Cidade de Candiota perde o status de agência do Banco do Brasil

Publicado em: 20/05/2021

Desde o último dia 5 de maio que o Banco do Brasil de Candiota não tem mais o status de agência bancária. O município conquistou a agência do maior banco do país em 2009, depois de uma longa negociação, que havia se arrastado por alguns anos. Em 2021, a agência completaria 12 anos de existência.

Segundo a assessoria de Comunicação do banco, a agência candiotense passou a ser uma loja, não tendo apenas o atendimento de caixa (guichê) feito fisicamente por uma pessoa. “A Loja BB é uma tipologia inovadora de unidade própria do Banco do Brasil. Opera normalmente com numerário, realizando todas as transações de uma agência, especialmente saques de contas-correntes, poupança e benefícios INSS, além de estar apta a seguir realizando pagamentos, depósitos em dinheiro e negócios, tais como crédito, crédito consignado, abertura de contas, crédito agrícola (Pronaf), atendendo programas sociais, dentre outros. Tudo de maneira moderna, por meio de terminais que realizam o depósito de forma imediata (online). Desta forma, os clientes e usuários continuarão sendo atendidos e terão suas demandas e necessidades supridas”, assinala a nota enviada pela assessoria.

O atendimento presencial para abertura de contas e demais serviços segue acontecendo, entretanto, as transações financeiras, com exceção de troca de cheques, são todas feitas nos terminais eletrônicos, que na última semana foram substituídos. “O banco avalia constantemente suas unidades de negócios em relação ao desempenho financeiro de cada ponto, o potencial de negócios, o volume de utilização do ponto pelos clientes, a proximidade com outros pontos do BB e as características dos imóveis. O objetivo é trazer mais eficiência à rede de atendimento do banco, propiciando recursos para abertura das unidades de atendimento especializado e buscando melhorar a experiência do cliente”, destacou outro trecho da nota enviada.

Fonte: Tribuna do Pampa

 

Agência do Banco do Brasil em cidade cearense de Ipueiras é reinaugurada

Publicado em: 13/03/2019

A agência do Banco do Brasil do município de Ipueiras, foi reinaugurada na manhã desta terça-feira (12). A agência estava desativada há um ano e sete meses, após ser explodida por criminosos.

Desde a ação criminosa, as solicitações para agilizar a reforma foram pautas da gestão do prefeito Nenem do Cazuza. O gestor relatou com muita indignação a ação criminosa dos bandidos quando sitiaram a cidade e atacaram a agência do BB. Em seu discurso, Nenem destacou a parceria do governo municipal com a instituição e parabenizou toda a equipe da agência de Ipueiras, destaque para a gerente, Elionara Pereira pelo seus esforços em reativar os trabalhos do banco no município. “Estamos felizes por trazer de volta o Banco do Brasil que vai favorecer os moradores, comerciantes”, reforçou.

Em clima de muito contentamento, os serviços de atendimentos à população e caixas eletrônicos foram retomados já nesta terça-feira (12). Na ocasião, foi realizado a assinatura do convênio da folha de pagamentos da prefeitura municipal de Ipueiras.

Ao longo do período que a agência esteve desativada, a gerência local do BB disponibilizou atendimento em uma sala no prédio da prefeitura, onde os moradores puderam efetuar algumas transações bancárias com comodidade e praticidade.

A solenidade de reinauguração contou com a presença do superintendente de Varejo Ceará, Fábio Alexandre Pereira, superintendente Regional de Sobral, Celso Hidekikaku, gerente da agência, Elionara Pereira Costa, pároco de Ipueiras, padre Denilson Pereira,secretários municipais, vereadores, prefeito Nenem do Cazuza e da primeira Dama Ana Tereza.

Fonte: Prefeitura Municipal de Ipueiras

Como é viver numa cidade sem agência bancária

Publicado em: 18/07/2018

Depois do terror, a realidade. A cidade de Surubim, no Agreste, a 119 quilômetros do Recife, passou pelo trauma de ter agências bancárias explodidas por ação violenta dos bandidos. Foi na última terça-feira (10), quando cerca de 50 homens, armados e encapuzados, investiram de madrugada contra quatro, das cinco agências bancárias da cidade. Passado o pânico, ficam os transtornos para os moradores e o prejuízo para o comércio. Com os bancos fora de operação, a vida nas cidades do interior muda bastante.

É o caso de Riacho da Almas, pequena cidade do Agreste, vizinha a Surubim, e distante 136 quilômetros do Recife. Há quase três anos, o Banco do Brasil, única agência bancária da cidade, fechou as portas, depois de ter o cofre explodido em um assalto violento que destruiu parte do prédio onde a agência funcionava. O banco já havia sofrido outros ataques com explosivos. O prefeito de Riacho da Almas, Mário Mota (PSB), conta que esteve por três vezes na Superintendência do Banco do Brasil no Recife, e uma vez na sede, em Brasília, tentando fazer com que o Banco do Brasil não deixasse a cidade. A maior parte dos 3.204 aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS residentes no município recebiam seus pagamentos na agência. Os 700 funcionários da Prefeitura também eram pagos por lá.

O banco concordou apenas em colocar em operação um posto de atendimento, em substituição à agência. Mario Mota conta que cedeu uma das salas da prefeitura. “Reformamos o local e entregamos as chaves. O banco levou seis meses para se instalar. Depois de aberto, o posto só funcionou dois meses”, lamentou o prefeito. Todas as contas foram transferidas para o BB de Caruaru, a 22 quilômetros de Riacho das Almas. O resultado pôde ser visto no comércio da cidade. Hoje, Riacho das Almas conta apenas com um miniposto do Bradesco com um caixa eletrônico, e uma casa lotérica e três correspondentes bancários onde podem ser feitos pagamentos de contas e boletos de até, no máximo, R$ 1 mil.

AGÊNCIA BANCÁRIA

Luiz Filipe Melo, dono da Panificadora São Severino, afirmou que o movimento no comércio nunca mais foi o mesmo. “Caiu uns 40%. Alguns comerciantes novos, gente que abriu lanchonete, restaurante… fechou as portas. Ficaram os mais antigos, que tem empresa familiar ou não pagam aluguel”. Filipe explica ainda que o dinheiro deixou de circular na cidade porque boa parte da população, de 20 mil habitantes, segundo o IBGE, mora na Zona Rural. “Esse povo antes recebia o dinheiro na cidade e gastava aqui mesmo. Agora, como precisam ir para Caruaru, fazem as compras por lá e nem entram mais em Riacho”, diz Filipe.

Para não ter que se deslocar até Caruaru, a aposentada Jalva Maria da Silva, 70 anos, transferiu a aposentadoria dela do Banco do Brasil para o Bradesco. Ela passou a receber o salário através de um lojista que funciona como correspondente bancário na cidade. Mas o que deveria facilitar a vida da aposentada se transformou em outro transtorno. “Eu só posso receber se o dono da loja tiver dinheiro no caixa dele pra pagar. Então eu tenho que esperar que ele apure o suficiente para fazer os pagamentos. Ás vezes preciso voltar durante vários dias até receber”, queixa-se a aposentada.

NÚMEROS

Somente este ano, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco contabiliza 103 ataques a instituições bancárias em 25 municípios (veja mapa). Em 2017 foram 185 investidas. O levantamento inclui ainda assaltos a carros-forte, arrombamentos e estelionato. O Agreste é a região onde os bandidos mais atuam. Foram 46 ocorrências este ano (até 11 de julho). É exatamente o dobro do registrado no Sertão e na Região Metropolitana do Recife (23 ocorrências cada). Os bandidos não fazem distinção entre bancos públicos ou privados mas, segundo os números fornecidos pelo Sindicato dos Bancários, o Banco do Brasil é o segundo em investidas de bandidos, com 22 ataques este ano, ficando atrás apenas do Bradesco, com 23 ocorrências. No caso do Banco do Brasil, as consequências sociais são mais impactantes pois o banco detém a conta de grande número de aposentados e funcionários públicos.

O Banco do Brasil informou, através de nota, que teve várias agências comprometidas em razão das ações criminosas ao longo dos últimos anos, inclusive as que estavam em fase final de obras de recomposição. “Esses eventos têm levado a contingenciamentos, suspensão temporária ou mesmo definitiva do atendimento em alguns municípios do país”, diz o comunicado. A assessoria de imprensa do banco comunicou ainda que, em Pernambuco, ocorreram 103 ataques em dependências da instituição desde maio do ano passado. Sem especificar números ou locais, o texto diz que “várias delas já estão em recomposição e muitas concluídas”. Em relação aos clientes de Riacho das Almas, o BB informou que eles contam com canais alternativos de autoatendimento, como o site www.bb.com.br, o aplicativo para utilização em celulares e tablets, casas lotéricas, Banco Postal e a rede de correspondentes, esses últimos para saques e consulta a saldos e extratos, recebimento de benefício (apenas no correspondente Mais BB) e pagamento de contas.

JUSTIÇA

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Defensoria Pública do Estado têm atuado para amenizar os estragos econômicos e sociais provocados pelo fechamento de agências no interior. Os órgãos promovem reuniões entre representantes dos bancos e prefeituras, onde são fechados acordos através de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), ou, em último caso, com abertura de ações civis públicas. As decisões, dadas pela Justiça em caráter liminar, estão sujeitas a recursos que, na prática, acabam adiando a reabertura das agências.

O subdefensor geral da Defensoria Pública, Henrique Seixas diz que o órgão analisa a situação de cada cidade e, quando constata que não foram oferecidas alternativas para atendimento da população, é feita a ação na Justiça. “Se não me engano fizemos 11 ações. Em Macaparana, Poção e Orocó houve a decisão de reabertura”. Henrique Seixas explica que as ações pedem a reabertura das agências mas os serviços que serão ofertados dependem da realidade de cada localidade. “No caso de Surubim, por exemplo, vamos analisar se houve prejuízo de movimentação financeira. Claro, os prejuízos para a economia local já existem, mas precisamos ver se há alternativas como, por exemplo, outro banco que possa suprir as necessidades ou oferta de correspondentes bancários. Não adianta fazer de imediato porque ela não reflete a realidade”, concluiu Seixas.

A Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, do MPPE, Liliane Rocha, diz que a questão é complexa. “É preciso haver um pacto, pois a solução envolve vários atores. É preciso sentar e conversar, a judicialização é o último recurso, embora o Ministério Público tenha movido ações neste sentido”, explica. Através das ações do MPPE foram determinadas as reaberturas de agências em Vertentes, Santa Maria do Cambucá e Petrolândia, mas ainda cabem recursos. Liliane Rocha disse ainda que o MPPE vai cobrar dos bancos o cumprimento da lei 13.654 de 23/04/2018, que obriga as instituições financeiras a instalarem equipamentos que inutilizam com tinta as cédulas dos caixas eletrônicos em caso de explosão ou arrombamento. A promotora diz que desde 2011 o órgão tem ação contra os bancos do Estado pelo cumprimento de normas de segurança. “É importante que a população denuncie as dificuldades para dar mais legitimidade as ações dos órgãos de defesa do consumidor”, diz a promotora. O MPPE informou através da assessoria que também participa do Pacto Pela Vida e fiscaliza a política de segurança pública do Estado.

Fonte: Portal JC Online

Agências bancárias vão mudar modo de operação, afirmam instituições financeiras

Publicado em: 29/06/2017

Atualmente, o Brasil possui 1 milhão de contas digitais, abertas sem contato presencial entre cliente e instituições bancárias. A expectativa é que até o final do ano esse número triplique para 3, 3 milhões. No entanto, isso não quer dizer que as agências físicas vão deixar de existir, mas elas devem mudar de perfil, como defende o gerente-executivo da Plataforma Digital do Banco do Brasil, Fernando Amaral.

Só no Banco do Brasil, quatro dias úteis de transações pelo mobile e internet neste ano correspondem a todo ano de operações em 2014. “Temos 35 mil agências espalhadas no país e elas continuam desempenhando um papel fundamental. Elas ainda são um canal de relacionamento entre o banco e o cliente. Elas vão passar a ser um diferencial, na comparação com as agências digitais e irão se tornar pontos de referência para as instituições financeiras”, analisa.

O diretor-executivo do Bradesco, Luca Cavalcante, concorda. “O humano é imprescindível em nossas agências e na implantação de nossos projetos. O digital vem completar isso no formato que cabe a ele. A agência física vai continuar mantendo a presença da marca”.

O banco vai conquistar o cliente não somente pelas melhores taxas de juros ou de serviços, mas pela melhor experiência, como acrescenta o diretor de Canais Digitais do Banco Santander, Cassius Schymura. “Quem vai ganhar o jogo é aquele que dominar a melhor jornada do cliente de forma mais simples, ágil, com menos burocracia e mais soluções integradas com velocidade e segurança”, destaca.

MOBILE BANK É O CANAL DIGITAL PREFERIDO DOS BRASILEIROS

A última vez que o aposentado Abadia Ribeiro se recorda de ter ido há uma agência foi no início do ano passado para assinar a proposta de contratação e um investimento. O que não quer dizer, no entanto, que ele deixa de acessar os canais de atendimento do banco várias vezes por dia.

“A mobilidade dos bancos via internet facilita muito a vida do cliente que não precisa mais perder tempo em fila esperando para ser atendido”, afirma. O que ele pode resolver pelo celular, ele faz. “Faço tudo pelo aplicativo e realmente só passei a ir na agência, caso precise assinar algum documento”.

A relação entre os bancos e clientes como Abadia é cada vez mais digital. Isto porque, atualmente, de acordo com dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), 9,5 milhões de brasileiros utilizam o mobile em pelo menos 80% das transações bancárias, desde uma simples consulta de saque a contratação de uma linha de crédito, tudo é resolvido por um aplicativo de smartphone.

Nos últimos três anos, o uso da plataforma quase quadruplicou, passando de 10% para 34% em 2016, ao movimentar 21,9 bilhões de transações, crescimento 96% em relação ao ano anterior. O aumento do uso da tecnologia levou os bancos a investirem mais também no processo de digitalização dos serviços e do atendimento, quando nem mesmo o cenário recessivo impediu que as instituições financeiras gastassem no último ano, R$ 18,5 bilhões em tecnologia da informação, como assegura o diretor de Tecnologia e Automação bancária da Febraban, Gustavo Fosse.

“Com a popularização do smartphone, hoje eu não preciso digitar mais código de barra, por exemplo, se quiser pagar uma conta. A usabilidade do smartphone também contribuiu muito para a digitalização dos canais de atendimento dos bancos. Esta tecnologia permitiu que a experiência com o banco fosse boa. Nós hoje temos várias operações que no mobile a usabilidade é muito melhor”, explica.

Ainda de acordo com Fosse, quanto mais digital o banco se torna, mais rápida a resposta. “Antes do smartphone, nós começamos com transações por SMS, basicamente para saldo. Eram pouquíssimas transações e ninguém usava porque o SMS era caro. Aqueles celulares não conectavam no wifi e tinha que usar dados, que também eram muito caros. Foi o smartphone que permitiu esta transformação e a melhoria na experiência de se relacionar com banco”.

Antes o gasto médio para analisar uma proposta de crédito podia chegar a 90 dias. “Não precisa mais esperar para aprovar credito. Hoje você tem um crédito pré-aprovado e o dinheiro cai de imediato na conta. É o tempo de resposta que acaba agregando na experiência do cliente”, acrescenta.

A repórter viajou a convite do Ciab Febraban

Fonte: Correio da Bahia