Ministério da Justiça investiga bancos por fraude em empréstimos; BB está na lista

Publicado em: 26/08/2022

O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai investigar 23 bancos e instituições financeiras pela suposta prática de fraude em cartões de crédito consignados, entre eles o Banco do Brasil. O BB informou que “não emite cartão de crédito consignado há 4 anos e está à disposição da Senacon para esclarecimentos adicionais.”

Há denúncias de que diversos consumidores têm sido lesados ao contratarem empréstimo consignado e sendo expostos ao risco de superindividamento.

A denúncia foi apresentada pelo Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública (Nudecon) do estado do Rio de Janeiro. De acordo com o órgão, têm sido lesados com a emissão não autorizada dos cartões e pela cobrança de juros em faturas com desconto do pagamento mínimo feito diretamente em folha.

Segundo a denúncia, a fraude seria praticada quando, ao contratar um empréstimo consignado, o cliente também recebe um cartão de crédito, sem ser informado que o dinheiro tomado como empréstimo, na verdade, seria lançado como saque no cartão e depositado na conta corrente do cliente.

A Nudecon entende que a prática pode levar o cliente ao endividamento, pois o pagamento mínimo, feito através do desconto em folha, abateria apenas o valor dos juros de financiamento do saldo devedor, impedindo a quitação dos outros débitos.

“Desta forma, considerando a existência de 4.575.529 cartões consignados ativos, 3,7% do total de cartões ativos no país, foi determinada a investigação para apurar a ocorrência de prática abusiva”, afirmou o ministério, em nota.

Fonte: Agência Brasil

 

R$ 9 mi garantido para cada executivo em 2022. E para os bancários?

Publicado em: 25/08/2022

Mesmo com lucros maiores e sempre crescentes, os bancos propuseram reduzir a PLR, distribuindo uma fatia menor de seus lucros bilionários. Na mesa desta quarta-feira 24 de agosto, a décima quinta rodada da Campanha Nacional dos Bancários 2022, a Fenaban (federação dos bancos) propôs reajuste de 6,73% nos valores fixos da PLR, o que corresponde a apenas 75,7% do INPC, com perda de 1,97% para os trabalhadores (considerando a estimativa da inflação de 8,88% em 31 de agosto).

A Fenaban propôs ainda excluir da CCT a regra de não compensação dos programas próprios na parcela adicional da PLR – ou seja, o que cada banco paga como programa próprio seria reduzido dessa parcela da PLR/CCT.

Mais cedo, os bancos vieram com proposta ainda mais rebaixada: de 6,22% para os valores fixos da PLR (70% do INPC, com perda de 2,44%). Mas depois de uma pausa nas negociações, apresentaram a proposta de 6,73%.

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou as duas proposta na mesa.

“Mais um dia inteiro de negociação, com os bancos apresentando propostas rebaixadas, fazendo longas pausas na mesa para depois apresentar índices de reajuste que vão aumentando a conta gotas. Passaram de 6,22% para 6,73%. E já chegamos à décima quinta mesa e eles ainda não apresentaram uma proposta de índice para reajuste dos salários. É um desrespeito com a categoria que constrói seus lucros bilionários”, diz Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Ivone destaca que a parcela do lucro distribuída aos trabalhadores já vem sofrendo redução ao longo dos anos. “E hoje eles propuseram reduzir ainda mais, oferecendo reajuste abaixo da inflação nos valores fixos e tetos, e propondo compensar programas próprios na parcela adicional da PLR, o que deixa os trabalhadores ainda mais vulneráveis às cobranças de metas abusivas. Não vamos aceitar.”

Por outro lado, a remuneração per capita anual da diretoria executiva dos maiores bancos tem previsão de atingir R$ 8,9 milhões por diretor (a) em 2022, com crescimento de 11,1% em relação a 2021 e 132 vezes maior do que a remuneração anual da função de escriturário (salário, 13º, férias, tickets, PLR).

PLR é fatia cada vez menor do lucro

Desde 1997, a PLR do cargo de caixa teve aumento real de 126%, enquanto que o crescimento real do lucro dos bancos, no mesmo período, foi de 359%, ou seja, 2,85 vezes mais do que o valor da PLR.

A fatia do lucro distribuída aos trabalhadores foi caindo ao longo dos anos, apesar de novas conquistas como os reajustes nos valores, mudanças nos parâmetros e introdução da parcela adicional.

Em 1995, quando a PLR foi clausulada na CCT dos bancários, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos seus lucros, mas em 2021, os três maiores bancos privados distribuíram em média apenas 6,67% de seus lucros. Com a proposta desta quinta, a distribuição cairia ainda mais, para 6,49%, sendo que a distribuição da regra básica está inferior a 5% e da parcela adicional próxima de 1,6%, portanto muito abaixo dos 2,2% previstos na CCT.

Na pauta apresentada aos bancos, a categoria reivindica para a parcela adicional da PLR 3 salários-base, reajustados pelo INPC mais aumento real de 5%. A Fenaban está oferecendo apenas 40% do que os trabalhadores reivindicam.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

 

Bancos insistem em impor perdas aos bancários, dizem dirigentes bancários

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Em reunião de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2022, ocorrida nesta segunda-feira (22), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) insistiu em impor perdas para a categoria bancária ao apresentar uma proposta de reajuste para os vales alimentação e refeição de apenas 81% da inflação geral e de apenas 43% da inflação dos alimentos acumuladas em 12 meses. Além disso, depois de 13 rodadas de negociação, os bancos ainda não apresentaram proposta de índice para correção dos salários e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

“Não podemos aceitar esta proposta! A categoria continua perdendo. E em todas as consultas que fizemos as bancárias e bancários nos disseram que queriam aumento maior para o vales alimentação e refeição, pois os valores não são suficientes para chegar ao fim do mês”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), Ivone Silva, que coordena o Comando juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, tem a mesma impressão. “Foi um dia inteiro para a Fenaban apresentar mais uma proposta rebaixada. Na primeira parte da mesa, eles propuseram reajuste no VA e VR que cobria apenas 75% da inflação. Aí fizemos uma pausa e na volta eles propuseram reajuste de 81% da inflação, mas ainda insuficiente. Consideramos uma desfaçatez com os bancários, que constroem diariamente os lucros bilionários dos bancos. O Comando rejeitou a proposta na mesa”, informou.
Vale coxinha

Segundo cálculos elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com o reajuste proposto no VR o bancário precisa de praticamente um dia e meio para conseguir comprar um cafezinho a mais. Com o reajuste do VA (R$ 52,25 a mais por mês), não dá nem pra comprar meio quilo de café, um quilo de açúcar, um quilo de pão e 200g de manteiga. Para comprar estes produtos seriam necessários R$ 54,50.

Mobilização Nacional

Sindicatos de todo o país vão realizar nesta terça-feira (23) um Dia Nacional de Luta para informar clientes e a categoria sobre o andamento das negociações e mostrar o descaso dos bancos com seus funcionários, que contribuíram para que os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) obtivessem juntos um lucro de R$ 56,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2022, alta de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com rentabilidade de 18% em 12 meses.

Teletrabalho e outras reivindicações

Os bancos não apresentaram proposta para a ajuda de custo para cobrir os gastos que os bancários têm a mais com o teletrabalho. Com relação ao vale-transporte, também não responderam se atenderão a proposta de descontar o percentual de 4% apenas sobre os dias trabalhados presencialmente, e não sobre o mês inteiro.

As negociações também não andaram com relação ao combate ao assédio moral e fim das cobranças abusivas sobre as metas.

Fonte: Contraf-CUT

Bancos lucraram 49% a mais em 2021, diz Banco Central

Publicado em: 11/08/2022

Os bancos aumentaram a oferta de crédito de maior risco às pessoas físicas no segundo semestre de 2021. O destaque foram as modalidades de empréstimo não consignado e o rotativo do cartão de crédito. Já o crédito para compra de imóvel esfriou por causa da subida dos juros básicos. A taxa Selic atual é de 13,75%.

A capacidade de pagamento dos devedores, no entanto, apresentou relativa estabilidade.

As informações estão no Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre de 2021, divulgado nesta terça-feira pelo Banco Central.

Segundo o documento, o lucro dos bancos no ano passado foi de R$ 132 bilhões de reais, 49% a mais que em 2020. E o PIX não atrapalhou o resultado, já que o uso cresceu e representa 10,6% do total dos pagamentos feitos no varejo.

O crédito bancário às micro, pequenas e médias cresceu acima do nível de antes da pandemia. Mesmo com as novas concessões do Pronampe e do Programa de Estímulo ao Crédito, o destaque foi para o aumento da carteira não vinculada a programas do governo.

Ainda de acordo com o documento, os testes de estresse de capital mostraram que não existem riscos relevantes para a estabilidade financeira do país.

Fonte: Agência Brasil

Com lucro, bancos podem atender dar aumento real e reajuste nos tickets

Publicado em: 04/08/2022

Na mesa com a Fenaban desta quarta-feira 3, que iniciou os debates sobre as reivindicações da categoria para as cláusulas econômicas no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2022 (campanha salarial), o Comando Nacional dos Bancários cobrou aumento real e reajuste maior nos VA e VR. A Fenaban não apresentou propostas. Os representantes dos bancos disseram aguardar cenário mais claro sobre a inflação (INPC) de julho.

Os bancários reivindicam aumento real de 5% nos salários, e reajuste nos tickets que compense a alta inflacionária dos alimentos, hoje em 13,89%, maior quase 2 pontos percentuais do que o índice geral da inflação, em 11,92%.

Os representantes do setor mais lucrativo do país disseram que a remuneração do bancário está acima da média dos trabalhadores brasileiros. Embora não tenham apresentado proposta de reajuste, a remuneração per capita anual da Diretoria Executiva dos maiores bancos tem previsão de atingir R$ 8,9 milhões por diretor(a) em 2022, com crescimento de 11,1% em relação a 2021 e 132 vezes maior do que a remuneração anual da função de escriturário (salário, 13º, férias, tickets, PLR).

“A campanha não termina enquanto não resolvermos o reajuste dos trabalhadores, isso inclui salário, reajuste de VA e VR e PLR. Os bancos enriquecem a cada mês, cobrando taxas de juros absurdas dos clientes. Nos últimos 12 meses, o rotativo do cartão de crédito subiu 56%, o crédito pessoal não consignado subiu 43% e o cheque especial 26%. As taxas de juros dessas linhas são de 355% ao ano, 83% ao ano e 133% ao ano, respectivamente. O resultado é um aumento no endividamento das famílias, que chegou a 52,6% da renda acumulada em 12 meses e o comprometimento mensal da dívida com o setor financeiro chegou a 28% da renda das famílias”, disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Na consulta realizada com os bancários de todo o país, 92% destacaram o aumento real como prioridade, 61% querem reajuste diferenciado no VA e VR e 58% o aumento da PLR”, acrescentou.

Nesta que foi a sétima rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários, o Comando ressaltou na mesa que o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 190% acima da inflação entre 2003 e 2021, chegando a R$ 110 bilhões neste último ano.

Apenas no primeiro trimestre de 2022, o lucro somado dos 5 maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) cresceu 15,4%, chegando a R$ 27,6 bilhões. E, apenas com tarifas bancárias, esses cinco bancos arrecadaram R$ 143,4 bilhões em 2021, o que é suficiente para cobrir 138% do total de suas despesas de pessoal.

Os bancos brasileiros também são altamente rentáveis. A rentabilidade média dos bancos desde 2003 é sempre muito acima da inflação: nos últimos 5 anos ficou, em média, 3,2 vezes acima.

Em 2021, a rentabilidade dos maiores bancos no Brasil ficou quase 5 pontos percentuais acima da rentabilidade dos maiores bancos nos EUA. Isso tem a ver com o fato de que o Brasil teve o 3º maior spread bancário do mundo em 2021, 20 pontos percentuais acima da média de América latina e Caribe.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Bancos se preparam para regras ESG mais rígidas e detalhadas

Publicado em: 22/07/2022

Em setembro de 2021, o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicaram um conjunto de normas para instituições financeiras em relação à agenda ESG. Em resumo, ampliaram exigências que já existiam e reforçaram regras para divulgação de informações e mapeamento de riscos com um enfoque maior e mais detalhado para as questões climáticas.

Passa a ser pedida, por exemplo, a realização de teste de estresse climático para avaliar hipóteses de mudanças de clima e de transição para uma economia de baixo carbono. Entre as novas regras está a divulgação anual do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas, chamado de relatório GRSAC, obrigatório a partir de 2023.

A nova regulamentação foi dividida em duas fases: na primeira, de 2021, requer-se que os bancos publiquem informações qualitativas (governança, estratégias e gestão de riscos). Na segunda fase, prevista para sair ainda neste ano, serão detalhados os requerimentos de divulgação das informações quantitativas, como metas e métricas.

Algumas normas, como a Resolução CMN 4.945 – que determina a elaboração da chamada Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) – e a Resolução CMN 4.943 – que trata da gestão de riscos das instituições – entram em vigor neste mês. Já a Resolução BCB 139 – com as regras para o Relatório GRSAC – passa a valer em dezembro.

Segundo Marcelo Pasquini, líder de sustentabilidade do Bradesco, como o banco já vinha com discussões em relação ao clima, tem sido “natural” adotar as recomendações do BC. Agora, está rodando três pilotos para a mensuração de riscos climáticos físicos e de transição e a agregação deles aos demais riscos. Um dos principais desafios, diz, está nas análises de cenários a partir dos testes de estresse climático, que são de muito longo prazo e não são, geralmente, feitos de forma tão detalhada para o Brasil.

Em 2019, o Bradesco fez o primeiro estudo de emissões de gases efeito-estufa de sua carteira de crédito, com foco em setores como agropecuária, imobiliário e veículos. Em 2020, foi o primeiro do setor no Brasil a aderir à Partnership for Carbon Accounting Financials (PCAF), parceria global entre instituições financeiras para desenvolver e implementar padrões de mensuração e divulgação de emissões associadas a empréstimos e investimentos.

Com base na metodologia da PCAF, o banco publicou pela primeira vez em 2020, o cálculo das emissões financiadas, com classificação setorial em sua base de dados. No ano passado, a cobertura foi de 92% da carteira de crédito pessoa jurídica (PJ), conforme informações do relatório integrado de 2021. Foram identificados os setores mais emissores e os que podem ter maior transformação. O trabalho também foi feito para emissões de investimentos da gestora, a Bram, para renda fixa corporativa e renda variável.

Com o objetivo de descarbonizar seu portfólio até 2050, no ano passado, o banco aderiu ao Net-Zero Banking Alliance, aliança que reúne 113 bancos de mais de 40 países – lista que inclui também Santander e Itaú. Também definiu a meta de direcionar R$ 250 bilhões, até 2025, para financiar setores e ativos de impacto socioambiental positivo. Até março deste ano, 43% do volume total já haviam sido destinados para negócios sustentáveis.

No pilar cidadania financeira, o Bradesco assinou, em maio, um compromisso com a saúde e inclusão financeira, no âmbito dos Princípios de Responsabilidade Bancária (PRB), vinculado ao programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-FI). O prazo para assumir metas públicas em relação ao tema é de 18 meses.

O Santander é outro ‘bancão’ que está se mexendo há um tempo para se adequar às novas exigências da economia verde. Desde 2020, a instituição passou a incluir em suas avaliações socioambientais a exposição dos clientes ao estresse hídrico e sua dependência desse recurso, por meio de uma ferramenta própria que considera três aspectos: qualidade dos processos de gestão da água; vulnerabilidade da atividade econômica; e a região onde o negócio está.

Christopher Wells, superintendente executivo de risco socioambiental do Santander, diz que o banco realiza cerca de 2 mil análises socioambientais, por ano, incluindo negócios com operações na Amazônia, produtores de soja e processadores de carne bovina. Para Wells, as normas do Banco Central trazem desafios, e um dos maiores é o acesso a dados e fontes de informação. “E se chover pouco nos próximos três anos, como ficaria a geração de energia hidrelétrica, por exemplo? É um cenário hipotético. Não existe nenhum modelo de ‘think thank’ ou órgão de governo para ajudar os bancos e as empresas”, analisa o executivo.

Na temática social, existe também uma dificuldade em relação a dados. “Tem lista para [empresas que utilizam] trabalho escravo, mas não tem para outros temas, como trabalho infantil ou assédio. Então, o que fizemos? Modernizamos o questionário enviado para os clientes”, conta Maria Silvia Zanardi, superintendente de risco socioambiental do Santander.

O ABC Brasil acaba de publicar seu primeiro relatório de sustentabilidade que inclui análise setorial da carteira de crédito. “Conseguimos ter uma estratificação de como a carteira está dividida e sua taxonomia”, aponta Antonio Ferrari, líder de sustentabilidade e risco socioambiental do banco. “Temos uma carteira em torno de 23% focada no agronegócio que, por si só, é inerente a riscos climáticos.” Ele conta que montou um time multidisciplinar socioambiental para entender quais ajustes de sistemas e bases de dados terão de ser feitos.

O executivo cita, ainda, que o ABC fez em 2021 o inventário de suas emissões de gases efeito-estufa, referente a 2020. Este ano, vai mapear as emissões financiadas, para divulgá-las em 2023. O banco prevê implementar diretrizes para setores mais expostos a questões climáticas. “Não estamos falando em proibição. Não é excluir, e sim trazer para o jogo e entender como podemos ajudar os clientes.”

Em resposta ao Prática ESG, o BC diz não ter recebido dúvidas, pois muitas questões referentes às novas regras já foram esclarecidas durante a consulta pública.

Fonte: Valor Investe

Caged: bancos fecham 800 postos de trabalho em 3 meses

Publicado em: 15/07/2022

O setor bancário apresentou saldo negativo de empregos pelo terceiro mês consecutivo. É o que aponta o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de maio, divulgado agora em julho. Entre março e maio, foram fechados cerca de 800 postos de trabalho.

Em maio, foram realizadas 3.172 admissões e 3.605 desligamentos, maior nível desde outubro de 2021. O saldo foi de 433 vagas eliminadas, sendo 322 vagas (74,4%) em Bancos Múltiplos com carteira comercial. Houve saldo negativo também na Caixa Econômica, de menos 60 postos de trabalho.

No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, ocorreu a criação de 8,3 mil postos de trabalho, decorrente de forte impacto de contratações da Caixa Econômica Federal, a partir de decisão judicial favorável à contratação de trabalhadores aprovados no concurso de 2014. No ano, o setor acumula criação de 2,7 mil postos.

Do total do saldo positivo verificado no setor nos últimos 12 meses (+8.355 postos), 33,9% deve-se ao saldo da Caixa. No ano, destaque para o saldo negativo nos Bancos Comerciais (-75 postos).

“Os cinco maiores bancos – BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander – tiveram lucro de R$ 107,7 bilhões em 2021, isso representou um crescimento de 34,1% em relação a 2020. Os mesmo cinco banco já apresentam lucro de R$ 27,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Ou seja, não há justificativa para o setor ter saldo negativo nos últimos três meses. Pelo contrário, deveriam contratar mais, já que os trabalhadores em agências e departamentos estão sobrecarregados. Estamos em Campanha Nacional e já cobramos mais contratações na mesa de negociação com a Fenaban, ocorrida no dia 27 de junho”, diz Lucimara Malaquias, secretária de Estudos Sócio-econômicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Contratados ganham menos que os desligados

O salário mensal médio de um bancário admitido em abril alcançou o valor de R$ 5.403,87 enquanto o do desligado foi de R$ 6.107,26, isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 88,5% do desligado.

“Isso mostra que os bancos economizam em mão de obra com a rotatividade no setor”, ressalta Lucimara Malaquias. “Eles também economizam quando terceirizam, o que muitos deles vêm fazendo ultimamente, principalmente o Santander, valendo-se das reformas trabalhistas promovidas pelo governo Temer e agora pelo governo Bolsonaro”, lembra a dirigentes, que é bancária do Santander.

Sobre as admissões e demissões

No que se refere à movimentação do emprego, nas admissões observa-se a quase nulidade de contratação via primeiro emprego, apesar dos bancos mencionarem programas de inclusão de jovens. Outro ponto dos dados do Caged que chama a atenção é a reintegração de trabalhadores, que representaram 2,6% do total admitido em maio.

Quanto aos desligamentos, a modalidade demissões voluntárias (a pedido do trabalhador) representou 37,6% da totalidade, queda em relação aos meses anteriores. Em contrapartida, os desligamentos sem justa causa, motivados pelo empregador, somaram 56,0% do total, maior patamar dos últimos 12 meses.

De janeiro a maio deste ano, não ocorreu nenhum desligamento por aposentadoria. Para o acumulado em 12 meses, verificou-se que 2.623 trabalhadores foram desligados por aposentadoria.

Faixa Etária e Sexo

Outro ponto chama atenção nos dados do Caged: o saldo negativo, em maio, se deu exclusivamente entre as mulheres (-546 postos), já que entre os homens, o saldo foi positivo em 113 postos de trabalho.

No ano, os desligamentos foram mais efetivos entre as mulheres (-7.946 postos) em relação aos homens (-7.182 postos). Em contrapartida, as admissões são predominantemente masculinas com 10.380 postos criados contra 7.523 novos vagas destinadas às mulheres.

Assim, o saldo entre janeiro e maio de 2022, é negativo para o sexo feminino com a eliminação de 423 postos e positivo para os homens com abertura de 3.198 postos. Esta situação se prorrogada afetará diretamente no estoque de trabalhadores do setor bancário, o tornando menos igualitário.

Em relação às faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as faixas até 29 anos, com ampliação de 936 vagas. Já para as demais faixas etárias, foi notado movimento contrário, fechamento de 1.369 vagas.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos cortam 80 mil vagas em oito anos, negam garantia de emprego e ampliam terceirização

Publicado em: 07/07/2022

Na segunda rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, no dia 27 de junho, a Federação Nacional dos Bancos afirmou que não vai oferecer garantia de emprego à categoria. Os representantes dos trabalhadores lembraram que, apenas de 2013 a 2021, as instituições cortaram 77 mil postos de trabalho. Isso representa uma redução de 15% dos empregos nos bancos, além do fechamento de quase 5 mil agências. Agora, são 394 mil bancários. A categoria tem data-base em 1º de setembro.

“Os bancos são responsáveis por quase 1% do estoque do emprego no Brasil. Mas, mesmo sendo um dos setores mais lucrativos do país, somente na pandemia reduziram 2 mil postos de trabalho”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional. “A alta rotatividade no setor tem um motivo: no primeiro quadrimestre de 2022, por exemplo, o salário médio daqueles que entravam nos bancos correspondia a apenas 83% do salário médio daqueles que eram desligados das empresas do setor”, acrescentou.

Correspondente bancário

Assim, outro item da pauta foi a terceirização crescente, que também afeta o nível e a qualidade dos empregos nos bancos. “O número de estabelecimentos que prestam serviço de correspondente bancário cresceu 42% entre 2016 e 2022, atingindo 470 mil em março de 2022, de acordo com o Banco Central”, informam os sindicalistas. “O desmonte trabalhista agravou a precarização e aumentou a terceirização no setor”, disse Ivone.

Em 1990, havia mais de 730 mil bancários no país. Em 2019, eram 455 mil. De acordo com os representantes dos trabalhadores, em dezembro do ano passado os bancos tinham mais de 464 milhões de clientes, o que representa 1.180 por empregado, considerando o número de 394 mil. Apenas seis anos antes, eram 309,4 milhões de clientes e 433 mil funcionários, ou 715 clientes por empregado. O crescimento foi de 65% nesse período.​​

Redução da jornada

“Nessa negociação cobramos a garantia dos empregos, o fim da terceirização, que se amplia no setor bancário, a preparação dos trabalhadores para as mudanças tecnológicas e a redução da jornada de trabalho para quatro dias”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Assim, nos 10 últimos anos, o lucro dos bancos cresceu 15% acima da inflação. Em 2021, os cinco maiores (Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram, somados, R$ 107,7 bilhões, 34,1% a mais do que no ano anterior. Só no primeiro trimestre deste ano, o lucro foi de R$ 27,6 bilhões, 17,5% maior do que em igual período do ano passado. “Uma das reivindicações da categoria é a redução da jornada para quatro dias por semana, associada à redução da intensidade do trabalho e do controle da hora extra, sempre realizadas através da negociação coletiva com os sindicatos”, lembra Ivone.

Fonte: Sindicato dos Servidores Judiciais de Minas Gerais

 

Bancos digitais atraem mais atenção da periferia de SP do que bairros de classe alta

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Os moradores de bairros periféricos da cidade de São Paulo demonstram maior interesse por bancos digitais do que aqueles que moram em locais de classes média e alta, segundo levantamento feito pelas startups Cinnecta, de inteligência de dados, e a Zanzar, de tecnologia de mídia iDOOH (interativa em carros compartilhados).

Bairros da zona leste, como Guaianases e Brás, apresentam um interesse em serviços de bancos digitais acima de 54%, enquanto bairros da zona oeste, como Alto dos Pinheiros, os percentuais são inferiores a 40%.

Segundo as startups responsáveis pelo levantamento, a baixa ou mesmo a inexistência de cobrança de tarifas é um grande atrativo dos bancos digitais e uma das principais características que torna esse modelo de instituição financeira uma opção mais acessível para a população de baixa renda. Além disso, a agilidade e desburocratização dos processos têm conquistado essa fatia da população.

O aumento da disponibilidade de smartphones ao público de baixa renda e a distribuição do auxílio emergencial pelo governo federal ao longo da pandemia da covid-19 também ajudaram a aumentar o interesse em serviços financeiros digitais.

Comportamentos e hábitos de consumo sofreram mudanças durante a pandemia e o auxílio emergencial do governo impactou diretamente esse cenário. Dezenas de milhões de brasileiros foram forçados a aderir ao sistema financeiro formal a fim de receber o benefício.

Foram pesquisados os bairros de Capão Redondo, São Rafael, Brás, Itaquera, Alto de Pinheiros, Consolação, Iguatemi, Tatuapé, Itaim Bibi, Itaim Paulista, Butantã, São Mateus, Vila Mariana, Republica, Bela Vista, Saúde, Vila Olímpia, Vila Medeiros, Brasilândia, Vila Maria, São Miguel Paulista, Cidade Tiradentes , Guaianazes, M’Boi Mirim, Parelheiros.

Fonte: Valor Investe

Roubo a bancos cresce mais de 10% em 2021, aponta Anuário de Segurança

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Enquanto a taxa de roubos totais no Brasil, por 100 mil habitantes, recuou 3,9% no ano passado, na comparação com 2020, a taxa de roubo a instituições financeiras – a cada 100 e incluindo roubo a banco, caixa eletrônico e carro forte – cresceu 11%. O roubo a estabelecimentos comerciais e de carga aumentaram, respectivamente, 6,5% e 2,4%. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

“O ano de 2021 foi marcado pela retomada das atividades, principalmente a partir do avanço da vacinação, e o que as estatísticas nos indicam é que também houve retomada de parte considerável das ocorrências de crimes contra o patrimônio”, escrevem os pesquisadores David Marques e Amanda Lagreca, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O tema dos roubos a instituições financeiras tem chamado a atenção, com destaque para as ocorrências do “novo cangaço”. “Embora menos frequentes, esses casos geralmente alcançam repercussão nacional por sua magnitude, com grandes grupos de assaltantes com armas de grosso calibre, utilização de reféns como escudo humano, incêndio de veículos e sua utilização para bloquear vias urbanas ou rodovias, dominação das forças policiais de cidades menores, geralmente do interior dos Estados alvo”, explicam os pesquisadores, relembrando casos de 2021 em Ourinhos, Araçatuba e Botucatu, no interior de São Paulo, Varginha, em Minas Gerais e Nova Bandeirantes, no Mato Grosso.

Muitos crimes patrimoniais, principalmente no âmbito financeiro, no entanto, têm migrado para o ambiente digital. “A digitalização das finanças, de serviços e do comércio, especialmente impulsionada durante o período pandêmico, contribui com a formação de um ambiente propício ao desenvolvimento de modalidades criminais que exploram vulnerabilidades nesses segmentos”, dizem Marques e Lagreca, citando como exemplo o PIX.

“Esse processo tem associado as modalidades de roubos e furtos de celulares aos crimes de estelionato e, mais especificamente do estelionato digital, nos quais a vítima é induzida a realizar transferências, ou ainda, quando da subtração do celular com acesso a aplicativos bancários, tem quantias retiradas de sua conta bancária, ou tem compras ou empréstimos financeiros realizados em seu nome”, acrescentam os pesquisadores.

Pela primeira vez, o Anuário trouxe esses tipos de crimes patrimoniais. Entre 2020 e 2021, a taxa de roubos e furtos de celulares por 100 mil habitantes avançou 1,8%. No ano passado, foram 847,3 mil registros, o que equivale a ao menos um (1,6) celular roubado ou furtado por minuto no Brasil. “É preciso considerar 2021 como um ano proporcionalmente menos afetado pelas medidas sanitárias de restrição de circulação de pessoas por conta da covid-19”, dizem os pesquisadores.

Entre 2018 e 2021, 3,7 milhões de celulares foram roubados ou furtados no país, o que ainda representa uma queda de 22,8% da taxa no período.

Já os registros de estelionato chegaram a 1,3 milhão em 2021, o que corresponde a um significativo aumento de 179,9% na taxa, por 100 mil habitantes, em relação a 2018. Entre 2020 e 2021, a alta foi de 36,3%.

O crime de estelionato em meio eletrônico foi tipificado apenas em maio de 2021, mas alguns Estados já conseguem realizar a mensuração. “Embora com limitações, como o fato de que nove Estados não terem informado os dados, neste primeiro levantamento foi possível identificar que, em 2021, foram registrados 60.590 casos de estelionato por fraude eletrônica”, dizem os pesquisadores.

Em outra modalidade de crimes patrimoniais, houve aumento de 4,7% na taxa de roubo a residências. O roubo a transeuntes, por outro lado, caiu 7,5% – bem menos, porém, do que no período anterior (2019-2020), o primeiro ano da pandemia, quando a queda foi de 36,2%.

Para os pesquisadores, a queda de roubos a transeuntes e o crescimento de roubos e furtos de celulares estão, muito possivelmente, associados a essas mudanças significativas nas dinâmicas dos crimes contra o patrimônio, em direção a sua digitalização, e indicam que os dados de roubos e furtos de celulares podem retratar melhor os crimes cometidos em vias públicas e a sensação de segurança nos ambientes urbanos nesse novo contexto.

Veículos

No caso de roubos e furtos de veículos, se entre 2019 e 2020 houve queda 26% na taxa por 100 mil habitantes, entre 2020 e 2021 o que se observou foi relativa estabilidade, com variação de 0,1%, chegando a um total de 334.643 veículos subtraídos no ano passado. “Embora haja a manutenção do patamar destes registros entre 2020 e 2021, ainda temos 916 veículos roubados ou furtados por dia no Brasil no último ano”, observam Marques e Lagreca.

Além disso, dizem, o cenário nacional camufla algumas variações regionais importantes. Entre 2020 e 2021, houve aumento na taxa de roubos e furtos de veículos em oito unidades da federação, sendo a maior no Maranhão (59,7%). Em sentido oposto, houve uma queda relevante de 22,4% nas taxas de Tocantins, 22% no Rio Grande do Sul e 21,7% no Rio Grande do Norte.

Entre os Estados que apresentaram crescimento nos indicadores, destacam-se alguns fronteiriços, como Acre (33,8%), Mato Grosso (17,5%) e Amapá (16,7%).

“Representantes das polícias civis do Acre e de Rondônia apontam uma intensificação nesta modalidade criminal, que teria a Bolívia enquanto destino dos veículos subtraídos, principalmente caminhonetes, que seriam trocados por cocaína ou armas do outro lado da fronteira”, escrevem Marques e Lagreca.

Também há má notícia para São Paulo, que apresentou declínio importante em sua taxa a partir de 2014, tendo como principal marco a chamada “lei dos desmanches”, mas que, entre 2020 e 2021, observou aumento de 13% na taxa, por 100 mil veículos, de roubo e furto.

Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

Fonte: Valor Investe

Projeto de abertura de bancos aos fins de semana só deve ser discutido após eleições

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O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), afirmou que o projeto de lei (PL 1043/19), que permite a abertura das agências bancárias aos sábados e domingos, só voltará a ser discutido após as eleições. A proposta, de autoria do deputado David Soares (União-SP), não tem consenso.

Na opinião do diretor de sustentabilidade, cidadania financeira, relações com o consumidor e autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Amaury Oliva, a legislação que regula o funcionamento dos bancos, que tem 40 anos (Lei 4.178/62), caiu em desuso ao proibir a abertura das agências aos finais de semana. Ele diz que, das 103 bilhões de transações bancárias feitas em 2021, 67% foram feitas pela internet e pelo celular, mas lembra que há clientes que preferem o atendimento presencial. “A sociedade mudou muito. Os consumidores esperam hoje ter acesso a serviços financeiros essenciais também aos finais de semana. Não é uma obrigatoriedade de funcionar aos sábados, mas é permitir, é tirar essa proibição”, disse.

Mas, para o representante da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp, Marcelo Gonçalves, o objetivo da proposta não é beneficiar a população e sim vender mais produtos bancários. “Só visa abrir as agências para estender a jornada de trabalho dos bancários para vender produto. Se é para atender a população, deveria contratar mais bancários para diminuir as filas”, rebateu.

Mesma opinião tem a presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Maria da Silva. Ela lembrou que, hoje, as lotéricas já atendem grande parte da prestação de serviço bancário.

O diretor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, Moacir Carneiro da Costa, discorda da alegação de que o trabalho aos finais de semana vai gerar empregos e melhorar o atendimento. Segundo ele, a Caixa tem um déficit de 17 mil trabalhadores. Em 2014, havia 101 mil empregados; hoje, são menos de 88 mil. “Os bancos têm diminuído o número de empregados por agência, têm fechado agências. Nós tínhamos algum tempo atrás 575 clientes por empregado na Caixa, hoje são mais de 1.700 clientes por empregado. Se você quer melhorar o atendimento, tem que contratar, não abrir aos sábados e domingos.”

Saúde dos funcionários

Para a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvandia Moreira Leite, abrir agências aos sábados vai aumentar casos de doenças, como síndrome do pânico, e casos de assédio. Mas, na opinião do deputado Gilson Marques (Novo-SC), a proposta apenas cria uma possibilidade. Além disso, ele alega que países desenvolvidos abrem agências aos fins de semana e que a legislação brasileira será cumprida com o pagamento adicional aos trabalhadores. “Esse projeto permite, autoriza, dá o direito para quem quiser, para os bancos, no sistema voluntário, trabalharem”, diz. “A maioria das pessoas trabalha de fato durante a semana e, porventura, nos finais de semana, se quiser, gostaria, talvez, de ser atendida no banco. Qual é o problema disso num sistema voluntário?”

O debate foi solicitado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP), que sugeriu o arquivamento da proposta. “Quando o representante da Febraban disse que mais de 67% das transações são pela internet, ele mesmo destruiu os argumentos dele”, afirmou.

O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), sugeriu um acordo. “Revoga a lei de 62, mas só pode abrir se o sindicato autorizar uma negociação dentro de um acordo combinado. Acho que isso fortalece as agências, fortalece as entidades e os sindicatos, fortalece os acordos coletivos e o Brasil passa a dialogar com o que acontece no mundo”, levantou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Bancários definiram temas das negociações com os bancos

Publicado em: 24/06/2022

O Comando Nacional dos Bancários definiu nesta quarta-feira (22), os temas das reuniões de negociações com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban). “São temas centrais que englobam uma série de reivindicações da categoria. Isso contribui para organizarmos e agilizarmos as negociações”, ponderou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “É hora de nos mobilizarmos! E bora ganhar este jogo!”, completou.

Emprego e terceirização será o tema tratado na próxima reunião; na sequência, cláusulas sociais e segurança bancária; cláusulas sociais e teletrabalho; igualdade de oportunidades; saúde e condições de trabalho; e duas reuniões sobre as cláusulas econômicas (veja o calendário detalhado ao final do texto).

Banco de horas negativas

Antes de entrar na pauta definida para o dia, o Comando Nacional dos Bancários reivindicou o abono das horas negativas das pessoas com comorbidade para as quais o banco não conseguiu viabilizar o trabalho remoto durante a pandemia.

“As pessoas foram afastadas por uma questão de saúde pública. Foram dois anos de pandemia e para algumas delas os bancos não conseguiram viabilizar o trabalho remoto. Isso gerou um número muito grande de horas a serem compensadas. Por mais que tenham tentado, algumas pessoas não conseguiram compensar todas estas horas. Queremos que estas horas sejam abonadas”, explicou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que também coordena o Comando Nacional dos Bancários.

A Fenaban disse que, como as negociações sobre banco de horas foram realizados diretamente com os bancos, fará um levantamento sobre quais são os casos e discutirá a proposta com cada um deles.

Demissões em massa

O Comando também lembrou sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à necessidade de negociações com os sindicatos antes de empresas promoverem demissões em massa. “O Banco Mercantil do Brasil está encerrando as atividades no Rio de Janeiro e vai fechar todas as agências no estado. Pedimos que a Fenaban intermedeie negociação com o BMB para que seja respeitada a decisão do Supremo e esta mesa de negociações”, reivindicou a presidenta da Contraf-CUT.

A Fenaban disse que recebeu ofício da Contraf-CUT com a solicitação, já está tentando agendar reunião com o banco para tratar do assunto e dará resposta à representação da categoria até a manhã desta quinta-feira (23).

PL 1043/2019

O Comando Nacional dos Bancários também solicitou que os bancos trabalhem no sentido de retirar o Projeto de Lei 1043/2019, que propõe a liberação da abertura de agências bancárias aos finais de semana, da pauta de votação.

“Os bancos alegam que em alguns eventos, como feiras de negócios, que ocorrem aos finais de semana, são prejudicados devido a não abertura dos bancos nesses dias. Isso não justifica o desrespeito à nossa mesa de negociações. Nunca nos negamos a negociar estes casos específicos. Inclusive existem acordos que permitem este trabalho”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT. “Tanta coisa mais importante para ser discutida no Congresso Nacional e querem criar uma lei para um tema que é tratado em nossa mesa de negociações. Isso deve ser pauta aqui na nossa mesa, não no Congresso. Por isso, pedimos o esforço para que o mesmo seja retirado da pauta”, ressaltou.

No dia 28 de junho (terça-feira), será realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar do assunto, com a participação de representantes do movimento sindical bancário e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Calendário de negociações:

Segunda-feira, 27 de junho:
Emprego e Terceirização

Quarta-feira, 6 de julho:
Cláusulas sociais e segurança bancária

Sexta-feira, 22 de julho
Cláusulas sociais e teletrabalho

Quinta-feira, 28 de julho
Igualdade de oportunidades

Segunda-feira, 1 de agosto
Saúde e condições de trabalho

Quarta-feira, 3 de agosto
Cláusulas econômicas

Quinta-feira, 11 de agosto
Continuação das cláusulas econômicas

Fonte: Contraf_CUT

Enquanto os bancos fecham agências, as cooperativas de crédito abrem

Publicado em: 16/06/2022

Marcelo Vieira Martins*

Neste momento, duas forças atuando em sentidos opostos movimentam as placas tectônicas no sistema financeiro do país. Enquanto grandes bancos fecham agências, as cooperativas de crédito abrem novos pontos de atendimento.

Com a acelerada digitalização dos serviços, os maiores bancos têm enxugado a estrutura. Em 12 meses, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander encerraram 1.007 agências físicas.

É que ocorreu entre março do ano passado e o mesmo mês deste ano, segundo os balanços dos próprios bancos divulgados no primeiro trimestre. A repercussão deste movimento, é claro, cai nos clientes.

Em São Paulo, o Procon registrou 69 reclamações de filas nas agências nos primeiros cinco meses do ano, contra 24 reclamações ao longo de todo o ano de 2020.

Segundo relatos, uma fila pode demorar até 3 horas. Não existe no país um tempo limite padrão, mas a maioria das cidades dispõe de leis que determinam um máximo de 15 a 30 minutos. Outras vezes clientes que estão na fila são orientados pelos funcionários dos bancos a resolver os problemas através do aplicativo.

Em movimento contrário, as cooperativas de crédito pretendem abrir 1,3 mil agências este ano, conforme levantamento divulgado no final do ano passado pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito.

Municípios das regiões Norte e Nordeste são o principal foco geográfico desse movimento de expansão. A estimativa é que sejam gerados 13 mil postos de trabalho em todo o país.

Fechar agências pode aumentar a rentabilidade momentânea de uma instituição financeira, mas nem sempre é a solução definitiva para o atendimento.

A proximidade física com o cliente é um fator estratégico para a construção de relacionamentos de longa duração. Ainda mais nas cooperativas, onde o cooperado é também o dono do negócio.

Imagine que você é um pequeno empresário e recorre a um empréstimo para expandir a sua operação. Comprar um equipamento para aumentar a produção, por exemplo. Você tem a opção de realizar toda a transação de modo virtual com agilidade e autonomia. Em poucos minutos o valor está na conta.

Sempre defendi essa vantagem da tecnologia, inclusive é o tema do meu primeiro livro chamado Feito à Mão – As pessoas no centro das transformações, onde narro a experiência da primeira agência virtual do cooperativismo de crédito brasileiro.

Mas nem sempre a vida nos apresenta questões assim tão objetivas. É possível que você, como o hipotético empreendedor do nosso case, tenha outras dúvidas para compartilhar.

Queira, por exemplo, conhecer um pouco melhor as alternativas que a sua instituição financeira oferece. Ou necessite de uma consultoria financeira mais aprofundada, mergulhando em questões do dia a dia como o seu fluxo de caixa.

É aí que entra um conceito valioso e complementar à tecnologia, jamais concorrente: a agência física é o território da experiência. É onde se aprofundam os relacionamentos dentro de um espaço de diálogo e parceria. E conhecer bem o cliente é ouro em qualquer atividade.

Além disso, em um país tão carente de estrutura bancária como o Brasil, a agência física é uma importante referência para gerar negócios e oportunidades. Não raro a cooperativa de crédito é a única instituição financeira de um município.

Se você percorrer as pequenas cidades do Brasil vai constatar isso. As cooperativas exercem assim o interesse pela comunidade, um princípio que norteia o cooperativismo desde a sua criação há quase 200 anos.

Como observador dos atuais movimentos no mercado financeiro do país, acredito que o cooperativismo de crédito fará parte da vida de todos nós cada vez mais. Porque consegue entender o sentimento das pessoas e traduzi-los em gestos concretos, como estar próximo.

*É CEO da Unicred União e autor dos livros “Coopbook – Cooperativismo de A a Z” e “Feito à Mão – As pessoas no centro das transformações”.

Fonte: Economia SC

Grandes bancos fecham mil agências, causam desemprego e filas

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Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, os três maiores bancos privados do país, lucraram R$ 18,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Somados aos R$ 6,6 bilhões do Banco do Brasil – que é público, mas de capital aberto –, vai a R$ 24,7 bilhões o lucro dos principais bancos do país no período. No entanto, as quatro instituições financeiras, juntas, fecharam 1.007 agências entre março de 2021 e março deste ano. Os bancos apostam no atendimento virtual, principalmente pelo celular. Mas o resultado é a piora do atendimento aos clientes nas agências.

“Só durante a pandemia, foram 353 agências. São muitas agências fechadas, principalmente onde mais precisa. Ou seja, nas periferias. Hoje tem bairros de São Paulo em que as pessoas têm que andar às vezes 10 quilômetros, pegar uma condução, para achar uma agência bancária”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.

Em entrevista a Heródoto Barbeiro, no programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, Ivone ressaltou que os mais pobres e os idosos são os que mais sofrem com o fechamento das agências. Os primeiros, porque às vezes falta dinheiro para pagar a internet do celular, ou não têm um aparelho compatível com o aplicativo do banco. Já os aposentados, seja pela dificuldade com a tecnologia ou por hábito, querem acompanhar de perto, nas agências, a sua vida financeira.

“E muitas vezes eles chegam lá, e não tem ninguém para atendê-los. Antes não tinha mais o caixa físico. Hoje estão sumindo das agências até os caixas eletrônicos. Você chega na agência e a fila dos caixas eletrônicos é enorme. Um total desrespeito à população”, disse ela.

Reclamações

Reportagem de Giuliana Saringer, no portal UOL, mostra que, somente neste, ano o Procon-SP registrou 69 reclamações pela demora nas filas nas agências. Para efeito de comparação, em 2020, foram 24 reclamações, ainda que a ida aos bancos estivesse mais restrita, em função da gravidade da pandemia naquele momento. A publicação também traz depoimentos de clientes do Bradesco que relatam que passaram horas nas filas das agências, cheias por conta do fechamento de outras unidades próximas.

Demissões

Além da piora no atendimento, outra consequência do fechamento das agências é o aumento das demissões. Na última sexta-feira (27) o Sindicato dos Bancários realizou um protesto no Radar, concentração bancária do Santander localizada em Santo Amaro, contra o processo de terceirização e demissões promovidas pelo banco espanhol. Desde o início do ano, já são cerca de 200 demissões, sem reposição do quadro de funcionários.

Roberto Paulino, dirigente do sindicato e bancário do Santander, destacou que a terceirização é uma forma do banco reduzir despesas às custas dos direitos e da remuneração dos seus funcionários. Ele lembrou que o banco espanhol retira do Brasil quase 30% do seu lucro global, e cobrou responsabilidade social com o país.

“Isso significa gerar empregos decentes, e não precarizar relações de trabalho e demitir trabalhadores, contribuindo para aumentar o já enorme índice de desemprego. Cobramos do banco o fim das demissões, a realocação dos trabalhadores impactados e que interrompa o processo de terceirização”.

No mesmo dia, o sindicato também se reuniu com a direção do Itaú para tratar do fechamentos das agências e da demissão indevida dos trabalhadores. Estão sendo demitidos principalmente trabalhadores com histórico de adoecimento e idade próxima aos 50 anos. O banco alega que a maior parte não teria cumprido as metas de desemprenho nos últimos anos, apesar dos lucros bilionários.

“Não basta o Itaú pregar que ‘muda o mundo’ em suas propagandas e, por outro lado, demitir trabalhadores adoecidos ou com mais tempo de banco. Isso é desumano, e com certeza muda o mundo pra pior”, critica Sérgio Francisco, dirigente do sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. (Com informações do SP Bancários)

Fonte: Rede Brasil Atual

Bancos e fintechs oferecem salários até 25% maiores na briga por talentos

Publicado em: 05/06/2022

Com salários altos, bônus e chance de crescimento rápido, o mercado financeiro tradicionalmente nunca teve grandes problemas para atrair talentos. Porém, parece que o cenário comum da área de tecnologia, em que sobram vagas e faltam profissionais qualificados, chegou também aos bancos e fintechs.

Segundo dados da consultoria PageGroup, oito em cada dez candidatos da área de bancos e serviços financeiros não querem trocar de emprego. A dificuldade de preencher as vagas também tem elevado o prazo dos processos seletivos, que antes eram concluídos em um mês, para 90 dias ou mais.

Por trás dessa dificuldade está, sobretudo, o boom de bancos digitais e fintechs que surgiram nos últimos anos. De acordo com dados do Banco Central, em fevereiro deste ano, o Brasil tinha mais de 649 instituições financeiras, 15% mais do que em 2019, quando o número voltou a crescer.

“Esse é um universo que está cada vez mais concorrido, com bancos surgindo a todo instante. Fora isso, esse segmento demanda um nível de formação bastante alto, que só 4% da população brasileira se encaixa”, diz Juliana França, gerente sênior da área de bancos e serviços financeiros da Page Personnel e Michael Page.

O momento é especialmente complicado porque, além da saída de profissionais rumo às fintechs, muitas instituições financeiras que estavam segurando contratações por conta da pandemia voltaram a recrutar e desenvolver novos projetos.

“É uma tempestade perfeita para um cenário mais adverso. Como resultado, temos muitas posições abertas e profissionais que não atendem aos requisitos”, completa Juliana.

Salários altos

Um dos primeiros reflexos dessa briga por talentos é, claro, a remuneração paga para os profissionais. Os salários, que já eram altos, agora, em média, ficaram 25% maiores. Fora isso, o setor também assiste a uma juniorização, com profissionais mais jovens ou com menos experiência ocupando cargos mais seniores.

“Outro aspecto é a oferta de benefícios, temos visto muitas empresas oferecerem iniciativas de bem-estar para driblar a alta carga de trabalho, que continua sendo uma característica do setor. E, aquelas que não oferecem vagas híbridas, também sofrem mais para contratar”.

Um complicador, porém, tem sido a elevada taxa de contraproposta oferecida pelas empresas para não perder profissionais para a concorrência. “Estamos falando em 60% de ofertas nesse sentido. E quase que a totalidade dessas propostas é revertida em retenção do candidato”, diz Juliana.

Para quem está interessado em aproveitar o momento aquecido do setor e deseja migrar para a área de finanças, Juliana recomenda investir no inglês, aprender softwares específicos para cada área, por exemplo, Power BI para times de finanças, além de desenvolver habilidades como resiliência e capacidade de lidar com mudanças. “É interessante olhar quais os diferenciais de cada cargo e, além disso, entender por que você quer trocar de área. Se for uma movimentação só motivada pelo alto salário, por exemplo, pode ser que a pessoa se frustre rapidamente após a decisão”, finaliza Juliana.

Fonte: Exame.com

Com IA, 5 maiores bancos privados podem economizar R$ 1,3 bi em cobrança

Publicado em: 01/05/2022

A Pegasystems Inc. (Nasdaq: PEGA) realizou um levantamento sobre como os cinco maiores bancos privados do país lidam com a inadimplência em operações de crédito e apontou que aproximadamente R$ 1,3 bilhão poderia ser economizado em cobrança de dívidas, em um período de três anos, com a adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA) capazes de promover interações mais personalizadas, dinâmicas e empáticas com os clientes.

Segundo o diretor da Pegasystems na América Latina, Mauricio Prado, lidar com o cenário de inadimplência no Brasil e cobrar incessantemente dos clientes valores em atraso custa anualmente muito dinheiro para os bancos. Renegociar o pagamento dessas contas atrasadas de modo eficaz é bem mais barato do que absorver as dívidas.

O desafio, de acordo com ele, para as instituições bancárias, no entanto, é como fazer essa comunicação com o cliente ser mais personalizada, fluida, ágil e empática, obtendo assim êxito para que ele pague suas dívidas em condições favoráveis e fique longe da inadimplência. “Em nosso estudo, calculamos também que buscar a renegociação em um período de até 90 dias após o vencimento tem mais chances de sucesso”, afirma.

Todos os anos, os bancos provisionam uma porcentagem do total de sua carteira de crédito já estimando o montante para cobrir prejuízos em virtude de pagamentos atrasados ou não realizados. Esse percentual provisionado varia de banco para banco, dependendo de seu grau de eficiência para lidar com a inadimplência. Em 2021, esse percentual variou de 3% a 9% do total da carteira de crédito nos cinco bancos que foram objeto do estudo da Pega.

O que a inteligência artificial pode fazer por bancos e clientes inadimplentes

A adoção da inteligência artificial em sistemas de engajamento com o consumidor ajuda os bancos em um ponto fundamental em qualquer interação: conhecer a fundo cada cliente. No caso de cobranças, as instituições poderiam entender em detalhes como está a dívida, qual a renda daquele cliente, suas limitações financeiras, em que canais prefere ser contatado, quanto ele pode negociar e outras variáveis que permitem traçar um contexto personalizado sobre aquele usuário, seu momento de vida e predisposição para quitar as dívidas, oferecendo para isso condições possíveis e adequadas para cada pessoa.

Não é segredo que cobrança é um assunto bastante delicado e pessoal. Então, cabe às instituições financeiras tratá-lo com total cuidado. Olhando pela ótica dos clientes tido como inadimplentes, a tecnologia pode abrir portas para renegociações favoráveis a eles, com ofertas de acordo com o momento financeiro de cada um. Isso, somado com tratativas mais empáticas e humanas, aumenta bastante as chances destes clientes aceitarem os acordos. Além disso, a relação cliente e banco se torna mais fortalecida.

“Estamos falando aqui do uso da tecnologia para permitir não só melhores margens para os bancos, mas também a possibilidade de construir relações mais empáticas com os clientes”, afirma Mauricio.

Para ele, nós fomos afetados pela pandemia nos últimos dois anos e ter esse cuidado no trato com o usuário é também um ganho de reputação para as grandes instituições bancárias, que cada vez mais precisam se preocupar com esse ponto diante do aumento da concorrência com novos players e bancos digitais.

O endividamento do brasileiro no cartão de crédito

A quantidade de famílias brasileiras com contas ou dívidas em atraso subiu no fim do ano passado, apontando para uma tendência de alta neste início de 2022. É isso o que indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Depois de iniciar 2021 em patamar superior ao fim de 2020, a inadimplência reduziu-se até maio de 2021, mas passou a ter tendência de alta desde então.Com isso, a inadimplência final em 2021 foi de 26,2% das famílias, acima da média anual (25,2%).

Assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras em 2021, 82,6% das que afirmaram ter dívidas, na média anual. O cartão de crédito, aliás, continuará sendo uma das modalidades de pagamento preferidas dos brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o setor vai crescer 20% em 2022, com o volume transacionado superando a marca de R$ 3 trilhões.

“Todos esses elementos fazem com que os grandes bancos brasileiros precisem mais do que nunca entender a jornada do cliente de ponta a ponta com interações hiperpersonalizadas, ágeis e relevantes. Cuidar da experiência do cliente é também proporcionar a ele um tratamento respeitoso mesmo em momentos de dificuldade financeira”, declara o diretor-geral da Pega Latam.

Fonte: Exame

Governo sobe tributo de bancos e instituições financeiras para bancar Refis

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O governo aumentou a tributação dos bancos para liberar o Refis (programa de parcelamento de débitos tributários) para os microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas. Medida Provisória (MP) publicada nesta quinta-feira, 28, em edição extra do Diário Oficial da União elevou de 20% para 21% a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. A alíquota da CSLL para as instituições financeiras não bancárias sobe de 15% para 16%.

O aumento da tributação entrará em vigor a partir de agosto deste ano (primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação da MP). O prazo é necessário porque o aumento da carga tributária precisa obedecer o princípio da noventena (90 dias) para começar a vale. A carga tributária mais alta valerá até 31 de dezembro de 2022.

No ano passado, o governo aumentou também a taxação dos bancos para desonerar o diesel e o gás de cozinha. Na época, o ministro da Economia, Paulo Guedes, garantira que o aumento seria temporário.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem alertado que a medida, se adotada, iria aumentar o custo do crédito num momento de alta de juros.

A elevação da alíquota foi feita para compensar a perda de arrecadação com a renúncia do Refis, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O projeto do Refis foi aprovado pelo Congresso no final do ano passado, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o programa por não ter a compensação.

Como revelou o Estadão, o governo estima que até R$ 50 bilhões em débitos possam ser negociados no Refis do Simples. A adesão ao Refis está parada pela demora do governo em fazer essa compensação. Esse atraso na liberação do sistema e a falta de uma fonte de compensação fizeram o governo adiar o prazo de adesão para 31 de maio.

IPI zerado

O governo federal editou também decreto que altera as Tabelas de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) e reduz a zero a alíquota do IPI para preparações compostas para elaboração de bebidas não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados).

O produto estava taxado com IPI de 6% segundo decreto anterior, de 30 de dezembro de 2021. A nova alíquota já entra em vigor com a publicação do ato.

Fonte: Infomoney

Bancos nacionais deixam topo do ranking de retorno sobre patrimônio

Publicado em: 24/04/2022

Os bancos brasileiros perderam a liderança no ranking das instituições financeiras com os maiores Retornos sobre o Patrimônio (ROE, sigla em inglês) em 2021, mesmo apresentando aumento percentual no indicador em relação ao ano de 2020.

É o que aponta um levantamento feito pela plataforma TC/Economatica que analisou a rentabilidade de 39 bancos de várias nacionalidades com um total de ativos acima de US$ 100 bilhões e que são listados ou que possuem ADRs (American Depositary Receipts, na sigla em inglês) na bolsa de Nova York.

Nos anos de 2019 e de 2020, o topo desse ranking era ocupado pelo Santander Brasil (SANB11) que apresentou, respectivamente, retornos de 21% e de 17,9% sobre o patrimônio investido pelos acionistas. Em 2021, o banco ficou em terceiro lugar na lista mesmo apresentando uma alta de um ponto percentual no indicador em um ano.

Já o título da instituição financeira com o maior ROE do mundo ficou com o banco norte-americano Capital One Financial Corporation, que apresentou uma rentabilidade de 20,4% no ano passado.

Apesar da queda de posição, o Santander continua na lista junto a outros três bancos com operações no Brasil: Itaú Unibanco (17,3%), Banco do Brasil (15,7%) e Bradesco (15,2%).

Além disso, a perda de espaço no ranking não significa que essas instituições apresentaram quedas nas suas rentabilidades. Pelo contrário, os quatro maiores bancos com operações no País registraram ganhos percentuais no ROE.

O Itaú Unibanco, que já ocupou o primeiro lugar em 2017, foi o maior destaque entre esse grupo com uma alta de 5,4 pontos percentuais de 2020 a 2021. O problema é que esse aumento não foi o suficiente para garantir a liderança na lista.

Há algumas razões que explicam a perda de liderança das instituições financeiras do País. Um dos pontos citados por Renan Manda, analista-chefe do setor financeiro da XP, está relacionado à pandemia. De acordo com ele, os grandes bancos brasileiros costumam repassar, historicamente, cerca de 40% do seu lucro para o pagamento de dividendos e de Juros sobre Capital Próprio (JCP) para os acionistas.

O problema é que, com a multiplicação de casos de covid-19 e o fechamento de parte das atividades por causa da pandemia, o Conselho Monetário Nacional (CNM) obrigou as instituições financeiras a repassar apenas o percentual mínimo que correspondia a uma média de 25%.

“Muitos dos bancos tiveram aumento no provisionamento (recursos para futuros prejuízos) dos resultados e não puderam distribuir o seu lucro. Você tinha um patrimônio “inchado”. Em 2020, o que eles (os bancos) distribuíram foram abaixo da média”, afirma Manda.

O crescimento da inflação também é outro fator que contribuiu em um curto prazo para a perda de liderança dos bancos brasileiros no ranking. Gustavo Pazos, analista do time de research da Warren, explica que a inflação no acumulado dos últimos 12 meses aumenta a inadimplência entre os correntistas. “As pessoas não vão deixar de comprar uma cesta básica ou abastecer o veículo para pagar uma parcela do financiamento porque essa despesa não é considerada básica”.

Já a alta de juros traz um impacto diferente para a rentabilidade bancária. Segundo Larissa Quaresma, analista da Empiricus, os bancos demoram para repassar as variações da Selic para os seus financiamentos. Isso quer dizer que, quando a taxa básica de juros aumenta, os bancos demoram para reajustar as suas taxas cobradas nos empréstimos. O efeito disso não poderia ser diferente em momentos de sucessivas altas: a corrosão da rentabilidade.

“É um cenário catastrófico para os bancos quando a taxa de juros está muito baixa e começa a subir porque o banco cobra pouco nos empréstimos e o custo de captação também sobe, acompanhando a Selic”, destaca Quaresma.

Descentralização bancária

A perda da liderança também é avaliada pelos analistas como um dos efeitos do processo de descentralização bancária que segue em curso no País. Nos últimos anos, os bancos digitais e fintechs conquistaram uma parcela do mercado que antes era exclusiva para as instituições tradicionais.

“Aumentou a competitividade no mercado que antes os grandes bancos lideravam. As fintechs e os bancos digitais não têm agência física, o que reduz os custos operacionais”, ressalta Guilherme Ishigami, broker da mesa de renda variável da RJ Investimentos. Para ele, esse processo deve ser acelerado com o início do Open Banking, sistema de compartilhamento de dados entre as instituições financeiras em processo de implementação pelo Banco Central desde o ano passado.

Diante desta concorrência, Quaresma afirma que os bancos tradicionais foram obrigados a reduzir o preço das suas tarifas e aumentar o número de serviços gratuitos. “Isso também foi um fator amplificador desta destruição de rentabilidade”, acrescenta.

O que é o ROE?

O Retorno sobre Patrimônio (ROE) é um indicador que mostra ao investidor a rentabilidade em cima do patrimônio investido em uma companhia. Segundo Pazos, da Warren, essa métrica é mais importante para quem pretende ter posição no setor bancário.

Isso porque, segundo ele, os investidores costumam olhar para o Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, sigla em inglês) para ver a geração de caixa das companhias.

No entanto, como os bancos ganham dinheiro com os juros, o EBITDA não é visto como um indicador ideal para o setor bancário por desconsiderá-los. Por isso, o analista da Warren ressalta que o ROE é a principal métrica para analisar a rentabilidade das instituições financeiras.

“O ROE diz para o acionista o retorno sobre o patrimônio que ele investiu na companhia e substitui o EBITDA para os bancos. Os analistas utilizam esse indicador para ver qual banco tem um retorno maior em relação ao patrimônio investido”, explica Pazos.

Fonte: Estadão

Bancos dominam lista das 10 melhores empresas para crescer na carreira; BB fica em 6º

Publicado em: 14/04/2022

O que você busca na sua carreira? Flexibilidade, aprimoramento de competências e oportunidades de promoção são alguns dos motivos que fizeram muitos profissionais mudarem de emprego.

Isso porque pensar na cultura da empresa em que se quer atuar pode até ser mais importante do que o cargo ou a remuneração oferecida. A abertura da possibilidade de mudança de função dentro da mesma empresa também é outro ponto a ser considerado.

Segundo a pesquisa realizada pela startup Intera, especializada em recrutamento para o mercado digital, cerca de 53% dos entrevistados desejam trabalhar em outra área e 47% querem desafios diferentes para desenvolver a carreira. A pesquisa teve a participação de 23,6 mil pessoas entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021.

Pensando nisso, o LinkedIn divulgou uma lista das melhores empresas, no ponto de vista do desenvolvimento de carreira. Essa é a segunda edição do levantamento LinkedIn Top Companies, divulgada neste mês.

As empresas que entraram no ranking foram avaliada em sete competências: progressão de crescimento, desenvolvimento de competências, estabilidade na empresa, oportunidade externa, afinidade com a empresa, diversidade de gênero e nível de formação acadêmica.

Essas companhias “têm oferecido estabilidade mesmo em um mundo de trabalho em constante evolução, conseguindo não apenas atrair, mais reter seus funcionários”, aponta o levantamento.

Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e a indústria automobilística Mercedes-Benz são as empresas que formam o top 3 de melhores lugares para desenvolver carreira.

Os bancos, aliás, são destaque no levantamento do LinkedIn, com cinco deles posicionados entre as dez melhores empresas para crescer profissionalmente. Confira a seguir o ranking.

10 – Procter & Gamble (P&G) (PGCO34)

Em 10º lugar está a empresa de bens de consumo P&G. A empresa é uma ótima opção para quem atua com vendas. Promotores e gerentes de vendas e representantes de marketing de campo são as carreiras mais promissoras na companhia.

A companhia tem mais de 100 mil colaboradores que atuam em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ).

Vale mencionar que a P&G tem criado iniciativas voltadas para a diversidade e a inclusão social. Em 2021, a empresa lançou um programa de desenvolvimento e capacitação para empreendedores negros.

9 – Unimed

A operadora de planos de saúde é a única do setor que está no ranking de melhores empresas para desenvolver a carreira. Com cerca de 134 mil colaboradores com presença maior nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

As carreiras mais reconhecidas são da área médica, mas não somente. As posições mais comuns são de enfermagem, auxiliar de enfermagem ocupacional e assistente administrativo. Relacionadas aos cargos, as competências mais valorizadas são a de atendimento e foco no cliente.

Com o objetivo de acelerar startups da área da saúde, a Unimed lançou a hub de inovação Vibee em 2020. Até o momento, mais de 20 startups foram aceleradas com investimento e capacitação.

8 – Sanofi

A controladora da farmacêutica Medley Indústria, Sanofi, é a oitava melhor empresa para desenvolver a carreira no Brasil. As competências dos colaboradores que possuem maior reconhecimento são boas práticas de laboratório, as habilidades que compõem o senso 5S – utilização, organização, limpeza, saúde, disciplina – e propaganda.

Os cargos mais bem avaliados são de consultor de vendas, gerente de contas e representante de marketing de campo.

Entre as principais iniciativas da companhia estão o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa.

7 – JP Morgan (JPMC34)

O Banco JP Morgan é uma das cinco instituições financeiras presentes na lista. Os cargos mais comuns são de engenheiro de software, especialista corporativo e analista de pagamento.

Já em relação às competências mais reconhecidas, finanças, gestão de riscos e análise financeira são as necessárias para quem deseja trabalhar no JPM.

Além disso, é importante saber que o banco detém 60% das ações do banco digital C6 Bank e já entrou no metaverso Decentraland.

6 – Banco do Brasil (BBAS3)

Em seguida, o Banco do Brasil segue no 6º lugar do ranking. Para quem deseja atuar e crescer na carreira no banco é preciso ter as competências de gestão estratégica empresarial e de investimentos. Os cargos mais comuns são de gerente de relacionamento, bancário e consultor financeiro.

5 – Banco Santander (SANB11)

O banco espanhol Santander reconhece como as principais habilidades dos colaboradores a resiliência e o foco no cliente. Assim como o Banco do Brasil, os cargos mais comuns são de gerência do negócio, de relacionamento e de serviços.

4- SAP (SAPP34)

A empresa de software SAP está no top 5 das melhores empresas no quesito carreiras. Por ser uma companhia com foco em tecnologia, os cargos mais bem avaliados são de engenharia de software e de suporte e consultoria de soluções.

Sendo assim, as habilidades com maior reconhecimento se relacionam com a migração de sistema, arquitetura de rede e aplicativos de nuvem.

A SAP é bem reconhecida, sobretudo, pelo desenvolvimento de uma plataforma de georreferenciamento utilizada no combate a incêndios florestais e controle de reflorestamento da região de Brumadinho, em Minas Gerais, afetada por um rompimento da barragem em 2019.

3 – Mercedes-Benz

A indústria automobilística Mercedes-Benz é a terceira melhor companhia em carreiras do levantamento do LinkedIn.

Gestão de vendas e de equipes e recrutamento são as competências mais reconhecidas. Contudo, os cargos mais comuns na empresa são de vendedor, líder de produção e operário de linha de montagem.

2 – Banco Bradesco (BBDC4)

Com mais de 87 mil colaboradores, o Banco Bradesco é o segundo melhor lugar para se trabalhar. As competências mais reconhecidas giram em torno do foco no cliente e investimentos. Já os cargos mais comuns são de gerente de relacionamento e de conta, além da posição de bancário.

O Bradesco também está apostando no meio digital. Next, Bitz e Digio fazem parte do grupo da instituição financeira, que deseja expandir as operações do banco digital em outros países, como Estados Unidos e México.

1- Banco Itaú (ITUB4)

A melhor empresa, segundo o levantamento do LinkedIn, é o Banco Itaú. Com o foco no cliente, gestão estratégica empresarial e inovação em serviços bancários, a instituição financeira tem expandido os negócios.

Os principais cargos dos colaboradores são de executivo, gerente de relacionamento e agente comercial.

Recentemente, o Itaú assinou um acordo com a Totvs (TOTS3) para a criação de joint ventures de serviços financeiros.

Fonte: Seu Dinheiro

Bancos querem compensar receitas perdidas com Pix

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Pagar uma compra à vista e ter a quantia parcelada em até 24 meses, diretamente pela instituição onde a transação ocorreu. Esta tem sido, com pequenas variações de uma instituição para outra, a opção mais comum dos bancos para fazer do Pix um gerador de receitas, ao invés de implacável redutor.

Este, aliás, tem sido o mantra do Banco Central desde que estreou esta forma de se movimentarem quantias instantaneamente, uma fórmula que tinha mesmo tudo para pegar rápido, considerando-se a desenvoltura do brasileiro ao manejar smartphones e aplicativos.

Num primeiro momento, contudo, os números foram cruéis nos balanços das instituições, sobretudo na coluna relativa às tarifas arrecadadas, uma conta que, em conjunto, apresentou retrocesso próximo de R$ 3 bilhões.

Tudo indica, porém, que logo as coisas vão mudar, pois o Pix parcelado certamente não será a única forma de colocar o sistema para somar no resultado final dos bancos, ao invés de subtrair recursos importantes, como aconteceu até aqui.

Um dos ganhos, inclusive, pode ser de cunho educativo, tendo em vista que muitos usuários estão tendo no Pix seu primeiro contato com o mundo do crédito.

Na primeira semana de operações com esta nova modalidade, teve banco que registrou cerca de 2 mil transações, com uma média de 12 prestações e o dobro, também na mediana, em relação aos valores totais movimentados via Pix no mesmo período.

Mas já estariam no radar do setor possibilidades extras, como a escolha da data de débito das transferências e até mesmo a extensão do parcelamento e seus desdobramentos às pessoas jurídicas.

Fonte: Infocredi

Goiás é o Estado líder no País em imóveis retomados por bancos

Publicado em: 07/04/2022

Goiás é líder no País em número de imóveis retomados por bancos. Isso é o que mostra mapeamento realizado pelo Banco BTG Pactual e pela proptech Resale, que considera dados dos cinco principais bancos que atuam no País sobre os Bens Não de Uso (BNDUs). Entre as cinco cidades que somam maior quantidade de casos, quatro são do Estado, todas do Entorno do Distrito Federal. Depois do Estado, aparecem cidades do Rio de Janeiro.

São elas Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental e Planaltina. Em quinto, está São Gonçalo (RJ). Sendo que esse ranqueamento divulgado recentemente considera os dados da Caixa Econômica Federal – que detém 66% dos retomados no País – para o quarto trimestre de 2021. De acordo com o CRO (Diretor de Receitas) da Resale, Igor Freire, os municípios goianos aparecem como campeões em quantidade desde o balanço do quarto trimestre de 2020.

Desses imóveis retomados, a maior parte são casas (83,2%), com predomínio de apenas dois quartos (85,6%) e uma vaga na garagem (82,4%). Esse perfil é semelhante à média brasileira. O mapeamento mostra que, a partir das bases das cinco principais e maiores instituições financeiras públicas e privadas, ao final de 2021 eram 36.478 imóveis retomados e disponíveis para venda no Brasil, avaliados em R$ 6,2 bilhões.

Fonte: Pode Goiás

Minerar dados é prioridade estratégica para bancos em 2022

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A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária chegou à sua 30ª edição e revela que para 78% dos bancos a análise e a exploração dos dados obtidos via Open Finance, sistema que cria novos modelos de negócios digitais com o uso de APIs (sigla em inglês para interfaces de programação de aplicativos), são uma prioridade. A entidade informa ainda que, agora, o estudo será divulgado em três fases: essa primeira com dados de aposta de tecnologia. A segunda etapa irá revelar e detalhar os investimentos feitos em tecnologia pelos bancos em 2021; na terceira parte será divulgado um raio-x das transações bancárias feitas pelos brasileiros no ano passado.

O relatório mostra que as temáticas da cibersegurança e da segurança da informação atraem olhares significativos das instituições financeiras. Anualmente, os bancos investem, em média, cerca de 10% de seu orçamento de tecnologia da informação (TI) à segurança cibernética — valor que pode ser estimado em R$ 2,5 bilhões. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, não escondeu o clima pesado entre bancos e fintechs.

“Não iniciamos ontem. Foram os bancos brasileiros, e não as fintechs ou as startups, que, ao longo das últimas três décadas, estiveram e continuam na vanguarda da tecnologia bancária mundial. Ser digital, inovador e moderno, e sobretudo seguro e confiável, sempre esteve no DNA dos bancos. Não transigimos com isso”, afirmou, no comunicado enviado à imprensa.

“A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar mais de 100 bilhões de transações a cada ano com segurança. Os bancos contam com o que há de mais moderno em relação a segurança cibernética e prevenção a fraudes e usam tecnologias de ponta em processos de prevenção de riscos para que milhões de pessoas continuem fazendo suas operações financeiras do dia a dia com comodidade e tranquilidade, sem precisarem sair de suas casas”, complementou o executivo.

Inteligência Artificial

Ao lado da cibersegurança e da segurança da informação, outra prioridade apontada na pesquisa, a Inteligência Artificial, tem revolucionado os serviços bancários e está aproximando os bancos de seus clientes, permitindo que o atendimento fique cada vez mais personalizado e consultivo. Todas as instituições participantes esperam aumentar seus investimentos neste ano nessa área.

As aplicações de IA são usadas em interações para aprimorar a experiência do cliente nos canais digitais, por meio dos chatbots e assistentes virtuais. Aqui, os robôs são dotados da capacidade de “pensar” como seres humanos, o que inclui tomar decisões a partir do cruzamento de dados. Com isso, ajudam a tirar dúvidas, fornecer informações, auxiliar em consultas e até sugerir investimentos. A tecnologia também tem sido muito usada pelos bancos na parte de crédito e de cobrança e no processamento de regras para controle de acesso e em sistemas antifraude.

Os robôs não são apenas assistentes virtuais que ajudam clientes em suas operações, mas também atuam nos bastidores das instituições financeiras. Segundo a pesquisa, a eficiência operacional sempre estará na agenda dos bancos e, por isso, a automação é relevante. A simplificação e a redefinição de processos tradicionais via automação ou robotização podem levar a ganhos de eficiência e de controle e segurança.

Open Finance

O Open Finance, começou a ser implementado no Brasil em fevereiro do ano passado, é prioridade para 78% dos bancos em sua agenda de tecnologia para 2022, no que se refere a análise e exploração dos dados compartilhados pelos clientes. “No Open Finance, Inteligência Artificial e Cloud serão fundamentais na criação das capacidades necessárias para que os bancos explorem o valor dos dados compartilhados. As estratégias das instituições financeiras começam a ser articuladas e espera-se que a adoção dos clientes aumente à medida que os consumidores percebam os benefícios do compartilhamento”, avalia Sérgio Biagini, sócio-líder para a indústria de serviços financeiros da Deloitte.

Participaram da parte quantitativa deste primeiro volume do levantamento 24 bancos, que correspondem a 90% dos ativos bancários do Brasil; 34 executivos atuantes na área de tecnologia bancária de 18 bancos concederam as entrevistas para a parte qualitativa.

Fonte: Convergência Digital

 

Assaltos a bancos no país caem 36% em 2021, argumenta Febraban

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O número de assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias caiu 36,2% em 2021 na comparação com o ano anterior, passando de 58 para 37 ocorrências. A informação foi divulgada hoje (5) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base em um levantamento feito com 17 instituições financeiras, que representam juntas 90% do mercado bancário do país.

As ocorrências de ataques a caixas eletrônicos também apresentaram queda na comparação entre os dois anos, passando de 434 para 266 notificações, o que representou recuo de 38,7%.

Em 21 anos, o número de ocorrências de assaltos a banco caiu 98%. Já os ataques a caixas bancários vêm registrando tendência de queda há sete anos. Em 2014, esse tipo de ataque registrou o pico, com 3.584 ocorrências. Comparando os números de 2014 e 2021, o recuo foi de 92,5%.

“O setor bancário está fortemente empenhado em ações tecnológicas e novos produtos que reduzem a necessidade do uso de dinheiro em espécie e em grandes quantias, o que tem sido fundamental para desestimular as ações criminosas, das quais os bancos também são vítimas”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Segundo a entidade, para impedir os crimes, os bancos brasileiros têm investido R$ 9 bilhões ao ano em segurança, o triplo do que era gasto há dez anos. Os bancos também têm investido em canais digitais, o que reduz a necessidade de manuseio de dinheiro em espécie pelo cliente nas agências.

Fonte: Agência Brasil

Nova geração chega às empresas e pressiona bancos por ESG

Publicado em: 01/04/2022

Os bancos de atacado, que atendem grandes empresas, estão sendo pressionados por seus clientes para que invistam em produtos e serviços alinhados com a economia “verde”. A conclusão é de um estudo realizado pela NTT Data, consultoria de TI e inovação, sediada em Tóquio, que conversou com mais 800 executivos de alto escalão em 12 países, incluindo o Brasil.

Para 48% dos entrevistados, temas ligados a meio ambiente, social e governança (ESG, na sigla em inglês) se tornaram fundamentais nos bancos de atacado. É uma resposta a demandas de uma geração mais jovem que ocupa cargos executivos nas empresas e tem aumentado desde o início da pandemia. Entre os bancos consultados, 44% já estão investindo nessa frente.

A mudança geracional entre o empresariado no mundo, somada à perspectiva de recuperação com o arrefecimento da pandemia, aceleraram a adoção de tecnologia e mudaram fundamentalmente o setor bancário. O estudo mostrou que 85% dos bancos trabalham globalmente para melhorar seus sites e aplicações e 57% deles usam inteligência artificial em processos contra lavagem de dinheiro (Prevenção à Lavagem de Dinheiro) e para conhecer melhor os clientes.

Fonte: Estadão

Governo estuda elevar tributo sobre bancos para compensar Refis do Simples

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O governo avalia a possibilidade de elevar a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras para compensar o impacto gerado pela derrubada de veto presidencial a um programa de refinanciamento de dívidas tributárias para micro e pequenas empresas, disseram três fontes do Ministério da Economia à Reuters.

No início de março, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro e liberou a adoção do programa de renegociação de dívidas para companhias de pequeno porte. Técnicos da equipe econômica argumentavam que a medida contrariava o interesse público e beneficiava empresas que não sofreram impacto da pandemia de Covid-19.

Quando o texto foi vetado, a equipe econômica estimou que o custo total do programa seria de 1,7 bilhão de reais em dez anos, o que significa uma renúncia média de 170 milhões de reais ao ano, valor que precisaria ser compensado.

A alíquota da CSLL de instituições financeiras foi elevada em março do ano passado, de 20% para 25%, com validade até 31 de dezembro do mesmo ano. A medida foi adotada como parte da compensação pela perda de receita após redução de alíquotas do PIS/Cofins sobre óleo diesel e gás de cozinha.

Ainda no fim de 2021, a equipe econômica avaliou manter em patamar elevado a alíquota cobrada dos bancos para fazer frente à desoneração da folha salarial de empresas. A medida acabou não sendo adotada e a cobrança voltou para 20%.

Agora, o governo estuda retomar a elevação da alíquota, ainda que a ideia seja levá-la a patamar inferior a 25%. A informação foi noticiada inicialmente pelo jornal O Globo.

Nas discussões sobre o veto ao chamado Refis do Simples, o Ministério da Economia também chegou a avaliar outras ações. Entre as possibilidades estava um corte de incentivos tributários de indústrias que produzem xarope de refrigerante na Zona Franca de Manaus, alternativa que segue na mesa.

Fonte: Infomoney

 

Bancos fecham quase 4 agências por dia em cidades pequenas

Publicado em: 18/03/2022

O advento da tecnologia trouxe consigo diversas facilidades para o cotidiano que antes a sociedade não pensava em experienciar. Todavia, essa dinâmica sempre é dialética, de um lado a ganhos e do outro a perdas, inevitavelmente isso ocorre, de forma natural. Dessa forma, avanço da digitalização bancária e a invenção do Pix, o sistema de pagamentos criado pelo Banco Central, impulsionaram o fechamento de agências bancárias.

De acordo com os dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), hodiernamente, apenas 3% das 100 bilhões de operações bancárias são realizadas em agências. Só no ano passado, 1.017 agências bancárias fecharam as portas no Brasil, ou quase quatro (3,85%) por dia. Segundo os dados do Banco Central, Damolândia, no interior de Goiás, é uma das 438 cidades que ficaram sem agência bancária desde 2016.

Um morador da cidade, Augusto, disse que o “pessoal mais idoso já ia para a agência e recebia, subia a rua e ia pagando, comprando de novo. Hoje em dia o pessoal vai para Inhumas receber e em Inhumas já gasta também”, relatando acerca da cidade próxima de Damolândia — a cerca de 30 quilômetros onde ainda há agência bancária. O morador também comenta que quando as agências fecham, de fato, a população da cidade não sabia utilizar/não havia se adaptado ao uso do cartão de crédito ou débito.

Com o passar do tempo, as maquininhas de cartão foram sendo adotadas pelos comércios e, com a chegada do Pix, as vendas ganharam impulso, “muita gente tem cartão hoje ou às vezes paga no Pix, mas são pessoas mais novas. As mais de idade não têm costume de usar cartão. Pagar no Pix, nem se fala”.

Não obstante, em Damolândia, existe uma lotérica que permite fazer depósitos, pagamentos, saques e empréstimos, mas segundo a secretária de Finanças da cidade, Lucélia Joventina Alvarenga, o local não consegue atender toda a demanda da população. Porém, ressalta, também, que os bancos digitais estão começando a ser utilizados pela maioria das pessoas depois que uma operadora de internet móvel passou a funcionar na cidade.

É fundamental destacar, também, que a prefeitura tem procurado instituições financeiras que se interessam em se instalar na cidade. O prefeito está otimista com as conversas atuais com o Sicoob e argumenta que a abertura de uma agência seria urgente, relatando que “o maior desafio que temos na cidade é a geração de emprego, mas acho que é a questão da agência é fundamental, porque qual empresário vem para a cidade se não tem um banco”?

O banco Daycoval, especializado em crédito para empresas e pessoas físicas, produtos de câmbio, gestão de recursos e investimentos aposta em uma abertura de uma agência na cidade. (O Globo)

Fonte: Escola Educação

Quase 39 milhões de brasileiros têm R$ 27,71 bilhões em valores a receber

Publicado em: 23/02/2022

Pelo menos 38,92 milhões de brasileiros têm um total de R$ 27,71 bilhões em valores a receber, entre benefícios não sacados e dinheiro esquecido nos bancos.

O Banco Central liberou consulta aos recursos “esquecidos” nos bancos, referentes, por exemplo, a contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível e tarifas ou parcelas relacionadas a operações de crédito cobradas indevidamente.

Nesta primeira fase, são cerca de R$ 4 bilhões a serem devolvidos para 28 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões, mas não informou o total de brasileiros que poderão ser beneficiados com a totalidade dos valores.

Há ainda outras fontes de recursos disponíveis aos brasileiros. As cotas do PIS/Pasep, por exemplo, ainda não foram retiradas por 10,6 milhões de pessoas, que têm direito a R$ 23,5 bilhões.

Veja abaixo todas as fontes de dinheiro que pode estar “esquecido” e pode ser resgatado pelos brasileiros:

Dinheiro “esquecido” nos bancos

O Banco Central liberou a consulta ao dinheiro “esquecido” nos bancos. Em princípio, serão liberados cerca de R$ 4 bilhões para 28 milhões de brasileiros (26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas). O valor médio a ser devolvido é de R$ 142,85 por pessoa ou empresa. Neste primeira fase estão incluídos valores referentes a:

  • contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o BC;
  • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
  • recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Para consultar se tem valores a receber, os trabalhadores devem:

  • Acesse o site https://valoresareceber.bcb.gov.br/
  • Os clientes precisam do CPF, no caso das pessoas físicas, e do CNPJ, no caso das empresas, para consultar a existência de recursos para saque
  • A página vai informar uma data para consultar os valores e solicitar o saque – anote esta data
  • Na data informada, retorne à página https://valoresareceber.bcb.gov.br/
  • Use seu login gov.br para acessar o sistema (clique aqui para ver como fazer o cadastro)
  • Após o acesso, consulte o valor e solicite a transferência

Fonte: G1

 

Grandes bancos do Brasil perderam mais de R$ 1 bi com o PIX

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Os quatro maiores bancos do país: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander perderam R$ 1,5 bilhão em receita devido a transferências feitas via PIX em 2021. Brasileiros têm preferido utilizar essa modalidade de transferência gratuita ao invés das tradicionais e pagas, TED ou DOC. Mesmo assim, o lucro dos principais bancos do Brasil alcançou a casa dos R$ 90,5 bilhões no ano passado.

Como toda evolução na prestação de serviço, a utilização do PIX está em franca ascensão sem apresentar sinais de enfraquecimento. Somente em janeiro deste ano foram realizadas 1,3 bilhão de transações através da modalidade, segundo informou o Banco Central. Atualmente, 72% do total de transações financeiras feitas no país são realizadas via Pix.

Dentre as instituições financeiras integrantes do ‘G4’ brasileiro, o Banco do Brasil foi a que mais sentiu os impactos derivados da preferência pelo novo sistema de pagamentos. As receitas com conta corrente do banco de economia mista caíram 17% só em 2021. Do volume total de transações movimentado através da ferramenta no país, o Banco do Brasil é responsável por quase 30%. Apenas o Bradesco conseguiu aumentar a receita com conta corrente entre os anos de 2020 e 2021, entre os bancos observados.

O ano de 2021 representou para muitos cidadãos brasileiros uma grande queda em sua qualidade de vida e no seu poder de compra, muito em parte devido à alta vertiginosa da inflação. Nesse mesmo tempo, no entanto, os grandes bancos brasileiros acumularam um lucro de R$ 90,5 bilhões.

O Itaú, por exemplo, divulgou um lucro de R$ 26,8 bilhões. O Santander fechou o ano com um lucro de R$ 16,3 bilhões. Por sua vez, o Banco do Brasil apresentou R$ 21 bilhões em lucro, enquanto o Bradesco comunicou R$ 26,2 bilhões de lucro em 2021.

Ao todo, esse valor representa uma alta de 38,4% e figura entre os maiores lucros na série histórica desses bancos. Em primeiro lugar está o ano de 2019, quando os bancos apresentaram um lucro de R$ 93,7 bilhões.

Fonte: Yahoo.com

Lucro dos grandes bancos salta 32,5% em 2021 e atinge recorde de R$ 81,6 bi

Publicado em: 17/02/2022

Os quatro grandes bancos do país de capital aberto tiveram lucro líquido somado de R$ 81,6 bilhões em 2021, um salto de 32,5% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.

Trata-se do melhor resultado nominal (sem considerar a inflação) já registrado pelos grandes bancos com capital aberto na bolsa. O lucro conjunto de 2021 superou inclusive o resultado de 2019 (R$ 81,5 bilhões) – o maior até então.

O levantamento considera os demonstrativos financeiros contábeis disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander desde 2006.

Em valores ajustados pela inflação medida pelo IPCA, porém, o resultado do ano passado foi o quarto maior, atrás do registrado em 2019 (R$ 93,7 bilhões), 2015 (R$ 84,3 bilhões) e 2018 (R$ 82,8 bilhões).

Itaú lidera ganhos

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 24,98 bilhões, o segundo maior resultado nominal da história de um banco brasileiro de capital aberto, atrás apenas do lucro registrado pelo Itaú em 2019 (R$ 26,5 bilhões).

O Bradesco registrou um lucro líquido R$ 21,9 bilhões no ano passado, uma alta de 32% na comparação com 2020.

O terceiro lugar fica com Banco do Brasil, com ganhos de R$ 19,7 bilhões, com um salto de 55,2%. Por fim, o Santander acumulou R$ 14,98 bilhões no ano passado.

O crescimento do lucro dos bancos em 2021 foi impulsionado pelo avanço das carteiras de créditos, pela redução nas despesas com provisões de crédito e pelo aumento nas receitas de prestação de serviços em meio a um cenário de elevação da taxa básica de juros.

No 4º trimestre, o lucro dos quatro bancos somou R$ 18,5 bilhões, um recuo de 13% na comparação com os R$ 21,3 bilhões do 3° trimestre.

Bancos distribuíram R$ 33,4 bilhões a acionistas

O ano de 2021 também foi de bonança para os acionistas dos quatro bancos. No total, foram distribuídos R$ 33,4 bilhões, em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

O valor distribuído em 2021 superou os R$ 29,7 bilhões de 2020, mas ficou abaixo dos R$ 33,4 bilhões de 2019.

O Itaú Unibanco continua sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 1,93 bilhão, Bradesco com R$ 1,65 trilhão e Santander com R$ 963 bilhões.

Fonte: Portal G1

Atendimento de bancos e corretoras piora em janeiro; veja o ranking

Publicado em: 11/02/2022

O atendimento dos bancos e plataformas de investimentos piorou no mês de janeiro, segundo uma pesquisa do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. O levantamento mostrou que os bancos tiveram uma perda de 3,30% na avaliação enquanto as plataformas perderam 1,27% ante novembro de 2021, última vez em que o levantamento foi feito.

O Índice de Qualidade de Atendimento de Bancos e Plataformas é feito pelo Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcef), em parceria com a consultoria Toluna. Ele foi baseado em 500 entrevistas com investidores, realizadas entre os dias 2 e 7 de fevereiro de 2022. Todos os respondentes indicam qual é o principal banco ou plataforma onde fazem investimentos.

Na pesquisa são avaliados nove critérios. O primeiro é eficiência, que leva em consideração a facilidade de uso dos serviços daquela instituição. Depois, vem disponibilidade, que avalia problemas no site ou app. Em seguida aparece o critério realização, que analisa os prazos de concretização das operações. Privacidade é outro fator, que considera a segurança dos dados e informações dos usuários. Depois, vem responsabilidade, que avalia a resolução de eventuais problemas.

Em seguida está o aconselhamento, que leva em conta clareza e os resultados do que é orientado ao cliente por parte dos funcionários daquele banco ou plataforma. Na sequência vem o critério de contato, que considera a facilidade na resolução de problemas por meio de contatos pessoais. Há ainda o valor percebido, em que são avaliadas a transparência e competitividade dos diversos custos. Por último, lealdade, que é a recomendação daquela plataforma a amigos e parentes.

Em janeiro, os bancos apresentaram evolução negativa em todos os critérios, menos em disponibilidade. As piores avaliações ficaram nos critérios aconselhamento (queda de 5,8%), privacidade (queda de 5,7%), e realização (queda de 5,3%). Já no caso das plataformas, foram quatro critérios com evolução positiva: aconselhamento (alta de 6,5%), disponibilidade (alta de 1,5%), realização (alta de 1%) e responsabilidade (alta de 0,9%).

Ranking

Na avaliação dos bancos são considerados Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander. Já na das plataformas, o índice acompanha BTG Pactual, Clear, Nubank/Easy, Inter, Modalmais, Rico e XP.

A Caixa foi o banco mais bem avaliado pelos clientes em janeiro de 2022, com destaque para os critérios de disponibilidade e eficiência. O banco com pior evolução foi o Banco do Brasil, com variação negativa nos critérios Valor Percebido e Realização.

Entre as plataformas, a mais bem avaliada foi a Rico, com destaque aconselhamento e Responsabilidade. O BTG foi a plataforma com pior evolução, com ênfase negativa nos critérios contato, lealdade, aconselhamento valor percebido, privacidade e responsabilidade.

Fonte: Valor Investe