerca da aos mercados de petróleo e gás, o ministro declarou que a “quebra de monopólios” levará à “reindustrialização” da economia brasileira. Guedes elogiou Jair Bolsonaro, e na opinião do ministro, o presidente “nomeou um gabinete que fala a mesma língua”. Além disso, o economista liberal afirmou que tem boas relações com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez. “Nosso presidente buscará unificar América Latina como uma economia de mercado”, completou Guedes.

Alexandre Bettamio foi cogitado para presidência do Banco do Brasil

Alexandre Bettamio recusou convite para ser CEO do Banco do Brasil durante governo Bolsonaro O presidente do Bank of America na América Latina teria recusado convite do governo Bolsonaro para liderar o banco estatal. O fato teria ocorrido perto do dia 30 de outubro de 2018, de acordo com o “Estado de S. Paulo”. Assim, em 5 de novembro do ano passado, Marcelo Augusto Dutra Labuto foi nomeado como CEO. A passagem de cargo deveu-se ao pedido de demissão de Paulo Caffarelli, que passou a ser o presidente-executivo da Cielo (CIEL3). Portanto, a nomeação de Labuta foi assinada ainda pelo ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), e pelo ministro da Fazenda de seu governo, Eduardo Guardia. Em 7 de janeiro, Rubem Novaes assumiu a presidência do Banco do Brasil, já na gestão Bolsonaro.

CEO do Banco do Brasil é a favor da privatização do banco O presidente do BB, Rubem Novaes, declarou o banco seria mais eficiente se fosse privatizado. A fala ocorreu em 14 de fevereiro, em palestra do evento “A Nova Economia Liberal”, na Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Se o BB fosse privatizado, seria mais eficiente e todos ganhariam”. Contudo, “não está em cogitação hoje nenhuma privatização realmente relevante das estatais”, afirmou Novaes.

Possível privatização do BB DTVM

A possibilidade de privatização da BB DTVM, líder da indústria nacional de fundos de investimento e carteiras administradas, foi divulgada em 2 de dezembro do ano passado. O “Blog do Lauro Jardim” publicou que a controlada do Banco do Brasil tinha a privatização na agenda econômica de Paulo Guedes. Rubem Novaes declarou no início de abril ao jornal “O Globo” a intenção de abrir o capital da empresa. “O meu sonho é que o BB se torne uma grande ‘Corporation‘, mas o país não está preparado para isso”, afirmou Novaes. O CEO do Banco do Brasil também afirmou que vê maior sentido em uma parceria na BB DTVM. Com isso, o negócio ganharia corpo, para então realizar o IPO.

Fonte: Suno Research

Banco do Brasil vai vender fundos fora das suas agências

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Maior gestora de recursos brasileira, com quase R$ 970 bilhões sob seu guarda-chuva, a BB DTVM pretende defender seu quinhão e não ceder fatias de mercado à concorrência das assets independentes que ganharam o mundo com o avanço das plataformas de investimentos.

Segundo Carlos André, o novo executivo-chefe, o plano é aumentar a capacidade de gestão com fundos de maior valor agregado. Em outra frente, a casa planeja se projetar para fora da sua rede bancária e ofertar alguns de seus fundos por meio de distribuidores externos.

As estimativas para o crescimento da divisão de gestão de recursos de terceiros neste ano estão entre 7% e 12%. Isso significa que em algum momento neste ano, a BB DTVM vai ultrapassar a simbólica marca do R$ 1 trilhão, uma cifra e tanto. Pelos números apresentados na semana passada junto com as demonstrações financeiras da instituição, no primeiro trimestre a gestora teve um incremento de 4,4% no seu patrimônio.

Independentemente dos estudos dentro do governo para dar um novo destino para a BB DTVM — que cogita a venda da gestora ou a listagem da empresa na bolsa, a exemplo da BB Seguridade —, André diz que seu mandato é tocar o negócio da melhor maneira possível e continuar gerando valor para o BB.

“Essas eventuais discussões relacionadas a qualquer movimento mais estratégico envolvem o conselho diretor do BB e da BB DTVM. Se necessário, vamos ser chamados para contribuir, mas não tem nada definido até agora”, diz. “Para a indústria de fundos como um todo, receitas de prestação de serviços são um componente importante do resultado. Essa é uma receita que não consome capital.”

Aos 55 anos, André é o tipo de executivo que pode ser chamado de “prata da casa”. Ingressou no Banco do Brasil há mais de três décadas na agência Cinelândia, no centro do Rio. Antes de chegar à BB Securities em 2000, trabalhou em diversas áreas do BB, incluindo a diretoria de finanças, mercado de capitais, negócios Internacionais e a própria BB DTVM (entre 1992 e 2000).

Essa segunda passagem começou em 2009, como diretor de gestão de fundos. Passou a acumular o cargo de executivo-chefe em dezembro, com a aposentadoria de Paulo Ricci, sendo confirmado no posto, já na gestão do novo presidente do BB, Rubem Novaes, em fevereiro.

Junto com André, uma nova diretoria assumiu em fevereiro. Marcelo Marques Pacheco, que era gerente executivo de fundos multimercados e offshore, passou a ser o novo diretor de gestão de ativos; Aroldo Salgado de Medeiros Filho, o novo diretor comercial de produtos, enquanto João Vagnes de Moura Silva permaneceu como diretor de administração de fundos e gestão da empresa.

Linha de defesa

No comando da gestora, uma das linhas de defesa de André, num mercado em que vê em rápida transformação, é rechear a grade com estratégias ativas, com potencial de trazer retornos acima dos referenciais de mercado, como o CDI (que acompanha o desempenho da taxa Selic) ou o Ibovespa (principal indicador da bolsa brasileira) — e com mais risco também.

Multimercados de crédito privado, fundos que combinam a gestão de ativos locais com a alocação no exterior e a estratégia “long-biased” — que calibra a exposição em ações conforme o cenário — são exemplos que começaram a ser testados ao longo do ano passado. Com volatilidade média de 6% (a estimativa de quanto a carteira pode ganhar ou perder num único dia), os novos fundos atraíram cerca R$ 300 milhões, nos últimos dez meses, calcula o executivo.

Na área de renda variável, a BB DTVM tem pensado em fundos setoriais e temáticos. Um deles, lançado em setembro, para os clientes afortunados do private banking e da segmentação de alta renda, tem como foco empresas que valorizam a equidade de gênero em posições de comando. A carteira faz um mix entre ações de companhias brasileiras e estrangeiras que sejam signatárias dos princípios de empoderamento feminino da Organização das Nações Unidas (ONU). De lá para cá, o portfólio atraiu cerca de R$ 170 milhões.

Comparativamente ao gigantismo da BB DTVM, os multimercados, com R$ 18,6 bilhões, ainda representam uma pequena fração da gestora. Os fundos de ações, por sua vez, reuniam R$ 51,7 bilhões ao fim de março.
“O mercado, de fato, passou por uma revolução e o ponto fundamental, talvez o principal catalisador da indústria de fundos, tenha sido a mudança da taxa básica de juros. Caminhamos para mais de dois anos de juros no menor patamar histórico. Isso vem contribuindo para a mudança de mix da indústria de investimentos, e em especial para a de fundos”, resume André.

As carteiras de renda fixa representam a maior parte do bolo da BB DTTVM, com mais de R$ 600 bilhões. Questionado se a ideia é dar um maior equilíbrio à composição do mix sob gestão, o executivo diz que o importante é estar preparado para essa transição que o investidor brasileiro, de todos os portes, tem feito, em busca de maior diversificação.

Com a Selic em dois dígitos, não havia razão para sair da zona de conforto das aplicações atreladas a juros de mercado. Agora, com a taxa básica da economia em 6,5% ao ano, e com chances de se manter nesse patamar, a história muda de figura.

Concorrência dentro de casa

Paralelamente, o BB, num trabalho conjunto com a BB DTVM, vem abrindo a sua plataforma para fundos de terceiros para a segmentação Estilo, com renda mensal a partir de R$ 10 mil.

Começou em julho do ano passado com gestoras especializadas em multimercados, como Bahia Asset, Gávea e SPX Capital, ampliando a lista em maio último com Truxt Investimentos e Adam Capital. André diz que esse é um movimento natural do banco, que há anos tinha o chamado modelo de arquitetura aberta restrito ao private banking.

A intenção, agora, é fazer a mão contrária e oferecer fundos de gestão da BB DTVM em plataformas de investimentos externas, caminho que já começou a ser testados por concorrentes como Itaú e Bradesco. O executivo diz que a casa ainda não bateu o martelo de que fundos podem ser oferecidos da porta para fora, mas que tem uma lista de candidatos em avaliação.

“A ideia é ter produtos que, na prática, representem soluções diferenciadas numa relação risco/retorno em relação à média do que as plataformas oferecem”, resume. “É um exercício interessante identificar onde nos diferenciamos de casas independentes, talvez duas a quatro estratégias dentro de uma gama enorme e avaliar quais têm chances de se destacar”, afirma André.

A pré-seleção inclui de multimercados a fundos de ações e de renda fixa, “produtos com algum valor agregado e boa consistência de retornos”.

Na avaliação do executivo da BB DTVM, olhando anos à frente, a diferença entre as diversas plataformas acessadas pelo investidor não vai estar na grade e sim na experiência que o setor vai entregar para o aplicador. Para ele, o casamento da abordagem digital com a assessoria financeira, para, de fato, dar o melhor aconselhamento para o investidor, é que vão pesar nas escolhas.

Questionado se haveria alguma mobilização na instituição para baratear fundos com altas taxas de administração, ele diz que à medida que percebe perda de competitividade, a gestora cria produtos com custos melhores.

“A tendência é que estratégias tradicionais tenham alguma compressão de taxas. Não vai ser do dia para noite, vai ser um movimento gradativo”, afirma André. “A gente procura lançar soluções que sejam boas alternativas para produtos menos competitivos na grade.”

Fonte: Valor Investe

Programas de cortes em estatais preveem desligamento de mais de 25 mil funcionários

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Em meio à orientação do governo federal de reduzir custos e gerar resultados, as estatais deverão enxugar ainda mais o quadro de funcionários em 2019. Levantamento feito pelo G1, a partir de informações do Ministério da Economia e das próprias empresas, aponta que o número de desligamentos no ano poderá passar de 25 mil.

Segundo Fernando Soares, secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia, já foram aprovados pelo governo este ano 7 programas de demissão voluntária (PDVs) ou de aposentadoria incentivada de empresas distintas.

A estimativa do governo é de um total de 21,5 mil desligamentos ao longo do ano somente com esses sete programas, o que poderá gerar uma economia com folha de pagamento da ordem de R$ 2,3 bilhões por ano.

O número não inclui o PDV anunciado em abril pela Petrobras, que pela lei não precisa de aval do governo para lançar programas de desligamento. Considerando também a expectativa de 4,3 mil demissões na petroleira, o total de desligamentos previstos no ano em estatais chega a 25,8 mil.

“Além desses, já temos outros 4 em discussão”, disse o secretário Soares em entrevista ao G1.

A lista das estatais envolvidas, entretanto, ainda não foi tornada pública. Segundo o secretário, a abertura de PDVs ou programas de aposentadoria incentivada é uma “decisão estratégica de cada empresa” e não cabe ao governo “queimar a largada”.

“A secretaria aprova os parâmetros. Cabe à diretoria das empresas, em conjunto com a área de recursos humanos, conversar com os funcionários e fazer um trabalho de divulgação”, disse.

Entre as estatais que já anunciaram PDVs ou programas de aposentadoria incentivada estão Correios, Petrobras, Infraero, Serpro e Embrapa. Os planos são voltados principalmente a trabalhadores mais velhos, próximos da idade de se aposentar ou que já estejam aposentados pelo INSS. Veja quadro abaixo:

Redução do quadro começou em 2015

O enxugamento do quadro de pessoal das estatais vem ocorrendo continuamente desde 2015, em movimento iniciado ainda no governo Dilma Rousseff.

Segundo dados da Sest, o número total de funcionários empregados em estatais federais caiu de 554.834 no final de 2014, para 494.912 final de 2018 (último dado disponível), o que representa uma queda de 11% (59.922 a menos).
De acordo com a secretaria, desde 2015, já chegam a cerca de 44 mil o número de cortes resultantes da implementação de programas de desligamento voluntário.

Somente no ano passado, houve uma redução de 13.434 pessoas no quadro das estatais através deste mecanismo. As principais reduções foram na Caixa Econômica Federal (2.728), Correios (2.648) e Banco do Brasil (2.195), segundo os dados oficiais.

Atualmente, a estatal com o maior número de funcionários é os Correios, com 105 mil trabalhadores. Na sequência, estão Banco do Brasil (101 mil), Caixa (84,9 mil) e Petrobras (62 mil).
Confirmada a expectativa de mais de 25 mil cortes em 2019, o quadro de funcionários nas estatais irá recuar para o menor patamar em ao menos 10 anos.

“Queremos que as empresas se reinventem, realoquem e apliquem mais tecnologia de forma que possamos ter de fato uma redução de custos e um aumento da produtividade da mão de obra… Essas estatais e participações da União precisam gerar resultado e fazer sentido para a sociedade”, afirma o secretário.

Redução de custos e reação de funcionários

Embora as medidas de enxugamento das estatais sejam bem recebidas pelo mercado, elas têm sido criticadas pelos sindicatos e federações de trabalhadores.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), por exemplo, classifica o programa de desligamentos nos Correios como “parte do projeto de sucateamento das estatais visando a terceirização e a privatização”.

“A imposição de um plano de saúde abusivo, extinção de cargos e a falta de concurso para carteiros desde 2011 provocaram um déficit no quadro da empresa que tem gerado sobrecarga e queda na qualidade dos serviços prestados à população”, disse a Fentect, em nota.

Questionado sobre os riscos da redução dos quadro comprometer a qualidade do serviço prestado pelas estatais, Soares disse que o melhor indicador de eficiência das empresas é o de rentabilidade, e destacou que o resultado das estatais melhoraram nos últimos anos.

“Os resultados mostram que estamos melhorando. Saímos de um resultado negativo de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 25 bilhões em 2017. Ainda estamos fechando os dados consolidados das estatais em 2018, mas posso adiantar que será substancialmente maior”, afirmou.

Considerando somente os conglomerados das maiores estatais (BB, BNDES, Caixa, Eletrobras e Petrobras), o lucro passou de R$ 28,3 bilhões para R$ 70 bilhões.

Atualmente, 18 estatais, que reúnem cerca de 77 mil trabalhadores, ainda seguem dependentes do Tesouro Nacional. Ou seja, precisam receber dinheiro para pagar suas despesas, pois não geram receita suficiente.

País tem atualmente 134 estatais federais

Atualmente, são 134 estatais federais, sendo 88 delas subsidiárias de Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa, Correios e BNDES. Em 2016, eram 154. Veja aqui a lista.

Nos últimos dois anos, 20 estatais já foram privatizadas ou liquidadas, sendo a maioria delas subsidiárias da Eletrobras e da Petrobras.

O governo do presidente Bolsonaro tem prometido reduzir significativa o número de estatais e defende a venda de uma série delas e de suas subsidiárias.

Entre as empresas à frente da fila da privatização, cuja venda já está sendo formatada pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, estão Eletrobras, Casa da Moeda, Ceasaminas, CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre).

“É complexo dar uma previsão para o ano, mas acredito que vamos reduzir esse número. Somente a Eletrobras tem 28 subsidiárias embaixo dela”, avaliou o secretário.

Na avaliação do secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar, as mais de 100 estatais sob o controle do governo federal podem render cerca de R$ 490 bilhões para a União. Segundo ele, apenas Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobras deverão ser preservados como empresas estatais.

“Além das privatizações do PPI, temos a política de desinvestimentos que vai ser acelerada na Petrobras, venda de subsidiárias, extinções e outras modalidades que também ajudarão a gerar um enxugamento das estatais e do número de funcionários”, acrescentou Soares.

Fonte: G1

País corre riscos se governo abrir mão dos bancos públicos, alerta Belluzzo

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Abrir mão dos bancos públicos no país e entregá-los à iniciativa privada, como tem mostrado o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que na semana passada chegou a cogitar em uma fusão entre o Banco do Brasil e o Bank of America, é o mesmo que abrir mão do desenvolvimento brasileiro. “O desenvolvimento brasileiro não é compreensível sem os bancos públicos”, defendeu ontem (21) o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, ao ministrar a palestra Bancos Públicos e o Desenvolvimento Nacional, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Belluzzo destacou a importância do Banco do Brasil e da Caixa para setores estratégicos e a atuação dessas instituições durante a crise econômica de 2008. “No caso do Brasil, sempre os bancos privados correram atrás dos públicos quando falamos da expansão do crédito. Os bancos públicos lideravam. Vou dar um exemplo. Na crise de 2008 foi crucial o impulso dos bancos públicos – BNDES, BB e Caixa – para dar dinamismo para a economia. A economia se recuperou porque os bancos públicos foram utilizados como instrumento para a recuperação. Um exemplo é o mercado de automóveis. O mercado de carros usados paralisou. Então, para você recuperar o mercado de carros novos, você tinha que começar com o usado para dar liquidez ao mercado. Afinal, a pessoa vende seu carro usado e compra um novo. E quem financiou isso foram BNDES, Banco do Brasil, Caixa e o Banco do Nordeste.”

“Outra dimensão dos bancos públicos é a tremenda ocupação do território nacional. Se você vai lá numa cidade não sei aonde, tem lá um BB ou uma Caixa. Isso é fundamental para a cidadania”, acrescentou o economista.

Na palestra, Belluzzo fez uma retomada da importância histórica da atuação do setor público no sistema financeiro no Brasil e em outros países do mundo como, por exemplo, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.

“O Banco da Inglaterra, por exemplo, teve um papel fundamental na organização da economia inglesa pré-industrial e depois muito mais na industrialização. Ele funcionava como um banco que permitiu que a riqueza fundiária, a terra, se transformasse na riqueza mobiliária. O salto para a industrialização não se faria sem o Banco da Inglaterra”, disse o economista.

Como exemplo atual de bom uso dos bancos públicos para o desenvolvimento, Belluzzo citou o caso da China.

“China é um exemplo de eficácia e boas políticas com bancos públicos. Mais de 80% do crédito na China é público. A articulação chinesa são bancos públicos, empresas públicas, cada vez mais refinadas, e impulso ao setor privado. Os chineses são muito pragmáticos. Não têm preconceitos (…). O mercado não existe na forma como o Paulo Guedes quer. O mercado é uma articulação, uma arquitetura. Os chineses aprenderam com os soviéticos que não devem ter uma economia rígida, de comando. Entenderam que é necessário uma economia flexível. Foi isso que levou a China a ter uma participação no comércio mundial igual a do Brasil em 1980 e hoje ter cinco, seis vezes mais. Se você olhar o gasto público da China, está em 20% do PIB. Não tem déficit. O que eles fizeram? Usaram os bancos públicos como ferramenta parafiscal. Um exemplo é o programa de painéis solares. Começa com uma empresa que produzia esquadrias metálicas, incluem a empresa no programa de expansão, os bancos públicos financiam e as empresas públicas compram. Esse é o maior programa de energia solar do mundo. O Brasil está na contramão disso”, explicou.

De acordo com Belluzzo, o sistema financeiro no mundo inteiro se desviou um pouco da função de financiar o desenvolvimento. “É por isso que hoje existe uma movimentação grande nos EUA e na Europa para recuperar esse papel do crédito dos bancos como instrumento de desenvolvimento. Os ingleses, com o Partido Trabalhista, têm uma proposta de um banco de investimentos público. Nós estamos na contramão. Estamos pensando em um mundo que já acabou, se é que um dia existiu.”

Estiveram na mesa a presidenta do Sindicato, Ivone Silva; a presidenta da Contraf-CUT e ex-presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira; Sérgio Takemoto, vice-presidente da Fenae e secretário de Finanças da Contraf-CUT; Leonardo Quadros, diretor administrativo financeiro da Apcef-SP; e Débora Fonseca, Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do Banco do Brasil.

“Esse debate sobre a importância dos bancos públicos e a sua defesa sempre fizemos no Sindicato, uma vez que os bancos públicos sempre sofrem ataques. Mas agora o ataque tem sido muito maior por um governo que não se importa nem um pouco com o bem público do país”, enfatizou Ivone Silva na abertura do evento.

Fonte: Rede Brasil Atual

Projeto exige aval do BC para nomeação de dirigentes de bancos públicos

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O Projeto de Lei Complementar (PLP) 110/19 determina que as pessoas indicadas ou eleitas para cargos de direção e administração de bancos públicos deverão ter a aprovação do Banco Central, conforme critérios técnicos que serão estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Hoje, apenas os dirigentes de bancos privados são aprovados pelo BC. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

De autoria do Poder Executivo, o projeto altera a Lei do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64). Segundo a proposta, o BC poderá determinar que as pessoas que não atendam às condições previstas pelo CMN não tomem posse ou sejam afastadas dos cargos que ocupam.

O governo alega que a finalidade do projeto é assegurar que a nomeação de administradores dos bancos públicos siga as mesmas regras aplicáveis ao restante do setor, garantindo que essas instituições sejam dirigidas por pessoas de reputação ilibada, escolhidas de acordo com critérios técnicos.

Sistemática

O PLP 110/19 determina que as instituições financeiras, públicas e privadas, submeterão ao BC o nome de eleito ou indicado no prazo de 15 dias, contado da data da escolha. A autoridade monetária analisará a documentação enviada no prazo de até 60 dias, podendo decidir pelo deferimento ou indeferimento do nome escolhido.

O texto do governo estabelece ainda que designação de pessoas para cargos em bancos públicos deverá atender às regras previstas pela Lei de Responsabilidade das Estatais (13.303/16). Entre elas estão notório conhecimento, experiência profissional na área de atuação e formação acadêmica compatível com o cargo.

Tramitação

O projeto será distribuído para as comissões temáticas da Câmara. A etapa final será a votação no Plenário da Casa.

Fonte: Agência Câmara

Para viabilizar IPO da Neoenergia, BB aceita reduzir valor de avaliação

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A operação para a oferta inicial de ações (IPO) da Neoenergia está sendo avaliada em R$ 18,4 bilhões, nas conversas que os bancos que assessoram a companhia estão realizando no mercado. Um dos principais acionistas, o Banco do Brasil (SA:BBAS3), desejava um valor maior, mas acabou convencido a reduzir sua pedida diante de um cenário de maior competição. As informações são da edição desta segunda-feira do Valor Econômico.

A nova tentativa de abrir o capital da empresa é próximo ao que havia sido tentado em 2017, que era de R$ 19 bilhões e o lançamento da oferta deve acontecer em duas semanas, de acordo com a publicação.

A oferta secundária terá como vendedores o BB, o fundo de pensão Previ e a Iberdrola (MC:IBE). Atualmente, o banco detém 9,34%, a Previ tem 38,21% e a Iberdrola 52,45%. Os acionistas querem levantar entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões.

Em seu balanço patrimonial, o BB estima o valor de mercado da Neoenergia em R$ 19,4 bilhões e aceitou negociar essa cifra.

A operação da companhia irá disputar a atenção dos investidores com a oferta subsequente de ações da CPFL (SA:CPFE3), que será precificada na primeira semana de junho. A CPFL representaria um risco menor, uma vez que tem planos de investimento de R$ 12 bilhões nos próximos cinco anos e um endividamento correspondente a 2,4 vezes a geração de caixa

Já a Neoenergia deve aportar nos próximos cinco anos somam R$ 25 bilhões e a alavancagem está próxima de 3 vezes

A operação tem como coordenadores Banco do Brasil, Bank of America, Citi, J.P. Morgan, Credit Suisse e HSBC.

Fonte: Investing

Startup da BB Seguros lança previdência privada via cartão de crédito

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A Ciclic, startup que tem como principal acionista a BB Seguros, lançou nesta quinta-feira, 16, a opção de contratar planos de previdência privada via cartão de crédito. O novo produto vem na expectativa de que as discussões a respeito da reforma da Previdência incentivem nos brasileiros maior preocupação em relação aos investimentos para o futuro. De acordo com a startup, nos últimos seis meses, houve um aumento médio de 150% na procura pelo investimento online em previdência privada na plataforma.

“Ainda não há uma conversão desse interesse das pessoas em contratações de planos de previdência, mas nós acreditamos que isso deve acontecer com o tempo”, diz Raphael Swierczynski, CEO da Ciclic. De fato, o que se observa nos montantes investidos em previdência privada no país é uma diminuição. De 2017 para 2018, as contribuições anuais neste segmento diminuíram 10,97% – de mais de R$ 121,1 bilhões para cerca de R$ 111,7 bilhões – , a maior queda desde 2014, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O curioso da empreitada é que, de cara, a startup já terá possíveis prejuízos com o novo modelo de contratação de previdência. Isso acontece porque ela cobrirá eventuais taxas das empresas de cartão de crédito, em uma estratégia para ganhar escalabilidade no mercado. “Neste momento, o cliente não terá nenhum custo adicional para fazer seu plano de previdência no cartão. A intenção é levar mais praticidade às pessoas e ajudá-las a atingir seus objetivos de vida e financeiros”, diz Swierczynski.

Apesar de ser registrada como corretora de seguros e empresa de tecnologia, a empresa se vê como parte do novo mercado de insurtechs – startups do ramo de seguros -, setor em expansão. De acordo com dados da Associação Brasileira de Fintechs, o número de empresas nesse segmento cresceu de 70 para 210 nos últimos 3 anos.

Como vai funcionar

A aplicação no produto de previdência privada da Ciclic já é feita de forma online, sem nenhuma etapa presencial. Para quem optar pelo cartão de crédito, o débito do valor investido será lançado na fatura do cartão mensalmente, sempre no mesmo dia da contratação do plano. As bandeiras disponíveis serão Mastercard, Visa, Elo, Amex, Hipercard e JCB.

Entre as vantagens elencadas pela companhia para essa novidade está a possibilidade do usuário somar os valores investidos como pontos em seu programa de fidelidade do cartão de crédito.

Fonte: Estadão

MPRJ, Defensoria Pública e BB assinam acordo para que servidores não tenha nomes negativados

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Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado, na última quinta-feira (dia 16), entre o Ministério Público do Rio (MPRJ), a Defensoria Pública do Rio e o Banco do Brasil, para que servidores estaduais não tenham o nome negativado por empréstimo descontado em folha não repassado do governo para o banco.

O acordo também determina que o Banco do Brasil cobre da administração pública os valores não repassados e devolva ao servidor, em dobro, o que foi descontado, tanto pelo governo quanto pelo banco. A ação civil pública foi protocolada em 2017, época em que os servidores e os pensionistas do estado estavam recebendo os salários atrasados e de forma parcelada.

A dupla cobrança ao servidor é considerada uma prática abusiva. Em 2017, o Ministério Público do Rio e a Defensoria Pública moveram ações civis públicas contra 26 bancos. Naquele ano, a legislação estadual também proibiu a prática.

O MPRJ explica que foi pedido ao Banco do Brasil para não exigir do servidor o valor do empréstimo consignado quando ficasse comprovado que o valor não repassado foi devidamente descontado de sua remuneração.

Também foi pedido que os nomes das pessoas “não fossem incluídos em cadastros restritivos, sob a alegação de que, em razão do atraso no pagamento do servidor público estadual e da crise que assola as contas do Estado, ocorreu o atraso ou a falta de repasse das parcelas (sem culpa do consumidor)”, diz a nota.

Segundo o MPRJ e a Defensoria Pública, o banco negativava o nome do servidor ou entrava diretamente em sua conta para cobrar seu crédito. “Pelo TAC celebrado, o Banco do Brasil compromete-se ao pagamento de multa no valor de R$ 10 mil, por contrato e a ser revertido na conta de cada consumidor, caso descumpra as obrigações”, afirma o acordo.

Por meio de nota, o Banco do Brasil informou que, antes da assinatura do TAC, já cumpria os requisitos nele previstos. A instituição declarou que não houve servidores incluídos no cadastro restritivo e que não há valor cobrado indevidamente para ser devolvido ao servidor.

Em janeiro do ano passado, o Bradesco também firmou um TAC com a Justiça, com os mesmo objetivos. O banco tem o contrato da folha de pagamento do funcionalismo público do Estado do Rio.

Fonte: Jornal Extra

Banco do Brasil anuncia seguro agrícola faturamento para o arroz

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O Banco do Brasil estenderá o seguro agrícola faturamento para a cultura do arroz já próximo ano-safra, que começa em junho. A medida visa a reforçar o apoio do governo federal aos produtores do setor para que consigam superar a crise provocada pelo endividamento, mais acentuado no Sul do país.

O anúncio sobre a nova modalidade do seguro agrícola faturamento – chamada por enquanto de seguro ampliado – foi feita pelo diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio Moraes da Costa, durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

“Esse é um seguro no qual não temos condições de fazer a garantia do preço final, porque ele é muito volátil”, disse Marco Túlio. “No entanto, estabelecido custo de produção, temos condição fixar um percentual em torno de 20% maior que o custo de produção para garantir não só o pagamento da dívida, mas também assegurar uma renda a mais para o produtor continuar na atividade.”

Segundo o diretor de Agronegócios do BB, o lançamento do seguro agrícola faturamento para o arroz foi acertado, nesta semana, em tratativas com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz).

Anteriormente, o BB já havia estendido o seguro faturamento para pecuária, lembrou Marco Túlio. “O seguro faturamento é de extrema importância para a pecuária, tanto para garantia de produção quanto de preço.”

Fonte: Agromídia

Projeto social com o Banco do Brasil atenderá 120 jovens no Rio de Janeiro

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O prefeito de Uberaba, Paulo Piau, e o presidente da Cohagra Marcos Jammal anunciaram nesta sexta-feira (17), a parceria com o Banco do Brasil para a realização do projeto BB Comunidade que atenderá, inicialmente, os moradores do Residencial Rio de Janeiro.

O projeto contará com atividades pedagógicas, palestras, ações individuais e coletivas para a socialização, respeito, cidadania e, ainda a oportunidades de vagas como jovem aprendiz. Iniciativa da Cohagra e Banco do Brasil atenderá 120 jovens com idade entre 12 e 18 anos.

A apresentação do projeto foi feita pelo gerente-geral do Banco do Brasil em Uberaba, Rudinei Kochenborger. Ele explicou a valorização e a importância da ação que é realizada no País desde 1987 e já atendeu ao longo deste período mais de 500 mil jovens.

“Uma equipe capacitada atuará na formação de alunos que serão atendidos, oferecendo às crianças um olhar diferenciado sobre o que é viver em comunidade, por meio de práticas pedagógicas, noções de meio ambiente, direitos humanos, cultura, esportes e entretenimento”, explicou.

O prefeito Paulo Piau afirmou a importância dessas ações para a socialização e proximidade dos moradores do bairro, visto ser uma comunidade nova e que está sendo estruturada.

Segundo Jammal, a expectativa é que as inscrições sejam liberadas no próximo mês e o curso iniciado ainda neste semestre. “É sabido que o bairro precisa de melhorias contínuas. Mas ao receber um projeto como este, temos a oportunidade de ofertar para essas crianças/adolescentes um período integral desenvolvendo atividades e oportunizando melhores condições de vida”, reforça.

O projeto terá o envolvimento da Prefeitura de Uberaba, recursos do governo federal, já liberados, e apoio do Banco do Brasil por meio da Fundação Banco do Brasil.

Fonte: Jornal da Manhã

Banco do Brasil leiloa prédio em Brasília por mínimo de R$ 31,8 milhões

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Um prédio no Setor Bancário Sul (SBS) será leiloado pelo lance mínino de R$ 31,8 milhões. O Banco do Brasil anunciou um leilão de imóveis na última terça-feira (21) e o edifício está entre os 41 espaços que poderão ter novos donos.

O imóvel de Brasília em questão fica ao lado da Sede III do Banco do Brasil e possui uma área de pouco mais de mil metros quadrados. Já o total construído no térreo e no subsolo soma 6,7 mil metros quadrados, com potencial para novos empreendimentos até três vezes maiores.

Com potencial construtivo de 19 mil m2, o terreno possui 1.031,64 m2, com área construída de 6763,315 m2 (entre pavimentos térreo e subsolo), e será leiloado a um lance mínimo de R$ 31,8 milhões. De acordo com Carla Umino, Leiloeira Oficial da Lance no Leilão, empresa contratada para realizar os leilões judiciais e extrajudiciais do Banco do Brasil, a compra de um imóvel no SBS representa uma oportunidade significativa de investimento, tendo em vista a localização estratégica para negócios e a saturação de áreas à venda na região. Segundo Carla, o imóvel em questão destina-se a multi family offices, consórcios, grandes grupos de investimento, instituições bancárias ou até mesmo escritórios.

Já no estado de São Paulo, serão ofertados imóveis de agências desativadas do BB, apartamentos, além de espaços comerciais e residenciais, localizados em 32 cidades. Os lances partem de R$ 37,2 mil. Há também uma fração de terreno em Guarani D´oeste, cujo lance mínimo é R$ 400,00. Entre as oportunidades do leilão estão o prédio da agência desativada do BB, localizada no município de Amparo, cujo lance mínimo é de R$ 1,7 milhão, e da cidade de Dois Córregos, com lance a partir de R$ 920 mil

Caso seja arrematado, o Banco do Brasil irá arcar com despesas do imóvel (IPTU, ITR, CCIR, laudêmio e condomínio) referentes ao prédio até que seja feita a transferência da propriedade.

É possível fazer lances no site de leilões do BB ou presencialmente. O leilão acontece no dia 6 de junho, às 11h, em São Paulo-SP.

Para visualizar a descrição dos imóveis e o edital, acesse www.lancenoleilao.com br/bb

O imóvel de Brasília em questão fica ao lado da Sede III do Banco do Brasil e possui uma área de pouco mais de mil metros quadrados. Já o total construído no térreo e no subsolo soma 6,7 mil metros quadrados, com potencial para novos empreendimentos até três vezes maiores.

Caso seja arrematado, o Banco do Brasil irá arcar com despesas do imóvel (IPTU, ITR, CCIR, laudêmio e condomínio) referentes ao prédio até que seja feita a transferência da propriedade.

Fonte: Jornal de Brasília

União espera receber ao menos R$ 20 bi de bancos públicos em 2019

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Os bancos públicos deverão devolver à União ao menos R$ 20 bilhões em 2019. As informações são de reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta 4ª feira, 22 de maio.

Os recursos fazem parte de R$ 86 bilhões de empréstimos que as instituições receberam do governo federal como reforço de capital durante a gestão de Dilma Rousseff (2011-2016).

De acordo com a publicação, o dinheiro devolvido será utilizado para abater a dívida pública. Em 2019, o governo está autorizado a ficar no vermelho em até R$ 139 bilhões.

Eis de onde devem vir os montantes, segundo expectativas da equipe econômica:

Caixa Econômica: 1 terço dos R$ 40 bilhões recebidos da União por meio de IHCD (Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida), tipo de empréstimo sem data de validade feito durante o governo Dilma;

Banco do Brasil: metade dos R$ 8,1 bilhões devidos;

BNDES: o banco deve R$ 35 bilhões, mas não ficou definido o total da devolução. A instituição já terá de devolver R$ 126 bilhões neste ano ao Tesouro em empréstimos. Segundo o jornal, ainda não está claro se o IHCD faz parte desse montante;

outros: também devolverão recursos à União o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia.

Fonte: Poder 360

Fenae solicita ingresso como assistente do STF em ação que discute a dispensa imotivada de bancários

Publicado em: 15/05/2019

Contra a demissão imotivada e indiscriminada de trabalhadores das empresas públicas e sociedades de economia mista, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) requereu formalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) o seu ingresso como assistente (“amicus curiae”) nos autos de um Recurso Extraordinário, o RE nº 688.267, que prevê a possibilidade de demissão de bancários concursados por mero ato de gestão. A ação foi originada por dispensa sumária de um empregado concursado do Banco do Brasil.

O processo tramita na Suprema Corte e foi enquadrado como decisão de repercussão geral, de modo que a conclusão a ser alcançada deverá abranger milhares de casos em idêntica situação, inclusive no âmbito do único banco 100% público e social do país, o que justificou a solicitação formalizada pela Fenae.

Hoje, o Recurso Extraordinário aguarda apenas a inclusão em pauta para ser analisado pelo Pleno do STF, que a qualquer momento poderá autorizar todos os bancos públicos a realizarem demissões sem qualquer justificativa. O pedido da Federação ainda não foi apreciado. Enquanto isso, o relator da matéria, ministro Alexandre de Moraes, já deu parecer favorável para a realização de dispensas imotivadas, sob a alegação de conferir maior competitividade aos bancos públicos.

Por considerar a situação ilegal, além de extremamente grave, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, acha imprescindível a mobilização de toda a categoria bancária para impedir que esse novo entendimento seja consolidado pelo Supremo. “A dispensa de trabalhadores na Caixa e em outros bancos públicos deve ser sempre motivada, sob pena de violar a Constituição, que em alguns de seus artigos veda a demissão arbitrária e traz a necessidade de obediência aos princípios da legalidade e da impessoalidade, assim como a obrigação de investidura no cargo apenas por concurso público”, denuncia.

Ele diz que a postura do atual governo é a de sempre: desrespeito às leis, aos acordos coletivos e às negociações com as entidades representativas, acrescida da falta de transparência na gestão.

Para Jair Ferreira, se o poder de admissão tem limitações, a mesma regra deve ser aplicada à dispensa, que precisa se revestir de interesse público, estando adequadamente motivada. Nesse sentido, segundo ele, as consequências da demissão arbitrária no ambiente bancário podem afetar gerações de trabalhadores. “O enxugamento de pessoal e a redução das operações, que vem ocorrendo não só na Caixa, mas no Banco do Brasil e em outras instituições públicas, só favorecem o sistema financeiro privado, agravando ainda mais a concentração bancária no Brasil e os altos juros”, declara o presidente da Federação.

Jair Ferreira lembra que, no caso da Caixa, as consequências de uma medida como a que está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal são danosas para a atuação e para a função social do banco. “Hoje, o que vemos é a redução dos investimentos em saneamento, habitação e em outras áreas que têm os bancos públicos como principais financiadores. Outro impacto aparece na precarização das condições de trabalho e no atendimento nas agências. Nos últimos anos, por exemplo, o banco perdeu mais de 17 mil empregados, provocando aumento das metas e sobrecarga de atividades nas unidades de todo o país”, pontua.

O presidente da Fenae diz que, neste momento, os empregados têm de fazer aquilo que historicamente sabem fazer: organizar-se e defender o papel do banco e a importância que possui para o país. “Somos 84 mil formadores de opinião, profissionais qualificados, que acreditam na gestão pública e lidam com mais de 80 milhões de clientes de forma direta ou indireta. O banco público, social e forte só vai existir, de fato, se tiver foco no desenvolvimento do Brasil”, alerta Jair Ferreira.

Fonte: Fenae

Gerentes retratam pressão e cobranças nos escritórios digitais do BB

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Oferecer facilidade de acesso dos clientes ao gerente de relacionamento, por meio da tecnologia, horário de atendimento ampliado, assessoria financeira de especialistas que podem ser acionados por videoconferência a partir de qualquer local, e muitas outras conveniências e soluções que não dependem do ponto físico. É assim que o BB propagou a criação e o desenvolvimento de seus escritórios digitais por todo o país, especialmente a partir de 2016.

A estratégia de transformação digital permite ao BB entregar mais valor e aprimorar a experiência dos clientes, sem dúvida nenhuma. Mas, para quem atua no banco e acompanha o dia a dia dos escritórios digitais sabe o que os gerentes vivenciam em seu trabalho. À AGEBB chegam informações de que muitos gestores estão convivendo com ameaças constantes de descomissionamento e sofrendo com a cobrança desenfreada por seus superiores para que metas absurdas sejam atingidas.

Alguns relatos de gerentes, que preferem o anonimato, dão conta de que as metas estão sendo definidas sem critérios palpáveis e muito menos foco no cliente, mas sim na rentabilidade do negócio a todo custo. As ameaças de descomissionamento e notas da GDP, segundo a AGEBB, são realidades que caminham juntas diariamente.

Hoje a GDP tem notas de 1 a 7 e quem tira um 4, por exemplo, em qualquer quesito, participa de um plano de ação elaborado em conjunto com o gerente-geral para reverter o conceito, sob a pressão de, em caso negativo, ser descomissionado a qualquer momento. “Ou seja, o clima de terror contra os trabalhadores é total. E isso é inadmissível, pois o gerente é peça chave no relacionamento com o cliente e está apto a fazer seu bom papel”, explica Francisco Vianna Oliveira Junior, presidente da AGEBB.

Encarteiramento de clientes

Outro problema sério é o encarteiramento de clientes de outros Estados. Ocorre que a maioria, para dificultar ainda mais o fato de serem de regiões distantes e geralmente não atenderem o telefone com DDD desconhecido, ainda são idosos e não digitais. “Como querem que os gerentes façam negócios com esse nicho? Enquanto eles são encarteirados, os bons clientes, que geram negócios, fidelizados e que têm margem de contribuição considerável com produtos e serviços, são levados quase que automaticamente para as carteiras Estilo”, afirma Oliveira Junior.

Vale lembrar, segundo o presidente da AGEBB, que o gerente exclusivo é multicanal, utiliza do telefone com handset, celular, chat ao e-mail para contatar os clientes da carteira e buscar negócios para o cumprimento das metas, fator que gera um grande estresse. “Todos esses problemas têm contribuído, e muito, para levar uma quantidade significativa de gerentes exclusivos a desenvolverem problemas de saúde física e mental. É preciso repensar em algumas ações e, principalmente, oferecer condições e ferramentas adequadas para eles possam fazer seu bom trabalho, de forma tranquila, disciplina e organizada”, destaca Oliveira Junior.

Fonte: AGEBB

Lista de desinvestimentos do Banco do Brasil já conta com seis empresas

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O Banco do Brasil (BB) já tem uma lista de seis empresas nas quais pretende desinvestir nos próximos trimestres. A ideia é que a instituição se desfaça de todos os ativos que não possuem sinergia com sua atividade principal com o intuito de melhorar sua eficiência.

O primeiro desinvestimento a ser realizado, segundo o presidente do BB, Rubem Novaes, é a BB Tur, agência de turismo do banco público e que deve ser fechado, ao invés de vendido. Em seguida, os dois outros processos mais maduros são a venda de participações do banco na Neoenergia e no IRB Brasil Resseguros.

Entre outros nomes cotados também estão o BB Américas e os bancos Votorantim e Patagônia.“O Banco do Brasil é diferente das instituições que têm ações líquidas disponíveis para venda. Normalmente temos acordos de acionistas que precisamos cumprir e em muitos desinvestimentos sequer somos o acionista majoritário. Essas coisas precisam ser discutidas porque não são unilaterais, mas continuamos na intenção de desinvestir tudo o que não tem sinergia com nossa nave central”, afirma o presidente.

Novaes também reitera que todos esses ativos já contam com assessores (advisors) para encaminhar as questões de desinvestimentos da melhor maneira possível, de forma que o banco não saia “desesperado”, mas sim, fazendo bons negócios.O executivo também relacionou as “amarras” que a instituição tem como banco público como a razão de ainda não conseguir competir de igual para igual com seus pares privados. “Essas amarras do setor público que travam certas providências e que podem tirar a velocidade dessa briga com os pares privados. Não temos a mesma liberdade nem a facilidade de contratação, demissão ou encerramento de agências, por exemplo. É natural que a gente sofra um pouco com isso”, completa Novaes.

Carteira de crédito

Ao mesmo tempo, apesar do lucro líquido ajustado do BB ter atingido a marca recorde de R$ 4,247 bilhões no primeiro trimestre deste ano, avanço de 40,4% em relação a igual período de 2018 e Retorno Sobre Patrimônio Líquido (RSPL) de 16,8% (contra 12,6% na mesma relação), a receita do banco com mercado de capitais – aposta do banco para este ano – ficou aquém do esperado.

A renda com o segmento no primeiro trimestre alcançou R$ 151 milhões, uma queda de 34% em comparação ao observado no mesmo intervalo de 2018 (R$ 228 milhões). O recuo é bem mais significativo do que a redução vista no mercado, cuja movimentação financeira demonstrou queda de 9% no quadrimestre deste ano ante os quatro primeiros meses do ano passado.

Segundo o vice-presidente de negócios de atacado, Márcio Hamilton, apesar de o BB ter participado de 26% do total captado no primeiro trimestre, a retração das empresas ante a economia ainda fraca reflete e pesa na composição com prestação de serviços. “A grande maioria dos empresários ainda espera pela reforma da Previdência e continua alongando suas posições tanto em operações comerciais quanto no mercado de capitais. Pode-se dizer que o segundo semestre deve melhorar, mas ainda vai depender da confiança e da estrutura de capital de cada companhia”, diz.

Na mesma linha, a carteira de crédito de pessoas jurídicas registrou uma queda de 3,7% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2018, de R$ 266,4 bilhões para R$ 2566 bilhões. A queda foi puxada, principalmente, pelas grandes empresas, que mostraram recuo de 13% na mesma comparação, de R$ 120,9 bilhões para R$ 105,1 bilhões.

Já as micros, pequenas e médias empresas caíram 3% no período, de R$ 60,8 bilhões para R$ 58,9 bilhões.Já a carteira de crédito total da instituição, por sua vez, somou R$ 684,2 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de apenas 0,8% em comparação a igual período do ano passado (R$ 678,8 bilhões).A inadimplência do BB ficou em 2,59% de janeiro a março, recuo de 1,04 ponto percentual contra os mesmos meses de 2018 (3,63%). As ações ordinárias do Banco do Brasil estavam entre as mais negociadas e terminaram com valorização de 0,87%, cotadas a R$ 51,03.

Jornal DCI

Lucro recorde do BB não surpreendeu; a aposta é no futuro do banco

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O Banco do Brasil (BBAS3) chamou atenção nesta quinta-feira (9) ao anunciar o que classificou como o “maior resultado nominal em um trimestre na história”. Mas, apesar disso, o mercado não se empolgou demais: as ações do BC oscilaram entre leves perdas e ganhos durante boa parte do dia, e só passaram a subir com um pouco mais de força depois do discurso otimista de Rubem Novaes, presidente da instituição.

O maior banco do país encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões, uma alta de 40,3% ante o mesmo período de 2018. Em seu release, o BB explicou a melhora por conta do aumento da margem financeira, pela redução das despesas de provisão de crédito, pelo aumento das rendas de tarifas e pelo controle de custos.

A reação relativamente tímida dos papéis, porém, não significa que os analistas não gostaram do balanço. Os números foram considerados positivos, só que não surpreenderam.

Segundo André Martins, analista do setor financeiro da XP Investimentos, é importante destacar que este lucro recorde se deu basicamente por uma questão de alíquota de imposto, que ficou em 14% no primeiro trimestre (contra 35,6% no quarto trimestre de 2018). Se considerarmos o resultado antes dos impostos, o lucro da companhia teve um crescimento em linha com o esperado.

A equipe de análise da XP destacou que os números foram neutros e não alteram a tese de investimento da empresa, que é positiva, uma vez que, na comparação anual, as métricas permaneceram sólidas.

Já o Bradesco BBI viu o resultado como sólido, em que, no geral, os bons fatores se materializaram rapidamente, enquanto os fatores ruins devem melhorar este ano. “Em nossa visão, o 1T19 foi um bom trimestre para o BB, já que as NIIs (margem financeira) de clientes já começaram a apresentar melhorias devido a um melhor mix de empréstimos, enquanto a decepcionante formação de NPL (Non Performing Loans, ou inadimplência) e as altas despesas com litígios devem se normalizar ao longo do ano”, afirmaram os analistas em relatório.

Ainda na opinião do BBI, se a alíquota mais baixa for mantida, o banco poderá facilmente atingir a faixa superior de lucro líquido projetado no guidance apresentado, entre R$ 14,5 bilhões e R$ 17,5 bilhões, ficando também acima dos R$ 16,5 bilhões das projeções dos analistas consultados pela Bloomberg.

Essa expectativa também explica a alta das ações durante esta tarde. Os papéis passaram a subir cerca de 1% depois de Rubem Novaes afirmar, em teleconferência, que o banco vai continuar a trajetória de melhora dos seus resultados. Ele espera que a economia brasileira cresça mais a partir do segundo semestre, o que permitirá, segundo o executivo, que o BB cumpra a meta de de crescimento de crédito no ano.

Martins, da XP, destaca que, entre os fatores negativos para o futuro do banco está o segmento de receitas de serviços, que tem caído também nos balanços de outros bancos. Para ele, esta é uma tendência vista em todo o setor por conta do aumento da concorrência, em especial dos bancos digitais.

Fonte: Infomoney

BB tende a ficar com recursos da venda de ativos, diz CFO

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Os recursos a serem levantados com a extensa lista de ativos a serem vendidos pelo Banco do Brasil não deverão contribuir para o esforço fiscal de seu controlador, o governo federal, disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da instituição, Carlos Hamilton Araújo.

“Não há esse pensamento dentro do governo”, disse Hamilton à Reuters quando questionado sobre se o banco pretende repassar aos acionistas na forma de dividendo extraordinário o dinheiro que levantar com a alienação total ou parcial de investimentos.

Dentro do orientação do governo do presidente Jair Bolsonaro de tentar atrair investimentos via privatizações e licitações, as principais estatais do país vêm sinalizando a venda de subsidiárias e de participações em negócios considerados não prioritários.No caso do BB, essa agenda abrange a Neonergia, BB Americas (unidade na Florida), o argentino Banco Patagonia, a resseguradora IRB, o Banco Votorantim [VOTORT.UL.], além de fatias na BB DTVM e no braço de banco de investimentos.

Na véspera, o presidente-executivo do BB, Rubem Novaes, disse a jornalistas que o banco contratou assessoria para venda de vários desses ativos. Segundo Hamilton, a tendência é que os recursos a serem captados com essa campanha fiquem no banco para ajudar a dar suporte a um novo ciclo expansão do crédito no país, que deve acontecer após a aprovação das reformas, criando um ambiente para retomada mais firme do crescimento da economia.

A carteira de empréstimos do BB, que já chegou a superar os 800 bilhões de reais no final de 2015, fechou março passado em 684 bilhões de reais, alta de apenas 0,8 por cento em 12 meses.

Fonte: Jornal DCI