Agricultores catarinenses buscam renegociação de dívidas com o BB

Publicado em: 24/03/2021

Acumulando prejuízos causados pela estiagem prolongada e pela cigarrinha do milho, os produtores rurais de Santa Catarina solicitam ao Governo Federal a prorrogação de dívidas vencidas e vincendas em 2021. O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, apresentará a pauta de reivindicações do setor à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante reunião em Brasília nesta segunda-feira, 22.

“Os agricultores de Santa Catarina passam por dificuldades devido à estiagem que se prolonga, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste, somadas aos prejuízos deixados pela cigarrinha do milho. Nossa intenção é buscar alternativas para que os produtores possam continuar trabalhando, investindo e gerando riqueza para Santa Catarina”, destaca Altair Silva.

Neste sábado, 20, o secretário da Agricultura participou de encontro virtual com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) e com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal, para alinhar a pauta de reivindicações e de que forma o Governo do Estado pode auxiliar nas tratativas com o Governo Federal.

Entre as maiores demandas do setor produtivo estão a renegociação de dívidas do Plano Safra, a liberação de mais recursos para investimentos e medidas para apoiar os produtores de leite de Santa Catarina. Segundo o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, além da prorrogação de dívidas que já venceram ou que vencerão este ano, os agricultores pedem ainda a liberação de mais recursos para investimentos.

“Queremos essa atenção especial do Governo Federal para garantir que as dívidas, que o agricultor tem junto ao Banco do Brasil, possam ser prorrogadas para a última parcela do investimento, mantendo os mesmos juros. Estamos esperando também um recurso emergencial de R$ 30 mil com taxa de juros de 2.5% para os agricultores atingidos pela estiagem, com dez anos para pagar e rebate de 20% para quem pagar em dia. É interessante um novo recurso e não aquele já disponível pelo Plano Safra 2020/21”, explica José Walter Dresch.

Durante a reunião virtual, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro de Natal, reforçou que o parlamento será parceiro na busca de apoio para os agricultores afetados pela estiagem. “Nossa preocupação com a situação da estiagem no Oeste do Estado é constante. Trabalhamos em ações que busquem ajudar nossos agricultores em épocas difíceis. Vamos encaminhar, em nome da Assembleia Legislativa, um ofício à ministra da Agricultura endossando a necessidade de uma atenção maior por parte do Governo Federal à nossa região”.

Quebra na safra de milho em Santa Catarina

Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), a safra de milho em Santa Catarina terá uma quebra de 28,4% em relação à estimativa inicial, fechando em 2,07 milhões de toneladas. A estiagem prolongada em 2020 e a cigarrinha do milho causaram a perda de aproximadamente 800 mil toneladas do grão nas lavouras do estado, principalmente no Oeste e Extremo Oeste.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural

BB foca em agricultores com máquinas antigas para evitar colapso nas vendas

Publicado em: 26/03/2020

O Banco do Brasil traçou uma nova estratégia para amenizar a queda nos negócios e a cautela dos agricultores diante do coronavírus. A partir de abril, a ideia é contatar quem comprou máquinas há mais de oito anos e, em tese, precisa renovar a frota.

“Vamos analisar o cadastro dos nossos produtores rurais e ver há quanto tempo eles adquiriram os equipamentos. Se há uma nova máquina com mais tecnologia e que aumente a produtividade, vamos começar a ofertar crédito. É uma forma de manter esse mercado funcionando”, diz o vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil, João Rabelo.

Na quarta-feira (19), o Banco do Brasil anunciou R$ 100 bilhões em crédito para movimentar na economia devido ao coronavírus. Do total, R$ 25 bilhões são para o agro: R$ 15 bilhões para financiar a produção agropecuária, R$ 5 bilhões para reforçar as linhas de comercialização, R$ 3 bilhões para capital de giro e R$ 2 bilhões para investimentos.

Uma das preocupações do banco é que, com o adiamento de feiras agrícolas, a demanda por crédito para comprar máquinas caia bruscamente.

Os seis maiores eventos ainda não realizados no ano – Tecnoshow Comigo, Agrishow, AgroBrasília, ExpoLondrina, Bahia FarmShow e ExpoInter – faturaram R$ 12,6 bilhões em 2019. Destes, só Bahia FarmShow e ExpoInter não foram adiadas.

Outra estratégia do Banco do Brasil é reduzir a burocracia na análise da tomada de crédito. Há dois anos, a instituição vem testando a análise virtual dos pedidos de financiamento. Agora, a ideia é que o produtor faça o pedido à distância e o documento seja enviado da concessionária ao banco virtualmente.

Comercialização e investimento

Dos R$ 25 bilhões em crédito oferecidos pelo Banco do Brasil ao setor rural, R$ 5 bilhões para financiar a estocagem de alimentos e comercializar produtos já estão disponíveis para avicultores, pecuaristas e produtores de grãos. A linha tem taxa de 7,4% ao ano.

Já no caso dos R$ 2 bilhões em investimentos, duas linhas de financiamento, com taxa de 8,5% para o pagamento em cinco anos e de 9% para quitação entre cinco e oito anos, são destinadas para modernização das propriedades, sistemas de irrigação, melhoramento de solo, agricultura de baixo carbono e implantação de energia solar.

Fonte: Globo Rural

Justiça obriga BB a alongar dívida milionária de agricultores de MT

Publicado em: 12/12/2019


Um grupo de agricultores de Mato Grosso conseguiu que a Justiça obrigasse o Banco do Brasil a incluir suas dívidas em um programa de composição de débitos rurais. A ação, que corre na Segunda Vara de São José do Rio Claro (MT), foi movida pelo advogado Cleverson Campos Contó, que também conseguiu suspender cerca de 40 ações de cobrança e execução vinculadas à dívida.

A dívida dos produtores rurais com o banco se deu por meio de um empréstimo feito para financiar suas atividades agrícolas. No entanto, o grupo não conseguiu quitar o compromisso, deixando uma pequena parcela em aberto e ficando inadimplentes.

Nos cálculos do banco, essa dívida seria de R$ 40 milhões. Eles chegaram a ajuizar diversas ações contra os agricultores. No entanto, o advogado conseguiu provar na Justiça, com perícias e novos cálculos, que o débito girava em torno de R$ 8,5 milhões.

Para honrar o compromisso, o grupo pediu que o banco incluísse sua dívida em um programa de compensação de dívidas rurais do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa foi criado justamente para ajudar os produtores a liquidarem seus débitos por meio do alongamento do prazo para pagamento: três anos de carência e até 144 meses para liquidação.

Mesmo com os agricultores preenchendo os requisitos necessários para entrar no programa, o banco negou o pedido.

O advogado destacou que a negativa se deu porque a instituição financeira estaria priorizando seu interesse e ignorando sua função social. Isso porque haveria um interesse do Banco do Brasil em repassar o débito dos produtores para outros bancos, garantindo lucro financeiro para si.

Contó lembrou ainda que o alongamento da dívida é um direito do produtor rural, conforme súmula do Superior Tribunal de Justiça. Além disso, o advogado frisou que no banco há programas de renegociação de dívidas e que o princípio da isonomia determina que todos os clientes tenham o mesmo tratamento.

“Diante de tamanho descaso, tamanha usura e discrepância de valores, não restou outra opção senão a busca da intervenção do Poder Judiciário”, explicou.

O advogado ainda observou que a dívida tem como garantia diversos imóveis, que somam o valor de R$ 100 milhões – muito acima do valor devido ao banco. Para Contó, poderiam haver danos irreparáveis caso houvesse decisão por alienação judicial dos bens dos agricultores em alguma das ações movidas pelo banco.

Fonte: O Bom Notícia

BB lança gerenciador para produtores

Publicado em: 17/08/2017


O Banco do Brasil anunciou uma nova ferramenta para facilitar a vida dos produtores rurais na safra 2017/2018. Os clientes do campo passam a ter à sua disposição o Gerenciador Financeiro Produtor Rural. O recurso está disponível no site do BB aos clientes rurais pessoas físicas.

Como os clientes rurais possuem características semelhantes à de uma empresa, a nova ferramenta permite que o produtor rural administre os negócios, com aplicativos úteis para a gestão, sabendo a melhor hora de comprar insumos, plantar, colher e vender. Conta também com soluções gerenciais, como folha de pagamento, emissão de boletos de cobrança, delegação de atribuições a colaboradores para movimentação de conta corrente e realização de operações bancárias.

O sistema ainda permite o cadastro de representantes (prepostos), nomeados por meio de procuração, e que terão acesso a certas transações, além de usuário para atuar apenas como “secretário financeiro”, sem a possibilidade de movimentar a conta. Os acessos e as senhas serão diferentes.

O Gerenciador Financeiro Produtor Rural tem grande parte das funcionalidades que já existem no Gerenciador Financeiro para as empresas e pode ser acessado pelo internet banking Pessoa Física. Os limites transacionais no Gerenciador Financeiro Produtor Rural são os mesmos definidos para o cliente no internet banking Pessoa Física. Saiba mais em http://bit.ly/2uGXRh0.

Fonte: Portal DBO

CNA pede ao BB rapidez na renegociação de dívidas de produtores

Publicado em: 02/02/2017


São Paulo, 26 – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu urgência ao Banco do Brasil (BB) no processo de liquidação de dívidas dos produtores rurais do Nordeste, informou nesta quinta-feira, 26, em nota, a CNA. Normas aprovadas no fim de 2016, contidas na Lei 13.340 e no Decreto 8.929, autorizam o banco a liquidar os débitos dos agricultores sob a área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela seca, em operações contratadas até 31 de dezembro de 2011.

Ainda conforme a CNA, o que falta para a efetivação da operação é o BB adequar o programa de informática do banco à legislação em vigor, incluindo a relação integral dos produtores e a totalidade dos seus débitos para que se possa efetivar a renegociação dos contratos. “Com a renegociação, os agricultores nordestinos poderão obter descontos de 5% até 95% em seus débitos, dependendo do contrato”, diz a CNA.

“No caso do Banco do Nordeste, a instituição já iniciou as operações e tem renegociado e liquidado as dívidas dos agricultores nordestinos afetados pela seca nos últimos 5 anos”, informou a CNA.

Fonte: Dinheiro Rural