Auditoria Contínua da BB Previdência é referência entre instituições

Publicado em: 01/10/2021

Empresas, organizações e entidades comprometidas com a qualidade e segurança dos processos das instituições possuem, no mapeamento de suas atividades, a atuação de auditores internos e externos. Na BB Previdência, que preza pelas melhores práticas de Governança, também é assim. O diferencial apresentado por ela, no entanto, é a incorporação da Auditoria Contínua à rotina da Entidade.

Desde 2017, a gerência de auditoria da BB Previdência tem buscado fortalecer o gerenciamento de riscos e controles de forma eficiente e sustentável. Agora, após períodos de testes e ajustes, a Entidade se consolidou como referência quando o assunto é Auditoria Contínua, e a procura por outras instituições em busca de trocas sobre o tema aumentou consideravelmente nos últimos meses.

Para Cláudio Villar, gerente de Auditoria Interna da BB Previdência “conhecer esse processo de Auditoria Contínua é uma forma proativa de trabalho para evitar a materialização de riscos aos quais os sistemas estão expostos.” Na escala utilizada, os pontos são divididos em risco baixo, médio e alto, a depender da fragilidade, da iminência ou do impacto que poderá causar.

O gerente ressaltou, ainda, a visibilidade da BB Previdência frente ao trabalho desempenhado pela Gerência de Auditoria Interna (Geaud): “Chegamos em um nível de evolução que nos posicionou estrategicamente e de forma positiva neste assunto. Outras empresas e Patrocinadoras têm nos procurado para benchmarking (análise das melhores práticas adotadas por instituições do mesmo setor) e, com base em 21 indicadores dos mais diversos processos, apresentamos nosso monitoramento proativo com a finalidade de identificar eventuais desvios e corrigi-los antes de se tornarem um problema”.

Colaboração das áreas

Com a “antecipação” dos ciclos de Auditoria Interna, o trabalho constante permite que a Entidade, de forma geral, se previna e seja menos reativa. Dessa forma, a Geaud colhe os dados, analisa cada um deles, informa à área o que existe de risco e esta retorna com a correção para os auditores. Ou seja, é um processo que necessita da colaboração das equipes e da conscientização sobre a importância dele para que, chegado o momento da Auditoria Interna, haja o reporte dos relatórios aos órgãos de fiscalização e deliberação com fragilidades corrigidas.

Na BB Previdência

Vinculada ao Conselho Deliberativo, a Gerência de Auditoria Interna é o ponto focal durante as fiscalizações e Auditorias Externas, além de ser a responsável pelas negociações entre as áreas e os auditores durante essas atividades. A área presta assessoria aos órgãos de gestão com atuação independente e objetiva.

Entre as principais atribuições da Geaud estão as Auditorias Programadas, a Contínua – como já mencionamos, as Especiais e também atuar no atendimento das demandas que podem surgir dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, do Administrador (no caso, o Banco do Brasil), e também das Diretorias e Comitês.

Atenta às medidas preventivas, a BB Previdência segue com forte atuação no gerenciamento de riscos e controles em prazo reduzido com a finalidade de evitar potenciais perdas futuras e auxiliar na operacionalização dos planos administrados.

Fonte: BB Previdência

 

Economus recebe premiação pelo desempenho no IDSS 2020

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O Economus recebeu em sua sede, no dia 23 de setembro, a premiação da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) pelos resultados obtidos no Índice da Saúde Suplementar 2020 (IDSS), com ano-base 2019. O anúncio das instituições premiadas foi realizado no 12º Seminário Unidas, realizado no mês de agosto deste ano, no formato digital.

O Instituto continuou a sua evolução em relação às pesquisas de anos anteriores e obteve a pontuação 0,8479. O índice alcançado foi superior à média geral e rendeu ao Economus a 4ª posição entre as operadoras de autogestão com 20.000 a 99.000 beneficiários.

O IDSS analisa o desempenho anual das operadoras de planos de saúde e integra o Programa de Qualificação de Operadoras (PQO), desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice avalia quatro quesitos: Qualidade e Atenção à Saúde; Garantia de Acesso; Sustentabilidade no Mercado e Gestão de Processos e Regulação.

Saiba mais sobre os resultados obtidos pelo Economus aqui.

Fonte: Economus

34 milhões de brasileiros ainda estão fora dos bancos, revela pesquisa

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São inegáveis os efeitos da pandemia da Covid-19, em alguns setores o impacto foi negativo, mas em outros afetou “positivamente”. A pandemia trouxe diversos desafios, que em muitos casos foram aproveitados para o desenvolver inovações e promover o crescimento pessoal e das empresas.

Esse é o caso do mercado financeiro, que apesar de se ver afetado pelos altos índices de inadimplência atual (72,9%, segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de agosto publicados pela CNC), do alto índice de desemprego (14,1% no segundo trimestre deste ano) e da baixa lucratividade dos negócios, projetam um cenário otimista.

Mesmo sem poder prognosticar as dimensões da crise, as diferentes empresas e instituições do setor estão tomando atitudes proativas desde o ano passado para garantir seu desenvolvimento e minimizar os efeitos. Uma das principais ações foi a migração dos serviços e do atendimento para os aplicativos, redes sociais e outros canais digitais. O que garante maior disponibilidade de serviços e horários para os correntistas e gerou um relacionamento mais rápido e menos burocrático, demonstrando maior interesse das instituições pelo cliente.

Estimular o atendimento por meio do mobile banking e o uso dos canais digitais para fazer pagamentos, foi uma necessidade no começo do ano de 2020. No entanto, agora é uma tendência, não só do mercado financeiro, mas também de todos os negócios e empresas que estão implementando estas estratégias.

Os consumidores superaram a desconfiança que tinham dos canais digitais e começaram a usar mais esta modalidade, por exemplo, com a simplicidade do Pix para fazer pagamentos ou o uso do QR code. Isso, apesar dos riscos reais destas operações, que ajudaram a desenvolver o segmento de tecnologias voltadas a garantir a segurança no mundo digital.

Confiança no sistema: cada vez são mais os brasileiros bancarizados

De acordo com o último informe do Global Findex Database, em 2017 69% da população mundial possuía conta em um banco, aumento de 7 p.p. desde a versão anterior da pesquisa, em 2014. Nesse estudo era considerado bancarizado quem possuía conta em alguma instituição financeira, e se destaca o fato que o porcentual que brasileiros que faziam pagamentos por meios on-line era insignificante.

O que fazia as pessoas permanecerem por fora do sistema bancário era, principalmente, a falta de renda (57,8% dos desbancarizados). Em segundo lugar, com 56,5%, estava o custo para formar parte do sistema; em terceiro o fato de um familiar já estar bancarizado (50,8%). Por último e não menos importante, a falta de confiança no sistema (25%).

Uma pesquisa nacional um pouco mais recente, feita pelo Instituto Locomotiva, aponta que em agosto de 2019, havia 45 milhões de brasileiros que estavam desbancarizados. Quantidade que caiu para 34 milhões em janeiro deste ano. Entre elas, 16,3 milhões não têm conta em nenhum tipo de instituição financeira e 17,7 milhões têm conta bancária, mas usam com pouca frequência ou não possuem acesso aos produtos.

Atualmente são em torno de 127,4 milhões de brasileiros (67%) que possuem contas bancárias, 51% em grandes bancos como a Caixa Econômica Federal, o Bradesco e o Banco do Brasil. Mas 39% possuem conta em bancos digitais, o Nubank, por exemplo, aparece depois destes grandes bancos como preferência dos entrevistados.

As vantagens dos bancos digitais respondem ao que em 2017 os brasileiros viam como aspectos que impediam o acesso ao sistema: oferecem maior confiança e menores custos, fato que agrada ao 66% da população que considera que as taxas cobradas pelos bancos para ter uma conta são muito elevadas, segundo esta pesquisa. No entanto, ainda 65% das pessoas bancarizadas são titulares de contas básicas, apenas para receber e sacar dinheiro.

Inclusão no sistema e a importância da educação financeira

Além das novas tecnologias e produtos, o processo de Open Banking está colaborando para que cada vez mais pessoas se somem a contratar serviços digitais. Este sistema de regulação aberta dá maior controle aos usuários sobre seus dados, sobre quais produtos consumir e onde. Mas também está estimulando a diversificação de produtos e permitindo a maior participação das novas startups do segmento. O que possibilita a aplicação de inovações e mudanças aceleradas no mercado financeiro.

A cada dia, nossas vidas se vinculam mais com o mundo digital. Neste sentido, os desenvolvimentos na área de cibersegurança, por si só, não são suficientes, é preciso da conscientização dos usuários. Isto é fundamental para garantir o aproveitamento destas novas tecnologias e todas as possibilidades que nos apresentam.

Os usuários dos canais digitais, especialmente do sistema financeiro, devem estar por dentro de como funcionam os serviços que consomem e também sobre como operam os sistemas que sua instituição disponibiliza. Afinal de contas, um dos principais motivos de desconfiança das pessoas é o aumento das fraudes. O desconhecimento é a principal forma que os criminosos usam para manipular suas vítimas, que por pouca informação ou ingenuidade confiam neles.

É preciso, tanto do investimento na inclusão financeira como também predisposição dos clientes para procurar informação e ficar por dentro, pelo menos dos serviços que mais utilizam. Afinal de contas, estar incluído financeiramente não é só ter uma conta bancária, é também aceder aos produtos e saber usar os serviços de forma vantajosa.
A inclusão financeira traz benefícios tanto para o indivíduo como também para a sociedade. Por exemplo, ao facilitar e permitir que mais pessoas possam fazer compras on-line, existe um movimento maior dos recursos fomentando assim a economia, vemos isso nos registros de transações com cartões de crédito ou débito.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), os meios de pagamento digitais movimentaram R$ 52,6 bilhões, provenientes do auxílio emergencial em 2020. Isto foi possível graças ao aplicativo Caixa Tem, que permitiu a inclusão financeira de milhares de brasileiros que estavam fora do sistema.

Também, durante a pandemia, houve um aumento de 32,2% no comércio on-line, onde o uso do cartão permitiu a movimentação de R$ 2 trilhões no ano passado, 8,2% a mais do que no ano anterior. O uso do cartão de crédito teve uma alta de transações de 2,6% e o cartão pré-pago de 107,4%.

Apesar da situação vivida e com as restrições impostas, as facilidades que as novas tecnologias trazem tanto para os negócios como para os consumidores são muitas. No entanto, é preciso conhecimento sobre as modalidades de comercialização que existem hoje em dia e das formas de segurança.

A digitalização já é inevitável, agora resta somar iniciativas que apontem a conscientização e a educação sobre os serviços financeiros, para aumentar a confiança dos consumidores e a maior adesão aos serviços.

Fonte: TI Inside

Bancos tradicionais perdem quase metade do mercado em quatro anos

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Dos pagamentos realizados pela plataforma de automação de pagamentos da Transfeera em abril de 2017, 100% eram direcionados para os cinco maiores bancos brasileiros, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú e Santander. Em agosto deste ano, essa proporção caiu para 45% em quatro anos, considerando transações de pessoas físicas e jurídicas.

O levantamento da fintech, com mais de 6 milhões de transações bancárias realizadas pela plataforma entre abril de 2017 e agosto deste ano, reforça a gradativa e crescente perda de espaço das grandes instituições financeiras dentro da indústria de meios de pagamentos.

Quando consideradas apenas as transações feitas para pessoas físicas, os grandes bancos representavam 100% das transações da Transfeera em abril de 2017 e passaram para 56% em agosto deste ano.

Entre os grandes que estão perdendo parcela do mercado, a Caixa Econômica Federal lidera esse recuo. A instituição financeira, que representava 40% das movimentações da fintech em abril de 2017, viu esse número cair para 14% em agosto deste ano. Em segundo lugar aparece o Santander, que reduziu sua presença de 30% para 11% no mesmo período. Em contrapartida, o Nubank ganhou escala, com 19,5% das transações somente em agosto ante 10,5% um ano antes.

No caso de pessoas jurídicas, o estudo aponta para uma perda de 33%. O Itaú representava 60% e caiu para 10% — perdendo 50 pontos percentuais de participação de mercado. A Caixa Econômica também viu um declínio, reduzindo de 27% para 4%.

Pix

Dados da Comscore mostram que o Brasil lidera a digitalização bancária da América Latina e, segundo a Global Fintechs Ranking de 2021, o país se consolidou como um dos grandes ecossistemas de fintechs, ocupando a 14ª posição no mundo.

Com a digitalização dos bancos acelerada pelo Pix e a chegada do open finance, o impacto e a força dos novos participantes deste mercado já podem ser vistos no levantamento, mostrando uma mudança no comportamento de pessoas físicas e empresas quando o assunto são as opções de pagamento.

Nos recebimentos de transações por pessoas físicas por banco, o Nubank é destaque, com 25% do total, seguido por Itaú (9,8%) e Bradesco (9,4%), respectivamente.

Segundo Carlos Augusto de Oliveira, presidente da CertDox e Fintech Board Member da VC BossaNova Investimentos, os bancos tradicionais estão acompanhando as mudanças, mas tendem a se mover mais lentamente em função das suas próprias estruturas.

“Mesmo quando tecnicamente prontos, existe uma evidente cautela dos bancos na migração para os serviços digitais porque muita coisa está em jogo, especialmente o risco de perda significativa de receita de tarifas de serviços provocado pelo Pix”, explica.

Fonte: Valor Investe

Apps de bancos brasileiros são lentos e gastam muitos dados, mostra pesquisa

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Você está satisfeito com o aplicativo do seu banco? Se sua resposta é “não”, saiba que você não está errado. Um levantamento feito pela Movizzon, empresa especializada em medir e otimizar a experiência do usuário em canais digitais, mapeou a quantidade de falhas, dados gastos e a demora apresentados pelos apps dos bancos brasileiros e também de instituições financeiras de outros países da América Latina. Embora o Brasil apresente menos falhas “pequenas”, os aplicativos são mais lentos e gastam mais dados.

O estudo foi dividido em quatro pontos de avaliação: falhas temporárias (em que o app trava por alguns instantes), falhas mais graves (em que o app trava totalmente e o usuário “perde” a operação que estava fazendo), o tempo de resposta e a quantidade de dados de navegação gastos em ações como acessar o app, fazer login e realizar alguma consulta.

Em relação às falhas menores, os apps de bancos brasileiros se saíram melhor do que os demais latinos. Segundo a pesquisa, a cada 100 acessos, os apps do Brasil apresentaram 0,08 falhas simples, enquanto nos demais países, a média foi de 0,35 falhas a cada 100 acessos.

No entanto, no quesito login a performance brasileira foi pior. A cada 100 vezes em que os brasileiros entravam no app, houve 5,87 falhas simples. A média de erros da América Latina ficou em 1,55 a cada 100 logins.

Em relação às falhas chamadas de “globais”, ou seja, quando os aplicativos saem do ar por um tempo considerável e o usuário é obrigado a abandonar a operação, a comparação entre Brasil e América Latina ficou praticamente empatada.

Nas ações de abertura do aplicativo, login e consultas, os apps brasileiros apresentaram um bom desempenho em 99,97%, 99,89% e 99,98% das vezes, respectivamente. Enquanto a média dos apps latino-americanos foi de 99,96%, 99,75% e 99,96%.

Rapidez

Com relação ao tempo que o aplicativo leva para realizar uma dessas três ações, os brasileiros saíram na frente na abertura do aplicativo, com 4,2 segundos frente à média de 6,2 segundos dos aplicativos dos demais bancos pesquisados.

Em relação ao tempo para fazer um login e à realização de consultas, os aplicativos brasileiros foram mais lentos e apresentaram tempo médio de 5,5 segundos e 4,2 segundos, respectivamente. Na América Latina, as ações demoram 4,9 segundos e 1,5 segundo. Vale ressaltar que o Google recomenda que aplicativos não levem mais de 5 segundos para abrir.

Dados gastos

E para usar os aplicativos, os usuários gastam dados de internet. E no caso dos brasileiros, a abertura do app gasta 14,1 Kb contra 69,6 Kb. No login, o destaque foi dos latino americanos, com 69,9 Kb contra 124,4 Kb gastos pelos apps brasileiros.

Já para as movimentações, o uso de dados foi de 12,2 Kb em média na América Latina e 15 Kb no Brasil. “Os números da Anatel mostram que, no Brasil, 48,3% dos celulares são de planos pré-pagos. Para essas pessoas, torna-se muito caro e pouco vantajoso acessar um aplicativo que consome tantos dados de navegação”, afirma Tiago Lecey, executivo da Movizzon .

“Isso deixa de ser inclusivo, num momento em que todas as políticas estão voltadas para a inclusão digital. O número de transações realizadas pelo mobile banking saltou de 37 bilhões em 2019 para 52,9 bilhões em 2020, um aumento de 20% segundo a Febraban”.

Fonte: Valor Investe

Crédito concedido por bancos deve crescer 12,6% este ano, estima BC

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O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 12,6% este ano, de acordo com o Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (30) em Brasília. O resultado vem do crescimento de 16,2% no crédito para famílias e de 8% para pessoas jurídicas.

A estimativa é maior do que a observada no relatório anterior, de 11,1%. “O aumento decorre de surpresas positivas nos últimos três meses nos saldos de pessoa física, em linha com a recuperação da mobilidade e o avanço da vacinação”, diz o relatório.

As modalidades de crédito pessoa física com recursos livres tiveram a variação do saldo revisada de 14% para 18% e as com recursos direcionados de 13% para 14%. Nos financiamentos às empresas, as projeções foram mantidas, de crescimento de 13% com recursos livres e de estabilidade nos direcionados.

O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Análise

De acordo com o BC, o crescimento relativamente mais elevado para as famílias reflete a perspectiva de gradual melhora no mercado de trabalho. Nos dados do mercado de crédito bancário destacam-se as trajetórias do cartão de crédito à vista e do crédito pessoal não consignado. Os financiamentos imobiliários também continuaram impulsionando o crescimento do saldo do crédito pessoa física, entretanto, a elevação em curso das taxas de juros contribui para atenuar o crescimento das novas contratações de crédito imobiliário.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, elevou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista para a política monetária para conter o avanço da inflação. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

No segmento de pessoas jurídicas, as empresas de maior porte devem continuar a buscar fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário doméstico, como captações no exterior e emissões de títulos de dívida, que tiveram aumento relevante nos últimos meses.

“Esse movimento contribui para arrefecer a demanda por crédito bancário pessoa jurídica. Adicionalmente, a menor expansão do crédito esperada também decorre de um processo de normalização da alavancagem das empresas, em especial daquelas que aumentaram seus financiamentos nos momentos mais críticos da crise sanitária em 2020 e 2021 por motivos precaucionais”, diz o relatório.

Segundo o BC, no crédito direcionado para as empresas, a amortização gradual dos programas emergenciais de crédito deve contribuir para essa desaceleração na carteira de pessoa jurídica, mesmo com a nova rodada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), iniciada em julho.

Para 2022, a projeção é de 8,5% do estoque de crédito, uma desaceleração que se aplica tanto a pessoas físicas (11,1%) como jurídicas (5%). “Essa menor taxa de expansão do crédito nominal decorre do menor ritmo de crescimento esperado da atividade econômica e do ciclo atual de aperto monetário”, diz o relatório. “Em conjunto, as projeções de crescimento do estoque total de crédito para 2021 e 2022 indicam gradual desaceleração em comparação a 2020 e trajetória mais equilibrada de endividamento das empresas.”

Em 2020, o saldo do crédito cresceu 15,6%, com alta de 11,2% para famílias e 21,8% para empresas.

Fonte: Agência Brasil