Investimentos em empresas ESG crescem 98,7% no Banco do Brasil

Publicado em: 23/05/2022

A preocupação com a sustentabilidade do planeta, realmente, invadiu o mercado financeiro. Ficou evidente na primeira coletiva de imprensa presencial pós-pandemia do Banco do Brasil, promovida nesta quinta-feira (12.mai) em São Paulo (SP).

A sigla ESG (inglês) ou ASG (português), que indica negócios que respeitam o meio ambiente, tem impacto social positivo e gestão humanizada, foi a linha de investimento com o maior crescimento do ano passado para cá. Na comparação entres os meses de março, alta de 98,7%. Mais de R$ 9,2 bilhões foram ofertados só em março desse ano. No mercado financeiro, a carteira de negócios considerados sustentáveis existem há 15 anos. Só que nunca chamaram tanta atenção como agora.

Outra prova disso está na bolsa de valores. Pela primeira vez, a B3 viu o seu indicador geral, o Ibovespa, crescer menos do que um indicador nichado. Desde que foi criado, em 2006, o Índice de Sustentabilidade (ISE) cresceu 276%. Nesse mesmo período, o Ibovespa avançou 255%. Desde que a covid-19 se espalhou pelo mundo, a discussão sobre nossa forma de viver também tomou proporções mundiais.

Tanto pela economia, que se mostrou mais frágil do que imaginávamos, com empresas falindo no primeiro mês de lockdown, quanto pela exploração dos recursos naturais, que revelou o novo coronavírus. Os índices já existentes e a criação de outros para mensurar o quanto as empresas são responsáveis, forçou empresários a adequarem os negócios. Ao mesmo tempo, garantiu que vale a pena investir nessas empresas, porque vão resistir melhor às crises e tem mais chances de prosperar no futuro.

Pronto, foi o suficiente para investidores mudaram suas rotas. “É que um caminho sustentável tem muito mais chances de levar o dinheiro a um destino seguro”, analisa o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro. Além da linhas de investimentos, a Carteira de Negócios Sustentáveis da instituição movimentou R$ 289,4 bilhões no mês de março, aumento de 10,8% na comparação com o mesmo mês de 2021.

No início do ano, o Banco do Brasil criou ainda um Social Bond, para vender títulos de dívidas de empresas – como o nome diz – de cunho social. A captação de recursos já ultrapassa os R$ 2,5 milhões. Significa que, se há muito tempo esses empreendimentos esperavam pelo milagre da aparição de um investidor corajoso, interessado em recuperar contas negativas, agora elas estão entre aqueles negócios encarados pelos mais pacientes, porque o retorno pode demorar um pouco mais, entretanto, acontece. “A princípio, são papéis que podem render menos, mas o investidor que também está interessado em ser ASG, não se importa em receber um pouco menos no curto prazo”, explica Fausto, dando a entender que no médio e no longo prazo esses negócio podem render igual o mais.

O Banco do Brasil também anunciou a criação da Cédula de Produto Rural – Preservação. Uma linha de crédito que leva em conta o quanto um negócio agro é sustentável antes de aprovar o financiamento. As condições de pagamento e as taxas devem ser mais atrativas para quem preserva o planeta para as próximas gerações.

Fonte: SBT News

Banco do Brasil lança fundo de ações ESG com foco no mercado brasileiro

Publicado em: 11/06/2021

Os investimentos com foco na temática ESG ou ASG (Ambiental, Social, Governança) têm ganhado cada vez mais importância no mundo e no mercado financeiro brasileiro. O mais novo produto por aqui é o BB Ações ASG Brasil, fundo de gestão ativa da gestora do Banco do Brasil, a BB DTVM.

O objetivo do novo produto é escolher, no mercado de empresas brasileiras, as comprometidas com critérios ASG. A escolha dos papéis para compor o portfólio é ativa, ou seja, é feita por um time que analisa as empresas e, então, decide quais têm potenciais de ganhos futuro.

Contudo, há dois filtros prévios: só são analisadas as empresas que façam parte da composição do índice S&P/B3 Brasil ESG da B3 e ser signatário do Pacto Global, programa de sustentabilidade corporativa da ONU (Organização das Nações Unidas).

A meta é superar o índice S&P/B3 Brasil ESG (índice de referência) seja pelo posicionamento em setor com cenário favorável, seja por bons fundamentos corporativos das empresas escolhidas.

“Acreditamos que a incorporação de critérios ASG deve impactar muito positivamente o valor que agregamos aos nossos milhões de cotistas. Nosso objetivo com esse lançamento é disponibilizar mais uma alternativa da gestora do banco para diversificação, possibilitando aos investidores a alocação em ações de empresas que adotem boas práticas de sustentabilidade, em setores como varejo, indústria, financeiro, siderurgia, e-commerce, energia, entre outros”, afirma Julio Vezzaro, Diretor Comercial e de Produtos da BB DTVM.

O investimento inicial é de R$ 0,01. O BB Ações ASG Brasil tem taxa de administração de 1% ao ano, com taxa de performance de 20% sobre o que exceder S&P/ B3 Brasil ESG.

“O fundo Ações ASG Brasil vem completar nosso portfólio de fundos com a temática, que já conta com diversos outros produtos. O objetivo é oferecer a todos os nossos investidores o acesso a mercados diferenciados e que estejam em linha com o que há de tendência no mundo”, diz Guilherme Rossi, responsável pela Unidade Captação e Investimentos do BB.

A gestora do banco já tem em seu portfólio de produtos ESG outros cinco opções: BB Ações Equidade, BB Ações ESG Globais BDR Nível I, BB Ações Governança, BB Ações Sustentabilidade e BB MM LP Global Vita Private.

A BB DTVM é signatária do PRI (Princípios de Investimento Responsável) desde 2010. Em 2016, aderiu ao Código Amec de Princípios e Deveres dos Investidores Institucionais – Stewardship. Em 2018 assinou o Women’s Empowerment Principals (Princípios de Empoderamento das Mulheres – WEPs). No ano passado, 2020, adotou a Diretriz de Investimento Responsável, que orienta a gestora nos critérios e procedimentos que devem ser utilizados para assegurar as melhores práticas no emprego do investimento responsável, incluindo os processos para avaliar, selecionar e engajar as companhias, considerando aspectos ESG.

Fonte: Valor Investe