A ambição da cúpula da Caixa pelo comando do Banco do Brasil

Publicado em: 14/11/2019

Há pelo menos duas semanas, funcionários do Banco do Brasil vêm sendo bombardeados sobre a possibilidade de o atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, substituir Rubem Novaes no comando da maior instituição financeira pública do país.

O burburinho estava tão forte, que chegaram até a marcar a posse de Guimarães, 11 de novembro. Só faltaria o ok do presidente da República, Jair Bolsonaro, que, naquele dia, levou o presidente do BB para a entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida, na Paraíba.

A grande pergunta que os funcionários do BB se fazem é o que tanto Guimarães quer com o banco? Esse questionamento, inclusive, foi feito a Rubem Novaes, que tratou a sua possível substituição como boato. Quem o ouviu falar sobre o tema diz que ele foi convincente.

Publicamente, Pedro Guimarães também nega a eventual troca de cadeiras entre BB e Caixa. Ele foi questionado nesta terça-feira, 12 de novembro, sobre ir para a presidência do BB durante entrevista de anúncio do balanço do banco que comanda. Nesse caso, não foi convincente.

Casa Civil

Em se tratando de governo, no entanto, tudo é possível. Não à toa, os funcionários do BB estão em polvorosa. Alguns deles, inclusive, se movimentaram junto à Casa Civil para checar se realmente o nome de Guimarães estava sendo avaliado pelo Planalto para substituir Novaes. A Casa Civil negou.

Maldosamente, nos corredores do BB, o que se diz é que toda a história da ida de Guimarães para lugar de Novaes foi criada por funcionários da Caixa, insatisfeitos com a atual gestão da instituição. O balão de ensaio, pelo menos por enquanto, não colou.

A base do discurso dos que defendem a ida de Guimarães para o BB está na futura privatização do banco. Ele tocaria o processo num ritmo muito mais veloz do que Rubem Novaes, que teria sido cooptado pelos funcionários do BB.

O certo é que, enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, que dá a última palavra em relação ao Banco do Brasil e à Caixa não botar um ponto final no disse-me-disse, a eventual troca de cadeiras entre os presidentes das duas instituições públicas continuará no centro das atenções.

Fonte: Correio Braziliense

BB e Caixa disponibilizam R$ 450 milhões a empresários do Mato Grosso do Sul

Publicado em: 23/10/2019

Com a expectativa de movimentar a economia de Mato Grosso do Sul neste fim de ano, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram, nesta segunda-feira (21), durante reunião na sede do Sebrae/MS, em Campo Grande, com representantes do setor produtivo, a disponibilização de R$ 450 milhões em linhas de crédito para as micro, pequenas e médias empresas do Estado utilizaram como pagamento do 13º salário e capital de giro. Pelo menos R$ 250 milhões são oriundos de linhas de crédito da Caixa, enquanto os outros R$ 200 milhões restantes são do Banco do Brasil via financiamento do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste).

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Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que também preside o Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, os recursos vão ajudar a alavancar a economia do Estado. “Entendemos que este é um momento muito significativo na retomada da economia. Mato Grosso do Sul vem se consolidando em todos os setores e pensamos de que forma poderíamos alavancar ainda mais a economia e conversamos com os representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, dois parceiros que têm contribuído para o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou.

Só no FCO Empresarial, ainda estão disponíveis em Mato Grosso do Sul R$ 200 milhões para projetos, desde que as solicitações sejam encaminhadas até dia 14 de novembro. “Até agosto deste ano, já registramos 1.750 operações do FCO Empresarial e ainda temos recursos disponíveis para essa modalidade. Estamos aproveitando para anunciar uma linha especial que é o FCO Giro 13º salário, com taxas atrativas para os empresários. Todas as nossas agências já estão preparadas para atender os interessados, com recursos suficientes para atender toda a demanda que surgir”, ressaltou o superintendente do Banco do Brasil, Sandro Grando.

Já o superintendente da Caixa Econômica Federal, Evandro Lima, explicou que o banco disponibiliza para os micro e pequenos empresários R$ 250 milhões em linhas de crédito específicas para 13º salário. “A linha 1 com recursos do PIS (Programa Integração Social), com taxas de 0,83%, a linha 2 com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e também acessível a qualquer cliente, e linha 3, com recursos próprios da Caixa e taxa de juros a partir de 0,95% ao mês. Temos condição de atender qualquer empresa que nos procurar”, detalhou.

Ele ainda reforçou que, somado a esse valor, a Caixa Econômica Federal também injetará, até o fim do ano, R$ 430 milhões referentes ao saque imediato do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). “Já foram liberados R$ 215 milhões e, até dezembro, serão mais R$ 215 milhões. Isso é uma forma de dinamizarmos a economia porque são valores pequenos que as pessoas sacam em dinheiro e que têm, portanto, uma aderência muito grande no comércio e nos serviços, dando de fato maior celeridade à economia neste final de ano. Queremos movimentar a economia, gerar emprego e renda neste período através de empréstimos e financiamentos”, completou.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou que os empresários que desejam solicitar o FCO Empresarial têm apenas 20 dias para encaminhar seus projetos. “A nossa meta é que consigamos terminar o ano com 100% dos recursos aplicados. E o CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO) já me deu anuência de aprovar os projetos que chegarem à Semagro para resolvermos tudo nesses 20 dias. Então essas são ações de curto prazo importantes para que a gente chegue até o final do ano dando condições ao setor produtivo”, salientou o secretário, que também presidente o CEIF/FCO.

Já o secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, ressaltou que Mato Grosso do Sul conquistou o 5º lugar entre os Estados mais competitivos no Prêmio Excelência em Competitividade 2019. “E isso tem muito a ver com o que está acontecendo aqui hoje. Quando temos instituições públicas e privadas unidas e buscando o mesmo objetivo, que é o desenvolvimento do nosso Estado, conquistamos bons resultados e nossa população passa a se sentir respaldada e com confiança para investimentos”, finalizou.

Além do presidente da Fiems e do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, Sérgio Longent, também participaram da reunião os outros representantes do setor produtivo de Mato Grosso: o presidente da Famasul, Mauricio Saito, o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, e o presidente da Faems, Alfredo Zamlutti.

Fonte: Jornal da Nova

Congressos do BB e da Caixa ocorrem nos dias 1 e 2 de agosto

Publicado em: 17/07/2019

As questões específicas dos empregados da Caixa e as dos funcionários do Banco do Brasil estarão em pauta, nos dias 1 e 2 de agosto, durante os congressos nacionais das duas empresas. Os eventos acontecem em São Paulo.

Debater medidas do governo que enfraquecem a instituição, mecanismos de defesa da Cassi, manutenção da luta contra a resolução 23 da CGPAR, fechamento de agências, corte de postos de trabalho e contra as ameaças aos fundos de pensão. Estes são alguns dos itens discutidos no 30º CNFBB (Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil).

Os empregados da Caixa vão aproveitar o 35º CONECEF para intensificar a mobilização em favor da manutenção do banco 100% público e contra o desmonte orquestrado pelo governo. Também entram em debate a reestruturação, o fim da utilização da GDP como critério para promoção por mérito, a redução do equacionamento na Funcef, dentre outros pontos.

Pauta de reivindicações

O Congresso do BB é importante para discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores a ser negociada com a direção do banco público, lembra o dirigente sindical e funcionário do BB Getúlio Maciel. “Vivemos um momento de ataques aos bancos públicos e às demais estatais, de ameaças de privatização, de uma reforma da Previdência nefasta para os trabalhadores, que não conseguirão se aposentar”, enfatiza o dirigente.

“Há ainda, por parte da direção, ameaças de encolhimento do Banco do Brasil representadas pelos planos de demissão voluntária e venda de ativos. Os funcionários também estão temerosos com os aumentos abusivos de nas consultas e procedimentos médicos que o conselho de administração da Cassi quer impor. Nesta hora, mais do que nunca, são necessárias mobilização, organização e união dos funcionários”, enfatiza Getúlio Maciel.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (Com Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região)

Gerente-geral recebe horas extras após a sexta hora com base em PCS anterior

Publicado em: 05/07/2019

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que um gerente-geral de agência tem direito a receber horas extras da Caixa Econômica Federal (CEF) após a sexta hora de trabalho, porque a jornada de seis horas para gerente estava prevista no regulamento interno da empresa quando o profissional foi contratado. Mesmo com a mudança posterior da norma, manteve-se o direito dele de receber as horas extras a partir da sexta hora, e não somente após a oitava.

O bancário trabalhava, em média, das 9h às 18h, com uma hora de intervalo para descanso e refeição, de segunda a sexta-feira. Contratado em junho de 1984, ele era vinculado ao Plano de Cargos e Salários (PCS) da CEF de 1989 até 17/3/1998, quando foi enquadrado no PCS de 1998. O PCS/89 estabelecia que o cargo de gerente estava sujeito à jornada de seis horas, nos termos do Ofício Circular “DIRHU 009/88”.

Ao julgar o caso, o juízo da 2ª Vara do Trabalho de Colombo (PR) entendeu que, mesmo tendo sido gerente-geral de agência desde 2004, seria aplicável ao empregado o limite de seis horas diárias previsto no regulamento interno. Considerou que as disposições dessa norma interna aderiram ao contrato de trabalho, passando a fazer parte do seu patrimônio jurídico, de forma que as alterações prejudiciais só se aplicariam aos novos empregados.

O juízo de primeiro grau destacou que, apesar de o economiário ter exercido a função de gerente de agência, não se aplicava à situação dele o artigo 62 da CLT (Súmula 287 do TST), porque o regulamento da empresa o beneficiava. Deferiu-lhe, então, o pagamento, como extras, das horas trabalhadas além da sexta diária.

Horas extras a partir da oitava

Após recurso ordinário da Caixa, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região mudou a sentença. Conforme o TRT, no período em que esteve vinculado ao PCS/89 (até 17/3/1998), o empregado tinha direito ao pagamento, como extras, das horas excedentes da sexta diária, ainda que investido nas funções de gerente. Mas, em relação ao período a partir de 18/12/2007, o TRT entendeu que o gerente estaria vinculado ao PCS/98 e ao que dispõe o normativo interno denominado “CI GEARU 055/98”, tendo o direito de receber, como extras, apenas as horas excedentes da oitava diária, pois o regulamento interno da CEF aplicável limitaria a jornada do gerente-geral a oito horas.

O empregado recorreu ao TST contra a decisão do Tribunal Regional. Conforme as alegações dele, a CEF praticou “alteração unilateral ilícita” do contrato, pois majorou a sua jornada de trabalho para oito horas, sem que houvesse modificação nas atribuições das funções.

Ao examinar o recurso de revista, a ministra Delaíde Miranda Arantes, relatora, destacou que o TST, no item I da Súmula 51, pacificou o entendimento de que as cláusulas regulamentares que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente só atingirão os empregados admitidos após a revogação ou alteração do regulamento.

Portanto, segundo a ministra, “o benefício da jornada de seis horas, uma vez instituído pela empresa, incorpora-se ao contrato de trabalho de seus empregados, sendo irrelevante, na hipótese dos autos, a discussão sobre as atribuições do economiário, com o fito de caracterizar a fidúcia bancária, seja na forma do artigo 62, inciso II, ou do artigo 224, parágrafo 2º, da CLT”, ressaltou.

Alteração contratual lesiva

“Em se tratando de norma mais benéfica, que, portanto, diante dos princípios do Direito do Trabalho, incorpora-se ao contrato de trabalho, a circunstância de o empregado – admitido à época em que estava em vigor o PCS/89 – ter sido promovido à função gerente-geral em 1/9/2004, quando já estava em vigor o PCS/98, não exclui direito que já havia se incorporado ao seu patrimônio jurídico, haja vista não ser possível a imposição unilateral de jornada de oito horas, por configurar alteração contratual lesiva”, avaliou.

Segundo a ministra Delaíde Miranda, a decisão do Tribunal Regional, ao aplicar o PCS/98, não obstante o empregado tenha sido contratado em 6/6/1984, na vigência do PCS/89, contraria a jurisprudência do TST. A Segunda Turma, então, seguindo o voto da relatora, deu provimento ao recurso do empregado para condenar a CEF ao pagamento, como extras, das horas excedentes da sexta diária, com divisor 180, nos termos do IRR-849-83.2013.5.03.0138 do TST.

A decisão foi unânime, mas a Caixa apresentou embargos de declaração, ainda não julgados.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Tribunal Superior do Trabalho

Caixa e Banco do Brasil perdem espaço no crédito, mas liderança não está ameaçada

Publicado em: 29/05/2019

O Banco Central (BC) apresentou novos dados sobre a concentração no mercado financeiro. Os cinco bancões continuam respondendo por 85% das operações de crédito, 84% dos depósitos e 81% dos ativos do sistema, dentro de um universo de 172 bancos. No entanto, parece se consolidar uma tendência de menor participação dos bancos públicos, embora sigam líderes em diversos segmentos.

No Relatório de Economia Bancária (REB), o BC apresenta diversos recortes sobre o mercado, mas vamos centrar atenção na participação nos segmentos de pessoas físicas e jurídicas, bem como nas modalidades crédito imobiliário e rural.

A história que os dados do BC nos conta é a da mudança de orientação de governo na utilização dos bancos públicos como ferramenta de política parafiscal, que se encerrou em meados de 2016, com mudança de governo, e tende a se acentuar com um governo de orientação liberal, que quer reduzir a concentração e ampliar a concorrência.

Pessoas físicas

A participação da Caixa e do Banco do Brasil vem diminuindo desde 2016, quando chegou a 51,7%, e agora caiu para menos da metade do crédito para as pessoas físicas, ficando em 48,16% em 2018.

A Caixa, fechou o ano respondendo por 29,5% do mercado ante 32,58% em 2016. Já o BB caiu de 19,13% para 18,7%. O banco privado com melhor colocação no período foi o Itaú Unibanco, que fechou o ano passado com 12% desse segmento, marcando uma ampliação sobre os 11,77% de 2017, que tinha registrado queda sobre 11,91% de 2016.

Pessoas jurídicas

No financiamento às empresas, a predominância continua sendo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com 20,58% do estoque. Mas a fatia é menor que os 21,9% de 2016 e os 22,6% de 2015.

O banco de fomento vem observando redução na sua carteira, depois de observar crescimento na casa de 40% depois da crise de 2008. O ano passado também marcou a adoção da Taxa de Longo Prazo (TLP) no lugar da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), reduzindo o volume de subsídio nas operações do banco.

A segundo posição no segmento empresarial segue com o Banco do Brasil, que tem 18,7% do mercado, seguido pela Caixa, com 12% e pelo Bradesco, com 11,5%. Em comparação com 2016, BB perdeu mercado, enquanto Caixa e Bradesco ganharam espaço.

Imobiliário

Aqui, a Caixa continua sendo o “banco da casa própria”, como 70% do estoque de financiamentos, pouco acima dos 68,17% de 2016 e dos 69,96% de 2017.

O segundo colocado é o Banco do Brasil, com 8,2%, ampliando dos 7,86% de 2016. Entre os privados, o Bradesco é o melhor colocado, com 7,94% ante 7,26% de 2016. Itaú e Santander apresentam quedas marginais de participação.

Crédito rural

Aqui, o Banco do Brasil é o “banco do campo”, respondendo por 53,36% do estoque de crédito em 2018, menos que os 55,45% de 2017, mas acima dos 47,55% de 2016. A segunda colocação é do Bradesco com 6,54%, também menos que 2017 (7,21%), mas acima dos 6,14% de 2016.

Movimentações acontecerem nas demais posições. O Santander parece ter firmado posição em terceiro lugar, com 3,79%, menos que os 4,05% de 2017, mas acima dos 2,53% que tinha em 2016, quanto ocupava a quinta colocação.

Quem perdeu terreno no período, foi o Banco Cooperativo Sicredi, que era o terceiro em 2016, com 4,28%, não figurou entre os cinco maiores em 2017, e agora está em quinto lugar, com 2,67% em 2018.

O IHHn que aparece nas tabelas é o índice de Herfindahl-Hirschman Normalizado (IHHn) utilizado para medir a concentração no sistema. Ele oscila entre zero e um. O BC considera que mercados que registram valores correspondentes ao IHHn situados entre zero e 0,1000 são considerados de baixa concentração. Acima de 0,1000 até 0,1800, de moderada concentração e acima de 0,1800 até 1, de elevada concentração. Para o sistema financeiro como um todo, as medições então na faixa de moderada concentração.

Fonte: Seu Dinheiro

BB, Itaú e Caixa ameaçam exchanges de criptomoedas, diz ex-presidente do Cade

Publicado em: 24/04/2019

Paulo Furquim de Azevedo, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), criticou, por meio de um parecer técnico, a atuação dos bancos em encerrar contas de empresas de criptomoedas. Contendo 44 páginas, o documento foi feito sob encomenda da Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain (ABCB). Apesar de ter sido juntado na quarta-feira (17), ao inquérito administrativo que tramita no Cade, o parecer econômico foi escrito o último dia 12.

Nele, o agora economista e professor do Insper demonstra fortes elementos de abusividade dos bancos com o encerramento de contas, pois isso retira das corretoras de criptoativos a “infraestrutura essencial” para sua atividade comercial.v“O encerramento das contas correntes das exchanges tem elevado potencial lesivo à concorrência”.

Domínio dos bancos

Ele relata que a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, ltaú, Bradesco e Santander “detinham conjuntamente 94,4% de participação de mercado em depósitos à vista no ano de 2017”.

Para Azevedo, o crescimento do mercado de criptoativos e o surgimento das exchanges têm sido vistos pelos bancos como ameaça a sua posição e que o encerramento das contas correntes seria um “modo a assegurar a continuidade de sua dominância nesse mercado”.

De acordo com o seu parecer, as contas correntes para essas empresas que transacionam criptomoedas são elementos essenciais para a continuidade de atividade econômica.

Negar esse tipo de serviço é o mesmo que impossibilitar a existência dessas exchanges, pois “não há alternativa para a captação de recursos e conversão de criptoativos em reais por parte das exchanges fora do sistema financeiro tradicional”.

“Ao negar acesso a esses insumos, os bancos dominantes dificultam a operação das exchanges, eventualmente ao nível de inviabilizar as suas operações”.

Isso inclusive foi o argumento utilizado pela ministra Nancy Andrighi no julgamento do Recurso Especial 1696214/SP que tramitava na 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Andrighi, contudo, foi voto vencido no STJ e a Justiça acabou decidindo a favor das instituições bancárias.
De olho no mercado cripto

Azevedo entende que a fundamentação apresentada pelos bancos sobre o risco de haver lavagem de dinheiro por meio das corretoras de criptomoedas não é convincente.

“O conteúdo das comunicações de negativa de contratação às corretoras de criptoativos e o padrão temporal observado para a decisão de encerramento das contas correntes não são consistentes com uma política não- discriminatória e transparente de prevenção à lavagem de dinheiro”.

A questão, entretanto, é que os bancos têm mostrado cada vez mais interesse em entrar no mercado de criptomoedas. No documento, Azevedo cita Santander, Deutsche Bank, UBS, BNP Paribas e JP Morgan como instituições que já chegaram até a iniciar operações com blockchain e criptoativos.

“A situação é particularmente crítica quando se observa a entrada de bancos na corretagem de criptomoedas, efetiva ou planejada.”

A aquisição da XP Investimentos pelo grupo Itaú Unibanco não deixou de ser mencionada no parecer. Ele aponta que essa corretora entrou no mercado de criptoativos por meio da XDEX, “a qual disponibiliza a seus clientes a compra e venda de Bitcoin e Ethereum, os dois criptoativos mais populares”.

Segundo o parecer, a XDEX planeja aumentar seus ganhos com a transação de criptoativos e ter concorrentes não seria algo tão interessante. “A empresa tem metas de ter um R$ 1 trilhão sob custódia até 2020, quatro vezes mais do que o alcançado em 2018”.

Caso similar no Cade

Azevedo, que presidiu interinamente o Cade em 2008, compara o cenário atual àquele em que as Organizações Globo tentaram inviabilizar canais alternativos similares aos do Sportv e assim deter todo mercado de transmissão de canais esportivos.

“A Globosat impossibilitava a concorrência de operadoras que não tinham acesso ao conteúdo por ela gerado. O fechamento de mercado era, portanto, possível e racional por parte do grupo econômico dominante, as Organizações Globo”.

Nesse caso, o que aconteceu foi que a Globosat se obrigou a comercializar os canais Sportv em condições não discriminatórias. Isso fez com que outras empresas pudessem concorrer nesse mercado.

“O acordo modificou as condições de concorrência no mercado de operadoras de TV por assinatura, o que possibilitou que entrantes, como a Vivo e a Oi, pudessem concorrer com um mix de canais comparável ao de empresas coligadas ao grupo Globo”.

Fonte: Portal do Bitcoin

Figueiredo vai para o Conselho da Caixa Econômica e Magalhães para o do BB

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Aos poucos os postos de comando da Caixa Econômica Federal estão sendo aparelhados por agentes de mercado. Segundo o Valor Econômico, Luiz Fernando Figueiredo vai assumir a presidência do conselho de administração da Caixa Econômica Federal no lugar de Hélio Magalhães, que vai comandar o conselho de administração do Banco do Brasil.

Luiz Fernando Figueiredo é sócio fundador e CEO da Mauá Capital, empresa de gestão de recursos independentes que tem cerca de 6,5 bilhões de reais sob sua tutela. Luiz também foi diretor do Banco Central do Brasil e um dos fundadores da Gávea Investimentos.

Ainda de acordo com o Valor Econômico, o Banco do Brasil levantou dúvidas sobre a existência de um suposto “conflito de interesses” entre a gestora Mauá Capital, da qual Figueiredo é sócio, e o BB, sobretudo em relação à subsidiária BB DTVM.

“Causa preocupação que um agente do mercado presidirá o conselho de administração do principal banco público do país responsável pela gestão de diversos programas sociais. Essa indicação sinaliza que a função social do banco estará ainda mais ameaçada”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região está percorrendo agências e centros administrativos da Caixa, e realizado atos em locais públicos com grandes concentrações de pessoas para denunciar a política de desmonte da Caixa promovida pela atual gestão sob o comando do governo Bolsonaro.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, confirmou a existência de negociações para a venda das operações de cartões e seguridade. “Se elas saírem, em até dois anos dá para devolver R$ 40 bilhões [ao Tesouro].”

“O presidente da Caixa está se desfazendo das operações mais rentáveis do banco, o que certamente irá impactar na gestão dos programas sociais do banco. É uma política de desmonte e encolhimento do principal banco público do país que prejudicará toda a população brasileira, especialmente os mais pobres”, alerta Dionísio.
Entrega da Lotex

O leilão para a entrega das loterias operadas pela Caixa está previsto para ocorrer no dia 9 de maio, em mais um movimento claro de desmonte das políticas sociais operadas pelo banco.

Em 2017, as loterias Caixa registraram, de forma global, arrecadação próxima a R$ 14 bilhões. Desse montante, quase metade (48%) foi destinada aos programas sociais. Se a venda for efetivada, o montante deverá ser reduzido drasticamente, já que o leilão prevê repasse social de apenas 16,7%.

“Os empregados e a sociedade devem se manter alertas e mobilizados para resistir ao desmonte das políticas sociais da Caixa, que resultará em prejuízos imensos a todos e em benefício exclusivo do setor financeiro privado, que visa somente o lucro para a remuneração dos acionistas”, afirma Dionísio Reis.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Executivos do Banco do Brasil e Caixa rejeitam assumir bancos estaduais

Publicado em: 27/02/2019

Executivos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal rejeitaram nesta quarta-feira planos para eventual incorporação de bancos estaduais, como parte dos esforços de governos regionais para se desfazerem de ativos públicos e reduzirem endividamento.

“O nosso mandato no Banco do Brasil é para nos desfazer de ativos que não guardem sinergia com o banco, não comprar”, disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores do BB, Carlos Hamilton, durante evento do BTG Pactual com investidores.

“Não temos mandato para assumir banco nenhum”, disse o vice-presidente de finanças da Caixa, André Laloni, também durante o evento.

Os executivos, que assumiram recentemente como parte de equipes do governo Jair Bolsonaro, com compromisso de reduzir a participação estatal na economia, reafirmaram planos de vender participações em subsidiárias dos dois bancos.

Laloni disse que a Caixa deve vender fatias minoritárias nos negócios de cartões, de gestão de recursos e de seguros, em ofertas iniciais de ações, com listagem na B3 e em Nova York, com ADRs de nível 3.

O executivo da Caixa disse também que o banco vai abandonar a política de empréstimos a grandes empresas.

“A Caixa não será instituição de caridade, principalmente para empresas que têm apoio político”, disse ele.

Fonte: Portal G1

Fundo da Caixa deve ter lucro de 890% com oferta do IRB Brasil Resseguros

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O governo de Jair Bolsonaro está prestes a colher um polpudo retorno na venda de seu primeiro ativo. Um fundo do governo, administrado pela Caixa Econômica Federal, venderá sua participação no IRB Brasil Resseguros SA, a maior resseguradora da América Latina, com um ganho de cerca de 890% desde quando comprou as ações, de acordo com uma pessoa a par da transação.

O fundo, que garante empréstimos estudantis, comprou sua participação no IRB em agosto de 2015, pagando R$ 9,44 por ação — antes de a empresa ser listada publicamente, disse a pessoa, pedindo para não ser identificada pois a informação não é pública. Agora, com o IRB valendo R$ 93,50 por ação — preço de fechamento de segunda-feira, o fundo finalmente está pronto para vender, em uma transação que deve ter seu preço definido na terça-feira. O ganho calculado não inclui dividendos pagos ao longo do tempo.

No mesmo período, o Ibovespa subiu 109%. As ações do IRB subiram quase 12% no acumulado do ano e mais do que triplicaram em valor desde a estreia em 2017. O fundo, que enfrenta taxas de inadimplência de cerca de 50% nos empréstimos estudantis, vai vender 27,7 milhões de ações do IRB e deve levantar cerca de R$ 2,5 bilhões.

A Caixa também planeja vender fatias no Banco do Brasil, na Alupar Investimentos e na Petrobras, disse a pessoa.

A própria Caixa está liderando a oferta de ações do IRB, a primeira do banco estatal em mais de 150 anos de existência, junto com o Bank of America, o Itaú BBA, o Bradesco BBI e o Banco do Brasil. A Caixa também está entre os bancos selecionados para a oferta pública inicial da unidade Vamos, da JSL, empresa de transporte, disse a pessoa.

A Caixa não comentou.

A transação na terça-feira é a primeira venda de ativos por uma estatal em 2019, dando início ao que deve ser um ano movimentado para negócios do governo. A nova administração do Brasil pretende levantar US$ 20 bilhões somente este ano com a venda de empresas e de ativos controlados pelo Estado. As privatizações são centrais para a agenda econômica pró-negócios do governo, que visa reduzir a dívida, impulsionar as contas fiscais e acelerar o crescimento.

A oferta do IRB será a segunda venda de ações no Brasil em 2019. A empresa de locação de carros Localiza Rent a Car captou R$ 1,8 bilhão em janeiro.

Fonte: Infomoney

Caixa pretende vender subsidiárias de loterias, seguros e cartões

Publicado em: 14/02/2019

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou que pretende vender todos os ativos que não fazem parte da atividade principal do banco. Segundo Guimarães, serão vendidas quatro subsidiárias do banco nas áreas de loterias, seguros, cartões e gestão de recursos (asset management).

Em evento do banco Credit Suisse para investidores, em São Paulo, Guimarães explicou que a ideia não é vender 100% da participação da Caixa, mas fazer uma abertura de capitais aos poucos.

Ele afirmou que pelo menos dois ativos serão vendidos ainda este ano e que o primeiro deve ser o de loterias. O presidente da Caixa destacou que, até junho de 2020, em uma previsão que ele mesmo considera conservadora, as quatro subsidiárias estarão com o capital aberto. Segundo Guimarães, a venda de subsidiárias ajudará a Caixa a pagar aportes da União no banco no total de R$ 40 bilhões.

O presidente da Caixa acrescentou que pretende abrir capital dos ativos nas bolsas de valores de São Paulo, a B3, e na de Nova York.

De acordo com Guimarães, o objetivo do governo com a venda de ativos é preparar a Caixa para o futuro. “Para que os próximos governos consigam ter uma Caixa mais sólida em termos de capital, mais rentável”, explicou.

Durante o evento, Guimarães disse também que a Caixa tem a meta de fazer R$ 100 bilhões em securitização (venda de direitos a receber) de crédito imobiliário, investir no mercado de maquininhas de cartão e cartão de crédito consignado.

Fonte: Fator Brasil

Caixa planeja vender 4 ativos nos próximos 12 meses, diz presidente do banco

Publicado em: 06/02/2019

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, declarou nesta quarta-feira (30) que pretende vender pelo menos quatro ativos do banco nos próximos 12 meses, dois deles ainda este ano.

O primeiro deve ser a participação no negócio de loterias, cuja operação está mais avançada. Os outros três são as subsidiárias que operam seguros, cartões e gestão de recursos (asset management).

Durante evento do banco Credit Suisse, em São Paulo, Guimarães disse que não pretende vender 100% da participação da Caixa nestes ativos. Ele defendeu que a melhor forma de realizar a venda é via mercado de capitais, seja por meio de IPOs (abertura de capital na bolsa) ou follow on (oferta de ações).

Pagamento de dívidas

A Caixa é uma estatal 100% pública, diferentemente da Petrobras e Banco do Brasil, que negociam ações na bolsa. A venda de suas subsidiárias possibilitaria levantar recursos para pagar uma dívida de R$ 40 bilhões do banco com a União.

“Penso em fazer um IPO menor. Não vou querer fazer uma operação gigante na bolsa e depois colocar o preço lá embaixo”, disse Guimarães.

Segundo o executivo, a intenção do banco é abrir capital dos ativos não somente na B3, mas também no exterior. “É muito importante para a governança da Caixa que ela seja listada na bolsa de Nova York”, afirmou o presidente do banco.

Ele também declarou que pretende recorrer a mecanismos para atrair pessoas físicas nos IPOs, como uma classe diferenciada para este tipo de investidor. “Temos que atrair o varejo. E que as pessoas possam dizer que compraram uma ação da Caixa”.

Sobre uma possível abertura de capital da própria Caixa Econômica no futuro, Guimarães afirmou que este assunto está fora de discussão e não cabe a ele decidir.

Crédito imobiliário

Sobre a intenção de securitizar as operações de crédito imobiliário, o presidente do banco disse que a meta de R$ 100 bilhões será alcançada em quatro anos com folga. A securitização é uma prática que consiste em agrupar os ativos imobiliários e converte-los em títulos para depois negocia-los no mercado de capitais.

“Eu posso reduzir a carteira de crédito com a securitização e continuar a ser original”, disse Guimarães.

Na parte de produtos, outro objetivo será implantar o segmento de cartão consignado. Segundo Guimarães, a ideia é reforçar a venda do produto nas lotéricas, para alcançar regiões do Brasil sem agências.

Mercado de capitais e seguros

A estratégia de securitizar o crédito faz parte da meta de ampliar a atuação da Caixa no mercado de capitais, explicou Guimarães. Segundo ele, o banco passará a negociar mais produtos financeiros, como fundos imobiliários, letras de crédito imobiliário (LCI) e letras imobiliária garantida (LIG). Também está no radar do banco emitir uma debênture.

A parte de seguros, que hoje é menor que a operação do Banco do Brasil, também será reforçada, além das operações de microcrédito, voltadas para pequenas empresas.

Fonte: Portal G1

BB, Caixa e Petrobras devem permanecer como estatais ‘bem magrinhas’, diz secretário

Publicado em: 31/01/2019

O secretário-geral de privatizações do governo federal, Salim Mattar (foto), afirmou nesta terça-feira (29) que a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal devem ser as únicas companhias a permanecerem estatais na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, elas devem ficar “bem magrinhas” – o que indica que subsidiárias vão ser vendidas.

José-Salim-Mattar-Júnior

Na abertura de evento do Credit Suisse Group, banco suíço de investimentos, Mattar ainda destacou que tem como meta superar de “25% a 50%” o montante que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende arrecadar com as vendas de estatais. No Fórum Econômico Mundial, Guedes estimou valores em US$ 20 bilhões – mais de R$ 74,5 bilhões.

“Vamos surpreender”, afirmou Mattar, destacando que a intenção é vender todas as outras estatais. No caso da Eletrobras, ele pretende capitalizar a companhia e tirar o governo do controle dela, em um primeiro momento. “Na área de óleo e gás, só vai permanecer a Petrobras”, disse o executivo, que também é fundador da empresa Localiza.

“A Petrobras é uma mega companhia, mas não tem eficiência e produtividade que falam no mercado.” Para ele, a companhia deve começar “lentamente” a vender participações de muitas subsidiárias. “A tendência é que, até o final deste governo, a Petrobras tenha vendido todas as participações.” Essa é uma das metas da gestão.

O secretário disse que o governo federal “não pode continuar sendo empresário, mas sim cuidar de coisas que fazem sentido para a população”, como saúde e educação. “Não faz sentido o governo atuar na área de seguros.” De acordo com Mattar, o Brasil tem hoje 134 estatais que podem ser privatizadas – Michel Temer privatizou 20, o PT criou 48.

“Queremos o povo rico e o Estado mais enxuto. Se vendêssemos todas estatais poderíamos reduzir nossa dívida para R$ 3 trilhões.” Ele disse fazer trabalho de “formiguinha” para convencer outras pastas a vender estatais, mas reforçou que executivos que assumiram Petrobras e BB têm visão de mercado e não têm resistência a privatizar subsidiárias.

Segundo Salim Mattar, o País tem “18 estatais dependentes”, que custam R$ 15 bilhões por ano ao governo, como EBC, Valec, CBTU, Embrapa e Codevasf. Para ele, governos sociais democratas são “fingidos”, não gostam de capitalismo e empresários. “Este governo gosta de empresários”, disse ele, destacando que haverá segurança jurídica para se fazer negócios.

Fonte: Jovem Pan com Estadão Conteúdo

BB e Caixa vão mudar estratégia em busca de maior competitividade no setor

Publicado em: 23/01/2019

O discurso de austeridade dos gastos transbordou a Esplanada e passou a ser prioridade também dos bancos públicos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, escalou dois comandantes liberais para as instituições públicas, que prometem uma nova era no setor. A intenção da equipe é deixar a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB) com mais cara de empresa, ao reduzir subsídios e aplicar taxas de mercado. O governo terá, também, uma tarefa árdua para aumentar a competitividade no setor, que está concentrado nas mãos de cinco instituições financeiras.

A missão será “desestatizar” o mercado de crédito, ou seja, reduzir a participação pública nos empréstimos em 2019. O crescimento econômico mais forte deve permitir que o estoque de financiamentos seja o maior dos últimos cinco anos.

De acordo com os presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, e do BB, Rubem Novaes, é necessário ampliar a concorrência no mercado de crédito e fazer com que os recursos cheguem aos que mais precisam, como consumidores de baixa renda e empresas menores. Economistas ressaltam que o discurso mostra a continuidade de um trabalho que já vinha sendo feito.

A principal preocupação dos presidentes empossados é com o desempenho financeiro dos bancos públicos, deixando-os com mais cara de empresa privada. O BB é uma instituição de capital aberto e, segundo Novaes, passará a ser mais “compatível com o interesse de acionistas minoritários”. O dirigente ressalta que é preciso vender alguns ativos, desde que não sejam as “joias da coroa” e sinaliza que há uma posição do governo eleito de diminuir subsídios para financiar o setor agrícola com juros mais baixos, mas que ainda não há definições.

Dívida

O presidente da Caixa deu mais detalhes de como será a gestão no banco. A intenção é adotar políticas que reduzam a dívida da instituição com o governo federal, que é de R$ 40 bilhões. Guimarães ressalta que pretende quitar o pagamento em quatro anos. A estatal deverá vender participações em áreas, como seguros e loterias, reforçar o financiamento imobiliário via mercado de capitais e investir em microcrédito a juros mais baixos.

“É fundamental discutir a parte imobiliária. Hoje temos problemas de funding. Via mercado de capitais, vamos vender de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões para a Caixa continuar ofertando esse crédito”, diz o executivo. “Não me conformo em ver pessoas tomando dinheiro a 15%, 20% ao mês. O Brasil pode ser uma referência em microcrédito”, acrescenta. Nas próximas 30 semanas, Guimarães vai visitar todos os estados para conhecer o que a população acha da Caixa.

Caminho

Na opinião do economista-chefe da Modal Mais, Álvaro Bandeira, a sinalização é de que os bancos públicos vão financiar quem precisa é correta. “Quando se tem recursos escassos, é preciso delimitar e pulverizar mais o dinheiro para dar acesso maior às empresas menores e consumidores. É um processo que já vinha acontecendo e deve ter continuidade com os novos gestores”, avalia.

Para João Alberto De Negri, especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tem um problema sério de crédito, que representa 50% do Produto Interno Bruto (PIB) — índice baixo se comparado com as nações desenvolvidas. “O grande desafio dos presidentes é fazer com que aumente essa relação, porque, hoje, há restrição grande. As taxas de juros são elevadas e é preciso aumentar a competição bancária”, ressalta.

De Negri afirma que a Caixa e o BB terão de ampliar a capacidade tecnológica e fomentar a modernização do setor, financiando fintechs e inovações para deixar o setor mais competitivo. “Não dá para fazer mais do mesmo. O grande desafio é deixar o crédito mais acessível para aumentar a produtividade e financiar empreendimentos inovadores”, argumenta.

Segundo dados do Banco Central (BC), mais de 80% do mercado de crédito está concentrado em cinco instituições — Caixa, BB, Bradesco, Santander e Itaú. O aumento da competitividade tende a reduzir a taxa, de acordo com analistas. O professor e economista Istvan Kasznar, da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que a agenda liberal faz muito sentido e é necessária para reduzir as taxas de juros “estratosféricas”. “Apesar de ter caído nos últimos anos, o fato é que há muita concentração. É preciso abrir o mercado bancário e reverter esse quadro”, aponta.

Maior desafio

Para o economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini, caberá ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, a tarefa mais difícil: refazer toda a política de financiamento de empreendimentos. “Ele terá de priorizar as empresas médias, o que é bom, porque as grandes, que já conseguem acesso ao crédito no mercado privado, são as principais beneficiadas. Isso mostrou que não houve impacto muito significativo no investimento do Brasil”, afirma. Buccini defende que a redução de ofertas de empréstimos às companhias maiores não deve ter um efeito danoso à economia.

Fonte: Correio Braziliense

Caixa terá nova empresa para operar microcrédito, diz jornal

Publicado em: 16/01/2019

A Caixa deve anunciar até o fim de fevereiro a criação de uma nova empresa para operar linhas de microcrédito, segundo informou o jornal O Globo.
A publicação afirma que a empresa seria criada em parceria com o Banco do Nordeste (BNB) e outro parceiro da inciativa privada. A ideia seria abrir o capital dessa nova empresa no futuro.

Quando tomou posse, o novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o objetivo era atingir 30 milhões de clientes no microcrédito e que a nova empresa seria criada em parceria com o BNB e o Banco do Brasil.

Como o valor médio dos financiamentos nessa categoria é de R$ 1 mil, O Globo estima que a carteira do banco pode chegar a R$ 30 bilhões em dez anos.
Segundo o jornal carioca, já há interesse de parcerias com a nova empresa de microcrédito que seria criada pela Caixa. Conversas já foram realizadas com o Banco Mundial e o Banco dos Brics.

Fonte: Valor Econômico

Trabuco, sobre Caixa e BB: ‘Sempre estaremos dispostos a olhar

Publicado em: 13/12/2018

O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que o banco estará de olho em possíveis oportunidades de aquisições no ano que vem vindas de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Auxiliares do próximo governo e o próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já sinalizaram a intenção de atuar de forma intensa na desestatização de empresas, prática que poderia atingir de alguma forma negócios do BB e Caixa, duas das principais instituições bancárias do País.

“Sempre estaremos dispostos a olhar”, disse Trabuco, sobre eventuais oportunidades oriundas das duas instituições públicas. “Mas a estratégia do Bradesco, tamanho, rede de agência, é suficiente para nós participarmos ativamente do processo de retomada do crescimento”, ponderou o executivo. Trabuco foi um dos homenageados com o “Prêmio Destaque IBEF SP 2018”, organizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), nesta terça-feira, 11, em São Paulo.

Sobre espaço para possíveis aquisições, Trabuco disso que “depende das avaliações” futuras de tais negócios.

Fonte: Jornal do Brasil

BB e Caixa não estão no radar das privatizações, diz Bolsonaro

Publicado em: 06/12/2018

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (29) que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil não estão no radar das privatizações do próximo governo. “Qualquer privatização tem que ser responsável. Não é jogar pra cima e ficar livre. Algumas privatizações ocorrerão. Outras estratégicas, não. Banco do Brasil e Caixa não estão no nosso radar”, afirmou.

O presidente eleito informou ainda que pretende propor uma outra Reforma da Previdência no próximo ano e avaliou que a proposta apresentada pelo governo atual é muito agressiva com o trabalhador.

Bolsonaro chegou a cogitar a aprovação de alguma alteração nas regras da aposentadoria ainda em 2018, porém avaliou que será difícil, já que vários parlamentares não foram reeleitos e o Congresso está dividido neste momento. Desta forma, o governo eleito decidiu deixar a reforma para 2019. Conforme o presidente eleito, o novo texto deve ser enviado ao Legislativo no início do mandato.

As declarações ocorreram após solenidade de diplomação do Curso de Aperfeiçoamento de oficiais, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). O evento na Vila Militar, no Rio de Janeiro, reuniu militares e familiares. Foram diplomados 420 capitães da linha bélica, 15 oficiais das chamadas Nações Amigas, seis oficiais fuzileiros navais e 29 oficiais médicos.

O curso é realizado em dois anos por oficiais do Exército que se formaram na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), e tenham atingido o posto de capitão. Oficiais médicos também realizam uma pequena fase presencial na EsAO. O próprio Jair Bolsonaro já realizou esse curso quando estava na ativa do Exército e disse que as recordações o emocionam.

Fonte: Agência Brasil

BB e Caixa cortam 21,2 mil empregados em dois anos; demissões geram economia de R$ 2,5 bilhões

Publicado em: 04/10/2018

Bancos públicos diminuíram a folha de pagamento em 21,2 mil empregados nos últimos dois anos. O corte faz parte do esforço do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em reduzir custos e tornar a estrutura mais parecida com a dos bancos privados. A saída dos empregados deve gerar economia de pelo menos R$ 2,5 bilhões por ano aos dois bancos.

Após operar com mais de 114 mil empregados no início da década, o BB que já foi símbolo de emprego estável começou a agir para reduzir o quadro de funcionários.

Ações como o incentivo à aposentadoria e mudança na estrutura de atendimento resultaram na saída de mais de 16 mil pessoas, sendo quase 12 mil apenas nos últimos dois anos, quando o quadro diminuiu em 10,9%. Na Caixa, um plano de demissão voluntária resultou na saída de 9,2 mil pessoas, queda de 9,7%.

Nesses dois anos, os concorrentes privados foram em sentido contrário. Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander aumentaram a folha de pagamento em 11,3 mil empregados no mesmo período. Boa parte desse aumento se deve a aquisições, como a compra do HSBC pelo Bradesco.

Bancos públicos argumentam que a redução do quadro de funcionários é uma reação à transformação do setor. O BB diz que a medida busca “a sustentabilidade da empresa em um mercado em profunda transformação”.

A Caixa diz que o objetivo é “ajustar a estrutura ao cenário competitivo e econômico atual, buscando mais eficiência do banco”. Nesse esforço, sobrou até para o estagiário. No BB, o número despencou em 60% em dois anos com o desligamento de 2,8 mil estagiários. Na Caixa, o corte foi de 30%.

Lucro

A busca pela eficiência significa, na prática, aumentar o lucro. O BB estima que só o plano de aposentadoria incentivada, que teve adesão de 9,4 mil, gerou redução de custos em cerca de R$ 2,3 bilhões por ano. Na Caixa, onde 9,2 mil deixaram o banco, só a saída de 1,3 mil pessoas em 2018 gerará economia anual de R$ 248,5 milhões.

“Bancos privados já fizeram esse movimento e os públicos estão reagindo à concorrência”, diz o analista da consultoria Lopes Filho, João Augusto Salles, ao lembrar que o setor tem mudado radicalmente com o uso maciço dos canais eletrônicos. Salles nota ainda que o movimento responde a uma necessidade do principal acionista do BB e Caixa: o governo.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira, diz que o enxugamento de pessoal tem gerado impacto no funcionamento dos bancos. “Gera sobrecarga para os empregados que ficaram e queda da qualidade do serviço ao cliente”, diz.

O ranking do Banco Central de reclamações é uma maneira de medir a qualidade do serviço bancário e, por esse critério, Caixa e BB pioraram. Em junho de 2016, a Caixa era o terceiro grande banco com mais reclamações e o Banco do Brasil ocupava a confortável sexta posição – era o melhor colocado entre os grandes.

Desde então, a Caixa chegou a liderar o ranking em alguns períodos e atualmente é o segundo pior avaliado. Já o BB passou de sexto a terceiro mais reclamado.

A insatisfação fica ainda clara com o detalhamento das reclamações recebidas pelo BC. Das 11,6 mil queixas do 2º trimestre contra a Caixa, mais de mil tratavam de “insatisfação com o atendimento prestado por agências”.

No caso do BB, das 8,7 mil reclamações no BC, 919 citavam o mesmo problema. Nos concorrentes privados, outros temas são os mais reclamados, como irregularidade em operações e oferta ou prestação de informação inadequada.

Caixa e BB

A Caixa diz que a posição do banco no ranking do BC não tem qualquer relação com o enxugamento da folha de pagamento ou o número de funcionários das agências.

Em nota, o banco informou que tem adotado ações que “visam aumentar a eficiência operacional, por meio da otimização e automação de processos internos, melhorias em sistemas e serviços e equalização da força de trabalho”.

O Banco do Brasil informou que “na maior parte dos períodos avaliados, ocupou posições melhores que seus principais pares no ranking do BC”. “O BB não ocupou em nenhum dos dois trimestres (de 2018) as primeiras posições, ficando apenas no terceiro lugar entre seus principais pares”, afirma a nota.

Fonte: Veja

Governo quer BB e Caixa mais fortes no consignado para o setor privado

Publicado em: 29/08/2018

Depois de permitir que as taxas do crédito consignado praticadas pelos bancos privados tenham como garantia o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o governo tenta, agora, atrair essas instituições. Para isso, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil serão escalados para aumentar o volume de empréstimos concedidos ao trabalhador. A ideia, de acordo com a Folha, é que os bancos emprestem com juros de até 3,5% ao mês.

O crédito consignado – em que o valor das parcelas do financiamento é descontado diretamente na folha de pagamento do empregado – com taxas mais atrativas já pode ser acessado pelos servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS e, pelo projeto do governo, agora alcançará, de maneira mais ampla, funcionários de instituições privadas. Para isso, basta às empresas se conveniarem a um banco ligado ao sistema implantado pela Caixa Econômica Federal.

O governo quer reduzir os juros dos créditos consignados oferecidos à iniciativa privada para que se aproxime das taxas de juros médias praticadas atualmente pelo mercado para os servidores públicos, que está em 1,75% ao mês (atualização de junho/2018). O Crédito Pessoal Não Consignado, por exemplo, apresenta taxas médias de 6,57% ao mês (atualização de junho/2018).

Segundo o governo, nas comparações com todas as modalidades praticadas pelos bancos, o consignado para trabalhadores do setor público só não apresenta taxas mais interessantes do que os financiamentos imobiliários e para aquisição de veículos, que oferecem fontes especiais de financiamento e garantias reais.

Conforme o Ministério do Planejamento, o governo vem buscando alternativas para tornar o crédito consignado para o setor privado mais atrativo desde julho de 2016, quando foi sancionada a Lei 13.313, instituindo a garantia do FGTS para créditos consignados com as instituições financeiras. “Entretanto, devido a dificuldades operacionais, até hoje o benefício pouco chegava na ponta para os trabalhadores da iniciativa privada”, informa a nota do Ministério.

Fonte: Veja

Nova ofensiva de bancos rivais da Caixa reduz juros do crédito imobiliário

Publicado em: 17/05/2018

A disputa pelo mercado de crédito imobiliário está cada vez mais acirrada e quem ganha com isso são os consumidores, que conseguem taxa de juros mais atraentes. Depois de a Caixa Econômica Federal anunciar redução de juros em meados de abril, outras instituições financeiras concorrentes também diminuíram seus porcentuais.

Na Caixa, as taxas mínimas caíram para 9% ao ano, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Mesmo com a redução, o banco estatal segue com o maior custo do mercado ao lado do Itaú Unibanco, que também tem taxas a partir de 9% ao ano.

Dentro da nova ofensiva das instituições neste segmento, o Bradesco tem hoje a menor taxa para financiamento imobiliário. Pelo SFH, os juros partem de 8,85% ao ano. O Santander, por sua vez, tem linhas a partir de 8,99% ao ano assim como no Banco do Brasil, cobra a mesma taxa.

Vale destacar que os custos variam de acordo com o perfil do cliente e relacionamento com a instituição.

Juro não é tudo

O professor de finanças e sócio da MelhorTaxa, Rafael Sasso, alerta que, apesar de importante, a taxa de juros não deve ser o único ponto considerado pelo mutuário ao escolher o seu financiamento imobiliário. “O consumidor tem que ficar atento porque, mesmo com juros aparentemente baixos, o CET (Custo Efetivo Total) pode ser alto, porque há outros custos embutidos que podem elevar muito o valor do financiamento”, alerta.

O financiamento de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) despencou nos últimos quatro anos. Depois de atingir de 81 bilhões de reais de crédito para a aquisição de imóveis em 2014, o setor viu a liberação de financiamentos cair para 34 bilhões de reais no ano passado, reflexo da crise financeira que levou ao aumento do desemprego, mas também da alta taxa de juros cobrada nos parcelamentos. Pelo menos no que diz respeito aos juros, aos poucos as instituições financeiras estão reduzindo as taxas cobradas.

Fonte: Veja

BB fecha com Cielo e inicia oferta de maquininha própria; Caixa é a próxima

Publicado em: 04/05/2018

O Banco do Brasil assinou hoje contrato com a Cielo e já começou a ofertar em sua rede de agências máquinas personalizadas da empresa. Trata-se do modelo co-branded. Ou seja, os terminais são aqueles já disponibilizados pela adquirente, mas agora são revestidos com a marca do banco, em um projeto piloto. É o mesmo movimento que o Bradesco fez recentemente, batizando a máquina de ‘Bradesquinha’. Os dois bancos controlam a Cielo. Na fila está também a Caixa Econômica Federal, que deve começar a ofertar maquininhas com a sua ‘vestimenta’ no próximo mês. Embora não seja sócio da Cielo, o banco público é parceiro de longa data. Procurados, Cielo, BB e Caixa não comentaram.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Caixa, Santander e BB lideram ranking de reclamações contra bancos no 1º tri

Publicado em: 20/04/2018

A Caixa Econômica Federal, o Santander e o Banco do Brasil são as instituições que aparecem na liderança do mais recente Ranking de Instituições por Índice de Reclamações, divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central. No topo do ranking, referente ao primeiro trimestre de 2018, está a Caixa, com índice de reclamações de 27,62. Nesta lista, são consideradas as instituições com mais de 4 milhões de clientes.

Pela metodologia do BC, este índice é calculado com base no número de reclamações consideradas procedentes, dividido pelo número total de clientes do banco e multiplicado por um fator fixo (1.000.000). No caso da Caixa, foram 2.444 reclamações consideradas procedentes no primeiro trimestre, numa base total de 88.470.270 clientes. Na segunda posição entre os bancos que foram alvos de reclamações aparece o Santander, com índice de 25,66 (1.038 reclamações procedentes e 40.441.975 clientes).

Na terceira posição do ranking está o Banco do Brasil, com índice de 24,20, resultado de 1.504 reclamações procedentes numa base de 62.141.375 clientes. Na sequência do ranking, ainda considerando os bancos e as financeiras com mais de 4 milhões de clientes, aparecem Bradesco (índice de 20,05), Itaú (14,58), Banrisul (12,21), Votorantim (6,38), Pernambucanas (3,79), Midway (3,50) e Banco do Nordeste (0,46).

Instituições menores

O ranking do BC indica ainda que, entre as instituições financeiras com menos de 4 milhões de clientes, o campeão de reclamações é o BRB, com índice de 311,77. Na sequência aparecem Safra (73,56) e Intermedium (67,59).

Reclamações

Entre os assuntos que mais motivam reclamações por parte dos clientes, o campeão é o item “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo e legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito, cartão de débito, internet banking e ATM”. Ao todo, de acordo com o BC, este assunto gerou 1.300 reclamações com indícios de descumprimento das regras em vigor. Na sequência dos assuntos mais reclamados aparecem “oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada” e, em seguida, “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito”.

Fonte: Época Negócios

Justiça manda BB e Caixa pagarem abonos do PIS/Pasep não sacados

Publicado em: 05/04/2018

A Justiça Federal determinou à Caixa e ao Banco do Brasil que convoquem todos os trabalhadores que não receberam os abonos salariais do PIS/Pasep nos últimos cinco anos para comparecerem a agências e sacar o dinheiro. A determinação consta de uma sentença da 2ª Vara Cível Federal da capital paulista e é resultado de uma ação civil pública ajuizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão vinculado ao Ministério Público Federal em São Paulo. A ordem judicial se estende aos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que estão sob jurisdição da 3ª Região da Justiça Federal.

A Caixa afirma, por meio de assessoria de imprensa, “que aguarda manifestação formal por parte do Codefat para a adoção das providências necessárias para o pagamento dos benefícios não sacados nos últimos cinco anos”. Já o Banco do Brasil, também por meio de nota de sua comunicação social, disse “cumprir a legislação vigente” e esclarece que “foi notificado da decisão e está avaliando as medidas cabíveis”.

As informações foram divulgadas no site da Procuradoria em São Paulo – o número processual é 0015044-48.2015.403.6100. Trabalhadores que ganham até dois mínimos mensais têm direito a receber o abono equivalente a um salário mínimo anual, mas nem todos sabem disso, sustenta a Procuradoria. O autor da ação civil pública que resultou na sentença é o procurador da República Pedro Antonio de Oliveira Machado.

Segundo o Ministério Público Federal, a Caixa e o BB, responsáveis respectivamente pelo pagamento dos valores do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), “têm não só deixado de divulgar amplamente a disponibilidade dos recursos aos beneficiários, como também se baseado em prazos inconstitucionais para dificultar os saques”.

Esses prazos são estipulados em resoluções que a União edita anualmente, por meio do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), destaca a ação do Ministério Público Federal. “Embora a Constituição garanta o direito ao abono sem condicioná-lo a datas para saque, os atos normativos restringem os períodos em que os beneficiários podem retirar as quantias ao longo do ano”, diz a ação. “Os textos estabelecem ainda que os valores não sacados no calendário definido devem ser automaticamente revertidos para as outras finalidades do FAT.

Assim, os trabalhadores que perdem os prazos continuam com direito a receber as parcelas, mas acabam obrigados a recorrer à Justiça para obtê-las.” Na sentença, a Justiça Federal acolheu integralmente os pedidos da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão para que o pagamento seja efetuado independentemente de datas previstas em resoluções. Os cinco anos retroativos correspondem ao mesmo prazo máximo que a Fazenda Pública tem para realizar cobranças.

Os saques, com juros e correção monetária – calculada com base no IPCA-E -, podem ser feitos, pelos trabalhadores, por via administrativa, diretamente nas agências bancárias. A decisão impõe também que valores não retirados sejam mantidos pelo mesmo período nas instituições bancárias, em vez de revertidos ao FAT, facilitando o acesso às parcelas por quem as requeira.

A União foi condenada ainda ao pagamento de R$ 477 mil a título de danos morais coletivos. O montante deve ser depositado no Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Segundo a decisão, União, Caixa e BB devem, por fim, “dar ampla publicidade ao teor da sentença, convocando os trabalhadores para que possam sacar só valores que lhe são devidos a título de abono salarial”.

Veja a seguir a íntegra da defesa da Caixa Econômica Federal: “A Caixa esclarece que aguarda manifestação formal por parte do Codefat para a adoção das providências necessárias para o pagamento dos benefícios não sacados nos últimos cinco anos. A Caixa atua como agente pagador, na conformidade do Art. 9º da Lei 7.998/90 de forma a acatar as determinações do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – Codefat”. “O Codefat determina, por meio de Resolução, que as instituições financeiras efetuem a devolução de valores correspondentes aos benefícios não sacados até o último dia do exercício financeiro de pagamento do Abono Salarial. A Caixa realiza anualmente ampla campanha de divulgação do calendário de pagamento do Abono Salarial obtendo resultados expressivos nos índices de pagamento”, finaliza o texto.

O BB também se manifestou: “O Banco do Brasil cumpre integralmente a legislação vigente sobre o Pasep e informa que foi notificado da decisão e está avaliando as medidas cabíveis”. A Advocacia-Geral da União (AGU) escreveu o seguinte: a referida sentença foi publicada no Diário da Justiça em 23 de março de 2018, contudo a União ainda não foi devidamente intimada, de modo que a decisão ainda não surte efeito. Por ocasião da intimação, a União, por meio da AGU, irá interpor o recurso cabível”.

Fonte: Jornal do Comércio

CSN anuncia acordo com BB e Caixa para alongamento de dívida

Publicado em: 01/02/2018

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou nesta quinta-feira acordo com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para alongamento de quase metade do principal de sua dívida.

Com o acordo, o prazo das dívidas (duration) com os bancos subiu de 26 meses para 45 meses e a previsão de amortização do principal recuou de 10,3 bilhões de reais no período de 2018 a 2020 para 4,4 bilhões de reais. Em compensação, as amortizações de 2021 a 2014 sobem de 3,6 bilhões para 9,8 bilhões de reais.

O principal da dívida da companhia e suas subsidiárias com o BB e a Caixa representa aproximadamente 49 por cento da sua dívida consolidada, informou a siderúrgica.

Em outubro de 2016, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, disse que após o alongamento da dívida com dois bancos –ele não quais-, a companhia iria negociar com detentores de bônus no primeiro semestre deste ano.

Fonte: Portal Uol

BB Seguridade confirma intenção em distribuir produtos pela Caixa

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A BB Seguridade, braço de seguros e previdência do Banco do Brasil, confirmou nesta sexta-feira que uma de suas coligadas fez uma indicação não vinculativa de interesse para distribuir alguns produtos de seguridade pelos canais de distribuição da Caixa Econômica Federal .

Em resposta a pedidos de esclarecimentos da B3 e Comissão de Valores Mobiliários, citando notícia publicada na mídia, a BB Seguridade disse que a avaliação de novas oportunidades de diversificação de canais de distribuição se trata de uma atividade rotineira das empresas do conglomerado.

“Considerando a baixa relevância, bem como o caráter não vinculante, não foi identificada necessidade de divulgação a mercado”, disse a BB Seguridade.

Fonte: Exame

Caixa reabre programa de demissão voluntária para reduzir despesas com pessoal

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A Caixa Econômica Federal pretende reabrir, ainda esta semana, seu Programa de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir a despesa com pessoal. Os interessados terão o mês de fevereiro para se inscrever. O banco quer implementar o programa logo para melhorar os resultados ainda este ano.

O objetivo da instituição é bater, ao menos, a proposta estipulada, no ano passado, de desligamento de dez mil funcionários. Em 2017, o banco economizou R$ 500 milhões com a realização dos dois programas de demissão voluntária, que resultaram na demissão de 7,3 mil pessoas. Atualmente, a Caixa tem 88 mil funcionários.

Uma das novidades do PDV deste ano é que quem estiver apto a se aposentar até 31 de dezembro poderá se habilitar. Aposentados com ao menos 15 anos de serviços prestados à Caixa, a exemplo do ano passado, também poderão se inscrever.

Quem aderir, além de receber todos os direitos trabalhistas e de poder sacar o FGTS, ganhará dez remunerações básicas como incentivo.

A Caixa também vai implementar um programa para reduzir despesas administrativas, com fechamento de agências e postos de atendimentos, além da unificação de aéreas administrativas. Segundo fontes da instituição, um dos objetivos é estabilizar os custos com administração para melhorar o resultado e a eficiência do banco público.

– Queremos estabilizar as despesas e, para isso, estamos avaliando o fechamento de unidades e a unificação de áreas administrativas – explicou uma fonte do banco.

Hoje, a caixa conta com 3.400 agências bancárias. Fechou cem no ano passado. A instituição acredita que pode encerrar outras unidades porque conta com uma rede de apoio robusta, formada por 13 mil lotéricas e 11 mil correspondentes bancários, como supermercados e padarias, que realizam serviços básicos.

Em outra ponta, a instituição pretende intensificar o relacionamento com os clientes – pessoa física, jurídica e governo – para ampliar receitas com prestação de serviços. De acordo com um executivo do banco, as receitas deste segmento tiveram ótimo desempenho em 2017, quando cresceram 12%, conforme balanço ainda a ser divulgado.

O anúncio do novo PDV ocorre em meio a um escândalo que abalou a administração do banco estatal. Em meados de janeiro, o presidente Michel Temer, depois de muito relutar, decidiu afastar quatro diretores da instituição, por recomendação do Ministério Público Federal (MPF), suspeitos de irregularidades.

O assunto, ao qual vinha sendo dada pouca importância, se tornou uma crise dentro do governo após o próprio Banco Central recomendar o afastamento dos investigados. O MPF havia pedido, em dezembro, o afastamento de todos os vice-presidentes, não só os investigados, mas o governo não atendeu à sugestão.

Três deles foram destituídos do cargo definitivamente (o vice-presidente Corporativo, Antônio Carlos Ferreira; o vice-presidente de Governo, Roberto Derziê de Sant’Anna; e a vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias, Deusdina dos Reis Pereira). O quarto executivo, que alegava ter sido confundido com outra pessoa nas investigações, foi reconduzido ao cargo.

Para reduzir despesas com pessoal, o governo fixou teto para o crescimento das despesas com assistência à saúde dos funcionários das estatais. Já a partir deste ano, o gasto poderá crescer até 8%, limitados a 10% do valor da folha registrado em 2017. Todas as 147 estatais serão obrigadas a cumprir a nova determinação.

Além disso, os trabalhadores terão uma contribuição maior para ajudar a custear o plano de saúde da empresa. Hoje, o funcionário paga 23% e a empresa, 77% – de acordo com as características do plano. A contribuição passará a paritária (metade para cada um), num prazo de até quatro anos.

As estatais terão que fixar cronogramas para se adequar às novas regras. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União na sexta-feira. De acordo com o Ministério do Planejamento, o governo gastou R$ 9 bilhões com assistência à saúde dos funcionários das estatais em 2016.

Fonte: O Globo

Caixa pode emprestar R$ 2,5 bi a governos sem garantia; BB pode fazer o mesmo

Publicado em: 11/01/2018

A Caixa Econômica Federal recebeu nos últimos três meses autorização para conceder R$ 2,5 bilhões em empréstimos a Estados e municípios sem garantias da União – uma operação que é mais arriscada para o banco. O aval do Tesouro para esse tipo de empréstimo ocorre no momento em que a Caixa busca um socorro de R$ 15 bilhões do FGTS para não ter de reduzir a concessão de crédito. Desde outubro, os bancos oficiais – Caixa e Banco do Brasil – tiveram sinal verde para financiar ao todo R$ 5 bilhões a governadores e prefeitos em contratações com e sem aval da União, segundo levantamento feito pelo Estadão/ Broadcast, com dados do Tesouro e despachos publicados no Diário Oficial da União.

Quando há garantia, a União fica responsável por honrar o pagamento junto ao banco em caso de inadimplência do Estado ou município. Depois, o Tesouro busca recuperar os valores para cobrir o prejuízo. Já no caso das operações sem garantia, o banco e o Estado ou município negociam diretamente as garantias envolvidas. Essa operação é mais arriscada porque geralmente são dadas como garantias receitas futuras de impostos – que podem não se concretizar.

Nos últimos três meses, foram autorizados R$ 2,2 bilhões em garantias a Estados, R$ 1,3 bilhão em operações sem garantia a Estados e R$ 1,5 bilhão em operações sem garantias a municípios. Para efeitos de comparação, entre julho e setembro de 2017, os dados do Tesouro apontam apenas R$ 691 milhões em operações sem garantia para municípios, sendo a maior parte para a cidade do Rio de Janeiro. O Banco do Brasil teve sinal verde para conceder R$ 331,2 milhões em operações de crédito sem garantia a Estados e municípios, um valor bem menor do que a Caixa, que poderá emprestar R$ 2,5 bilhões em contratos diretos com os governos regionais.

A concessão desses empréstimos se transformou em arma política depois que o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu que o dinheiro seria usado como moeda de troca pelo apoio de governadores e prefeitos à reforma da Previdência. A pasta é a principal responsável pela articulação dos interesses do Planalto e de parlamentares. No início da semana, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, se reuniu com Temer para discutir novas liberações. O banco estatal vem ganhando espaço na concessão dos empréstimos, ocupando o papel que no passado foi do BNDES.

O banco de fomento chegou a lançar, no governo Dilma Rousseff, uma linha de crédito com taxas mais baratas para bombar o crédito para os Estados. Foram R$ 20 bilhões para irrigar os cofres dos governadores, sendo que parte do dinheiro acabou bancando o aumento nas despesas com pessoal, em vez de ir para investimentos. É para conseguir sustentar esse papel que a Caixa briga para conseguir o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) a uma operação que usará R$ 15 bilhões dos trabalhadores depositados no FGTS para capitalizar o banco.

Sem essa transação, a Caixa corre o risco de descumprir normas bancárias e ter de colocar um freio na concessão de crédito, justamente em ano eleitoral. Um integrante da equipe econômica disse que todas as garantias foram concedidas dentro das regras e em acordo com uma nota de classificação de risco de Estados e municípios, que avalia suas capacidades de pagar o financiamento.

Segundo essa fonte, o Ministério da Fazenda não está travando nenhum pedido e não há interferência política nessa análise. “A União só participa na etapa da verificação de limites e condições. Qual o tipo de garantia que o banco vai receber dependerá do que estiver no contrato firmado entre instituição financeira e o ente”, diz o Tesouro, em nota. “Além disso, caso os entes fiquem inadimplentes, são as instituições financeiras que realizam o processo de recuperação dos valores conforme previsto nos contratos. “A Caixa informou que não vai se manifestar sobre o assunto. O Banco do Brasil respondeu em nota que todos os empréstimos concedidos aos Estados “possuem aval do Tesouro ou garantias com níveis de liquidez e de segurança semelhantes.”

Fonte: Época Negócios

Nextel conclui negociação de financiamento com BB, Caixa e China Development Bank

Publicado em:

A Nextel anunciou nesta segunda-feira, 8, que recebeu aval da China Export and Credit Insurance Corporation (Sinosure) para o aditamento dos contratos de financiamento negociados junto ao China Development Bank (CDB), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Em troca de mudanças nas linhas de crédito, a empresa ofereceu garantias adicionais aos credores na forma de direitos preferenciais a valores mantidos em determinadas contas bancárias e ainda equipamentos e propriedades.

Dentre as mudanças nos contratos, conforme a Nextel, está a aprovação de US$ 386 milhões dos pagamentos do valor principal (cerca de R$ 1,28 bilhão) nos primeiros 48 meses a partir da data de efetividade, liberando caixa que poderá ser usado para financiar as operações da Nextel Brasil; extensão do prazo de vigência dos financiamentos para 98 meses, a contar da data em que as alterações se tornaram efetivas; e suspensão da obrigação de cumprimento de certos covenants financeiros, entre eles o da dívida líquida, até 30 de junho de 2020.

“As alterações aos nossos contratos de financiamento com CDB, BB e Caixa nos fornecem uma estrutura de capital apropriada para o longo prazo, diminuindo a pressão sobre nossa liquidez”, afirma Dan Freiman, CFO da NII Holdings, dona da Nextel.

Segundo ele, com cerca de US$ 420 milhões em caixa (R$ 1,33 bilhão), a empresa está em melhor posição para investir no crescimento do seu negócio 3G/4G no Brasil e dar continuidade aos esforços para reduzir custos e seguir melhorando suas métricas operacionais. No quarto trimestre, conforme o executivo, a rotatividade (churn) de clientes 3G/4G foi reduzida para 3,47%.

A Nextel informa ainda, em comunicado à imprensa, que, em 28 de dezembro de 2017, foi informada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de que foram liberadas garantias de performance relacionadas às obrigações de cobertura geográfica da rede da Nextel no Brasil. Assim, a empresa espera recuperar R$ 156 milhões em colaterais de caixa relacionados a essas garantias.

Fonte: Isto É Dinheiro

Caixa retoma financiamento de imóvel mais barato

Publicado em: 04/01/2018

A Caixa confirmou nesta terça-feira (2) que retomou a linha de financiamento de imóveis Pró-Cotista, que financia imóveis de até 1,5 milhão de reais.

A linha de crédito só não é mais barata do que a oferecida pelo banco para quem estiver enquadrado no programa Minha Casa Minha Vida, que financia imóveis de até 225 mil reais.

O banco também confirmou que restabeleceu o teto para financiamento de imóveis usados de 50% para 70% do valor da unidade. O valor havia sido reduzido de 70% para 50% no final de setembro do ano passado.

Com o início do novo ano, o FGTS liberou um novo montante de recursos destinado à Pró-Cotista. Por conta disso, o banco, que sofre com falta de recursos, encontrou espaço para voltar a oferecer o crédito. O valor disponibilizado para esse ano é de 4 bilhões de reais, menor do que o do ano passado (6,1 bilhões de reais).

A Pró-Cotista utiliza recursos do FGTS e é oferecida apenas pela Caixa e o Banco do Brasil. A taxa de juros aplicada a tomadores que não têm relacionamento com o banco, a chamada taxa balcão, é de 8,85% ao ano na Caixa e de 9% ao ano no Banco do Brasil. Caso o comprador tenha relacionamento com a Caixa, os juros cobrados na Pró-Cotista podem ser ainda menores e chegar a 7,85% ao ano.

O prazo máximo de financiamento oferecido na Pró-Cotista em ambos os bancos públicos é de até 360 meses.

Requisitos

Para ter acesso à Pró-Cotista FGTS, é necessário ter contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos ou não, na mesma empresa ou em empresas diferentes.

Caso o tomador se enquadre nessa exigência, a conta vinculada ao fundo deve estar ativa, ou seja, o trabalhador deve estar empregado e realizar atualmente contribuições mensais ao FGTS.

A linha só é concedida para tomadores com contas inativas – que estejam desempregados ou que não estão contribuindo ao FGTS por estar trabalhando sob outro regime de trabalho, por exemplo – caso o saldo do FGTS seja equivalente a pelo menos 10% do valor do imóvel.

Não há restrição com relação à renda familiar dos compradores, desde que o imóvel financiado não tenha valor maior do que 1,5 milhão de reais.

Contudo, o comprador não pode ter outro financiamento imobiliário e nem a posse de outro imóvel residencial urbano, concluído ou em construção, na mesma cidade, em municípios limítrofes ou na região metropolitana da cidade onde vive. Preenchidos os requisitos, o uso do saldo do FGTS no financiamento é opcional.
Oportunidade

Para quem se enquadra nas condições da linha Pró-Cotista, Marcelo Prata, diretor do Canal do Crédito, recomenda aproveitar a oportunidade. “É o dinheiro mais barato que esse comprador consegue atualmente.”

Por outro lado, financiar o imóvel agora não é indicado caso o comprador esteja inseguro em relação à manutenção do seu emprego nos próximos meses.

Nesse caso, quem não tem reservas financeiras para suportar o pagamento das prestações da dívida diante de um eventual desemprego, pode ser melhor adiar a compra e juntar um valor maior para dar como entrada e reduzir o débito.

Fonte: Exame

Rossi reestrutura R$ 1,66 bilhão com Bradesco, Banco do Brasil e Caixa

Publicado em: 28/12/2017

SÃO PAULO – A Rossi informou há pouco que aprovou um plano de reestruturação de dívidas com bancos. Conforme o comunicado enviado ao mercado, cerca de R$ 1,66 bilhão serão reestruturados com Banco do Brasil, Bradesco e Caixa, os três maiores credores da Rossi.

O principal montante negociado envolve a dívida corporativa de R$ 1 bilhão com Bradesco, com o qual um memorando de entendimento não vinculante foi assinado. Parte do montante devido deve ser amortizado por meio de ativos que já fazem parte das garantias dos financiamentos, e o restante terá os prazos de pagamento estendidos.

Um acordo semelhante foi negociado com o BB, credor de uma dívida corporativa de R$ 250 milhões. No caso específico do banco, a incorporadora terá três anos para reduzir o débito com a venda de imóveis — apartamentos prontos e terrenos.

Segundo fontes do mercado, a Rossi deve ter uma carência de dois anos para iniciar os pagamentos do montante remanescente e dos juros da dívida corporativa. A negociação com os dois bancos representa 90% do endividamento corporativo da empresa.

Já com a Caixa, os R$ 410 milhões reestruturados respondem a contratos de financiamentos de nove obras, que ganharam uma extensão em três anos na data de vencimento.

Segundo o comunicado ainda, os novos empreendimentos serão voltados para o programa governamental Minha Casa, Minha Vida. A Rossi informou também que e o banco de terrenos remanescente terá Valor Geral de Venda (VGV) de R$ 4 bilhões.

Fonte: Valor

Assembleia da Oi é suspensa após pedido de BB e Caixa

Publicado em: 21/12/2017

Bancos públicos querem esclarecer pontos do plano de recuperação judicial

RIO – Após um pedido do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal, a assembleia geral dos credores da Oi foi suspensa por um período de três horas para que o plano de recuperação judicial da Oi, publicado hoje pela Justiça, seja melhor analisado. As instituições financeiras querem fazer ajustes na proposta. O pedido foi reiterado pelo representante do principal grupo de bondholders, liderado pela Moelis.

Após o pedido dos credores, a mesa da Assembeia atendeu ao pedido. Arnoldo Wald Filho, presidente da mesa, disse que “concede apenas duas horas e meia para aprovar o plano ainda hoje”. Segundo Júlio Bertoni, representante do BB, o plano precisas de mudanças.

A mesa da assembleia atendeu à solicitação, mas por um período menor. Arnoldo Wald Filho, presidente da mesa, disse que “concede apenas duas horas e meia para aprovar o plano ainda hoje”. Segundo Júlio Bertoni, representante do BB, o plano precisa de mudanças.

— Temos compromisso em apoiar um plano viável. É um plano complexo. Não é trivial. Estávamos com todos os esforços nessa madrugada para compreender o plano. E não conseguimos exaurir todos os pontos. Pedimos mudanças em alguns aspectos do plano a exemplo do BNDES e alguns outros credores. Gostaria de propor à Oi e à presidente da mesa da Assembleia uma suspensão dos trabalhos por três horas em nome do Banco do Brasil para analisar as modificações do plano e ter uma análise mais segura — disse Júlio Bertoni, representante do BB.

Uma das dificuldades do plano é um verdadeiro empurra-empurra dentro do próprio governo. Na manhã desta terça-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) jogou para a Agência Nacional de Telecomunições (Anatel) a responsabilidade de votar a favor ou contra o plano de recuperação judicial da tele, com dívidas totais de R$ 64 bilhões e mais de 55 mil credores.

‘ANÁLISES AINDA NÃO ESGOTADAS’

Armando Borges, representante da Caixa, disse que o banco não conseguiu entender todos os pontos.

— Há um esforço dos bancos públicos para viabilizar o plano. Esse é um sentimento comum até pela importância social da Oi. Até agora não esgotamos todas as análises. A Caixa já enviou suas propostas para a Oi. Vamos precisar de mais tempo para se chegar a um denominador comum. Pedimos a suspensão por um período de três horas — afirmou Bertoni.

Além de BB e Caixa, o principal grupo de bondholders, liderado pela Moelis, também pediu ajustes no plano e um adiamento da assembleia por três horas. Segundo Giuliano Colombo, advogado do Pinheiro Neto e responsável por esse grupo de bondholders, pediu ajustes “mecânicos” no plano, como o prazo para a venda de ativos, regras mais claras para a governança corporativa durante o período de transição e um calendário mais claro sobre as etapas da capitalização.

— É preciso aumentar a segurança jurídica. Queremos ajustes mecânicos. O plano trata da venda de ativos, mas temos que saber o tempo em que isso vai ocorrer. É preciso mais esclarecimento sobre sobre a conversão dos bonds em ações. A governança corporativa é um ponto sensível. Houve disputas em torno disso e é essencial regramento claro e forte no plano para saber como será isso até o aumento de capital. Essas regras precisam ficar estabelecidas agora – listou Colombo.

Outro credor, o China Development Bank também pediu ajustes no plano.