BB sobe no ano, mas passa agora por movimento de lateralização, aponta análise

Publicado em: 11/10/2023

As ações Banco do Brasil (BBAS3) acumulam alta de 46% em 2023, mas passaram a andar de lado, em um movimento de “lateralização”, conforme a análise técnica define, desde o início deste semestre – período em que acumulam queda de 1,6%.

Na abertura do pregão desta quinta-feira (5), os papéis abriram em alta, de 1,6%, com as ações cotadas em R$ 47,54, levando os ganhos em outubro a 0,7%. O papel acompanha, hoje, a alta de 0,4% do Ibovespa e de 1,3% do IFNC (índice financeiro da Bolsa).

Para Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, com base no gráfico diário, que segue abaixo, é possível observar “uma grande lateralização”, que se iniciou em julho, no dia 5 daquele mês.

Assim, explica Cohen, a ação vem “batendo em cima do intervalo que vai de R$ 45,40 até R$ 48,93”. “Neste momento não há tendência nem de alta, nem de baixa”, explica.

Conforme o analista, a ação se aproximou, no último dia 26 de setembro, da mínima desta lateralização, quando atingiu os R$ 45,57. Na outra ponta, BBAS3 foi à máxima dessa lateralização, no dia 29 de agosto, ao valer R$ 48,94.

BBAS3: Análise técnica

“Em termos de indicadores gráficos, para quem utiliza médias móveis, temos a de 200 períodos – muito utilizada –, batendo agora em R$ 41,84. A gente sabe que os ativos tendem a buscar essas médias e BBAS3 está, de certa forma, um pouco longe, inclusive, dessa média no momento. Está a 10% de distância dela. Então, isso sugere que BBSA3, se começar a perder essas mínimas, se bater R$ 45,30, em torno disso, pode querer buscar essa média em R$ 48,84”, diz.

“De qualquer forma, isso só aconteceria se tivéssemos uma notícia muito ruim de BBAS3. Poderia ser divulgação de algum resultado ruim trimestral ou poderia ser algo do cenário mais macro. A gente chama isso de risco sistêmico, que é uma queda das bolsas em todo o mundo, no Brasil também. E aí, sim, poderia buscar esse ponto, caso BBAS3 caísse”, pondera ele.

BBAS3: resistência

No sentido inverso, ele pontua que o topo anterior foi tocado em 21 de junho, quando BBAS3 testou a máxima, em R$ 50,90, que pode ser “o próximo objetivo de alta”.

“Se olharmos para um período mais para trás, BBAS3 até que não está tão mal assim, porque, nesse ano, o ativo bateu a máxima histórica, exatamente nesse ponto, dos R$ 50,90.”

“Então, mesmo que ainda esteja longe da máxima histórica, estando bem lateral, BBAS3 ainda tem o upside superior a 10%, o que seria próximo à máxima histórica e um ponto de resistência bem interessante para ele vir testar, caso suba”, completou.

Em relação ao gráfico semanal, o analista pontua que a ação “fez um fundo” em janeiro deste ano, nos R$ 30,31 e, desde então, chegou a subir 67%, antes de entrar em “lateralização”.

“Essa lateralidade pode trazer uma figura chamada bandeira. A gente teve uma alta grande, que está sublinhada por essas duas linhas azuis paralelas para cima diagonais [veja no gráfico acima]. Essa alta a gente chama de mastro e agora o BBAS3 perdeu e lateralizou.”

Conforme ele, se BBAS3 romper o topo, de R$ 49,10, que é o topo da linha azul paralela [do gráfico acima], “aí sim BBAS3 pode subir e projetar a máxima histórica, de R$ 50,90, e até subir mais, buscando a casa dos R$ 62 – topo do canal paralelo.

“Então, assim, mesmo no gráfico semanal, BBAS3 está lateral no momento, mas num prazo maior, BBAS3 está em tendência de alta”, conclui.

Fonte: Infomoney

Ações do Banco do Brasil sofreram com ‘temor injustificável’ e estão atrativas, diz BBA

Publicado em: 19/06/2023


Em novo parecer sobre os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), os especialistas do Itaú BBA reafirmaram seu otimismo com os papéis. A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 56 para as ações do Banco do Brasil, ao passo que os ativos são negociados na casa dos R$ 49.

Para o banco, os temores sobre os efeitos da Selic são menores do que os rumores apontam, com impacto pouco substancial no resultado de intermediação financeira (NII).

“Estamos elevando nossas estimativas para o Banco do Brasil, agora projetando crescimento de dois dígitos percentuais no lucro e crescimento do ROE para cerca de 20% em 2023 e 2024″, diz a casa.

Segundo os analistas do BBA, os papéis BBAS3 são negociados a um patamar atrativo, abaixo do book value, especialmente por causa desse temor sobre os efeitos da redução da Selic – já aguardados pelo mercado.

“Trimestre após trimestre, esse medo está sendo provado errado. Nosso novo valor justo YE23 de R$ 56/ação exige 0,9x de preço sobre valor patrimonial em 2023, contra um patamar atual de 0,7x, provavelmente com espaço para uma folga ainda maior na medida em que essa tese se prova verdadeira. O nível de ROE sustentado de 20% exige um múltiplo acima de 1x, especialmente porque sua diferença ante uma rentabilidade ‘risk free’ crescerá com taxa Selic mais baixa”, explicam os analistas.

Em linhas gerais, a casa espera lucro líquido ajustado de R$ 35,3 bilhões do Banco do Brasil no acumulado deste ano de 2023.

Para os dividendos do Banco do Brasil, a estimativa é de 8,8%, mostrando um avanço ante os 7,4% registrados no acumulado de 2022.
Rali de BBAS3

A cotação das ações do Banco do Brasil mostrou alta de 14% no acumulado do último mês, somando um ganho de mais de 48% desde o início de 2023. Os papéis são negociados a R$ 49,39 próximos do fechamento de pregão desta sexta-feira (16).

Fonte: Suno Research

Banco do Brasil tem ações baratas, mas entrega menos que Itaú e Santander

Publicado em: 06/08/2021


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) seguem baratas, mas o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) deixa a desejar, aponta a Ágora Investimentos em relatório de início de cobertura.

“Estamos assumindo cobertura do Banco do Brasil com recomendação neutra, pois sua rentabilidade deve seguir pressionada nos próximos dois anos, embora esteja sendo negociado com um desconto significativo em relação aos seus pares do setor privado”, aponta.

A corretora tem preço-alvo de R$ 39 para os papéis, o que implica potencial de alta de 23%.

Segundo os analistas Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão, no momento não existem catalisadores de curto e médio prazo que possam desencadear expansão dos múltiplos para reduzir o desconto em relação aos bancos do setor privado.

“Enquanto o ROE do Banco do Brasil deve atingir em média 13,7% nos próximos dois anos, estimamos ROE médio de 19,2% para o Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) no mesmo período”, argumentam.

A dupla também espera que o resultado da estatal do segundo trimestre, previsto para ser divulgado nesta quarta-feira, tenha uma qualidade mais fraca.

“Embora também esperemos que o banco se beneficie de um melhor mix de produtos e menor custo de risco, destacamos que a qualidade dos lucros deve ser afetada por despesas de contingência durante o ano, impactando negativamente as demais despesas”, pontuam.

Além disso, eles continuam a ver receitas de tarifas sob pressão devido à concorrência e o PIX.

Na visão da corretora, o lucro líquido recorrente deve crescer em uma taxa de crescimento média ponderada (CAGR) estimada no período 2020-2022 de 22%, relativamente em linha com a projeção para o sistema financeiro.

“Estimamos um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões vindo do Banco do Brasil, uma ligeira deterioração no trimestre (-2,2%), mas ainda em alta de 45,1% no período, com um ROE de 14,0%”, completam.

Ação descontada: vale o risco?

De acordo com a corretora, o BB está negociando com um desconto considerável em relação aos seus pares do setor privado, a um preço sobre lucro (P/L) de 12 meses de 5x, o que é um desconto de 49% para os pares do setor privado e 25% abaixo da média histórica.

Já o preço sobre valor patrimonial está negociando a 0,7x, 65% abaixo da média dos pares do setor privado e 35% abaixo de sua média histórica.

Apesar disso, Ágora cita alguns pontos negativos do banco, como:

  • crescimento dos empréstimos mais fraco em função do crescimento do PIB;
  • incapacidade de manter o ROE em níveis elevados;
  • interferência do governo, que é o acionista controlador.

Fonte: Money Times

Ações do BB sobem mais de 2% após lucro de R$ 3,3 bilhões no trimestre

Publicado em: 07/08/2020


As ações do Banco do Brasil (BBSA3) fecharam o dia em alta de 2,34% a R$ 34,08, após a empresa obter um lucro líquido de R$ 3,3 bilhões no trimestre, queda de 25,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As provisões do banco para perdas com empréstimos ficaram em R$ 5,9 bilhões, um aumento de 42,4% em relação ao ano anterior.

O índice de inadimplência de 90 dias caiu para 2,8% de 3,2%, uma vez que o banco deu aos clientes mais tempo para eles pagarem empréstimos como uma forma de ajudá-los a enfrentar as consequências da pandemia da economia.Os impostos alcançaram R$ 967 milhões, alta de 69,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019. A carteira de empréstimos do BB se manteve praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior, ao contrário de seus maiores concorrentes listados, que mostraram expansão.

As despesas operacionais aumentaram 2,6%, enquanto as receitas de tarifas caíram 6,4% em meio a medidas de isolamento social e à competição bancária mais acirrada. A margem financeira aumentou 8,2% em relação ao ano anterior, para 14,541 bilhões de reais, com menores custos de captação.

Fonte: Money Times

Governo venderá mais de 20 milhões de ações do Banco do Brasil

Publicado em: 28/08/2019


O governo federal publicou na edição de hoje do Diário Oficial um decreto autorizando a venda de ações detidas pela União no Banco do Brasil, informou o banco por meio de fato relevante. O anúncio acontece após o governo federal ter anunciado na quarta-feira (21) plano de vender esse lote, que corresponde ao valor excedente ao mínimo necessário para manter a condição de acionista controlador do banco, numa operação avaliada em cerca de um bilhão de reais.

Dessa forma, serão vendidas cerca de 20.785.200 milhões em ações aos investidores que tiverem interesse. Assim sendo, a função pública do banco diminuirá um pouco e a influência dos acionistas será relevante. Pois, eles poderão atuar nas decisões do banco, ajudando a melhorar os seus serviços. Essas ações que serão vendidas são consideradas excedentes, ou seja, estão além do necessário para a instituição.

Ademais, os papéis vendidos somam R$ 20,7 milhões e com essa venda o Governo poderá obter até R$ 1 bilhão. Anteriormente eram detidos 57,7% dessas ações do Banco do Brasil (BBAS3), e isso diminuirá um pouco mais.

Além disso, esse excedente não altera o mínimo necessário para a instituição continuar como acionista controlador principal. De fato essa transação chegaria aos R$ 984,2 milhões o que seria um bom valor.

Consequentemente na quarta-feira dia 21 de agosto as ações do banco estavam valendo R$ 47,35 cada. Pois, o mercado é alterado quando surge alguma proposta que pareça ser interessante como a compra e vendas de ações.

Certamente, o resultado sobre Banco do Brasil privatizado será positivo e trará investimentos e retornos financeiros ao país. Nesse sentido, os serviços irão melhorar já que os investidores passaram a influenciar nas decisões da instituição.

Preocupação com as vendas

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao presidente do Banco do Brasil, expressando preocupação com o anúncio de venda de ações do banco e ratificando sua posição em defesa do caráter público da instituição.

O ofício observa que entre as resoluções do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) “consta que o controlador do Banco do Brasil S.A., o governo federal, disponibilizará sua participação acionária ao Programa Nacional de Desestatização” e que esse fato traz “grande apreensão à sociedade brasileira e, particularmente, aos funcionários do banco”.

O texto lembra que o BB “cumpre importante papel social e é uma das principais instituições financeiras com atuação na prestação de crédito agrícola, no atendimento a programas sociais oficiais e no financiamento à execução de políticas públicas em todas as regiões do país” e que sua manutenção como banco público “é imprescindível à condução das políticas públicas com vistas ao crescimento econômico e o desenvolvimento social do país”.

Dada a importância do banco para a sociedade, a Contraf-CUT questiona se a decisão tomada pelo Conselho do PPI coloca em risco o controle acionário do banco pelo governo federal e se a iniciativa trata-se da abertura do caminho para a privatização do banco.

Nota da Caref

A representante eleita pelos funcionários para o Conselho de Administração (Caref) do Banco do Brasil, Débora Fonseca, também emitiu nota sobre o assunto. Débora observou que em 2015 o governo federal detinha 57,7% das ações do Banco do Brasil e que, antes desse anúncio, o percentual era de 50,7%.

Para Débora, “a medida dificulta a atuação do BB enquanto banco público, aumentando a influência de acionistas privados nas decisões estratégicas do banco”.

Ela diz ainda que a decisão “visa a redução do papel do Estado sem justificativa ou análise e desconsidera o papel fundamental que o BB sempre exerceu no desenvolvimento econômico e social do país”.

Fonte: Uol com Guia do Investidor e Manual Sindical