Novo fundo vai atuar em resgate de grande banco

Publicado em: 01/11/2017

Os bancos terão de destinar uma parcela dos depósitos de clientes para um fundo que será criado para salvar as instituições consideradas grandes demais para quebrar. A proposta faz parte do projeto de lei de resolução bancária, que trata dos procedimentos a serem adotados caso instituições financeiras tenham dificuldades. O Valor teve acesso a uma versão preliminar do texto que o governo deve encaminhar ao Congresso ainda neste ano.

Seis bancos se enquadram hoje na definição de sistemicamente importantes: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Santander Brasil e BTG Pactual – esse último, por sua exposição internacional. Mas o chamado fundo de resolução terá aportes de todas as instituições do país, mesmo daquelas que inicialmente não são elegíveis a ser socorridas por esse mecanismo.
A ideia é que o fundo funcione como uma reserva para recuperar bancos que, se quebrassem, provocariam abalos no sistema financeiro como um todo. É daí que vem a lógica da contribuição coletiva. Embora as linhas gerais do projeto estejam desenhadas, o BC deve deixar uma boa margem de manobra para dar a resposta adequada a uma determinada crise e até para decidir se uma instituição pode acessar o fundo mesmo sem estar entre os maiores bancos. Para quem não se enquadrar nesse perfil, a tendência é que continuem a vigorar os modelos tradicionais de liquidação.

Os recursos para constituir o fundo de resolução não devem representar um encargo adicional para as instituições financeiras. O modelo que vem se desenhando prevê que parte da contribuição anual feita hoje pelos bancos para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) seja direcionada para a nova estrutura.

O objetivo é evitar a criação de uma nova contribuição, cujo custo certamente seria repassado aos clientes. E a redução dos spreads de crédito está entre os compromissos assumidos pelo regulador na chamada Agenda BC+.

Atualmente, os bancos destinam mensalmente 0,0125% dos recursos captados de clientes para o FGC, responsável por garantir os depósitos de até R$ 250 mil em caso de problemas com alguma instituição. O fundo contava com patrimônio de R$ 62,452 bilhões no fim do primeiro semestre.

O FGC também deverá ser o gestor do fundo de resolução, mas a organização, que é privada, não deverá atuar na gestão dos bancos problemáticos. Caberá ao Banco Central (BC) nomear os novos administradores das instituições financeiras que entrarem no regime de resolução.

O novo fundo ainda não tem tamanho definido, mas um dos possíveis modelos é o europeu, que tem como meta atingir um patrimônio equivalente a pelo menos 1% dos depósitos garantidos até 2023. Em junho deste ano, o fundo contava com EUR 17,4 bilhões, o equivalente a 0,3% dos depósitos.

O projeto de lei brasileiro, que está em fase final de elaboração após cinco anos de discussões, traça um roteiro para garantir que as instituições sejam socorridas por seus acionistas e credores – o chamado “bail in” – e só se use dinheiro público em último caso.

O fundo de resolução é um dos diversos estágios que antecedem o uso de dinheiro do Tesouro. A proposta em discussão no governo prevê que os investidores de dívidas subordinadas – as últimas a serem pagas em caso de problemas com o banco – poderão ter seus papéis convertidos em ações caso o capital da instituição não seja suficiente para cobrir eventuais rombos.

Pela versão do projeto à qual o Valor teve acesso, o BC também pode determinar, em casos específicos, que outros tipos de dívida, como os CDBs acima do valor coberto pelo fundo garantidor, também sejam usados para capitalizar o banco com problemas. O fundo de resolução seria acionado em uma terceira etapa, se o banco continuar sem recursos mesmo após o uso do capital dos acionistas e da conversão das dívidas.

Um eventual aporte de dinheiro público só entraria em cena caso o patrimônio do fundo de resolução não seja suficiente para cobrir o passivo do banco em crise. Para permitir o resgate com recursos da União será necessária uma mudança na Lei de Responsabilidade Fiscal, que proibiu esse tipo de operação. A informação foi antecipada pelo Valor no início deste mês.

O conceito de “bail in” surgiu em organismos internacionais para evitar que volte a acontecer o que se viu na crise financeira de 2008, quando enormes somas de dinheiro de contribuintes tiveram de ser usadas para salvar grandes bancos do Estados Unidos e da Europa cuja quebra causaria danos ainda maiores na economia global.

O Brasil está atrasado nesse processo. O país se comprometeu a adotar mecanismos de resolução – para o salvamento ou a liquidação organizada – das instituições consideradas de importância sistêmica até o fim de 2015. Como isso não aconteceu, o G-20, grupo das economias mais desenvolvidas do mundo, concedeu mais dois anos para que o governo brasileiro pudesse se adequar às exigências.

Embora reduza a necessidade de recursos públicos, o uso de dinheiro de investidores no resgate de instituições financeiras não está livre de polêmicas. Na Itália, as dívidas subordinadas foram vendidas em larga escala a pequenos investidores, que em sua maioria não conheciam os riscos da aplicação, e acabaram sendo convertidas em ações no processo de “bail in” de quatro bancos com problemas.

“Houve um problema claro de ‘suitability'”, diz uma fonte que acompanha o assunto, em referência ao termo em inglês que trata do processo de adequação das aplicações ao perfil de risco dos investidores. No Brasil, essa questão não preocupa, já que os instrumentos de dívida subordinada não são vendidos pelos bancos a qualquer investidor.

Fonte: Valor Econômico

Banco do Brasil e Macro reatam namoro por Patagônia

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O Banco do Brasil e o espanhol Macro reataram o namoro em torno do Patagônia. As conversas, que tinham sido congeladas, foram retomadas. O principal entrave do passado, porém, segue presente: o preço. O BB não está disposto a aceitar uma oferta abaixo do valor de mercado do Patagônia.

Sem sentido. No passado, Itaú Unibanco e o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) também tentaram levar o argentino. A percepção dentro do BB é de que, como a operação do Patagônia é rentável, não faz sentido vender sua participação abaixo do valor do mercado.

Inflado?. Na prática, há avaliações de que o certo seria o banco comprar a fatia da família Stuart Milne. A negociação, porém, não avançou também por questão de preço. O valor já estaria definido em contrato e a família igualmente quer vender sua fatia a preço de mercado. Mas como os papéis do Patagônia não têm liquidez na bolsa argentina, o valor poderia estar inflado.

Chance. Em meio a isso, a probabilidade maior continua sendo um possível re-IPO do banco argentino. O BB tem 58,97% do Patagônia, mas cogitava vender apenas 8,5% em uma eventual oferta de ações. Procurados, BB e Macro não comentaram.

Fonte: Estadão

Superintendência do BB do Ceará sob nova direção a partir do próximo dia 6

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O novo superintendente do Banco do Brasil no Ceará, Amauri Aguiar de Vasconcelos, assumirá funções na próxima segunda-feira (6). A informação é da assessoria de imprensa da Instituição.

Sobralense, Amauri (51) conta com 30 anos de carreira no BB, a maior parte dela em unidades do banco no Ceará, onde exerceu o cargo de superintendente regional e gerente geral de agências de Fortaleza.

Amauri também atuou como superintendente estadual em Rondônia, regional no Rio Grande do Norte e, no último ano, estava como gerente-executivo da diretoria de Distribuição do Banco do Brasil , em Brasília.

Amauri Vasconcelos é graduado em Ciências da Computação pela UFC e especialista em Estratégia e Gestão, também pela UFC, e em Administração Pública, pela USP.

Também concluiu MBAs em Gestão Pública e Formação de Altos Executivos BB, pelo Insper, após aprovação no Programa de Ascensão de Executivos do Banco do Brasil.

Fonte: Blog do Eliomar

Em 2018, crédito imobiliário pró-cotista deve acabar antes de julho

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A previsão de redução de 35% no volume de recursos destinados à linha pró-cotista de financiamento habitacional – que cairá para R$ 5 bilhões -, anunciado quarta-feira pelo Conselho Curador do FGTS para 2018, deve esgotar o dinheiro para esse crédito antes de julho na Caixa Econômica.

A projeção é do próprio banco, que só vai voltar a oferecer a linha a partir de janeiro, depois de o montante previsto para 2017 ter chegado ao fim. Neste ano, com orçamento de R$ 7,74 bilhões (contando os recursos finais já remanejados), o montante para crédito imobiliário pró-cotista, que oferece juros reduzidos a trabalhadores titulares de contas vinculadas do FGTS, só durou também pelos sete primeiros meses do ano. Em 2016, o volume chegou a R$ 8,6 bilhões.

A Caixa informou que os critérios para contratar essa linha de crédito permanecerão os mesmos. Ainda segundo a instituição financeira, considerando o orçamento anual e o ritmo de contratação, o banco adotou a estratégia de execução mensal do orçamento para todas linhas de crédito imobiliário. De todas as linhas de financiamento habitacional, apenas as que utilizam recursos do FGTS já têm orçamento definido, não sendo possível prever a oferta de crédito nas demais linhas. Além da Caixa, o Banco do Brasil também oferece a linha pró-cotista.

“Os recursos estão sendo alocados principalmente para a habitação popular, que é o grande foco do FGTS”, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Taxa de juros

O crédito imobiliário utilizando a linha Pró-Cotista na Caixa tem taxa de juros para não correntistas da Caixa é de 8,6% ao ano. Na chamada taxa de balcão, para não clientes e sem o uso do FGTS, esses juros sobem para cerca de 10,5% ao ano. É a taxa mais barata para quem busca financiar imóveis novos de até R$ 1,5 milhão em todo o país, imóveis usados de até R$ 950 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, e imóveis usados de até R$ 800 mil nos demais estados.

Orçamento para habitação

Segundo o Ministério do Trabalho, do orçamento de R$ 85,5 bilhões do FGTS para 2018, R$ 69,4 bilhões serão destinados para a área de habitação, considerada o carro-chefe do orçamento do Fundo. A maior parte desses recursos é para habitação popular, com estimativa de R$ 62 bilhões por ano até 2020 e R$ 62,5 bilhões em 2021.

Este é o terceiro ano seguido de queda no volume de crédito concedido para compra e construção de imóveis. A última projeção da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) para o resultado do ano prevê queda de 3,5%, em 2017. Se for mantida a previsão atual, os bancos devem conceder R$ 45 bilhões por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o que seria o pior nível desde os R$ 40 bilhões, em 2008.

Veja as condições para financiamento com a linha pró-cotista

De acordo com a Caixa Econômica, para solicitar essa linha de crédito o interessado deve atender às seguintes condições:

– Não possuir financiamento habitacional ativo nas condições do Sistema Financeiro da Habitação (SFH);

– Não ser proprietário, cessionário, arrendatário ou promitente comprador de imóvel residencial urbano concluído ou em construção situado no município onde exerce sua ocupação principal, nos municípios limítrofes e na região metropolitana ou no atual município de residência;

– Ter mínimo de 3 anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes, consecutivos ou não;

– Contar com contrato de trabalho ativo sob regime do FGTS ou saldo em Conta Vinculada do Fundo, na data de concessão do financiamento, correspondente a, no mínimo, 10% do valor do imóvel.

Fonte: Época Negócios

Justiça suspende desativação de agência do BB em Alagoas

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Desde o início do ano, o Banco do Brasil começou a desenvolver uma série de programas alternativos de atendimentos que acabaram por gerar o encerramento de algumas agências do maior banco público do estado federativo. Assim, alguns clientes acabaram ganhando atendimento remoto estendido (das 7 horas até às 22) e o atendimento presencial, tendencialmente, começou a diminuir.

Entretanto, alguns clientes parecem não estar felizes com as mudanças que o banco veio promovendo nos últimos meses; em especial os mantidos no município de Traipu, no interior de Alagoas. As atividades da agência bancária da cidade estavam previstas para serem finalizadas nos próximos dias, entretanto, a Justiça local acabou determinando a permanência da agência por conta de sua função social.

Os moradores da região fizeram protesto na cidade contra o fechamento que estaria previsto para dia 20 de novembro, data que foi informada pela superintendência do Banco do Brasil. Assim, com a manifestação e o apoio dos juízes, a agência ainda se manterá na cidade.

A decisão veio do juiz Ewerton Luiz Chaves Carminati. Por conta do fechamento, o chefe do judiciário da vara local determinou que para cada dia de fechamento, o banco deve pagar R$ 5 mil reais em indenização. Caso as atividades da agência se mantenham em encerramento, os moradores locais poderão apenas buscar auxílio na agência mais próxima que fica cerca de 30 km de distância.

O Banco do Brasil informou que o fechamento da agência foi, primariamente, para a prevenção de assaltos recorrentes à esta unidade que aconteceram anteriormente.

Para eles, além do perigo iminente que a agência é servida todo dia, ainda existe o débito do município que não arcou com os valores em crédito consignado que o banco fez para os estatutários do local. Assim, visto as grandes preocupações, o banco decidiu fechar a agência.

Para o magistrado que determinou o continuidade da agência no município, o banco recebe todo o respaldo de fechamento da unidade em lei quando se fala de entidade privada e direito privado na economia. Entretanto, quando se trata de realização de uma função social (a atividade bancária se tornou essencial para o município e, neste caso, a agência do banco, por ser única, se tornou instrumento social de bem-estar), o juiz pode determina que a atividade continue corriqueiramente. Assim, o juiz recebeu o respaldo político-constitucional para sua ação.

Fonte: Blasting News

Sindicato fecha agência do BB por falta de estrutura no MS

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O Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região fechou a agência do Banco do Brasil localizada na Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 13 de maio, na manhã de hoje (27). Na agência, os atendimentos internos estão interrompidos durante todo o dia, apenas os caixas eletrônicos estão à disposição da população.

A medida foi tomada devido a falta de condições de trabalho, uma vez que a unidade está operando sem ar condicionado. Os dirigentes sindicais já vinham cobrando uma solução e a promessa do banco era de que a situação se resolveria até o final desta semana, o que não ocorreu. No local, funciona a principal agência do Banco do Brasil de Campo Grande, que abriga inclusive a superintendência regional, e por onde passam centenas de pessoas diariamente.

“Esse é um problema recorrente e sempre cobramos uma solução. Mas essa semana chegou a uma situação insuportável, colocando em risco o cliente e o funcionário. Essa agencia tem a demanda muito grande e precisamos de uma solução, imagina quando chegar o verão, as pessoas vão passar mal”, contou Edvaldo Barros, presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande.

Para o sindicato, a demora em providenciar a refrigeração adequada do prédio mostra o descaso da instituição financeira com seus clientes e trabalhadores, que são submetidos a temperaturas elevadas, caracterizando condições insalubres.

Dos clientes que estiveram na agencia procurando os serviços, Carlos Alberto da Silva, 35, gerente de vendas em concessionária, apoiou o movimento. “Eu acho que todo trabalhador tem que ter o mínimo de condições de trabalho, nesse calor de Campo Grande, pessoal trabalhar assim, é inadmissível”, opinou.

Por outro lado, Maria Lucia da Silva, 46, aposentada, ficou revoltada ao chegar na agencia e não ser atendida. “Preciso desbloquear meu cartão, cheguei às 10h e não aparece ninguém para falar que não vai atender. Não somos cachorros não”, reclamou.

De acordo com o sindicato, o Banco do Brasil registrou lucro de R$ 5,2 bilhões no primeiro semestre deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2016, houve um crescimento de 67,3%.

Fonte: O Estado de MS

Moradores de Traipu, AL, pedem garantia de funcionamento de agência do BB

Moradores de Traipu, interior de Alagoas, realizaram um protesto nesta quinta-feira (26) para pedir a manutenção do funcionamento da agência do Banco do Brasil da cidade. Segundo eles, o banco fecha as portas no dia 20 de novembro.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Banco do Brasil para confirmar as informações passadas pela população, mas ainda não obteve resposta.

O anúncio do fechamento da agência não só desagradou os funcionários como também os usuários do banco, que agora vão ter que se deslocar até o município vizinho de Girau do Ponciano para fazer movimentações bancárias.

“A população foi pega de surpresa com essa notícia. Muitos aposentados e pensionistas estão com medo porque vão ter que percorrer até 40 km a Girau do Ponciano. Ou seja, vão ter que se expor mais à violência, porque vão ter que andar com dinheiro. Então, somos contra isso”, disse um manifestante identificado apenas como Jonathan, em contato por telefone.

Ainda segundo os manifestantes, a superintendência do banco justificou insegurança, já que a agência foi assaltada duas vezes, além da pouca movimentação financeira.

“Em Traipu foi criada recentemente uma Secretaria de Segurança Pública municipal, o que fez com que a segurança em relação ao município fosse aumentada”, argumentou Jonathan.

Em relação à movimentação financeira, ele diz que os comerciantes se propuseram a realizar mais serviços na agência de Traipu, para aumentar o volume de movimentações financeiras.

O fechamento dessa e de outras agências no interior do estado será tema de uma reunião entre a superintendência do Banco do Brasil em Alagoas e o Sindicato dos Bancários. O encontro será na sexta (27), à tarde.

“A gente quer saber quantas agências estão fechadas e quantas estão fechando. Temos notícia desta de Traipu e de outras no Sertão, que foram alvos de bandidos e não foram reabertas, por falta de predisposição do banco. É um prejuízo muito grande para uma cidade pequena ter uma agência fechada”, afirma Nnilson Roberto Lopes Vieira, diretor financeiro do sindicato.

Fonte: G1

Golpe via SMS atinge mais de 33 mil clientes do BB e Santander

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O DFNDR Lab, laboratório de segurança digital especializado em cibercrimes, alerta para golpes envolvendo o nome de dois importantes bancos do país de forma fraudulenta: o Santander e o Banco do Brasil. Na última semana, hackers disseminaram de forma massiva links maliciosos via mensagens SMS que simulavam à perfeição comunicações oficiais das instituições financeiras

As mensagens recebidas pelas vítimas dos golpes traziam os dizeres: “Por razões de segurança, seu cartão foi bloqueado” e “Prezado(a) cliente, seu cartão de segurança expirou”. Ao todo, mais de 33 mil ataques deste golpe pelo aplicativo do DFNDR Lab.

Segundo Emílio Simoni, diretor do DFNDR Lab, “ataques via SMS ainda são muito comuns. Por isso, é muito importante manter um aplicativo de segurança atualizado com a função antiphishing e também desconfiar de quaisquer arquivos e links, mesmo quando recebidos de pessoas conhecidas ou quando a comunicação aparenta ser oficial”.

Todo cuidado é pouco!

Tendo como base a quantidade de smartphones no Brasil, o laboratório estima que cerca de outras 410 mil pessoas tenham sido impactadas. O golpe pode parecer datado e até um pouco óbvio nos dias de hoje, mas não deixa de fazer vítimas entre usuários mais descuidados, que acabam cedendo à perfeição das mensagens usadas para pescar dados pessoais, que é como o phishing funciona.

Ao acessar a URL do golpe, o usuário do smartphone é encaminhado a uma página que o induz a passar informações pessoais e bancárias, como CPF e dados do cartão de crédito, incluindo senhas e fotos de tokens/cartões de segurança bancários. Além disso, também é solicitado do correntista o número de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) dos aparelhos celulares. Com isso, criminosos conseguem clonar os dispositivos dos usuários.

A recomendação é que sempre deve-se usar aplicativos de segurança para evitar qualquer tipo de infecção do seu dispositivo e, claro, tomar cuidado sempre com mensagens suspeitas, mesmo que venham de remetentes confiáveis, como seus amigos ou conhecidos. Nenhum tipo de informação bancária individual deve ser fornecido para ninguém por meio de mensagens ou mesmo ligações telefônicas.

Fonte: TecMundo

Regulação do BC deve precipitar consolidação de fintechs no Brasil

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A iminente regulamentação do Banco Central para plataformas de serviços financeiros deve precipitar uma consolidação das fintechs, que se multiplicaram no Brasil nos últimos três anos.

Nas últimas semanas, o setor tem tido intensa movimentação, com as fintechs mais estabelecidas procurando se firmar, acertando aportes mais robustos de investidores ou fazendo parcerias com bancos e varejistas para ganhar escala e visilibidade, como forma se destacar num mercado que já conta mais de 300 dessas startups.

O Nubank, que se notabilizou por meio da plataforma digital de cartões de crédito sem anuidade, anunciou na véspera que passará a operar contas de pagamentos. Na semana passada, o aplicativo de finanças GuiaBolso captou 125 milhões de reais em rodada liderada pelo sueco Vostok, a maior de um fundo de capital de risco para América Latina neste ano. Dias antes, o marketplace Bom Pra Crédito fechou parceria com a CBSS, banco dos sócios Bradesco e Banco do Brasil.

Fontes do setor ouvidas pela Reuters citam pelo menos mais dois acordos de cifras similares aos do GuiaBolso que devem ser anunciados nas próximas semanas.

Segundo o chefe no Brasil da área de inovação da Accenture, Guilherme Horn, grandes investidores globais até agora vinham fazendo aportes mais pontuais em fintechs, enquanto aguardavam sinais do BC, fase vencida quando a autoridade monetária pôs a regulação em audiência pública no fim de agosto. A previsão é que as novas normas, em que o BC criará parâmetros mínimos operacionais, sejam editadas até o final do ano.

“Regulamentações costumam dar uma peneirada no mercado”, disse Horn. “Agora, quem ficar abaixo do padrão do BC vai ter que dar um jeito, ou se adapta ou é vendido. Quem está dentro vai crescer, porque vai atrair mais investidores e parceiros.”

O movimento sublinha o encurtamento dos ciclos de negócios no setor alta tecnologia em relação a setores mais tradicionais da economia, nos quais os processos de expansão e consolidação podem levar décadas.

Com um modelo de negócios relativamente barato – várias dessas startups foram criadas com um investimento inicial de poucas dezenas de milhares de reais -, usando modelos matemáticos para medir o risco de clientes potenciais e oferecer crédito e produtos financeiros. O apelo da agilidade e de juros e tarifas menores ou inexistentes rapidamente caiu nas graças do público.

O movimento também prosperou diante de uma postura mais amigável do BC, que preferiu monitorar a atividade do setor, em vez de proibir a operação de empresas não reguladas para oferecer serviços financeiros. Por fim, o modelo de parceria, na maior parte das vezes com bancos médios ou com cooperativas, exime essas startups de regras mais rígidas.

Como resultado, num espaço de três anos, o número de fintechs no Brasil foi multiplicado por seis.

MAIS CARO

Mas, de certa forma, sinais de que o mercado não conseguiria comportar tantas fintechs existem há algum tempo. Em parte porque conseguir se diferenciar num mercado que se multiplica tão rápido ficou mais desafiador, isto é, mais caro.

Como o marketing é quase todo feito pela Internet, o preço para aparecer em primeiro em páginas de busca como o Google tem subido sem parar.

Rodrigo Ubaldo, sócio-fundador da Allgoo, especializada em digitalizar instituições financeiras, calcula que o custo unitário de aquisição de clientes na Internet chega a 700 reais.

“Embora ainda seja menor do que o custo por cliente nos canais físicos, é um preço que está ficando alto demais”, disse Ubaldo.

No que parece ser um paradoxo, algumas dessas fintechs estão procurando fazer divulgação usando canais físicos, seja abordando pessoas diretamente nas ruas ou comprando espaço na mídia tradicional.

“O canal de divulgação exclusivo pela Internet está se exaurindo”, disse Rogério Cardozo, diretor executivo da Enova, dona da plataforma online de crédito Simplic. “Estamos pensando em ter stands em lugares públicos”, disse Marcelo Ciampolini, presidente-executivo da Lendico.

Outro fator que concorre para filtrar as fintechs sobreviventes é o fôlego financeiro. Em outras palavras, por quanto tempo a empresa pode operar no vermelho, investindo só no crescimento da base.

“Poderíamos atingir o break even (lucro) em dois meses se quiséssemos; era só desacelerar”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Nubank, em agosto à Reuters. “Mas isso não faz sentido hoje.” O Nubank tem um público estimado em 2,5 milhões de portadores de cartões.

Em outra frente, a capacidade de funding da instituição financeira sócia também pode limitar a capacidade de expansão. Só em crédito esse mercado já movimenta mais de 1 bilhão de reais por ano. E é isso que tem incentivado uma aproximação entre fintechs e aqueles antes vistos como rivais, os grandes bancos.

O CBSS, de Bradesco e BB, apostou nisso quando anunciou parceria com o Bom pra Crédito, semanas atrás. “Prevemos em 2018 ter 30 por cento do crédito digital”, disse à Reuters Carlos Giovanne, presidente do CBSS, no início do mês. Em outra frente, o Bradesco até o fim do ano deve deslanchar seu banco eletrônico, o Next.

Fonte: Terra

Brasileiro ainda desconhece opções para fazer portabilidade de dívidas

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De um lado, a falta de conhecimento por parte dos consumidores. Do outro, o pouco interesse comercial das instituições financeiras. No meio disso, a portabilidade de dívidas, um mercado regularizado há seis anos no Brasil e que, segundo os especialistas, poderia ser uma alternativa interessante para o consumidor endividado em tempos de queda de taxa de juros. No entanto, é apenas um traço nas estatísticas do setor de crédito.

Segundo dados do Banco Central (BC), em agosto de 2017, a portabilidade movimentou R$ 1,7 bilhão, com valor médio de R$ 8,2 mil por operação. Isso representa 0,05% dos R$ 3,046 trilhões totais financiados no Brasil em igual período, ou 0,12% se comparado apenas com o montante geral de crédito para pessoa física, que ficou em R$ 1,43 trilhão no mesmo agosto.

Para o professor Rodolfo Olivo, coordenador de graduação da FIA, os números mostram que a portabilidade, apesar de interessante no papel, ainda não pegou no País. “Enquanto os bancos ganharem mais dinheiro com investimento em renda fixa do que emprestando para os clientes, a oferta de produtos para portabilidade vai continuar assim, praticamente inexistente”, destaca.

A concentração bancária no País é indicada pela economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, como outro fator que impede a popularização da portabilidade. “Como temos uma concentração bancária muito grande não há uma concorrência forte entre os bancos, então eles não estão muito interessados em atrair mais clientes por meio da portabilidade”, avalia.

Para o economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, de fato os bancos ainda não atacaram esse mercado. O que se vê atualmente em portabilidade de dívidas é fruto do impacto das novas regras para o rotativo do cartão, que obriga o usuário a buscar uma alternativa de financiamento depois de um mês devendo para o cartão. “Com a queda dos juros pode ser que as instituições comecem a investir na portabilidade”, diz ele.

Desconhecido

Para além do desinteresse das instituições, executivos do mercado apontam também que a maior parte dos clientes ainda não conhece ou sabe o que é e como funciona a portabilidade. “Quando sabem, acabam desistindo porque o processo em si é muito complicado e leva algum tempo”, conta uma das fontes.

A portabilidade de dívida cresceu no Banco do Brasil (BB) nos últimos meses, mas o banco oferece essa possibilidade no atendimento direto aos clientes, o que ajuda a derrubar uma das principais barreiras: a falta de informação.

“A portabilidade vem aumentando, especialmente pela assessoria financeira que o BB oferece aos seus clientes. Isso faz parte da nossa estratégia de relacionamento”, informou o banco, em nota.

Sem conhecimento, a troca de dívida continua sendo uma das alternativas mais adotadas. As pessoas adquirem um novo empréstimo para quitar todos os outros débitos, que vão desde empréstimos anteriores até contas. “Observamos essa troca por muitos clientes que nos procuram”, afirma a head de produto da fintech de crédito Geru, Tatiana Floh.

“A preocupação das pessoas em ter um histórico de crédito melhor e a busca por empresas que tenham propostas de juros melhores também cresceu”, diz Tatiana.

A executiva acredita que os brasileiros entendem cada vez mais o mercado de crédito e, com isso, estão aprendendo a usar melhor os recursos aos quais têm acesso.

A executiva espera que o recebimento do 13º salário ajude a estimular a busca das pessoas por troca de dívida, aquecendo esse mercado nos próximos meses.

Mas os brasileiros podem encontrar dificuldade no acesso ao crédito. Isso porque, apesar dos anúncios, a oferta pelas instituições bancárias continua restrita, já que elas temem a retomada da inadimplência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É