Projeto que libera abertura de bancos aos finais de semana volta a tramitar

Publicado em: 18/08/2023

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) se reuniram na segunda-feira (15) com o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT/AL), para tratar sobre o PL 1043/2019, que obriga os bancos a abrir as agências aos sábados, das 9h às 14h, e aos domingos, das 9h às 13h. O deputado Paulão é o novo relator do projeto.

“Trouxemos nossas preocupações e posicionamentos ao deputado e mostramos porque defendemos o arquivamento deste projeto”, disse o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável da Confederação pelo acompanhamento das pautas de interesse dos trabalhadores em tramitação no Congresso Nacional. “Trata-se de um projeto pernicioso, que pode aumentar ainda mais a pressão por metas e o assédio sobre a categoria bancária, e, consequentemente, gerar ainda mais adoecimento de trabalhadores, que já sofre demais com as cobranças abusivas”, completou, ao lembrar que para a abertura em casos excepcionais, como feiras e eventos de negócios, ou situações emergenciais, são realizados acordos específicos para que bancários possam trabalhar em dias não úteis, sem que haja alteração na jornada de toda a categoria.

Jefão explicou ainda que a jornada da categoria é reduzida para que haja tempo de relaxamento para os trabalhadores, que desempenham suas tarefas em constante pressão, seja devido a cobrança abusiva de metas pelos gestores, seja porque manipulam grandes quantidades de recursos financeiros, o que gera sensação de insegurança e medo de assaltos. “A categoria é a que tem maior índice de afastamentos para tratamento de saúde, sendo os transtornos mentais o mal de maior incidência”, disse.

Segundo o autor da proposta, deputado David Soares (DEM/SP), o horário de funcionamento das agências, hoje, se sobrepõe à jornada de trabalho da maioria da população, sendo necessária a abertura das agências nos finais de semana.

O diretor de Administração e Finanças da Fenae, Marcos Saraiva, o Marcão, contesta a argumentação do autor do projeto e explica que a digitalização do setor bancário e o aumento das transações digitais é uma realidade que contempla a necessidade da população. E ressalta os prejuízos aos trabalhadores.

“Se o objetivo é melhorar o atendimento à população, deveria aumentar as contratações, colocar mais bancários nas agências. Na nossa opinião, a intenção da proposta é atender o interesse do mercado financeiro e aumentar ainda mais o lucro dos bancos em detrimento da saúde dos trabalhadores”, enfatizou Marcão.
Luta antiga

Desde 2019, quando o autor do projeto, apresentou a proposta, o movimento sindical bancário vem lutando contra sua aprovação, o que levou à retirada de pauta diversas vezes. “Queremos mais do que a retirada de pauta, queremos o arquivamento definitivo”, disse Jefão.

O dirigente da Contraf-CUT lembra, no entanto, que antes mesmo do PL 1043/2019, já houve diversas tentativas de aprovação de leis que autorizam a abertura dos bancos aos finais de semana.

Fonte: Contraf-CUT

Bancos lançam contas internacionais e oferecem cartões de débito e crédito especiais

Publicado em: 10/08/2023

Com o crescimento da utilização dos aplicativos bancários e das contas digitais, os maiores bancos brasileiros estão lançando ou incrementando o mercado de contas internacionais dos clientes, com acesso a cartões de débito ou crédito que podem ser usados para compras em diversos países. Confira abaixo as condições oferecidas:

Bradesco

O Bradesco, que já oferecia a possibilidade a um grupo de clientes, agora expandiu a iniciativa e estendeu a alternativa para todos. De acordo com o banco, a conta global do Bradesco já está disponível para todos os clientes, e pode ser aberta no próprio app do Bradesco, sem a necessidade de baixar aplicativos.

A My Account oferece, gratuitamente, um cartão de débito de bandeira Visa — válido em mais de 200 países e territórios — para saques em ATMs nas moedas locais e compras de produtos e serviços no exterior por meio da função débito em conta. O cliente poderá também comprar dólar baseado no câmbio comercial no app do Bradesco e transferir os recursos em tempo real de sua conta no banco para sua My Account a qualquer momento que desejar, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Para solicitar a abertura da conta, basta acessar a opção My Account no menu inicial do aplicativo do Bradesco. A aprovação é feita em até dois dias. Para começar a usar, é necessário realizar uma remessa mínima de US$ 100. No momento da ativação da conta, o cliente ainda consegue personalizar seu cartão com o nome e a cor que desejar.

C6

O C6 Bank oferece a Conta Global para toda base de clientes pessoa física já tinha, permitindo acesso a uma conta com saldo em dólar e cartão de débito internacional no mesmo aplicativo da conta em real, sem taxa de manutenção. O banco oferece uma conta internacional com saldo em euro no varejo bancário brasileiro.

As duas contas estão integradas ao aplicativo do C6 Bank e são abertas em minutos por qualquer cliente pessoa física. As empresas também podem abrir uma Conta Global no C6 Bank. Por meio dela, é possível pagar despesas e fazer transferências em dólar ou euro para instituições financeiras e titularidades no exterior, além de fazer operações de câmbio 24 horas por dia.

A C6 Conta Global adota câmbio comercial (mais barato que o turismo), spread de 2% a 2,5% sobre as transferências em horário comercial e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,1% por transferência, enquanto nas transações com cartão de crédito comuns a cobrança do tributo é de 5,38%.

O cartão de débito internacional permite realizar compras em lojas físicas e virtuais de mais de 210 países e saques em moedas estrangeiras.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil oferece dois tipos de contas internacionais. A chamada Easy, em dólar americano, é oferecida pelo Banco do Brasil Américas nos Estados Unidos e destinada aos clientes pessoas físicas, correntistas do BB no Brasil, que não tenham sido clientes do BB Américas nos últimos 12 meses.

A conta Easy é isenta de tarifa de manutenção de conta e exige um depósito inicial de US$ 100. Aberta e movimentada de forma 100% digital, permite criar uma reserva em moeda forte no exterior, bem como o uso de cartão de débito para compras no exterior. As transferências são realizadas entre as duas instituições, não incidindo tarifa sobre o envio ou o recebimento de remessas. Sobre as remessas enviadas para Estados Unidos por mesmo titular incide IOF de 1,1%, (0,38% nos ingressos ou nas remessas entre titulares diferentes).

Já a conta Gold Global mais completa nos Estados Unidos, oferecida a não cidadãos americanos ou não residentes permanentes e que oferece opções para crédito ou investimento, por exemplo. A conta Gold Global é sujeita à cobrança de tarifas de manutenção de conta, mas há possibilidade de isenção conforme recursos mantidos na conta. É necessário um depósito inicial de US$ 3 mil. Não há incidência de tarifa sobre as remessas feitas para o exterior ou do BB Américas para o Banco do Brasil no Brasil.

Caixa Econômica Federal

A Caixa tem cartão de crédito com a funcionalidade de compras internacionais, disponíveis nas bandeiras Elo, Visa e Mastercard.

Os cartões oferecem:
Isenção de anuidade
Milhas
Assistência para casa, carro e até para pets, descontos em lojas e parceiros selecionados, concierge, acesso a salas vip e aeroportos

De acordo com o banco, não é necessário abrir uma nova conta para ter o seu cartão de crédito do banco.

Para quem já é cliente, basta acessar o app Caixa, disponível nas lojas de aplicativo, no internet banking, no WhatsApp pelo número 0800-104-0 104 ou numa agência.

Para a contratação de um novo cartão de crédito, é necessário ser aprovado em avaliação de crédito e comprovar uma renda mínima de R$ 780.

O banco não trabalha com conta internacional (moeda estrangeira).

Fonte: Extra

Ranking mostra bancos com maior número de reclamações no Brasil

Publicado em: 04/08/2023

O Banco Central (BC) divulgou nesta semana o ranking das instituições financeiras com maior número de reclamações. Os dados são do segundo trimestre de 2023 e contemplam ocorrências associadas a reclamações encerradas nesse período. O BC considerou nessas reclamações o indício de descumprimento, por parte da instituição, de lei ou regulamentação cuja competência de supervisão seja do BC.

No topo da lista está o BTG Pactual/Banco Pan, com 1.004 ocorrência, num universo de 23.036.225 clientes, dando à instituição um índice de 43,58. Em segundo lugar, o Bradesco, que registrou 3.229 reclamações no período, em um universo de 104.486.688, ficando com índice 30,9. Já o Ame Digital, por exemplo, ficou em último lugar (15º) no ranking, com 80 reclamações e 32.678.718 clientes, o índice foi de 2,44.

Para o ranking, o BC considerou o cálculo feito a partir do resultado do índice – que é igual ao número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 1.000.000.

Veja o ranking dos bancos com maior número de reclamações:

Banco – índice

BTG PACTUAL/BANCO PAN – 43,58
BRADESCO – 30,90
INTER – 29,38
C6 BANK – 24,1
PAGBANK-PAGSEGURO – 22,47
ITAÚ – 20,27
SANTANDER – 18,27
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – 12,5
NEON – 11,88
VOTORANTIM – 9,94
MERCADO CRÉDITO – 9,83
BB – 9,46
NUBANK – 7,82
ORIGINAL – 7,51
AME DIGITAL – 2,44

Fonte: O Tempo

Caixa, BB, BNB e Banco da Amazônia vão integrar serviços

Publicado em: 25/07/2023

A Caixa, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia criaram um grupo de trabalho para integrar os serviços. A intenção é que, ainda em 2023, seja possível que os clientes usem os caixas eletrônicos de qualquer unidade de atendimento das 4 instituições financeiras.

O governo federal é o controlador dos 4 bancos, apesar de o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia terem atuação regional. A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, disse que é a 1ª vez no Brasil que os 4 bancos federais estão dialogando para ter uma ação que beneficie a população.r360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.

A Caixa quer, por exemplo, que beneficiários do Bolsa Família possam sacar o benefício em qualquer uma das unidades das 4 instituições financeiras. O processo de integração terá duas fases, todas ainda neste ano: as agências bancárias; as lotéricas da Caixa.

Serrano declarou que os 4 bancos integrados terão uma rede de atendimento de 9.000 agências e 13.000 unidades lotéricas, ou 22.000 pontos de serviços bancários.

A presidente da Caixa disse que as 22.000 unidades de atendimento dos 4 bancos federais estarão à disposição dos 5.564 municípios e dos 21 milhões dos beneficiários do Bolsa Família. Segundo ela, no passado, essa política de compartilhamento era feita de forma individualizada da Caixa com outro banco, e que, agora, será integrada entre as 4 instituições bancárias federais.

“Todos os caixas eletrônicos estarão aptos a receber clientes da outra instituição financeira”, declarou Serrano. “Se unificarmos as agências e as lotéricas, nós estamos falando em torno de 22.000 unidades”, completou.

Serrano afirmou que a intenção é ganhar escala com atendimento à população, que vai ao encontro do pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os 4 bancos também pensarão em ações de sustentabilidade, segurança conjunta e estrutura da experiência digital. “É um marco histórico”, declarou a presidente da Caixa.

Questionada sobre o prazo de implementação do compartilhamento da rede, Serrano declarou que dependerá da tecnologia de cada banco. “Cada um tem um sistema diferente”, disse. “Eu acredito que este ano ainda esse compartilhamento de serviços e atendimento já esteja disponível”, acrescentou.

Ela negou que seja um “balcão único” de serviços financeiros dos 4 bancos e que, no 1º momento, só valerá para caixas eletrônicos.

O ACORDO

O acordo cria um grupo de trabalho multidisciplinar para discutir parcerias entre os bancos. A intenção é integrar serviços para facilitar o acesso aos produtos financeiros.

Assinaram o protocolo as presidentes do BB (Banco do Brasil), Tarciana Medeiros, da Caixa, Maria Rita Serrano, do BNB (Banco do Nordeste), Paulo Câmara (por videoconferência), do Basa (Banco da Amazônia), Luiz Lessa, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

A Caixa já tem compartilhamento de rede com o BNB. Além disso, disse que possui mais de 100 convênios de pagamento e recebimento com empresas privadas. Com o BB, a Caixa compartilha um data center (Cidade Digital), parceria que se iniciou em 2013.

O acordo busca soluções tecnológicas inovadoras, como melhorias relacionadas a sistemas de autenticações com biometria e logins compartilhados.

Fonte: Poder 360

Bradesco tem a maior remuneração entre bancos; Nubank paga mais por executivo

Publicado em: 07/07/2023

Entre os bancos brasileiros, o Bradesco é o que paga a maior remuneração anual a seus executivos, desembolsando R$ 818 milhões em salários e bônus — quase o dobro do Itaú. É isso o que mostra um estudo feito pela XP, que analisou e comparou a remuneração dos executivos dos principais bancos e instituições financeiras.

Segundo o levantamento, o Itaú paga uma remuneração total de R$ 445 milhões para seus executivos, seguido pelo Santander (R$ 331 milhões), e o Nubank, que paga R$ 169 milhões/ano, já excluindo o pacote de ações do qual o fundador David Vélez abriu mão no ano passado. Entre os bancos incumbentes, o Banco do Brasil é o que paga a menor remuneração total aos executivos (R$ 75 milhões), o que é explicado em parte pelo fato do banco ser uma estatal. O Inter paga R$ 33 milhões, o BTG, R$ 19,6 milhões, e a BR Partners, R$ 8,4 milhões. (O BTG, no entanto, reporta em seu formulário de referência apenas a remuneração fixa de seus executivos. A parte variável é feita por meio da holding dos sócios, e por isso não é pública).

Os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre notam que a remuneração elevada do Bradesco tem a ver com o fato do banco ter o maior número de executivos entre os pares — são 95 pessoas em posição de top management, que entram na conta da remuneração total. Para efeito de comparação, o Itaú tem 31 pessoas e o Santander, 55. Essa discrepância no número de executivos tem a ver com o fato de não haver uma regra que defina quem o banco pode classificar como top management.

O mais provável é que o Bradesco esteja classificando como top management executivos com um menor grau de senioridade em comparação ao Itaú. Ao analisar a remuneração média individual dos executivos, o Bradesco já cai para a quinta posição — atrás do Nubank, Itaú, Santander e B3. A análise de XP mostra que o Nubank paga uma média de R$ 18,9 milhões por executivo, o Itaú, R$ 16,1 milhões, o Santander e a B3, R$ 9,4 milhões, e o Bradesco, R$ 7,7 milhões.

O Banco do Brasil paga R$ 2,3 milhões, o Inter, R$ 3,5 milhões, o BTG, R$ 1,3 milhões e a BR Partners, R$ 1,5 mi. Os analistas também notam que a remuneração do Bradesco representa 3,2% do market cap da companhia, mas vem se mantendo estável nos últimos dois anos, “o que nos parece apropriado dados os desafios atuais que o banco enfrenta.”

Sobre o Banco do Brasil, a XP disse que “aparentemente” há uma divergência entre a diretoria e o controlador (a União). Na proposta de remuneração deste ano, a diretoria havia enviado uma proposta de aumento da remuneração que foi rejeitada pela União, que acabou aprovando uma remuneração consideravelmente menor.

Essa remuneração abaixo dos peers foi apontada por alguns acionistas minoritários durante a AGE que definiu a remuneração dos executivos. Esses acionistas ressaltaram dois pontos na assembleia: a diretoria estatutária não está recebendo nem mesmo o ajuste pela inflação, resultando numa distorção na qual executivos não estatutários podem estar ganhando mais que os estatutários; e, dado que os diretores estatutários recebem uma remuneração média abaixo dos peers privados, isso pode levar a um turnover maior.

Fonte: Brazil Journal

WhatsApp: bancos abraçam a ferramenta; como isso pode beneficiar os clientes

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Crédito, renegociação de dívidas, abertura de contas, assessoria de investimentos. Rapidamente, grandes bancos brasileiros estão em 2023 deixando de usar o WhatsApp apenas para conversas robóticas para tornar o aplicativo numa de suas principais ferramentas transacionais com clientes.

“Está acontecendo uma coisa curiosa no Brasil: os bancos chegaram tarde, mas estão tomando a dianteira”, disse em entrevista à Inteligência financeira o chefe do WhatsApp para a América Latina, Guilherme Horn, sobre o uso do aplicativo para transações comerciais.

Segundo Guilherme Horn, já há mais de 50 aplicações do chamado comércio conversacional em uso por bancos com clientes no país, incluindo Itaú Unibanco, Santander Brasil, Banco Pan, entre outros. Entre elas, estão extratos bancários, simulação para amortizar financiamentos e crédito consignado.

Serviços já testados

Um dos serviços já testados por bancos com sucesso no aplicativo é a interação com clientes que tiveram operações negadas no cartão de crédito por suspeita de fraude, confirmando dados para aprovação numa segunda tentativa.

E essas experiências, segundo ele, são só o começo. “Numa escala de zero a 10, eu diria que estamos hoje entre dois e três”, disse ele sobre o atual estágio do uso do WhatsApp para transações financeiras no Brasil.

Entre as aplicações que bancos poderão fazer por meio do aplicativo mais adiante estarão – logo mais – operações como assinatura de adesão a fundos de investimentos e mesmo ordens de compra e venda de ações.

Cautela antes de oferecer o serviço

De fato, após um período de maior cautela para poderem se certificar do uso seguro da ferramenta, os bancos estão acelerando neste canal desde que o WhatsApp começou, em abril, a operar pagamentos de pessoas para empresas, após aval do Banco Central. O serviço, que utiliza cartões de crédito, débito e pré-pagos, tem participação de 15 bancos.

O Santander Brasil, que tem uma dúzia de serviços na plataforma, incluindo renegociação de dívidas e ouvidoria, diz que mais de nove milhões de seus clientes já fizeram ao menos uma operação pelo WhatsApp nos últimos 12 meses.

Clientes do Itaú já usam o app para pagar contas do cartão de crédito e para obter crédito pessoal. O banco também passou a usar o aplicativo como canal integral para interação com clientes na Argentina, dispensando inclusive o uso do aplicativo. Um piloto do Banco Pan com uma combinação de ChatGPT com WhatsApp aumentou em 117% a taxa de sucesso na oferta de crédito consignado.

“O canal é uma dos principais pontos de contato do banco, somando 43% dos atendimentos realizados”, afirmou o Banco Pan em nota.

Simultaneamente, o WhtasApp vem multiplicando parcerias com outras instituições financeiras, como as credenciadoras e as bandeiras de cartões, para permitir novas formas de pagamentos, enquanto busca ser uma alternativa ao Pix, sistema instantâneo de transferências do Banco Central.

Para Guilherme Horn, pagamentos com uso do Pix por meio do WhatsApp “em algum momento vem”.

A ofensiva da Meta, dona do WhatsApp

O movimento mostra a ofensiva do popular serviço de mensageria da Meta Platforms, também dona do Facebook e do Instagram, para rentabilizar as operações do WhatsApp no Brasil, onde tem mais de 120 milhões de usuários.

O país é o terceiro maior mercado do aplicativo, só atrás de Índia e Indonésia.

O movimento conduzido na América Latina por Guilherme Horn, um veterano da indústria de tecnologia no Brasil, desde que assumiu o comando das operações do aplicativo no Brasil, há dois anos, se alinha aos esforços globais do WhatsApp, que nesta semana anunciou ter atingido a marca de 200 milhões de usuários do WhatsApp Business, com foco principal em empresas pequenas.

As receitas do WhatsApp

A inciativa tem ajudado o WhatsApp a ampliar receitas com anúncios, como o serviço Click-to-WhatsAp, que superou a marca de US$ 1,5 bilhão em 2023, crescendo mais de 80% ano a ano.

Isso vem enquanto a Meta tem sido obrigada a fazer duros ajustes ao seu plano de crescimento, tendo anunciado 10 mil demissões desde novembro passado, dentro dos planos do presidente-executivo Mark Zuckerberg para elevar a eficiência do conglomerado.

Empresas com modelo de negócio de crescimento acelerado, como as gigantes de internet, incluindo Meta, Amazon e Microsoft, já demitiram mais de 200 mil empregados em 2023, segundo o site layoffs.fyi, enquanto se ajustam para atuar num cenário com taxas de juros mais altas no mundo todo, à medida que bancos centrais lutam para controlar a inflação alta.

Fonte: Inteligência Financeira

Bancos lançam contas fora do País em nova ofensiva para atrair brasileiro

Publicado em: 27/06/2023

Depois de reforçarem suas estruturas fora do País, bancos brasileiros lançam mão de nova ofensiva para atrair recursos de brasileiros e latinos endinheirados – o cenário de queda de juros na região deve contribuir para uma quebra das fronteiras nos investimentos. Enquanto BTG Pactual e Bradesco preparam o lançamento de contas globais nos próximos meses, o rival Itaú Unibanco, que preferiu o caminho inorgânico, aguarda o aval do Banco Central (BC) para colocar os pés na americana Avenue. Por sua vez, o mineiro Inter, após duas aquisições nos Estados Unidos, decidiu começar o negócio da sua corretora do zero no país.

Diferentes estratégias têm em comum o mesmo alvo: preparar o terreno no exterior, em especial, nos EUA, para receber recursos que podem migrar para fora do País em busca de diversificação da carteira de investimentos. A diferença agora é que a mira não está somente nos super-ricos, mas também na ponta do varejo com fôlego para expor um pedacinho do seu portfólio no exterior, fora a ambição de atrair também recursos de investidores da América Latina. Em uma disputa mais difícil com os pesos-pesados de Wall Street, os planos visam até mesmo os americanos.

Na primeira metade do ano, uma mostra de movimento de migração internacional foi sentida após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, com a guinada à esquerda na América Latina, e ainda o dólar abaixo de R$ 5,00. Teve banco brasileiro que chegou a captar mais fora do que dentro de casa, em um fato inédito na história desse conglomerado, diz um executivo, na condição de anonimato.

VOLUME. Para os próximos anos, a expectativa é de que um maior volume de recursos migre para os EUA e Europa em meio à necessidade de diversificação dos investimentos e a queda dos juros no Brasil – e, mais à frente, no mercado americano. O presidente da Avenue, Roberto Lee, estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem desembarcar em solo americano na próxima década.

Dados do BC mostram entradas no total de US$ 165 milhões de investimento brasileiro no exterior no primeiro trimestre. Em 2022, o saldo havia ficado negativo em US$ 251 milhões após o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021.

De olho no potencial futuro, a Avenue, que viu seu volume de captação saltar desde que trouxe a grife “Itaú” para o negócio, mira novas aquisições como a da startup myProfit, voltada a facilitar a vida do investidor de Bolsa em cálculos de impostos e de performance.

A corrida dos bancos ao exterior para abrir contas para os brasileiros agita a concorrência. O Itaú movimentou o mercado com a compra de uma fatia da Avenue. O rival Inter, por exemplo, decidiu montar esse negócio do zero nos EUA. O banco acaba de receber a licença da Financial Industry Regulatory Authority (Finra, agência autorreguladora de corretagem nos EUA) para operar como corretora de investimentos no país por meio da Inter&Co Securities.

O Inter pretende lançar ainda duas filiais fora do país, uma nas Ilhas Cayman e outra em Miami (EUA), e também vai estruturar uma plataforma de “wealth management” para atender os clientes endinheirados.

Fonte: Estadão

Brasil é o país em que bancos digitais conquistam mais clientes

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A fragmentação do setor bancário é generalizada, mostra a mais recente pesquisa da Bain & Company. Em países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e China, grandes grupos de consumidores de baixa renda que não tinham relacionamento com os bancos tradicionais passaram a utilizar serviços dos novos bancos digitais – que a Bain chama de “neobancos” – e outras empresas online. As instituições nativas digitais, com sua tecnologia moderna e flexível e produtos mais acessíveis, têm investido para atrair esses consumidores.

A pesquisa, realizada com 29.805 consumidores de 11 países em parceria com a Dynata, indica que, embora o foco inicial dos insurgentes digitais fosse nas famílias de baixa renda, uma grande parcela do público de renda mais alta e com educação superior também está migrando para os novos bancos. Esses grupos apresentam altas perspectivas de rendimento se os bancos conseguirem fidelizar seus clientes atuais, melhorar ofertas e experiências para atrair e expandir negócios com esse segmento.

De forma geral, a migração para bancos digitais muda bastante de acordo com o país. No Brasil, o destaque fica por conta da fatia de consumidores que está migrando para os “neobancos”, muito mais significativa do que em qualquer outro lugar do mundo.

Os bancos tradicionais ainda detêm a maior parte dos relacionamentos primários com os consumidores. No entanto, a maioria dos mercados experimentou um aumento nos insurgentes digitais, que são hoje os principais bancos das gerações mais jovens. Eles também cresceram em uma outra dimensão importante: a fidelidade do cliente.

O levantamento destaca que simplificar os processos melhora a percepção dos consumidores sobre o relacionamento geral com o banco. É notável a diferença de 103 pontos de Net Promoter Score (NPS) – métrica que avalia a satisfação dos consumidores a partir de sua intenção de recomendar (ou não) a marca pesquisada – entre os respondentes que abriram conta digitalmente na primeira tentativa e os que não conseguiram abrir e escolheram outro banco. Um NPS forte contribui para que os clientes permaneçam na instituição, comprem mais, custem menos para a operação e, muito provavelmente, recomendem o banco a amigos e familiares.

Na pesquisa da Bain, quanto mais os entrevistados concordam que seu banco personaliza o relacionamento, maior é o NPS. Eles demonstram confiança para permitir que as instituições utilizem seus dados pessoais para oferecer produtos que atendam as suas necessidades e resolver problemas ativamente.

De forma geral, o estudo indica que a facilidade em trocar os fornecedores de produtos bancários no ambiente digital tem um impulso poderoso. Ainda assim, os bancos contam com opções para aumentar a fidelidade de seus clientes e facilitar a adesão de novos consumidores. A combinação de ferramentas digitais convenientes e fáceis de usar com a personalização inteligente possibilita que os bancos ofereçam soluções sob medida para necessidades e prioridades de cada cliente, incluindo ações ESG, que são importantes para uma parcela crescente de consumidores.

Fonte: Monitor Mercantil

Bancos encabeçam lista de marcas mais valiosas do Brasil

Publicado em: 19/06/2023

O Itaú é a marca mais valiosa do Brasil. É o que indica o relatório anual “Brasil 100”, da consultoria britânica Brand Finance. O estudo mostra que o banco é avaliado em US$ 8,7 bilhões, valor de mercado 70% superior ao do 2º colocado da lista, o Bradesco, de US$ 5,1 bilhões.

Na sequência, está o Banco do Brasil, avaliado em US$ 4,9 bilhões. Segundo o relatório, o crescimento do setor bancário está 16% acima da média das marcas do país.

O relatório anual “Brasil 100” também mostra que o Itaú cresceu 32% em relação ao ano passado. O banco é a única marca brasileira listada entre as 500 mais valiosas do mundo.

Já o Bradesco cresceu 33%, enquanto o Banco do Brasil registrou crescimento de 34% na comparação com 2022. A Caixa Econômica Federal, que aparece em 5º lugar no ranking, cresceu 14% no período, sendo avaliada em US$ 3,1 bilhões.

Leia a lista das 10 marcas mais valiosas no Brasil:

  1. Itaú (US$ 8,7 bi);
  2. Bradesco (US$ 5,1 bi);
  3. Banco do Brasil (US$ 4,9 bi);
  4. Petrobras (US$ 3,9 bi);
  5. Caixa (US$ 3,1 bi);
  6. Vale (US$ 2,2 bi);
  7. Natura (US$ 2 bi);
  8. Skol (US$ 1,8 bi);
  9. Brahma (US$ 1,6 bi);
  10. Sadia (US$ 1,6 bi).

Em relação ao valor de marca, o segmento de locação de automóveis foi o de maior crescimento (87%), pelo 2º ano consecutivo. Bancos, serviços comerciais, vestuário, produtos químicos, engenharia e construção aparecem na sequência.

O ranking de 2023 trouxe nomes inéditos: Banco Big e Ypióca entraram na lista de 100 marcas valiosas pela 1ª vez. Já Ponto Frio e Bavaria voltaram a integrar os selecionados.

Marcas que mais se valorizaram

Segundo o relatório, a Equatorial Energia é a marca de maior crescimento do ranking da consultoria britânica, com valor 205% superior ao de 2022. Em seguida, estão a locadora de veículos Movida e o banco Nubank.

Leia a lista das marcas que mais cresceram no Brasil:

  1. Equatorial Energia (+205,8%);
  2. Movida (+121%);
  3. Nubank (+110,1%);
  4. Localiza (+101,2%);
  5. Comgás (+75,3%);
  6. Arezzo (+67,3%);
  7. Copel (+54,1%);
  8. Sabesp (+53%);
  9. Votorantim (+50%);
  10. BB Seguros (+48,7%).

Fonte: Poder 360

Quatro bancos concentraram 59% do mercado de crédito em 2022

Publicado em: 12/06/2023

As quatro maiores instituições financeiras do país concentravam 59,0% do mercado de crédito no segmento bancário em 2022, segundo dados divulgados no Relatório de Economia Bancária (REB) do Banco Central (BC) nesta terça-feira. O dado representa uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior. Com a elevação da taxa básica de juros (Selic) os juros cobrados nas operações de crédito contratadas em 2022 foram pressionados.

O percentual de concentração bancária segue em trajetória de redução desde 2018. Segundo o BC, maiores bancos do país são a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, o Itaú e o Bradesco. Na edição passada, o BC adotou uma nova metodologia para medir a concentração do sistema financeiro, considerando as quatro maiores instituições e não mais as cinco maiores.

Na prática, a nova métrica retira o Santander do grupo. Segundo a autoridade monetária, o indicador com os quatro maiores bancos é “mais comum internacionalmente” e “mais informativo”.

Em relação aos depósitos, o grupo concentrava 58,9%, ante 60,1% em 2021. Os ativos totais das quatro maiores instituições, por sua vez, equivaliam a 55,7% do total, contra 56,0% no ano anterior.

Os bancos públicos detinham 43,7% do crédito total e os privados, 56,3%. O maior índice de concentração está em financiamentos habitacionais, que alcançaram 92,6%, e em financiamentos de infraestrutura e desenvolvimento para empresas, com 94,2% em 2022 entre os quatro maiores.

O documento manteve um quadro com a medição antiga – os cinco maiores bancos do país representavam 77,6% do crédito em 2022, queda de 1,1 ponto em relação ao ano anterior. Incluindo o segmento não bancário, o percentual era de 66,9%, redução de 1 ponto.

Nos depósitos, os cinco concentravam 74,7% no segmento bancário e 68,0% no não bancário. Os ativos totais do grupo somavam 73,5% do total do segmento bancário e 63,8% do não bancário.

O Índice Herfindahl-Hirschman Normalizado (IHHn) caiu para 0,1015 pontos no mercado de crédito em 2022. No ano anterior, o indicador media 0,1034 pontos. Quando o índice está entre 0 e 0,10 o BC considera baixa concentração. Acima de 0,10 até 0,18 representa moderada concentração e acima de 0,18 até 1, elevada concentração.

Elevação da Selic

A taxa média de juros dos novos contratos aumentou de forma mais destacada para pessoas físicas com recursos livres, segundo o documento. Além disso, o BC destaca que houve aumento da inadimplência do crédito livre, especialmente no segmento das famílias.

“A carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) encerrou 2022 com forte crescimento pelo terceiro ano consecutivo. No primeiro semestre, o crescimento do saldo manteve-se em ritmo elevado, impulsionado pelas modalidades de custo mais elevado no segmento de pessoas físicas (PFs) e pelo capital de giro no segmento de pessoas jurídicas (PJs)”, ressaltou a autoridade monetária.

“No segundo semestre, entretanto, observou-se desaceleração na expansão do crédito, com o arrefecimento do crédito livre. Por outro lado, as operações de crédito direcionado cresceram de forma mais acentuada”, complementou.

Fonte: Valor Investe

Bancos tradicionais têm queda de 57% em movimentações

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Até dezembro de 2017, ao menos 99,8% transferências bancárias realizadas pela Transfeera, fintech de Joinville que fornece infraestrutura de pagamentos para empresas, se concentravam nos 5 maiores bancos brasileiros: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander.

Já em dezembro do ano passado, apenas 42,7% dos pagamentos considerando pessoas físicas e jurídicas tinham como destino os cinco maiores bancos, uma queda de 57% em 5 anos.

Os números foram levantados no estudo Market Share de Bancos 2023 que analisou um montante de 29.680.808 transferências bancárias realizadas pela fintech no período.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são os que mais vêm perdendo espaço. Em dezembro de 2017, o Banco do Brasil representava 33,1% das transações da fintech. No mesmo mês do ano passado, o número não passou de 5%.

A queda dos bancos tradicionais se contrapõe ao crescimento do banco digital Nubank, que começou a aparecer na base de dados da fintech em abril de 2019, com 1% das transações, e chegou a 26,6% em dezembro do último ano.

“Na linha de competição que o BCB vem provocando nos últimos anos, a gente saí de um histórico de concentração e um sistema legado de muitas décadas para um sistema mais dinâmico, Desde 2013, com a criação das Instituições de pagamentos, vemos as lacunas deixadas pelas grandes instituições sendo preenchidas por soluções majoritariamente digitais. A realidade de hoje no mercado é a de pluralidade de soluções e a verticalização focando em nichos e públicos que eram desatendidos. Agora, o cliente, seja ele empresa ou pessoa, tem larga quantidade de opções para escolher dentro daquilo que melhor se adequa às suas necessidades. Esse mercado em total ebulição é um mar gigante para competição e cooperação entre as diferentes instituições e agentes”, comenta Fernando Nunes, CEO e cofundador da Transfeera.

Comparação do mercado PF e PJ

Na análise separando pessoas físicas e jurídicas esses números comprovam a crescente preferência por bancos digitais que buscam inovar de forma constante. Destaca-se o fato de que, no quesito de transferências para pessoas jurídicas, Itaú e Santander se mantiveram estáveis em suas respectivas parcelas de mercado.

Enquanto isso, os outros três grandes bancos sofreram quedas significativas como Caixa Econômica Federal (-20,39%), Bradesco (-16,28%) e Banco do Brasil (-16,19%). Individualmente, Nubank e Itaú concentram o maior volume de transações.

Considerando apenas transações feitas para pessoas físicas, os grandes bancos caíram 57,5% em 5 anos. Em contrapartida, o Nubank, que entrou na base da empresa somente em 2019, passou a dominar quase um terço das transações em dezembro do ano passado.

Seguindo essa comparação, porém agora no cenário do sistema de pagamento instantâneo, o PIX, a partir de abril de 2021, com a possibilidade de cobranças oferecendo QR codes pela Transfeera para pessoas físicas, o Nubank se destacou com 27% em recebimentos de pessoa física por banco.

No quadro de recebimento de pessoa jurídica por banco, em maio de 2021, 100% das operações eram dominadas pelo Santander, porém em dezembro do ano passado, PagSeguro (12,93%) e Nubank (12,09%) lideram, apesar de a operação estar bem distribuída entre diferentes players.

“Comparando os dados da Transfeera com os dados do Banco Central, percebemos a profundidade que o Pix atinge nas transações entre pessoas físicas, o que, ainda, não se repete quando falamos de transações de pessoas para empresas ou de empresas para pessoas. As agendas evolutivas do Pix e do Open Finance devem contribuir para uma nova onda de crescimento dos pagamentos instantâneos, entretanto, os entes do mercado também precisam fazer a sua parte propondo inovações para esse arranjo. A experiência do usuário com Pix é um ponto que precisa de muitas melhorias, realizar um pagamento usando um cartão com aproximação é muito mais simples do que fazer um Pix. Além de experiência, estamos falando de segurança, velocidade e um fluxo de caixa em tempo real, sem necessidade de pagar taxas relevantes para antecipação ou ter de esperar dias para poder receber o dinheiro do seu intermediador“, explica.

Fonte: Economia SC

“Bancões” se preparam para período turbulento com aumento de provisões e crédito

Publicado em: 25/05/2023

Os resultados dos grandes bancos da Bolsa no primeiro trimestre de 2023 (1T23) diminuíram alguns temores, mas também reforçaram certas preocupações. A surpresa positiva, de um modo geral, foi o comportamento dos índices de inadimplência, que não cresceram da forma dramática, num período em que o tomador do crédito pessoa física costuma estar mais apertado financeiramente. Por outro lado, as instituições financeiras parecem se preparar para um cenário turbulento, ao reforçar conservadorismo na cessão de crédito, ao mesmo tempo em que aumentam suas provisões.

“A inadimplência ainda está sob controle, mas os bancos já estão fazendo provisões adicionais, antevendo que haverá uma piora na qualidade de crédito e de capacidade de pagamento”, afirma Luis Miguel Santacreu, analista de risco da Austin Rating.

Ainda que enfrentem o mesmo ambiente de desaquecimento econômico, com taxas de juros elevadas, Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) não foram impactados da mesma forma pela macroeconomia. A divergência nos resultados dos “bancões” vem desde o ano passado e se manteve nos três primeiros meses de 2023, sem mudanças na avaliação sobre os melhores e piores da temporada.

“No todo, não houve uma piora relevante dos bancos que estavam bem, tampouco dos que já estavam mal. Fosse esse o caso, certamente haveriam discussões mais duras sobre o que poderia acontecer com o sistema bancário”, afirmou Pedro Gonzaga, sócio e analista da Mantaro Capital.

Com políticas mais restritivas que as de um ano atrás, essas instituições se mostram mais atentas a riscos de crédito, inclusive nas concessões para as empresas, em que os spreads são maiores, após casos emblemáticos de recuperação judicial, como Americanas (AMER3) – que impactou menos o balanço dos bancos este trimestre – Oi (OIBR3;OIBR4) e Light (LIGT3).

“Os bancos estão mais duros na concessão de crédito, mas também há problema de demanda. Pode haver um componente das empresas mais conservadoras em relação ao cenário macro, menos sedentas por crédito. Tem um pouco dos dois lados”, diz Gonzaga.

Santacreu acredita que os impactos da taxa de juros e o desaquecimento da economia vão ficar mais claros no segundo trimestre. “A boa prática bancária exige prudência numa hora dessas”, afirma, fazendo referência à postura mais conservadora dos bancos. O analista acredita em uma maior convergência no comportamento dos bancos daqui em diante.

“O Banco Central não vai reduzir os juros tão rápido, então vamos ver um segundo trimestre com crescimento mais modesto de crédito. O ‘macro’ vai responder mais pelo crescimento das carteiras e a gente deve ver um maior alinhamento entre os bancos em termos de seleção de crédito, um comportamento mais similar”, diz Santacreu.

Bradesco: inadimplência do banco disparou

Os números do Bradesco vieram acima do esperado, mas não deixaram de ser vistos como fracos pelos analistas. O lucro líquido recorrente de R$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre de 2023 foi 37,3% menor na comparação anual. O consenso Refinitiv esperava uma cifra de R$ 3,596 bilhões.

Mas um dos pontos do balanço que mais chamou atenção foi a disparada da inadimplência nas dívidas vencidas há mais de 90 dias. O índice saltou de 4,3%, no quarto trimestre de 2022, para 5,1%. “O Bradesco fazia venda de carteira ativa para renegociar crédito e, por muitos trimestres, a carteira muito ruim do banco não ficou tão evidente”, observa Para Pedro Gonzaga, analista da Mantaro Capital. Segundo ele, tirando esse efeito, é possível dizer que a piora da inadimplência do banco, na verdade, desacelerou.

Para Octavio De Lazari Júnior, CEO do Bradesco, os índices de inadimplência ainda vão piorar no segundo trimestre deste ano com chances de se agravarem um pouco mais no terceiro. “Mas todos os sinais mostram recuperação. As novas safras de crédito têm níveis de inadimplência menor”, afirmou na teleconferência.

A carteira de crédito do Bradesco terminou o trimestre em R$ 879,28 bilhões, sofrendo uma redução de 1,4% em relação ao final do ano passado. “Foi o único banco com queda sequencial de carteira”, observa Gonzaga, da Mantaro. “Isso ocorreu até mesmo no atacado, diferente dos outros, que aproveitaram os spreads mais altos, após o evento da Americanas (AMER3)”.

Fonte: Infomoney

 

Bancos eliminaram mais de 2,6 mil postos de trabalho no primeiro trimestre de 2023

Publicado em: 19/05/2023

O setor bancário eliminou postos de trabalho pelo sexto mês consecutivo. Foram extintas 1.474 vagas em março, maior número desde novembro de 2020, quando foram encerradas pouco mais de duas mil vagas – período agravado pela pandemia do covid-19.

No primeiro trimestre de 2023, os bancos eliminaram 2.662 vagas na categoria. No mesmo período do ano passado, foram abertas 3.160 vagas. Os dados são de levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ao examinar o recorte por município, as cidades onde estão localizadas as matrizes dos bancos e centros administrativos, houve maior extinção de vagas, tanto para o mês de março quanto para o primeiro trimestre.

Em Osasco (SP), sede do Bradesco, ocorreu o maior saldo negativo no primeiro trimestre, com a eliminação de 400 postos de trabalho. O último demonstrativo financeiro do banco sediado no município apresentou fechamento de mais de dois mil postos de trabalho entre dezembro de 2022 e março de 2023.

O segundo município com maior saldo negativo foi São Paulo, onde estão alocadas várias matrizes de bancos. Em março foram fechadas 356 vagas, resultado de 1.286 admissões contra 1.642 desligamentos.

O Caged aponta que a eliminação postos de trabalho ocorreu em mais de 1.500 cidades do país. Cabe ressaltar, ainda, que entre dezembro de 2022 e março de 2023, os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), conforme seus demonstrativos financeiros, fecharam 79 agências físicas o que supõe implicações desfavoráveis ao nível de emprego.

Faixa etária e sexo

No recorte de gênero, o saldo foi negativo tanto entre homens quanto entre mulheres. No entanto, o número de admissões entre os homens foi 11,7% superior em relação ao de mulheres. Enquanto os desligamentos foi 6,1% superior entre os homens em relação às mulheres.

Em relação à faixa etária, foi observado saldo positivo apenas nas faixas até 24 anos, com ampliação de 269 vagas. Para as demais faixas, a partir de 25 anos, o fechamento foi de 1.743 vagas.

“Os números do Caged revelam o aprofundamento da precarização do mercado de trabalho bancário e dos seus serviços, com a eliminação de vagas e fechamento de agências, redução de salário e menos mulheres e pessoas com mais idade ocupando empregos nos bancos. Esta realidade aumenta a sobrecarga de trabalho e os adoecimentos, e resulta na piora do atendimento à população”, critica Lucimara Malaquias, Secretária de Estudos Sócio-Econômicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Redução da remuneração média

A remuneração média também sofreu redução. O salário médio do bancário admitido em março foi de R$ 6.728,48, enquanto o valor médio do grupo de desligados foi de R$ 8.063,40. Logo, o salário médio do admitido correspondeu a 83,44% do desligado.

“Mesmo apresentando lucratividade bilionária há anos, os bancos seguem precarizando o emprego, porque quando contratam, o fazem com salários reduzidos, contribuindo com a desigualdade social por meio da concentração cada vez maior dos lucros nas mãos de poucos acionistas e diretores executivos”, acrescenta a dirigente.

Comportamento do emprego no Ramo Financeiro

No que se refere ao emprego no Ramo Financeiro, excluindo a categoria bancária, houve saldo positivo em março com a abertura de 925 postos de trabalho (68,5% inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior). Nos últimos 12 meses, foram criados 28,5 mil postos de trabalho, uma média de criação de 2,3 mil postos/mês.

Dentre as atividades financeiras, nota-se que as atividades que mais criaram postos de trabalho no mês de março foram: crédito cooperativo (+831 vagas); Holdings de instituições não-financeiras (+351 vagas); e outras sociedades de participação, exceto holdings (+92 vagas).

Importante ressaltar que as atividades mencionadas referem-se as CNAEs, Classificação Nacional de Atividades Econômicas, constantes no cadastro nacional das empresas na receita federal.

“O movimento sindical seguirá lutando para que o setor bancário cumpra com sua função constitucional de promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade, por meio do aumento dos postos de trabalho a fim de reduzir a sobrecarga de trabalho e fornecer um atendimento melhor à população, que sofre com juros extorsivos e tarifas abusivas, e com a piora do atendimento causado pelo fechamento de agências e pela redução dos postos de trabalho”, diz Lucimara Malaquias, Secretária de Estudos Sócio-Econômicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos brasileiros fecham 2022 com lucro de R$ 139 bilhões

Publicado em: 12/05/2023

Em 2022, os bancos tiveram lucro líquido de R$ 139 bilhões, alta de 2% em relação a 2021. Entretanto, após a recuperação a níveis pré-pandemia em 2021 e um crescimento no primeiro semestre de 2022, a rentabilidade no segundo semestre do ano passado teve redução.

De acordo com o Banco Central (BC), a razão principal para o recuo foi o aumento das despesas com provisões (reserva sobre riscos de crédito), acentuada devido ao caso das Lojas Americanas. As informações são do Relatório de Estabilidade Financeira do BC, referente ao segundo semestre de 2022, que foi divulgado hoje (10).

Em recuperação judicial desde janeiro, as Lojas Americanas enfrentam uma crise desde a revelação de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Posteriormente, o próprio grupo admitiu que os débitos com os credores podem chegar a R$ 43 bilhões.

“Embora o forte aumento das despesas de provisão no último semestre de 2022 esteja relacionado a esse evento [das Americanas], a materialização do risco tem resultado no elevado aumento dessas despesas de forma geral. Também contribuíram para a redução da rentabilidade o declínio do ritmo de crescimento das rendas de serviços e a pressão da inflação sobre as despesas administrativas”, diz o documento, citando ainda leve piora da eficiência operacional das instituições.

De acordo com o BC, a rentabilidade do sistema deve continuar sob pressão no médio prazo, considerando a perspectiva de atividade econômica mais fraca em 2023, de menor crescimento do crédito e de inadimplência e inflação elevadas.

O relatório destaca que, embora o mercado de crédito continue crescendo em ritmo elevado, a desaceleração foi mais acentuada nas operações de maior risco do Sistema Financeiro Nacional (SFN) com pessoas físicas, como as ligadas a cartões de crédito.

“No geral, o crédito às pessoas físicas arrefeceu, exceto o crédito rural e o crédito imobiliário, cujas taxas de crescimento mantiveram-se estáveis. O crédito às empresas desacelerou em ritmo mais suave. Isso porque o crédito seguiu elevado devido aos programas emergenciais para microempresas, ao financiamento de capital de giro e investimento para pequenas empresas e ao financiamento de bens e operações de ‘risco sacado’ para empresas médias”, diz o BC, acrescentando que o mercado de capitais manteve-se como fonte relevante de financiamento, sobretudo para as grandes empresas.

Ainda assim, as instituições financeiras permaneceram apostando em carteiras mais arriscadas. “Apesar do recuo no ritmo de crescimento, o crédito ainda cresceu forte em modalidades mais arriscadas às famílias, como cartão de crédito e crédito não consignado”, diz o documento.

Testes de estresse

O relatório do BC apresenta ainda os resultados de diversas análises de risco e dos testes de estresse do sistema bancário, que “continuam indicando não haver risco relevante para a estabilidade financeira”.

“Os testes de estresse de capital indicam que não há ocorrência de desenquadramentos em montante relevante nos cenários macroeconômicos adversos. Os resultados obtidos nas análises de sensibilidade também indicam boa resistência aos fatores de risco, simulados isoladamente, além de estabilidade de resultados em comparação com testes feitos anteriormente. O teste de estresse de liquidez indica quantidade confortável de ativos líquidos em caso de saídas de caixa em condições adversas ou choque nos parâmetros de mercado no curto prazo”, explicou o BC.

No teste de estresse, o BC simula o quanto uma situação de severa inadimplência e de corrida aos bancos impacta o cumprimento dos limites regulatórios mínimos pelas instituições financeiras e quanto a autoridade monetária precisaria aportar ao sistema financeiro. Entre esses limites estão a manutenção de uma reserva em caixa para garantir que os bancos paguem todos os clientes que forem sacar dinheiro em momentos de crise. São testados também os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis.

O BC considerou dois cenários, o primeiro de queda na atividade econômica e no consumo das famílias, aumento do desemprego, queda da inflação e das taxas de juros; e o segundo cenário de um aumento de incerteza na economia, com deterioração fiscal, alta do câmbio, elevação da taxa de juros e pressão da inflação.

Eventos climáticos

O Banco Central pesquisou também questões relacionadas a riscos climáticos e seus efeitos na estabilidade financeira dos bancos. As secas e as inundações são os eventos climáticos físicos de maior impacto nos ativos das instituições financeiras, sobretudo em horizontes acima de cinco anos.

“Os riscos climáticos de transição são classificados como de baixo impacto nos ativos. A inadimplência é a principal forma pela qual os riscos climáticos podem ameaçar a estabilidade financeira. Em 2022, cerca de 16% das instituições financeiras identificaram impactos de risco climático nas suas operações de crédito. O sistema financeiro tem procurado reduzir tanto a exposição a riscos climáticos quanto o seu próprio impacto ambiental”, diz o BC.

De acordo com o relatório, a inadimplência pode resultar de crise financeira nos setores que dependem de maneira intensiva dos recursos naturais, que podem sofrer um efeito climático severo. Entre os exemplos estão quebra de safras, prejuízo nos transportes, diminuição na prestação de serviços e interrupção das cadeias produtivas.

Fonte: Agência Brasil

Metade dos bancos espera fechar 2023 com 10% dos clientes no open finance

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Os usuários dos principais bancos, que concentram 84% dos ativos do setor bancário no país, ainda têm uma relação bastante tímida com o open finance, o ecossistema tecnológico que permite o compartilhamento dos dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras. Ainda assim, os bancos estão otimistas quanto ao futuro desse novo relacionamento: 53% acredita que até o final do ano terá até 10% da sua base de clientes dizendo “sim” e fazendo a adesão ao chamado sistema financeiro aberto.

Outros 20% acreditam que em 2023 terão mais de 20% dos usuários aceitando compartilhar informações, uma meta bastante ousada, já que atualmente nenhum banco está nesse estágio, segundo a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Deloitte. Atualmente, 80% dos bancos afirmam que até 10% de sua base de clientes estão no open finance.

Uma das promessas do open finance é de que, ao permitir que os dados de transações bancárias sejam conhecidos por diferentes bancos, mesmo não sendo cliente de todos eles, as pessoas tenham acesso a uma maior e mais barata oferta de crédito e de produtos financeiros, por exemplo. Esses objetivos estão no radar dos dezesseis bancos que participaram da coleta de dados realizada entre dezembro de 2022 e março de 2023. Para 75%, a oferta de mais produtos financeiros a partir do open finance está entre as principais formas de geração de valor para atrair os consumidores.

Por outro lado, a maior parcela de bancos entende que é mais estratégico atuar como uma plataforma na qual todos os tipos de serviços estejam conectados e sejam oferecidos em um conjunto coerente. Ou seja, não basta ter bons serviços bancários tradicionais, é preciso expandir e inovar para aumentar a satisfação dos clientes.

Mais de 90% das instituições pretendem expandir parcerias até o final do ano “para prover serviços mais completos e até entrar em segmentos novos, como forma estratégica de agregar valor, complementar jornadas e consolidar a busca constante pela inovação”, destaca o relatório. Outro dado é que ao menos 69% desejam conhecer melhor o contexto dos consumidores.

Em dois anos de operação do open finance no Brasil, completados em dezembro de 2022, 17,3 milhões de consentimentos de clientes foram dados para o compartilhamento de seus dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras participantes.

Da “porta para dentro” das instituições, a pesquisa que explora os investimentos e tendências em tecnologia – e que chegou a 31º edição – mostra que o open finance é visto como estratégico para melhor definir o preço correto dos produtos (38%), reduzir riscos de crédito (31%) e expandir negócios não financeiros (19%).

Para 2023, a prioridade das instituições financeiras em tecnologia continua sendo, em primeiro lugar, a análise e exploração dos dados obtidos via open finance. Em segundo lugar aparece a transformação cultural do banco. Em seguida, são citados temas como moedas e ativos digitais; expansão de transações via chatbot; e incentivo do consumidor ao compartilhamento de dados.

Fonte: Valor Investe

Febraban: Bancos vão investir R$ 45 bilhões em tecnologia em 2023

Publicado em: 05/05/2023

Os bancos brasileiros vão investir R$ 45,1 bilhões em tecnologia neste ano, segundo dados da pesquisa Febraban de tecnologia bancária, realizada pela consultoria Deloitte. Com uma carteira de 8 em cada 10 brasileiros bancarizados, as 16 maiores instituições do país estão de olho no cenário global para replicar no ambiente interno.

De acordo com o estudo, o total de repasses previsto para este ano representa uma alta de 29% em relação ao acumulado do ano passado, quando foram destinados R$ 34,9 bilhões para a tecnologia. A maior parte daqueles recursos foi destinada às despesas com serviços de TI, um gasto que deve se repetir neste ano, de acordo com o levantamento.

Além da segurança cibernética, que está presente em todos os bancos, soluções de inteligência artificial (75%), cloud pública (75%) e blockchain (50%) são as principais soluções embarcadas no setor bancário. No caso da IA, a previsão é que os investimentos subam 28%, de R$ 776 milhões em 2022 para quase R$ 1 bilhão em 2023.

“Os sucessivos crescimentos do orçamento total de tecnologia visam dar suporte à transformação tecnológica baseada em centralidade e segurança do cliente. A diversidade de tecnologias adotadas simultaneamente exige dos executivos uma priorização ampla, mesmo para aquelas com menor grau de maturidade, como 5G e IoT, mas que já estão sendo implantadas e fomentadas para expansões futuras”, destacam Rodrio Mulinari, diretor do comitê de inovação da Febraban, e Sérgio Biagini, sócio-líder da Deloitte para serviços financeiros, que assinam o documento.

Com esses números, o Brasil segue uma tendência global, no qual 11% do PIB da tecnologia vem do setor bancário. Entre as empresas do setor privado, o ecossistema financeiro é o que mais investe em novas ferramentas de inovação, no Brasil e no mundo, atrás apenas dos governos.

Embora esse investimento seja ativo, ainda não há previsão de quando plataformas como a do Metaverso vão de fato causar impacto no setor. Há alguns laboratórios pelo mundo que estão estudando o campo da experiência imersiva, mas sem ferramentas com maturidade suficiente para desenvolver algo concreto.

“O Metaverso tem futuro incerto, apesar de seu desenvolvimento constante. Esta tecnologia pode permitir que as instituições financeiras se diferenciem de variadas formas”. “A indústria bancária ainda analisa benefícios e aplicações possíveis para os diferentes segmentos de clientes e negócios, pois este recurso demanda alto investimento, interoperabilidade no ecossistema e a adoção de padrões tecnológicos comuns”, escreveram os especialistas.

Open Finance

O levantamento da Febraban também evidencia que os bancos têm uma certa dificuldade em levar o Open Finance aos seus correntistas. Nenhuma das instituições participantes registrou adesão de mais de 20% dos seus clientes ao sistema bancário aberto do Brasil.

Por isso, essa que já era a prioridade das instituições no ano passado, continua sendo a principal agenda para 2023, com expectativa de que um quinto dos clientes brasileiros compartilhem seus dados via Open Finance. As empresas acreditam que essa é uma ação que deve mantê-las relevantes com o passar do tempo, indicaram os executivos de tecnologia.

Sobre parcerias, quase todas as empresas entrevistadas fizeram negócios com startups no ano passado e devem repetir esse mesmo relacionamento em 2023. Entre os segmentos mais buscados, estão as fintechs, software houses, agtechs e cleantechs.

Em geral, os objetivos deste relacionamento são: entrar em novos segmentos; completar a jornada do consumidor; e consolidar a busca pela inovação. Além disso, 43% das instituições mantêm laboratórios de inovação, enquanto 31% tem fundos de investimentos e 23% tocam projetos de aceleração.

“A conexão dos players da indústria bancária com seus parceiros do ecossistema tem sido determinante na ampliação das ofertas de serviços e produtos nos canais digitais. Neste contexto, os bancos alavancam o relacionamento com diferentes tipos de parceiros, para prover serviços mais completos”, finalizam Mulinari e Biagini.

Fonte: Infomoney

Bancos deixarão de oferecer transferências via DOC e TEC até fevereiro de 2024

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Os bancos associados à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) deixarão de oferecer transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito) até 29 de fevereiro de 2024. A medida é válida para pessoas físicas e jurídicas.

Além do DOC, os bancos também deixarão de oferecer a Transferência Especial de Crédito (TEC), que são operações realizadas exclusivamente por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários. Atualmente, o valor máximo permitido para qualquer transação via DOC ou TEC é de R$ 4.999,99. Não foram anunciadas mudanças nas operações de Transferência Eletrônica Direta (TED).

No DOC, as operações são efetivadas um dia após o recebimento da ordem de transferência pelo banco, enquanto no TEC, a transferência é efetuada, no máximo, até o final do dia em que foi dada a ordem.

Prazo para encerramento das funções

  • As ofertas dos serviços de transferências via DOC ou TEC aos clientes pode acontecer até às 22h do dia 15 de janeiro de 2024;
  • Os clientes podem agendar o envio do DOC ou TEC para até 29 de fevereiro de 2024;
  • Os bancos encerrarão os sistemas de recebimento e processamento de DOC e TEC no mesmo dia 29.

Utilização de meios de pagamento

Segundo a Febraban, as operações via DOC, sistema criado em 1985 pelo Banco Central do Brasil , vêm sendo cada vez menos utilizadas nos últimos anos, principalmente depois do lançamento do PIX, em novembro de 2020.

A federação destaca também que a descontinuação dos serviços está relacionada ao custo/benefício para os clientes.

“Com o surgimento do PIX e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito e instantâneo”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Um levantamento da instituição mostra que o DOC não configura nem entre os principais meios de pagamento usados no ano passado:

  • PIX foi a escolha preferida dos brasileiros, com 24 bilhões de operações;
  • Cartões de crédito somaram 18,2 bilhões de operações;
  • Cartões de débito tiveram 15,6 bilhões de operações;
  • Boletos registraram 4 bilhões de operações;
  • Transferências via TED tiveram 1,01 bilhão de operações;
  • Cheques somaram 202,8 milhões de operações;
  • As transações via DOC foram 59 milhões, apenas 3,7% do total.

Fonte: G1

 

Bancos formam o pódio das melhores empresas para desenvolver carreira em 2023

Publicado em: 02/05/2023

Em meio às demissões em grandes companhias e um cenário econômico incerto, a procura por estabilidade no emprego é um dos objetivos de muitos profissionais, independentemente da área de atuação.

E, ao mesmo tempo, a busca por oportunidades com maior flexibilidade e possibilidade de crescimento profissional — evidenciado pela “demissão silenciosa” (quiet quitting) — marcaram o mundo corporativo no ano passado.

De olho nas tendências do mercado de trabalho, o LinkedIn divulgou, nesta semana, a lista anual das melhores companhias para desenvolver carreira.

Em 2023, o LinkedIn Top Companies elegeu 25 empresas e, novamente, o pódio foi liderado pelo setor bancário: Itaú Unibanco, Banco Bradesco e Banco do Brasil.

Em linhas gerais, as empresas que entraram no ranking foram avaliada em oito requisitos:

  1. Progressão de crescimento;
  2. Desenvolvimento de competências;
  3. Estabilidade na empresa;
  4. Oportunidades externas;
  5. Afinidade com a empresa;
  6. Diversidade de gênero;
  7. Nível de formação acadêmica e
  8. Presença de funcionários no país.

Além disso, as empresas deveriam ter pelo menos 500 funcionários em 31 de dezembro de 2022 no país e a taxa de rotatividade de funcionários não poderia ultrapassar 10% durante o período estabelecido na metodologia, com base em dados do LinkedIn.

Por fim, companhias que demitiram mais de 10% do quadro de funcionários entre janeiro e dezembro de 2022, de acordo com pronunciamentos oficiais, foram considerados inelegíveis. Confira a seguir o ranking.

Fonte: Seu Dinheiro

Bancos públicos devem ter disposição para emprestar dinheiro, diz Lula

Publicado em: 09/04/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que bancos públicos, como o Banco do Brasil, deve ter muita disposição para oferecer crédito e impulsionar o crescimento.

Lula afirmou ainda que o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, está “com a faca e o queijo na mão” para que a instituição volte a atuar pelo desenvolvimento do país.

O apelo veio após Lula comentar que os governadores devem ser chamados em breve com os resultados da Casa Civil sobre suas propostas de retomada de projetos prioritários, destacando a importância do pacto federativo.

Em cerimônia de assinatura de decretos sobre o setor de saneamento básico, o presidente afirmou que estava chamando o Brasil “à responsabilidade” para implementar, até 2033, a universalização do saneamento básico.

Fonte: Yahoo

Crises de SVB e Credit Suisse não afetam solidez de bancos brasileiros

Publicado em: 17/03/2023

Analistas e gestores não veem efeitos diretos nos bancos brasileiros decorrentes do colapso do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos ou mesmo da crise experimentada pelo Credit Suisse na Europa, eventos que têm gerado preocupações sobre a resiliência do sistema bancário global.

“Não consigo enxergar qualquer tipo de impacto mais relevante no Brasil”, afirmou Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional, referindo-se principalmente ao episódio do SVB, fechado na semana passada. “Não é o mesmo tipo de risco que vimos em 2008.”

Para Kawall, os problemas envolvendo o Credit Suisse causam mais preocupação, pelo porte da instituição. “O impacto é mais forte nos mercados”, afirmou. Mas ele ponderou que ainda é preciso ver como tudo se desenrola.

O SVB foi fechado por reguladores na semana passada, desencadeando uma rápida ação de autoridades, entre elas o Federal Reserve, para conter potencial contágio no sistema bancário. Os mercados ainda se recuperavam do abalo quando nesta quarta-feira o Credit Suisse trouxe de volta o nervosismo.

As ações do segundo maior banco da Suíça chegaram a afundar mais de 30% nesta sessão, após o seu maior investidor, o Saudi National Bank, afirmar que não poderia fornecer mais assistência financeira por questões regulatórias.

O CS está tentando se recuperar de uma série de escândalos que minaram a confiança de investidores e clientes, com fortes saídas de recursos. Apenas no quarto trimestre de 2022, elas somaram o equivalente a mais de 120 bilhões de dólares.

“Não vejo uma contaminação direta, apenas uma maior aversão a risco, aos menores bancos e fintechs”, reforçou Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital, acrescentando que o funding no Brasil é baseado principalmente em depósitos locais e que não há alternativas para o investidor exceto títulos públicos.

“Há uma certa contaminação nas cotações das ações, mas nada sobre a solidez dos bancos grandes locais”, acrescentou.

A reação relativamente comedida das ações dos maiores bancos brasileiros corrobora a premissa. Desde o começo da semana, Itaú Unibanco PN (ITUB4) e Bradesco PN (BBDC4) perdem cerca de 3% cada um, Banco do Brasil ON (BBAS3) cai 2% e Santander Brasil Unit (SANB11) cede 1,7%.

Para Roger, o único banco que poderia sofrer no país é a própria unidade do CS.

Presente no Brasil desde 1959, o Credit Suisse atua principalmente nas áreas de private banking & wealth management e gestão de recursos, realizando ainda operações de crédito, emissão de ações e títulos, abertura de capital (IPO), fusões e aquisições de empresas (M&A), corretagem e tesouraria.

A sua carteira inclui clientes de alta renda, vários oriundos do Banco Garantia (comprado em 1998) e da renomada Hedging-Griffo (comprada em 2007, concluída em 2012).

Analistas do Itaú BBA liderados por Pedro Leduc também afirmaram que bancos brasileiros não estão diretamente expostos às consequências do SVB. “Os valores das perdas não realizadas nos ‘books’ locais não são relevantes e os índices de capital e liquidez são confortáveis”, afirmaram em relatório nesta semana.

Mas eles abordaram discussões secundárias relevantes decorrentes do episódio, incluindo a chance de o financiamento para fintechs ficar mais difícil, assim como um possível efeito indireto na atividade nos mercados de crédito e capitais, que pesaria nas expectativas dos grandes bancos.

Entre o sábado e a última segunda-feira, instituições financeiras brasileiras com ações listadas no mercado norte-americano, entre elas a Nu Holdings (NUBR33) e o Inter&Co (INBR32), anunciaram não ter exposição ao Silicon Valley Bank, a fim de evitar contágio do colapso do banco em seus papéis.

RISCOS DOMÉSTICOS

De acordo com Ricardo Campos, diretor de investimentos da Reach Capital, o efeito de juros altos, que está sendo relacionado como um dos componentes para os problemas de alguns bancos nos EUA e Europa, já aconteceu no Brasil há algum tempo, conforme a Selic saltou de 2% em março de 2020 para os atuais 13,75%.

Ainda assim, diz, há fatores que mantêm um cenário mais desafiador para o setor, como riscos de redução em tarifas de cartão de crédito e do fim do mecanismo do juros sobre capital próprio, entre outros, além de receios no segmento corporativo após o pedido de recuperação judicial da Americanas.

No final do mês passado, dados do Banco Central mostraram que as concessões de empréstimos apresentaram queda significativa em janeiro e levaram a uma baixa no estoque total de crédito no Brasil, enquanto a inadimplência no segmento de recursos livres aumentou.

Analistas do Bradesco BBI adotaram no começo do mês um “modo pessimista” para o setor, que inclui o corte na recomendação para as ações de Itaú Unibanco e Banco do Brasil , enquanto reduziu o preço-alvo de ambos e de vários outros.

“Nós esperamos que 2023 também seja um ano desafiador em termos de inadimplência (NPL) para os bancos, pois acreditamos que a qualidade dos ativos das empresas tende a se deteriorar devido às altas taxas de juros e à economia mais fraca”, afirmaram Gustavo Schroden equipe em relatório a clientes.

Fonte: Infomoney

 

Bancos brasileiros aumentam lucros e reduzem vagas de trabalho

Publicado em: 03/03/2023

Apesar dos lucros recordes nos últimos anos, os bancos fecharam 270 postos de trabalho no Rio Grande do Sul em 2022, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O cenário, antes do escândalo de fraude das Americanas, que tem alegado impacto no sistema, era de que o setor vinha acumulando índices de crescimento na lucratividade. Só até junho de 2022 foram 138 bilhões, 4 bi a mais do que em 2021. As informações são do Banco Central.

O estado do Rio Grande do Sul só ficou atrás do Rio de Janeiro, que registrou o corte de 1.021 vagas no ano passado. Também extinguiram empregos o Paraná (-244 vagas), Santa Catarina (-152 vagas), Pernambuco (-95 vagas) e Rio Grande do Norte (-30 vagas).

Os demais estados tiveram saldos positivos. Os melhores resultados foram verificados em São Paulo (+2.452 vagas), Distrito Federal (+287 vagas) e Mato Grosso (+206vagas).

O Dieese destaca que as vagas criadas em São Paulo estão concentradas na capital, com a abertura de 2.946 postos de trabalho, sendo 40% deles em cargos relacionados à tecnologia da informação.
Bancos terceirizam serviços

O diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Gilnei Nunes, disse que há tempos o setor bancário tem reduzido a oferta de emprego para a categoria.

Os bancos privados, como o Santander, estão remodelando e terceirizando serviços bancários, contratando trabalhadores e trabalhadoras sem amparo da convenção coletiva dos bancários. Criam novas empresas, que atuam no sistema financeiro, mas os contratados não pertencem à categoria bancária.

“Do ponto de vista sindical, os bancos encontraram guarida na legislação trabalhista atual para contratar trabalhadores fora do escopo bancário. Esta prática tem facilitado a exploração e a redução de salários e benefícios trabalhistas. Diferente dos bancos públicos, cujas contratações são feitas por concurso, o que tem garantido a média e até o crescimento de vagas do setor bancário no ano passado”, salienta o dirigente sindical.

Saldo de 4.716 empregos em nível nacional

Conforme análise do Dieese, a trajetória do emprego formal no setor bancário apresentou oscilação durante todo o ano de 2022.

Apenas nos meses de janeiro, fevereiro, agosto e setembro a soma das contratações foi maior do que a das demissões. Nos demais meses, o saldo foi negativo. Mas, no cômputo geral do ano, houve mais contratações do que demissões, gerando um saldo positivo de 4.716 postos de trabalho em nível nacional

“A ampliação de vagas no setor bancário, no entanto, deve ser observada com cautela. Analisando os dados, nota-se que, em grande medida, o saldo favorável pode ser atribuído às contratações realizadas pela Caixa Econômica Federal”, diz o documento do Dieese.

O instituto lembra que a Caixa promoveu contratações graças à atuação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) para que fossem convocados os aprovados em concurso realizado pelo banco em 2014 e também no concurso específico para pessoas com deficiência (PCDs), o que resultou, desde 2021, em ganhos na justiça determinando as convocações pela Caixa.

Segundo o levantamento, os postos de trabalho criados pela Caixa (1.022 vagas) representam 35,1% de todo o saldo positivo de emprego no setor bancário.

Sinal amarelo para TI

Na esteira do aumento de investimento realizado pelos principais bancos do país na área de tecnologia, 2022 repetiu o que já havia sido constatado em anos anteriores, com criação de 1.424 vagas diretamente ligadas às áreas de tecnologia da informação.

Mas o sinal está amarelo até para as vagas de TI. Conforme o levantamento do Dieese, houve uma expressiva queda das contrações nesta área, na comparação com as realizadas em 2021, quando foram geradas 3,7 mil vagas específicas.

“Tal fato pode representar, no curto prazo, o esgotamento na capacidade de geração de postos de trabalho de ocupações nestas posições”, afirma o texto do Dieese.

Perfil dos trabalhadores

Gênero – O levantamento também traz dados com relação aos perfis dos trabalhadores. Com relação ao gênero, as admissões de mulheres foram 19,1% menores que a dos homens e os desligamentos, 5,4% superiores.

A consequência foi a abertura de 3.933 vagas para homens e a eliminação de 1.106 postos de trabalho para mulheres.

O Dieese observa que em 2022 houve intenso debate sobre assédio moral e assédio sexual na categoria, e que as duas temáticas foram pactuadas na negociação coletiva.

“O resultado da movimentação do emprego não reflete o compromisso patronal em ambientes de trabalho mais homogêneos e igualitários”, diz o texto.

Faixa etária – Com relação à idade, a geração de vagas se concentrou nas primeiras faixas etárias, até 29 anos, com aumento de 10.351. Para trabalhadores com 30 anos ou mais, houve movimento contrário, com o fechamento de 7.529 vagas.

Raça e escolaridade – A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (60,8%) e com superior completo (55,3%). As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram de 33,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 25,6%.

Ao considerar o saldo, verifica-se resultado positivo no que toca a diversidade racial, uma vez que a movimentação foi positiva em 3.881 postos de trabalho para trabalhadores pretos e pardos.
Motivação das demissões

O Dieese ainda destaca o elevado número de desligamentos por pedido de bancários e bancárias. Tal iniciativa partiu de mais de 15 mil trabalhadores. Em janeiro, atingiu a proporção mais alta com 51,9% da totalidade das demissões. Apenas nos meses de maio, novembro e dezembro, a proporção ficou abaixo de 40% do total dos desligamentos.

Para o Dieese, compreender a motivação do desligamento, no entanto, não é uma tarefa fácil. As principais hipóteses são: o aumento na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro com migração de trabalhadores para finetechse corretoras de valores; a facilidade de mudanças promovidas pelo teletrabalho e o esgotamento de trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas.

Os dados completos estão na Pesquisa do Emprego Bancário – Número 19 – Fevereiro/2023, elaborada pelo Dieese.

Com informações da CUT, Dieese, Sindibancários e Banco Central.

Fonte: Extra Classe

 

Como os bancos usam os algoritmos para reduzir as fraudes e o risco de empréstimos

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A forma como os bancos analisam o perfil de crédito dos clientes devem ficar ainda mais próximas dos algoritmos nos próximos anos: saem as fichas cadastrais e entram análises que unem dados de renda a padrões de comportamento. Tudo isso graças ao uso da inteligência artificial, com ferramentas mais avançadas que os sistemas de inteligência artificial “gerativa” (o mesmo do ChatGPT), dizem as instituições

Os maiores bancos do Brasil começaram a aplicar a inteligência artificial (IA) ao crédito na década de 2010. Hoje, os modelos combinam os dados tradicionais, como os de renda, com leitura das funções mais utilizadas nos aplicativos.

“Nos anos 80 e 90, havia uma mesa com analistas de crédito que recebia propostas e fazia uma análise caso a caso”, diz Rafael Cavalcanti, superintendente executivo de inteligência de dados do Bradesco. “Vieram as evoluções tecnológicas, que passam por capturar insumos ligados aos dados.”

Os resultados apareceram. No quarto trimestre do ano passado, uma campanha de renegociação do Banco do Brasil pelo WhatsApp recuperou R$ 78 milhões em créditos. A conclusão foi de que em situações em que o cliente se sente desconfortável em falar com outra pessoa, o robô, alimentado pela inteligência artificial, é mais eficaz.

O banco também usa a tecnologia para avaliar a satisfação dos clientes. “Temos o modelo que chamamos de Risco Bacen, que roda há dois anos e meio, e verifica a possibilidade de aquele cliente entrar com uma ocorrência no Banco Central”, diz Alexandre Duarte, gerente executivo de tecnologia do BB.

No Santander, a porta de entrada é a Gent, inteligência artificial que guia o atendimento online dos clientes, e é alimentada pelas interações. Segundo o superintendente executivo de experiência do cliente do banco, Gustavo de Souza, 4,5 milhões deles são atendidos pelo sistema.

“A inteligência artificial (no banco) é ancorada em risco e antifraude, mas vem avançando rapidamente em outras esteiras da organização”, diz ele. “Viemos de décadas aprimorando modelos que acertavam o coletivo. O desafio é acertar o indivíduo.”

O especialista em serviços financeiros e pagamentos Gueitiro Matsuo Genso, que foi CEO do PicPay e tem passagens por BB e Previ, afirma que a aplicação da inteligência é o que, de fato, vai criar vencedores. “Uma coisa é ter o dado, outra é transformar os dados em algoritmos que ajudem no processo de negócio. O terceiro desafio é colocar dentro do processo de negócio”, diz.

A leitura rápida e inteligente de dados exige uma capacidade diferente da que os bancos empregavam há poucos anos. “A tecnologia era baseada em monólitos, grandes grupos de servidores onde se colocava esses dados”, diz Moisés Nascimento, diretor de dados do Itaú Unibanco. “A computação em nuvem habilita que as empresas consigam organizar e processar seus dados como as big techs.” O banco já levou metade das plataformas para a nuvem.

Isso significa que os modelos de análise ficam mais próximos aos algoritmos, que fazem o sucesso de redes sociais ao prever como cada usuário tende a se comportar. No caso do crédito, apontam as chances de inadimplência ou a necessidade de um empréstimo; nas fraudes, mostram aos bancos, de modo instantâneo, se um Pix foi ou não feito pelo titular da conta.

Próximas paradas

Os bancos têm mais ambições para a inteligência artificial. Um ponto óbvio é o atendimento, com interfaces personalizadas para cada cliente. Do outro lado, a coleta de informações ajudaria a customizar os produtos a custos baixos. “Os bancos migraram do público-alvo”, diz Gueitiro Genso. “A fábrica de produto cartão hoje está preparada para produzir cinco, seis tipos de cartão, mas deveria entregar cartões para todo mundo.”

Uma fronteira mais importante, porém, está na própria concessão de crédito. Com modalidades como o Pix Garantido, os bancos ambicionam analisar o risco de clientes que não têm crédito pré-aprovado em tempo real, para conceder empréstimos instantaneamente.

De início, as funcionalidades se aproximam disso. O BB foi o primeiro a conceder crédito via WhatsApp, mas começou por linhas garantidas e com limites pré-aprovados. “Um dia, podemos chegar à análise de crédito online, e a inteligência artificial com certeza pode ajudar”, diz o gerente executivo de tecnologia do banco.

Fonte: Estadão

 

Governo avalia retomar linha de liquidez aos bancos para tentar evitar crise de crédito

Publicado em: 27/02/2023

O governo Lula considera retomar uma linha de liquidez para os bancos no caso de um cenário de restrição ao crédito na economia. Outra medida que está sendo considerada pela área econômica é usar o Pronampe, linha de crédito de apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte criada durante a pandemia da covid-19.

Segundo apurou o Estadão, as duas medidas estão sob análise e podem ser utilizadas para evitar uma crise de crédito no País. Como antecipou reportagem do Estadão/Broadcast, no último dia 16, uma desaceleração intensa do crédito entrou no radar do mercado e pode representar prejuízos à atividade econômica este ano – e, no limite, levar a uma recessão.

Embora não seja o cenário-base dos analistas, a expectativa de uma taxa básica de juros (Selic) alta por mais tempo trouxe esse risco à tona, numa situação agravada pelo caso das Lojas Americanas e depois de os principais bancos do País sinalizarem menor disposição para conceder empréstimos.

Em entrevista ao Estadão, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, acenou com medidas que chamou de compensatórios para dar liquidez. O aumento do crédito é foco da equipe econômica.

Fontes da área econômica informaram que a linha emergencial de liquidez aos bancos em estudo é semelhante à que foi adotada na época da crise financeira internacional em 2008. Essa linha foi usada pelos países europeus e depois copiada pelo Brasil. Mais tarde, o Banco Central retirou a oferta da linha.

A linha dá liquidez aos bancos e utiliza como colateral (garantia) uma carteira de créditos de renda fixa, como debêntures, que tenham um bom rating (avaliação). São ativos negociados no mercado secundário.

O mecanismo é o seguinte: a instituição financeira oferece como garantia essa carteira e o Banco Central dá uma linha de crédito com custo um pouco acima da taxa do Desconto Interbancário (DI).

As duas alternativas em análise são complementares, mas não as únicas em estudo para uma eventual necessidade de um programa emergencial.

No caso do Pronampe, já há uma Medida Provisória no Congresso que trata da nova estrutura do programa de garantia de crédito.

Fonte: Estadão

Bancos brasileiros investem mais de R$ 30 bi em tecnologia por ano

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Os investimentos em tecnologia da informação têm sido prioridade absoluta dos bancos brasileiros nas últimas décadas. A avaliação é de Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “O processo de automação bancária passou por várias etapas, que incluem a aquisição dos primeiros equipamentos para as operações de retaguarda das instituições, a implantação de sistemas em tempo real, a automatização das agências, a expansão da rede de caixas eletrônicos e a utilização em massa do internet e mobile banking”, diz.

Ele afirma que os bancos fazem parte do setor da economia que mais investe em tecnologia da informação, sempre encontrando formas de ser mais eficientes e prestar um melhor atendimento aos milhões de clientes que têm. “Nas últimas décadas, dezenas de milhões de brasileiros viram o acesso aos bancos facilitado e a oferta de crédito e de outros produtos bancários crescer, tudo isso movido pelo que há de mais moderno e que a tecnologia nos oferece”, diz Mulinari.

Atualmente, os bancos investem cerca de R$ 30 bilhões em tecnologia anualmente, sendo que, deste total, 10% são voltados para a segurança da informação. A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar 120 bilhões de transações a cada ano.

Para Estevão Lazanha, diretor de Canais Digitais e Open Finance do Itaú Unibanco, o avanço tecnológico é condicionante e impulsionador na implementação de produtos e serviços cada vez mais inovadores.

“Além disso, vemos também o cenário regulatório acompanhando esta agenda, com destaque para a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que garante segurança no processo e autonomia para o cliente, enquanto dono dos seus dados. Assim, toda vez que ocorrer o compartilhamento de dados, a finalidade do seu uso estará bem definida e o cliente pode escolher se deseja ou não seguir com o compartilhamento”, destaca Lazanha.

País é protagonista em inteligência financeira

O Brasil tem ocupado papel de destaque quando o assunto é inovação tecnológica nos bancos. Para se ter uma ideia, o País foi um dos primeiros mercados mundiais a implementar o chip nos cartões, que continua sendo a solução mais segura que existe para o mercado de cartões de crédito e débito. No Brasil, os primeiros passos da migração da tarja magnética ocorreram na primeira metade dos anos 2000.

“O Brasil também saltou na frente na implementação do internet banking no início dos anos 1990 e foi pioneiro na implantação do mobile banking. Os resultados mais recentes da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária apontam que as transações bancárias feitas por pessoas físicas pelos canais digitais – internet e mobile banking – foram responsáveis por 70% das operações atualmente no País”, diz Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“Atualmente, vivemos uma disrupção em modelos de negócios que coloca a indústria financeira diante dos desafios da hiperconectividade, com novos serviços e produtos personalizados para os clientes. A indústria financeira ganha papel de protagonista na vanguarda dessa revolução alimentada por tecnologias como a internet das coisas, que liga à rede mundial de computadores os mais triviais equipamentos domésticos, e a chamada big data, a capacidade de coletar e resgatar enormes quantidades de informação. O uso dessas inovações pode resultar em produtos e serviços mais inovadores para os clientes e em maior eficiência operacional”, diz.

E as inovações não param por aí. A inteligência artificial tem revolucionado os serviços bancários, e está aproximando os bancos de seus clientes, permitindo que o atendimento fique cada vez mais personalizado. A parte mais visível dessa mudança pode ser vista em canais como os chatbots e assistentes virtuais.

Fonte: Estadão

 

“Bancos não precisam de juros altos para ter lucro”, diz presidente da Febraban

Publicado em: 10/02/2023

Na semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a independência do Banco Central e os juros altos, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, saiu em defesa dos bancos e disse que as instituições financeiras não precisam de juros altos para lucrar.

“Os bancos não precisam de juros altos para ter lucro. O que precisamos é de uma agenda para reduzir o custo de crédito. Os juros precisam baixar e isso não depende só dos bancos”, disse Sidney em evento do grupo Lide em Lisboa.

O presidente da Febraban não fez referência direta às críticas recentes de Lula sobre o alto patamar dos juros básicos da economia, mas defendeu que os bancos têm spreads altos (diferença entre os juros pagos na captação e cobrados nos empréstimos) por causa do nível elevado de inadimplência e da dificuldade de execução de garantias.

“É muito caro no Brasil tomar crédito. Temos que sair da posição vergonhosa de ser o setor bancário que menos recupera garantias no mundo”, afirmou Sidney.

O presidente da Febraban disse que bancos defendem juros e empréstimos menores para democratizar o acesso ao crédito no país e acrescentou que o “setor bancário está fazendo sua parte”, concedendo cerca de R$ 15 trilhões em empréstimos.

Sobre a parte que caberia ao governo, Sidney enfatizou a necessidade de encaminhamento das reformas administrativa e tributária. Sobre a reforma tributária especificamente, disse que é essencial que a proposta passe também pela reforma do consumo.

Ele abriu o discurso dizendo que o setor privado pode contribuir com o governo oferecendo uma proposta para o novo arcabouço fiscal, o conjunto de regras que regem as contas públicas.

“Precisamos, sim, ser protagonistas. Podemos oferecer proposta de arcabouço fiscal. Falamos tanto de responsabilidade fiscal. Não estou defendendo que haja uma corrida desesperada para que consigamos fazer com que a dívida pública se sustente […]. Não vejo oposição entre social e fiscal”, disse.

Fonte: CNN Brasil

Sob sombra de Americanas, bancões devem somar R$ 23,4 bi de lucro

Publicado em: 03/02/2023

Os quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto devem mostrar lucro somado de R$ 23,411 bilhões no quarto trimestre de 2022, de acordo com a média das estimativas de oito casas (BTG Pactual, Credit Suisse, Bradesco BBI, Citi, Goldman Sachs, Safra, Santander e UBS BB) consultadas pela Coluna. A temporada de resultados começa nesta semana sob a sombra do caso Americanas, e analistas de mercado divergem sobre os possíveis impactos. O BTG Pactual, por exemplo, atualizou estimativas para incluir esse fator. O Credit Suisse, por sua vez, considera mais provável um provisionamento a partir do primeiro trimestre.

Previsão é de avanço de até 41% nos ganhos

O mercado espera que o BB e o Itaú tenham saltos de 41% e de 16% nos lucros, respectivamente, e antevê quedas de 38% e de 32% para Bradesco e Santander. Desde o ano passado, esperava-se que a temporada fosse desigual para os quatro bancos diante das exposições de cada um a pessoas físicas. A crise da Americanas intensificou essa previsão.
Bradesco é maior credor da varejista

Em termos nominais, o Bradesco é o banco com o maior saldo a receber da Americanas, de R$ 4,8 bilhões, enquanto em termos relativos, o Santander Brasil é o mais exposto, com 0,6% de sua carteira ligados à varejista, segundo cálculos da XP Investimentos. Itaú Unibanco e Banco do Brasil têm, respectivamente, R$ 2,8 bilhões e R$ 1,4 bilhão em créditos junto à empresa.

Provisões podem ser feitas já nos balanços do 4º tri

Alguns bancos consideram fazer provisões para os créditos da varejista já nos balanços do quarto trimestre, que começam a ser divulgados na próxima semana. Embora a recuperação judicial da Americanas tenha ocorrido em 2023, as instituições financeiras podem adiantar o provisionamento ao informar um fato subsequente.

O fato subsequente é uma forma de a empresa comunicar um fator relevante, que mude a posição financeira, mas que tenha acontecido após o período a que o balanço se refere. A Americanas teve o pedido de recuperação judicial aprovado no último dia 19, e a lista de credores coloca os bancos como os mais afetados, embora ainda seja alvo de disputa.

O BTG, que já havia calculado estimativas para os balanços dos bancos antes do caso Americanas, refez a conta para considerar que cada um deles fará uma provisão adicional já no fechamento contábil de 2022. A mudança derrubou as previsões em até 30% (caso do Bradesco), mas não mudou a estimativa dos analistas para o lucro do Banco do Brasil.

Fonte: Estadão

Sindicato dos Bancários reivindica antecipação do pagamento da PLR

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O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região enviou ofício para todos os bancos reivindicando que antecipem o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A Convenção Coletiva de Trabalho determina que os bancos privados têm até 1º de março para fazer o pagamento.

Já para os bancos públicos, os prazos para pagamento da PLR são outros, previstos em acordos específicos. No caso da Caixa, o banco tem até 31 de março para fazer o crédito. Já em relação ao Banco do Brasil, o prazo previsto no acordo específico é em “até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos ou JCP-Juros sobre Capital Próprio aos acionistas”.

Entretanto, todos os anos o Sindicato reivindica que o pagamento da PLR seja antecipado, e muitas instituições financeiras assim o fazem.

“Sabemos que no início do ano, nos meses de janeiro e fevereiro, os trabalhadores precisam lidar com despesas extras como matrícula e material escolar dos filhos, IPVA, IPTU, entre outras. Portanto, o adiantamento do crédito da PLR, assim que fechado o balanço de cada banco, significa um reforço importante no orçamento familiar dos bancários. Por isso, o Sindicato, sensível aos anseios e necessidades da categoria, reivindicou em ofício o adiantamento da PLR”, diz Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

O valor que os bancários receberão é a segunda parcela da PLR 2022, descontado o valor pago como antecipação em setembro do ano passado. Com os balanços dos bancos no ano de 2022 sendo fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já poderá calcular a PLR e realizar o crédito aos trabalhadores.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Rombo da Americanas pode abocanhar até 30% do lucro dos bancos, calcula XP

Publicado em: 27/01/2023

A Americanas (AMER3) divulgou, nesta amanhã (25 de janeiro), a sua lista de credores, cumprindo uma importante etapa da sua recuperação judicial. O valor assusta e pode trazer impactos para os bancos, calcula a XP em relatório publicado nesta quarta-feira (25).

A maior dívida da Americanas é com o Deutsche Bank, de R$ 5,22 bilhões, na sequência, vem a dívida bilionária com o Bradesco (BBDC4), de R$ 4,5 bilhões.

Veja a lista dos bancos:

Deustche Bank: R$ 5,2 bilhões
Bradesco: R$ 4,5 bilhões
Santander Brasil (SANB11): R$ 3,6 bilhões
BTG Pactual (BPAC11): R$ 3,5 bilhões
Votorantim: R$ 3,2 bilhões
Itaú (ITUB4): R$ 2,7 bilhões
Safra: R$ 2,5 bilhões
Banco do Brasil (BBAS3): R$ 1,3 bilhão
Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões

Os analistas dizem que os bancos podem optar por provisionar esse valor já no quarto trimestre ou nos resultados do primeiro trimestre de 2023.

“Em ambos os casos, esperamos que o impacto nos resultados seja mais significativo para BTG, Santander e Bradesco (em torno de 20-30% de seu lucro líquido)”, calcula.

Por outro lado, Banco do Brasil e Itaú devem ser os bancos menos afetados (menos de 10% do lucro líquido).

Os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães, que assinam o relatório, também não descartam provisões adicionais do valor nos trimestres seguintes, caso o novo cronograma de pagamentos da empresa sofra atrasos ou os bancos façam rebaixamentos adicionais em sua classificação de risco.

O Inter Research também vai na mesma linha ao dizer que Santander e o Bradesco são os mais impactados, representando 0,8% e 0,5% da carteira, respectivamente, enquanto o Itaú e o BB apresentaram 0,2% de exposição da carteira total em saldo com a Americanas.

“Em termos de impactos no patrimônio líquido destes bancos, o Santander sofreria com 4,5% do PL total, seguido pelo Bradesco com 3,1%, Itaú com 1,8% e BB com 0,9%”, coloca.

O Inter diz, porém, que o efeito Americanas tem impactos limitados ao setor, “não ocasionando maiores prejuízos no médio e longo prazo que possa afetar substancialmente o valor destas instituições”.

Fonte: Money Times

 

Bancos aceleram a entrada na tokenização em busca de liquidez

Publicado em: 05/01/2023

Falar em token não tem nada a ver com a cotação do Bitcoin. Não para os bancos, que enxergam na tecnologia de ativos digitais um potencial enorme para criar novos instrumentos financeiros em seus braços de investimentos. O pulo do gato é poder fracionar ativos, ou seja, dividir um bem ou contrato em partes menores, o que amplia a liquidez dos títulos de investimento. O setor está otimista com a tecnologia, mas apreensivo com a regulação. O vácuo regulatório em que se encontra a tokenização no Brasil tem deixado alguns produtos em compasso de espera. Atualmente, a maior movimentação é interna, com a criação de divisões nos grandes bancos focadas em ativos digitais para se preparar para uma demanda futura.

Não há estatísticas oficiais no momento sobre a adesão dos bancos brasileiros à tokenização. Mas a reportagem do Estadão/Broadcast bateu de porta em porta e encontrou respostas positivas em praticamente todos os bancos procurados.

A promessa de ampliação de liquidez ao se fracionar opções de investimento por meio dos tokens foi o que chamou a atenção de Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander, que neste ano anunciaram sua entrada na tokenização.

“A inserção da população nesse universo não vai ser a partir das instituições financeiras e dos dos players que tokenizam. A necessidade de tokenização vai vir da nova geração, ela vai vir do hábito”, diz Guto Antunes, diretor do Itaú Digital Assets, uma unidade de negócios voltada para o desenvolvimento de tokens, criada em julho passado.

Ele defende que a grande vantagem da tokenização é seu poder de democratizar os investimentos. “Você acessa uma base de investidores muito mais ampla, porque consegue criar frações digitais do ativo”, afirma Antunes. “Em vez de precisar de mais de R$ 10 mil para investir, por exemplo, pode fracionar em lotes de R$ 15, R$ 20.”

Courtnay Guimarães, cientista chefe da Avanade Brasil, prevê que o sistema financeiro brasileiro pode se destacar no cenário global da tokenização. “Acredito que em dois anos o Brasil será um dos líderes mundiais nisso, do ponto de vista bancário”, afirma Guimarães. Mas para que a tokenização tenha sucesso, alerta o especialista, é preciso colocar outros players não bancários na mesma estrutura tecnológica, de modo a evitar concentração.

Mesmo assim, Portilho estima que até 30% do mercado vai estar tokenizado nos próximos cinco anos. “Vejo outros agentes do mercado desenvolvendo pilotos e realizando testes. A ficha caiu de que o caminho é esse”, conta o executivo, que aguarda avanços regulatórios quanto aos tokens e se diz otimista com o Projeto de Lei cripto aprovado.

Segundo Bruno de Freira Gomes, superintendente de Securitização, Investimentos Estruturados e Agronegócio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o sandbox regulatório, que terá uma nova edição no próximo ano, busca trazer a tecnologia blockchain para dentro do mercado de capitais a fim de atualizar sua infraestrutura, possibilitando que os ganhos de eficiência da tokenização sejam aproveitados em um ambiente regulado.

Gomes pondera que hoje o mundo do token não conversa bem com o mercado tradicional, uma vez que a exigência legal de depósito, registro, custódia e escrituração mingua os ganhos de eficiência provenientes da tokenização. “Não é acabar com o depósito, a custódia ou o registro. Essas funções não vão desaparecer, elas só vão ser mais eficientes e mais baratas, traduzindo em captações mais baratas para o mercado como um todo”, afirmou, em evento no último dia 15, promovido pelo escritório Pinheiro Neto Advogados e com participação também da Anbima.

Neste mês, o Santander Brasil finalizou a sua primeira tokenização de um instrumento financeiro regulado. Por meio do sandbox regulatório da CVM, o banco realizou uma emissão para captar recursos para um cliente institucional. “Retemos muitos dos projetos em laboratório com receio da segurança jurídica. A lei aprovada (o PL cripto) é um avanço, mas ainda há muita coisa a ser definida”, diz Jayme Chataque, superintendente executivo de Open Finance, Ativos Digitais e Blockchain no Santander.

De toda forma, tokenização de ativos é uma tendência clara na visão do banco espanhol, frisa o executivo. Embora o braço europeu tenha começado os testes com tokenização em 2018, Chataque enxerga com bons olhos a posição do Brasil, onde participa do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift) do Banco Central (BC) para o Real Digital. “Não diria que a Europa está mais avançada do que o Brasil. Nem do ponto de vista legislativo, tampouco na disponibilização da tecnologia para o cliente”, afirma.

O Bradesco também está desenvolvendo estudos e soluções em blockchain por meio de uma equipe interna, composta por áreas de negócio e áreas técnicas. Atualmente, o banco tem experimentado internamente a tokenização de alguns ativos regulados em parceria com startups. Em 2020, por exemplo, a Bitz, carteira digital do banco, adquiriu a 4ward, fintech especializada em soluções em blockchain para instituições financeiras. “O banco acompanha este mercado [de tokenização] de maneira próxima, visando extrair as principais oportunidades que estejam relacionadas à evolução dos negócios financeiros”, informou em nota.

A tokenização também está na mira dos bancos públicos. A Caixa Econômica Federal informou que criou um grupo de trabalho com o objetivo de desenvolver projetos relacionados ao real digital, tokenização de ativos e a prospecção de oportunidades de novos produtos financeiros.

E o Banco do Brasil anunciou um investimento estratégico – por valor não revelado – na plataforma de intermediações financeiras e serviço de pagamentos Bitfy, que atua como carteira digital de criptomoedas. “O BB acredita que a tendência de tokenização ampliará opções de investimento e adicionará fontes interessantes de financiamento para empresas. Por este motivo, buscamos o investimento estratégico na Bitfy, para acelerar o desenvolvimento de soluções neste sentido”, afirmou o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, por meio de nota.

Já a federação dos bancos, a Febraban, avalia como positivo o avanço do setor rumo à tokenização. Entre os seus projetos para adicionar a tokenização aos meios bancários, a entidade se tornou uma das participantes do Lift Challenge, projeto idealizado pelo BC em conjunto com a Fenasbac para desenvolvimento e implementação do Real Digital. No laboratório de inovação, a Febraban propõe a negociação de ativos financeiros digitalizados – ou seja, tokens – usando o método de pagamento contra entrega (DvP), que só é possível em uma rede blockchain. A proposta é que através da tecnologia DvP as transações financeiras de pagamento aconteçam instantaneamente.

“A Febraban está investindo em um primeiro protótipo que utiliza os princípios de Deliver vs Payment (DvP) com liquidação automática para ativos financeiros. Este protótipo tem o objetivo de testar as características e robustez da infraestrutura, facilidade de programação e segurança da informação, permitindo que possamos adotar o melhor protocolo para um piloto em 2023?, conta Leandro Vilian, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban. (Reportagem de Beatriz Capirazi, Gabriel Tassi, Maria Lígia Barros e Zeca Ferreira)

Fonte: Terra

Bancos do Brasil não estão entre os 50 mais seguros do mundo

Publicado em: 15/12/2022

A versão on-line da revista Global Finance divulgou sua lista anual com os 50 bancos mais seguros do mundo em 2021, e nenhum deles é brasileiro. O banco alemão KfW conquistou o primeiro lugar no ranking pela quarta vez consecutiva, sendo seguido por três instituições alemãs, uma holandesa e uma suíça. O Chile é o único país da América do Sul que aparece no ranking, com duas instituições: o Banco Estado (42º) e o Banco de Chile (46º).
Na Ásia, três bancos de Cingapura foram selecionados entre os 15 primeiros. A região ainda foi representada por dois bancos chineses, um taiwanês e um japonês, que também ficaram entre os 25 primeiros.

Na América do Norte, sete bancos canadenses conquistaram um lugar na lista. Com a 29ª posição, o Bank of New York Mellon Corp foi a organização mais bem colocada dos EUA, que foi representado por quatro bancos agrícolas, como mostra uma publicação da Exame.

Além dos 50 bancos mais seguros do mundo, o relatório inclui: 50 bancos comerciais mais seguros do planeta; bancos mais seguros por país e território; 50 bancos mais seguros em mercados emergentes; instituições financeiras islâmicas mais seguras no GCC (Conselho de Cooperação do Golfo), e os bancos mais seguros por região (África, Ásia, Australásia, Europa Central e Oriental, América Latina, Oriente Médio, América do Norte e Europa Ocidental).
“Como se sabe, para estar nessa lista, cada banco precisa ser avaliado pelas três maiores agências de avaliação de risco do mundo, a Fitch Ratings, a Moody’s, e a Standard & Poor”, afirma Alexsandro Leite, diretor-jurídico da Stla Brasil, escritório de operações nacionais e internacionais.

Ausência na lista chama a atenção para o Risco Brasil

Para Leite, a ausência de instituições brasileiras na lista dos 50 bancos mais seguros do mundo é uma mensagem para o mercado nacional e internacional do “Risco Brasil”: “Essa avaliação é um sinal de que o nosso ambiente de negócios possui fraquezas bancárias estruturais e que a probabilidade de inadimplência é alta”.

Com efeito, a inadimplência bateu um novo recorde e atingiu 67,9 milhões de brasileiros em agosto, de acordo com a Serasa, e o segmento de bancos e cartões foi apontado como o responsável pela maioria das dívidas, 28,8% do total. Apenas entre julho e agosto, 300 mil novos brasileiros ficaram inadimplentes, uma alta de 0,5%. Trata-se do maior número de endividados desde o início da análise, em 2016.

Na avaliação do diretor-jurídico da Stla Brasil, a ausência de bancos brasileiros na lista das instituições mais seguras decorre de uma série de motivos, alguns operacionais, outros regulatórios, e mais alguns de crédito. No entanto, “o maior motivo para nenhum banco brasileiro estar na lista da Global Finance é o alto número de reclamações de clientes que nossos bancos recebem”.

Em julho, o BC (Banco Central) divulgou um ranking com os 15 bancos que mais tiveram reclamações de clientes durante o primeiro trimestre de 2022. São eles: C6 Bank, BTG Pactual/ Banco Pan, Inter, BMG, Santander, Bradesco, Mercado Crédito, Original, PagBank- PagSeguro, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Votorantim, Nubank e Midway.

Entre as principais queixas, os brasileiros citaram irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo e legitimidade de operações e serviços relacionados a cartões e aplicativos de internet banking.

Ademais, os consumidores citaram problemas com a oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado, reclamaram de golpes e transações não reconhecidas por titulares das contas, além de problemas relacionados ao Pix, às centrais de atendimento e com o recebimento de cobranças indevidas, conforme publicação do jornal O Tempo.

Diante disso, prossegue Leite, se os brasileiros possuem tantas reclamações contra as instituições bancárias do país, isso significa que a clientela internacional terá tantas, ou até mais, reclamações pelos mesmos motivos dos bancos brasileiros. “E nenhum banco brasileiro foi aprovado nesse critério, o que deixou as instituições fora da lista”.

Para mais informações, basta acessar: https://www.stla.com.br/

Fonte: Valor Globo