O Banco do Brasil avança na estratégia de ter mais presença internacional, ambição traçada pela gestão da presidente Tarciana Medeiros. Neste momento, o conglomerado estuda um conjunto de 14 países distribuídos em regiões como a América Latina, Europa e Ásia, como potenciais alvos para instalar futuras operações.
O mapeamento já está “bastante avançado” e o martelo quanto aos primeiros movimentos deve ser batido nos próximos meses, de acordo com o vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, Francisco Lassalvia. “A conjuntura mudou. Então, temos de reavaliar algumas praças, além de reforçar onde já estamos presentes”, disse em entrevista exclusiva ao Broadcast, durante passagem por Nova York. O banco está levantando em torno de R$ 5 bilhões em uma nova rodada de captações na Big Apple para financiar a agenda de sustentabilidade no Brasil.
De acordo com Lassalvia, o banco nunca teve um resultado tão forte na área internacional. No primeiro semestre, o lucro líquido foi de quase US$ 1,3 bilhão, um salto de mais de 87% ante os US$ 671 milhões registrados em igual intervalo de 2023. Os números não consideram os resultados do argentino Patagônia nem do BB Americas, que concentra a operação do banco nos Estados Unidos, e que também tiveram lucros recordes, conforme Lassalvia.
“O resultado da rede externa é complementar ao do Brasil. E esse resultado pode ser muito maior. Então, essa engrenagem que funcionou da rede externa, com as operações mais integradas, trouxe mais resultado e crescimento de ativos para o banco”, diz o vice-presidente do conglomerado.
Presença hoje vai dos EUA ao Japão
Atualmente, o BB está presente nos EUA, com filiais em Nova York e Miami, e também em países como Japão, China, Inglaterra, Portugal, Alemanha, Ilhas Cayman, Áustria, Paraguai e Argentina. Além disso, conta com o apoio de mais de 500 bancos parceiros em 91 países, atendendo a clientes de diferentes praças. O foco nesses países, afirma Lassalvia, é seguir consolidando e integrando as operações do BB como, por exemplo, o movimento feito nos EUA, com a unificação da estrutura do BB Miami com o BB Américas.
Segundo o executivo, a rede externa do banco é fundamental no suporte aos clientes brasileiros, em especial empresas exportadoras, um público de peso na carteira da instituição, que é líder no segmento. No último ano, o BB levantou R$ 44 bilhões para emprestar para clientes brasileiros no Brasil, elevando o montante de captações em 63%. Por sua vez, o saldo da carteira de comércio exterior do banco cresceu 28,7%, chegando a R$ 65 bilhões ao fim de junho último.
“Alguns países tiveram uma corrente comercial e as suas relações diplomáticas com o Brasil mais azeitadas e possuem um potencial de crescimento e sinergia com as médias e grandes empresas clientes do banco”, diz Lassalvia. “Além do que, isso as induz também a se internacionalizar para esses países”, acrescenta.
O vice-presidente do BB diz, porém, que a expansão internacional não será feita a qualquer custo, a exemplo de erros do passado. “A gente quer sair na vanguarda com operações que sejam eficientes e lucrativas, olhando fortemente para a questão dos custos, no sentido de preservar a eficiência do banco”, garante. (Fonte: Estadão)
Na tarde desta terça-feira, 24 de setembro, em Nova Iorque, o Banco do Brasil realizou uma operação inédita de captação de US$ 800 milhões com garantia da MIGA (Multilateral Investment Guarantee Agency / Agência Multilateral de Garantia de Investimentos), que faz parte do Banco Mundial. A captação foi realizada junto aos bancos JPMorgan Chase Bank, Standard Chartered Bank, HSBC Bank e Crédit Agricole. Além disso, a operação contempla ainda uma doação de US$ 300 mil pela MIGA para projetos sociais junto a mulheres empreendedoras no campo e comunidades quilombolas e povos originários, desenvolvidos pelo conglomerado BB.
O BB utilizará os recursos para apoiar pequenos e médios agricultores que utilizem métodos de agricultura de baixo carbono, como plantio direto, por exemplo. São valores que ajudam a evitar até 11,8 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e conservar aproximadamente 1 milhão de hectares de terra durante um período de 10 anos. Além disso, o valor captado fornecerá aos pequenos agricultores o financiamento necessário para acelerar a adoção de boas práticas e apoiar a transição do Brasil para uma economia de baixo carbono.
O BB é referência internacional em sustentabilidade e detém a liderança do agronegócio no Brasil. Com soluções inéditas e inovadoras, como é o caso dessa captação, estamos mostrando ao mundo que o agro e a sustentabilidade podem e devem andar juntos. Apoiar nossos clientes na transição para uma economia de baixo carbono com desenvolvimento socioeconômico é um compromisso nosso e queremos que possa inspirar cada vez mais instituições e investidores no Brasil e no Mundo, falou Tarciana Medeiros, presidenta do BB.
Esse é o primeiro empréstimo coberto pela MIGA a estar em conformidade com os princípios do Empréstimo Verde, a primeira transação da MIGA no Brasil desde 2014 e seu primeiro projeto de agricultura de conservação, tornando a operação inédita junto ao BB. Outro aspecto deste programa reside na sua natureza rotativa: após os empréstimos serem quitados, os agricultores se tornam elegíveis para solicitar novos empréstimos nos anos subsequentes, permitindo que eles sustentem suas operações agrícolas e atendam às suas crescentes necessidades financeiras durante todo o período de garantia.
Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, destaca que “A garantia conquistada para o negócio traz a operação para um rating AAA. Isso reduz o custo de captação geral, tornando os preços mais competitivos no mercado. São recursos captados a partir de negociações com bancos internacionais e que serão destinados a financiar operações agrícolas no Brasil para plantio direto, com prazo de 10 anos”, explica.
Para José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Governo e Sustentabilidade do Banco do Brasil, o grande diferencial da linha é apoiar os pequenos produtores que necessitam de apoio e orientação para implementar melhores práticas no campo. Nesse sentido, ressalta Sasseron, o BB inaugurou, no início do ano, um HUB Financeiro de sociobioeconomia no norte do país buscando auxiliar pequenos produtores e cooperativas nas melhores práticas rurais e de preservação, o que está totalmente alinhado com essa operação realizada com garantia da MIGA. Ações como essas contribuem para o BB ser reconhecido com um dos Bancos mais sustentáveis do mundo.
“Este projeto visa a transformar os desafios climáticos em ações sustentáveis com impacto duradouro na sociedade. Ele também promove resultados positivos e mais eficientes para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. A iniciativa está incluída na estratégia de longo prazo do BB e totalmente alinhada com a Agenda 2030 da ONU a fim de contribuir para um progresso econômico mais justo, inclusivo e responsável,” disse Geovanne Tobias, CFO do BB.
“A MIGA tem o prazer de apoiar esse projeto inteligente para o clima no Brasil, com foco específico em pequenos e médios agricultores”, disse Hiroshi Matano, vice-presidente executivo da MIGA. “Nosso primeiro compromisso de longo prazo com o BdB, um dos maiores bancos da América Latina e líder em empréstimos para o agronegócio, é muito promissor na área de financiamento climático.”
“Estamos muito satisfeitos em executar a maior transação até o momento na América Latina sob o produto de garantia de Descumprimento de Obrigações Financeiras da MIGA e a primeira transação apoiada pela MIGA para um banco comercial globalmente,” disse John Meakin, chefe global de exportação e financiamento de agências na JP Morgan Payments. “Este financiamento da MIGA é fundamental para apoiar o plano de sustentabilidade do Banco do Brasil, promovendo boas práticas agrícolas e agricultura de baixo carbono e demonstra nosso compromisso com o Brasil e seu setor agrícola líder mundial em pequenos e médios produtores.”
Banco do Brasil – com mais de 120 mil colaboradores em todo o mundo e com mais de 5 mil pontos de atendimento no país, o Banco do Brasil se importa com a sustentabilidade, com compromissos públicos para um futuro mais sustentável, com metas ousadas até 2030 e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Acordo de Paris. Apoiamos nossos clientes, parceiros e sociedade na transição para uma economia mais verde e inclusiva, com ações de destaque em crédito sustentável, mercado carbono, captações ESG e ações em prol da diversidade e inclusão social. Em junho de 2024, a Carteira de Crédito Sustentável do Banco do Brasil atingiu R$ 358,4 bilhões de saldo, um crescimento de 11% em 12 meses. Deste montante, R$ 150 bilhões alocados em negócios sociais. A carteira de financiamento para energias renováveis do BB ultrapassou os R$ 15,4 bilhões em junho de 2024 (ante R$ 13,2 bilhões em março de 2023), crescimento de 16,6% em 12 meses. O Banco possui, na carteira de bioeconomia na Amazônia Legal, saldo de R$ 1,4 bilhão, considerando apenas os produtos amazônicos. Ao final do primeiro semestre, são mais de 670 mil hectares preservados em projetos de carbono, na metodologia de desmatamento evitado (REDD+).
JPMorgan Chase & Co. (EUA) – é uma empresa líder em serviços financeiros com sede nos Estados Unidos, com operações em todo o mundo. O JPMorgan Chase tinha US$ 4,1 trilhões em ativos e US$ 341 bilhões em patrimônio líquido em 30 de junho de 2024. A empresa é líder como banco de investimentos, em serviços financeiros para consumidores e pequenas empresas, bancos comerciais, processamento de transações financeiras e gestão de ativos. Sob as marcas JP Morgan e Chase, a empresa atende milhões de clientes nos EUA e muitos dos clientes corporativos, institucionais e governamentais mais importantes do mundo. A informações sobre JPMorgan Chase & Co. estão disponíveis em www.jpmorganchase.com
Standard Chartered Bank (Reino Unido) – é um banco internacional líder em operações internacionais que conecta os mercados mais dinâmicos do mundo e é de propriedade da multinacional financeira britânica Standard Chartered PLC, com US$ 825,8 bilhões em ativos consolidados (em 30 de setembro de 2023). O Grupo tem mais de 85.000 funcionários e operações em serviços bancários de consumo, corporativos e institucionais, além de serviços de tesouraria. O banco tem classificação A1 e A+ pela Moody’s e S&P, respectivamente.
HSBC Bank plc (Reino Unido) – é um banco multinacional universal e provedor de serviços financeiros que faz parte da holding multinacional britânica HSBC Holdings plc, com US$ 3 trilhões em ativos consolidados (em 30 de setembro de 2023). O Grupo é uma das maiores organizações de serviços bancários e financeiros do mundo, com cerca de 219.000 funcionários e escritórios em 62 países, atendendo cerca de 39 milhões de clientes em todo o mundo. O HSBC Bank tem classificação AA-, A1 e A+ pela Fitch, Moody’s e S&P, respectivamente.
Crédit Agricole CIB (França) – é o braço corporativo e de investimentos do banco francês Crédit Agricole Group, com US$ 2,6 trilhões em ativos consolidados (em 30 de setembro de 2023). O banco oferece uma ampla gama de produtos e serviços nas áreas de mercado de capitais, banco de investimento, financiamento estruturado, banco comercial e comércio internacional. O Crédit Agricole Group opera em 46 países e tem mais de 145.000 funcionários atendendo 53 milhões de clientes em todo o mundo. O grupo é o maior gestor de ativos da Europa e o décimo maior banco do mundo em total de ativos. O banco tem classificação A+, Aa3 e A+ pela Fitch, Moody’s e S&P, respectivamente.
World Bank Group Guarantees – iniciado em 2024, o World Bank Group Guarantees consolida todos os produtos de garantia e especialistas de todas as instituições do Grupo Banco Mundial na MIGA. Ele oferece um menu simplificado e abrangente de soluções de garantia, permitindo que os clientes selecionem o instrumento que melhor se adapta às suas necessidades. A plataforma simplifica processos, elimina redundâncias e oferece maior acessibilidade ao reduzir riscos de investimentos em países em desenvolvimento. Sua meta é aumentar a emissão anual de garantias do Grupo Banco Mundial para US$ 20 bilhões até 2030.
A carteira de financiamento para energias renováveis do Banco do Brasil ultrapassou os R$ 15,4 bilhões, um crescimento de 16,6% em 12 meses. O BB tem um objetivo de que o saldo total desta carteira ainda dobre de tamanho até 2030, atingindo o volume de R$ 30 bilhões.
Apenas em Project Finance para projetos de usinas eólicas e para energia solar foram mais de R$ 8 bilhões. Especificamente para produtores rurais, pelo Programa Agro Energia, foram mais R$ 4,8 bilhões. Já com Micro e Pequenas Empresas, o volume de financiamento para energia renovável ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão neste ano. E, com pessoas físicas, foram mais de 24 mil projetos residenciais com energia renovável, num total de mais de R$ 700 milhões.
Gabriel Santamaria, gerente geral de Sustentabilidade Empresarial do BB, afirmou, durante painel realizado na Sede da ONU, em Nova Iorque, nesta quinta-feira, 19, que “a transição energética é tema central no cenário global atual, com implicações diretas no desenvolvimento econômico, passando de modo transversal pela sustentabilidade e por inovação tecnológica. “A energia renovável está presente em nossos compromissos públicos pela sustentabilidade, com foco no apoio pela descarbonização das atividades dos nossos clientes, apoiando na economia do país”, disse.
Em painel que debateu sobre powershoring, como estratégia empresarial que envolve a localização de plantas industriais em regiões que oferecem energia renovável, barata, segura e abundante, ele também destacou operações recentes do Banco, como no financiamento para construção de um complexo de energia solar de R$ 34,4 milhões em Goiás por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO); e destacou também o financiamento de R$ 500 milhões para a construção da usina térmica de gás natural UTE Manaus I, no Estado do Amazonas, através do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), com capacidade de 162,9 MW, minimizando impactos ambientais na região, substituindo antigas usinas a óleo.
“O papel do sistema financeiro é fundamental na transição para uma economia mais verde, inclusiva e menos intensiva em emissões de carbono. Nesse sentido, o BB tem atuado gerando valor a partir de negócios que apoiam nossos clientes gerando tanto valor econômico, por se tratar de uma energia mais barata para as plantas industriais, por exemplo, como com impacto ambiental positivo”, afirmou Santamaria. “O Banco do Brasil se importa com a sustentabilidade do país e, por isso, temos também a meta de atingir um volume de saldo da nossa carteira de crédito sustentável de R$ 500 bilhões até 2030. Hoje, este volume já está em R$ 360 bilhões, o que demonstra a capacidade do Banco de atuar pela sustentabilidade do país e pela inclusão social”, finalizou.
Com o avanço da digitalização, os bancos criaram novas formas de atendimento ao público e muitos reduziram o número de agências. Um dos bancões brasileiros, no entanto, segue ampliando a rede de atendimento presencial.
O Banco do Brasil abriu 14 agências nos 12 meses encerrados em junho deste ano, enquanto Itaú, Bradesco e Santander enxugaram a estrutura de atendimento presencial no Brasil. Só no primeiro semestre, foram seis novos pontos de atendimento. Isto é, uma média de uma nova agência por mês.
Ao Investidor10, o Banco do Brasil explicou que a ampliação da rede de agências se deve à “estratégia fígital”, que busca a integração entre o físico e o digital. Segundo o BB, essa estratégia tem permitido “intensificar o relacionamento com os clientes, de forma cada vez mais personalizada, com produtos e serviços adequados a cada perfil”.
Por isso, apenas uma das 14 agências abertas nos últimos 12 meses foi do formato tradicional. As outras 13 são do tipo “digital e especializada”. “Entendemos que o modelo de agência atual tem um perfil especializado para cada segmento e perfil de cliente, trazendo proximidade, relevância e resolutividade para o relacionamento. Isso é coerente com nossa estratégia de cada vez mais hiperpersonalizar o atendimento e o relacionamento com o cliente”, comentou o BB.
O Banco do Brasil disse ainda que, ao decidir pela abertura de uma agência, avalia as regiões com potencial para novos negócios, notadamente nos segmentos em que tem liderança e ambição de crescimento.
O BB vê oportunidades, por exemplo, no mercado do agronegócio, médias e grandes empresas. Por isso, tem estrutura própria e especializada para atender esses clientes, seja essa estrutura física ou digital.
Na contramão dos pares
Os demais bancões listados na bolsa brasileira, por sua vez, têm adotado uma estratégia diferente e fechado agências. De acordo com os dados mais recentes, enquanto o Banco do Brasil abriu 14 agências nos 12 meses encerrados em junho, o Santander fechou 380 pontos de atendimento; o Bradesco, -277; e o Itaú, -175.
Já no primeiro semestre deste ano, o maior corte foi do Bradesco. Veja quantas agências cada banco abriu ou fechou no 1º semestre:
Banco do Brasil: 6; Itaú: -142; Bradesco: -185; Santander: -170.
BB mantém maior rede de agências
Com isso, o Banco do Brasil se consolida como o banco com maior presença física do país. O Banco do Brasil tinha 3.998 agências ao final do primeiro semestre, sendo 3.172 agências tradicionais e 826 agências digitais e especializadas.
O número é maior inclusive do que o da Caixa Econômica Federal, que tinha 3.371 agências ao final do segundo trimestre de 2024. Além disso, supera em pelo menos 59% o total de agências mantido pelos outros bancões listados na bolsa brasileira.
Veja quantas agências cada bancão da B3 tinha ao final do 1º semestre:
Banco do Brasil: 3.998; Itaú: 2.464; Bradesco: 2.510; Santander: 2.507.
Juntos, os quatro bancões listados na B3 tinham 11.479 agências ao final do primeiro semestre deste ano. São 818 a menos do que o registrado um ano atrás e 491 a menos do que no final de 2023.
Bradesco
Banco que mais enxugou a rede de agências no primeiro semestre de 2024, o Bradesco vem implementando um plano estratégico com o intuito de recuperar a sua rentabilidade.
O plano passa pela intensificação do atendimento digital, para reduzir custos, sobretudo no varejo. Contudo, também prevê o reforço do atendimento de segmentos mais rentáveis, como o de alta renda e o das pequenas e médias empresas.
Diante disso, o Bradesco disse, ao apresentar os resultados do segundo trimestre, que vem ajustando a presença física dentro da “proposta de aprimorar o modo de servir”.
“Fechamos agências tradicionais e ativamos ainda mais os nossos canais digitais e os nossos correspondentes bancários do Bradesco Expresso”, afirmou.
Santander
Já o Santander liderou o enxugamento nos 12 meses encerrados em junho, com o fechamento de 380 pontos de atendimento.
Ao apresentar os resultados trimestrais, o banco disse que tem fortalecido os canais de atendimento, “com constante evolução no digital, adicionando jornadas mais simples e maior interação no chatbot, avanços no atendimento remoto, com o uso de tecnologia e maior participação do chat humano”.
Além disso, o banco tem avançado com um “novo modelo comercial de lojas, que cada vez mais atua como um canal de conveniência e parte de uma oferta multicanal completa”.
Itaú
O Itaú, por sua vez, tem a menor rede de agências dentre os quatro bancões listados na bolsa brasileira. O banco fechou 175 agências em um ano e tinha 2.464 pontos de atendimento físico ao final do primeiro semestre.
“Avaliamos de maneira muito próxima o desempenho de nossas agências, verificando o fluxo de clientes e a geração de novos negócios, bem como a capacidade de reter e manter nossos clientes ativos, satisfeitos e se relacionando com o banco. Dessa forma, tivemos redução anual de 6,6% das agências físicas no Brasil”, afirmou, no balanço do segundo trimestre. (Fonte: Investidor10)
O Banco do Brasil tem intensificado agendas no mercado interbancário, com instituições multilaterais e bancos comerciais, além da agenda com investidores pelo mercado de capitais internacional. O resultado é que só nos últimos 20 meses, já são mais de R$ 36 bilhões em captações externas contratadas ou negociadas.
Para se ter uma ideia, o crescimento do total de desembolsos em operações com recursos captados junto a instituições multilaterais, por exemplo, foi de 61%. São negócios que contribuem para diversificar o mix de funding do Banco e, consequentemente, gerar crédito para brasileiros em todas as regiões do país, com destaque para operações ASG. Nesta semana, o BB lidera pauta de sustentabilidade com mercado financeiro global em NY, com expectativa de gerar mais negócios.
A parceria com essas instituições multilaterais se materializa por meio de operações de financiamento a projetos de desenvolvimento econômico e/ou sustentável, além de apoio por meio de assistência técnica e mobilização de recursos não concessionais e doações. Nesta perspectiva, entre 2023 e 2024 o BB já desembolsou cerca de R$ 10,6 bilhões junto às instituições multilaterais e tem negociado outros cerca de R$ 12 bilhões para desembolso até 2025.
Somando-se ao estoque de desembolsos realizados até 2022 de R$ 5,9 bilhões, o volume captado com instituições multilaterais desde 2018 atinge R$ 28,5 bilhões. Esses valores somam R$ 36 bilhões nesse período com o foco em ASG.
Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, diz que o protagonismo do BB em negócios sustentáveis e, consequentemente, na contribuição para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos na Agenda 30 BB, é resultado da união de forças entre diversos agentes do sistema financeiro global. “O BB está na vanguarda desse esforço conjunto, formando parcerias estratégicas com bancos comerciais e instituições multilaterais para promoção da agenda ASG, além de atuar fortemente no fomento de operações sustentáveis no mercado de capitais”, afirma Lassalvia.
“Temos vantagem competitiva em função de algumas características em conjunto: a potência do BB, a nossa presença nacional e internacional, o nosso alcance em diversos segmentos de clientes, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, bem como nossos frameworks de finanças sustentáveis e de dívidas vinculadas à sustentabilidade, o que nos coloca como o principal e mais importante parceiro para os players do sistema financeiro global. Por meio desses relacionamentos estratégicos, o BB colabora efetivamente para a promoção de soluções financeiras que atendam às demandas socioambientais globais”, complementa o vice-presidente.
Demais negócios no exterior também em destaque
Em 2023 e 2024 o BB também captou US$ 1,5 bilhões (cerca de R$ 7,5 bilhões) por meio de bonds sustentáveis no mercado de capitais internacional e mantém uma média, no último ano, de captação externa comercial com outros bancos internacionais em volume de US$ 8 bilhões (ou R$ 43,9 bilhões). São valores que se direcionam para operações em apoio à rede externa.
De acordo com Lassalvia, O BB possui relacionamento institucional e comercial com 522 instituições financeiras em 90 países, incluindo instituições multilaterais. “Esse relacionamento se baseia na realização de negócios em conjunto, como captação interbancária, cofinanciamento, empréstimos sindicalizados, parcerias em produtos e serviços, correspondente bancário internacional, dentre outros. O relacionamento com instituições multilaterais é essencial para o fortalecimento das relações estratégicas do BB, visto que seus objetivos e missão se alinham com os interesses do BB, especialmente no que tange ao financiamento sustentável. Essas instituições multilaterais buscam promover o desenvolvimento econômico sustentável, redução da pobreza e integração econômica regional, áreas que também são de grande relevância para o BB”, explica.
Desta forma, entre 2023 e 2024, somando-se o volume captado entre as instituições multilaterais, os bancos comerciais internacionais e o mercado de capitais internacional, o BB tem o total de R$ 74 bilhões em assistência creditícia externa.
Rede externa apresenta crescimento relevante no Banco
As agendas do BB no exterior estão relacionadas com objetivos negociais ou institucionais da empresa, com clientes, investidores, bancos e órgãos multilaterais, além de parceiros de setores financeiros e de tecnologia. Também se destinam a reuniões para captação de recursos para aplicação em frentes ASG, por exemplo, em que o Banco tem se destacado globalmente, além de gerar resultados de comércio exterior apoiando empresas clientes do BB no país. Em 2023, o Banco apresentou um aumento de 63% no saldo de captações de recursos no exterior para operar em crédito para clientes brasileiros no Brasil.
A linha BB Crédito Exportação ultrapassou a marca de R$ 4,5 bilhões em desembolsos no período de um ano após seu lançamento, em agosto de 2023, sendo uma solução muito procurada por exportadores e sua cadeia produtiva. A solução financia a produção de bens e serviços destinados à exportação, cujos recursos em moeda estrangeira são concedidos na fase pré-embarque tanto ao exportador quanto à sua cadeia produtiva.
A linha possui taxa de juros compatível com o mercado internacional e a vantagem de ser isenta de IR e IOF. Quando uma empresa opta atuar no mercado internacional, ela conta com produtores e fornecedores de serviços e insumos que integram o processo produtivo, a exemplo de montagem e embalagem de mercadorias destinadas à exportação, que não são os exportadores finais e por isso, até o momento, não contavam com linhas específicas em moeda estrangeira para financiar sua produção.
Ao ampliar o público-alvo da linha, com a inclusão de fornecedores de insumos que não são exportadores finais, mas que participam da cadeira de valor dos bens a serem exportados, o BB Crédito Exportação possibilita que mais produtos e serviços brasileiros cheguem ao exterior, contribuindo para o crescimento das empresas, geração de empregos e desenvolvimento do país. Aos exportadores, o BB também oferece a possibilidade de manter os recursos em conta corrente no exterior, centralizando seu fluxo de caixa internacional.
Juliano Marcatto, gerente geral da Unidade de Negócios Internacionais do BB, destaca que “o BB Crédito Exportação atende a uma demanda dos clientes e está alinhado à estratégia do BB, ao olhar para a cadeia produtiva de exportação, e fomentar o crédito com condições competitivas, incentivando uma maior participação de produtos e serviços brasileiros no exterior. A cadeia exportadora passa a contar com uma solução de capital de giro de médio prazo em moeda estrangeira, em adição ao ACC/ACE de curto prazo. O balanço dos primeiros meses demonstra o acerto da estratégia. O BB mais uma vez reafirma seu papel de maior parceiro das empresas no comércio exterior brasileiro”, finalizou.
O Banco do Brasil, segundo maior banco do país em ativos totais, iniciou em junho uma campanha para evitar pedidos de recuperação judicial, disse um executivo sênior nesta quarta-feira (25 de setembro), sob a leitura de que o processo, que ganhou impulso recente, é danoso para o setor.
Na semana passada, a varejista de insumos agrícolas e serviços AgroGalaxy protocolou um pedido de recuperação judicial, dando sequência a uma onda de pedidos que tem sido vista no país num cenário de preços de commodities em queda e ocorrência de eventos climáticos extremos, como inundações e secas sem precedentes.
“O processo de recuperação judicial pra produtores rurais não é saudável”, disse o vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB, Felipe Prince. “Ele coloca em risco o patrimônio dos produtores, que são as terras, e ele fecha para eles a possibilidade de novas concessões de crédito. E o agronegócio é cíclico, você precisa de recursos para iniciar uma safra.”
Líder em crédito para o agronegócio no Brasil, com um “market share” de 50% entre produtores rurais, o Banco do Brasil tem engajado superintendentes nas principais praças produtoras em um “processo de conscientização” para “mostrar os malefícios e como isso pode, inclusive, criar uma ruptura na atividade econômica do produtor rural”.
Prince destacou como alternativa o auxílio a clientes por meio de medidas como extensão de dívidas e gestão de crédito. “Alguns produtores têm tomado algumas medidas, no meu modo de entender, irracionais e recorrido a esse processo”, afirmou o executivo, atribuindo parte das decisões à “advocacia predatória e processo de blindagem de patrimônio.”
Apesar de ter reconhecido a alta recente nos pedidos de recuperação judicial, Prince pontuou que o volume ainda é muito pequeno: dentre os mais de 700 mil produtores que compõem a carteira do banco, 150 estão em recuperação judicial.
De acordo com a Serasa, 321 empresas de produtos e serviços que se relacionam diretamente com o agronegócio pediram recuperação judicial no ano passado, alta de 82% sobre um ano antes. No primeiro trimestre deste ano foram mais 82 pedidos, mostraram dados divulgados pela empresa neste mês.
Em relação ao impacto dos eventos climáticos extremos, Prince pontuou que o banco de dados robusto do BB, com informações de safras agrícolas desde 1960, tem sido utilizado como insumo para predição de cenários futuros, aumentando a percepção sobre os riscos e impelindo a criação de alternativas para tentar mitigá-los.
Essa mesma base tem sido utilizada, em associação com inteligência artificialf e técnicas de georreferenciamento, para enxergar se produtores estão eventualmente invadindo áreas de produção.
“Em isso acontecendo e a gente pegando aqui no nosso monitoramento, a gente inclusive vence a dívida imediatamente, desclassifica do crédito rural, e por aí vai”, disse Prince.
A carteira de crédito sustentável do banco tem R$ 360 bilhões, sendo R$ 155 bilhões em agricultura sustentável. A meta é levar esses números a R$ 500 bilhões e R$ 200 bilhões, respectivamente, até 2030.
Foco ESG
Falando à Reuters por telefone de Nova York, onde o banco organizou nesta semana um evento para investidores em meio à Climate Week, Prince disse que a percepção generalizada é de que o Brasil está bem posicionado para se colocar como protagonista em sustentabilidade, sendo que o BB busca se firmar como player decisivo no mercado de crédito de carbono.
Na terça-feira, o banco anunciou que havia captado US$ 800 milhões junto ao JPMorgan Chase Bank, Standard Chartered Bank, HSBC Bank e Crédit Agricole para financiar pequenos e médios produtores que usam métodos de agricultura de baixo carbono.
Após a emissão de US$ 750 milhões em títulos sustentáveis no mercado internacional em março deste ano, a terceira associada a compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG) do banco, Prince também afirmou que o BB segue atento às oportunidades, embora tenha afastado a possibilidade de nova operação este ano.
“Havendo oportunidade (mais tarde), a gente capta. Então isso é perene”, ele disse.
O Banco do Brasil tem reforçado sua atuação no mercado voluntário de carbono, apoiando clientes na elaboração de projetos que agreguem tanto para aspectos climáticos, como para inclusão social nas diversas regiões do país.
De acordo com o vice-presidente de Negócios Governo e de Sustentabilidade Empresarial, José Ricardo Sasseron, “é possível aliar a conservação da floresta com o desenvolvimento social das pessoas que nela vivem ou dependem economicamente, estimulando o uso sustentável dos recursos oferecidos pela natureza”.
Durante evento na Sede da ONU, em Nova Iorque, o vice-presidente contou que os mais de 670 mil hectares preservados na metodologia de desmatamento evitado – REDD+ em 13 projetos de carbono aliam preservação ambiental e geração de renda para os proprietários das áreas, além de propiciar melhorias para as comunidades nelas localizadas. “Tivemos as fortes chuvas no RS, e agora as secas e queimadas que devastam grandes áreas do país. Sem dúvida é necessária a contribuição de cada setor da sociedade. Todas as companhias devem também ser agentes de mudança para contribuir de forma sólida para a reversão desse quadro. O BB se importa com um Brasil mais sustentável. Temos caminhado a passos firmes com compromissos públicos e metas concretas pela sustentabilidade, assim como temos uma política de crédito de vanguarda, com exigências que apoiam nossos clientes para uma transição para produções também sustentáveis. Temos atraído recursos para investimentos sustentáveis também, fomentando negócios no mercado internacional, para aplicação no Brasil, com impacto positivo para milhões de brasileiros”, afirmou Sasseron.
Carteira de crédito sustentável do BB já conta com R$ 360 bilhões
Com o objetivo de auxiliar os clientes na transição para uma economia mais sustentável, o Banco do Brasil já atingiu R$ 360 bilhões em operações de crédito sustentáveis, um crescimento de mais de 11% em 12 meses. “Esse montante foi contratado em linhas de crédito com grande enfoque ambiental ou social ou para financiar atividades e segmentos que tragam impactos socioambientais positivos como os setores de energias renováveis, eficiência energética, construção, transporte e turismo sustentáveis, água, pesca, floresta, agricultura sustentável, gestão de resíduos, educação, saúde e desenvolvimento local e regional”, explica o vice-presidente do Banco. “A Carteira de Crédito Sustentável do BB é submetida a uma avaliação independente, que considera as principais taxonomias ASG nacionais e internacionais na classificação dos clientes e das linhas de crédito que a compõem. A metodologia é revisada continuamente, com a incorporação do uso intensivo de dados e inteligência analítica para referenciar as melhores práticas e impulsionar políticas pioneiras de fomento à transição para uma economia de baixo carbono e agregar novos produtos com atributos ASG”, detalhou, em Nova Iorque.
O vice-presidente também detalhou que a carteira de agricultura sustentável teve um salto de R$ 121,5 bilhões para mais de R$ 157 bilhões nos últimos dois anos. “Temos uma meta de chegar a R$ 200 bilhões nessa carteira até 2030, o que reafirma nossa atuação como parceiros dos produtores”, diz.
O objetivo do Banco é que o saldo total desta carteira, que hoje representa cerca de um terço da carteira de crédito total do BB, chegue a meio trilhão de reais até 2030. “Temos uma longa trajetória em sustentabilidade, com marcos que vêm desde a criação da Fundação BB em 1985, com o lançamento do Plano de Sustentabilidade em 2005 ou com nossa adesão à Coalizão Verde em 2023, por exemplo. Este passado, que nos trouxe até aqui, inspira nossa atuação com olhar para o futuro. Por isso, temos 12 compromissos públicos para um futuro mais sustentável, com metas ousadas até 2030 e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Acordo de Paris. Assumimos também o compromisso em sermos neutros em carbono até 2050 (NetZero) e buscamos ajudar também nossos clientes na agenda de descarbonização. O Banco do Brasil se importa com a sustentabilidade global, por isso temos levado este debate em fóruns internacionais como este, mobilizando o mercado financeiro em torno destas causas”, declarou.
O Banco do Brasil e o Citi realizaram uma operação inédita entre as duas instituições com a temática sustentável nesta semana. Este é o primeiro financiamento comercial fechado entre as duas instituições que prevê redução de juros de acordo com o atingimento de metas de sustentabilidade. Os chamados Sustainability Linked Loans, como são conhecidas no mercado as operações que têm uma variação da taxa dede juros em seu contrato, de acordo com o cumprimento ou não de metas de sustentabilidade, é comum em emissões privadas, porém ainda pouco utilizado no mercado financeiro para captação de recursos e empréstimos internacionais entre instituições financeiras.
Em 2024, o Banco do Brasil se tornou uma das primeiras instituições financeiras da América Latina a publicar e utilizar um framework baseado em metas de sustentabilidade. Nesta operação com o Citi, foram consideradas as metas de expansão da carteira de agronegócios sustentável e de baixo carbono e a meta para ampliar a liderança de mulheres, pretos e pardos na instituição financeira.
O Banco do Brasil realizou nos últimos quatro anos captações no montante de R$ 33 bilhões de reais ou aproximadamente US$ 7 bilhões (câmbio ajustado considerando a data das captações) com um framework de finanças sustentáveis desenvolvido em parceria com instituições internacionais e certificado por terceira parte independente, em operações com uso de recursos destinado a projetos sustentáveis. Já com o novo framework de metas são cerca R$ 2,5 bilhões de reais (ou US$ 400 milhões) em operações.
Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, reforça que ao longo dos anos, o relacionamento com o Citi se traduziu em diversos negócios entre nossas instituições, incluindo operações creditícias bilaterais e a prestação de serviços internacionais, sempre baseados em uma parceria estratégica de longo prazo. “Mais uma vez, confirmamos nosso compromisso mútuo em promover práticas financeiras sustentáveis e responsáveis”.
Ele destaca que esta operação está na vanguarda das finanças sustentáveis, integrando metas inovadoras que visam fortalecer a carteira de investimentos responsável do BB, e se distingue por atrelar suas condições comerciais ao atingimento de objetivos como o incremento da diversidade racial e de gênero na alta liderança do banco, reforçando o compromisso com a inclusão e equidade. Por fim, ele complementa que “ao avançarmos nessa direção, o Banco do Brasil reafirma o propósito de liderar com responsabilidade, proporcionando um impacto positivo e duradouro não apenas para nossos clientes e parceiros, mas também para a sociedade como um todo”.
Para Mario Fujii, gerente geral do Banco do Brasil em Nova Iorque e responsável pela atuação da instituição na América do Norte, “a captação com o Citi mostra que o mercado norte americano vem se desenvolvendo cada vez mais no tema ASG, com um crescente engajamento das instituições americanas. Esta operação demonstra que ambas as instituições exercem protagonismo na preservação do meio ambiente, no desenvolvimento socioeconômico das pessoas e nas mudanças climáticas, com recursos que farão a diferença na vida de milhares de brasileiros”, considera.
Jose Ricardo Sasseron, vice-Presidente de Governo e Sustentabilidade do Banco do Brasil, diz que a operação mostra que o mercado internacional acredita e confia no Banco do Brasil. “Nossas metas sustentáveis são um claro compromisso do Banco com a sustentabilidade. Estamos muito felizes em concretizar esta operação inédita com o Citi, que vai ajudar em nosso apoio aos clientes, parceiros e sociedade na transição para uma economia mais verde e inclusiva”, afirma. Sasseron ainda pontua que o BB é uma instituição capaz de dialogar amplamente com o mercado para a realização de negócios internacionais como este, além de, sobretudo, aplicar estes recursos diretamente para aos clientes. “Somos considerados o Banco mais sustentável do mundo porque realmente nos importamos com relações mais justas e inclusivas, com direcionamento claro à valorização das nossas riquezas naturais, que cada vez mais precisam do apoio de toda a sociedade para preservá-las”, finaliza.
Segundo Marcelo Marangon, presidente do Citi no Brasil, a operação é um marco para o Citi, por se tratar do primeiro financiamento comercial associado a objetivos sociais e ambientais concedido pelo Citi a um banco na América Latina. “Para o Citi Brasil, o desenvolvimento econômico e social são prioridades. Por isso, estamos orgulhosos de nossa capacidade de prover soluções financeiras que apoiam nossos clientes em suas estratégias de crescimento sustentável, atuando como catalisadores desta agenda no país”, afirmou.
A operação está em linha com a estratégia de Finanças Sociais do Citi de financiar atividades que ampliem o acesso a serviços básicos e oportunidades econômicas para pessoas em situação vulnerável, com o objetivo de alcançar 15 milhões de famílias, incluindo 10 milhões de mulheres. em mercados emergentes. A transação também está alinhada com a meta do Citi de alcançar US$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até 2030, afirmou o executivo.
Impulsionar a criação e adoção de projetos que incentivem práticas agrícolas sustentáveis, proteção de florestas e promovam uma economia mais verde é o objetivo da parceria inédita entre a Bayer e o Banco do Brasil. Intitulada CPR Preservação, a solução estruturada na Cédula do Produtor Rural Verde (CPR Verde), viabiliza ao produtor rural o acesso ao crédito com lastro na conservação de florestas em sua propriedade com a segurança e confiabilidade do PRO Carbono, iniciativa pioneira da Bayer focada no desenvolvimento de novos modelos de negócio baseados em sustentabilidade.
Na prática, o Banco do Brasil desenvolveu uma metodologia de valoração das áreas de vegetação nativa, de áreas de APPs (Áreas de Preservação Permanente) e Reserva Legal, incluindo excedentes, promovendo ações de preservação florestal e mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Destinada a produtores que possuem Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e/ou excedente, a modalidade é amparada pela Lei 13.986/20 e pelo Decreto nº 10.828/21, um marco por promover a valorização da área preservada, tendo como lastro para a emissão do financiamento a vegetação nativa da propriedade rural.
O projeto piloto foca em um grupo de 60 agricultores da região de Rio Verde (GO) que integram o PRO Carbono da Bayer. A área foi escolhida pelo fato do Cerrado ser atualmente um dos biomas mais afetados pela expansão da fronteira agrícola, segundo o Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas). Em 2023, ele ultrapassou a área desmatada da Amazônia, correspondendo a 61% do desflorestamento total.
“Nossa base concentra produtores engajados na agricultura regenerativa e voltados para a proteção de florestas. Reconhecer a importância de um olhar para todo o ecossistema nesta jornada pela sustentabilidade inclui oferecer ao agricultor benefícios que possam apoiá-los, como ofertas de crédito vantajosas e atreladas a boas práticas e proteção de florestas. Este é o primeiro de muitos produtos que desenvolveremos por meio de parcerias, sempre com foco em apoiar o agricultor nessa jornada sustentável”, explica Fabio Passos, líder do negócio de Carbono da Bayer para a América Latina.
A emissão está atrelada a uma certificação, que indica e especifica os ativos ambientais que a fundamentam. O papel do PRO Carbono da Bayer é gerar este certificado, com base na verificação da área florestal e elegibilidade de compliance socioambiental por meio da análise de 13 critérios. A expertise do maior programa de carbono do agro brasileiro conferiu simplicidade e rapidez ao processo por meio da tecnologia de sensoriamento remoto usando o sistema MRV (sigla para Monitoramento, Reporte e Verificação de resultados definido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) integrado à Conecta PRO Carbono. Depois da certificação, o Banco do Brasil pode conceder o empréstimo CPR Preservação.
Um dos diferenciais da CPR Preservação é o desconto de 0,5% referente à isenção da tarifa de estudo da operação que seria cobrada na modalidade de uma CPR convencional. Podendo ser contratada com encargos financeiros pré ou pós fixados, a taxa de juros varia de acordo com perfil do cliente, prazo, além de outros fatores. O potencial de crédito corresponde a área de floresta elegível e o valor naquele bioma. “A parceria com a Bayer é parte da nossa estratégia de sustentabilidade, declarado através da Agenda 30 BB. Se materializa através do fomento de uma agricultura mais sustentável, com impactos positivos na cadeia de valor do agronegócio. Além disso, o processo de certificação implica na digitalização do setor, o que traz benefícios de eficiência e produtividade”, comenta João Fruet, Diretor de Corporate and Investment Bank (CIB) do Banco do Brasil.
Além disso, Fábio também destaca a importância de incentivar e apoiar o produtor rural que, mesmo diante de tantos desafios, se dedica a preservar o meio ambiente. “Nós desenhamos esta parceria com a intenção de reconhecer e valorizar os profissionais do campo que já produzem de maneira sustentável e sabem que o amanhã é construído agora. Estamos avançando na oferta de soluções PRO Carbono sob a missão de viabilizar oportunidades de negócios economicamente atrativas na qual a sustentabilidade é indispensável. Ao ingressarmos nesta frente de finanças verdes, nosso portfólio para agricultores baseado nos pilares descarbonizar, regenerar e remover – contribui efetivamente com ferramentas na transição para a agricultura regenerativa envolvendo práticas de manejo como a conversação de floresta, levando benefícios financeiros reais para o agricultor”, conclui Passos.
Como funciona o benefício?
A solicitação do benefício poderá ser feita pelo produtor rural, pessoa física ou jurídica, via Orbia, maior marketplace do agronegócio brasileiro. É necessário possuir o CAR ativo, estar em compliance socioambiental com os critérios estabelecidos pelo banco e ter área de vegetação nativa. Com isso, por meio do georreferenciamento da área é feita a análise pela Conecta PRO Carbono, plataforma da Bayer responsável por gerar, em até 72 horas, o certificado. Este documento será apresentado pelo produtor ao Banco do Brasil para o acesso à linha de crédito exclusiva CPR Preservação.
Vale reforçar que a CPR Preservação está atrelada a atividades de conservação das vegetações nativas e seus biomas que resultem na redução das emissões de gases de efeito estufa, manutenção ou aumento do estoque de carbono florestal, conservação da biodiversidade, de recursos hídricos ou do solo, além de outros benefícios ecossistêmicos. Ela é válida por 360 dias e o prazo para pagamento do financiamento é de 720 dias, com a opção de pagamento único (desconto e capitalizada), exceto para empresas classificadas pelo banco dentro do pilar varejo, ou o pagamento parcelado (capitalizada).
Desde a quinta-feira, 26 de setembro, o Banco do Brasil disponibiliza aos seus clientes a possibilidade de fazer Pix usando o limite do cartão de crédito: o Pix Ourocard. A novidade está liberada para clientes Pessoa Física (PF) do BB, correntistas e portadores de qualquer modalidade de cartão.
O Pix Ourocard permite que os clientes do BB realizem pagamentos via Pix utilizando o limite do cartão de crédito, ampliando ainda mais as opções de consumo e simplificando o dia a dia financeiro. Assim, os usuários poderão desfrutar de maior flexibilidade nas transações, aliando a agilidade característica do Pix com os benefícios de um cartão de crédito, como prazo de pagamento estendido.
“O cartão de crédito é sinônimo de conveniência e planejamento financeiro. Com o Pix podendo ser debitado no cartão, unimos essas vantagens à velocidade e simplicidade do Pix, proporcionando ao cliente uma nova maneira de usar seu limite de crédito com praticidade e controle. Nosso objetivo é facilitar a vida dos clientes, proporcionando mais opções para suas compras e pagamentos”, afirma Keka Ferrari, gerente executiva de meios de pagamentos do Banco do Brasil.
“O Pix já revolucionou a forma como os brasileiros fazem pagamentos, e agora, com a integração ao cartão de crédito, oferecemos ainda mais flexibilidade para o cliente, que pode aproveitar a rapidez do Pix sem abrir mão do benefício de prazos estendidos do cartão, por exemplo”, reforça Dione Cordioli, gerente executiva de pagamentos, recebimentos e Pix do BB.
Para aproveitar a novidade, basta ser correntista pessoa física e portador de qualquer modalidade de cartão Ourocard. Na hora de enviar o Pix, é só acessar o App BB, selecionar para fazer Pix e escolher a opção cartão, para realizar o débito do valor.
As taxas de juros cobradas nesse tipo de operação são a partir de 2,98% a.m., a menor taxa do mercado.
Em breve, a solução estará disponível também para clientes BB Pessoa Jurídica (PJ).
O aperfeiçoamento de processos em busca de qualidade e eficiência, seguindo as melhores práticas de mercado, é uma preocupação constante do Economus. Esse trabalho rendeu ao Instituto dois reconhecimentos importantes em áreas estratégicas: o Selo de Autorregulação em Governança Corporativa e o Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos.
Os reconhecimentos, concedidos pelo Conselho de Autorregulação da Abrapp, atestam a qualidade do trabalho do Economus e seu compromisso em oferecer as melhores soluções em previdência e saúde aos seus participantes.
Os selos foram criados para incentivar a melhoria do setor como um todo e são conquistados apenas pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) que atestam e praticam, de forma efetiva, uma série de itens analisados de forma minuciosa.
Dentre os pontos avaliados pelo Conselho de Autorregulação da Abrapp estão: conduta ética; transparência; integridade; prestação de contas; capacitação profissional; comunicação com o participante, entre outros.
Devido ao alto grau de exigência, apenas 19 entidades possuem a certificação de Governança Corporativa e 29 o selo de Governança de Investimentos.
Confira as EFPCs com o selo de Governança Corporativa clicando aqui.
Confira as EFPCs com o selo de Governança de Investimentos clicando aqui.
O Economus segue trabalhando para manter e conquistar novos reconhecimentos importantes, que atestem o compromisso com a qualidade de seus produtos e serviços.
O Economus aprovou uma série de medidas para melhorar a experiência do participante no acesso aos empréstimos. A maior novidade é o aumento do limite para R$ 200 mil e do prazo para os participantes do PrevMais:
Não houve alterações nos planos Regulamento Complementar Nº 1 e Nº 2.
Seguro prestamista e contingência
O seguro prestamista, que oferece a cobertura integral em caso de óbito, precisou ser reajustado, devido ao aumento da sinistralidade. Para minimizar os efeitos dessa alteração, a gestão do Economus reduziu a taxa de contingência:
Veja abaixo a tabela para conferir as taxas de juros vigentes dos planos.
E tem mais novidade chegando
Em breve, o processo de adesão será totalmente digital, dispensando a necessidade de assinaturas físicas e envio de formulários para a nossa sede, por exemplo. Essas mudanças trarão flexibilidade e conforto financeiro para facilitar o acesso ao empréstimo.
Contexto geral
Os empréstimos do Economus possuem excelentes condições, pois foram desenvolvidos como um benefício para os participantes. As mudanças propostas fazem parte da estratégia do Instituto, que tem como uma de suas metas a melhoria da jornada na concessão desse serviço.
A Previ conquistou o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, maior reconhecimento às empresas que demonstram o atendimento de critérios de transparência na publicação de seus dados de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) no país.
Em 2021 e 2022, a Previ foi reconhecida com o Selo Prata pelos inventários publicados, no modelo completo, em que são abrangidas todas as fontes de emissões relevantes da organização, incluindo emissões diretas (escopo 1), emissões indiretas de energia (escopo 2) e outras emissões indiretas (escopo 3). Para o inventário de 2023, a Previ contou ainda com a verificação externa de uma empresa especializada, garantindo assim a credibilidade das informações apresentadas, o que garantiu a classificação máxima.
Iniciativas para redução de emissões
A conquista do Selo Ouro é fruto de um esforço coletivo, que envolveu diversas áreas da Previ para a geração e gerenciamento das informações necessárias para a elaboração do inventário de emissões, o que permitiu à Entidade compilar e auditar os dados com precisão.
Também é realizado engajamento direto com as empresas investidas pela Previ, além de diálogo contínuo para incentivar a adoção de práticas mais sustentáveis e a implementação de estratégias para redução de emissões de GEE.
Envolvimento com o GHG Protocol
A Previ aderiu ao Programa Brasileiro GHG Protocol como parte de sua estratégia integrada de sustentabilidade. A adesão ao programa segue a recomendação do Comitê de Sustentabilidade da Entidade e está alinhada às diretrizes da Política de Sustentabilidade e Melhores Práticas ASGI e ao Plano Diretor de Sustentabilidade.
A conquista do Selo Ouro traz inúmeros benefícios para a Previ e seus públicos de interesse, reforçando a transparência e confiabilidade das informações divulgadas. Além de fortalecer a reputação e credibilidade da Entidade, o reconhecimento pelo programa brasileiro reafirma o compromisso da Previ com o desenvolvimento sustentável.
Integrando a chapa Integração e Valorização, o atual presidente Adriano Domingos foi oficialmente reeleito no comando da AGEBB no triênio 2025/2027, com 93,33% dos votos válidos. Ele será empossado oficialmente no dia 1º de outubro, juntamente com os seus atuais vices Denison Jordão Lima e Ronald Feres.
Nas Eleições AGEBB 2024 também foram eleitos, para o Conselho Deliberativo, Rosana Cristina Calil, Luiz Gilberto Avanço, Luiz Carlos da Silva Filho, Elder Ribeiro de Abreu, Osvaldo Barquilha Amiranda, Jiudete Freitas da Silva e Vânia Myrian Siviero. Já o trio Aliomar Jardim Pinho, Oscar Donizetti Parolin e Douglas Ozores Rosa foi eleito para o Conselho Fiscal.
As Eleições AGEBB foram realizadas entre os dias 2 e 9 de setembro. Puderam participar do pleito os associados em dia com suas obrigações com a associação. Cada eleitor registrou, obrigatoriamente, três votos no sistema eletrônico de votação.
Para a nova gestão, Adriano Domingos diz ter muitos desafios. Aumentar o quatro associativo da AGEBB, bem como ampliar ainda mais o diálogo com entidades parceiras, como Cassi, Previ e Economus, é uma das metas. Confira abaixo a entrevista com o presidente reeleito.
O primeiro triênio de seu mandato se encerra ao final deste mês. Que balanço você faz da primeira gestão?
Foram três anos de muito trabalho e dedicação, que claramente vem trazendo bons resultados. Em nosso primeiro ano nos voltamos à parte estrutural da associação, focando nas áreas financeira e administrativa e na divisão de trabalhos e responsabilidades na entidade.
No segundo ano, investimos mais na parte de divulgação, reforçando nossa presença junto aos associados por meio das edições extras do AGEBB Expresso, onde buscamos trazer para os sócios depoimentos de colegas, falando do dia a dia no BB. Tivemos a entrevista da Priscilla Requejo, superintendente Estadual do BB no Ceará, o artigo do Alex, superintendente regional de Osasco, além, é claro, da entrevista exclusiva com o presidente da Previ, João Fukunaga, logo após a sua posse.
Já no terceiro ano foi a vez de buscarmos uma maior aproximação com as entidades ligadas ao BB, como a Previ, Cassi e também o Economus. Fomos à posse do presidente Fukunaga, no Rio de Janeiro, à Santa Catarina para nos aproximar dos colegas do BESC, que tem demandas, anseios e dores muito parecidas com as dos colegas egressos do BNC. Não podemos esquecer também de outras reuniões que fizemos presencialmente e por vídeoconferências.
Houve alguma demanda, meta ou anseio que estava como pauta de trabalho na primeira gestão que acabou não sendo realizada, mas que poderá voltar ao protagonismo neste próximo triênio?
Um objetivo que não só neste mandato, mas sempre foi e será prioritário para nós é o aumento do quadro associativo. Sempre que o banco faz mudanças e reestruturações na rede e nas áreas meio, a quantidade de associados aumenta bastante.
Sempre que nossos gerentes se veem ameaçados e inseguros em relação a seus cargos, é comum que busquem na associação o apoio e proteção, para que não sejam prejudicados. Porém, sabemos que não é só nas épocas mais difíceis que a AGEBB pode ajudar nossos gerentes. Podemos buscar melhores condições de trabalho, maiores e mais amplos programas de reconhecimento, investimentos na parte de treinamentos e capacitação dos gerentes e assistentes, entre muitas outras coisas.
O que os associados da AGEBB podem esperar para os próximos três anos?
Sabemos que a base de qualquer associação de sucesso é proteger seus associados, buscar melhorias em suas condições de trabalho e oferecer benefícios cada vez mais atraentes. Não precisamos reinventar a roda para continuarmos trazendo benefícios aos nossos sócios. Se fizermos bem esses três tópicos que citamos acima, a entidade poderá se fortalecer ainda mais e se tornar cada vez mais relevante na vida de nossos gerentes.
Sobre novos associados, o BB é muito grande e está em todo o país. Como buscar os associados em outras regiões?
Nosso primeiro desafio foi na incorporação em 2009, quando deixamos de ser uma associação eminentemente paulista, do BNC, para nos tornarmos uma associação de gerentes de todo o país. De lá para cá, sempre buscamos promover ações que chegasse aos mais de 30 mil gerentes do Banco do Brasil.
Hoje já estamos em praticamente todos os Estados. Por isso é muito importante ações como a que fizemos em Santa Catarina, nos aproximando dos egressos do BESC e de ações voltadas ao Rio Grande do Sul, quando da terrível tragédia que tivemos por lá.
Por fim, Cassi, Previ, Economus…sempre são temas muito presentes nas discussões dos funcionários do banco, especialmente entre os incorporados. Qual será a dinâmica nessas pautas pelos próximos três anos?
No final de agosto, a AGEBB foi convidada a participar de um café da manhã com o novo presidente do Economus (Frederico Queiroz Filho) e outras entidades, para tratarmos das questões do plano de saúde e da nossa previdência. Essa proximidade com a diretoria do Economus foi uma grande conquista para a AGEBB, pois nossa intenção sempre foi participar de forma positiva na solução do problema que surgiu em relação a esses dois temas (plano e previdência) quando da incorporação. Temos certeza que eles ainda irão avançar muito, mas sabemos também que não é uma questão tão fácil de se resolver. Porém, temos que tratá-los com a seriedade que merecem.
Já em relação a Cassi, acabamos de receber a confirmação de que a AGEBB terá dois representantes no Conselho de Usuários, o que nos ajudará a participar um pouco mais de perto de assuntos relevantes em relação a todos os funcionários do BB, sejam egressos ou originalmente do Banco do Brasil.
Já em relação a Previ, sempre tivemos um relacionamento muito próximo. Inclusive, participamos ativamente nas últimas três eleições daquela entidade. Além de termos participado da posse do atual presidente, sempre conversamos com a Paula Goto, uma das diretoras da Previ (e também nossa associada), para que possamos participar da solução de assuntos que são importantes a todos os funcionários do banco.
CONHEÇA OS ELEITOS
Chapa Integração e Valorização para Diretoria Executiva
A Previ vem se articulando com Abrapp e Anapar, entidades representativas dos participantes, como a Anabb, além de outros fundos de pensão para garantir a isenção de impostos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) na regulamentação da Reforma Tributária, que tramita no Congresso Nacional.
Na quarta-feira, 4/9, o diretor de Administração Márcio de Souza foi até Brasília para uma reunião com diversos parlamentares, entre eles o senador Jaques Wagner. Também estavam presentes o presidente da Abrapp, Jarbas de Biagi; o presidente da Anabb, Augusto Carvalho; Amarildo Vieira, presidente da Funpresp-JUD; e Cícero Dias, presidente da Funpresp-EXE. Esse foi um dos vários encontros que têm sido realizados e que continuarão a acontecer. O objetivo é explicar como funcionam as entidades fechadas de previdência complementar, na luta para garantir os direitos dos associados diante da Reforma Tributária.
Márcio e outros representantes conversaram sobre a importância do associativismo nos fundos de pensão: “Não visamos o lucro. Por isso, explicamos ao senador a estrutura de custeio para os planos e a gestão administrativa, mostrando como eles estão interligados. Quanto mais eficientes somos, mais recursos sobram na poupança previdenciária para melhoria de benefícios”.
Entenda o impacto da Reforma Tributária nos fundos de pensão
A regulamentação da Reforma Tributária, que cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), é objeto de dois Projetos de Lei Complementar (PLPs). O PLP 68 trata da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de caráter federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), para estados e municípios. Já o PLP 108, que cria o comitê gestor desses impostos e regulamenta o Imposto de Transmissão por Causa Morte e Doação.
Na votação do PLP 68, realizada na Câmara dos Deputados em julho, os associados das EFPCs obtiveram uma vitória, conforme noticiamos na matéria “Articulação da Previ com outras entidades mantém direito de fundos”. Em uma conquista importante, a isenção dos tributos IBS e CBS para os fundos de pensão foi garantida na regulamentação da Reforma Tributária.
O relatório final, aprovado pela Câmara dos Deputados, atendeu às reivindicações do sistema. Caso a incidência dos novos impostos IBS e CBS sobre as entidades fechadas fosse mantida, poderia haver desequilíbrios significativos na gestão dos planos e nos benefícios pagos aos participantes que poderiam ter uma redução em suas aposentadorias e pensões entre 4 e 12%, segundo estimativas da Abrapp. A luta, no entanto, não terminou.
O projeto ainda será discutido e votado também no Senado Federal, e a Previ segue determinada a garantir que as emendas sejam mantidas, para proteger efetivamente os recursos dos associados, que visam a formação de poupança para a garantia de uma aposentadoria digna.
PLP 108: não incidência de imposto de transmissão na poupança previdenciária
Já na votação da PLP 108, que regulamenta o Imposto de Transmissão por Causa Morte e Doação (ITCMD), o texto que passou pela Câmara dos Deputados dá à pensão por morte paga por uma EFPC o mesmo tratamento de uma herança em dinheiro. Isto é, o PLP 108 determina que herdeiros de associados de EFPCs deverão pagar o ITCMD no recebimento da pensão. Hoje, esse imposto não existe. A depender do valor, hoje só é cobrado de um pensionista o Imposto de Renda. A incidência de um novo imposto sobre as pensões traz prejuízos para os familiares dos trabalhadores associados das EFPCs.
Mas a situação ainda pode ser revertida na própria Câmara dos Deputados, que ainda vai apreciar as emendas ao PLP 108/24, ou na próxima instância, quando o PLP será votado no Senado. O trabalho que vem sendo do realizado pela Previ, junto com outras entidades do setor de previdência fechada, é para que familiares de trabalhadores que contribuem com os fundos de pensão não sejam prejudicados. Diretores da Previ estiveram presentes durante as duas votações, junto com representantes de outras entidades, como Anapar, Anabb e Abrapp. O objetivo foi mostrar como a taxação é equivocada, e sensibilizar deputados e senadores para que revejam o texto do PLP 108, garantindo direitos e evitando prejuízos para os associados de fundos de pensão.
Foi assinado na noite desta terça-feira, 10 de setembro, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos bancários e bancárias do Banco do Brasil, com validade até o dia 31 de agosto de 2026, conquistado no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024. O acordo preserva todos os direitos e traz novos avanços aos trabalhadores (veja no final da matéria).
O ACT foi conquistado após dez rodadas de negociação com o banco público e foi aprovado pelos trabalhadores do Banco do Brasil, da base do Sindicato, sócios e não sócios, com 51,35% de aprovação, em assembleia encerrada às 20h da última quinta, 5 de agosto. Na mesma assembleia, votada em separado, foi aprovada cláusula, com 56,86% dos votos, que inclui no ACT o regramento para desligamento motivado, oferecendo garantias de que o banco não poderá desligar o trabalhador por qualquer motivo e deverá assegurar o direito à defesa.
Nesta terça 10, também foi assinada a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária, que garantiu reajuste de 4,64% em 2024, o que representa aumento real (acima da inflação) de 0,90% nos salários, VA e VR, PLR e todas as demais verbas. Para 2025, o aumento real dos bancários também está garantido: 0,6% (reposição da inflação, medida pelo INPC, e mais 0,6% de ganho real) nos salários, VA e VR, PLR e todas as demais verbas.
“A renovação do nosso ACT é uma conquista da mobilização do funcionalismo do BB e da luta e organização do movimento sindical. Agradeço a cada colega pela participação durante toda a Campanha Nacional e na assembleia que aprovou o acordo, que traz importantes avanços nos nossos direitos”, diz o representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil), Antonio Netto.
“A negociação não se encerra aqui. Seguiremos juntos na luta permanente por melhores condições de trabalho, direitos e valorização do funcionalismo do Banco do Brasil”, acrescenta a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.
Confira abaixo os principais avanços conquistados no novo ACT dos funcionários do Banco do Brasil:
Elevação do teto da PLR
A partir da próxima PLR estará valendo a nova regra, com limite de sete salários por ano.
O BB se comprometeu a fazer o pagamento da antecipação da PLR após três dias úteis da assinatura do acordo.
Rede de negócios
Revisão dos cargos de assistente de negócios, supervisor de atendimento e caixas.
Serão abertas quatro mil vagas para nova função, com jornada de 6 horas e salário será maior que o dos caixas.
Os caixas serão priorizados na concorrência.
Serão criadas 2,7 mil vagas para o cargo de 8 horas, que terá salário superior ao de supervisor de atendimento.
Além disso, na rede de negócios, serão abertas 500 vagas de gerente de relacionamento.
Mais de 11 mil funcionários serão impactados pelo aumento salarial.
Rede de apoio
Aumento do valor de referência dos cargos de assistente júnior e assistente pleno.
Cerca de 4 mil funcionários serão impactados por este aumento.
Caixas
O BB assumiu o compromisso de manter a gratificação de caixa, até dezembro deste ano, para os agentes comerciais que vinham recebendo esta gratificação.
Os caixas serão priorizados nas concorrências para novas vagas de assistente de 6 horas e o salário da função será reajustado para valor superior ao atual (salário + gratificação) dos caixas.
Os caixas que continuarem na função seguem fazendo jus à gratificação.
Os caixas com mais 10 anos de função terão a gratificação incorporada.
O BB irá instituir um programa de qualificação para as novas funções.
Redução de jornada para pais e responsáveis por PCD
Redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários, pais e responsáveis por PCD, que cumprem 8 horas diárias.
Redução de 1 hora na jornada de trabalho para funcionários, pais e responsáveis por PCD, que cumprem 6 horas diárias.
Banco de horas negativas (Covid-19)
Anistia das horas para funcionários com 60 anos ou mais, funcionários afastados por licença saúde, pais de filhos com deficiência, e funcionários que faziam parte do grupo de risco da covid.
Para funcionários do grupo de risco, a anistia das horas dependerá de terem cumprido pelo menos 30% das horas até maio de 2025, quando se encerrou o acordo relacionado à pandemia.
Desligamento motivado
Inclusão no ACT das regras para desligamento motivado.
Funcionários oriundos de bancos incorporados
O BB se comprometeu a resolver as questões relacionadas à saúde e previdência dos funcionários oriundos dos bancos incorporados até 31 de julho de 2025.
Reuniões bipartites trimestrais serão realizadas para discutir o tema.
Teletrabalho nos escritórios de negócios
Dobrar a quantidade de escritórios que realizam TRI e assegurar que, a partir do final do ano, pelo menos um escritório em cada estado faça esse trabalho.
Plataforma Conexão
Todos que superarem seus indicadores receberão uma premiação. Caso essa regra estivesse em vigor no segundo semestre de 2023, cerca de 40 mil funcionários a mais teriam sido premiados.
Encarreiramento
Redução do prazo para a concorrência para 12 meses na nomeação de diversas funções na rede de varejo.
BB também irá retirar a trava de 10% de claros para casos de ascensão.
Praças de difícil provimento
Para incentivar a movimentação de funcionários para localidades de difícil provimento, o BB propõe um incentivo pecuniário por 12 meses, em valores crescentes.
Comitê de Ética Paritário
Comitê de Ética Paritário, com dois eleitos pelos funcionários e dois indicados pelo banco.
Vigilantes
Volta dos vigilantes, já em setembro, em todas as unidades de varejo, com numerário ou não.
Verba de viagens
O Banco do Brasil sugere elevar a verba destinada a viagens a serviço, com uma revisão bianual dos valores.
O Banco do Brasil, por meio do seu fundo de capital BB Ventures, fez novo aporte em uma empresa que atua no agronegócio brasileiro. O alvo da vez foi a IDGeo, startup que oferece serviços de análise de imagens via satélite. Foram R$ 6 milhões investidos na agtech, como são chamadas as empresas de tecnologia do setor.
A IDGeo foi fundada em 2016, em Piracicaba (SP), e é detentora de um sistema de análise de imagens via satélite para avaliar as condições do solo em grandes fazendas. Entre seus clientes, a agtech conta com a Ipiranga Agroindustrial, a Acelen Renováveis, a NTT DATA e a Bracell.
Conforme aponta a MSW Capital, gestora que administra o fundo corporate venture capital (CVC) do Banco do Brasil, a instituição procura por inovações tecnológicas no setor agrícola. A carteira já contava com ao menos três startups do setor: plataforma de gestão para pecuária de corte (iRancho), IA para produtos financeiros (traive) e uma especialista em bioinsumos para agricultura (Gênica).
Segundo a gestora, ainda faltava uma ferramenta que fizesse o monitoramento minucioso das áreas com um custo baixo. Para o BB, uma das vantagens do novo investimento é poder fazer o acompanhamento das lavouras que receberam seu crédito agrícola, entendendo qual é o avanço dessas plantações e quando esse dinheiro retornará para os cofres do banco.
Quais são os planos da agtech
Com o investimento do BB Ventures, a expectativa da startup é aumentar o número de clientes e crescer geograficamente, expandindo sua área de atuação, hoje concentrada em produções de cana-de-açúcar, grãos e florestas plantadas. O foco será conquistar o setor de risco agrícola e o de recuperação de pastagens degradadas.
O dinheiro também habilitará o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial proprietárias – que estão sendo testadas no Canadá. A IDGeo conta com parcerias de instituições como a Alberta Machine Institute Intelligence (AMII) e o Olds College para finalizar um modelo de IA para monitoramento do setor agrícola.
Com o aporte do BB Ventures, a agtech diz chegar a R$ 11 milhões recebidos em quatro rodadas de investimentos. Outras organizações que investiram na IDGeo foram o Grupo MT Grãos e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O Banco do Brasil lançou o Bilhete Unitário QR Code, uma nova modalidade de recarga de transporte público. A solução está disponível inicialmente para os clientes do BB que utilizam o sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (BA) e já está apta para contratação pelos demais municípios brasileiros.
A novidade permite que o correntista do BB compre um bilhete unitário, sem a necessidade de adquirir o cartão de transporte. Basta acessar o App BB, no menu: Serviços > Recargas > Cartão de Transporte e QR Code > Comprar Bilhete Unitário. A partir daí, o QR Code ficará disponível na tela do celular e será possível salvar ou compartilhar o QR Code, para ser utilizado off-line a qualquer momento na catraca do metrô de Salvador.
Essa inovação atende às necessidades de municípios com alta atratividade turística, como Salvador (BA), por considerar o número expressivo de turistas que utilizam o sistema de metrô de forma esporádica. “Oferecer soluções que consideram o interesse coletivo e buscam simplificar e facilitar a vida das pessoas está nos nossos valores. Entregar para nossos clientes uma nova funcionalidade que traz mais eficiência, usabilidade e segurança faz parte do nosso compromisso com a inovação e reforça nosso propósito de ser próximo e relevante na vida das pessoas”, afirma José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil.
Atualmente cerca de 400 mil pessoas são transportadas diariamente pelo Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas e poderão se beneficiar desta nova modalidade de recarga do transporte público.
O Bilhete Unitário QR Code do Banco do Brasil se soma a outras iniciativas inovadoras lançadas pela instituição nos últimos anos. Em 2016, em parceria com a SPTrans, o BB foi o primeiro banco a disponibilizar a opção de recarga do cartão de bilhete único de metrô, trem ou ônibus nos canais de autoatendimento. Dois anos depois, a recarga também passou a ser oferecida por meio do WhatsApp.
“Quer realizar? Então tá” é o que comunica o Banco do Brasil em sua nova campanha de crédito. Lançada nesta quarta-feira (11 de setembro), a comunicação visa informar de maneira atraente as diversas modalidades de crédito oferecidas pelo BB, com o objetivo de atender às necessidades reais dos consumidores, focando em objetivos concretos e palpáveis.
Com o conceito “Então tá”, a campanha criada pela WMcCann adota uma abordagem leve e a mensagem principal reforça que o BB oferece crédito para tudo o que o cliente possa imaginar, seja para pagar uma conta, fazer uma reforma, viajar com a família ou investir em seu futuro profissional. A campanha também faz um convite para que os consumidores tragam o seu salário para o BB, para que as condições sejam ainda melhores.
“Se o Banco do Brasil está aqui para tudo que você imaginar, ele também está disponível para oferecer a oportunidade de realizar seus objetivos. O propósito da campanha é encorajar os clientes a utilizarem o crédito de maneira consciente, como uma ferramenta para alcançar suas metas e superar desafios”, destaca Paula Sayão, diretora de marketing e comunicação do BB.
“Passamos a mensagem de confiança e simplicidade que o BB deseja transmitir para mostrar que créditos financeiros estão ao alcance de todos, de forma descomplicada. As peças mostram como o banco oferece soluções financeiras práticas para os planos do dia a dia. Toda essa comunicação embalada por uma linguagem de conteúdo conectada com o público jovem”, explica Patricia Andrade, VP executiva e diretora-geral da WMcCann Brasília.
Entre os argumentos utilizados na comunicação estão: vantagens atrativas do banco, como o convite aos consumidores de trazer o salário para ter empréstimo com cashback das parcelas, possibilidade de começar a pagar apenas em 2025, a simplicidade e praticidade do processo diretamente pelo App do BB, além de facilidades como a antecipação do décimo terceiro e do Imposto de Renda, e a portabilidade de crédito.
A mídia 360° conta com filmes de 30” e 15 “ em TV aberta com veiculação nacional, além de completa estratégia digital e em mídia exterior em diversas praças por todo o Brasil.
Na terça-feira (10/9), cerca de 380 novos empossados na Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil (Ditec/BB) foram apresentados ao CASSI Associados, o plano de saúde exclusivo dos funcionários BB. Divididos em grupos, todos puderam acompanhar a apresentação da CASSI, que aconteceu de forma presencial em Brasília, com transmissão para aqueles que tomaram posse em São Paulo.
O presidente da Caixa de Assistência, Cláudio Said, foi responsável por fazer a apresentação aos novos empossados. Ele apresentou as vantagens para os associados e familiares e destacou o atendimento das equipes multiprofissionais nas CliniCASSI. “Cada vez mais investimos em ações de promoção à saúde e prevenção de doenças. Nosso foco é na prevenção. Esse é o novo diferencial”, afirmou.
Na quarta-feira (11/9) a CASSI segue presente nos eventos de boas-vindas ao novos empossados do banco, com equipes em Brasília e São Paulo. Serão momentos para atender, conversar e tirar dúvidas com as equipes da CASSI.
A exposição Vila Velha, por Exemplo: 60 Anos de um Teatro do Brasil inicia temporada de visitação pública nesta sexta-feira, 13. Ocupando o salão principal do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador, a exposição é resultado de um esforço que reuniu farto material sobre a trajetória do Vila e a primeira do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Salvador. São fotos, cartazes, figurinos, vídeos, programas originais das produções, áudios e documentos variados que, juntos, contam uma história de arte e insurgência. A exposição é gratuita, tem temporada até o dia 8 de dezembro e pode ser conferida de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.
O patrocínio é do Banco do Brasil e Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, com apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural e Secretaria Estadual da Cultura. A produção é da Janela do Mundo com coprodução do Teatro Vila Velha.
O Teatro Vila Velha foi inaugurado em 31 de julho de 1964, após uma ampla campanha levada à frente pelo primeiro grupo profissional de teatro da Bahia, a Sociedade Teatro dos Novos. Espaço eclético da cultura nacional, trouxe ao palco, já na programação de estréia, a Batucada da Escola de Samba Juventude do Garcia e também os experimentos dos jovens Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé no show Nós, por Exemplo…
A exposição registra a trajetória do Vila Velha desde quando o teatro era um projeto, investigando as experiências que o transformaram em espaço das artes sintonizado com os grandes debates de seu tempo. Traz a história do Teatro dos Novos e do Teatro Livre da Bahia, grupos que tiveram João Augusto à frente até sua morte, em 1979. Inclusive dimensiona a figura do diretor, dramaturgo e professor João Augusto, um dos mais importantes nomes do teatro brasileiro. Faz isso contextualizando o Vila nos momentos históricos que atravessou, o que exige trazer à discussão personagens como, dentre outros, Edgard Santos, reitor da Universidade Federal da Bahia que criou a Escola de Teatro em 1955, e Eros Martim Gonçalves, seu primeiro diretor.
O engajamento do Vila na defesa das classes subalternizadas e das causas sociais ganha destaque na exposição. Os exemplos apresentados são variados. No ano de sua inauguração, encenou a peça sociopolítica Eles Não Usam Bleque-Tai, de Gianfrancesco Guarnieri, em plena implantação do regime militar, decisão ousada em tempos de repressão e violência contra os direitos civis e políticos.
Mais à frente, em 1968, ano em que foi decretado o mais tenebroso Ato Institucional do governo militar, o AI-5, outro atrevimento em meio ao medo que assolava a sociedade: o teatro abrigou artistas, jornalistas e membros da comunidade em protesto pela atuação truculenta da censura em ensaio aberto da peça Senhoritas, que seria encenada no Teatro Castro Alves e acabou interditada. Soma-se a isso a participação ativa no movimento pela Anistia, no final dos anos 1970, e seus desdobramentos, como ter sido o lugar escolhido para os julgamentos dos processos post mortem de Carlos Marighella e Glauber Rocha, absolvidos de crimes imputados pelo regime militar e cujas famílias, nas mesmas sessões, receberam pedidos formais de desculpas do Estado brasileiro.
Outro destaque no material disponibilizado é o período de reforma estrutural do teatro, que durou de 1994 a 1998 e trouxe ao Vila diversos artistas que nele iniciaram carreira, em campanha que gerou apresentações com rendas direcionadas para a reconstrução do prédio. Foram retornos cheios de emoção dos já àquela época nacionalmente reconhecidos Gil, Caetano, Bethânia, Tom Zé e também Daniela Mercury e Carlinhos Brown, dentre muitos outros.
Em sua composição, o Vila Velha, por Exemplo: 60 Anos de um Teatro do Brasil opta por, ao contar a trajetória do teatro e de seus personagens, contextualizar os momentos históricos desse percurso, inclusive o desenvolvimento urbano e evolução arquitetônica das cidades. Nesse entranhar de acontecimentos emergem produções feitas no teatro ou nele exibidas, projetos, ações de cidadania, enfrentamentos e posicionamentos, enfim, a história ativa e produtiva de um teatro que é baiano e cujas realizações reverberam pelo Brasil.
CURIOSIDADES RETIRADAS DA EXPOSIÇÃO:
A Sociedade Teatro dos Novos, criada em 1959, é o primeiro grupo profissional de teatro da Bahia. Com diversas iniciativas artísticas e campanhas, ergueu o Teatro Vila Velha, inaugurado em 1964;
A Sociedade Teatro dos Novos surge a partir de um grupo de alunos da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia que se rebelaram contra seu diretor e abandonaram o curso no último ano. Os alunos são Carlos Petrovich, Carmem Bittencourt, Echio Reis, Othon Bastos, Sonia Robatto e Tereza Sá. A eles somou-se o encenador e professor da Escola de Teatro, João Augusto;
O Teatro Vila Velha foi palco de shows inaugurais de vários artistas e grupos, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé, Novos Baianos, Camisa de Vênus, dentre outros. No que tange ao teatro e à dança, abrigou, além do Teatro dos Novos, vários outros coletivos, como Teatro Livre da Bahia, Viladança, Bando de Teatro Olodum, Cereus, VilaVox, Companhia Novos Novos e A Outra;
O Vila é o único teatro independente na Bahia que através de um grupo residente de dança, o Viladança, implementou políticas para o desenvolvimento da linguagem, desdobrando suas ações em residências, intercâmbios artísticos, projetos de experimentação e integração de diversos estilos, além de formação de plateia para a dança e criação de um longevo festival internacional, o Vivadança, que colocou a Bahia na rota de eventos culturais internacionais;
– Palco onde brilhou Lázaro Ramos em vários espetáculos do Bando de Teatro Olodum, assim como a cantora Virgínia Rodrigues, que encantou Caetano Veloso na montagem de Bai Bai Pelô, em 1994;
O Vila foi palco dos julgamentos pos mortem de Carlos Marighella e Glauber Rocha, sendo o lugar histórico onde o Estado brasileiro reconheceu a inocência e pediu perdão às famílias dos dois perseguidos políticos.
CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
Patrocinador da exposição Vila Velha, por Exemplo: 60 Anos de um Teatro do Brasil, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais gerida e mantida pelo Banco do Brasil, com o objetivo de valorizar a cultura e a diversidade brasileiras. Os CCBBs materializam as diretrizes culturais do Banco, de oferecer espaço a artistas e manifestações culturais que merecem maior representatividade no cenário nacional.
Presente no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, está em avançado processo de instalação de sua nova unidade em Salvador. Na capital baiana, passa a ocupar o Palácio da Aclamação, o histórico edifício que, como o Teatro Vila Velha, compartilha a área do Passeio Público, no bairro do Campo Grande.
Mesmo em período de reformas no Palácio da Aclamação para iniciar suas atividades no espaço, o CCBB já realiza intervenções culturais na cidade de Salvador. Nesse contexto, patrocina sua primeira exposição na Bahia, em projeto que dimensiona a importância do Teatro Vila Velha para o Brasil.
Ao realizar este projeto, o CCBB reafirma o compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e com a valorização da produção cultural nacional.
SERVIÇO
EXPOSIÇÃO: Vila Velha, por Exemplo: 60 Anos de um Teatro do Brasil TEMPORADA PARA VISITAÇÃO: 13 de setembro a 8 de dezembro de 2024, de terça a domingo, das 10h às 18h LOCAL: Museu de Arte Moderna (MAM), Avenida Contorno, Salvador VALOR: Gratuito PATROCINADOR: Banco do Brasil e MInistério da Cultura, através da Lei Rouanet
A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) disse em nota que houve uma menção errada ao fundo em acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU).
Mais cedo, o TCU negou uma representação solicitando que a Corte avaliasse a disputa judicial do grupo J&F, envolvendo em acordo de leniência de R$ 10,3 bilhões. O despacho cita que os valores eventualmente pagos pela iriam para “o BNDES, Caixa Econômica Federal, Funcef, Previ, União e ao FGTS”.
“A Previ esclarece que não possui investimentos em J&F e que é mencionada erroneamente no acórdão do TCU, que nomeia a Entidade como o ‘Fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras’. A Previ é a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil e não tem valores a receber neste acordo de leniência”, disse em nota.
A Seleção de Conselheiros é um instrumento de governança importante para a Previ, dado que os conselheiros indicados pela entidade exercem papel fundamental na disseminação das melhores práticas ambientais, sociais, de governança e integridade. O objetivo deste processo é fortalecer o ambiente de negócios no longo prazo, gerando melhores retornos financeiros e impactos positivos nas diversas dimensões da sustentabilidade.
Nos processos de seleção, a Previ busca implementar ações para ampliar a diversidade nos órgãos de governança, indo além da variedade de formações e experiências profissionais. A Seleção de Conselheiros 2025 vai seguir reforçando esse compromisso, incentivando a participação de candidatos pertencentes a grupos historicamente sub-representados e contemplando qualificações e trajetórias de carreira diversas na etapa de matching.
Caso tenha interesse em participar da Seleção de Conselheiros 2025, fique atento às notícias no site e nas redes sociais da Previ. O edital do processo será divulgado em breve e haverá mudanças!
Reúna a documentação
É imprescindível que os candidatos providenciem com antecedência os documentos que atestem as informações requisitadas no formulário de inscrição, tais como: comprovante de graduação completa, certificações e experiências profissionais.
Os documentos comprobatórios deverão ser enviados em formato PDF. Para o envio, recomendamos que cada arquivo seja digitalizado em escala de tons de cinza, com resolução de até 100 DPI e tamanho máximo de 1Mb. Para cada grupo de quesitos, o limite total, somando todos os comprovantes, é de 10Mb.
Os candidatos aposentados e da ativa participantes da Previ, associados ao Plano 1 ou ao Previ Futuro, ficam dispensados de enviar os documentos comprobatórios que possam ser consultados no currículo digital do Banco do Brasil ou nos sistemas da Entidade.
Acesso
Os candidatos externos que participaram de seleções anteriores, até o certame de 2023, e tenham interesse em participar da Seleção 2025, receberão, no e-mail cadastrado na Previ, a segunda via do login e senha. O envio será feito até a data de abertura do período de inscrições. Para os demais concorrentes, as orientações para acesso serão dadas na divulgação do edital, que ocorrerá em breve.
Para se informar sobre todos os detalhes da Seleção de Conselheiros 2025 e não perder nenhum prazo, acompanhe as notícias divulgadas nos canais de comunicação da Previ.
O Jornal O Globo publicou no dia 8/9, uma matéria que pretendia abordar a situação financeira dos fundos de pensão. Adotando a narrativa que já vem sendo utilizada pelo jornal, o texto alega “ingerência política” e “prejuízos” para criticar a gestão dos fundos de pensão de estatais. A matéria apresenta ainda um gráfico que compara fundos de empresas privadas com o de estatais para corroborar sua tese, o que pode induzir o leitor a uma interpretação equivocada. É fundamental esclarecer que os números apresentados na matéria não refletem a realidade financeira do setor de previdência fechada. Vamos aos fatos:
Diferentemente do que foi divulgado na reportagem, o setor de previdência fechada está em equilíbrio. De acordo com dados divulgado em relatórios de duas entidades diferentes – o Mistério da Previdência e a Abrapp – o resultado das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, em 2023, foi superavitário em R$ 14 bilhões.
Esse patamar foi o melhor resultado dos últimos 10 anos, como mostra o gráfico abaixo, que pode ser acessado diretamente no Relatório Gerencial da Previdência Complementar:
De acordo com a matéria do Globo, o déficit do setor seria de R$ 152,03 bilhões, em janeiro de 2024, e de R$ 34,81 bilhões, em abril. Os dados publicados pela Abrapp mostram que o resultado em janeiro foi positivo, de R$ 6,9 bilhões, e em abril foi deficitário em R$ 3,1 bilhões.
Apesar de o jornal ter afirmado na matéria que uma das fontes dos dados era a Previc, a instituição publicou um posicionamento na segunda-feira, 9/9, corrigindo os números que foram divulgados. Outra fonte citada na reportagem é a Abrapp, mas os números publicados pela instituição em seu Consolidado Estatístico também são diferentes.
Além de apresentar dados discrepantes sobre o resultado do setor, a matéria do Globo também trouxe informações imprecisas sobre a situação da Previ em relação à Sete Brasil. A Previ esclareceu, em 17/12/2020, que não teve prejuízos com o investimento, conforme divulgado no Comunicado sobre Sete Brasil, disponível em nosso site.
Em equilíbrio
Mesmo com os impactos e incertezas do cenário econômico enfrentados no primeiro semestre, o Plano 1 da Previ encerrou o mês de julho com desempenho positivo de 0,65% e superávit acumulado em R$ 3,02 bilhões. Veja a matéria Previ tem resultado positivo em julho.
A Previ fechou 2023 com um superávit acumulado de R$ 14,38 bilhões no Plano 1. Na época da divulgação, o presidente da Entidade, João Fukunaga, explicou como o resultado trouxe estabilidade para o plano: “Apesar da grande volatilidade do mercado, nós conseguimos um desempenho excepcional, garantindo um superávit. Importante destacar que esse resultado positivo se mantém na faixa de equilíbrio, proporcionando maior segurança para a Previ e os seus associados”.
Previ quer travar o bom debate
Desde a semana passada, a Previ vem publicando em seu site matérias que pretendem deixar clara a posição da Entidade: a defesa inegociável dos interesses de seus associados e o fortalecimento do setor de previdência complementar fechada. As matérias abordam temas como a marcação a mercado, que traz instabilidade aos fundos de pensão, os impactos da Resolução CMN 4994 e a proibição da compra de imóveis pelos fundos, que restringe a rentabilidade da carteira da Previ.
Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a precisão das informações, assim como com a missão da Previ, de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e seus familiares, de forma integral, segura e sustentável.
O Supremo Tribunal Federal (STF) validou, por 6 a 5, um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que obriga instituições financeiras a fornecer dados de clientes (tanto pessoas físicas como jurídicas) aos estados nas operações de recolhimento do ICMS por meios eletrônicos. O julgamento foi encerrado na sexta-feira, 6 de setembro, no plenário virtual.
Para a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif), que ajuizou a ação, a norma viola a garantia constitucional do sigilo bancário. “É razoável estabelecer que essa obrigação se impõe a pessoas físicas e jurídicas, mesmo que não inscritas no cadastro de ICMS?”, questionou o advogado da Consif, Fábio Quintas, em manifestação enviada à Corte.
Por outro lado, os Fiscos estaduais argumentam que o compartilhamento de dados é necessário para que o Estado possa cumprir seu dever de fiscalização e arrecadação.
Venceu a corrente proposta pela relatora, Cármen Lúcia, que votou para negar a ação do Consif. Para ela, não há quebra de sigilo porque a administração tributária dos Estados e do Distrito Federal tem o dever de proteger os dados das pessoas físicas e jurídicas e utilizá-los “de forma exclusiva para o exercício de suas competências fiscais”.
Ela foi seguida pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Flávio Dino, Dias Toffoli e Luiz Fux.
O ministro Gilmar Mendes abriu a divergência. Para ele, a regra do Confaz viola o sigilo bancário porque não há como assegurar o equilíbrio entre o poder de vigilância do Estado e os mecanismos de proteção da intimidade. Gilmar foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Luís Roberto Barroso
“Não se trata apenas de autorizar o Fisco a conhecer as operações financeiras dos contribuintes, mas de permitir que possa lançar mão desses dados para promover cruzamentos, averiguações e conferências com outros de que já dispõe e, ao fim, exigir os tributos que eventualmente tenham sido pagos a menor, se for o caso”, afirmou em seu voto.
Encerra na próxima segunda-feira, dia 9 de setembro, o prazo para o associado da AGEBB participar das Eleições 2024, que definem a diretoria e os novos membros dos conselhos Deliberativo e Fiscal da associação. A votação começou no último dia 2.
A frente da chapa Integração e Valorização, o atual presidente Adriano Domingos é candidato à reeleição. O grupo ainda tem os vices Denison Jordão Lima e Ronald Feres, que já ocupam o cargo no atual mandato.
Podem participar das Eleições AGEBB os associados em dia com suas obrigações com a associação. A votação ocorrerá através de cédula eletrônica e o participante deverá escolher 1 (uma) chapa para a Diretoria Executiva, 1 (um) candidato para o Conselho Deliberativo e 1 (um) candidato para o Conselho Fiscal. Cada eleitor registrará, obrigatoriamente, três votos no sistema eletrônico de votação (PARA VOTAR AGORA, CLIQUE AQUI).
Após o término das eleições, a chapa eleita definirá os nomes que vão compor as diretorias Jurídica, de Comunicação, Financeira, Administrativa, Patrimonial e a Social e de Eventos. A cerimônia de posse ocorrerá no dia 1º de outubro de 2024.
CONHEÇA OS CANDIDATOS
Chapa Integração e Valorização para Diretoria Executiva
Após seis meses de ausência, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) retornou com Banco do Brasil (BBAS3) na carteira para setembro. A companhia substituiu Stone (STOC31), recomendada desde abril, pelo banco.
Para os analistas do BTG, a ação ainda está com um valuation muito atrativo e um novo guidance divulgado no balanço do segundo trimestre de 2024 colaborou para a visão otimista sobre o banco.
“Como esperado, tanto a margem financeira quanto as provisões para perdas de crédito foram revisadas para cima, com impacto neutro no lucro líquido”, diz relatório.
Assim, a estimativa de lucro líquido ajustado foi mantida entre R$ 37 e R$ 40 bilhões, o que seria uma alta de 8% anual (assumindo o ponto médio do guidance).
Negociando a menos de 0,9 vezes o valor patrimonial mais recente, com um ROE (retorno sobre patrimônio) ainda acima de 20% e um dividend yield de aproximadamente 11% – somado ao atual cenário de capital saudável do banco – os analistas veem razões para manter a recomendação de compra.
Outra novidade foi a entrada no setor de varejo com a posição em Vivara (VIVA3). A companhia ingressou no lugar de Allos (ALOS3), com 10% de peso.
De acordo com o relatório do BTG, Vivara apresentou uma evolução na dinâmica dos lucros no segundo trimestre de 2024, com o preço atual da ação sendo negociado a 12 vezes o lucro estimado por ação para o ano de 2025.
Entretanto, a governança corporativa continua sendo a principal preocupação com a ação. Em meados de março, a companhia enfrentou uma queda significativa, quando Nelson Kaufman, fundador e maior acionista da empresa, foi aprovado como o novo CEO após a renúncia de Paulo Kruglensky.
“Após o anúncio, surgiram muitas dúvidas sobre a governança da empresa e possíveis mudanças em sua estratégia. Embora acreditemos que alguma incerteza persista no curto prazo após os eventos recentes e a troca de gestão no cargo de CEO, e reconhecemos que isso pode afastar alguns investidores, continuamos a ver fundamentos sólidos na tese de investimento”, escreveram.
Além do valuation atrativo e do múltiplo, os analistas também destacam que veem um crescimento consistente da receita líquida, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 18% em 4 anos.
O Banco do Brasil oficializa nesta quarta-feira, 4, em conjunto com outras empresas estatais federais, a adesão ao Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão (Pacto DEI). Coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), por meio da Secretaria de Governança das Estatais, o acordo tem como objetivo o aprimoramento de políticas públicas e implementação de ações afirmativas que promovam pluralidade nas empresas públicas. A cerimônia de assinatura acontece no auditório do Edifício Petrobras, em Brasília, com a presença de representantes do Governo Federal e das entidades signatárias.
Pelos termos do acordo, essas empresas se comprometem a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, impactando de forma positiva e significativa na vida das pessoas; promover o bem-estar das pessoas, criando melhores condições de trabalho, incluindo a preservação da saúde física e mental; combater qualquer tipo de discriminação, tendo o respeito e a valorização das diferenças como base de todas as relações; valorizar a cultura inclusiva, estabelecendo ambientes com segurança psicológica, além de fortalecer a cooperação na busca de soluções, otimizando esforços e recursos.
“A adesão ao Pacto DEI se soma a outras ações práticas que nos colocam como importante aliado na promoção de uma sociedade mais igualitária. Estamos orgulhosos de fazer parte deste movimento transformador. Mais uma vez reafirmamos nosso compromisso com a diversidade, questão central da nossa estratégia, e que tem demonstrado impacto positivo para clientes, funcionários, fornecedores e demais parceiros estratégicos, contribuindo para a inclusão financeira e a geração de trabalho e renda” afirma Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil.
Diversidade no BB
O Banco do Brasil é embaixador de três movimentos ligados ao Pacto Global das Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, e que promovem ações de equidade racial e de gênero, trabalho decente e crescimento econômico: Elas Lideram 2030, Raça é Prioridade e Salário Digno.
No ano passado, o BB instituiu o Programa de Diversidade e o Comitê Estratégico de Pessoas, Equidade e Diversidade, fórum deliberativo interno multidisciplinar, que concretiza iniciativas em prol da diversidade e de avanços quanto ao tema em processos internos e ações mercadológicas. O Comitê integra funcionários de diversos níveis hierárquicos para dar foco, apoiar a gestão e avançar as questões que envolvem diversidade, equidade, inclusão e pertencimento.
Recentemente, o BB renovou seus 12 Compromissos BB 2030 para uma Mundo + Sustentável, que abrange temas como diversidade, com o objetivo de alcançar 30% de mulheres em cargos de liderança até 2025 e 30% de pretos, pardos, indígenas e outras etnias sub-representadas em cargos de liderança até 2025.
Este ano, o Banco também assinou os termos de compromisso da 7ª Edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado pelo Ministério das Mulheres em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, Ministério do Trabalho e Emprego, ONU Mulheres e Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que visa fomentar práticas de equidade de gênero e raça na cultura organizacional de corporações, com foco nas áreas de gestão e recursos humanos.
Além disso, o BB é a empresa com maior peso no IDiversa, sendo selecionado para compor o primeiro índice latino-americano da B3 pelo segundo ano consecutivo. O iDiversa reconhece companhias com ações de destaque em diversidade de raça e gênero. O BB é a empresa com maior peso neste índice.
O Banco do Brasil anunciou no dia 30 de agosto a indicação de Alberto Martinhago Vieira como novo diretor de Agronegócios e Agricultura Familiar, em substituição a Everton Luís Kapfenberger, que renunciou ao cargo.
Desde maio de 2023, Alberto Martinhago é diretor Comercial Alto Varejo do Banco do Brasil, sendo funcionário de carreira do BB há 24 anos. É graduado em Administração de Empresas pela Fundação Educacional Barriga Verde. Possui Especialização em Gestão da Experiência do Consumidor pela ESPM, MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria pela FGV e participou do Programa de Gestão Avançada da ISE Business School.
Em 2022 ocupou a posição de gerente geral da Unidade de Clientes MPE. Antes disso, atuou nas áreas de negócio, tática e estratégica dos mercados de Pessoa Física, Agro, Jurídica e Governo. Foi qualificado pelo Programa de Ascensão de Executivos do BB em 2017 e tornou-se executivo na Diretoria de Varejo do Sudeste em 2018. Também atuou como superintendente regional de Pessoa Jurídica e superintendente de Pessoa Física e Jurídica no Alto Varejo. Alberto também é Conselheiro Fiscal da Cassi e Conselheiro da BB Consórcios S.A.