Crédito concedido por bancos deve crescer 12,6% este ano, estima BC

Publicado em: 01/10/2021

O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 12,6% este ano, de acordo com o Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (30) em Brasília. O resultado vem do crescimento de 16,2% no crédito para famílias e de 8% para pessoas jurídicas.

A estimativa é maior do que a observada no relatório anterior, de 11,1%. “O aumento decorre de surpresas positivas nos últimos três meses nos saldos de pessoa física, em linha com a recuperação da mobilidade e o avanço da vacinação”, diz o relatório.

As modalidades de crédito pessoa física com recursos livres tiveram a variação do saldo revisada de 14% para 18% e as com recursos direcionados de 13% para 14%. Nos financiamentos às empresas, as projeções foram mantidas, de crescimento de 13% com recursos livres e de estabilidade nos direcionados.

O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Análise

De acordo com o BC, o crescimento relativamente mais elevado para as famílias reflete a perspectiva de gradual melhora no mercado de trabalho. Nos dados do mercado de crédito bancário destacam-se as trajetórias do cartão de crédito à vista e do crédito pessoal não consignado. Os financiamentos imobiliários também continuaram impulsionando o crescimento do saldo do crédito pessoa física, entretanto, a elevação em curso das taxas de juros contribui para atenuar o crescimento das novas contratações de crédito imobiliário.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, elevou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista para a política monetária para conter o avanço da inflação. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

No segmento de pessoas jurídicas, as empresas de maior porte devem continuar a buscar fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário doméstico, como captações no exterior e emissões de títulos de dívida, que tiveram aumento relevante nos últimos meses.

“Esse movimento contribui para arrefecer a demanda por crédito bancário pessoa jurídica. Adicionalmente, a menor expansão do crédito esperada também decorre de um processo de normalização da alavancagem das empresas, em especial daquelas que aumentaram seus financiamentos nos momentos mais críticos da crise sanitária em 2020 e 2021 por motivos precaucionais”, diz o relatório.

Segundo o BC, no crédito direcionado para as empresas, a amortização gradual dos programas emergenciais de crédito deve contribuir para essa desaceleração na carteira de pessoa jurídica, mesmo com a nova rodada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), iniciada em julho.

Para 2022, a projeção é de 8,5% do estoque de crédito, uma desaceleração que se aplica tanto a pessoas físicas (11,1%) como jurídicas (5%). “Essa menor taxa de expansão do crédito nominal decorre do menor ritmo de crescimento esperado da atividade econômica e do ciclo atual de aperto monetário”, diz o relatório. “Em conjunto, as projeções de crescimento do estoque total de crédito para 2021 e 2022 indicam gradual desaceleração em comparação a 2020 e trajetória mais equilibrada de endividamento das empresas.”

Em 2020, o saldo do crédito cresceu 15,6%, com alta de 11,2% para famílias e 21,8% para empresas.

Fonte: Agência Brasil

BB revela as vantagens do novo cartão de crédito Ourocard Fácil

Publicado em: 28/06/2018

O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira dia 14 de junho, a liberação do cartão de crédito Ourocard para não correntistas, mesmo que não tenha uma conta bancária no Banco do Brasil a pessoa poderá obter um cartão. Além de anunciar também, a possível isenção da tarifa de anuidade.

Vantagens e desvantagens do novo Cartão de crédito

Cartão sem anuidade para desbancar a Nubank acaba de ser criado pelo Banco do Brasil. O cartão estará disponível tanto para correntista quanto para não correntista do Banco do Brasil. De fato o cartão terá uma anuidade de R$ 60 a ser cobrada em 12 parcelas de R$ 5. Quando o cliente gastar ao menos r$ 100 em um mês essa parcela mensal não será cobrada.

Trocando em miúdos, se você gastar pelo menos R$ 100 todo mês no cartão do Banco do Brasil você não pagar anuidade, nesse aspecto o cartão é semelhante ao Santander Free.

Como faço para aderir o novo cartão de Crédito Ourocard Fácil

Você solicita o cartão por aplicativo de celular, manda foto do seu documento de identidade, e aguarda avaliação do banco. Logo que estiver aprovado, você terá o aplicativo, enquanto o cartão físico chegar.

Iniciou-se recentemente o movimento de vários grandes bancos do país, afim de contratar a ofensiva ‘fintechs’, que agora tem permissão para atuarem no setor de crédito sem intermediação de bancos.
Para quem é melhor direcionado o novo cartão de crédito do BB

“O público-alvo do produto são consumidores que precisam de um cartão para atender às suas necessidades de crédito, não usam os benefícios de um programa de recompensas tradicional e não querem pagar anuidade”, afirmou a entidade em nota.

Cartão para não correntista do BB

O pronunciamento sobre o novo cartão de crédito do Banco do Brasil apenas confirmou que a imprensa já havia revelado no mês de abril, quando Marcelo Labuto (vice-presidente de negócios de varejo do banco) disse à Reuters (agência de notícias), que o do Banco do Brasil iria fazer cartões de créditos nesta modalidade iniciativa vem com esforços para ampliar a presença na área para níveis mais similares de que se tem no mercado de crédito.

“Vamos ter um produto condizente com os oferecidos por plataformas hoje no mercado”, disse, Marcelo Labuto à Reuters , relatando que o Banco do Brasil tem hoje, cerca de 16,5 milhões de cartões de crédito ativos.

Cartão Nubank atingiu a marca de 4 milhões de clientes

Um dos cartões que mais despertam interesse ao consumidor nos dias atuais é o da plataforma de cartões no ‘Nubank’ que já atingiu a marca de 4.000.000 de clientes, esses dados são de Maio deste ano, pois a entidade não cobra tarifas. A única tarifa existentes no Nubank é para quem aderir ao programa de benefícios Nubank Rewards, segundo consta no site oficial.

Fonte: Diário Prime

Inadimplência assustou os bancos, que agora estão mais rigorosos, diz BB

Publicado em: 07/06/2018

O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirmou que o salto de inadimplência na recente crise que o País enfrentou “assustou” os bancos, que ficaram mais rigorosos para emprestar. O ativo fundamental para a retomada do crédito, conforme ele, é exatamente a confiança que precisa continuar aumentando.

“Os bancos se assustaram. Nunca tínhamos passado por um volume de inadimplência como o que vimos durante a crise passada. Muitos bancos deixaram de conceder crédito nesse período crise. A retomada exige a volta da confiança no crédito”, ressaltou Caffarelli, no Fórum de Investimentos Brasil 2018.

Como exemplo, ele citou as micro, pequenas e médias empresas. Embora este público tenha sido um dos mais impactados na crise político-econômica que o País viveu uma vez que é menos resiliente frente a grandes grupos, já gera uma safra melhor de crédito ao banco. “A safra de crédito para as MPEs no ano passado foi a melhor na história do banco”, disse o executivo.

De acordo com Caffarelli, a retomada do crédito está em discussão e vai acontecer em meio à melhora da demanda. Ele ressaltou ainda que os bancos não podem estar ao lado das empresas apenas nos momentos bons, mas também em ambientes mais difíceis. “Faz parte do negócio. Risco faz parte da atividade bancária”, destacou ele.

Não deu certo

Ele disse também que ainda há uma “significativa” diferença de spreads (diferença de quanto um banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar) nas instituições financeiras de controle estatal como herança da influência do governo no mercado de crédito. Reforçou ainda que essa intervenção “não deu certo”.

Segundo o presidente do BB, há competição significativa no setor bancário no Brasil não só com os bancos pares, bem como fintechs e cooperativas de crédito.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

BB renegocia dívidas de crédito imobiliário no DF

Publicado em: 20/07/2017

Clientes do Banco do Brasil no Distrito Federal, exclusivamente pessoas físicas, poderão renegociar dívidas em atraso a partir desta semana. Os interessados devem comparecer às agências do BB no DF portando documento de identificação oficial com foto (RG, CNH ou passaporte) e comprovante de renda atualizado. A ação acontece até o final do mês.

O atendimento é realizado por funcionários especializados, permitindo a renegociação de suas dívidas do Minha Casa Minha Vida, em condições especiais.

Condições facilitadas

A depender de cada caso, clientes com dívidas em atraso de até seis meses, conseguem repactuar dívidas até mesmo sem entrada. Já para operações inadimplentes já a mais de 180 dias, após avaliação, é possível realizar repactuação de dívidas com entrada a partir de R$ 600.

Portal Banco do Brasil

Microcrédito sofre recuo pelo segundo ano consecutivo

Publicado em: 26/12/2016

Em tempos de crise, com aumento do desemprego, muitos brasileiros passaram a empreender por necessidade, ou seja, buscaram alternativas para geração de renda. Entretanto, o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) desacelerou este ano.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de janeiro a junho foram atendidos 2,3 milhões donos de pequenos negócios e concedidos R$ 4,6 bilhões. Ao longo de 2015, o microcrédito havia contemplado 5,2 milhões de clientes com a liberação de R$ 11,1 bilhões. Na avaliação de Almir da Costa Pereira, presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), a projeção para 2016 é de um resultado inferior ao registrado no ano passado. O volume ofertado já havia encolhido 4,6% em 2015 na comparação com 2014.

O cenário de pouca atividade e baixa confiança inibe a tomada de crédito. “Os microempreendedores atuam nos bairros onde vivem e sentem os efeitos do desemprego e da queda da renda. Isso desestimula”, comenta Pereira. Por outro lado, prevalece um clima de aversão a riscos pelas instituições financeiras e entidades que atuam no setor, que estão mais criteriosas nas avaliações dos clientes. Outro aspecto é que fontes de recursos (funding) não têm avançado, segundo o presidente da Abcred.

“Essa situação tem que mudar para que o microcrédito se torne mais representativo nos próximos anos”, afirma. Atualmente, as operações de microcrédito no Brasil correspondem a somente 0,2% do crédito total do sistema financeiro. O dinheiro para as operações dessa modalidade é proveniente do Fundo de Amparo ao Trabalhador, BNDES e de 2% dos depósitos compulsórios à vista junto ao Banco Central, a chamada exigibilidade. A despeito das dificuldades atuais, o segmento de microcrédito tem alto potencial, destaca Almir Pereira.

Para mudar essa realidade, o governo federal anunciou, este mês, no pacote de medidas para aquecer a economia brasileira que irá ampliar o limite de enquadramento das empresas no programa de Microcrédito Produtivo Orientado. O máximo do faturamento anual que é de R$ 120 mil passará para R$ 200 mil. O teto de cada operação aumentará de R$ 15 mil para R$ 21 mil.

Por enquanto, não há informações mais detalhadas sobre como se dará o incremento do funding. “Sabemos que a concorrência vai aumentar”, afirma Marcos Holanda, presidente do Banco do Nordeste (BNB). A instituição mantém o Crediamigo, o maior Programa de Microcrédito Produtivo Orientado da América do Sul. Ele defende que a porcentagem dos compulsórios destinada ao microcrédito aumente no país, superando os atuais 2%.

De janeiro a novembro, o Banco do Nordeste realizou 3,7 milhões de operações a dois milhões de empreendedores e os valores contratados somaram R$ 7,1 bilhões. O valor médio desses empréstimos foi de R$ 2,2 mil e as taxas de juros variaram de 1,5% a 2% ao mês. “Apesar do cenário adverso da economia, este ano, vamos nos aproximar do resultado de 2015, de R$ 8,1 bilhões”, afirma Holanda.

Em seu planejamento para 2017, o Banco do Nordeste trabalha para ampliar em 50% a sua base de clientes, isto é, chegar a três milhões. O foco será prestar atendimento nos Estados do Ceará, Bahia e Pernambuco, onde a demanda é elevada. “Temos um grande desafio operacional pela frente. Estamos investindo em tecnologias e em mais agentes”, diz Holanda.

O programa de microcrédito do Banco do Brasil (BB) desembolsou este ano, de janeiro ao início de dezembro, R$ 798 milhões em 352 mil operações. O tíquete médio dos financiamentos foi de R$ 2,3 mil e a taxa de 2,95% ao mês. De acordo com João Pinto Rabelo Júnior, diretor de governo do BB, em 2016 o valor de fechamento será menor do que o registrado em 2015, que foi de R$ 1,2 bilhão.

O executivo destaca que essa queda se deve à retração da economia. Diversos empreendedores, por necessidade, investiram recursos próprios, com receio de se endividar diante da demanda fraca. Outro movimento é que ao longo deste ano, 123 mil empreendedores, clientes do BB, conseguiram desenvolver suas atividades e migraram do microcrédito para outras linhas de financiamento, contratando valores maiores. Além da atuação por intermédio de agências, o BB atua no microcrédito por meio da parceria estratégica com a Movera desde 2015. “A Movera está ganhando velocidade após ter passado por uma fase de testes e ajustes”, afirma João Pinto Rabelo Júnior.

A estratégia é prestar atendimento à população não bancarizada. Por meio de uma conta pré­paga, operada diretamente do celular, os empreendedores podem acessar o crédito, sem que precisem abrir uma conta corrente. A Movera já tem 18 unidades espalhadas pelo país, a maioria no Nordeste, e em 2016 desembolsou R$ 16,7 milhões em 13 mil operações. O valor médio dos empréstimos foi de R$ 1,3 mil e a taxa praticada é de 2,8% ao mês. A meta da Movera é atender 60 mil clientes em 2017.

Fonte: Valor Econômico