Uso do celular por clientes triplica em cinco anos e muda cara e desafios dos bancos

Publicado em: 04/07/2025

Desde 2020, o número de transações bancárias feitas pelos brasileiros por meio dos aplicativos dos bancos aumentou três vezes, de acordo com dados de pesquisa de tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Deloitte. A fatia do mobile no total passou de 51% para 75% até o ano passado. Com a transição, mudaram a cara e os desafios dos bancos, que precisam se adaptar a uma realidade em que a competição passa a ser com todos os demais aplicativos que estão na tela do smartphone.

A pandemia de covid-19, em 2020, foi o catalisador de uma tendência que era visível nos anos anteriores. Entre 2015 e 2019, saiu de 20% para 44% o total de transações feitas através dos aplicativos de banco, tomando espaço tanto do internet banking quanto do atendimento nas agências. No ano passado, estes canais responderam por 7% e por 2% das operações, respectivamente.

O diretor de Tecnologia do Banco do Brasil e responsável pela pesquisa por parte da Febraban, Rodrigo Mulinari, afirma que o perfil de uso mudou: os clientes deixaram de usar o aplicativo apenas para a consulta de saldos e passaram a movimentar dinheiro por meio dele. E isso também mudou a oferta de produtos e serviços que os bancos fazem.

“Os aplicativos eram muito reativos, mas agora eles se ativam. Quando o cliente entra, recebe uma informação sobre algo que tem de fazer, como um pagamento, ou uma dica sobre a vida financeira”, diz o executivo. “Mudou muito a forma como fazemos o aplicativo e como fazemos as ofertas.”

Nos bancos, produtos antes considerados de agência têm crescido no digital. No Bradesco, o volume de créditos liberados para pessoas físicas via aplicativo cresceu 22% entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, ajudando a elevar para R$ 35 bilhões a concessão via canais digitais como um todo.

“Temos 99% das transações no canal digital, é um número muito alto”, diz a diretora de tecnologia da instituição, Cíntia Scovine Barcelos. “O meio físico tem sido cada vez mais para negócio, e o cliente tem sido cada vez mais servido pelos meios digitais.”

O sócio da Bain & Company e especialista em serviços financeiros, Thiago Delfino, afirma que a relação dos brasileiros com as empresas através do celular nasceu da ampla utilização dos smartphones, o mesmo fenômeno que deu origem a bancos digitais como Nubank, PicPay, Inter e C6. No entanto, não é só com eles que os grandes bancos competem.

“O brasileiro escolhe de forma muito criteriosa quais aplicativos vai manter no celular, porque boa parte não tem celulares com muita memória”, diz. “Além disso, tem de ser muito fácil de usar, porque marcas como Google, iFood e as redes sociais ensinaram e acostumaram o brasileiro a um certo patamar de experiência.”

Transição

Para fazer frente a essa competição, não basta colocar tudo o que os bancos oferecem dentro do celular. Junto com fatores como segurança e quantidade de produtos, as instituições precisam tornar o uso das plataformas mais fácil, o que significa que todo mínimo movimento do cliente nos aplicativos é medido e avaliado para entender o que falta melhorar.

O Itaú, por exemplo, criou linguagens padronizadas de desenvolvimento. O objetivo é tornar os produtos e serviços claros o suficiente para que o autosserviço seja eficaz, e também aproveitar o maior volume de dados que a interação digital gera. O cliente do banco acessa o app mais de uma vez por dia, e esse número de acessos aumentou 26% entre maio do ano passado e o mesmo mês deste ano.

“Quanto mais o cliente acessa e usa, melhor o conhecemos. A nossa capacidade de individualizar a conversa é muito maior”, afirma o diretor de Negócios, Plataformas e Experiências Digitais do banco, João Araújo. Segundo ele, é possível fazer ofertas mais específicas, o que inclui passar à frente de um produto ou serviço avisos de que alguma conta ou boleto está para vencer.

Em média, o brasileiro acessa o aplicativo do banco 55 vezes por mês, segundo a pesquisa da Febraban. Essa frequência de uso, bem maior que a vista na época em que as agências eram o principal canal, demanda que os bancos estejam disponíveis todos os dias, 24 horas. Para dar suporte a essa estrutura, o setor espera investir R$ 47,8 bilhões em tecnologia este ano, 13% a mais que em 2024.

A próxima parada é a adoção mais ampla da inteligência artificial generativa. O Bradesco inseriu a tecnologia na BIA, assistente virtual do banco, e lançou a nova versão para 4 milhões de clientes. Além disso, deve lançar em breve um “Pix inteligente”, que faz transferências através de comandos como os de voz. Tecnologia similar já tem sido oferecida por outros bancos, entre eles o Itaú.

Fonte: Invest Talk

Banco do Brasil anuncia três novas soluções em APIs

Publicado em: 29/07/2022


O Banco do Brasil segue avançando no desenvolvimento de APIs. Desde o final de junho, três novas soluções estão disponíveis no Portal do Desenvolvedor. A API de Validação de Contas, a API BB Pay e a API Login BB.

A API de Validação de Contas permite verificar se determinada conta corrente do BB está ativa ou não. Também permite verificar se o CPF/CNPJ informado pertence ao titular da conta. Assim, uma empresa pode validar os dados bancários de um fornecedor, por exemplo, antes de realizar um pagamento ou transferência.

Já a API BB Pay é uma solução que permite o recebimento de valores por intermédio de diversos meios de pagamento, simplificando a conciliação destes para o recebedor. Ao se integrar com o BB Pay, o cliente pode habilitar qualquer um deles para disponibilizá-los a um cliente (pagador), conforme a necessidade de seu negócio e da venda em questão.

Um exemplo de uso é para lojas que vendem online. O BB Pay oferece uma integração que permite à empresa oferecer um ambiente seguro de pagamento, para o pagador e para si. No momento, há opção de pagar com Pix. Em breve serão disponibilizadas as opções de boleto e cartão de crédito.

Por fim, a API Login BB possibilita que clientes do Banco acessem serviços em sites e aplicativos de parceiros utilizando as credenciais do BB (agência, conta e senha). É uma solução que já é utilizada no portal gov.br, por exemplo, agora aberta e disponível no Portal Developers BB.

Conexão com 10 mil clientes

Além das novidades tecnológicas, o Banco alcançou a marca de 10 mil clientes integrados, entre empresas e entes públicos, um ano e meio após o lançamento do Portal do Desenvolvedor. São mais de 20 mil desenvolvedores cadastrados desde dezembro de 2020.

Atualmente, o Banco do Brasil disponibiliza oito APIs no Portal do Desenvolvedor:

• Cobrança: solução que permite receber valores por meio da apresentação de boletos de pagamento, emitidos pelo beneficiário ao pagador/devedor.
• Pix: possibilita que o usuário recebedor possa automatizar sua interação com o Banco do Brasil, a fim de receber e gerenciar transações Pix. O usuário recebedor poderá, via API Pix BB, gerar QR Code de cobrança para pagamentos e verificar a liquidação desses pagamentos, entre outras possibilidades.
• Arrecadação Integrada ao Pix: permite o recebimento de valores relativos à prestação de serviços (água, luz etc.), impostos, taxas e contribuições de melhoria, por meio do Pix (QR Code) atrelado ao código de barra de guia não compensável. Tem como foco concessionárias de serviços públicos (saneamento, energia elétrica, telefonia e gás) e entes públicos de todas as esferas
• Autorização de Débito Automático: permite receber valores recorrentes – mensalidades, anuidades – referentes a bens adquiridos, e/ou serviços prestados.
• Pagamentos em Lote: é um conjunto de serviços que viabiliza, de forma automatizada, o pagamento de diversas contas em um único processo.
• Validação de Contas: solução que permite verificar se determinada conta corrente está ativa ou não. Além disso, também permite verificar se o CPF/CNPJ informado pertence ao titular da conta informada.
• BB Pay: é uma solução que permite o recebimento de valores por intermédio de diversos meios de pagamento. Ao se integrar com o BB Pay, o cliente pode disponibilizá-los ao pagador, conforme a necessidade do negócio e da venda em questão.
• Login BB: solução que permite fazer login em outros apps ou serviços a partir da impostação de dados como: número de agência, conta e senha eletrônica.

Fonte: Banco do Brasil

BB lança novas ferramentas em portal que cria soluções para empresas

Publicado em: 22/07/2022


O Banco do Brasil lançou em junho três novas soluções no Portal do Desenvolvedor, um site da instituição que permite, no âmbito do Open Finance, a criação por empresas e governos de ferramentas para auxiliar suas atividades.

Conforme antecipou o BB ao Broadcast, as novidades são as APIs (interfaces de comunicação) de Validação de Contas, BB Pay e Login BB. No âmbito do Open Finance, as APIs são os veículos que permitem a transferência de dados dos clientes entre as instituições. No portal do BB, os desenvolvedores de softwares e aplicativos podem usar as APIs para criar ferramentas e funcionalidades que se integrem ao ecossistema financeiro via Open Finance.

Em relação às novidades, a API de Validação de Contas permite verificar se determinada conta corrente do BB está ativa e se o CPF/CNPJ informado pertence ao titular da conta. “Assim, uma empresa pode validar os dados bancários de um fornecedor, por exemplo, antes de realizar um pagamento ou transferência”, exemplifica o banco.

Já a API BB Pay é uma solução que permite o recebimento de valores por meio de diversos meios de pagamento, simplificando a conciliação dos recursos para o recebedor. Por exemplo, uma loja que vende online pode usar a API para criar um ambiente seguro de pagamento para seus clientes, com a integração de formas de pagamento. No momento, há opção de pagar com Pix, mas o BB afirma que em breve serão disponibilizadas as opções de boleto e cartão de crédito.

Segundo o banco, podem empregar esta categoria de recebimento negócios representados por uma pessoa jurídica, seja indústria, comércio, prestação de serviço ou agronegócio, seja governo. Já a API Login BB possibilita que clientes do banco acessem serviços em sites e aplicativos de parceiros utilizando as credenciais do BB (agência, conta e senha).

Com as novidades, o portal conta agora com oito APIs. Já estavam disponíveis as soluções de cobrança, Pix, arrecadação integrada ao Pix, autorização de débito automático e pagamentos em lote.

Em junho, o Portal do Desenvolvedor tinha 10.597 clientes integrados, entre empresas e entes públicos, um aumento de mais de 4.600% ante dezembro de 2020 (223), quando passou por uma reformulação.

Fonte: EInvestidor Estadão

Bancos tradicionais precisam melhorar jornada nos apps para não perder mercado

Publicado em: 18/03/2022


Atualmente, há duas experiências bem diferentes em aplicativos de bancos. Em fintechs como o Nubank, por exemplo, há pouca oferta de produtos, mas os usuários têm muitos incentivos a monitorar suas contas diariamente. Já nos apps de bancos tradicionais, como Itaú, Caixa e Santander, muitos produtos estão disponíveis. Porém, o acesso não é muito intuitivo, tampouco agradável.

Assim, uma vez que os bancos digitais estão com cada vez mais serviços financeiros, os bancos tradicionais precisam melhores seu sistema dentro dos apps, para não acabar perdendo relevância no mercado.

Dessa forma, enquanto entrar no aplicativo de bancos como o Nubank e acessar algum serviço é algo feito com seis toques no celular, no app do Itaú, o maior banco privado do Brasil, leva muito mais de 27 toques. Este fato foi revelado por Federico de Simoni, diretor regional da Flybits para a América Latina para o site Valor.

Simoni ressalta que as plataformas digitais incentivam os usuários a voltarem ao app na busca por novidades ou para checar uma notificação, enquanto grandes bancos não.

Na opinião do especialista, o cenário brasileiro, marcado pela alta presença de smartphones e o grande número de pessoas desbancarizadas, gera o ambiente ideal para neobanks e fintechs se desenvolverem. Nesse sentido, os bancos tradicionais precisam melhorar e aprimorar as jornadas dentro de seus aplicativos, se não quiserem continuar perdendo para as instituições concorrentes.

Por fim, Simoni recomenda que aos bancos que uma das formas de se diferenciar no mercado brasileiro seria unir diversos serviços. Ou seja, disponibilizar na plataforma do banco a opção de fazer reservas em hotéis, por exemplo, ou de unir informações para trazer a melhor promoção para cada cliente.

Dessa forma, os aplicativos ofertariam um produto realmente personalizado. Portanto, esta solução tornaria a relação mais interessante para o usuário.

Fonte: Seu Crédito Digital