BB descarta mudança de estratégia com saída de Caffarelli

Publicado em: 12/11/2018

O diretor de Relações com Investidores do Banco do Brasil, Bernardo Rothe, disse nesta sexta-feira que a instituição financeira não mudará a estratégia do negócio após a saída de Paulo Caffarelli da presidência, e a chegada ao cargo de Marcelo Labuto, vice-presidente de negócios de varejo no BB desde 2016. “A estratégia não muda. Os executivos estão alinhados, como eu e o Labuto, implementando-a, e não há mudança de direção”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas.

A estratégia do Banco do Brasil tem sido recuperar a rentabilidade, com a limpeza da carteira de crédito. Além disso, a instituição tem buscado mudar o mix de produtos, trazendo linhas com retorno maior, como o capital de giro para as empresas e o crédito pessoal, no caso das pessoas físicas.

Outra estratégia do BB tem sido manter o crescimento das despesas abaixo da inflação. Nesta linha do balanço, o executivo afirmou que o banco teve um aumento de gastos para pagamento de indenizações referentes aos planos econômicos, mas que isso deve ser reduzido ao longo do tempo, e está inteiramente provisionado.

Fonte: Valor Econômico

Como o presidente Paulo Caffarelli fez o BB virar o jogo

Publicado em: 02/03/2018

O dia do executivo paranaense Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil (BB), começa invariavelmente às 5h30. Meia hora mais tarde, ele entra na academia, de onde só sai mais de 90 minutos depois. Diários, seus treinamentos alternam corridas e natação. Mas a atividade que mais o satisfaz é o caratê. Faixa preta, Caffarelli considera a arte marcial de origem japonesa ideal para aliviar a tensão. “Sem fazer exercício, o meu desempenho não é o mesmo”, disse ele, em uma entrevista exclusiva à DINHEIRO, logo após a divulgação do resultado do BB, na quinta-feira 22. As longas jornadas, que raramente se encerram antes das 22h, garantiram a Caffarelli um prêmio que não tem nada a ver com os esportes. Em 21 meses à frente do BB, ele conseguiu, com poucos traumas, realizar uma virada no maior banco estatal do País.

Os números são pujantes. O lucro líquido ajustado de R$ 3,1 bilhões, no quarto trimestre de 2017, foi o maior já registrado na história do BB. É um avanço de 82,5% em relação aos R$ 1,7 bilhão do mesmo período do ano passado. Não bastasse isso, ele foi acima da expectativa média do mercado, que era de R$ 2,8 bilhões. Em 2017, a última linha do balanço também não decepcionou o mercado. O BB lucrou R$ 11,1 bilhões, alta de 54,2% ante os R$ 7,2 bilhões do acumulado no mesmo período do ano passado. O resultado é ainda mais positivo quando se percebe que o banco conseguiu fazer mais com menos. Na ponta do lápis, o processo de saneamento das contas, com a exclusão de créditos problemáticos e a redução de atividades, fez ativos, depósitos e empréstimos encolherem (observe o quadro “Mais com menos” abaixo).

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Ao encerrar o ano passado com R$ 1,37 trilhão em ativos, o BB perdeu, por pouco, a posição de maior instituição financeira do País para o Itaú Unibanco, que tem R$ 1,44 trilhão. Mesmo assim, os investidores têm gostado do que vêem. Da posse de Caffarelli até a quinta-feira 22, data de divulgação dos resultados, as ações do Banco do Brasil se valorizaram 173,7%. Para comparar, nesse período, o Índice Bovespa subiu 77% e o índice das ações de empresas financeiras avançou 86%. As ações, cotadas na casa dos R$ 42, estão no maior nível da história. Os analistas de mercado elogiam os resultados e recomendam a compra das ações, apesar das recentes altas – desde dezembro do ano passado, os papéis subiram 33%. “O resultado é muito bom, tanto pelo crescimento nos números quanto pelo retorno sobre o investimento, tudo superou as expectativas”, diz Pedro Galdi, analista da corretora Magliano. Ele considera que a safra de boas notícias para os acionistas não foi integralmente colhida. “Ainda há espaço para alta das ações, pois o crescimento dos lucros é sustentável”, diz Galdi. “Os bancos vão liberar ainda mais crédito e isso amplia a receita.”

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Para conseguir isso, o paranaense de Cornélio Procópio, cidade do norte do Estado, a 440 quilômetros de Curitiba, teve de suar a camisa fora das pistas e dos tatames. Sua indicação para a presidência do banco, aos 50 anos, em maio de 2016, representou um retorno às origens. Filho de um frentista, casado e com três filhos, Caffarelli reproduziu a trajetória de milhares de colegas. Ele começou no BB aos 16 anos, em 1981, como menor aprendiz. Mal completou a maioridade, foi aprovado em um concurso para escriturário e fez carreira. Em 1995, aprovado em um processo de seleção interna, tornou-se gerente da área corporate, que lida com as empresas de grande porte. Passou por diversos setores, até chegar à vice-presidência de atacado, em 2011.

Nessa área, sua atuação chamou a atenção dos colegas e superiores. Além de reforçar a presença do BB no mercado de capitais e de colocar a gestora de recursos, a BB DTVM, na liderança do mercado, Caffarelli foi o responsável pela abertura de capital da BB Seguridade, dedicada aos seguros e à previdência privada. Realizada no fim de junho de 2013, a venda de ações marcou época: movimentou R$ 11,5 bilhões, no maior lançamento desse tipo no mundo. Diretamente responsável pela estruturação da operação, hoje Caffarelli mostra pouco entusiasmo com ela. “A fatia que vendemos diminui nossos resultados e esse lucro que deixa de entrar faz falta”, diz Caffarelli. “Se tivermos caixa, vamos estudar a recompra dessas ações”.

O sucesso da operação agradou Guido Mantega, então ministro da Fazenda, que o indicou para a secretaria executiva do Ministério da Fazenda. Em 2015, reeleita, Dilma Rousseff levou Joaquim Levy para o lugar de Mantega. Levy realizou uma dança das cadeiras nas estatais. Sem lugar no governo, Caffarelli rendeu-se aos encantos da iniciativa privada. Passou um ano na siderúrgica CSN, do empresário Benjamin Steinbruch, ocupando o cargo de principal diretor-executivo, criado especialmente para ele. Com firmeza, conversa e lidando com o estilo centralizador e competitivo de Steinbruch, Caffarelli conseguiu renegociar parte das dívidas da companhia. Nessa época, ele resolveu interesses conflitantes dos sócios de Steinbruch na mineração, unificando as empresas Casa de Pedra e Namisa na Congonhas Minérios.

Em 2016, porém, um recém-empossado Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda do presidente Michel Temer não pensou em outra pessoa quando teve de indicar o presidente do BB. Meirelles e Caffarelli já tinham se encontrado em lados opostos da mesa de negociação. Enquanto ainda era vice-presidente do BB, o executivo foi um dos representantes das empresas de cartão de crédito que negociou a desregulamentação do setor com o Banco Central (BC), na época presidido por Meirelles. Sua participação impressionou bem os participantes. “Ele é focado, exigente, e não deixa ninguém na zona de conforto”, diz um executivo que participou das negociações. “Mas tem a capacidade de defender suas posições com firmeza sem ser deselegante, e de manter o bom humor mesmo nos momentos de crise.”

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A volta ao banco ocorreu em um momento ruim. Tendo de arcar com o ônus de executar boa parte das políticas de incentivo do antigo governo do PT, o BB viu os custos e a inadimplência explodirem. No caso do Cartão BNDES, que servia para financiar empresas, a perda foi de 20% do total de empréstimos. A rentabilidade minguou para 5,6% ao ano e os analistas de mercado não hesitavam em recomendar a venda das ações. Ao chegar, Caffarelli mudou a orientação. Uma das primeiras providências foi rediscutir a relação com o dono. “Nós nunca fomos tão parceiros do governo, mas nunca fomos tão bem remunerados como agora”, diz Caffarelli. “Temos rentabilidade mínima. Se estudarmos a operação e não der retorno, não fazemos.” Outra medida foi enxugar custos. Sem poder demitir os funcionários do BB, quase todos concursados, Caffarelli lançou um programa de antecipação de aposentadorias.

A meta, ambiciosa, era que 18 mil dos 114,4 mil funcionários se aposentassem. O resultado final foi a metade disso, cerca de 9,4 mil. O banco também reduziu sua rede. Foram fechadas 12,1% das 5.428 agências, diminuindo o total para 4.770. Como resultado, o índice de eficiência atingiu o nível histórico de 38,1%, ante 40,1% seis trimestres antes. Medido pelo percentual das receitas de serviços consumido pelas despesas administrativas, quanto menor o índice, mais eficiente a empresa. “A redução dos custos vem mostrando ser um processo consistente”, diz Roberto Troster, economista especializado em bancos. Segundo ele, isso abre espaço para novas melhoras no desempenho. Os analistas concordam. “O BB conseguiu manter a margem de lucro apesar da queda dos juros, que reduziu o spread bancário”, diz Vitor Mizumoto, analista da Eleven Financial. “O perfil do crédito melhorou e a inadimplência caiu.”

Para aproveitar que os fundamentos voltaram a se aprumar, Caffarelli diz que a estratégia para o futuro está apoiada em três pilares. Um deles é aprimorar a relação com os clientes, especialmente os que têm mais dinheiro. “Temos 4,6 milhões de clientes no segmento de alta renda e percebemos que, com a abordagem correta, conseguimos aumentar a venda de produtos de 22% a 44%”, diz Caffarelli. O segundo pilar são as pequenas e médias empresas. “Treinamos mais de 1.300 gerentes e, no primeiro semestre, vamos inaugurar 85 novas agências dedicadas a esse setor”, revela o executivo. O principal pilar para a virada do BB, no entanto, são investimentos em tecnologia.

Ao divulgar os resultados, o presidente anunciou uma parceria com o Facebook e com a IBM, que permitirá aos clientes realizar transações por meio da rede social, sem ter de entrar no aplicativo do banco. “Vamos usar inteligência artificial para inserir a experiência bancária nos ambientes a que o cliente está habituado”, diz Caffarelli. “Temos cerca de 15 milhões de clientes no nosso aplicativo, o que nos torna maiores do que qualquer fintech.” A ideia é inserir fatias crescentes da base de 66 milhões de correntistas nas plataformas digitais, para manter a trajetória de redução de custos e fazer frente ao corte dos spreads. Para isso, Caffarelli terá de suar muito a camisa e dar golpes da caratê na concorrência. Mas, para ele, isso não é um problema.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

“Não vamos cometer o mesmo erro do passado com o juro”, diz Caffarelli

Publicado em: 31/08/2017

O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, diz que o banco continua com “papel significativamente público”, mas não pode cometer os mesmos erros do passado. “Tem como posicionar um patamar de juros, mas, se você baixar de uma forma que o mercado não te acompanha, está destruindo valor para os acionistas”, diz. A União é a maior acionista do banco. Nas gestões dos presidentes Lula e Dilma, os bancos públicos assumiram duas tarefas: ampliaram a oferta de crédito para estimular a economia e lideraram uma competição mais aguerrida com as instituições privadas, para forçá-las a reduzir os juros.

O que levou o BB a revisar a expectativa de projeção de crédito para retração em vez de crescimento?

Existia uma expectativa de que o primeiro semestre de 2017 seria melhor do que foi. Não só nossa. O guidance (metas) do Bradesco mudou. O do Itaú também. Nós não dimensionamos essa crise da maneira como deveríamos. É uma crise que demorou 20 trimestres para começar a retomada, diferente de qualquer uma do passado. Na crise de 2009, tivemos 380 empresas que foram para a recuperação judicial e nessa crise já passou de 4 mil. A retomada se dá de uma forma mais vagarosa. Agora, a robustez das políticas está sendo bem feita. Não se faz isso do dia para a noite. A reforma econômica está sendo feita sem puxadinhos.

Na crise de 2009, os bancos públicos tiveram um papel importante na retomada do crédito. Dessa vez, há um alinhamento maior com os privados em reter empréstimos e financiamentos.

O BB continua sendo um banco de economia mista com papel significativamente público, mas que compete em nível de igualdade com os privados. O erro que não vamos cometer dessa vez é o erro que foi cometido no passado: você tem como ser um posicionador de juros, mas, agora, se você baixar de uma forma que o mercado não te acompanha, está destruindo valor para os acionistas.

O sr. disse que um dos objetivos de sua gestão é que o retorno do BB fosse semelhante ao dos bancos privados…

E nós estamos no caminho certo. A cada trimestre o resultado vem se mostrando melhor. Fizemos um trabalho de redução de 9.408 pessoas no plano de estímulo à aposentadoria antecipada. Isso proporcionou uma redução de despesas de R$ 2,3 bilhões já para 2017. Fechamos 400 agências em todo o País e transformamos 380 agências em postos avançados de atendimento, que é uma estrutura que fisicamente é muito parecida, mas com staff e custos reduzidos. Nós reduzimos em um ano 0,9% de despesas. Isso dando 8% de aumento para 100 mil funcionários. E crescemos em renda de tarifas 10% no semestre.

E na gestão de capital?

Estamos totalmente preparados para que em 2019 a gente tenha os 9,5% do índice da capital principal (Basileia). (A regra determina que, a cada R$ 100 emprestados, os bancos precisarão ter R$ 9,50 de capital próprio). O banco vem se mantendo num nível adequado para isso. Não contamos com venda de ativo para se atingir esse nível. É uma questão orgânica.

E se vender Neoenergia e fizer o IPO do banco da Patagônia?

Todas as vendas poderão reforçar ainda mais o capital. Mas nós não contamos com a venda para atingimento.

Como o banco está se preparando para enfrentar a concorrência com assessorias de investimentos independentes?

Estamos lançando oficialmente a nossa Unidade de Captações e Investimentos (UCI), que vem com o objetivo de o banco readequar o nosso assessoramento dos clientes a investimentos. É só o primeiro passo na busca de um posicionamento mais agressivo do banco dos clientes private e estilo (alta renda).

Está todo mundo incomodado com o crescimento da XP?

Não. A XP tem toda uma estratégia dela. Não existe uma única. Cada um tem uma. A nossa certamente será diferente da XP. Mas estamos vindo com uma estratégia bastante agressiva.

Qual o próximo movimento?

Eu determinei e dei prazo para termos aposentados vendendo produtos para nós no banco. Quer gente melhor, que conhece melhor um produto do banco do que um aposentado? Vou criar tipo um correspondente bancário individual.

Qual o seu cenário de juros?

Estamos trabalhando com a Selic fechando em 7,5% no ano e se mantendo assim em 2018, podendo ter ligeira redução.

Vocês vão continuar alinhando as taxas ao comportamento da Selic?

A cada movimento da Selic temos feito o nosso repasse. Isso é um processo de competição. Se tiver linhas que já somos os mais baratos, eu não vou mudar. Quem foi o banco que mais baixou taxa de rotativo? Fomos nós.

Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo

Após corte da Selic, Banco do Brasil anuncia queda dos juros

Publicado em: 23/02/2017

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (22), uma nova redução das taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas. O anúncio foi feito instantes após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar a quarta queda consecutiva da taxa Selic, que foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 12,25% ao ano.

Na esteira do anúncio do BC, o Banco do Brasil informou ter reduzido as taxas em até 0,12 ponto percentual ao mês. Para o crédito voltado a micro e pequenas empresas, as linhas que ficarão mais baratas são para capital de giro, com destaque para operações de recebíveis. Já para pessoas físicas, as principais reduções de juros serão no financiamento imobiliário, no cheque especial e no crédito consignado. As taxas entram em vigor a partir do dia 1º de março.

Em nota, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, condicionou a decisão do banco de baixar taxas das principais linhas de crédito ao corte de juros básicos promovido pelo Banco Central, considerada por ele uma decisão acertada. “A redução continuada da Taxa Selic contribui para melhorar o ambiente econômico e cria condições objetivas para a retomada do consumo do crédito por pessoas físicas e jurídicas”, disse.

No último dia 11 de janeiro, o BB já havia anunciado redução de juros após a reunião anterior do Copom, incluindo a queda de até 4 pontos percentuais no rotativo do cartão de crédito.

Fonte: Portal Brasil

BB estuda antecipar valor do FGTS inativo para clientes

Publicado em:

Banco do Brasil admitiu que estuda antecipar o valor do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) inativo para seus clientes. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16), o presidente do banco, Paulo Caffarelli, disse que considera essa medida “é uma modalidade considerada, mas ainda está sendo estudada”.

“Quando a gente fala em R$ 30 bilhões é um número significativo. Temos 63 milhões de clientes que podem utilizar esse recurso seja para quitação de dívidas ou aplicação desse recursos”, disse o presidente.

Segundo Caffarelli, existe uma perspectiva boa de redução de endividamento. “Estamos nos preparando agora pra que esse movimento aconteça e façamos uma abordagem para esses clientes”, disse.

Segundo o BB, a antecipação aconteceria da mesma forma que a linda oferecida às restituições do Imposto de Renda. Mas ainda não há um plano definido.

O Santander anunciou no mês passado que a liberação do dinheiro já está disponível para os clientes. O valor correspondente ao saldo do FGTS é liberado em até 24 horas na conta corrente, e o pagamento é realizado em uma única parcela, na data em que o valor for liberado pelo governo. Há também a possibilidade de liquidação antecipada do empréstimo, com abatimento de juros. A taxa do financiamento varia de 2,59% a 4,59% ao mês.

Resultados do BB

O Banco do Brasil anunciou ter registrado lucro líquido de R$ 8,034 bilhões em 2016, 44,2% abaixo dos R$ 14,4 bilhões obtidos no ano anterior. No quarto trimestre, os ganhos somaram R$ 963 milhões, representando uma queda de 61,3% sobre o resultado de um ano antes.

 O “2016 foi um ano difícil, mas temos sinais claros de que melhoras no cenário economia estão a caminho, o que permitirá que as medidas que temos tomado se traduzam em resultados ainda melhores”, afirmou Paulo Caffarelli.

Sobre os resultados do BB, Caffarelli disse que o banco terá um crescimento sustentável e que a rentabilidade vai voltar a crescer, mas não é possível precisar quando. “Em 2017, 2018 e 2019 vamos crescer nosso grau de rentabilidade e nos aproximaremos dos nossos pares”, disse.

Para este ano, o banco espera ter um lucro líquido ajustado entre R$ 9,5 bilhões e R$ 12,5 bilhões. No crédito, o BB espera um aumento na carteira de crédito ampliada orgânica interna entre 1% e 4%, com grande participação da pessoa física e do crédito rural. Já para pessoas jurídicas, a expectativa é de redução entre 1% e 4%.

A expectativa do banco é que as rendas com tarifas tenha alta entre 6% e 9% neste ano. Já as despesas administrativas devem aumentar entre 1,5% e 4,5%.

Sobre rotativo e parcelado, Caffarelli disse que a carteira de rotativo representa R$ 2 bilhões da carteira do BB. “A carteira do rotativo representa menos de 1% da carteira do BB e qualquer movimento é marginal”, afirmou. O rotativo poderá ser parcelado em até 24 vezes, com taxas que variam entre 3,16% e 9,2%, de acordo com o cliente. Segundo Caffarelli, a medida vai facilitar para que o cliente tenha um endividamento de acordo com a sua capacidade de pagamento.

“No primeiro semestre de 2017 ainda deve ter oscilação na inadimplência. No segundo semestre isso deve estabilizar”, disse Cafarelli, reforçando que o BB tem a menor inadimplência do mercado.

Reestruturação

Com relação ao plano de aposentadoria incentivada, o BB não tem perspectiva de novas rodadas em 2017. Segundo o BB, o público-alvo era de 18 mil funcionários e a expectativa era de atingir 9 mil. As adesões resultaram em R$ 2,3 bilhões de redução de despesas de pessoal.

A meta era de fechar 402 agências e 274 foram fechadas até agora. E 358 agências se transformarão em postos de atendimento.

Brasilcap

Nesta quinta-feira (16), uma nova fase da Operação Lava-Jato fez buscas na Brasilcap e nos endereços de Marcio Lobão, presidnete da empresa de capitalização. A Polícia Federal investiga um suposto esquema de corrupção na hidrelétrica de Belo Monte.

Caffarelli confirmou a ação da PF e disse que a Brasilcap está disponível para dar os esclarecimentos necessários.

Sobre as construtoras citadas na Lava-Jato que possuem operações com o BB, Caffarelli informou que muitas já passaram por um acordo de leniência para continuar operando como banco.

 Fonte: G1