Investimento em ações perde espaço entre fundos de pensão

Publicado em: 24/10/2022

O investimento em ações perdeu espaço nas carteiras dos fundos de pensão. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), a fatia aportada em ações e fundos de ações (renda variável) caiu de 15,8% em dezembro de 2021 (R$ 163,26 bilhões) para 13,4% em julho de 2022 (R$ 144,08 bilhões).

Por outro ângulo, a participação da renda fixa aumentou de 75,7% (R$ 783,13 bilhões) em dezembro de 2021 para 78,6% (R$ 843,532 bilhões) em julho de 2022.

Ao todo, os fundos de pensão informaram R$ 1,147 trilhão em patrimônio (12,6% do PIB) em julho de 2022, ante R$ 1,112 trilhão (12,8% do PIB) em dezembro de 2021.O setor reúne 2,62 milhões de participantes ativos, 3,73 milhões de dependentes e 793,3 mil beneficiários (aposentados e pensionistas).
Planos familiares e associativos

Para crescer daqui para frente, o presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, aponta que as entidades estão concentrando esforços na criação e ampliação de planos familiares e associativos.

“Planos instituídos como a da Quanta e das OABPrevs já contam com mais de um milhão de participantes (investidores)”, disse Martins.

Segundo a Abrapp, os planos instituídos associativos constituídos por sindicatos e associações de classe continuam a crescer e já abrangem 690,9 mil pessoas, em comparação a 653,7 mil no início do ano, um acréscimo de 37 mil novos participantes este ano.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Fundos de pensão fecham 2021 com déficit de R$ 36,4 bilhões, diz Abrapp

Publicado em: 24/04/2022

A carteira consolidada das entidades fechadas de previdência complementar registrou déficit líquido de R$ 36,4 bilhões no ano passado, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (20) pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Foi o pior desempenho desde 2016, quando o setor registrou déficit líquido de R$ 53,5 bilhões.

Segundo Luis Ricardo Martins, presidente da Abrapp, o resultado de 2021 foi impactado por fatores como inflação elevada, incertezas fiscais, baixa das ações na bolsa de valores e ainda oscilações no cenário econômico global.

“Um cenário extremamente difícil que já completa dois anos, mas estamos conseguindo recuperar mesmo com todas as dificuldades”, disse Martins.

O déficit líquido do setor significa que as entidades estão, em conjunto, com rentabilidade inferior à meta colocada para 2021.

Martins disse que espera enviar nas próximas semanas uma proposta para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) sobre o equacionamento dos planos, o que geralmente envolve contribuições extras. Para ele, esse equacionamento seria desnecessário.

“Abrapp vai formalizar com base em estudo, para Previc e CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) o pleito de congelamento de qualquer tentativa de equacionamento”, disse ele, durante entrevista coletiva, acrescentando que o déficit apresentado pelos fundos seria conjuntural. “Em janeiro e fevereiro deste ano, nossas estimativas dão conta de uma recuperação de R$ 5 bilhões do déficit do sistema.”

O valor total dos ativos dos fundos de pensão somou R$ 1,11 trilhão ao fim de 2021, o que equivale a 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A rentabilidade acumulada dos planos foi de 5,88%.

Fonte: CNN Brasil

Previ é contemplada com Selo de Autorregulação da Abrapp

Publicado em: 07/11/2018

A Previ foi contemplada em outubro com o Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). O selo foi entregue na solenidade de abertura do 7º Seminário Abrapp, que está ocorrendo em São Paulo nos dias 6 e 7 de novembro, com o tema “Desafios da Gestão de Investimentos na Previdência Complementar Fechada”.

selo interna

No início de 2017, a Previ já havia aderido ao Código de Autorregulação em Governança de Investimentos da Abrapp/Sindapp/ICSS, que contém princípios como transparência nos processos de governança de investimentos, garantia à informação adequada e clara nos assuntos que envolvam planos de benefícios e a adoção de práticas que fortaleçam a relação fiduciária entre as partes interessadas das entidades. A Previ foi a primeira entidade a testar a plataforma informatizada de concessão do Selo, que valida o cumprimento de todos os princípios e obrigações do Código.

Por meio desse sistema, a Entidade forneceu uma série de dados e documentos relacionados à governança de investimentos, e incluiu manifestações de públicos de interesse, como fornecedores e participantes. Uma Banca avaliadora, formada por especialistas, analisou as informações prestadas pela Previ e submeteu o parecer ao Conselho de Autorregulação, da Abrapp/Sindapp/ICSS, que confirmou a concessão do Selo. Com essa iniciativa, a entidade submeteu suas práticas a uma avaliação externa e contribuiu com feedbacks sobre a plataforma e o processo de concessão.

Responsabilidade ao investir

O envolvimento da Previ com as boas práticas de investimento responsável vem de longa data. Em 2004 a entidade lançou o Código Previ de Melhores Práticas de Governança Corporativa, um documento que serve como guia para empresas que têm participação da Entidade e que foi revisado em 2018. Elaborado a partir de pesquisa das mais modernas tendências nas práticas de governança corporativa, o Código foi uma iniciativa pioneira, que incorporou a experiência e maturidade da Previ na gestão de suas participações acionárias, e levantou bandeiras até então pouco debatidas no mercado de capitais brasileiros.

Outra ação pioneira da Entidade é a participação no desenvolvimento da iniciativa internacional Princípios para o Investimento Responsável, o PRI, da qual é signatária desde sua criação em 2006. Apoiado pela ONU, o PRI estimula a inserção de critérios ambientais, sociais e de governança nos processos de investimento. Os princípios fornecem um marco para o alcance de melhores retornos de longo prazo e mercados mais sustentáveis.

A governança da Previ é reconhecidamente uma das mais modernas no segmento de previdência complementar do país. Seu protagonismo se demonstra por meio das normas, processos e controles internos da Entidade que, não raro, ultrapassam os requisitos da legislação. A Previ desenvolve constantemente ações para um ambiente socioeconômico mais sustentável, sempre com foco na sua missão, de garantir o pagamento de benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável.

Fonte: Previ

Reforma prejudicará participantes de fundos de pensão, diz Abrapp

Publicado em: 26/04/2017

Jornal GGN – Uma das emendas feitas na Proposta de Emenda Constitucional 287, que trata da reforma da Previdência, permite a transferência da gestão dos planos de previdência complementar dos funcionários públicos para a previdência aberta.

A alteração, prevista no artigo 40 no texto final do relator da Comissão da Reforma, Arthur Maia(PPS-BA), irá prejudicar os participantes dos fundos de pensão, na avaliação da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje (25), Luís Ricardo Martins, presidente da Abrapp, explicou que a possibilidade da transferência da gestão destes planos para entidades abertas prejudicará os funcionários públicos, já que os rendimentos das aposentadorias serão reduzidos e haverá uma piora na governaça dos planos.

As aposentadorias perderão rendimento já que as entidades fechadas de previdência complementar não tem fins lucrativos, ao contrários das empresas abertas, que atuam de acordo com a lógica do mercado. No caso dos fundos de pensão, os participantes também têm representatividade na gestão dos planos, o que não ocorre no sistema aberto e permite um acompanhamento e uma fiscalização mais próximos.

O presidente da Abrapp afirma que a justificativa da alteração, que é a de incentivar a concorrência, não se sustenta. ”A concorrência teria de se dar em condições justas”, afirmou.

Caso a PEC com a alteração sobre a gestão dos fundos seja aprovada, Luís Ricardo afirmou que existe a “real possibilidade” da entidade ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.

Questionado se a competição não incentivaria a melhora da governança dos fundos, Martins ressaltou que os planos que apresentam déficit são casos pontuais, além de reafirmar a solidez do sistema, que tem mais de 2,5 milhões de participantes diretos.

O presidente da associação afirmou que a entidade tem procurado dialogar com lideranças políticas em Brasília, para mudar a questão referente à gestão dos fundos e também para apresentar propostas.

Martins diz que o sistema cumpre sua missão de dar a devida proteção para os aposentados, além de desonerar o Estado. Entretanto, reclama que o governo não enxerga a previdência complementar como uma solução de parte dos problemas previdenciários do país.

Na coletiva, o presidente da entidade também ressaltou que os fundos de pensão poderiam também auxiliar na retomada da atividade econômica, como investidores de longo prazo. “O estado carece de investimento de longo prazo”, ressaltou.

No total, 138 entidades fechadas de previdência complementar administram 438 planos que estão superavitários, enquanto 80 entidades administram 205 planos deficitários. De acordo com os dados da Abrapp, são pagos regularmente mais de R$ 42 bilhões em benefícios atualmente, com reservas de que superam R$ 790 bilhões.

Clique aqui para ler o quadro comparativo, elaborado pelo gabinete de Arthur Maia.

Veja aqui os dados estatística da Abrapp de dezembro de 2016.

Fonte: CGN