TRF-2 homologa acordo previdenciário de R$ 8,8 bilhões e encerra ações

Publicado em: 24/04/2022

O Centro de Conciliação 100% Digital (C100%) da Justiça Federal da 2ª Região (RJ e ES) homologou acordo que encerra ações previdenciárias, com economia de mais de R$ 5 bilhões aos cofres públicos. O resultado da tratativa põe fim a ações judiciais ajuizadas contra a União há 31 anos por entidades hoje representadas pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Em 1991, instituições administradoras de 88 fundos de pensão questionaram judicialmente os critérios de atualização monetária de títulos do governo federal, que haviam adquirido compulsoriamente em 1987.

Os papeis criados pelo Decreto-Lei 2.288/1986, haviam sido emitidos para o financiamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento, estabelecido para gerar recursos para o custeio de investimentos de capital na iniciativa privada.

Sem o ajuste firmado entre a Advocacia-Geral da União e a Abrapp, o governo teria uma dívida judicial de R$ 14 bilhões, estabelecidos em sentenças proferidas em 37 processos.

Com a homologação do acordo, os fundos de pensão receberão R$ 8,8 bilhões por meio de precatórios, a serem pagos em parcelas, a partir de 2023, nos termos das Emendas Constitucionais 113 e 114/2021.

O Centro de Conciliação 100% Digital

O C100% é órgão vinculado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Instituído e regulamentado em março de 2021 pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos da 2ª Região, coordenado pelo desembargador federal Ferreira Neves.

Desde então atua na conciliação de reclamações pré-processuais e processos em grau de recurso em trâmite na segunda instância, bem como em demandas sazonais a serem atendidas em regime de mutirão de toda a 2ª Região, que abrange os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

A inovação permite a tramitação das negociações de conciliação inteiramente pela internet, sem a necessidade de comparecimento presencial de partes e advogados públicos e privados para qualquer ato, incluindo as audiências, que são conduzidas por videoconferência. Com isso, é ampliado o acesso da sociedade ao sistema de conciliação, além de todos os procedimentos se tornarem mais ágeis e simplificados. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-2.

Fonte: Consultor Jurídico

 

BB é o top pick do setor do Itaú BBA, que eleva preço-alvo da ação após resultado

Publicado em: 17/02/2022

O Itaú BBA comentou que os resultados do quarto trimestre de 2021 e o guidance de 2022 divulgados pelo Banco do Brasil (BBAS3) na segunda-feira (14) mostraram números de qualidade de crédito ainda melhores e receitas surpreendentemente fortes.

O banco estatal registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,9 bilhões no quarto trimestre do ano passado, um desempenho 60,5% superior ao reportado no mesmo período de 2020. O consenso do mercado era de um lucro de R$ 4,78 bilhões, segundo os analistas consultados pela Refinitiv. Em 2021, o lucro ajustado foi recorde em R$ 21 bilhões, um crescimento anual de 51,4%. As ações fecharam em forte alta após o resultado.

Os dados levaram o BBA a aumentar suas estimativas e o valor justo para 2022 para a ação do Banco do Brasil de R$ 42 para R$ 44 com um potencial de valorização de 25% em relação ao fechamento da véspera.

O crescimento de 16% do lucro líquido esperado para 2022 é o mais rápido entre os grandes bancos, e o múltiplo de 4 vezes o preço sobre o lucro faz do BB escolha preferencial do Itaú BBA no setor.

O BBA destaca que a grande reação que geralmente recebe quando destaca o BB como top pick é o risco de mudanças, ainda mais em um ano eleitoral.

“Embora este risco não deva ser ignorado, acreditamos que já está precificado. Além disso, o banco entregou ganhos de eficiência e alocação prudente de capital, apesar de várias mudanças de CEO ao longo do últimos anos. Trimestre após trimestre, o desconto maciço de 65% para outros bancos brasileiros torna-se menos justificável pelos fundamentos”, acrescenta o Itaú BBA.

A carteira de crédito defensiva, com alto índice de cobertura (que representa a proporção que a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir os créditos inadimplentes) e captação competitiva tornam o BB um “lugar mais seguro” para estar em um cenário macro mais difícil, avaliam. Os analistas destacam ainda que a alocação prudente de capital e eficiência é uma tendência plurianual que provavelmente não deve mudar repentinamente.

Os analistas do BBA têm recomendação outperform também para o Bradesco (BBDC4), com preço-alvo de R$ 27, ou potencial de valorização de 26%, enquanto para Santander Brasil (SANB11) a recomendação é marketperform (desempenho em linha com a média do mercado), com preço-alvo de R$ 39, ou upside de 20%.

Fonte: Infomoney

Ações Banco do Brasil, Itaú e Santander podem render até 40% em 2022

Publicado em: 16/12/2021

A rápida deterioração das perspectivas econômicas para 2022 fez com que a Ágora Investimentos, em parceria com o Bradesco BBI, realizasse uma ampla revisão das estimativas das ações do setor bancário.

Em linhas gerais, as projeções de lucros para 2022 foram cortadas, na média, em 2,7%, e as de 2023 ficaram 3,7% menores. O preço-alvo dos papéis encolheu, na média, 12,6%, pressionado pela elevação do custo de capital (cost of equity) para 15,1%, refletindo a deterioração das condições político-econômicas.

Gustavo Schroden, do Bradesco BBI, e Maria Clara Negrão, da Ágora, que assinam o relatório, afirmam que “a qualidade dos ativos das pessoas físicas e PMEs são os principais riscos e, de acordo com nossa análise estatística, os empréstimos pessoais, de cartão de crédito e PMEs têm a maior correlação com a Selic.”

De qualquer modo, a dupla considera que “todos os pontos negativos parecem estar precificados.” Isto porque, segundo os analistas, “os bancos brasileiros estão negociando a 6,5x P/L, 25% abaixo da média histórica, e 1,1x P/Valor Patrimonial, 24% abaixo da média histórica.”

Veja, a seguir, o que a Ágora e o Bradesco BBI pensam das principais ações do setor bancário listadas na Bolsa.

Itaú Unibanco (ITUB4)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 31
Alta potencial (sobre 10/dez): 39,9%
Análise: o Itaú é o papel favorito da Ágora e do Bradesco BBI para 2022, entre os bancos listados na Bolsa. Mesmo assim, os analistas cortaram as estimativas de lucro líquido em 5,2% para 2022, e 7,5% em 2023. A grande exposição do banco a cartões de crédito (13% da carteira) e PMEs (17% da carteira) é o ponto que mais preocupa a dupla.

Banco do Brasil (BBAS3)
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 38
Alta potencial (sobre 10/dez): 16,9%
Análise: mesmo com a recomendação neutra, o Banco do Brasil é a segunda favorita da Ágora e do Bradesco BBI. O motivo é a pequena exposição da carteira de crédito a produtos mais arriscados, como os cartões de crédito, empréstimos pessoais (excluindo o crédito consignado) e PMEs.

Santander (SANB11)
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 39
Alta potencial (sobre 10/dez): 22%
Análise: a grande exposição da carteira de crédito do Santander a empréstimos pessoais (11% do total da carteira) é o que mais preocupa os analistas.

Fonte: Money Times

 

Ações de bancos digitais, empresas de cartões e fintechs caem até 10%

Publicado em: 15/10/2021

A bolsa brasileira bem que tentou se sustentar em alta, mas a queda generalizada das ações de bancos, fintechs e empresas de meios de pagamento e cartões acabou levando o Ibovespa para o campo negativo no pregão desta segunda-feira, 11 de outubro.

As ações do Inter (BIDI4 e BIDI11) lideraram as baixas do principal índice da B3, com uma queda da ordem de 10%.

Os papéis do banco digital já vinham de um período de forte volatilidade. Mas hoje o movimento de queda foi acompanhado por quase todas as ações do setor financeiro, como você confere a seguir:

  • Banco Pan (BPAN4): -8,07%
  • BTG Pactual (BPAC11): -5,67%
  • Cielo (CIEL3): -4,55%
  • B3 (B3SA3): -3,12%

O movimento no setor financeiro também se reflete nas ações de empresas brasileiras listadas em Nova York, como PagSeguro, Stone e XP — todas com queda expressiva. Mas, afinal, quais as razões para a derrocada?
Surpresa na sexta à noite

Uma mudança na regra colocada em consulta pública na sexta-feira à noite pelo Banco Central ajuda a explicar uma parte do mau humor com as ações do setor no dia 11.

O BC propôs o limite máximo de 0,5% para a tarifa de intercâmbio nas transações com cartões pré-pagos, na linha da restrição que já existe para os cartões de débito.

A proposta também proíbe que os emissores de cartões adotem prazos diferentes para que os lojistas recebam os recursos em compras realizadas pelos dois tipos de pagamento.

“A proposta em pauta tem o objetivo de harmonizar regras, custos e procedimentos associados a instrumentos de pagamento que apresentam grande similaridade sob o ponto de vista do funcionamento do serviço de pagamento prestado”, justificou o BC.

Embora seja potencialmente negativa para o setor (mas boa para o comércio), a limitação tem um efeito mais danoso apenas sobre a PagSeguro, segundo um gestor de fundos.

Não por acaso, a ação da empresa (PAGS) despenca mais de 10% na bolsa de Nova York. Já o BDR negociado aqui na B3 despenca 17,24%.

Juro em alta – fintechs em queda

Outra interpretação para o mau humor do mercado com as ações das novas empresas financeiras tem relação com o movimento de alta de juros já em curso no Brasil e da subida das taxas dos Treasuries, os títulos do tesouro norte-americano.

A avaliação é que juros em alta podem reduzir a velocidade do chamado “financial deepening”, ou seja, a migração dos investidores para produtos com foco em maior retorno e risco fora da prateleira dos grandes bancos. Nesse caso, perdem instituições como XP, BTG Pactual, Inter e Banco Pan.

A tendência de desaceleração, caso se confirme, também afeta a B3, dona da bolsa brasileira, que vem se beneficiando do aumento no número de investidores em ações.

A arena de competição entre bancos e fintechs também parece passar por um ponto de inflexão. Um levantamento feito pelo Bank of America aponta que o gás para que as fintechs sigam avançando na disputa pode estar diminuindo.

Em setembro, as empresas de tecnologia financeira registraram a primeira redução no número mensal de usuários ativos desde janeiro de 2015, com queda de 1,08% na comparação com agosto.

Outro profissional do mercado com quem eu conversei destacou que o BC se prepara para harmonizar as regras entre grandes bancos e fintechs, em especial aquelas que cresceram e se tornaram relevantes do ponto de vista sistêmico.

Todos esses argumentos podem ser verdadeiros, mas vale destacar que as ações dos grandes bancos, como Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) também fecharam em queda nesta segunda-feira, ainda que com uma intensidade menor.

Para quem acredita que as fintechs seguem favoritas na briga para roubar um espaço dos bancões, a queda recente pode ter aberto uma boa oportunidade de compra.

Fonte: Seu Dinheiro

Analistas veem oportunidades para ações de bancos, mesmo com turbulência

Publicado em: 16/09/2021

Em meio ao cenário de maior volatilidade, principalmente com o noticiário político passando cada vez mais a influenciar o mercado, as ações das companhias negociadas na Bolsa são impactadas, com o aumento do custo de captação delas em um ambiente de maior risco para a economia nacional. Nesse cenário, as ações dos bancos, até a última quinta-feira (9), tiveram forte queda no mês, de 7,4% ante baixa de 4,8% do Ibovespa em igual período, com a piora da crise fiscal e a turbulência política (ainda que tenha diminuído nos últimos dias).

Contudo, os analistas do Bradesco BBI destacaram, em relatório publicado na última sexta-feira (10), ainda estimarem potencial de valorização para Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Banrisul (BRSR6) e Banco Pan (BPAN4) em particular, mesmo depois de aplicar um aumento de 150 pontos-base no risco-país ao custo de capital (COE) das instituições financeiras.

“Como referência, ao aumentar o COE em 150 pontos-base, ainda veríamos 15% de potencial de valorização em nosso preço-alvo para final de 2022 para o Itaú, 27% para o Banco do Brasil, 22% para o Banrisul e 27% para o Banco Pan”, apontam Gustavo Schroden, Otavio Tanganelli e Eric Ito, analistas do banco que assinam o relatório.

Atualmente, as recomendações do BBI para os bancos são as seguintes:

  • ABC Brasil (ABCB4): com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 20, ou potencial de alta de 25% frente o fechamento de segunda-feira;
  • Banco do Brasil (BBAS3): recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 39 ou potencial de alta de 32%;
  • Banco Pan (BPAN4): recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 26, ou upside de 51%;
  • Banrisul (BRSR6): recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 16, ou alta de 32%;
  • BTG Pactual (BPAC11): recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 37, ou potencial de alta de 34%;
  • Itaú (ITUB4): recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 39, ou potencial de alta de 37%;
  • Santander Brasil (SANB11): recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 48, ou upside de 29%.

Além disso, eles apontam que os bancos brasileiros costumam superar o Ibovespa durante períodos de incerteza, ressaltando que, durante o turbulento período eleitoral de 2018, o setor superou o Ibovespa em 12 pontos percentuais.

“Continuamos construtivos nos bancos, embora reconheçamos que o ambiente político e situação fiscal teve uma deterioração. No entanto, ainda vemos a dinâmica de crédito como saudável porque o PIB brasileiro deve continuar em expansão, apesar das revisões para baixo, enquanto os bancos também devem se beneficiar de taxas de juro mais
elevadas. Além disso, os bancos brasileiros costumam ser nomes defensivos durante períodos turbulentos,
especialmente os do setor privado”, apontam.

Em meio à turbulência política (ainda que diminuindo nos últimos pregões), os analistas fizeram um teste de estresse, decidindo testar os níveis de custo de capital para descobrir quais níveis de risco os preços das ações estão refletindo.

“Na verdade, descobrimos que com um aumento de até 200 pontos-base (pbs) em relação ao nosso custo de capital, os bancos brasileiros ainda apresentariam potencial de valorização em relação aos preços atuais de suas ações (alta de 10% em média). No entanto, achamos que seria justo supor que um aumento de 150 pontos-base seria um bom nível de teste de estresse para nossas avaliações, pois isso permitiria ao CDS 10 anos brasileiro atingir cerca de 425 pontos-base, o que se compara a 404 pbs durante o nível mais alto da eleição de 2018 (setembro) e também acima do 385 bps durante a greve dos caminhoneiros no mesmo ano (maio-junho)”, avaliam.

Assim, Schroden, Tanganelli e Ito apontam seguirem construtivos sobre os bancos brasileiros, apesar da maior incerteza. Isso porque ainda esperam a recuperação do crédito no país, embora os bancos também possam se beneficiar de taxas de juros mais altas.

“Além disso, em um cenário de turbulência política mais severa, acreditamos que os bancos de varejo tradicionais estão bem posicionados porque têm balanços sólidos e equipes de gestão experientes que podem ajudar a navegar em tempos adversos. Por fim, notamos que os preços das ações dos bancos geralmente têm sido mais resilientes durante os períodos turbulentos, e até identificamos potencial de valorização de 17% em média com um aumento de 150 bps nos custos de capital”, concluem.

Já após reuniões com os principais nomes de empresas em sua conferência anual para a América Latina, o Credit Suisse comentou as tendências para o setor, também reiterando visão positiva. Os analistas do banco suíço ressaltam que a demanda de crédito continua forte, com o crescimento de créditos para pessoas físicas e para pequenas e médias empresas apresentando boa tendência.

Além disso, a performance de receita líquida de juros dos clientes permanece robusta, impulsionado pelo forte crescimento do credito e melhor portfólio, apesar de alguma compressão do spread (ou diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e a que eles emprestam aos tomadores) em produtos específicos, como folha de pagamento, hipotecas e cheque especial.

Os analistas avaliam que o custo de risco ainda está em níveis baixos e, embora a normalização seja esperada, não há sinais de que isso esteja prestes a acontecer, pelo menos para os bancos do setor privado.

Desse modo, no geral, a equipe mantém a visão mais favorável em relação aos bancos frente às instituições financeiras não bancárias devido ao ciclo de lucros mais forte, com preferência por bancos do setor privado. O Itaú Unibanco permanece como a top pick dos analistas devido as tendências de NII mais fortes em comparação com seus pares, seguido pelo Santander Brasil.

Confira as recomendações do Credit Suisse para os bancos:

  • Banco do Brasil, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 38, ou potencial de alta 29%;
  • Itaú, com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 39, ou upside de 34%;
  • Santander, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 53, ou potencial de alta de 43%;
  • Bradesco, com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 30,91, ou upside de 45%.

O Itaú BBA, por sua vez, revisou o setor de bancos na última segunda-feira (13), reduzindo a recomendação para a ação PN do Bradesco (BBDC4) de outperform (desempenho acima da média do mercado) para market perform (desempenho em linha com o desempenho do mercado). O preço-alvo foi de R$ 31 esperado para 2021 para R$ 25 projetado para o fim de 2022, ou upside de 17% em relação ao fechamento de segunda-feira.

A equipe de análise do BBA aponta que a performance do Bradesco na primeira metade do ano ficou abaixo das expectativas. Enquanto isso, a visão positiva para o nome se baseava na recuperação do cenário macro na segunda metade do ano e em 2022, o que agora está significativamente deteriorado.

“As despesas de baixas provisões (NPLs, na sigla em inglês), que impulsionaram o lucro por ação, não devem se estender por muito tempo. Acreditamos que o impacto adverso dos NPLs do próximo ano no PIB, com inflação substancialmente mais alta, está sendo subestimado”, apontam os analistas.

Assim, eles reduziram as estimativas para 2022 da “primeira à última linha”, para 15% abaixo do consenso, prevendo lucro líquido em R$ 24,5 bilhões.

O Banco do Brasil é o top pick do setor do BBA entre os grandes bancos, destacando que há assimetria para ganhos, expectativas baixas do consenso, enquanto os resultados superaram as projeções nos últimos dois trimestres.

Os analistas do BBA, cabe ressaltar, elevaram a recomendação para BBAS3 no final de agosto, destacando que a ação BBAS3 está negociada a um desconto historicamente alto em relação aos outros bancos brasileiros, o que sugere um alto grau de risco político já embutido, o que significa upside levando em conta qualquer moderação. O preço-alvo é de R$ 37 para 2022, ou upside de 26% em relação ao fechamento da véspera.

Fonte: Infomoney

 

Banco do Brasil tem ações baratas, mas entrega menos que Itaú e Santander

Publicado em: 06/08/2021

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) seguem baratas, mas o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) deixa a desejar, aponta a Ágora Investimentos em relatório de início de cobertura.

“Estamos assumindo cobertura do Banco do Brasil com recomendação neutra, pois sua rentabilidade deve seguir pressionada nos próximos dois anos, embora esteja sendo negociado com um desconto significativo em relação aos seus pares do setor privado”, aponta.

A corretora tem preço-alvo de R$ 39 para os papéis, o que implica potencial de alta de 23%.

Segundo os analistas Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão, no momento não existem catalisadores de curto e médio prazo que possam desencadear expansão dos múltiplos para reduzir o desconto em relação aos bancos do setor privado.

“Enquanto o ROE do Banco do Brasil deve atingir em média 13,7% nos próximos dois anos, estimamos ROE médio de 19,2% para o Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) no mesmo período”, argumentam.

A dupla também espera que o resultado da estatal do segundo trimestre, previsto para ser divulgado nesta quarta-feira, tenha uma qualidade mais fraca.

“Embora também esperemos que o banco se beneficie de um melhor mix de produtos e menor custo de risco, destacamos que a qualidade dos lucros deve ser afetada por despesas de contingência durante o ano, impactando negativamente as demais despesas”, pontuam.

Além disso, eles continuam a ver receitas de tarifas sob pressão devido à concorrência e o PIX.

Na visão da corretora, o lucro líquido recorrente deve crescer em uma taxa de crescimento média ponderada (CAGR) estimada no período 2020-2022 de 22%, relativamente em linha com a projeção para o sistema financeiro.

“Estimamos um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões vindo do Banco do Brasil, uma ligeira deterioração no trimestre (-2,2%), mas ainda em alta de 45,1% no período, com um ROE de 14,0%”, completam.

Ação descontada: vale o risco?

De acordo com a corretora, o BB está negociando com um desconto considerável em relação aos seus pares do setor privado, a um preço sobre lucro (P/L) de 12 meses de 5x, o que é um desconto de 49% para os pares do setor privado e 25% abaixo da média histórica.

Já o preço sobre valor patrimonial está negociando a 0,7x, 65% abaixo da média dos pares do setor privado e 35% abaixo de sua média histórica.

Apesar disso, Ágora cita alguns pontos negativos do banco, como:

  • crescimento dos empréstimos mais fraco em função do crescimento do PIB;
  • incapacidade de manter o ROE em níveis elevados;
  • interferência do governo, que é o acionista controlador.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil lança fundo de ações ESG com foco no mercado brasileiro

Publicado em: 11/06/2021

Os investimentos com foco na temática ESG ou ASG (Ambiental, Social, Governança) têm ganhado cada vez mais importância no mundo e no mercado financeiro brasileiro. O mais novo produto por aqui é o BB Ações ASG Brasil, fundo de gestão ativa da gestora do Banco do Brasil, a BB DTVM.

O objetivo do novo produto é escolher, no mercado de empresas brasileiras, as comprometidas com critérios ASG. A escolha dos papéis para compor o portfólio é ativa, ou seja, é feita por um time que analisa as empresas e, então, decide quais têm potenciais de ganhos futuro.

Contudo, há dois filtros prévios: só são analisadas as empresas que façam parte da composição do índice S&P/B3 Brasil ESG da B3 e ser signatário do Pacto Global, programa de sustentabilidade corporativa da ONU (Organização das Nações Unidas).

A meta é superar o índice S&P/B3 Brasil ESG (índice de referência) seja pelo posicionamento em setor com cenário favorável, seja por bons fundamentos corporativos das empresas escolhidas.

“Acreditamos que a incorporação de critérios ASG deve impactar muito positivamente o valor que agregamos aos nossos milhões de cotistas. Nosso objetivo com esse lançamento é disponibilizar mais uma alternativa da gestora do banco para diversificação, possibilitando aos investidores a alocação em ações de empresas que adotem boas práticas de sustentabilidade, em setores como varejo, indústria, financeiro, siderurgia, e-commerce, energia, entre outros”, afirma Julio Vezzaro, Diretor Comercial e de Produtos da BB DTVM.

O investimento inicial é de R$ 0,01. O BB Ações ASG Brasil tem taxa de administração de 1% ao ano, com taxa de performance de 20% sobre o que exceder S&P/ B3 Brasil ESG.

“O fundo Ações ASG Brasil vem completar nosso portfólio de fundos com a temática, que já conta com diversos outros produtos. O objetivo é oferecer a todos os nossos investidores o acesso a mercados diferenciados e que estejam em linha com o que há de tendência no mundo”, diz Guilherme Rossi, responsável pela Unidade Captação e Investimentos do BB.

A gestora do banco já tem em seu portfólio de produtos ESG outros cinco opções: BB Ações Equidade, BB Ações ESG Globais BDR Nível I, BB Ações Governança, BB Ações Sustentabilidade e BB MM LP Global Vita Private.

A BB DTVM é signatária do PRI (Princípios de Investimento Responsável) desde 2010. Em 2016, aderiu ao Código Amec de Princípios e Deveres dos Investidores Institucionais – Stewardship. Em 2018 assinou o Women’s Empowerment Principals (Princípios de Empoderamento das Mulheres – WEPs). No ano passado, 2020, adotou a Diretriz de Investimento Responsável, que orienta a gestora nos critérios e procedimentos que devem ser utilizados para assegurar as melhores práticas no emprego do investimento responsável, incluindo os processos para avaliar, selecionar e engajar as companhias, considerando aspectos ESG.

Fonte: Valor Investe

Bancários ajuízam mais duas ações contra “desmonte” do Banco do Brasil

Publicado em: 18/02/2021

Diante da recusa do Banco do Brasil, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), ajuizou mais duas ações: uma pela reintegração da gratificação de caixa à folha de pagamento dos caixas executivos e outra para que o banco seja impedido de transferir compulsoriamente os funcionários.

A ação da Contec vem se somar a vários outros instrumentos jurídicos que estão sendo adotados por entidades sindicais de todo o país. Já há inclusive decisão contrária ao fechamento de agências do BB.

“O movimento sindical nacional está unido, agindo em diversas frentes contra este plano de desmonte do Banco do Brasil. Aqui em Maringá – bem como vem acontecendo em todo o país – realizamos denúncias, protestos, buscando apoios de lideranças políticas e da sociedade, além de também buscarmos os meios jurídicos. Não podemos aceitar que este banco adote medidas unilaterais que venham prejudicar os bancários e a própria comunidade à qual está inserido, ao fechar agências, e promover desligamentos, trocas de funções etc”, destaca o presidente do Sindicato, Claudecir de Souza.

Fonte: O Fato Maringá

Banco do Brasil irá pagar R$ 1,2 bilhão em juros sobre o capital próprio

Publicado em: 12/02/2021

O Banco do Brasil (BBAS3) aprovou o pagamento de R$ 1,2 bilhão em juros sobre o capital próprio relativos ao quarto trimestre, mostra fato relevante enviado ao mercado nesta quinta-feira (11).

Segundo o documento, o valor por ação será de R$ 0,43453097234, a ser pago no dia 3 de março.

A partir de 23 de fevereiro, as ações passam a ser negociadas “ex-JCPs”.

O JCP será atualizado, pela taxa Selic, da data do balanço (31/12/2020) até a data do pagamento.

Fonte: Money Times

 

 

BB, por meio da BB Investimentos, quase zera posição na Kepler Weber

Publicado em: 11/02/2021

O Banco do Brasil (BBAS3), por meio do BB Investimentos, praticamente zerou sua participação acionária na Kepler Weber (KPLE3). Segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira (9), a fatia na empresa de logística e armazenagem de grãos baixou de 17,45% para apenas 0,002%.

Com isso, a gestora de investimentos do BB passou a deter 438 ações ordinárias da companhia.

Fonte: Money Times

Governo transfere 20 milhões de ações do BB ao BNDES

Publicado em: 18/12/2020

O Banco do Brasil anunciou que o Ministério da Economia transferiu 20.785.200 ações do banco detidas pela União para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O montante coincide com o volume de ações que o governo federal anunciou na semana passada que pretendia vender e que equivale ao valor excedente ao mínimo necessário para manter a condição de acionista controlador do BB.

Fonte: Forbes

10 ações escaladas pelo BB Investimentos para encarar um novembro turbulento

Publicado em: 05/11/2020

O BB Investimentos não tem dúvidas de que novembro será um mês “conturbado”. A exemplo do que se viu nos últimos dias de outubro, a volatilidade será intensa e o Ibovespa continuará “com viés de baixa”. O que pesará contra o mercado neste mês que começa, segundo Victor Penna e a equipe de analistas do BB Investimentos, já é conhecido. O primeiro fator é a eleição americana, que ameaça se transformar numa guerra judicial, caso Donald Trump ou Joe Biden não aceite o resultado.

Outro fator é a segunda onda de contágios da pandemia de coronavírus, que se intensificou nos últimos dias de outubro. Na Europa, vários países começam novembro com novos lockdowns, o que esfriará a tão esperada retomada econômica.

Já no Brasil, as empresas têm divulgado bons balanços do terceiro trimestre, mas essa força de alta das ações é pressionada pelos impasses políticos.

Governo e Congresso continuam sem avançar na agenda de reformas, nas discussões do orçamento de 2021 e no programa de assistência social que substituirá o auxílio emergencial que termina em janeiro.

Prontos para a tempestade

Por tudo isso, a gestora do Banco do Brasil realizou três mudanças na carteira recomendada de ações para este mês. Marfrig (MRFG3), Taesa (TAEE11) e Yduqs (YDUQ3) foram trocadas por Alupar (ALUP11), Klabin (KLBN11) e Raia Drogasil (RADL3).

Em outubro, a carteira recomendada do BB Investimentos rendeu 0,3%, ante o recuo de 0,69% do Ibovespa. No acumulado do ano, contudo, o portfólio está praticamente empatado com o índice, com quedas de 19% e 18,9%, respectivamente.

Fonte: Money Times

 

Ação da BB Seguridade tem espaço para subir 42% neste ano, diz Banco Safra

Publicado em: 15/10/2020

A BB Seguridade (BBSE3) deve entregar resultados sólidos nos próximos trimestres, aponta o Banco Safra em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (15). Os analistas do banco, Luis F. Azevedo e Silvio Dória, se reuniram com o gerente de RI (Relações com Investidores) da BB, Felipe Peres, e saíram animados da conversa.

Segundo o cálculo da dupla, a companhia pode atingir um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões em 2021. O preço-alvo foi reafirmado em R$ 35 até o final de 2020, potencial de valorização de 42%.

Além disso, Azevedo e Dória disseram que a ação negocia 11,7 vezes o preço sobre o lucro (P/L), o que implica quase 5% de prêmio em relação à média histórica (de 5 anos).

“Portanto, ainda mantemos nosso outperform (desempenho acima da média do mercado), devido aos retornos ainda atraentes e os bons potenciais de distribuição de dividendos”, disseram.

Reformulação

Para eles, a companhia vem acertando a mão com a carteira de seguros. A nova estratégia, chamada de “Mais Que Um Seguro”, para aumentar o valor do cliente, tem agradado.

A empresa reformulou ainda os pacotes: antes, havia uma gama mais ampla de produtos Life, “o que tornava difícil para gerentes e clientes compreendê-los perfeitamente”.

Agora, só existe um produto, com três opções (“Vida Leve”, “Vida Plena” e “Vida Total”), cada uma com um pacote de incentivos e coberturas diferentes.

“Estes novos produtos foram lançados em maio passado, e desde então tem ajudado nas novas vendas desempenho para postar um crescimento significativo”, pontuaram.

Segmento de seguros

Os analistas destacam que o BrasilSeg, o segmento de seguros da BB, têm apresentado crescimentos satisfatórios nos últimos meses, já alcançando o nível pré-pandemia.

“Além de ter melhorado o desempenho no segmento de Vida, o segmento Rural continua com forte desempenho, ajudado por subsídios de seguros do Governo Federal, que contribuiu para a BrasilSeg acessar novos agricultores”, disseram.

Outra boa notícia, de acordo com eles, é o aumento das vendas pelos canais digitais, que teve elevação de 8% para 12% dos prêmios de seguros.

Planos de previdência

No caso dos planos de previdência, a empresa informou que recebeu cerca de R$ 200 por dia em contribuições (bruto) em julho e agosto.

“No entanto, é provável que setembro registre desaceleração, causada pela volatilidade da curva de juros, o que provoca algumas retiradas”, argumentaram.

Não há planos para acelerar a negociação do acordo com o Banco do Brasil para acessar sua rede de agências, que expira em 2033, informou a BB Seguradora.

Fonte: Money Times

Negociação de ações por pessoa física supera a de investidor institucional

Publicado em: 24/09/2020

Com a taxa básica de juros no menor nível da história, o investidor pessoa física surpreendeu muita gente ao não apenas permanecer, como aumentar a presença na Bolsa, mesmo durante a pandemia. A falta de atratividade da renda fixa, combinada ao acesso facilitado às ações com a expansão das plataformas digitais, responde por boa parte da migração em massa – em agosto, a B3 contabilizava 2,9 milhões de contas de investidores pessoa física, contra 1,6 milhão em dezembro de 2019, e 813,2 mil, ao fim de 2018.

Diante da avalanche, a participação do investidor pessoa física na negociação de ações naturalmente também cresceu. E, pela primeira vez desde fevereiro de 2010, a fatia da pessoa física na compra e venda de ações tem ficado acima da do investidor institucional, como fundos de pensão e seguradoras. Em julho, a relação foi de 26,9% para 23,9%.

Em agosto, o institucional retomou a liderança, mas em setembro, até o dia 9, a pessoa física volta a despontar, com 23,6% de participação, contra 23,1%, em uma nova dinâmica que tende a prosseguir nos próximos meses, já que a expectativa é de que a Selic siga bem abaixo do padrão histórico, diz a professora Claudia Yoshinaga, coordenadora do centro de estudos em finanças da FGV EAESP.

Em 2019, a participação média do institucional no volume negociado em ações na B3 havia sido de 31,5%, bem acima dos 18,2% da pessoa física.

Confira a seguir a evolução da participação do investidor pessoa física e do institucional, bem como do estrangeiro, na compra e venda de ações na B3, desde 2015. Segundo a especialista, a reconfiguração que se desenha quanto à participação dos investidores na Bolsa tem como pano de fundo uma gradual redução do estrangeiro nos últimos anos.

Embora ainda seja o maior responsável pelo giro do mercado local, a fatia do “gringo”, que em 2015 era de 52,8%, caiu para 48,5% em setembro, até o dia 9.

E a redução, afirma a especialista, foi recomposta principalmente pelo investidor pessoa física, que em 2015 respondia por 13,7% do volume, com uma alta de quase 10 pontos percentuais em cerca de cinco anos.

O espaço ocupado pelo institucional, por sua vez, que era de 27,2%, caiu quase quatro pontos percentuais em igual intervalo. “O efeito da saída do estrangeiro foi bastante atenuado pelo crescimento do volume da pessoa física”, afirma a especialista.

Ainda que nos últimos meses a fatia do estrangeiro tenha voltado a aumentar, ao se aproximar da casa dos 50%, diante de algo próximo a 42% na virada do ano, a professora entende se tratar mais de um efeito cambial, do que de um genuíno e crescente interesse pelo país.

Ela diz ainda que a onda de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) também serve como chamariz, ao menos indireto, para o mercado de ações, principalmente quando de se trata de uma companhia presente na rotina do investidor pessoa física, como a rede Petz.

A entrada desse público, no entanto, tem se dado principalmente por meio das ações que já estão disponíveis para negociação no mercado secundário.

De acordo com dados da B3, das 21 ofertas de ações registradas em 2020, até julho, somente a da empresa de serviços industriais Priner teve participação relevante do varejo, de 38%.

A oferta secundária da Petrobras, em fevereiro, atraiu 17% de investidores pessoa física, e, em algumas outras, como da Estapar e da Locaweb, o percentual chegou a 10%. Em casos como os da Centauro ou da Via Varejo, contudo, não houve adesão relevante do varejo.

Fonte: Infomoney

Ações do BB sobem mais de 2% após lucro de R$ 3,3 bilhões no trimestre

Publicado em: 07/08/2020

As ações do Banco do Brasil (BBSA3) fecharam o dia em alta de 2,34% a R$ 34,08, após a empresa obter um lucro líquido de R$ 3,3 bilhões no trimestre, queda de 25,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As provisões do banco para perdas com empréstimos ficaram em R$ 5,9 bilhões, um aumento de 42,4% em relação ao ano anterior.

O índice de inadimplência de 90 dias caiu para 2,8% de 3,2%, uma vez que o banco deu aos clientes mais tempo para eles pagarem empréstimos como uma forma de ajudá-los a enfrentar as consequências da pandemia da economia.Os impostos alcançaram R$ 967 milhões, alta de 69,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019. A carteira de empréstimos do BB se manteve praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior, ao contrário de seus maiores concorrentes listados, que mostraram expansão.

As despesas operacionais aumentaram 2,6%, enquanto as receitas de tarifas caíram 6,4% em meio a medidas de isolamento social e à competição bancária mais acirrada. A margem financeira aumentou 8,2% em relação ao ano anterior, para 14,541 bilhões de reais, com menores custos de captação.

Fonte: Money Times

Esqueça as ações dos bancos e invista em BB Seguridade e Porto Seguro

Publicado em: 09/07/2020

Neste momento, há alguns motivos para você trocar as ações de bancos pelas de seguradoras, que sinalizam com perspectivas melhores de geração de valor. Esta é a avaliação do BTG Pactual (BPAC11), em relatório assinado por Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que destaca duas companhias do setor: a BB Seguridade (BBSE3) e a Porto Seguro (PSSA3). “Como temos defendido nos últimos 30-45 dias, vemos a BB Seguridade e a Porto Seguro como boas alternativas aos bancos, para os investidores que procuram por valor”, afirmam os analistas.

A dupla lista os motivos: as seguradoras apresentam um nível de alavancagem “muito menor”; a visibilidade de seus resultados pelos próximos 12 a 18 meses é “muito maior”, o retorno esperado com dividendos e o payout (porcentagem do lucro que é distribuída aos acionistas) é “maior” que a dos bancos, já que o Banco Central proíbe que essas instituições distribuam lucros além do limite mínimo determinado em seus estatutos.

Por último, as seguradoras correm “muito menos” riscos regulatórios e políticos que os bancos. Isso explica, do ponto de vista do BTG Pactual, porque seria melhor comprar ações de seguradoras. O próximo ponto é entender por que os analistas preferem a BB Seguridade e a Porto Seguro.
Crise? Que crise?

O otimismo vem dos números divulgados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), relativos a maio, e que apontam um mês positivo para o mercado de seguros em geral. Com base neles, o BTG Pactual estima que suas duas favoritas tiveram um segundo trimestre “muito bom”.

Para fazer essa suposição, os analistas assumiram que junho (cujos números ainda não foram divulgados pela Susep) foi ainda melhor que maio e abril. Nesse caso, a BB Seguridade poderia apresentar lucro líquido de R$ 927 milhões no segundo trimestre, 5% acima do cenário básico do BTG Pactual.

A Porto Seguro, por sua vez, destaca-se pela forte queda na taxa de sinistros. No acumulado de abril e maio, a taxa recuou 10 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, um desempenho classificado pelo BTG de “impressionante”.

Segundo os analistas, a redução dos sinistros, “combinada com um grande aumento dos ganhos financeiros levaria a um trimestre excepcional”.

Fonte: Money Times

Bancos: aumento de imposto sobre lucro cortaria até 27% do valor das ações

Publicado em: 17/06/2020

Um eventual aumento da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro pode reduzir o preço-alvo das ações em cerca de 27%, segundo os cálculos da XP Investimentos.

A possibilidade voltou a ser discutida no Senado, onde tramitam três projetos neste sentido, com o objetivo de obter recursos para compensar a queda da arrecadação decorrente da pandemia de coronavírus.

Erich Decat, que assina o relatório da gestora, ressalta que a XP não acredita que as propostas sejam aprovadas e, portanto, não as incorporam em seu cenário básico. Mas, apenas como exercício, o analista estimou o impacto de uma alta de até 20 pontos percentuais na alíquota da CSLL sobre o preço-alvo das ações do setor. Foram, também, analisados aumentos intermediários de 5, 10 e 15 pontos percentuais.

O Banco do Brasil (BBAS3) seria o mais prejudicado, com uma queda de 28,1% do preço-alvo, que passaria dos atuais R$ 43 para R$ 30,90. Já o Bradesco (BBDC4) seria o mais resistente, com uma queda de 24%, dos atuais R$ 28 para R$ 21,12.

O Banco do Brasil também sentiria o maior impacto sobre a distribuição de dividendos. A XP Investimentos estima que o dividend yield (o rendimento proporcionado pelos dividendos, sobre o preço do papel) do banco federal caia 2,7 pontos percentuais, para 4,6%, se a alíquota da CSLL subir 20 pontos.

Os investidores do Santander (SANB11) também não teriam motivos para festejar. O dividend yield do banco recuaria os mesmo 2,7 pontos, mas o retorno seria ligeiramente maior que o do Banco do Brasil: 4,7%.

“Mantemos recomendação de compra no Banco do Brasil, Bradesco, e neutro em Itaú e Santander Brasil”, afirma a XP. A gestora lembra que o aumento da CSLL não integra seu cenário básico. Caso isso ocorra, as recomendações e preços-alvos serão revisados.

Fonte: Money Times

Funcionários do BB acusam presidente do banco de manipular preços de ações

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A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) encaminhou ofício à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acusando o presidente do BB, Rubem Novaes, de manipular os preços das ações da instituição ao dar declarações públicas que favorecem os especuladores que atuam na Bolsa de Valores.

Constantemente, Novaes fala sobre a possível privatização do Banco do Brasil. A Anabb pede que os fatos sejam investigados.

No documento, ao qual o Blog teve acesso, o presidente da Anabb, Reinaldo Fujimoto, diz que, em apenas um dia, os preços das ações do Banco do Brasil tiveram oscilação de 10%. Para ele, as declarações de gestores do banco e de autoridades públicas, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, não condizem com uma política clara de informações de uma empresa com ações negociadas no mercado de capitais.

“Disseminar informações incompletas, possivelmente inverídicas, causa prejuízos aos papéis da empresa e configura práticas nocivas aos interesses dos investidores. Pode, ainda, configurar movimentos especulativos impulsionados pelas declarações públicas de intenção de venda do BB”, frisa Fujimoto.

O presidente da associação ressalta ainda que, “por se tratar de uma empresa com papéis junto aos investidores, inclusive minoritários, sendo a Anabb um desses investidores minoritários, solicita uma investigação a respeito do padrão de oscilação das ações do Banco do Brasil”.

Veja a íntegra do ofício da Anabb encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários:

“A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), acionista do Banco do Brasil, vem reportar, a essa Entidade Reguladora, fatos merecedores de um exame técnico e aprofundado a respeito do comportamento das ações do Banco do Brasil.

O presidente do Banco do Brasil, reiteradas vezes, desde que assumiu o cargo, em 2019, expressa, publicamente, planos e intenções de venda dos ativos da empresa. Esta informação – que afeta diretamente os papeis de uma companhia aberta – está registrada na divulgação de resultados da empresa (20/02/2019), em entrevistas para imprensa (30/10/2019; 30/01/2020; 19/02/2020; 01/06/2020) e, até mesmo, em audiências públicas (08/06/2020).

Recentemente, as ações do BB dispararam 10% (25 de maio de 2020) com os “palavrões” do Ministro da Economia Paulo Guedes enfatizando a ideia de que o BB seja vendido. Vale observar que o Banco do Brasil está vinculado ao Ministério da Economia. Sobre a venda do BB, até datas e prazos são ventilados. Se não for em 2022, será em 2023, especula-se. Por outro lado, o Presidente da República afirmou, em diversas ocasiões, que este assunto não faz parte da agenda do Governo Federal – entenda-se, aqui, o acionista majoritário.

Sabemos e louvamos as iniciativas da CVM a respeito de declarações e afirmações públicas de gestores que não condizem com uma política clara de informações. Disseminar informações incompletas, possivelmente inverídicas, causa prejuízos aos papéis da empresa e configura práticas nocivas aos interesses dos investidores. Pode, ainda, configurar movimentos especulativos impulsionados pelas declarações públicas de intenção de venda do BB.

Por se tratar de uma empresa com papeis junto aos investidores, inclusive minoritários, sendo a ANABB um desses investidores minoritários, solicitamos uma investigação a respeito do padrão de oscilação das ações do Banco do Brasil.

Ao nos colocar à disposição para eventuais esclarecimentos, expressamos nossa desconfiança de que o ativismo verbal envolvendo o Banco do Brasil possa ensejar ações de compra e venda, em desacordo com as regras de informação transparente e completa para todos os investidores.”

Fonte: Blog do Correio Braziliense

Presidente do BB diz que banco já tomou ações no crédito de R$ 136,8 bi

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O presidente do Banco do Brasil, Rubem de Freitas Novaes, fez nesta segunda-feira (8), um relato das atividades da instituição durante a pandemia do novo coronavírus, em audiência pública virtual da Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha as medidas de combate à covid-19. De acordo com ele, o banco já tomou ações no crédito que somam R$ 136,8 bilhões desde março.

Desse montante, R$ 70,5 bilhões se referem ao adiamento de parcelas de financiamentos já existentes e R$ 66,3 bilhões correspondem a recursos disponibilizados em novos empréstimos.

Para empresas, a ações somam R$ 80 bilhões, sendo R$ 42,1 bilhões em prorrogações de parcelas e R$ 37,9 bilhões em novos financiamentos. Para pequenas empresas, a novas concessões chegaram a R$ 8,6 bilhões. Para as famílias, foram R$ 33,8 bilhões em ações no crédito pelo Banco do Brasil, sendo R$ 26,3 bilhões em adiamento de parcelas e R$ 7,5 bilhões em crédito novo.

De acordo com Novaes, as ações para o agronegócio somam R$ 23 bilhões, com R$ 2,1 bilhões em prorrogações de parcelas e R$ 20,9 bilhões em novas operações.

O presidente do banco destacou a liberação de R$ 358,2 milhões para o financiamento de folha de pagamentos, para cerca de 11,6 mil empresas. “Embora folha de pagamento não seja um dos focos do BB, que tem apenas 6% desse mercado, temos 20% das liberações do programa. O programa tem usado menos do que os recursos que foram disponibilizados por ele, mas o Banco Central deve anunciar em breve mudanças para impulsionar esse crédito”, acrescentou.

Novaes garantiu ainda que as atividades essências de atendimento ao público do banco continuam funcionando normalmente, com 98% das agências abertas, com exceção daquelas impedidas de operar, por se localizarem em shoppings, por exemplo. “Cerca de 50% da nossa força de trabalho está trabalhando à distância, principalmente funcionários em grupo de risco (para a covid-19)”, completou.

Fonte: Info Money

Banco do Brasil “semiprivatizado” garante aposta nas ações, diz Empiricus

Publicado em: 06/02/2020


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) devem continuar a ter um bom desempenho com base nas “semiprivatizações” que têm sido implementadas nos últimos meses, avalia a Empiricus Research em um relatório sobre a Carteira Empiricus de fevereiro.

O time de analistas cita as iniciativas de digitalização dos serviços do banco, de olho na onda de fintechs.

Além disso, o BB tem estruturado uma joint venture para sua gestora de fundos, onde atua por meio da BB DTVM, em um modelo parecido ao realizado para a área de banco de investimentos com o UBS.

“Em nossa visão, essas possíveis novas parcerias devem ser vistas como favoráveis para os acionistas do Banco do Brasil, visto que, na prática, funcionarão como ‘semiprivatizações’”, destaca a Empiricus.

A recomendação de compra foi mantida, “dada a posição diferenciada da instituição e os seus múltiplos de mercado, que continuam bem inferiores quando comparado aos pares”, ressalta o documento.

Fonte: Money Times

União conclui venda de ações excedentes do Banco do Brasil

Publicado em: 29/01/2020


A União concluiu a venda das ações excedentes do Banco do Brasil (BB) em poder do governo. A operação, que arrecadou R$ 1,06 bilhão, ocorreu na última quinta-feira (23), mas só foi divulgada no dia 27 pelo Ministério da Economia.

Ao todo, foram vendidas 20.785.200 ações ordinárias que excediam o limite necessário para a União manter a condição de maior acionista do banco. A operação não afetará o controle da instituição financeira pelo governo.

Em nota, o Ministério da Economia informou que a venda das ações segue a política de desinvestimentos e de redução do tamanho do Estado definida pelo governo. Segundo a pasta, o dinheiro retornará aos cofres públicos, podendo ser usado para reduzir a dívida pública ou fazer investimentos, como obras públicas.

Neste ano, o governo quer vender cerca de R$ 150 bilhões de participações da União em empresas. A venda das ações excedentes do Banco do Brasil tinha sido incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND) em 22 de agosto do ano passado. Os papéis estavam depositados no Fundo Nacional de Desestatização, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: Agência Brasil

Em ano “ruim”, ações de bancos podem subir 32%, diz Credit Suisse

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Os bancos brasileiros não terão muito o que comemorar neste ano, mesmo diante da expectativa de que a economia cresça 2,5%, o consumo se fortaleça e, com ele, a concessão de crédito. A avaliação é do Credit Suisse, que cortou os preços-alvos de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11).

“Cortamos nossas projeções para o LPA (Lucro por Ação) em média 8% para 2020 e 10% para 2021 para os ‘quatro grandes’”, afirmam os analistas Marcelo Telles, Otavio Tangarelli e Alonso Garcia, que assinam o relatório.

Assim, o preço-alvo do Itaú Unibanco baixou de R$ 45 para R$ 44; o do Bradesco, de R$ 46,67 para R$ 46; e o do Santander, de R$ 56 para R$ 54. O Banco do Brasil (BBAS3) foi o único, cujo preço-alvo subiu – de R$ 68 para R$ 72.

As recomendações, contudo, seguem de outperform (desempenho esperado acima da média de mercado) para Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco. Já o Santander foi promovido de neutro para outperform.

Transição

De qualquer modo, o corte nas projeções reflete a avaliação do Credit Suisse de que o desempenho das instituições não corresponderá totalmente à retomada da economia.

“2020 deve ser um ano de transição para os bancos brasileiros, com o crescimento das primeiras linhas [do balanço] e os ganhos não impulsionados plenamente pelo ciclo positivo de expansão do crédito”, afirma o relatório.

Isso significará, segundo os cálculos dos analistas, que os lucros apresentarão uma “modesta expansão de 2,6%”, em relação a 2019. Outro número destacado é o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido, na sigla em inglês) dos quatro, que baixou 300 pontos-base para 2020 e 160 pontos para o retorno de longo prazo. O ROE médio esperado para este ano é de 18,75%.

“Acreditamos fortemente que 2020 será o ponto baixo da lucratividade dos bancos, numa transição para um 2021 melhor”, diz o Credit Suisse. O banco suíço enxerga seus pares brasileiros debatendo-se entre duas forças nos próximos meses.

Prós e contras

Do lado positivo, estarão o lucro líquido gerado por juros, que se beneficiará com um longo crescimento de dois dígitos, um mix mais rico de empréstimos, melhores resultados da gestão de ativos e passivos, decorrentes da menor taxa Selic. A alta das tarifas também deve favorecer os bancos.

Do lado negativo, o Credit Suisse lista a reprecificação da carteira de crédito baseada em juros fixos, aumento da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de 15% para 20%, e a exposição às turbulências da América Latina.

Os vencedores serão aqueles que souberem, mais do que nunca, gerenciar custos. Para o Credit Suisse, cortar gastos compensará temporariamente o crescimento “mais modesto” das receitas neste ano; e manter a competitividade diante do avanço das fintechs e dos bancos médios – desde que parte desses cortes seja repassada para os clientes.

Feitas as contas, apesar de todos os problemas pela frente, os bancos ainda são uma opção atraente para quem quer lucrar com as suas ações, de acordo com os analistas. “O setor oferece um potencial de alta de 32% sobre os níveis atuais”, afirmam. Como comparação, na média, o mercado espera uma alta de 15% no Ibovespa, o principal indicador da B3 (B3SA3) neste ano. Imagine, se este fosse um ano com tudo a favor dos bancos brasileiros.

Fonte: Money Times

O que esperar para os resultados e para as ações dos grandes bancos?

Publicado em: 24/01/2020


Os grandes bancos foram barrados na porta da festa da bolsa. Enquanto o Ibovespa iniciou o ano batendo novos recordes, as ações de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander começaram o ano em forte queda. A alta do principal índice da B3 só não é maior justamente pelo mau desempenho dos papéis do setor financeiro.

Essa queda representa uma oportunidade de compra ou os bancões devem permanecer como os “patinhos feios” da bolsa? Essa resposta deve ficar mais clara a partir da próxima semana, quando começa a temporada de divulgação de balanços das instituições.

Uma coisa é certa: os lucros bilionários não estão ameaçados. A estimativa média aponta para um resultado combinado de R$ 21,9 bilhões para BB, Itaú, Bradesco e Santander Brasil no quarto trimestre de 2019, um avanço de 12,3% sobre o mesmo período do ano anterior.

O problema é o que vem (ou pode vir) pela frente. E a previsão é que os bancões naveguem por mares bastante turbulentos neste ano (e nos próximos).

Fintechs crescem e aparecem

Entre os riscos para o futuro dos bancos tradicionais é o avanço das novas empresas de tecnologia financeira (fintechs). Com a disputa pelos clientes ao alcance do celular, as instituições vêm sendo obrigadas a cortar tarifas e taxas para não perderem mais clientes.

Uma ótima notícia para quem é usuário de serviços financeiros, mas péssima para os acionistas. O grande temor dos investidores é que os papéis dos bancões repitam o que ocorreu com a Cielo.

A empresa de maquininhas de cartões controlada por Bradesco e Banco do Brasil perdeu 65% do valor de mercado nos últimos anos em meio à “guerra” nesse mercado.

Se antes faltava tamanho às fintechs para incomodar os bancos, agora já não se pode dizer o mesmo. Que o diga o Nubank, que alcançou neste mês a marca de 20 milhões de clientes. Com o crescimento, a empresa do famoso cartão de crédito roxo já é a sexta maior instituição financeira do país em número de usuários. Ainda falta o lucro, mas essa é outra história…

Outra amostra do poder de fogo dos novos competidores veio da badalada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da XP Investimentos. A corretora estreou em dezembro na bolsa norte-americana Nasdaq avaliada em US$ 14,9 bilhões – hoje a corretora já tem valor de mercado de mais de US$ 23 bilhões (R$ 96 bilhões, no câmbio de hoje).

Curiosamente, quem mais vem sofrendo na bolsa entre os bancões é o Itaú, que deu uma tacada de mestre ao comprar 49,9% do capital da XP em 2017. O banco deve apresentar um ganho de R$ 1,9 bilhão (antes de impostos) no balanço do quarto trimestre com o IPO da corretora, de acordo com o UBS.

Nada disso, porém, parece animar os investidores. Apenas nos primeiros dias deste ano, as ações preferenciais do maior banco privado brasileiro acumulam queda de 9,13%.

O problema é que, enquanto ganha com a XP, o Itaú perde em outros mercados. No Chile, onde passou a ter uma operação relevante após a compra do Corpbanca, as despesas com provisões feitas após a onda de protestos devem chegar aos R$ 300 milhões, também conforme o UBS.

Está barato, mas…

Com o fraco desempenho, as ações dos bancos negociam hoje com um desconto de 25% em relação ao Ibovespa, nas contas dos analistas do Bank of America (BofA). Então é hora de comprar? Na opinião dos analistas do banco, não.

O BofA inclusive cortou em 8% as estimativas para o lucro dos bancões neste ano. Os analistas também reduziram a recomendação das ações do Itaú para underperform (equivalente a venda) e as do Bradesco para neutra.

Entre as razões para o pessimismo com os resultados está o aumento da alíquota da CSLL cobrada das instituições financeiras – aprovada junto com a reforma da Previdência.

O imposto maior é ruim, mas terá um impacto positivo no quarto trimestre em razão da correção pela nova alíquota dos créditos tributários que as instituições carregam nos balanços.

Outra decisão que vai influenciar negativamente os próximos resultados é o limite imposto pelo Banco Central na taxa de juros cobrada no cheque especial. Em contrapartida, o BC permitiu que os bancos cobrem uma tarifa dos clientes para manter a linha disponível. Mas dos grandes bancos de varejo apenas o Santander decidiu fazer a cobrança.

Os analistas do BofA projetam um aumento de apenas 4% no lucro do banco espanhol e do Bradesco neste ano. Para o Itaú, a estimativa é ainda pior, de queda de 3% nos resultados em 2020.

O Santander Brasil abre a temporada de balanços dos bancões na próxima quarta-feira, dia 29. O Bradesco divulga o balanço no dia 5 de fevereiro. Os números do Itaú saem no dia 10 de fevereiro e os do Banco do Brasil, no dia 13.

A esperança é o crédito

Mais do que os resultados em si, os olhos dos analistas e dos investidores estarão voltados para as projeções que os próprios bancos vão fornecer para o desempenho de suas principais linhas ao longo deste ano.

Uma possível surpresa positiva pode vir das estimativas das instituições para o crescimento do crédito em 2020. Os bancos já vêm acelerando a concessão de financiamentos, principalmente nas linhas mais rentáveis, como o crédito pessoal e linhas para pequenas e médias empresas. O desafio é crescer o suficiente para compensar o efeito da taxa de juros menor.

Outra boa notícia deve vir das despesas com provisões para calotes, que devem se manter controladas diante da tendência de recuperação da economia e da inadimplência em níveis baixos.

Dividendos gordos

Os bancões podem não ser a melhor aposta para o investidor que está em busca de ações de empresas em crescimento. Mas seguem como opção para quem deseja papéis de boas pagadoras de dividendos.

Sem aquisições relevantes no radar, a tendência é que os grandes bancos continuem distribuindo a boa parte dos lucros bilionários aos acionistas.

Pelos cálculos do Bank of America, os bancões devem distribuir quase metade dos lucros em dividendos em 2020, o equivalente a um retorno (dividend yield) 5,7%, acima da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 4,5% ao ano.

Fonte: Seu Dinheiro

Ações do Banco do Brasil sobem mais de 2% com a notícia de privatização

Publicado em: 05/12/2019


Por volta das 11h30, os papéis ordinários do Banco do Brasil registravam variação positiva de 2,55%, sendo cotados a R$ 48,38. Por sua vez, as ações da BB Seguridade (BBSE3) registravam variação de 2,3% sendo negociadas a R$ 35,20. A alta dos papéis se deve a notícia de que a privatização da instituição financeira está na mira do Ministério da Economia.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe econômica se preparam para iniciar um processo de desestatização da instituição financeira. No entanto, a pasta e o ministro estão tentando convencer o presidente da República, Jair Bolsonaro, aceitar a privatização do banco. O processo de desestatização pode ocorrer até o fim do mandato, em 2022. As informações foram divulgadas pelo jornal “O Globo” que afirma ter ouvido fontes próximas ao assunto. Segundo a publicação, a equipe econômica negou a intenção do governo de desestatizar a empresa e a instituição financeira não quis comentar o assunto.

Entretanto, de acordo com as fontes, o BB já foi alvo de discussões durante a reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). “O ministro tenta convencer o presidente a colocar o Banco do Brasil nas privatizações que serão enviadas ao Congresso no próximo ano, para deixar uma lista mais parruda”, comentou a fonte.

Além disso, o veículo ressaltou que em entrevista com o Paulo Guedes, o ministro informou que uma privatização particularmente poderia render R$ 250 bilhões, sem especificar a qual estatal se referia. Segundo a consultoria Economática, apenas duas empresas públicas, com ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam potencial para alcançar esse valor: Banco do Brasil e Petrobras.

Fonte: Suno Research

Ação do Banco do Brasil continua a ganhar com perfil “menos estatal”

Publicado em: 06/11/2019


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) devem continuar a refletir a postura “menos estatal” da instituição financeira, que deve publicar um balanço positivo no terceiro trimestre antes da abertura nesta quinta-feira (7).

Segundo as projeções do time de análise do banco Safra, o lucro líquido pode apresentar um avanço de R$ 4,448 bilhões, avanço de 30,7% na passagem anual. O desempenho é resultado de uma melhora nas receitas com serviços, despesas controladas e impostos menores.

A receita líquida com juros (NII, na sigla em inglês) deve crescer 4%, a R$ 13,120 bilhões, O banco tem melhorado o mix de ofertas aos clientes individuais, aponta a análise. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) deve crescer 11,5%, a R$ 6,705 bilhões, como reflexo da recuperação das receitas com juros, serviços e controle de custos.

Ações

O Safra ressalta que as ações do Banco do Brasil continuam entre as preferências no setor. Os analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória veem os papéis ainda em preços atraentes e com uma combinação de projeções robustas para o crescimento dos lucros para 2019 e de retornos maximizados pela nova administração mais orientada para o mercado.

Isso tudo deve diminuir a diferença da rentabilidade com os bancos privados. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 62. O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 30%.

Fonte: Money Times

Morgan Stanley acredita que menor gasto com agência impulsionará ações de bancos

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Para analistas do Morgan Stanley, existe espaço para reduzir até 14% do número de agências bancárias no Brasil, o que diminuiria em até R$5,5 bilhões os custos dessas empresas – valor que poderia ser utilizado de outras maneiras e implicar em maior lucro. Por isso, os analistas do banco americano reiteram a sua visão de compra das ações dos maiores bancos brasileiros.

Ainda segundo os analistas do Morgan Stanley, os quatro maiores bancos brasileiros poderiam fechar até 2100 agências, sem impactar materialmente a base de clientes. Se a perspectiva otimista é de R$ 5,5 bilhões, a menos otimista é de R$4,2 bilhões, número ainda considerável e equivalente a 4 % do lucro.

Segundo Jorge Kury, líder da equipe de análise, os bancos privados parecem mais predispostos a fechar agências do que bancos públicos, com 16% de potencial de fechamento para os bancos privados contra 8% dos bancos públicos.

Fonte: Portal TC News

BB Investimentos prevê melhores resultados no 3º trimestre; ação do Itaú é a preferida

Publicado em: 30/10/2019


A equipe de análise do BB Investimentos prevê para os bancos resultados um pouco melhores no 3º trimestre ante o período anterior devido à estratégia adotada pelas empresas de alterar o mix das carteiras, priorizando linhas de crédito com spreads mais elevados.

As estimativas são reforçadas pelos dados do Banco Central, que demonstraram um início de trimestre bem tímido, mas surpreenderam em agosto e setembro, com dois meses de alta expressivas.

“Entretanto, essa estratégia leva para uma possibilidade de piora nos índices de inadimplência que, na nossa visão, acontecerá de forma muito branda”, salienta o banco.

Para os analistas Vinícius Soares e Wesley Bernabé, a única exceção do segmento é o Banco ABC (ABCB3), que deve apresentar uma leve redução em seu lucro líquido proveniente de uma alíquota maior. Bradesco (BBDC4), por sua vez, será o maior beneficiado dentro deste cenário.

O BB acredita que a aprovação da reforma da previdência, somada à possibilidade de acordo entre Estados Unidos e China, impactará positivamente nos indicadores de confiança e crescimento, beneficiando o desempenho dos bancos nos próximos trimestres.

“Ao longo do quarto trimestre, esperamos: (i) melhora no volume de concessões de crédito, principalmente PJ, como reflexo de uma melhora de confiança dos empresários; (ii) melhora nos spreads praticados, com os bancos buscando priorizar linhas mais rentáveis; (iii) e possível elevação nas taxas de inadimplência”, comentam Soares e Bernabé.

Top Pick

O banco mantém sua preferência pelas ações do Itaú (ITUB4) para o ano de 2019, trazendo recomendação outperform (acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 45. O potencial de valorização é de 23%.

BBFonte: Money Times

BB tem 30% das novas ações compradas por pessoas físicas, por R$ 7 bilhões

Publicado em: 23/10/2019


O Banco do Brasil conseguiu atrair R$ 7 bilhões em investimentos de pessoas físicas para sua reemissão de ações. Uma parcela de 30% da operação foi destinada ao varejo, superando a marca da oferta da Petrobras, em junho, quando pessoas físicas ficaram com pouco mais de 20% do volume.

O resultado foi bem recebido pelo mercado financeiro. As ações ordinárias do BB fecharam na sexta-feira, 19, em alta de 2,56%, cotadas a R$ 46,06.

Ao ultrapassar a marca de R$ 7 bilhões somente no público de varejo, a demanda seria mais suficiente do que todo o valor da oferta, de R$ 5,8 bilhões. Deste total, 40% foram captados com investidores estrangeiros.

Por causa da alta demanda de investidores, os bancos que coordenaram a oferta conseguiram puxar para cima o preço da ação que no início da oferta estava em R$ 43,42. As próprias ordens dos investidores institucionais estavam abaixo desse patamar, concentradas em R$ 43, mas o preço foi elevado para R$ 44,05, valor superior ao cotação no dia em que a oferta foi lançada.

Resultados

A elevada demanda do investidor pessoa física vem a reboque de uma reviravolta nos resultados do BB nos últimos anos. Além de mais lucrativo, o banco conseguiu melhorar sua rentabilidade, encostando nos rivais privados.

Fonte: Exame

Follow-on do Banco do Brasil terá período restrito a investidores do varejo

Publicado em: 17/10/2019


A oferta subsequente de ações (follow-on) do Banco do Brasil (BBAS3) terá uma restrição de venda (lock-up) de 45 dias para investidores de varejo. Durante esse período, o interessados que se encaixem poderão aderir à operação. Caso queiram se desfazer de suas posições, só poderão exercer a partir do dia 6 de dezembro.

De acordo com o prospecto preliminar divulgado pelo Banco do Brasil, os investidores terão preferência na alocação das reservas.

Ademais, caso haja excesso de demanda entre os interessados a aderirem ao lock-up, não haverá alocação para os investidores de varejo sem alocação prioritária.

Banco do Brasil arquiteta nova oferta

Os investidores de varejo poderão utilizar fundos específicos para a aquisição desses papéis que estão sendo ofertados pelo BB. Um dos fundos é do próprio banco estatal, o outro foi criado pela Caixa Econômica Federal.

O valor mínimo para a adesão à oferta do varejo é de R$ 100 para o investidores FIA-BB e do FIA-Caixa. No entanto, para o investidor de varejo, que aderir ao lock-up, mas quiser entrar direto na oferta subsequente, o valor mínimo é de R$ 3 mil. A operação é similar ao do follow-on da Petrobras (PETR3; PETR4) neste ano. A Caixa também era uma das mediadoras.

Os bancos coordenadores da oferta, além do próprio Banco do Brasil, são:

• Caixa Econômica Federal
• Credit Suisse
• Itaú BBA
• J.P. Morgan
• XP Investimentos

Até 22% das ações poderão ser vendidas para os investidores do varejo. Outros 8% serão direcionados para o segmento private (varejo de alta renda).

A escolha por algum dos fundos criados para a operação poderia ser realizada até o final desta quarta. Ao todo, serão ofertadas 132.506.737 ações pelo Banco do Brasil. Levando em consideração a cotação de fechamento do último pregão na Bolsa de Valores de São Paulo, de R$ 44,38, a oferta poderá movimentar cerca de R$ 5,9 bilhões.

Fonte: Suno Research

Associação de funcionários cobra diretoria do BNDES após oferta de ações do BB

Publicado em: 09/10/2019


A AFBNDES, associação que representa os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), questionou neste domingo a diretoria da instituição de fomento após a destituição de uma executiva da área jurídica, em meio a tensões com técnicos da área responsável pela gestão da carteira de participações acionárias. O tema foi tratado numa assembleia da AFBNDES no dia 7.

A superintendente Luciana Tito foi destituída do cargo à frente da área jurídica operacional na última quinta-feira, 3, por causa de divergências em torno da estratégia para acelerar as vendas da carteira do BNDES, como revelou o Broadcast/Estadão. O estopim da destituição foi a oferta pública de ações do Banco do Brasil (BB), anunciada também na quinta-feira.

Na quarta-feira, a Coluna do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou que 20.785.200 ações do BB de posse da União, e administradas pelo BNDES, ficariam de fora da oferta, que venderá papéis em Tesouraria do próprio BB e que estão na carteira do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), gerido pela Caixa. A oferta poderá movimentar R$ 5,7 bilhões. O BB transferiu as ações de posse da União para o BNDES em agosto, para serem vendidas – a diretoria do banco de fomento tentou aproveitar a oferta para vender os papéis.

Segundo fontes ouvidas sob condição do anonimato, regras internas do BNDES exigiriam pareceres jurídicos e técnicos para justificar a precificação dos papéis do BB conforme definidos na oferta. Divergências em torno dessas regras entre a diretoria do BNDES e Tito teriam levado à destituição da funcionária do cargo da superintendente. O BNDES não comentou a destituição da executiva.

“As circunstâncias do afastamento recente de uma das mais respeitadas advogadas do Banco da superintendência jurídica operacional confirma que a governança do Banco está sob sério risco e nos deixa seguros sobre a necessidade de demandar publicamente explicações”, disse a AFBNDES, em nota divulgada neste domingo. Nela, a entidade se diz “perplexa com a forma como tem sido conduzida a BNDESPar”, a empresa de participações do banco de fomento.

Como mostrou o Estadão/Broadcast desde terça-feira, 1º, as tensões passam pela opção entre fazer ofertas públicas, como a do BB, ou usar a “mesa de operações” do BNDES e pelo cumprimento dos normativos que balizam essas decisões. No BNDES, circulam comentários sobre receios, entre os técnicos da área, de vender as ações baratas demais.

“Os cargos de chefe de departamento na AMC (Área de Mercado de Capitais) continuam em aberto pela dificuldade de se encontrar empregados do BNDES, especialmente que tenham experiência na área de mercado de capital, que aceitem as diretrizes e os procedimentos que foram adotados. As sinalizações são de que a atual gestão opta por saídas violando o conhecimento técnico do setor, como a preferência de utilização de venda de ações por ‘oferta pública’ em casos que seria indicado a ‘venda em mesa’”, diz a nota da AFBNDES.

Fonte: IstoÉ Dinheiro