Metade dos bancos espera fechar 2023 com 10% dos clientes no open finance

Publicado em: 12/05/2023

Os usuários dos principais bancos, que concentram 84% dos ativos do setor bancário no país, ainda têm uma relação bastante tímida com o open finance, o ecossistema tecnológico que permite o compartilhamento dos dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras. Ainda assim, os bancos estão otimistas quanto ao futuro desse novo relacionamento: 53% acredita que até o final do ano terá até 10% da sua base de clientes dizendo “sim” e fazendo a adesão ao chamado sistema financeiro aberto.

Outros 20% acreditam que em 2023 terão mais de 20% dos usuários aceitando compartilhar informações, uma meta bastante ousada, já que atualmente nenhum banco está nesse estágio, segundo a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Deloitte. Atualmente, 80% dos bancos afirmam que até 10% de sua base de clientes estão no open finance.

Uma das promessas do open finance é de que, ao permitir que os dados de transações bancárias sejam conhecidos por diferentes bancos, mesmo não sendo cliente de todos eles, as pessoas tenham acesso a uma maior e mais barata oferta de crédito e de produtos financeiros, por exemplo. Esses objetivos estão no radar dos dezesseis bancos que participaram da coleta de dados realizada entre dezembro de 2022 e março de 2023. Para 75%, a oferta de mais produtos financeiros a partir do open finance está entre as principais formas de geração de valor para atrair os consumidores.

Por outro lado, a maior parcela de bancos entende que é mais estratégico atuar como uma plataforma na qual todos os tipos de serviços estejam conectados e sejam oferecidos em um conjunto coerente. Ou seja, não basta ter bons serviços bancários tradicionais, é preciso expandir e inovar para aumentar a satisfação dos clientes.

Mais de 90% das instituições pretendem expandir parcerias até o final do ano “para prover serviços mais completos e até entrar em segmentos novos, como forma estratégica de agregar valor, complementar jornadas e consolidar a busca constante pela inovação”, destaca o relatório. Outro dado é que ao menos 69% desejam conhecer melhor o contexto dos consumidores.

Em dois anos de operação do open finance no Brasil, completados em dezembro de 2022, 17,3 milhões de consentimentos de clientes foram dados para o compartilhamento de seus dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras participantes.

Da “porta para dentro” das instituições, a pesquisa que explora os investimentos e tendências em tecnologia – e que chegou a 31º edição – mostra que o open finance é visto como estratégico para melhor definir o preço correto dos produtos (38%), reduzir riscos de crédito (31%) e expandir negócios não financeiros (19%).

Para 2023, a prioridade das instituições financeiras em tecnologia continua sendo, em primeiro lugar, a análise e exploração dos dados obtidos via open finance. Em segundo lugar aparece a transformação cultural do banco. Em seguida, são citados temas como moedas e ativos digitais; expansão de transações via chatbot; e incentivo do consumidor ao compartilhamento de dados.

Fonte: Valor Investe

Febraban: Bancos vão investir R$ 45 bilhões em tecnologia em 2023

Publicado em: 05/05/2023

Os bancos brasileiros vão investir R$ 45,1 bilhões em tecnologia neste ano, segundo dados da pesquisa Febraban de tecnologia bancária, realizada pela consultoria Deloitte. Com uma carteira de 8 em cada 10 brasileiros bancarizados, as 16 maiores instituições do país estão de olho no cenário global para replicar no ambiente interno.

De acordo com o estudo, o total de repasses previsto para este ano representa uma alta de 29% em relação ao acumulado do ano passado, quando foram destinados R$ 34,9 bilhões para a tecnologia. A maior parte daqueles recursos foi destinada às despesas com serviços de TI, um gasto que deve se repetir neste ano, de acordo com o levantamento.

Além da segurança cibernética, que está presente em todos os bancos, soluções de inteligência artificial (75%), cloud pública (75%) e blockchain (50%) são as principais soluções embarcadas no setor bancário. No caso da IA, a previsão é que os investimentos subam 28%, de R$ 776 milhões em 2022 para quase R$ 1 bilhão em 2023.

“Os sucessivos crescimentos do orçamento total de tecnologia visam dar suporte à transformação tecnológica baseada em centralidade e segurança do cliente. A diversidade de tecnologias adotadas simultaneamente exige dos executivos uma priorização ampla, mesmo para aquelas com menor grau de maturidade, como 5G e IoT, mas que já estão sendo implantadas e fomentadas para expansões futuras”, destacam Rodrio Mulinari, diretor do comitê de inovação da Febraban, e Sérgio Biagini, sócio-líder da Deloitte para serviços financeiros, que assinam o documento.

Com esses números, o Brasil segue uma tendência global, no qual 11% do PIB da tecnologia vem do setor bancário. Entre as empresas do setor privado, o ecossistema financeiro é o que mais investe em novas ferramentas de inovação, no Brasil e no mundo, atrás apenas dos governos.

Embora esse investimento seja ativo, ainda não há previsão de quando plataformas como a do Metaverso vão de fato causar impacto no setor. Há alguns laboratórios pelo mundo que estão estudando o campo da experiência imersiva, mas sem ferramentas com maturidade suficiente para desenvolver algo concreto.

“O Metaverso tem futuro incerto, apesar de seu desenvolvimento constante. Esta tecnologia pode permitir que as instituições financeiras se diferenciem de variadas formas”. “A indústria bancária ainda analisa benefícios e aplicações possíveis para os diferentes segmentos de clientes e negócios, pois este recurso demanda alto investimento, interoperabilidade no ecossistema e a adoção de padrões tecnológicos comuns”, escreveram os especialistas.

Open Finance

O levantamento da Febraban também evidencia que os bancos têm uma certa dificuldade em levar o Open Finance aos seus correntistas. Nenhuma das instituições participantes registrou adesão de mais de 20% dos seus clientes ao sistema bancário aberto do Brasil.

Por isso, essa que já era a prioridade das instituições no ano passado, continua sendo a principal agenda para 2023, com expectativa de que um quinto dos clientes brasileiros compartilhem seus dados via Open Finance. As empresas acreditam que essa é uma ação que deve mantê-las relevantes com o passar do tempo, indicaram os executivos de tecnologia.

Sobre parcerias, quase todas as empresas entrevistadas fizeram negócios com startups no ano passado e devem repetir esse mesmo relacionamento em 2023. Entre os segmentos mais buscados, estão as fintechs, software houses, agtechs e cleantechs.

Em geral, os objetivos deste relacionamento são: entrar em novos segmentos; completar a jornada do consumidor; e consolidar a busca pela inovação. Além disso, 43% das instituições mantêm laboratórios de inovação, enquanto 31% tem fundos de investimentos e 23% tocam projetos de aceleração.

“A conexão dos players da indústria bancária com seus parceiros do ecossistema tem sido determinante na ampliação das ofertas de serviços e produtos nos canais digitais. Neste contexto, os bancos alavancam o relacionamento com diferentes tipos de parceiros, para prover serviços mais completos”, finalizam Mulinari e Biagini.

Fonte: Infomoney

Bancos deixarão de oferecer transferências via DOC e TEC até fevereiro de 2024

Publicado em:

Os bancos associados à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) deixarão de oferecer transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito) até 29 de fevereiro de 2024. A medida é válida para pessoas físicas e jurídicas.

Além do DOC, os bancos também deixarão de oferecer a Transferência Especial de Crédito (TEC), que são operações realizadas exclusivamente por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários. Atualmente, o valor máximo permitido para qualquer transação via DOC ou TEC é de R$ 4.999,99. Não foram anunciadas mudanças nas operações de Transferência Eletrônica Direta (TED).

No DOC, as operações são efetivadas um dia após o recebimento da ordem de transferência pelo banco, enquanto no TEC, a transferência é efetuada, no máximo, até o final do dia em que foi dada a ordem.

Prazo para encerramento das funções

  • As ofertas dos serviços de transferências via DOC ou TEC aos clientes pode acontecer até às 22h do dia 15 de janeiro de 2024;
  • Os clientes podem agendar o envio do DOC ou TEC para até 29 de fevereiro de 2024;
  • Os bancos encerrarão os sistemas de recebimento e processamento de DOC e TEC no mesmo dia 29.

Utilização de meios de pagamento

Segundo a Febraban, as operações via DOC, sistema criado em 1985 pelo Banco Central do Brasil , vêm sendo cada vez menos utilizadas nos últimos anos, principalmente depois do lançamento do PIX, em novembro de 2020.

A federação destaca também que a descontinuação dos serviços está relacionada ao custo/benefício para os clientes.

“Com o surgimento do PIX e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito e instantâneo”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Um levantamento da instituição mostra que o DOC não configura nem entre os principais meios de pagamento usados no ano passado:

  • PIX foi a escolha preferida dos brasileiros, com 24 bilhões de operações;
  • Cartões de crédito somaram 18,2 bilhões de operações;
  • Cartões de débito tiveram 15,6 bilhões de operações;
  • Boletos registraram 4 bilhões de operações;
  • Transferências via TED tiveram 1,01 bilhão de operações;
  • Cheques somaram 202,8 milhões de operações;
  • As transações via DOC foram 59 milhões, apenas 3,7% do total.

Fonte: G1

 

Bancos formam o pódio das melhores empresas para desenvolver carreira em 2023

Publicado em: 02/05/2023

Em meio às demissões em grandes companhias e um cenário econômico incerto, a procura por estabilidade no emprego é um dos objetivos de muitos profissionais, independentemente da área de atuação.

E, ao mesmo tempo, a busca por oportunidades com maior flexibilidade e possibilidade de crescimento profissional — evidenciado pela “demissão silenciosa” (quiet quitting) — marcaram o mundo corporativo no ano passado.

De olho nas tendências do mercado de trabalho, o LinkedIn divulgou, nesta semana, a lista anual das melhores companhias para desenvolver carreira.

Em 2023, o LinkedIn Top Companies elegeu 25 empresas e, novamente, o pódio foi liderado pelo setor bancário: Itaú Unibanco, Banco Bradesco e Banco do Brasil.

Em linhas gerais, as empresas que entraram no ranking foram avaliada em oito requisitos:

  1. Progressão de crescimento;
  2. Desenvolvimento de competências;
  3. Estabilidade na empresa;
  4. Oportunidades externas;
  5. Afinidade com a empresa;
  6. Diversidade de gênero;
  7. Nível de formação acadêmica e
  8. Presença de funcionários no país.

Além disso, as empresas deveriam ter pelo menos 500 funcionários em 31 de dezembro de 2022 no país e a taxa de rotatividade de funcionários não poderia ultrapassar 10% durante o período estabelecido na metodologia, com base em dados do LinkedIn.

Por fim, companhias que demitiram mais de 10% do quadro de funcionários entre janeiro e dezembro de 2022, de acordo com pronunciamentos oficiais, foram considerados inelegíveis. Confira a seguir o ranking.

Fonte: Seu Dinheiro

Bancos públicos devem ter disposição para emprestar dinheiro, diz Lula

Publicado em: 09/04/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que bancos públicos, como o Banco do Brasil, deve ter muita disposição para oferecer crédito e impulsionar o crescimento.

Lula afirmou ainda que o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, está “com a faca e o queijo na mão” para que a instituição volte a atuar pelo desenvolvimento do país.

O apelo veio após Lula comentar que os governadores devem ser chamados em breve com os resultados da Casa Civil sobre suas propostas de retomada de projetos prioritários, destacando a importância do pacto federativo.

Em cerimônia de assinatura de decretos sobre o setor de saneamento básico, o presidente afirmou que estava chamando o Brasil “à responsabilidade” para implementar, até 2033, a universalização do saneamento básico.

Fonte: Yahoo

Crises de SVB e Credit Suisse não afetam solidez de bancos brasileiros

Publicado em: 17/03/2023

Analistas e gestores não veem efeitos diretos nos bancos brasileiros decorrentes do colapso do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos ou mesmo da crise experimentada pelo Credit Suisse na Europa, eventos que têm gerado preocupações sobre a resiliência do sistema bancário global.

“Não consigo enxergar qualquer tipo de impacto mais relevante no Brasil”, afirmou Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional, referindo-se principalmente ao episódio do SVB, fechado na semana passada. “Não é o mesmo tipo de risco que vimos em 2008.”

Para Kawall, os problemas envolvendo o Credit Suisse causam mais preocupação, pelo porte da instituição. “O impacto é mais forte nos mercados”, afirmou. Mas ele ponderou que ainda é preciso ver como tudo se desenrola.

O SVB foi fechado por reguladores na semana passada, desencadeando uma rápida ação de autoridades, entre elas o Federal Reserve, para conter potencial contágio no sistema bancário. Os mercados ainda se recuperavam do abalo quando nesta quarta-feira o Credit Suisse trouxe de volta o nervosismo.

As ações do segundo maior banco da Suíça chegaram a afundar mais de 30% nesta sessão, após o seu maior investidor, o Saudi National Bank, afirmar que não poderia fornecer mais assistência financeira por questões regulatórias.

O CS está tentando se recuperar de uma série de escândalos que minaram a confiança de investidores e clientes, com fortes saídas de recursos. Apenas no quarto trimestre de 2022, elas somaram o equivalente a mais de 120 bilhões de dólares.

“Não vejo uma contaminação direta, apenas uma maior aversão a risco, aos menores bancos e fintechs”, reforçou Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital, acrescentando que o funding no Brasil é baseado principalmente em depósitos locais e que não há alternativas para o investidor exceto títulos públicos.

“Há uma certa contaminação nas cotações das ações, mas nada sobre a solidez dos bancos grandes locais”, acrescentou.

A reação relativamente comedida das ações dos maiores bancos brasileiros corrobora a premissa. Desde o começo da semana, Itaú Unibanco PN (ITUB4) e Bradesco PN (BBDC4) perdem cerca de 3% cada um, Banco do Brasil ON (BBAS3) cai 2% e Santander Brasil Unit (SANB11) cede 1,7%.

Para Roger, o único banco que poderia sofrer no país é a própria unidade do CS.

Presente no Brasil desde 1959, o Credit Suisse atua principalmente nas áreas de private banking & wealth management e gestão de recursos, realizando ainda operações de crédito, emissão de ações e títulos, abertura de capital (IPO), fusões e aquisições de empresas (M&A), corretagem e tesouraria.

A sua carteira inclui clientes de alta renda, vários oriundos do Banco Garantia (comprado em 1998) e da renomada Hedging-Griffo (comprada em 2007, concluída em 2012).

Analistas do Itaú BBA liderados por Pedro Leduc também afirmaram que bancos brasileiros não estão diretamente expostos às consequências do SVB. “Os valores das perdas não realizadas nos ‘books’ locais não são relevantes e os índices de capital e liquidez são confortáveis”, afirmaram em relatório nesta semana.

Mas eles abordaram discussões secundárias relevantes decorrentes do episódio, incluindo a chance de o financiamento para fintechs ficar mais difícil, assim como um possível efeito indireto na atividade nos mercados de crédito e capitais, que pesaria nas expectativas dos grandes bancos.

Entre o sábado e a última segunda-feira, instituições financeiras brasileiras com ações listadas no mercado norte-americano, entre elas a Nu Holdings (NUBR33) e o Inter&Co (INBR32), anunciaram não ter exposição ao Silicon Valley Bank, a fim de evitar contágio do colapso do banco em seus papéis.

RISCOS DOMÉSTICOS

De acordo com Ricardo Campos, diretor de investimentos da Reach Capital, o efeito de juros altos, que está sendo relacionado como um dos componentes para os problemas de alguns bancos nos EUA e Europa, já aconteceu no Brasil há algum tempo, conforme a Selic saltou de 2% em março de 2020 para os atuais 13,75%.

Ainda assim, diz, há fatores que mantêm um cenário mais desafiador para o setor, como riscos de redução em tarifas de cartão de crédito e do fim do mecanismo do juros sobre capital próprio, entre outros, além de receios no segmento corporativo após o pedido de recuperação judicial da Americanas.

No final do mês passado, dados do Banco Central mostraram que as concessões de empréstimos apresentaram queda significativa em janeiro e levaram a uma baixa no estoque total de crédito no Brasil, enquanto a inadimplência no segmento de recursos livres aumentou.

Analistas do Bradesco BBI adotaram no começo do mês um “modo pessimista” para o setor, que inclui o corte na recomendação para as ações de Itaú Unibanco e Banco do Brasil , enquanto reduziu o preço-alvo de ambos e de vários outros.

“Nós esperamos que 2023 também seja um ano desafiador em termos de inadimplência (NPL) para os bancos, pois acreditamos que a qualidade dos ativos das empresas tende a se deteriorar devido às altas taxas de juros e à economia mais fraca”, afirmaram Gustavo Schroden equipe em relatório a clientes.

Fonte: Infomoney

 

Bancos brasileiros aumentam lucros e reduzem vagas de trabalho

Publicado em: 03/03/2023

Apesar dos lucros recordes nos últimos anos, os bancos fecharam 270 postos de trabalho no Rio Grande do Sul em 2022, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O cenário, antes do escândalo de fraude das Americanas, que tem alegado impacto no sistema, era de que o setor vinha acumulando índices de crescimento na lucratividade. Só até junho de 2022 foram 138 bilhões, 4 bi a mais do que em 2021. As informações são do Banco Central.

O estado do Rio Grande do Sul só ficou atrás do Rio de Janeiro, que registrou o corte de 1.021 vagas no ano passado. Também extinguiram empregos o Paraná (-244 vagas), Santa Catarina (-152 vagas), Pernambuco (-95 vagas) e Rio Grande do Norte (-30 vagas).

Os demais estados tiveram saldos positivos. Os melhores resultados foram verificados em São Paulo (+2.452 vagas), Distrito Federal (+287 vagas) e Mato Grosso (+206vagas).

O Dieese destaca que as vagas criadas em São Paulo estão concentradas na capital, com a abertura de 2.946 postos de trabalho, sendo 40% deles em cargos relacionados à tecnologia da informação.
Bancos terceirizam serviços

O diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Gilnei Nunes, disse que há tempos o setor bancário tem reduzido a oferta de emprego para a categoria.

Os bancos privados, como o Santander, estão remodelando e terceirizando serviços bancários, contratando trabalhadores e trabalhadoras sem amparo da convenção coletiva dos bancários. Criam novas empresas, que atuam no sistema financeiro, mas os contratados não pertencem à categoria bancária.

“Do ponto de vista sindical, os bancos encontraram guarida na legislação trabalhista atual para contratar trabalhadores fora do escopo bancário. Esta prática tem facilitado a exploração e a redução de salários e benefícios trabalhistas. Diferente dos bancos públicos, cujas contratações são feitas por concurso, o que tem garantido a média e até o crescimento de vagas do setor bancário no ano passado”, salienta o dirigente sindical.

Saldo de 4.716 empregos em nível nacional

Conforme análise do Dieese, a trajetória do emprego formal no setor bancário apresentou oscilação durante todo o ano de 2022.

Apenas nos meses de janeiro, fevereiro, agosto e setembro a soma das contratações foi maior do que a das demissões. Nos demais meses, o saldo foi negativo. Mas, no cômputo geral do ano, houve mais contratações do que demissões, gerando um saldo positivo de 4.716 postos de trabalho em nível nacional

“A ampliação de vagas no setor bancário, no entanto, deve ser observada com cautela. Analisando os dados, nota-se que, em grande medida, o saldo favorável pode ser atribuído às contratações realizadas pela Caixa Econômica Federal”, diz o documento do Dieese.

O instituto lembra que a Caixa promoveu contratações graças à atuação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) para que fossem convocados os aprovados em concurso realizado pelo banco em 2014 e também no concurso específico para pessoas com deficiência (PCDs), o que resultou, desde 2021, em ganhos na justiça determinando as convocações pela Caixa.

Segundo o levantamento, os postos de trabalho criados pela Caixa (1.022 vagas) representam 35,1% de todo o saldo positivo de emprego no setor bancário.

Sinal amarelo para TI

Na esteira do aumento de investimento realizado pelos principais bancos do país na área de tecnologia, 2022 repetiu o que já havia sido constatado em anos anteriores, com criação de 1.424 vagas diretamente ligadas às áreas de tecnologia da informação.

Mas o sinal está amarelo até para as vagas de TI. Conforme o levantamento do Dieese, houve uma expressiva queda das contrações nesta área, na comparação com as realizadas em 2021, quando foram geradas 3,7 mil vagas específicas.

“Tal fato pode representar, no curto prazo, o esgotamento na capacidade de geração de postos de trabalho de ocupações nestas posições”, afirma o texto do Dieese.

Perfil dos trabalhadores

Gênero – O levantamento também traz dados com relação aos perfis dos trabalhadores. Com relação ao gênero, as admissões de mulheres foram 19,1% menores que a dos homens e os desligamentos, 5,4% superiores.

A consequência foi a abertura de 3.933 vagas para homens e a eliminação de 1.106 postos de trabalho para mulheres.

O Dieese observa que em 2022 houve intenso debate sobre assédio moral e assédio sexual na categoria, e que as duas temáticas foram pactuadas na negociação coletiva.

“O resultado da movimentação do emprego não reflete o compromisso patronal em ambientes de trabalho mais homogêneos e igualitários”, diz o texto.

Faixa etária – Com relação à idade, a geração de vagas se concentrou nas primeiras faixas etárias, até 29 anos, com aumento de 10.351. Para trabalhadores com 30 anos ou mais, houve movimento contrário, com o fechamento de 7.529 vagas.

Raça e escolaridade – A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (60,8%) e com superior completo (55,3%). As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram de 33,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 25,6%.

Ao considerar o saldo, verifica-se resultado positivo no que toca a diversidade racial, uma vez que a movimentação foi positiva em 3.881 postos de trabalho para trabalhadores pretos e pardos.
Motivação das demissões

O Dieese ainda destaca o elevado número de desligamentos por pedido de bancários e bancárias. Tal iniciativa partiu de mais de 15 mil trabalhadores. Em janeiro, atingiu a proporção mais alta com 51,9% da totalidade das demissões. Apenas nos meses de maio, novembro e dezembro, a proporção ficou abaixo de 40% do total dos desligamentos.

Para o Dieese, compreender a motivação do desligamento, no entanto, não é uma tarefa fácil. As principais hipóteses são: o aumento na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro com migração de trabalhadores para finetechse corretoras de valores; a facilidade de mudanças promovidas pelo teletrabalho e o esgotamento de trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas.

Os dados completos estão na Pesquisa do Emprego Bancário – Número 19 – Fevereiro/2023, elaborada pelo Dieese.

Com informações da CUT, Dieese, Sindibancários e Banco Central.

Fonte: Extra Classe

 

Como os bancos usam os algoritmos para reduzir as fraudes e o risco de empréstimos

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A forma como os bancos analisam o perfil de crédito dos clientes devem ficar ainda mais próximas dos algoritmos nos próximos anos: saem as fichas cadastrais e entram análises que unem dados de renda a padrões de comportamento. Tudo isso graças ao uso da inteligência artificial, com ferramentas mais avançadas que os sistemas de inteligência artificial “gerativa” (o mesmo do ChatGPT), dizem as instituições

Os maiores bancos do Brasil começaram a aplicar a inteligência artificial (IA) ao crédito na década de 2010. Hoje, os modelos combinam os dados tradicionais, como os de renda, com leitura das funções mais utilizadas nos aplicativos.

“Nos anos 80 e 90, havia uma mesa com analistas de crédito que recebia propostas e fazia uma análise caso a caso”, diz Rafael Cavalcanti, superintendente executivo de inteligência de dados do Bradesco. “Vieram as evoluções tecnológicas, que passam por capturar insumos ligados aos dados.”

Os resultados apareceram. No quarto trimestre do ano passado, uma campanha de renegociação do Banco do Brasil pelo WhatsApp recuperou R$ 78 milhões em créditos. A conclusão foi de que em situações em que o cliente se sente desconfortável em falar com outra pessoa, o robô, alimentado pela inteligência artificial, é mais eficaz.

O banco também usa a tecnologia para avaliar a satisfação dos clientes. “Temos o modelo que chamamos de Risco Bacen, que roda há dois anos e meio, e verifica a possibilidade de aquele cliente entrar com uma ocorrência no Banco Central”, diz Alexandre Duarte, gerente executivo de tecnologia do BB.

No Santander, a porta de entrada é a Gent, inteligência artificial que guia o atendimento online dos clientes, e é alimentada pelas interações. Segundo o superintendente executivo de experiência do cliente do banco, Gustavo de Souza, 4,5 milhões deles são atendidos pelo sistema.

“A inteligência artificial (no banco) é ancorada em risco e antifraude, mas vem avançando rapidamente em outras esteiras da organização”, diz ele. “Viemos de décadas aprimorando modelos que acertavam o coletivo. O desafio é acertar o indivíduo.”

O especialista em serviços financeiros e pagamentos Gueitiro Matsuo Genso, que foi CEO do PicPay e tem passagens por BB e Previ, afirma que a aplicação da inteligência é o que, de fato, vai criar vencedores. “Uma coisa é ter o dado, outra é transformar os dados em algoritmos que ajudem no processo de negócio. O terceiro desafio é colocar dentro do processo de negócio”, diz.

A leitura rápida e inteligente de dados exige uma capacidade diferente da que os bancos empregavam há poucos anos. “A tecnologia era baseada em monólitos, grandes grupos de servidores onde se colocava esses dados”, diz Moisés Nascimento, diretor de dados do Itaú Unibanco. “A computação em nuvem habilita que as empresas consigam organizar e processar seus dados como as big techs.” O banco já levou metade das plataformas para a nuvem.

Isso significa que os modelos de análise ficam mais próximos aos algoritmos, que fazem o sucesso de redes sociais ao prever como cada usuário tende a se comportar. No caso do crédito, apontam as chances de inadimplência ou a necessidade de um empréstimo; nas fraudes, mostram aos bancos, de modo instantâneo, se um Pix foi ou não feito pelo titular da conta.

Próximas paradas

Os bancos têm mais ambições para a inteligência artificial. Um ponto óbvio é o atendimento, com interfaces personalizadas para cada cliente. Do outro lado, a coleta de informações ajudaria a customizar os produtos a custos baixos. “Os bancos migraram do público-alvo”, diz Gueitiro Genso. “A fábrica de produto cartão hoje está preparada para produzir cinco, seis tipos de cartão, mas deveria entregar cartões para todo mundo.”

Uma fronteira mais importante, porém, está na própria concessão de crédito. Com modalidades como o Pix Garantido, os bancos ambicionam analisar o risco de clientes que não têm crédito pré-aprovado em tempo real, para conceder empréstimos instantaneamente.

De início, as funcionalidades se aproximam disso. O BB foi o primeiro a conceder crédito via WhatsApp, mas começou por linhas garantidas e com limites pré-aprovados. “Um dia, podemos chegar à análise de crédito online, e a inteligência artificial com certeza pode ajudar”, diz o gerente executivo de tecnologia do banco.

Fonte: Estadão

 

Governo avalia retomar linha de liquidez aos bancos para tentar evitar crise de crédito

Publicado em: 27/02/2023

O governo Lula considera retomar uma linha de liquidez para os bancos no caso de um cenário de restrição ao crédito na economia. Outra medida que está sendo considerada pela área econômica é usar o Pronampe, linha de crédito de apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte criada durante a pandemia da covid-19.

Segundo apurou o Estadão, as duas medidas estão sob análise e podem ser utilizadas para evitar uma crise de crédito no País. Como antecipou reportagem do Estadão/Broadcast, no último dia 16, uma desaceleração intensa do crédito entrou no radar do mercado e pode representar prejuízos à atividade econômica este ano – e, no limite, levar a uma recessão.

Embora não seja o cenário-base dos analistas, a expectativa de uma taxa básica de juros (Selic) alta por mais tempo trouxe esse risco à tona, numa situação agravada pelo caso das Lojas Americanas e depois de os principais bancos do País sinalizarem menor disposição para conceder empréstimos.

Em entrevista ao Estadão, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, acenou com medidas que chamou de compensatórios para dar liquidez. O aumento do crédito é foco da equipe econômica.

Fontes da área econômica informaram que a linha emergencial de liquidez aos bancos em estudo é semelhante à que foi adotada na época da crise financeira internacional em 2008. Essa linha foi usada pelos países europeus e depois copiada pelo Brasil. Mais tarde, o Banco Central retirou a oferta da linha.

A linha dá liquidez aos bancos e utiliza como colateral (garantia) uma carteira de créditos de renda fixa, como debêntures, que tenham um bom rating (avaliação). São ativos negociados no mercado secundário.

O mecanismo é o seguinte: a instituição financeira oferece como garantia essa carteira e o Banco Central dá uma linha de crédito com custo um pouco acima da taxa do Desconto Interbancário (DI).

As duas alternativas em análise são complementares, mas não as únicas em estudo para uma eventual necessidade de um programa emergencial.

No caso do Pronampe, já há uma Medida Provisória no Congresso que trata da nova estrutura do programa de garantia de crédito.

Fonte: Estadão

Bancos brasileiros investem mais de R$ 30 bi em tecnologia por ano

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Os investimentos em tecnologia da informação têm sido prioridade absoluta dos bancos brasileiros nas últimas décadas. A avaliação é de Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “O processo de automação bancária passou por várias etapas, que incluem a aquisição dos primeiros equipamentos para as operações de retaguarda das instituições, a implantação de sistemas em tempo real, a automatização das agências, a expansão da rede de caixas eletrônicos e a utilização em massa do internet e mobile banking”, diz.

Ele afirma que os bancos fazem parte do setor da economia que mais investe em tecnologia da informação, sempre encontrando formas de ser mais eficientes e prestar um melhor atendimento aos milhões de clientes que têm. “Nas últimas décadas, dezenas de milhões de brasileiros viram o acesso aos bancos facilitado e a oferta de crédito e de outros produtos bancários crescer, tudo isso movido pelo que há de mais moderno e que a tecnologia nos oferece”, diz Mulinari.

Atualmente, os bancos investem cerca de R$ 30 bilhões em tecnologia anualmente, sendo que, deste total, 10% são voltados para a segurança da informação. A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar 120 bilhões de transações a cada ano.

Para Estevão Lazanha, diretor de Canais Digitais e Open Finance do Itaú Unibanco, o avanço tecnológico é condicionante e impulsionador na implementação de produtos e serviços cada vez mais inovadores.

“Além disso, vemos também o cenário regulatório acompanhando esta agenda, com destaque para a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que garante segurança no processo e autonomia para o cliente, enquanto dono dos seus dados. Assim, toda vez que ocorrer o compartilhamento de dados, a finalidade do seu uso estará bem definida e o cliente pode escolher se deseja ou não seguir com o compartilhamento”, destaca Lazanha.

País é protagonista em inteligência financeira

O Brasil tem ocupado papel de destaque quando o assunto é inovação tecnológica nos bancos. Para se ter uma ideia, o País foi um dos primeiros mercados mundiais a implementar o chip nos cartões, que continua sendo a solução mais segura que existe para o mercado de cartões de crédito e débito. No Brasil, os primeiros passos da migração da tarja magnética ocorreram na primeira metade dos anos 2000.

“O Brasil também saltou na frente na implementação do internet banking no início dos anos 1990 e foi pioneiro na implantação do mobile banking. Os resultados mais recentes da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária apontam que as transações bancárias feitas por pessoas físicas pelos canais digitais – internet e mobile banking – foram responsáveis por 70% das operações atualmente no País”, diz Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“Atualmente, vivemos uma disrupção em modelos de negócios que coloca a indústria financeira diante dos desafios da hiperconectividade, com novos serviços e produtos personalizados para os clientes. A indústria financeira ganha papel de protagonista na vanguarda dessa revolução alimentada por tecnologias como a internet das coisas, que liga à rede mundial de computadores os mais triviais equipamentos domésticos, e a chamada big data, a capacidade de coletar e resgatar enormes quantidades de informação. O uso dessas inovações pode resultar em produtos e serviços mais inovadores para os clientes e em maior eficiência operacional”, diz.

E as inovações não param por aí. A inteligência artificial tem revolucionado os serviços bancários, e está aproximando os bancos de seus clientes, permitindo que o atendimento fique cada vez mais personalizado. A parte mais visível dessa mudança pode ser vista em canais como os chatbots e assistentes virtuais.

Fonte: Estadão

 

“Bancos não precisam de juros altos para ter lucro”, diz presidente da Febraban

Publicado em: 10/02/2023

Na semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a independência do Banco Central e os juros altos, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, saiu em defesa dos bancos e disse que as instituições financeiras não precisam de juros altos para lucrar.

“Os bancos não precisam de juros altos para ter lucro. O que precisamos é de uma agenda para reduzir o custo de crédito. Os juros precisam baixar e isso não depende só dos bancos”, disse Sidney em evento do grupo Lide em Lisboa.

O presidente da Febraban não fez referência direta às críticas recentes de Lula sobre o alto patamar dos juros básicos da economia, mas defendeu que os bancos têm spreads altos (diferença entre os juros pagos na captação e cobrados nos empréstimos) por causa do nível elevado de inadimplência e da dificuldade de execução de garantias.

“É muito caro no Brasil tomar crédito. Temos que sair da posição vergonhosa de ser o setor bancário que menos recupera garantias no mundo”, afirmou Sidney.

O presidente da Febraban disse que bancos defendem juros e empréstimos menores para democratizar o acesso ao crédito no país e acrescentou que o “setor bancário está fazendo sua parte”, concedendo cerca de R$ 15 trilhões em empréstimos.

Sobre a parte que caberia ao governo, Sidney enfatizou a necessidade de encaminhamento das reformas administrativa e tributária. Sobre a reforma tributária especificamente, disse que é essencial que a proposta passe também pela reforma do consumo.

Ele abriu o discurso dizendo que o setor privado pode contribuir com o governo oferecendo uma proposta para o novo arcabouço fiscal, o conjunto de regras que regem as contas públicas.

“Precisamos, sim, ser protagonistas. Podemos oferecer proposta de arcabouço fiscal. Falamos tanto de responsabilidade fiscal. Não estou defendendo que haja uma corrida desesperada para que consigamos fazer com que a dívida pública se sustente […]. Não vejo oposição entre social e fiscal”, disse.

Fonte: CNN Brasil

Sob sombra de Americanas, bancões devem somar R$ 23,4 bi de lucro

Publicado em: 03/02/2023

Os quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto devem mostrar lucro somado de R$ 23,411 bilhões no quarto trimestre de 2022, de acordo com a média das estimativas de oito casas (BTG Pactual, Credit Suisse, Bradesco BBI, Citi, Goldman Sachs, Safra, Santander e UBS BB) consultadas pela Coluna. A temporada de resultados começa nesta semana sob a sombra do caso Americanas, e analistas de mercado divergem sobre os possíveis impactos. O BTG Pactual, por exemplo, atualizou estimativas para incluir esse fator. O Credit Suisse, por sua vez, considera mais provável um provisionamento a partir do primeiro trimestre.

Previsão é de avanço de até 41% nos ganhos

O mercado espera que o BB e o Itaú tenham saltos de 41% e de 16% nos lucros, respectivamente, e antevê quedas de 38% e de 32% para Bradesco e Santander. Desde o ano passado, esperava-se que a temporada fosse desigual para os quatro bancos diante das exposições de cada um a pessoas físicas. A crise da Americanas intensificou essa previsão.
Bradesco é maior credor da varejista

Em termos nominais, o Bradesco é o banco com o maior saldo a receber da Americanas, de R$ 4,8 bilhões, enquanto em termos relativos, o Santander Brasil é o mais exposto, com 0,6% de sua carteira ligados à varejista, segundo cálculos da XP Investimentos. Itaú Unibanco e Banco do Brasil têm, respectivamente, R$ 2,8 bilhões e R$ 1,4 bilhão em créditos junto à empresa.

Provisões podem ser feitas já nos balanços do 4º tri

Alguns bancos consideram fazer provisões para os créditos da varejista já nos balanços do quarto trimestre, que começam a ser divulgados na próxima semana. Embora a recuperação judicial da Americanas tenha ocorrido em 2023, as instituições financeiras podem adiantar o provisionamento ao informar um fato subsequente.

O fato subsequente é uma forma de a empresa comunicar um fator relevante, que mude a posição financeira, mas que tenha acontecido após o período a que o balanço se refere. A Americanas teve o pedido de recuperação judicial aprovado no último dia 19, e a lista de credores coloca os bancos como os mais afetados, embora ainda seja alvo de disputa.

O BTG, que já havia calculado estimativas para os balanços dos bancos antes do caso Americanas, refez a conta para considerar que cada um deles fará uma provisão adicional já no fechamento contábil de 2022. A mudança derrubou as previsões em até 30% (caso do Bradesco), mas não mudou a estimativa dos analistas para o lucro do Banco do Brasil.

Fonte: Estadão

Sindicato dos Bancários reivindica antecipação do pagamento da PLR

Publicado em:

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região enviou ofício para todos os bancos reivindicando que antecipem o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A Convenção Coletiva de Trabalho determina que os bancos privados têm até 1º de março para fazer o pagamento.

Já para os bancos públicos, os prazos para pagamento da PLR são outros, previstos em acordos específicos. No caso da Caixa, o banco tem até 31 de março para fazer o crédito. Já em relação ao Banco do Brasil, o prazo previsto no acordo específico é em “até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos ou JCP-Juros sobre Capital Próprio aos acionistas”.

Entretanto, todos os anos o Sindicato reivindica que o pagamento da PLR seja antecipado, e muitas instituições financeiras assim o fazem.

“Sabemos que no início do ano, nos meses de janeiro e fevereiro, os trabalhadores precisam lidar com despesas extras como matrícula e material escolar dos filhos, IPVA, IPTU, entre outras. Portanto, o adiantamento do crédito da PLR, assim que fechado o balanço de cada banco, significa um reforço importante no orçamento familiar dos bancários. Por isso, o Sindicato, sensível aos anseios e necessidades da categoria, reivindicou em ofício o adiantamento da PLR”, diz Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

O valor que os bancários receberão é a segunda parcela da PLR 2022, descontado o valor pago como antecipação em setembro do ano passado. Com os balanços dos bancos no ano de 2022 sendo fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já poderá calcular a PLR e realizar o crédito aos trabalhadores.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Rombo da Americanas pode abocanhar até 30% do lucro dos bancos, calcula XP

Publicado em: 27/01/2023

A Americanas (AMER3) divulgou, nesta amanhã (25 de janeiro), a sua lista de credores, cumprindo uma importante etapa da sua recuperação judicial. O valor assusta e pode trazer impactos para os bancos, calcula a XP em relatório publicado nesta quarta-feira (25).

A maior dívida da Americanas é com o Deutsche Bank, de R$ 5,22 bilhões, na sequência, vem a dívida bilionária com o Bradesco (BBDC4), de R$ 4,5 bilhões.

Veja a lista dos bancos:

Deustche Bank: R$ 5,2 bilhões
Bradesco: R$ 4,5 bilhões
Santander Brasil (SANB11): R$ 3,6 bilhões
BTG Pactual (BPAC11): R$ 3,5 bilhões
Votorantim: R$ 3,2 bilhões
Itaú (ITUB4): R$ 2,7 bilhões
Safra: R$ 2,5 bilhões
Banco do Brasil (BBAS3): R$ 1,3 bilhão
Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões

Os analistas dizem que os bancos podem optar por provisionar esse valor já no quarto trimestre ou nos resultados do primeiro trimestre de 2023.

“Em ambos os casos, esperamos que o impacto nos resultados seja mais significativo para BTG, Santander e Bradesco (em torno de 20-30% de seu lucro líquido)”, calcula.

Por outro lado, Banco do Brasil e Itaú devem ser os bancos menos afetados (menos de 10% do lucro líquido).

Os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães, que assinam o relatório, também não descartam provisões adicionais do valor nos trimestres seguintes, caso o novo cronograma de pagamentos da empresa sofra atrasos ou os bancos façam rebaixamentos adicionais em sua classificação de risco.

O Inter Research também vai na mesma linha ao dizer que Santander e o Bradesco são os mais impactados, representando 0,8% e 0,5% da carteira, respectivamente, enquanto o Itaú e o BB apresentaram 0,2% de exposição da carteira total em saldo com a Americanas.

“Em termos de impactos no patrimônio líquido destes bancos, o Santander sofreria com 4,5% do PL total, seguido pelo Bradesco com 3,1%, Itaú com 1,8% e BB com 0,9%”, coloca.

O Inter diz, porém, que o efeito Americanas tem impactos limitados ao setor, “não ocasionando maiores prejuízos no médio e longo prazo que possa afetar substancialmente o valor destas instituições”.

Fonte: Money Times

 

Bancos aceleram a entrada na tokenização em busca de liquidez

Publicado em: 05/01/2023

Falar em token não tem nada a ver com a cotação do Bitcoin. Não para os bancos, que enxergam na tecnologia de ativos digitais um potencial enorme para criar novos instrumentos financeiros em seus braços de investimentos. O pulo do gato é poder fracionar ativos, ou seja, dividir um bem ou contrato em partes menores, o que amplia a liquidez dos títulos de investimento. O setor está otimista com a tecnologia, mas apreensivo com a regulação. O vácuo regulatório em que se encontra a tokenização no Brasil tem deixado alguns produtos em compasso de espera. Atualmente, a maior movimentação é interna, com a criação de divisões nos grandes bancos focadas em ativos digitais para se preparar para uma demanda futura.

Não há estatísticas oficiais no momento sobre a adesão dos bancos brasileiros à tokenização. Mas a reportagem do Estadão/Broadcast bateu de porta em porta e encontrou respostas positivas em praticamente todos os bancos procurados.

A promessa de ampliação de liquidez ao se fracionar opções de investimento por meio dos tokens foi o que chamou a atenção de Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander, que neste ano anunciaram sua entrada na tokenização.

“A inserção da população nesse universo não vai ser a partir das instituições financeiras e dos dos players que tokenizam. A necessidade de tokenização vai vir da nova geração, ela vai vir do hábito”, diz Guto Antunes, diretor do Itaú Digital Assets, uma unidade de negócios voltada para o desenvolvimento de tokens, criada em julho passado.

Ele defende que a grande vantagem da tokenização é seu poder de democratizar os investimentos. “Você acessa uma base de investidores muito mais ampla, porque consegue criar frações digitais do ativo”, afirma Antunes. “Em vez de precisar de mais de R$ 10 mil para investir, por exemplo, pode fracionar em lotes de R$ 15, R$ 20.”

Courtnay Guimarães, cientista chefe da Avanade Brasil, prevê que o sistema financeiro brasileiro pode se destacar no cenário global da tokenização. “Acredito que em dois anos o Brasil será um dos líderes mundiais nisso, do ponto de vista bancário”, afirma Guimarães. Mas para que a tokenização tenha sucesso, alerta o especialista, é preciso colocar outros players não bancários na mesma estrutura tecnológica, de modo a evitar concentração.

Mesmo assim, Portilho estima que até 30% do mercado vai estar tokenizado nos próximos cinco anos. “Vejo outros agentes do mercado desenvolvendo pilotos e realizando testes. A ficha caiu de que o caminho é esse”, conta o executivo, que aguarda avanços regulatórios quanto aos tokens e se diz otimista com o Projeto de Lei cripto aprovado.

Segundo Bruno de Freira Gomes, superintendente de Securitização, Investimentos Estruturados e Agronegócio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o sandbox regulatório, que terá uma nova edição no próximo ano, busca trazer a tecnologia blockchain para dentro do mercado de capitais a fim de atualizar sua infraestrutura, possibilitando que os ganhos de eficiência da tokenização sejam aproveitados em um ambiente regulado.

Gomes pondera que hoje o mundo do token não conversa bem com o mercado tradicional, uma vez que a exigência legal de depósito, registro, custódia e escrituração mingua os ganhos de eficiência provenientes da tokenização. “Não é acabar com o depósito, a custódia ou o registro. Essas funções não vão desaparecer, elas só vão ser mais eficientes e mais baratas, traduzindo em captações mais baratas para o mercado como um todo”, afirmou, em evento no último dia 15, promovido pelo escritório Pinheiro Neto Advogados e com participação também da Anbima.

Neste mês, o Santander Brasil finalizou a sua primeira tokenização de um instrumento financeiro regulado. Por meio do sandbox regulatório da CVM, o banco realizou uma emissão para captar recursos para um cliente institucional. “Retemos muitos dos projetos em laboratório com receio da segurança jurídica. A lei aprovada (o PL cripto) é um avanço, mas ainda há muita coisa a ser definida”, diz Jayme Chataque, superintendente executivo de Open Finance, Ativos Digitais e Blockchain no Santander.

De toda forma, tokenização de ativos é uma tendência clara na visão do banco espanhol, frisa o executivo. Embora o braço europeu tenha começado os testes com tokenização em 2018, Chataque enxerga com bons olhos a posição do Brasil, onde participa do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift) do Banco Central (BC) para o Real Digital. “Não diria que a Europa está mais avançada do que o Brasil. Nem do ponto de vista legislativo, tampouco na disponibilização da tecnologia para o cliente”, afirma.

O Bradesco também está desenvolvendo estudos e soluções em blockchain por meio de uma equipe interna, composta por áreas de negócio e áreas técnicas. Atualmente, o banco tem experimentado internamente a tokenização de alguns ativos regulados em parceria com startups. Em 2020, por exemplo, a Bitz, carteira digital do banco, adquiriu a 4ward, fintech especializada em soluções em blockchain para instituições financeiras. “O banco acompanha este mercado [de tokenização] de maneira próxima, visando extrair as principais oportunidades que estejam relacionadas à evolução dos negócios financeiros”, informou em nota.

A tokenização também está na mira dos bancos públicos. A Caixa Econômica Federal informou que criou um grupo de trabalho com o objetivo de desenvolver projetos relacionados ao real digital, tokenização de ativos e a prospecção de oportunidades de novos produtos financeiros.

E o Banco do Brasil anunciou um investimento estratégico – por valor não revelado – na plataforma de intermediações financeiras e serviço de pagamentos Bitfy, que atua como carteira digital de criptomoedas. “O BB acredita que a tendência de tokenização ampliará opções de investimento e adicionará fontes interessantes de financiamento para empresas. Por este motivo, buscamos o investimento estratégico na Bitfy, para acelerar o desenvolvimento de soluções neste sentido”, afirmou o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, por meio de nota.

Já a federação dos bancos, a Febraban, avalia como positivo o avanço do setor rumo à tokenização. Entre os seus projetos para adicionar a tokenização aos meios bancários, a entidade se tornou uma das participantes do Lift Challenge, projeto idealizado pelo BC em conjunto com a Fenasbac para desenvolvimento e implementação do Real Digital. No laboratório de inovação, a Febraban propõe a negociação de ativos financeiros digitalizados – ou seja, tokens – usando o método de pagamento contra entrega (DvP), que só é possível em uma rede blockchain. A proposta é que através da tecnologia DvP as transações financeiras de pagamento aconteçam instantaneamente.

“A Febraban está investindo em um primeiro protótipo que utiliza os princípios de Deliver vs Payment (DvP) com liquidação automática para ativos financeiros. Este protótipo tem o objetivo de testar as características e robustez da infraestrutura, facilidade de programação e segurança da informação, permitindo que possamos adotar o melhor protocolo para um piloto em 2023?, conta Leandro Vilian, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban. (Reportagem de Beatriz Capirazi, Gabriel Tassi, Maria Lígia Barros e Zeca Ferreira)

Fonte: Terra

Bancos do Brasil não estão entre os 50 mais seguros do mundo

Publicado em: 15/12/2022

A versão on-line da revista Global Finance divulgou sua lista anual com os 50 bancos mais seguros do mundo em 2021, e nenhum deles é brasileiro. O banco alemão KfW conquistou o primeiro lugar no ranking pela quarta vez consecutiva, sendo seguido por três instituições alemãs, uma holandesa e uma suíça. O Chile é o único país da América do Sul que aparece no ranking, com duas instituições: o Banco Estado (42º) e o Banco de Chile (46º).
Na Ásia, três bancos de Cingapura foram selecionados entre os 15 primeiros. A região ainda foi representada por dois bancos chineses, um taiwanês e um japonês, que também ficaram entre os 25 primeiros.

Na América do Norte, sete bancos canadenses conquistaram um lugar na lista. Com a 29ª posição, o Bank of New York Mellon Corp foi a organização mais bem colocada dos EUA, que foi representado por quatro bancos agrícolas, como mostra uma publicação da Exame.

Além dos 50 bancos mais seguros do mundo, o relatório inclui: 50 bancos comerciais mais seguros do planeta; bancos mais seguros por país e território; 50 bancos mais seguros em mercados emergentes; instituições financeiras islâmicas mais seguras no GCC (Conselho de Cooperação do Golfo), e os bancos mais seguros por região (África, Ásia, Australásia, Europa Central e Oriental, América Latina, Oriente Médio, América do Norte e Europa Ocidental).
“Como se sabe, para estar nessa lista, cada banco precisa ser avaliado pelas três maiores agências de avaliação de risco do mundo, a Fitch Ratings, a Moody’s, e a Standard & Poor”, afirma Alexsandro Leite, diretor-jurídico da Stla Brasil, escritório de operações nacionais e internacionais.

Ausência na lista chama a atenção para o Risco Brasil

Para Leite, a ausência de instituições brasileiras na lista dos 50 bancos mais seguros do mundo é uma mensagem para o mercado nacional e internacional do “Risco Brasil”: “Essa avaliação é um sinal de que o nosso ambiente de negócios possui fraquezas bancárias estruturais e que a probabilidade de inadimplência é alta”.

Com efeito, a inadimplência bateu um novo recorde e atingiu 67,9 milhões de brasileiros em agosto, de acordo com a Serasa, e o segmento de bancos e cartões foi apontado como o responsável pela maioria das dívidas, 28,8% do total. Apenas entre julho e agosto, 300 mil novos brasileiros ficaram inadimplentes, uma alta de 0,5%. Trata-se do maior número de endividados desde o início da análise, em 2016.

Na avaliação do diretor-jurídico da Stla Brasil, a ausência de bancos brasileiros na lista das instituições mais seguras decorre de uma série de motivos, alguns operacionais, outros regulatórios, e mais alguns de crédito. No entanto, “o maior motivo para nenhum banco brasileiro estar na lista da Global Finance é o alto número de reclamações de clientes que nossos bancos recebem”.

Em julho, o BC (Banco Central) divulgou um ranking com os 15 bancos que mais tiveram reclamações de clientes durante o primeiro trimestre de 2022. São eles: C6 Bank, BTG Pactual/ Banco Pan, Inter, BMG, Santander, Bradesco, Mercado Crédito, Original, PagBank- PagSeguro, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Votorantim, Nubank e Midway.

Entre as principais queixas, os brasileiros citaram irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo e legitimidade de operações e serviços relacionados a cartões e aplicativos de internet banking.

Ademais, os consumidores citaram problemas com a oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado, reclamaram de golpes e transações não reconhecidas por titulares das contas, além de problemas relacionados ao Pix, às centrais de atendimento e com o recebimento de cobranças indevidas, conforme publicação do jornal O Tempo.

Diante disso, prossegue Leite, se os brasileiros possuem tantas reclamações contra as instituições bancárias do país, isso significa que a clientela internacional terá tantas, ou até mais, reclamações pelos mesmos motivos dos bancos brasileiros. “E nenhum banco brasileiro foi aprovado nesse critério, o que deixou as instituições fora da lista”.

Para mais informações, basta acessar: https://www.stla.com.br/

Fonte: Valor Globo

 

Valor de mercado dos bancos ainda é menor do que em 2019

Publicado em: 02/12/2022

Os quatro maiores bancos listados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) valem 62% do valor de mercado registrado em 2019. No fechamento de 4ª feira (24.nov.2022), a quantia era de R$ 590,6 bilhões contra R$ 951,9 bilhões no pré-pandemia.

O levantamento foi feito pelo analista Einar Rivero, da TradeMap, e enviado exclusivamente ao Poder360. Considera os números do BB (Banco do Brasil), Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil. Os valores são trimestrais, do 1º trimestre de 2010 até o fechamento de 4ª feira (24.nov.2022).

O valor de mercado nominal do 4º trimestre de 2019 foi o pico registrado na série histórica. De lá para cá, o mais próximo que os 4 maiores bancos fecharam foi no 4º trimestre de 2020, quando somaram R$ 796,1 bilhões em valor de mercado.

Desde o 4º trimestre de 2019, os bancos desvalorizaram R$ 361,3 bilhões, o que corresponde a uma queda de 38%. O valor de mercado das instituições caiu R$ 77,7 bilhões do 3º trimestre de 2022 até o fechamento de 22 de novembro.

RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO

O BB registrou o maior retorno sobre o patrimônio líquido entre os bancos do Brasil, Estados Unidos e das empresas do setor listadas em Nova York, segundo o levantamento. Foi de 19,68% em 12 meses até o 3º trimestre de 2022.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) é calculado pela divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido. Serve para medir o retorno total em ganho financeiro em relação ao patrimônio.

Ao considerar os 4 maiores bancos do Brasil, a mediana do retorno sobre o patrimônio líquido foi de 19,09%, o maior desde o 4º trimestre de 2019. Os dividendos e pagamento de juros de capital próprio dos bancos brasileiros caíram de R$ 12,8 bilhões no 3º trimestre de 2021 para R$ 8,8 bilhões no mesmo trimestre de 2022.

LUCRO DOS BANCOS

O lucro líquido nominal das instituições financeiras subiu 13,7% no 3º trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Mais de 33,4% do total foi do Banco do Brasil.

O Banco do Brasil registrou o maior lucro nominal da história entre os bancos de capital aberto do Brasil. Somou R$ 8,1 bilhões no 3º trimestre, alta de 75,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas o valor não entra no top 10 de maiores lucros líquidos reais –quando considerada a correção pela inflação. O recorde foi em 2013, também do Banco do Brasil. No 2º trimestre de 2013, teve lucro de R$ 12,8 bilhões, em valores corrigidos até setembro.

Fonte: Poder 360

Pix: veja o que muda com as novas regras do Banco Central

Publicado em:

O Banco Central anunciou mudanças nas regras do sistema de pagamento Pix. As alterações estão relacionadas aos limites de valor para transferências, além de ampliação de valores para Pix Saque e Pix Troco.

Segundo o Banco Central, as mudanças visam simplificar o uso do Pix e aprimorar a experiência dos usuários.

A sugestão para abolir o limite por operação foi feita no Fórum Pix de setembro, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O grupo entendeu que o valor máximo por transação era pouco efetivo.

As novas regras passam a valer a partir do dia 2 de janeiro.

Veja quais são as novas regras do Pix

Limites

Os bancos não são mais obrigados a impor um limite de valor por transação do Pix. A única obrigatoriedade é de um limite por tempo.

Ou seja, se um usuário tinha o limite de R$ 600 por transação e até R$ 1.200 por dia. Ele não precisa fazer duas transações caso queira enviar um valor maior que o limite. Será possível transferir os R$ 1.200 de uma vez só.

Serão mantidos os limites de valor por período, sendo diurno das 6h às 20h e noturno das 20h às 6h ou das 22h às 6h.

Alterações

As regras para mudanças de limites seguem as mesmas: pedidos para aumentar o limite devem ser autorizados entre 24h e 48h. Já para redução do limite, a aprovação é instantânea.
Horário

O período noturno também foi alterado. Os bancos agora podem oferecer a customização do horário noturno. Até então, o período era das 20h às 6h. Agora, o cliente poderá alterar para 22h às 6h.

Pix Saque e Pix Troco

O Banco Central aumentou o limite para retirada de dinheiro pelo Pix Saque e pelo Pix Troco.

Com isso, o limite durante o período diurno passa de R$ 500 para R$ 3 mil. Já durante a noite, o valor subiu de R$ 100 para R$ 1 mil

Aposentados e pensionistas

Também foi alterada a regulamentação para o pagamento de salários e benefícios previdenciários pelo governo. Agora, o Tesouro Nacional poderá pagar salários ao funcionalismo, aposentadorias e pensões por meio do Pix.

Fonte: Money Times

 

Liberação de R$ 4,1 bilhões esquecidos em bancos deve ficar para 2023

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A segunda fase do programa do BC (Banco Central) para sacar dinheiro esquecido em instituições financeiras ainda não tem previsão para começar. A consulta ao SVR (Sistema de Valores a Receber) estava prevista para ser retomada em 2 de maio, mas foi suspensa inicialmente por causa da greve dos servidores da instituição, que terminou em julho.

O BC afirma que as equipes técnicas da instituição estão promovendo melhorias no sistema. “O cronograma, a estimativa de valores e as demais informações sobre a nova etapa do SVR serão divulgados oportunamente, com a devida antecedência”, afirmou a autoridade monetária em nota.

A segunda etapa do programa tinha previsão de liberar R$ 4,1 bilhões a pessoas físicas e jurídicas de todo o país. Ao todo, a estimava era disponibilizar R$ 8 bilhões na economia por meio do SVR.

Na primeira fase, encerrada em abril, foram disponibilizados R$ 3,9 bilhões, mas apenas 8% (R$ 321 milhões) foram solicitados pela plataforma do BC, sendo R$ 306 milhões por pessoas físicas e R$ 15 milhões por empresas. No total, foram 3,6 milhões de pessoas físicas e 19 mil pessoas jurídicas.

Devolução

O dinheiro a ser devolvido vem de contas-correntes ou de poupança encerradas e não sacadas; cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.

Na segunda fase, deverão ser incluídas novas fontes de valores a receber: cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso; contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas e com saldo disponível e contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

Na nova etapa, para acessar o SVR, saber qual o valor disponível e solicitar sua transferência, o usuário vai precisar da conta gov.br nível prata ou ouro. Para criar uma conta gov.br ou redefinir a senha, é preciso acessar a página gov.br.

Na nova fase também serão tratadas as situações que envolvem questões legais, operacionais e tecnológicas mais específicas, como falecidos ou pessoas com dificuldade de obter conta gov.br nível prata ou ouro.

Segundo o BC, nessa nova fase do SVR não será necessário fazer agendamento para consulta e solicitação do resgate de recursos referentes a contas bancárias encerradas com saldo disponível ou em razão de tarifas cobradas indevidamente, por exemplo.

O que são os valores esquecidos?

O SVR (Sistema de Valores a Receber) mostra se você tem algum dinheiro a receber em bancos e em outras instituições. Na primeira fase do SVR, foi possível consultar valores de:

• Contas-correntes ou de poupança encerradas, com saldo disponível.

• Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC.

• Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito.

• Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
O que o sistema não mostra

• Ajustes de planos econômicos;

• Acordos ou valores sob disputa judicial;

• Instituições financeiras ou administradoras de consórcios liquidadas ou encerradas;
valores de abono salarial (PIS ou Pasep);

• Saldo em conta de FGTS;

• Contas abertas que estão sem movimentação;

• Contas sem identificação completa e que não foram recadastradas até dezembro de 1994.

Saiba mais em https://valoresareceber.bcb.gov.br.

Fonte: Portal R7

BC: lucro dos bancos chega a R$ 138 bilhões nos 12 meses encerrados em junho

Publicado em: 07/11/2022

O lucro líquido do sistema bancário foi de R$ 138 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2022, resultado 5% superior ao registrado em 2021 e 20% acima do observado nos 12 meses encerrados em junho de 2021. Os dados são do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quinta-feira, 3, pelo Banco Central (BC).

Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário atingiu 15,1% em 12 meses até junho de 2022, a mesma taxa registrada em dezembro do ano passado.

Segundo o BC, a rentabilidade do sistema bancário deve se manter resiliente, mas o cenário econômico marcado por condições financeiras restritivas e inflação elevada, exige atenção por parte das instituições.

O lucro líquido do sistema bancário foi de R$ 138 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2022, resultado 5% superior ao registrado em 2021 e 20% acima do observado nos 12 meses encerrados em junho de 2021. Os dados são do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quinta-feira, 3, pelo Banco Central (BC).

Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário atingiu 15,1% em 12 meses até junho de 2022, a mesma taxa registrada em dezembro do ano passado.

Segundo o BC, a rentabilidade do sistema bancário deve se manter resiliente, mas o cenário econômico marcado por condições financeiras restritivas e inflação elevada, exige atenção por parte das instituições.

A autoridade monetária ainda alertou que uma eventual piora da atividade econômica e deterioração da qualidade do crédito podem afetar os resultados dos bancos à frente.

Cenário global

O Banco Central no REF que o cenário global se deteriorou, mas o sistema financeiro das principais economias segue resiliente. Segundo o BC, há preocupações com a manutenção da política de covid-zero e a contração do mercado imobiliário na China, assim como com as consequências do conflito geopolítico para a inflação e para a economia da Europa.

“Entretanto, testes de estresse realizados pelas jurisdições indicam que o sistema financeiro global permanece preparado para suportar choques adicionais, o que minimiza a preocupação levantada na PEF Pesquisa de Estabilidade Financeira com cenário externo”, ponderou o BC no relatório.

Crédito

O Banco Central também mostrou que o crescimento do crédito amplo no Brasil continuou condizente com os fundamentos econômicos, mas alertou que a materialização do risco de crédito aumentou no primeiro semestre deste ano devido a concessões mais arriscadas nos períodos anteriores. As avaliações está contidas no Relatório de Estabilidade Financeira.

Segundo o BC, a materialização do risco para as famílias cresceu de forma relevante este ano no crédito não consignado, no cartão de crédito e no financiamento de veículos. Além disso, a autarquia afirmou que a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito piorou, mesmo diante da recuperação econômica e do aumento do emprego. “O cenário ainda é de renda das famílias cada vez mais comprometida com dívidas mais onerosas, como cartão de crédito e crédito não consignado.”

O BC destacou que o crédito não consignado permanece crescendo mais em operações de maior risco, sem garantia ou com garantia fidejussória. Em relação aos veículos, o órgão disse que ainda predomina o financiamento de usados, com prazos mais longos.

O lucro líquido do sistema bancário foi de R$ 138 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2022, resultado 5% superior ao registrado em 2021 e 20% acima do observado nos 12 meses encerrados em junho de 2021. Os dados são do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quinta-feira, 3, pelo Banco Central (BC).

Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário atingiu 15,1% em 12 meses até junho de 2022, a mesma taxa registrada em dezembro do ano passado.

Segundo o BC, a rentabilidade do sistema bancário deve se manter resiliente, mas o cenário econômico marcado por condições financeiras restritivas e inflação elevada, exige atenção por parte das instituições.

A autoridade monetária ainda alertou que uma eventual piora da atividade econômica e deterioração da qualidade do crédito podem afetar os resultados dos bancos à frente.

Cenário global

O Banco Central no REF que o cenário global se deteriorou, mas o sistema financeiro das principais economias segue resiliente. Segundo o BC, há preocupações com a manutenção da política de covid-zero e a contração do mercado imobiliário na China, assim como com as consequências do conflito geopolítico para a inflação e para a economia da Europa.

“Entretanto, testes de estresse realizados pelas jurisdições indicam que o sistema financeiro global permanece preparado para suportar choques adicionais, o que minimiza a preocupação levantada na PEF Pesquisa de Estabilidade Financeira com cenário externo”, ponderou o BC no relatório.

Crédito

O Banco Central também mostrou que o crescimento do crédito amplo no Brasil continuou condizente com os fundamentos econômicos, mas alertou que a materialização do risco de crédito aumentou no primeiro semestre deste ano devido a concessões mais arriscadas nos períodos anteriores. As avaliações está contidas no Relatório de Estabilidade Financeira.

Segundo o BC, a materialização do risco para as famílias cresceu de forma relevante este ano no crédito não consignado, no cartão de crédito e no financiamento de veículos. Além disso, a autarquia afirmou que a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito piorou, mesmo diante da recuperação econômica e do aumento do emprego. “O cenário ainda é de renda das famílias cada vez mais comprometida com dívidas mais onerosas, como cartão de crédito e crédito não consignado.”

O BC destacou que o crédito não consignado permanece crescendo mais em operações de maior risco, sem garantia ou com garantia fidejussória. Em relação aos veículos, o órgão disse que ainda predomina o financiamento de usados, com prazos mais longos.

“Nesse sentido, cresce a preocupação com o efeito de eventual frustração da atividade econômica sobre a materialização do risco de crédito. Diante de tal quadro, o Comef (Comitê de Estabilidade Financeira) reiteradamente tem avaliado ser importante as IFs continuarem preservando a qualidade das concessões”, explicou.

O órgão também disse que os ativos problemáticos (APs) das microempresas aumentaram, apesar do forte crescimento da carteira. “O apetite ao risco das IFs seguiu elevado no crédito para microempresas e para famílias. A estimativa da qualidade das contratações para as microempresas ao longo do primeiro semestre manteve-se em nível inferior à dos períodos anteriores”, disse o BC.

Índice de Liquidez

O Índice de Liquidez (IL) do Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 2,2 em dezembro do ano passado para 1,9 em junho de 2022, conforme a mediana divulgada no Relatório de Estabilidade Financeira.

Esse indicador é usado para avaliar a capacidade de pagamento de instituições financeiras em relação a suas obrigações. Ele representa a relação entre os ativos mais líquidos do sistema bancário e a honra de seus compromissos em um prazo de 30 dias. Quanto maior o número, mais confortável é a situação de liquidez dos bancos.

Já o Índice de Liquidez Estrutural (ILE) não foi atualizado no REF. A última informação disponível é a de dezembro de 2021, quando chegou a 1,3, considerando a mediana. O desejável é ter um índice perto ou acima de 1, já que esse termômetro serve para verificar quanto as instituições possuem de recursos estáveis em seus passivos para fazer frente a um ativo de mais longo prazo – seja ele crédito, investimento ou participação societária, entre outros.

Fonte: Infomoney

Artigo: O que as pessoas reclamam sobre os bancos?

Publicado em:

Wilson Fernandes Negrão*

Sabemos que os bancos estão sujeitos a uma série de regras e regulamentações, mas, não é fácil para os clientes saberem quais são essas regras e como elas se aplicam a eles.

Diante disso, surgem situações em que os consumidores, lesados ou frustrados abrem reclamações perante estas instituições. Pois bem, neste artigo, serão abordadas as principais reclamações dos consumidores contra os bancos, a seguir:

Atendimento ao cliente

Liderando a lista de reclamações, o Atendimento ao Cliente é a líder dentre as reclamações, sendo que, os principais motivos de reclamação são

  • A demora na solução de problemas
  • A falta de informações claras
  • O atendimento ruim
  • A falta de transparência nos serviços prestados pelos bancos
  • As altas taxas cobradas pelas instituições

Recomenda-se que, para evitar problemas com o atendimento, seja realizada pesquisa prévia antes de escolher um banco para realizar operações e estar atento às taxas cobradas pelo banco e ler com atenção todos os documentos assinados.

Problemas com cartões de crédito e débito

Segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o número de cartões em circulação no país ultrapassou a marca dos milhões em 2017.

Mas, o quão convenientes eles são, eles causam em problemas aos seus usuários, consumidores reclamam principalmente por:

  • cobranças indevidas
  • taxas abusivas
  • problemas na utilização do cartão

Seja pela tarifa de “manutenção” (cobrada anualmente pelo simples fato de o cliente possuir um cartão, mesmo que não utilizado) ou pela tarifa de “emissão”, que é cobrada quando o cliente solicita um novo cartão, mesmo que estejam sendo emitidos para substituir um cartão já existente e que não está vencido ou pelas taxas abusivas, os consumidores também reclamam dos problemas na utilização do cartão.

Muitos relataram ter tido seus cartões bloqueados sem motivo aparente ou ter sido impedidos de realizar determinadas operações mesmo dentro do limite. Outro problema bastante comum é o atraso na liberação do crédito nas compras parceladas, o que pode causar muitos transtornos aos consumidores.

Para evitar esses problemas, é importante ficar atento às condições estabelecidas pelo banco no contrato do cartão e verificar regularmente sua fatura para verificar se há alguma cobrança indevida. Além disso, caso tenha algum problema com o seu cartão, não hesite em entrar em contato com o banco para solicitar uma solução.

Cobrança de tarifas abusivas e enganosas

Os bancos, inúmeras vezes, cobram tarifas abusivas e enganosas aos seus clientes, o que acaba encarecendo o custo total dos produtos financeiros. Além disso, os bancos recebem milhares de reclamações por supostamente enganar seus clientes quanto às informações claras a respeito das taxas cobradas, às vezes omitindo informações importantes e não dando as devidas explicações sobre os custos envolvidos.

Falha na aprovação de empréstimos

Mesmo quando cumprem todos os requisitos, os consumidores não conseguem a aprovação de empréstimos e quando conseguem os juros estão altíssimos, o que pode custar-lhes mais dinheiro no longo prazo. Isso é muito mais comum do que parece e pode ter um plano de fundo claro (Registrato)

Oposição à mudança de banco

A portabilidade de conta bancária é um processo que pode ser realizado pelo consumidor para transferir a titularidade da sua conta para outro banco. No entanto, muitos consumidores têm reclamado que esse processo é burocrático e difícil de ser realizado.

Falta de transparência nas comissões bancárias

A falta de informações claras infelizmente é comum nas operações envolvendo bancos, seja pela necessidade que as coisas aconteçam rápido por conta das metas, seja por qual motivo for, fato é que os bancos pecam muito nesse ponto e os maiores prejudicados são os consumidores. Dessa forma os bancos são acusados rotineiramente de não serem transparentes ou de não dar as devidas explicações e informações sobre as taxas e tarifas cobradas aos seus clientes.

*É advogado especialista em Direito Bancário, sócio fundador da Fernandes e Fernandes Advocacia Especializada

Fonte: Migalhas

 

Agências fechando, Pix e menos dinheiro na rua: este é o fim dos bancos?

Publicado em: 24/10/2022

A soma dos ativos dos cinco maiores bancos brasileiros chega a superar todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país e, durante a crise econômica que se instalou na pandemia e quebrou centenas de milhares de empresas, as instituições financeiras bateram um recorde de lucro. Com toda essa pujança, o futuro dos bancos não parece ser de ruína tão cedo, mas o mercado financeiro passa por uma revolução que está mudando profundamente a atuação deles e altera de vez a relação dos clientes com essas instituições, avaliam especialistas. O caminho adiante, apontam eles, é de cada vez mais pessoas com contas bancárias, menos agências nas ruas e uma transformação do que significa ser bancário.

Ano a ano, o número de brasileiros “bancarizados”, pessoas que têm acesso ao sistema financeiro de alguma forma, só aumenta. Desde o final de 2016 até julho de 2022, 37,8 milhões de brasileiros abriram uma conta ou tiveram alguma relação com uma instituição financeira, um aumento de 25,7%. Na pandemia, o movimento ganhou tração, impulsionado pela distribuição do Auxílio Emergencial, e, desde o final de 2019, foram 20,1 milhões novos “bancarizados”, crescimento de 12,2%.

Mas, como quem anda pelas ruas de Belo Horizonte percebeu nos últimos anos, isso não quer dizer que tenha havido um “boom” de abertura de agências bancárias na cidade. Pelo contrário: o Sindicato dos Bancários de BH e Região registrou o fechamento de pelo menos 24 agências desde o começo da pandemia. Desde 2016 até julho de 2022, o Brasil perdeu 5.199 agências — só em Minas Gerais, foram 516.

O economista e professor da Fundação Dom Cabral Paulo Bretas enfatiza que isso não quer dizer que os bancos estejam em decadência. “Os bancos fecharam milhares de agências porque têm que ser cada vez mais lucrativos. A cada vez que surge uma crise, eles têm que continuar pensando em formas de lucrar. Hoje caminham para não precisar de toda essa estrutura. Em um futuro bem próximo, os bancos físicos se tornarão apenas uma boutique de aplicação e dinheiro e de crédito”, pondera. O Banco do Brasil, por exemplo, perdeu 373 agências no país desde o final de 2019.

Na contramão do fechamento de agências, o Sicoob aposta em pontos físicos e abriu 181 pontos de atendimento em Minas Gerais desde 2019. “As cooperativas são empreendimentos de proximidade, e não de distância. Elas são territorialmente engajadas e utilizam a tecnologia como ferramenta de apoio. Só é possível levar impactos positivos relevantes para as comunidades se houver atuação presencial; diálogo com lideranças locais; percepção clara das necessidades dos cidadãos e empreendedores, bem como envolvimento efetivo de suas lideranças e de seus executivos em eventos da localidade”, pontua o diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais, Ênio Meinen.

Especializado no nicho de clientes com mais de 50 anos, o Mercantil do Brasil também continua a privilegiar as agências bancárias. “Esse público está digitalizado, mas não quer usar o app como todo mundo. Quer, sim, nos termos dele. Ele gosta de operar no WhatsApp, então por que não ser o banco que trabalha com ele nesse canal? Em vez de ensiná-lo a operar no meu canal, opero no dele. O cliente está mais exigente e não está fazendo comparações só entre bancos, mas compara a experiência de ver um filme na Netflix a contratar um crédito, ver a quantidade de músicas que ouviu no ano no aplicativo a conferir o extrato bancário”, elabora o diretor de Clientes e Crescimento do Mercantil do Brasil, Bruno Simões.

O Santander também afirma que, em 2021, abriu 120 lojas e que, em 2022, pretende abrir outras 70. “De 2019 a 2022, o banco registrou um crescimento de 56% no número de clientes que acessam algum canal digital. Isso trouxe mais eficiência e comodidade aos consumidores, permitindo a readequação da rede de agências, abrindo espaço para a ampliação do atendimento remoto e da presença física do Banco no interior do Brasil”, justifica.

Bancos que se tornam lojas e lojas que se tornam “bancos”

A digitalização dos bancos também leva as instituições a irem além da conta corrente e estar mais presente na vida dos clientes. Hoje, um dos principais investimentos do Inter, por exemplo, é o Inter Shop, uma plataforma de compras online do banco. Mesmo quem não é correntista pode acessar o site para ganhar cashback (quando parte do valor gasto em uma compra volta para a conta do consumidor) em lojas como Magazine Luiza e iPlace. “Outras instituições estão caminhando nessa direção”, pontua o superintendente de Conta Digital do Inter, Eduardo Cotta.

Paralelamente, outras empresas se movimentam em um sentido similar. O grupo das Lojas Americanas, por exemplo, trabalha com o Ame Digital, uma carteira digital que permite carregar dinheiro para comprar diretamente na plataforma, também com cashback.

Educação financeira é responsabilidade dos bancos, avalia professor

O aumento de pessoas “bancarizadas” só se traduzirá efetivamente em uma democratização do acesso aos bancos se houver educação financeira, pontua o economista e professor da Fundação Dom Cabral Paulo Bretas. “Os bancos precisam entender que existe um papel educativo para a população que é uma preocupação muito grande do Banco Central. É uma função social de qualquer banco, especialmente o brasileiro, que ganha muito com a aplicação de títulos públicos. Eles deveriam cumprir essa função com muito mais força responsabilidade”, diz.

Além de blogs e distribuição de conteúdo, que já se tornaram um padrão para os bancos, Bretas sugere investimentos e parceria com o setor público para reforçar a educação financeira nas escolas. “É preciso educar a população financeiramente para o mundo novo de sistemas financeiros, que já chegou”, finaliza.

Fonte: O Tempo

 

Bancos com mulheres em cargos de gestão são mais verdes

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Mais diversos e mais verdes: os bancos que possuem um número maior de mulheres em suas diretorias e cargos de liderança também têm maiores preocupações com o meio ambiente – e fazem menos empréstimos para empresas poluentes.

Foi o que revelou um novo estudo do Banco Central Europeu (BCE), que analisou os dados de empréstimos feitos por bancos na Zona do Euro em 2019. Eles dividiram as instituições em dois grupos: as diversas, em que mais de 37% dos cargos de diretoria eram ocupados por mulheres, e as pouco diversas, em que esse percentual é menor.

Os resultados mostraram que os bancos com maior presença feminina em seus conselhos emprestaram cerca de 10% menos para empresas com histórico negativo de poluição, enquanto instituições menos diversas são mais amigáveis com negócios poluentes.

A pesquisa se soma a uma série de evidências de que mulheres dão mais importância do que homens a temas de longo prazo e impacto social amplo, como mudanças climáticas – e que elas são capazes de gerar mudanças perceptíveis na tomada de decisões quando ocupam cargos de liderança em empresas, bancos e até governos.

Sim, governos: o estudo também mostrou que o impacto ambiental positivo gerado pela diversidade de gênero nos bancos é maior quando eles estão localizados em países com maior representação feminina na política (como os do norte da Europa, em oposição aos do sul). Ou seja: o benefício ecológico combinado de mulheres na política e no sistema bancário é maior que o de mulheres apenas no sistema bancário.

Fonte: Você SA

Quatro maiores bancos reduziram participação em 2021, diz BC

Publicado em: 09/10/2022

Indicadores do Banco Central apontam para uma gradual redução da concentração bancária no Brasil, o que a autarquia atribui à entrada de novos participantes, embora as quatro maiores instituições financeiras do país ainda respondam por mais da metade da fatia de mercado.

Os dados fazem parte do Relatório de Economia Bancária, divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira (6). Segundo o relatório, os quatro maiores bancos do país são Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC3 e BBDC4) e Itaú (ITUB3 e ITUB4).

O volume de ativos dessas quatro instituições representou 56% do total do sistema financeiro nacional em 2021, abaixo dos 57,3% do ano anterior – em 2019 estava em 60%.

Também houve queda nos depósitos totais desses bancos. Reunidos, os quatro representaram 67,2% da fatia de mercado em 2019, 62,7% em 2020 e 60,1% em 2021.

O volume de operações de crédito também mostra uma tendência de recuo. A participação dos quatro maiores bancos nesse segmento foi de 60,6% em 2019 para 59,4% em 2020 e 59,3% em 2021.

“O fato de que a concentração nos mercados de crédito se reduziu significativamente reflete a política pública perseguida pelo Banco Central nos últimos anos, que incentiva uma maior digitalização dos meios de pagamento e modelos de negócio inovadores”, disse o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Gomes, citando a entrada de novos participantes no mercado, como fintechs.

De acordo com o relatório do BC, esse movimento ocorreu a despeito de, em 2021, terem sido avaliados 12 atos de concentração. Entre as operações mencionadas pela autoridade monetária, estão a compra de participação da XP (XPBR31) pelo Itaú e a aquisição, pelo BTG Pactual (BPAC11), de ações do Banco Pan (BPAN4) detidas pela Caixa.

Avaliando recortes mais específicos, Gomes ressaltou que houve um aumento da participação das cooperativas no período, de 4,3% para 6,1% das operações de crédito entre 2019 e 2021.

Também foi observado um aumento da fatia de empréstimos concedidos por bancos privados, de 52,4% para 56,5%. As operações feitas pelas instituições com controle de capital público recuaram de 47,6% para 43,5%.

No relatório, o BC mudou sua metodologia, deixando de avaliar a concentração a partir de dados dos cinco maiores bancos, grupo que também incluía o Santander. Gomes afirmou que a mudança segue padrões internacionais e não altera a conclusão do documento.

Fonte: Invest News

Concentração de bancos cai no Brasil, mas custo do crédito cresce

Publicado em:

A concentração do mercado bancário no Brasil caiu no ano passado, e a inadimplência e o custo do crédito subiram um pouco. Já o total de empréstimos realizados cresceu 18% em 2021, maior taxa de crescimento da série histórica iniciada em 2011.

Segundo o diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, a inflação e o aumento da atividade econômica explicam esse crescimento. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (06), no Relatório da Economia Bancária, produzido pelo Banco Central.

O documento destacou ainda que a concentração do mercado bancário do país caiu de 77% para 76% entre 2020 e 2021. Ou seja, os cinco maiores bancos do país, Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander, concentravam 76% dos ativos do mercado financeiro nacional em dezembro do ano passado.

O professor de economia da Universidade de Brasília, César Bergo, explica que a redução da concentração do sistema bancário é resultado do crescimento dos bancos digitais.

Em 2021, a inadimplência cresceu 0,2 ponto percentual, chegando a 2,3%. O economista César Bergo opina que esse ainda é um aumento moderado e está em níveis históricos baixos.

O aumento da inadimplência e da taxa básica de juros, a Selic, ao longo do ano passado, também elevaram o custo de crédito no país de 16% ao ano, em 2020, para 18% ao ano, em dezembro de 2021.

Fonte: Agência Brasil

Eleições não turvam visão sobre BB; por que analistas recomendam a ação?

Publicado em: 03/10/2022

Anos de eleições costumam pressionar ações de empresas estatais, mas 2022 tem se mostrado uma exceção até agora. Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3) não só acumulam valorização no ano, como a alta de seus papéis é forte – respectivamente, +56,28% e +43,65%.

No caso do BB, analistas continuam construtivos com a tese de investimento da companhia, que recentemente realizou seu evento anual com investidores.

Apesar das incertezas envolvendo o cenário político brasileiro, o Safra destaca, em relatório divulgado na semana, que o banco possui decisões colegiadas e acionistas minoritários, além da obrigatoriedade de os diretores estatutários serem de dentro da instituição.

Na avaliação do Safra, as perspectivas para 2022 e 2023 pendem mais para o lado otimista, com a inadimplência devendo se manter controlada no curto prazo, apesar da possibilidade de ligeira deterioração nos próximos trimestres.

“Estruturalmente, a inadimplência não é nossa grande preocupação quando olhamos para o Banco do Brasil, dado seu mix de crédito com posicionamento ainda muito defensivo, apesar da recente movimentação para linhas mais arriscadas no segmento de pessoas físicas, devido à alta parcela do agronegócio e corporativo”, afirma. “Além disso, o BB possui um índice de cobertura confortável (271% no segundo trimestre de 2022)”, completa o Safra.

A equipe de análise da instituição ainda diz que, no quesito controle de despesas, o banco segue “fazendo a lição de casa”, com boas perspectivas de melhoria de eficiência.

Iniciativas digitais

O BB tem se empenhado em repaginar suas operações, mostrando avanço em sua agenda digital, mas sem deixar de lado o modelo físico. A estratégia “figital” do banco reflete a entrega de produtos e serviços digitais, seja no aplicativo ou por modelos de análise de dados na cessão de crédito, afirma o Inter Research, que também participou do Investor Day.

“Além disso, ressaltamos que o BB, desde a implementação do Pix, tem orientado todos os novos processos em nuvem, priorizando a eficiência deste modelo nos sistemas e no Open Finance. O banco tem liderado a adoção e desenvolvimento no país, utilizando um modelo com 100% da arquitetura de dados organizada e disponível em ambiente big data”, acrescenta.

O Inter acrescenta que, como reflexo do Open Banking, o BB lançou o “Minhas Finanças Multibanco”, com cerca de R$ 8 bilhões em saldos consolidados com outros bancos, resultando em uma oferta totalmente personalizada para cerca de 90% dos clientes que disponibilizaram seus dados.

Ainda descontada

Apesar da valorização em 2022, as ações do Banco do Brasil continuam atrativas, na opinião do Safra.

Analistas destacam que o banco está rodando com “um grande desconto” em comparação com seus pares (3,8 vezes P/L (preço sobre lucro para 2023 vs. aproximadamente 7 vezes da média dos principais pares privados) e com sua média histórica de 10 anos (de 6,4 vezes).

Outro aspecto positivo levantado pelo Safra é o dividend yield (rendimento do dividendo).

“Esperamos que o BB distribua um dividend yield de 9,7% e 12,7% para 2022 e 2023, respectivamente”, afirma.

O Inter diz que o Banco do Brasil tem apresentado resultados “surpreendentes” em 2022, o que levou o ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) a um nível semelhante a dos pares privados.

O Inter ressalta, no entanto, que o BB tem buscado alavancar mais seu resultado com um mix de carteira mais rentável, o que deve elevar a inadimplência.

“Por isso, entendemos que para o longo prazo, caso o banco continue crescendo em linhas de crédito mais arriscadas, podemos ver um reflexo de maior margem financeira, que é suportada pelo alto indicador de cobertura do banco e a boa qualidade geral da carteira”, comenta a instituição.

O Inter tem recomendação de compra para o nome, com preço-alvo ao fim de 2023 de R$ 54 ao fim de 2022.

Fonte: Money Times

Bancos que se digitalizaram antes da pandemia emprestaram mais, diz BC

Publicado em:

Os bancos que se digitalizaram antes da pandemia de covid-19 conseguiram emprestar mais na fase aguda da crise sanitária. A conclusão consta de estudo divulgado pelo Banco Central (BC).

De acordo com a pesquisa, que integra o Relatório de Economia Bancária, os bancos que mais investiram em tecnologia da informação conseguiram lidar melhor com o aumento de custos durante a pandemia. As instituições que se prepararam tecnologicamente, segundo o estudo, conseguiram melhorar de posição no mercado bancário, ao aumentarem a clientela que deixou de ser atendida presencialmente.

“Bancos que mais investiram em TI [tecnologia da informação] antes da pandemia conseguem ajustar melhor seus custos locais totais. Adicionalmente, aumentaram relativamente o número de clientes residentes fora da localidade da agência e o volume de concessão de crédito”, destacou o Banco Central.

Para o BC, as instituições financeiras que modernizaram os canais digitais de atendimento diminuíram os efeitos do encarecimento do custo marginal após o início da pandemia. “Esse resultado possivelmente se deve a esses bancos possuírem sistemas mais desenvolvidos e canais digitais mais confiáveis, facilitando que suas agências expandissem sua atuação para os mercados de crédito fora de sua localização”, acrescentou o BC.

Segundo o relatório, a expansão do atendimento compensou a alta dos custos de concessão de crédito provocada pela pandemia. “É razoável supor que a flexibilização conferida por investimentos em TI não se limita a custos. Bancos mais digitalizados geram maior conveniência e possibilitam a clientes a manutenção do canal financeiro de forma eletrônica, independentemente da localidade de acesso”, ressaltou a pesquisa.

Apesar de a crise sanitária impulsionar a digitalização do sistema financeiro, o BC destacou que esse processo ocorria antes da pandemia. “Com a introdução de medidas de saúde pública desencorajando contatos pessoais, esse processo se acelerou tanto no setor financeiro quanto no real”, concluiu o BC.

No próximo dia 6 de outubro, o BC divulgará a íntegra do Relatório de Economia Bancária.

Fonte: Agência Brasil

Brasil perde 5,8 mil agências bancárias em 7 anos; cooperativas dobram

Publicado em: 26/09/2022

O número de agências bancárias no Brasil atingiu um pico em março de 2015, com 23.154 unidades. Desde então, vem caindo de maneira praticamente ininterrupta até os dias de hoje. O dado mais recente do Banco Central, de julho, mostra que atualmente existem 17.348 agências no país, uma queda de 5.806 desde o pico, ou 25,1%. Enquanto isso, as unidades das cooperativas de crédito dobraram nesse período.

Há sete anos, as maiores redes de agências eram de: Banco do Brasil (BBAS3) (5.544), Bradesco (BBDC4) (4.654), Itaú (ITUB3; ITUB4) (3.847), Caixa (3.401) e Santander (SANB3;SANB4;SANB11) (2.641). Hoje os líderes são BB (3.984), Caixa (3.372), Bradesco (2.910), Itaú (2.617) e Santander (2.575).

Além das agências, existem atualmente no país 11.858 postos de atendimento (PA) físicos. Em março de 2015, eram 10.474, ou seja, houve uma alta de 1.384 (ou 13,2%).

Os PAs são estruturas mais simples, subordinados a uma agência, e que não contam, por exemplo, com serviços como câmbio, operações de tesouraria, fundos de investimentos para clientes qualificados, entre outros. Além disso, muitos não são abertos ao público geral, são pontos de atendimento dentro de determinadas empresas, repartições públicas, universidades, etc, destinados única e exclusivamente aos membros daquela instituição.

Com o avanço da tecnologia e a digitalização dos serviços financeiros – impulsionada pela pandemia – os grandes bancos vêm fechando agências, aproveitando a queda na demanda por atendimento físico para reduzir gastos. Muitas são transformadas em PAs, que por ter uma estrutura menor – como não lidam com numerário, não precisam de cofre, porta giratória, entre outras coisas – exigem gastos bem inferiores.

Enquanto isso, as cooperativas vêm ampliando o atendimento presencial. Por não serem bancos, elas não têm agências. As unidades são chamadas de postos de atendimento cooperativo (PAC). Hoje, são 8.593 PACs, de 4.312 em março de 2015, uma diferença de 4.281 (alta de 99,3%).

A maior rede de PACs é do Sicoob, com 4.018 unidades. Desde 2020, o Sicoob já abriu 690 postos e deve entregar mais 100 ainda este ano. “O cooperativismo financeiro é um movimento essencialmente de lugar e proximidade, que preza pelo atendimento humanizado, até porque nas cooperativas as pessoas, por definição, são mais importantes que o capital, e o lucro não faz parte dos objetivos. Como o usuário dos serviços é também o dono da organização, suas expectativas e preferências sobre acolhimento e tratamento devem ser atendidas sem restrições”, diz Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob.

Fonte: Valor Investe

 

Publicada lei que eleva CSLL de bancos e corretoras até dezembro

Publicado em: 09/09/2022

O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 5 de setembro, publica lei que eleva em um ponto porcentual a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras. Com o aumento, que tem vigência temporária de 1º de agosto a 31 de dezembro de 2022, a CSLL passará de 20% para 21% para bancos e de 15% para 16% para corretoras de câmbio e companhias de seguro e de capitalização.

A mudança foi objeto de medida provisória editada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em abril. Como o texto não sofreu alteração durante a tramitação no Poder Legislativo, foi apenas promulgado pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, sem precisar de sanção presidencial.

Quando da edição, o governo informou que a MP traria um aumento de arrecadação de R$ 244,1 milhões neste ano, o que garantiria compensar a renúncia de Refis aberto pelo governo para parcelamento de débitos tributários de Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenas empresas.

Fonte: Infomoney

 

54% dos bancos no Brasil querem aumentar investimento em cibersegurança

Publicado em:

*Juan Alejandro Aguirre

Com o avanço da tecnologia e o aumento da complexidade de ataques cibernéticos, principalmente os no formato de ransomware, vemos cada vez mais organizações do setor financeiro trabalhando para proteger suas informações, bem como as dos clientes. Prova desse movimento é o dado da pesquisa da Febraban de Tecnologia Bancária 2022, de que 54% dos bancos participantes estão buscando aumentar seus investimentos em cibersegurança na infraestrutura tecnológica. Além disso, 42% prevêem investimentos em tecnologia de prevenção a ameaças cibernéticas e 38% em segurança da nuvem para este ano.

Para fornecer novos insights sobre esses ataques de ransomware, a Sophos, empresa na qual trabalho, publicou o relatório “The State of Ransomware in Financial Services 2022”, que também discute as causas, custos, recuperação e pagamentos de resgate que atingiram as empresas do setor financeiro no último ano. A pesquisa, que reúne incidentes de ransomware enfrentados por profissionais de TI em diversos setores em 31 países, contou com a participação de 5.600 pessoas, das quais 444 trabalham no setor de serviços financeiros e em empresas com entre 100 e 5.000 funcionários.

Entre os achados, o estudo revelou um ambiente de ataque cada vez mais desafiador para essas organizações, dada a crescente carga financeira e operacional que o ransomware vem impondo ao setor financeiro. Além disso, o documento também esclarece a relação entre o ransomware e o seguro cibernético, incluindo o papel que esse tipo de proteção vem desempenhando para tentar fortalecer as formas de se defender desses incidentes.

É importante que as companhias atuantes no segmento estejam atentas ao cenário de ameaças cibernéticas, seja por fontes de notícias ou estudos de mercado, como o da própria Sophos; e que saibam se proteger caso sofram algum tipo de ataque. Para dar mais contexto sobre o momento atual, temos algumas das principais conclusões do “The State of Ransomware in Financial Services 2022”, como:

  • Os ataques de ransomware a serviços financeiros aumentaram no último ano: 55% das organizações foram afetadas em 2021, contra 34% em 2020;
  • Os serviços financeiros registraram a segunda menor taxa de criptografia de dados, com 54%. A média mundial foi de 65%;
  • 52% das organizações de serviços financeiros pagaram o resgate para restaurar os dados, dobrando o número do ano anterior de 25% – e acima da média global de 46%;
  • A quantidade de dados restaurados por companhias do setor financeiro permaneceu constante, em 63%, ao longo de 2020 e 2021 – a média global é de 61%. Entretanto, a porcentagem de organizações do setor que recuperaram todos os seus dados criptografados aumentou para 4% em 2021.
  • O custo médio de remediação para as empresas do setor financeiro foi de US$1,59 milhão, superior à média de US$1,4 milhão para todos os setores;
  • 83% das organizações do setor relataram ter cobertura de seguro cibernético contra ransomware, o que está alinhado à média global;
  • O seguro cibernético está levando os serviços financeiros a melhorar as defesas: 98% das organizações do setor financeiro melhoraram sua capacidade de cibersegurança para garantir a cobertura.

A taxa crescente de incidentes de ransomware no setor de finanças demonstra que os cibercriminosos se tornaram consideravelmente mais capazes de executar ataques em escala ao implantar com sucesso o modelo de Ransomware-as-a-Service (RaaS). Diante disso, a maioria das organizações do setor está optando por reduzir o risco financeiro associado a esses tipos de ataques, por meio da aquisição de um seguro cibernético.

Nesse contexto, é fundamental que as organizações saibam que as seguradoras que oferecem esse tipo de cobertura pagam por alguns dos custos em quase todos os sinistros. No entanto, o setor tem uma das menores taxas de pagamento de resgate por parte de seguradoras e está se tornando cada vez mais difícil para as organizações, especialmente no setor financeiro, garantir a cobertura. Isso levou quase todas elas a fazer alterações em suas políticas de segurança para melhorar a posição quanto ao seguro cibernético.

Para ajudar as companhias do setor, há algumas dicas para se proteger de ataques de ransomware e incidentes cibernéticos relacionados. A primeira delas é a instalação e manutenção de defesas de alta qualidade em todos os pontos da organização. É fundamental revisar os controles de segurança constantemente e certificar-se de que eles estão atendendo a todas as necessidades da companhia.

Outro ponto que sempre faz a diferença é procurar proativamente por possíveis ameaças para identificar e conter os cibercriminosos antes que eles possam executar o ataque. E, caso a equipe não disponha de tempo ou habilidades para fazer isso internamente, é extremamente recomendada a terceirização para um especialista em Detecção e Resposta Gerenciada (MDR).

Muitas companhias, infelizmente, acreditam que nunca serão atingidas por esse tipo de ataque, porém, é fundamental que todas estejam preparadas para o pior, pois somente assim é que saberão o que fazer no caso de um incidente cibernético. Tendo isso em mente, é mais fácil que todos entendam a importância da realização de backups e práticas de restauração para que a organização possa voltar a funcionar o mais rapidamente possível, com o mínimo de interrupção.

Assim, a principal mensagem é de que as organizações fortaleçam todo seu ambiente de TI. Dessa forma, será possível buscar e fechar as principais lacunas de segurança, que podem variar de dispositivos desatualizados a máquinas desprotegidas e portas RDP abertas, entre outras. Essas práticas são recomendadas para organizações de todos os setores e tamanhos, inclusive para a área financeira, que tem grande influência na economia do país.

*É gerente Sênior de Engenharia de Vendas da Sophos América Latina

Fonte: Yahoo