Banco do Brasil deve indenizar por falha na prestação de serviço em Minas Gerais

Publicado em: 06/11/2019

Um consumidor que teve o nome lançado em programas de cobrança de crédito deverá ser indenizado em R$ 10 mil por danos morais. A decisão é da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que manteve a sentença da Comarca de Pará de Minas.

O homem alegou ter sido surpreendido com a inscrição de seu nome em órgãos de proteção ao crédito. Ele afirmou que não sabia a origem das dívidas que levaram seu nome para tais cadastros, uma vez que não havia realizado nenhum empréstimo.

Na Justiça, sustentou ter ficado comprovado que ele havia sido vítima de estelionato e que vários contratos de empréstimo tinham sido firmados em seu nome, com várias agências financeiras: Banco Real, Banco do Brasil, Banco Itaú e Banco HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo.

Durante o processo, foi homologado acordo com três desses bancos, com a suspensão dos descontos e o cancelamento dos contratos fraudulentos. A conciliação não foi possível com o Banco do Brasil.

A instituição afirmou não ter responsabilidade pelo ocorrido. Sustentou ainda que o caso não era passível de danos morais, uma vez que o problema seria de fácil solução.

Diante disso, o consumidor decidiu pedir na Justiça que o banco fosse condenado ao pagamento de indenização pelos abalos psicológicos ocasionados pelos fatos. Pediu também o imediato cancelamento das dívidas cobradas.

Em primeira instância, a sentença da juíza Herilene de Oliveira Andrade, da Comarca de Pará de Minas, determinou o pagamento de indenização por danos morais ao cliente, no valor de R$ 10 mil, além da suspensão do contrato fraudado. O banco entrou com recurso.

A decisão do relator, desembargador Newton Teixeira Carvalho, foi manter a sentença, “em razão da falha na prestação do serviço e da inclusão indevida do nome do homem nos cadastros de restrição ao crédito”.

Para o magistrado, foi comprovado que o nome e dados pessoais do reclamante foram utilizados em fraude por estelionatários, o que demonstra a negligência dos bancos, que negociaram com falsários, sem o mínimo de cautela, e sem adotarem os devidos cuidados.

A negligência ainda trouxe enormes constrangimentos ao homem, que, mesmo após comprovar não haver efetuado as movimentações financeiras, teve que se dirigir a cada um dos bancos para resolver as pendências.

Tais danos, observou o relator, independiam de comprovação dos prejuízos suportados.

Os desembargadores Alberto Henrique e Rogério Medeiros acompanharam o voto do relator.

Fonte: Tribunal de Justiça de Minas Gerais

BB destaca resultados da operação de mesa de performance implementada pela WMcCann

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O Banco do Brasil, associado da Aberje, avançou este ano na sua estratégia de uso de mesa de performance em sua operação de mídia. O objetivo é a realização de mais negócios a partir do uso de inteligência de comportamento de consumo (com ferramentas como analytics, adserver e firebase) para realizar abordagens em mídia digital de forma muito mais assertiva e personalizada. O projeto estratégico está sendo conduzido pela WMcCann para a efetividade de negócios e dinamismo na tomada de decisões nas ações de comunicação.

Para o diretor de Marketing e Comunicação do BB, Alexandre Alves, as operações de Marketing precisam ser cada vez mais dinâmicas, integradas e em tempo real. “É preciso medir, analisar, otimizar e repetir esse ciclo. Tudo isso com agilidade e assertividade. Por isso, o Banco se apoia em análise de dados para uma atuação consistente e gerando resultados para a empresa”. “A operação com diversas áreas do Banco trabalhando juntas indica que a atuação em processos ágeis e com cultura de testes a aprendizados contribui para o atingimento de bons resultados”. A configuração das campanhas ocorre a todo momento, buscando melhorias contínuas para uma melhor performance negocial a cada abordagem.

A gerente executiva de Marketing Digital do BB, Paula Sayão, conta que a estratégia se baseia no uso de metodologia de trabalho ágil, característica das empresas startups que permite que todas áreas se tornem mais eficientes, estando 100% orientadas para a geração de negócios. “Isso significa mais eficiência no volume de recursos investidos, além de uma comunicação mais certeira, chegando no momento certo e na hora certa para o consumidor que esteja demonstrando propensão a consumo de produtos bancários”, explica Paula. “Tudo isso de um jeito bastante integrado entre as áreas que lidam diretamente com clientes, produtos, tecnologia e apoio das agências de publicidade para potencializar negócios em cartões, crédito, investimentos e abertura de contas”, complementa a executiva.

Em dois meses de operação, os resultados de abertura de contas de microempreendedores individuais (MEI) geradas pela mesa de performance já representam 42% de contas deste tipo abertas pelo Banco. Os produtos de abertura de Conta Fácil para pessoa física e solicitação de cartão de crédito para não correntistas também são destaques: ambos já representam 30% na participação do resultado da companhia. O projeto conta com uma equipe integrada entre cliente e agência com mais de 39 profissionais de diversas áreas do Banco que colaboram na Diretoria de Marketing e Comunicação do Banco, na sede do BB em Brasília.”Ao alcançar agilidade e efetividade através de uma inteligência baseada em dados, as ações de comunicação são mais precisas”, afirma André França, vice-presidente de mídia da WMcCann. Ele ressalta que a compra de mídia é feita de uma forma mais assertiva e estratégica baseada em dados negociais para estimular a concretização dessa ação. “Esse é um trabalho extenso que vai muito além de dados e mídia. É uma estratégia de negócio que mexe na companhia como um todo para trazer resultados efetivos”, complementa.

Fonte: Aberje

Digitalização dos bancos demite e brasileiros ficam sem agências

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Qual será o impacto da Indústria 4.0 no mundo de trabalho? As máquinas vão substituir os trabalhadores e trabalhadoras? Essas perguntas vêm sendo debatidas cada vez mais no Brasil e têm preocupado especialistas, representantes de sindicatos e movimentos sociais que defendem o emprego e a qualidade de vida da população. Só no setor bancário, a reestruturação provocada pelo uso de novas tecnologias aliada à reforma Trabalhista, já é responsável pela demissão de quase 64 mil trabalhadores e trabalhadores. A reportagem é do Portal CUT.

Os cincos maiores bancos do país aderiram fortemente à inteligência artificial e estão usando cada vez mais a tecnologia, principalmente via telefone celular, nos serviços oferecidos aos clientes.

“Eles querem cada vez mais tecnologias avançadas para pegarem um público mais jovem que é aquele público que pode perder a carteira, mas não pode perder o celular. É um público totalmente digital que não quer ir para o banco”, afirma a economista e técnica da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Contraf-CUT, Vivian Machado, que fez um estudo sobre a “Digitalização e a inteligência artificial no sistema financeiro: A indústria 4.0”.

O país tem hoje 242 milhões de celulares, o que representa mais de 1 por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets, de acordo com a Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

Essa disseminação de equipamentos tecnológicos que as instituições financeiras usam para prestar diversos tipos de serviços tem provocado uma onda de demissões de bancários, redução no número de agências eletrônicas e cada vez menos atendimento na boca do caixa. Os banqueiros chamam esse processo de reestruturação. Os trabalhadores sabem que o pesado investimento em novas tecnologias significa mais desemprego e os clientes também são prejudicados.

“A tendência mundial do mercado de trabalho será a informalidade”, disse Vivian durante apresentação do seu estudo na sede da CUT Nacional na terça-feira 29.

Para os bancos, o retorno é rápido e garantido

De acordo com o estudo, os bancos já gastaram R$ 97,7 bilhões desde 2014, especialmente em software (conjunto de componentes de um computador ou sistema de processamento de dados), mas o retorno é rápido e garantido. Só no ano passado, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander lucraram R$ 85,9 bilhões, um crescimento de 16,2% em relação a 2017.

Mesmo com o crescimento dos lucros, os bancos continuam com as demissões. De janeiro de 2013 à 2019, já foram 63.934 postos de trabalho fechados no setor, tanto por causa do avanço da digitalização quanto os efeitos da reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB). Quando a nova lei entrou em vigor, a primeira providencia dos banqueiros foi anunciar Programas de Demissão Voluntária (PDVs) e outros tipos de contratos precários de trabalho legalizados pela reforma.

Menos agências, menos emprego, mais robôs e o povo?

A digitalização das operações bancárias também afetou com força a sobrevivência de agências e postos de atendimento – o negócio físico – de bancos como o Itaú, que fechou mais de 200 agências no primeiro semestre desse ano e deve continuar o processo de redução na rede de atendimento nos próximos meses. O Itaú também anunciou um PDV para funcionários com mais de 55 anos.

Para os bancos, o principal objetivo tem sido criar ferramentas que permitam ao cliente deixar de ir à agência, como é o caso da assistente digital, a BIA do Bradesco, que é a inteligência artificial que responde dúvidas dos clientes do banco. Para fazer propaganda do robô apelidado de BIA, o banco investiu milhões economizados com as demissões e colocou em horários nobres da televisão que custam fortunas.

A digitalização de todas as transações bancárias, como depósito, transferência, saque, caixa eletrônico reciclador – é o depósito inteligente em que o cliente não precisa de envelope, a máquina reconhece a nota que cai automaticamente na conta do cliente -, acabou até com os cargos de bancários que trabalhavam na retaguarda.

“Isso já tira aquele bancário que trabalhava na retaguarda, que conferia esses envelopes antes de efetivar esses depósitos, diz a economista, que cita a BIA do Bradesco como um exemplo de inteligência artificial que substitui o trabalho humano.

De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 2018, são que 40% das transações foram realizadas via celular e 20% via internet, ou seja, mais da metade delas (60%) foram realizadas pelos chamados “canais virtuais” dos bancos. Pelos caixas automáticos passaram 12% das operações. Isso teria modificado o papel das agências, que, no ano passado, foram responsáveis por apenas 5% dos negócios. Cabe ressaltar que a Febrabam não diz quantos essas transações representam em volume de $. Apenas são transações efetuadas.

Para que serve o banco?

O banco tem uma função social de contribuir com o desenvolvimento econômico do país, principalmente pela circulação da moeda e não apenas ser usado para gerar lucro, atuando somente em áreas ricas do país, com poucas agências e um quadro reduzido de trabalhadores, o que prejudica o atendimento à população, afirma a técnica da subseção do Dieese/CUT Nacional, Adriana Marcolino.

“Quando se concentram nas regiões mais ricas, deixam de cumprir sua função social”, diz a técnica que usa o Nordeste como exemplo de região desprezada pelo sistema financeiro. Os nordestinos são os brasileiros que menos têm conta bancária, diferente do Sul e Sudeste onde a chamada bancarização (pessoas com conta em banco) é maior, diz Adriana, que explica: “Os acessos aos serviços bancários são importantes para a economia local porque geram acesso a crédito e serviços de pagamento”.

Em 2017, segundo dados do Banco Central, mais de 140 milhões de pessoas mantinham algum relacionamento bancário no país, seja por meio de contas correntes, poupança ou investimentos.

Por outro lado, o levantamento mostra que cerca de 58% dos adultos no país não possuíam contas em instituições financeiras por falta dinheiro ou porque consideram que o custo é alto.

Os dados do BC também mostram que embora 60% dos adultos não tem a conta bancária têm acesso tanto aos celulares quanto à internet. Esse dado ajuda a entender porque o uso da tecnologia para a transformação digital no setor financeiro está mudando a dinâmica de trabalho com uma velocidade inédita na história do mundo.

“Você tem a tecnologia, mas são os bancos que mais se beneficiam delas, além de deixar milhões de brasileiros sequer ao correspondente bancário”, finaliza Marcolino.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Foco em linhas mais rentáveis impulsiona lucro dos bancos

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Bancos privados devem apresentar mais um trimestre de forte crescimento dos lucros, puxado novamente pelo desempenho positivo da carteira de crédito. Com a mudança no mix de produtos, dando foco a linhas mais rentáveis, as instituições financeiras têm conseguido compensar a perda de receita em atividades ligadas a tesouraria e prestação de serviços, que seguem pressionadas em meio a um ambiente de juro baixo e maior competitividade.

No terceiro trimestre, a média das projeções de analistas consultados pelo Valor aponta para expansão de 16,2% no lucro líquido recorrente dos maiores bancos privados – Itaú Unibanco, Bradesco e Santander -, em relação ao período equivalente de 2018. A temporada de balanços começa amanhã, com a divulgação dos resultados do Santander. O Banco do Brasil não entrou na prévia, pelo fato de boa parte das casas de análise estar participando da oferta de ações do banco, encerrada na semana passada.

No total, os bancos devem mostrar lucro de R$ 17,5 bilhões de julho a setembro, segundo a média das projeções, ante R$ 15 bilhões no mesmo período de 2018. “Esperamos que o bom momento de ganhos para os bancos brasileiros deve continuar, especialmente no negócio de crédito”, destaca o Itaú Unibanco em relatório.

Pelas contas da equipe do Credit Suisse, a carteira de crédito dos grandes bancos privados deve apresentar crescimento médio de 9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O maior aumento deve vir do Santander, de 10,2%, para um estoque de R$ 320 bilhões. A carteira do Itaú deve apresentar expansão de 8%, para R$ 573 bilhões, e a do Bradesco, de 9,2%, para R$ 435,8 bilhões.

Os bancos têm a vantagem de trabalhar diferentes linhas de negócios para obter seus resultados: crédito, serviços, tesouraria e seguros. Levantamento realizado pelo Valor Data, com base nas demonstrações de resultados dos bancos de capital aberto Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, revela aumento da fatia das atividades de concessão de crédito e venda de seguros nas receitas dos bancos neste ano, assim como perda de representatividade de serviços e da área de tesouraria.

Na atividade de crédito, ajustes no mix de produtos, avançando em empréstimos e financiamentos para clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas, têm sustentado a rentabilidade dos bancos. Nesse sentido, modalidades como empréstimos consignados, crédito imobiliário e financiamentos de automóveis devem ganhar cada vez mais destaque na carteira das instituições financeiras.

“O aumento do crédito e a mudança na composição das carteiras continua impactando positivamente as margens financeiras dos bancos”, afirma a Eleven Financial Research em relatório. “No entanto, vale mencionar que, em setembro, verificamos aumento do saldo de crédito no segmento de grandes empresas.”

De acordo com o levantamento do Valor Data, a margem financeira com clientes – principal indicador de ganhos com o crédito – voltou a ganhar participação na receita total dos bancos neste ano, depois de recuar de 56,4% em 2013 para 53,1% no ano passado. No primeiro semestre, a fatia da margem financeira com clientes na receita dos bancos alcançou 55,5%.

Outra fonte de receita importante para os bancos, a prestação de serviços em áreas como gestão de recursos e meios de pagamento vem perdendo representatividade. No primeiro semestre, mostra o estudo, os ganhos com tarifas passaram a contribuir com uma fatia de 27% na receita total dos bancos, depois de ter alcançado 29,7% no ano passado, ante 27,8% em 2013.

Esse movimento ocorre devido à redução das barreiras de entrada para novos participantes no mercado, como as fintechs, e pela redução do juro básico. Em uma estratégia para reter clientes no setor de cartões, por exemplo, os bancos têm optado por abrir mão de margens. As principais credenciadoras, controladas pelos grandes bancos, reagiram à maior competição cortando tarifas e reduzindo os prazos de pagamento aos lojistas de 30 para dois dias.

Há ainda um movimento de redução de taxas de administração de fundos, especialmente após repercussão negativa, nas redes sociais, de casos em que o custo se equiparava à Selic, corroendo toda a rentabilidade dos cotistas. A leva mais recente de cortes veio de BB, Santander, BTG Pactual e Banrisul.

Estimativas dos analistas do Itaú mostram que o Bradesco deve ter crescimento das receitas com tarifas de apenas 1,1% no trimestre e 3% no ano, no piso do guidance, que aponta para um avanço entre 3% e 7%. No caso do Santander, a pressão na atividade de serviços deverá vir principalmente do negócio de adquirência. Embora a estimativa para o banco seja de avanço de 13% nas receitas com tarifas em um ano, essa linha deve ficar praticamente no zero a zero em relação ao segundo trimestre.

Já os analistas do Bradesco estimam que, no caso do Itaú Unibanco, as receitas com serviços bancários devem apresentar estabilidade na comparação trimestral, mas crescer 5% na comparação anual.

Outras duas fontes de receita para os bancos, a margem financeira com o mercado – indicador da atividade de tesouraria – também perdeu representatividade neste ano. Depois de passar de 9,8% para 11,4% nos últimos cinco anos, segundo o Valor Data, o peso da tesouraria na receita recuou para 10,3% no primeiro semestre.

Já as operações de seguros e capitalização, que tinham ficado praticamente estáveis entre 2013 e 2018 em 6%, subiram para uma participação de 7,2% nas receitas dos bancos no ano até junho.

Em termos de rentabilidade, os bancos ainda devem apresentar indicadores sólidos no trimestre, em níveis acima de 20%. Mas a tendência é de perda de fôlego dos fatores que minimizaram o impacto da queda da Selic no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) até aqui. “Chamamos atenção para a deterioração dos retornos, causada por uma reprecificação da carteira de crédito [a taxas mais baixas] e pela crescente pressão em receitas com tarifas”, destacaram os analistas do Bradesco.

Fonte: Ibrafi

Morgan Stanley acredita que menor gasto com agência impulsionará ações de bancos

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Para analistas do Morgan Stanley, existe espaço para reduzir até 14% do número de agências bancárias no Brasil, o que diminuiria em até R$5,5 bilhões os custos dessas empresas – valor que poderia ser utilizado de outras maneiras e implicar em maior lucro. Por isso, os analistas do banco americano reiteram a sua visão de compra das ações dos maiores bancos brasileiros.

Ainda segundo os analistas do Morgan Stanley, os quatro maiores bancos brasileiros poderiam fechar até 2100 agências, sem impactar materialmente a base de clientes. Se a perspectiva otimista é de R$ 5,5 bilhões, a menos otimista é de R$4,2 bilhões, número ainda considerável e equivalente a 4 % do lucro.

Segundo Jorge Kury, líder da equipe de análise, os bancos privados parecem mais predispostos a fechar agências do que bancos públicos, com 16% de potencial de fechamento para os bancos privados contra 8% dos bancos públicos.

Fonte: Portal TC News

Cassi apresenta proposta de recuperação que será votada por associados

Publicado em: 01/11/2019

Em mensagem dirigida aos associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), o seu presidente Dênis Corrêa apresentou, no hotsite #futuroagora (www.cassi.com.br/futuroagora), um espaço exclusivo com todas as informações, a proposta de recuperação da entidade.

Veja a mensagem completa de Corrêa abaixo.

Cassi apresenta proposta de recuperação

Mensagem do presidente

31/10/2019

Colegas,

A partir de hoje a Caixa de Assistência passa a divulgar os itens que compõem a proposta de recuperação da Instituição que será votada pelos associados. Uma proposta discutida com as entidades representativas dos associados, validada pela governança da Cassi, com a anuência do Banco do Brasil, que representa a entrada imediata no caixa, em dezembro de 2019, de R$ 1,06 bilhões, sendo:

  • R$ 588,1 milhões de contribuição por dependentes e taxa de administração pagas pelo patrocinador retroativas a janeiro de 2019;
  • R$ 24,9 milhões de contribuição por dependentes paga pelos associados, referente a dezembro de 2019;
  • e R$ 450,9 milhões pagos pelo patrocinador referente à liquidação antecipada das obrigações do BB com o Grupo de Dependentes Indiretos.

A proposta que irá à consulta traz também avanços significativos em relação à proposta aprovada em maio de 2019 pela maioria dos votantes (55,4 mil pessoas), mas que não atingiu o quórum de dois terços para ser implementada. Entre eles:

  • exclusão do piso mínimo de R$ 50 reais por dependente, beneficiando mais de 40 mil associados;
  • retroatividade a janeiro de 2019 para as contribuições por dependentes apenas para o patrocinador, sem onerar associados que pagarão a partir de dezembro de 2019;
  • manutenção da redação vigente de artigos sensíveis aos participantes, como o Artigo 83;
  • restrição do voto de decisão do presidente a assuntos estritamente administrativos para o funcionamento do dia a dia da Cassi;
  • ampliação do prazo para os candidatos a diretor e conselheiro comprovarem a experiência exigida, passando a valer agora a data da posse e não mais da candidatura;
  • manutenção das atuais diretorias de eleitos, adicionando a responsabilidade e funções de risco populacional.

Além dos novos recursos que entram no caixa da Cassi em dezembro, a aprovação da proposta traz, de maneira permanente, ingresso de valores importantes para a Caixa de Assistência, uma vez que fica definida a contribuição por dependentes, tanto por parte do patrocinador quanto por parte dos associados. Lembrando que esses valores não têm destinação específica e serão utilizados para prestar assistência a quem precisa. A única contribuição que ficará limitada à 2021, será a taxa de administração cobrada do patrocinador, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, uma conquista importante que contribui para a recomposição do caixa da Cassi.

Importante destacar que a votação, a ser realizada entre os dias 18 e 28 de novembro, acontece no momento mais delicado da história da Cassi. Isso porque, por determinação da ANS, a Caixa de Assistência tem até o dia 22 de novembro para elaborar um programa de saneamento que reverta todos indicadores em desconformidade que originaram a direção fiscal, e que representavam no balanço de agosto:

Cassi

Tal programa deverá conter medidas factíveis e que estejam devidamente explicadas e evidenciadas em projeções que demonstrem, mês a mês, como ocorrerá a recuperação. Além disso, é preciso lembrar que termina em dezembro o Memorando de Entendimentos, o que representa R$ 50 milhões em média a menos no caixa da Instituição a partir de janeiro de 2020.

Diante do cenário apresentado, a aprovação da proposta é a alternativa viável para a Cassi continuar cumprindo sua missão de assegurar assistência às 400 mil vidas que hoje dependem do Plano de Associados.

Assim, convido a todos que acessem este hotsite #futuroagora (www.cassi.com.br/futuroagora), um espaço exclusivo com todas as informações para o entendimento da proposta. No app ou site da Cassi será possível também verificar a simulação da sua contribuição atual e de quanto seria com a aprovação da proposta. Se ainda restar alguma dúvida, procurem esclarecimentos nos canais oficiais da Cassi ou via email para propostacassi@cassi.com.br.

Somente com o apoio de cada um de vocês, associados, será possível vencer esse desafio e dar sequência ao trabalho de recuperação das finanças e de melhoria do modelo de assistência à saúde.

Atenciosamente,

Dênis Corrêa

Presidente da Cassi