Uma questão de preço: o desafio de Bradesco e BB para fechar o capital da Cielo

Publicado em: 09/02/2024

Em um movimento que era esperado pelo mercado, a proposta de fechar o capital da Cielo por Bradesco e Banco do Brasil, que controlam a empresa, pode enfrentar resistência por conta de um fator: o preço.

Bradesco e Banco do Brasil estão oferecendo pagar R$ 5,35 por ação, um prêmio de 6% em relação ao preço de tela. Se avançar, o BB ficaria com 49,99% do capital da Cielo. E o Bradesco com o restante.

Diversos relatórios que analisaram a Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações da Cielo, que foi anunciada na noite de segunda-feira, 5 de fevereiro, consideraram o prêmio que Bradesco e Banco do Brasil querem pagar baixo. Em seis meses, a ação subiu 20%, mas em uma análise de tempo maior, cai 50% em cinco anos.

De acordo com o J.P. Morgan, os investidores minoritários provavelmente exigirão um preço mais alto, ainda que reconheçam o valor de aquisição de serviços bancários integrados. De acordo com o banco de investimento, o preço apresenta “modesto prêmio de 6%”, em relação ao fechamento do papel na sessão de ontem, em R$ 5,03.

O Goldman Sachs fez também ressalvas sobre o prêmio em seu relatório. “Para referência, quando o Itaú fechou o capital da Redecard, pagou um prêmio de 10% por suas ações”, escreveram os analistas.O preço oferecido de R$ 5,35 por ação implicaria um múltiplo de 7,6 vezes o lucro por ação estimado para 2024, enquanto a média histórica da Cielo é de 15,3 vezes, de acordo com o Goldman Sachs.

Em um sinal do que pode vir pela frente, o sócio da Encore, que tem posição na Cielo, publicou um tuíte em que questiona o preço oferecido por Bradesco e Banco do Brasil.

“Esse preço oferecido pelos controladores na OPA de Cielo não faz o menor sentido sob qualquer ótica”, escreveu João Luiz Braga. “Comparando os múltiplos com outras de pagamentos, fica claro o desconto sendo que ainda tem a Cateno, um business que merece prêmio, dentro.”

De acordo com J.P. Morgan, não está claro se já há um acordo entre os bancos controladores sobre uma eventual reorganização da estrutura Cateno/Cielo Brasil.

“Acreditamos que a participação da Cielo na Cateno sozinha valeria cerca de R$ 3,50 por ação a um múltiplo de cerca de 8 vezes o P/L (preço sobre lucro)”, escreveram os analistas do J.P. Morgan.

A Cateno é considerada uma das joias da coroa da Cielo, que detém 70% da empresa – o BB tem os outros 30%. A empresa é responsável pelas atividades de gestão tecnológica das contas de pagamento pós-pagas, funcionalidade de compra via débito e processamento das milhares de transações dos cartões de crédito do arranjo Ourocard.

Questionado sobre a possibilidade de separação das duas empresas, o presidente de Cielo, Estanislau Bassols, disse, em conferência com analistas, que há pouca integração entre as duas empresa, o que poderia facilitar a separação. Ele não comentou a OPA, alegando que as informações estão disponíveis em fatos relevantes.

Em 2023, a Cateno apresentou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, o maior de sua história, com um lucro recorrente de R$ 816 milhões (70%), um crescimento de 15% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Se pode sofrer resistência dos acionistas minoritários (2/3 deles precisam aprovar a OPA para que o fechamento de capital ocorra), os relatórios deixam claros que veem vantagens no modelo, o que deve dificultar a vida dos competidores.

O BTG Pactual, por exemplo, escreveu que a operação “faz muito sentido” para os bancos controladores, especialmente para o Bradesco, que passa por mudanças mais significativas. E lembrou que Marcelo Noronha, o novo CEO do Bradesco, já foi do conselho de administração da Cielo.

“Acreditamos que o Bradesco deve focar fortemente no segmento de pequenas e médias empresas para sua recuperação, à medida que continuamos a ver alto potencial de crescimento e margens”, escreveram os analistas.

Em outro relatório, o BTG Pactual fez uma análise do mercado de pagamento e trouxe dados de participação de mercado. A Rede, do Itaú, lidera em volume de transações, com uma fatia de 22,9% no quarto trimestre de 2023.

Em seguida vem a Cielo, com 21,5%, uma queda de mais de três pontos percentuais. GetNet, do Santander, com 14,5%; Stone, com 11,1%; e PagBank, com 10,9%, completam a lista.

“Devemos acompanhar de perto o desenvolvimento deste evento para avaliar se há alguma implicação de (potencial) aumento da concorrência, visto que a Cielo pode fazer a transição para um ‘produto’ e deixar de focar no ROE (semelhante ao cenário da Rede, quando o Itaú a fechou do capital em 2012). Isso pode ser potencialmente negativo Stone e PagBank”, escreveram os analistas do BTG.

As ações da Cielo, por volta das 12h45, subiam 3,7%, negociadas a R$ 5,22. No ano, avançam quase 15%. O valor de mercado da empresa é de R$ 14 bilhões.

Fonte: Neofeed

Banco do Brasil nega qualquer interesse em vender sua fatia da Cielo

Publicado em: 11/11/2021


O vice-presidente financeiro do Banco do Brasil, José Forni, disse que a instituição não está interessada em vender sua fatia na Cielo. Questionado sobre possíveis desinvestimentos, ele afirmou que o banco segue procurando um parceiro estratégico para a BB DTVM, mas que ainda não tem novidades nessa área e que também continua com os planos de vender sua fatia no argentino Banco Patagonia, embora no momento os mercados por lá não estejam muito favoráveis. Ele ressaltou que o BB não tem pressa. “É um ativo bom, lucrativo”.

Sobre BV (antigo Votorantim), ele lembrou que BB e a família Ermírio de Moraes chegaram a iniciar um processo de estreia na bolsa para o banco este ano, mas não houve acordo sobre preço e a operação acabou sendo adiada. “Continuamos olhando para ver se no futuro haverá uma oportunidade de saída, com um bom preço… Mas o BV é um banco muito bom, que está entregando resultados.”

Sobre a parceria com o UBS em banco de investimento, que está completando um ano, Forni afirmou que o desempenho está melhor do que o esperado – dado o ambiente de pandemia. Ele disse que os mercados de dívida estão bem aquecidos, enquanto em ações a situação atual é menos favorável. Já em M&A a joint venture segue crescendo, mas leva um pouco mais de tempo para construir um pipeline.

Questionado sobre a venda da fatia do BB no Digio para o Bradesco, o executivo afirmou que ele não tinha sinergia com a estratégia digital do BB. “A estratégia digital exige muitos investimentos e resolvermos vender a participação no Digio. Somos um banco incumbente, mas estamos trabalhando fortemente no digital, acelerando inciativas. Estamos muito ativos no open banking”, afirmou.

Fonte: Valor Investe

Banco do Brasil vende participação no Digio para Bradesco por R$ 625 milhões

Publicado em: 15/10/2021


O Banco do Brasil (BBAS3) vendeu sua participação no banco digital Digio para o Bradesco (BBDC4), de acordo com o comunicado divulgado ao mercado na noite desta sexta-feira (8).

Por meio da controlada Bradescard Elo Participações, o Bradesco celebrou com a BB Elo Cartões Participações, controlada do Banco do Brasil, um contrato para a aquisição de 49,99% do Digio. O contrato foi assinado com a interveniência da Elo Participações Ltda. e de outras empresas que compõem a atual estrutura societária do Digio.

O valor que o Bradesco pagará pela participação é de R$ 625 milhões. Após a transação, o Bradesco passará a deter, indiretamente, 100% do capital social do Digio.

O Digio foi criado pelo Grupo Elopar, holding que surgiu em 2015 por meio de uma parceria entre o Banco do Brasil e o Bradesco. Atualmente, o banco digital conta com aproximadamente 2 milhões de cartões de crédito e uma carteira de crédito de R$ 2,5 bilhões.

A operação representa um avanço do Bradesco sobre o campo da inovação em um momento de intensa concorrência por conta do surgimento das fintechs.

O banco tem cerca de dois milhões de cartões de crédito e oferece contas e crédito pessoal aos seus clientes. A carteira de crédito do banco é da ordem de R$ 2,5 bilhões.

“A transação está alinhada com a estratégia do Bradesco de investir em empresas digitais, complementando de maneira diversificada a sua atuação e atingindo variados públicos, com diferentes modelos”, disse o Bradesco.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além do cumprimento de outras condições.

Fonte: Money Times com Seu Dinheiro

 

Trocas na parceria com Bradesco podem enfraquecer Banco do Brasil

Publicado em: 03/06/2021


Segundo reportagem publicada pelo Broadcast Estadão, Bradesco e Banco do Brasil “tentam aparar arestas e superar a crise sem precedentes desencadeada pelas constantes mudanças no comando do banco público no governo de Jair Bolsonaro que, na semana passada, levaram à inesperada saída do presidente da Cielo”.

Bradesco e Banco do Brasil são sócios em sete empresas. Os negócios estão agrupados na holding Elopar, com exceção da Cielo.

Segundo o Estadão, a chegada de Paulo Guedes e sua equipe econômica, de perfil liberalizante, com a promessa de desinvestimentos e redução da máquina pública, despertou a atenção na sociedade entre Bradesco e BB.

O mandato de Rubem Novaes, primeiro indicado por Guedes e Bolsonaro para comandar o BB, trazia a determinação de venda de ativos como a Cielo, o que gerou custos para estruturar o desmonte sugerido pelo governo – e cansaço no Bradesco, relatam fontes ao Estadão, na condição de anonimato.

O desgaste entre os sócios Bradesco e BB ficou evidenciado com o pedido de renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, na semana passada.

Segundo o Estadão, o desenrolar da parceria entre Bradesco e BB têm sido acompanhado de perto por analistas de mercado, que demonstram ceticismo quanto ao futuro do casamento depois da crise instalada pelos liberais. “A troca de comando na Cielo só fez jogar lenha na fogueira”, diz o jornal.

“Essas trocas não são meras confusões, como a matéria quer transparecer. Estamos falando de grandes empresas com bilhões de reais em recursos, como a própria matéria enfatiza”, diz o coordenador da Comissão de Empresas dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“O que transparece nessas mexidas pode ser a possibilidade da entrada de um parceiro privado na administração das empresas. Normalmente, quem vinha administrando essas empresas era o próprio Banco do Brasil, através de suas indicações. E, agora, pode ocorrer uma reviravolta, com o Bradesco como o principal player nessas empresas”, alerta Fukunaga.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, a ideia de vender a Cielo – que antes estava descartada – voltou a ser vista como essencial para o BB, diante da relação desgastada entre Banco do Brasil e Bradesco, o que estimulou as empresas a iniciarem “um novo ciclo”. O mesmo vale para os demais ativos, que devem ser mantidos na sociedade com o Bradesco.

De acordo com a matéria do Estadão, a notícia de que a Alelo, de benefícios, vai começar a atuar no setor adquirência, deixando a irmã Cielo de lado, deu esperanças ao mercado quanto à possível separação dos sócios. Como resultado, a líder das maquininhas viu seu valor aumentar em R$ 1 bilhão na bolsa, para R$ 11,4 bilhões.

“Essa é briga de cachorro grande. O Bradesco é aliado do Guedes e pode ser beneficiado por todas essas mudanças, como mostra o movimento de subida da ação da Cielo nos últimos dias”, avalia Fukunaga.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil e Bradesco tentam superar crise com vai e vem do banco público

Publicado em: 28/05/2021


Os sócios Bradesco e Banco do Brasil tentam aparar arestas e superar a crise sem precedentes desencadeada pelas constantes mudanças no comando do banco público no governo de Jair Bolsonaro que, na semana passada, levaram à inesperada saída do presidente da Cielo, apurou o Broadcast. Amarrada por vários ‘elos’ no setor de pagamentos, a sociedade passou a enfrentar mais volatilidade por unir um ente privado e outro público, que mudou de posicionamento em relação ao negócio com o embarque da equipe de viés mais liberal do ministro Paulo Guedes. De lá para cá, houve tentativas malsucedidas de desinvestimentos, dentre eles a empresa de maquininhas, e novas trocas de rotas para o negócio.

Bradesco e Banco do Brasil são sócios em sete empresas. Os negócios estão agrupados na holding Elopar, com exceção da Cielo. A sociedade de 26 anos teve início em 1995, no primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso, justamente com a criação da Cielo, chamada de VisaNet, na época. De lá para cá, os negócios se multiplicaram, principalmente no fim do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. A justificativa era explorar ganhos de sinergia para ambos os sócios.

A chegada da turma de Guedes, com a promessa de desinvestimentos e redução da máquina pública, colocou a sociedade entre Bradesco e BB na berlinda. O mandato do economista Rubem Novaes, primeiro escalado para tocar o BB na gestão do presidente Jair Bolsonaro, trazia a determinação de venda de ativos como a Cielo, o que gerou custos para estruturar o desmonte sugerido pelo sócio – e cansaço no Bradesco, relatam fontes, na condição de anonimato.

O assunto esteve na pauta da primeira conversa entre o novo presidente do BB, Fausto Ribeiro, com o do Bradesco, Octavio de Lazari. Os dois teriam se encontrado no mês passado, durante passagem do executivo do banco público por São Paulo, diz uma fonte próxima. Um encontro também teria ocorrido com o chairman do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

Dentre os temas debatidos, conforme fontes, os sócios teriam conversado sobre a crise na relação e os gastos gerados com a avaliação dos ativos devido à vontade do BB de se desfazer da sociedade e sair das empresas. Espécie de ‘shake hands’, acerto entre os sócios, o encontro serviu de pontapé para a reformatação da parceria.

Sócios devem desistir de venda da Cielo

Diante de uma relação desgastada, Bradesco e BB tentam, agora, iniciar um novo ciclo, relatam fontes próximas aos sócios. A ideia de vender a Cielo, que chegou a atrair interessados para a fatia do banco público, por exemplo, foi descartada. Agora, o negócio voltou a ser visto como essencial para o BB, segundo essas fontes. O mesmo vale para os demais ativos, que devem ser mantidos na sociedade com o Bradesco. A prioridade, dizem, é explorar maiores ganhos dos negócios já selados.

A notícia de que a Alelo, de benefícios, vai atuar começar a atuar n setor adquirência, deixando a irmã Cielo de lado, porém, deu esperanças ao mercado quanto à possível separação dos sócios. Como consequência, a líder das maquininhas viu seu valor aumentar em R$ 1 bilhão na bolsa, para R$ 11,4 bilhões. Fontes próximas aos sócios reforçam: a chance de uma separação e desinvestir a Cielo no curto prazo é tipo ‘zero’.

O desgaste entre os sócios Bradesco e BB ficou claro com o pedido de renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, na semana passada. O executivo, que construiu carreira no BB e foi secretário da Fazenda na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, não era visto como um aliado do Planalto e vice-versa. Diante de várias tentativas para removê-lo do cargo, conforme revelou o Broadcast, ele pediu para sair, evidenciando ainda mais a pressão política do governo Bolsonaro sobre as empresas estatais.

Apesar da ânsia do Centrão pelo cargo, foi escolhido o vice-presidente da Cielo, Gustavo Sousa, para suceder Caffarelli. A indicação vem a reboque de uma tentativa do governo Bolsonaro, sob as mãos do PP, presidido por Ciro Nogueira, de emplacar o presidente do Desenvolve-SP, Nelson de Souza, para a adquirente. Seu nome, porém, foi rechaçado pelo Bradesco, cujo mandato é barrar qualquer indicação política nas empresas em sociedade com o BB, de acordo com fontes.

“Há um desgaste na relação. Em 25 anos de parceria, nunca o Bradesco recebeu pedido político para absorver alguém. Antes, o Banco do Brasil resolvia isso nas suas empresas”, diz uma fonte próxima aos sócios, que prefere o anonimato.

Sem sucesso na Cielo, outra revela, haver ainda um esforço de colocar Nelson de Souza, que presidiu a Caixa e o Banco do Nordeste, em alguma posição de destaque no BB para agradar ao PP. Em meio a questionamentos sobre indicações políticas para as coligadas do BB, o novo presidente do banco tem dito a aliados que sua gestão vai priorizar perfis técnicos.

Consultoria de recrutamento deve ajudar escolher candidatos

Seu posicionamento, afirma um deles, é fazer processos oficiais para preencher cargos de liderança nas empresas coligadas. Assim, Bradesco e BB consideram fazer uma seleção formal, antes de bater o martelo para o comando definitivo da Cielo, dizem duas fontes. A ideia é contratar uma consultoria internacional de peso como Spencer Stuart ou Korn Ferry para colocar um executivo de “primeira linha” no comando da empresa de maquininhas. O nome de Gustavo Souza, dizem, estará nesse processo, cujo objetivo é identificar um perfil jovem e antenado à tecnologia para capitanear a transformação da Cielo, alvo de forte ataque da concorrência.

“O foco é fortalecer, reconstruir a parceria. Os sócios querem resgatar o que tinham, uma parceria estratégica entre as duas instituições”, diz uma fonte próxima a um deles.

Do lado das indicações de executivos, apesar do desgaste na relação com o Bradesco, o BB tenta retomar os bons tempos, em que ambos não entravam em bolas divididas, e deixar o passado para trás. Como a nova gestão trocou toda a alta cúpula, negocia com o sócio posições para reacomodar executivos que não se aposentaram.

Um deles é o atual presidente da BB Seguridade, Marcio Hamilton. Depois de ter sido preterido para cargos de liderança nas empresas dos sócios, ele deve assumir a cadeira de vice-presidente de finanças (CFO, na sigla em inglês) na bandeira Elo, sociedade de BB, Bradesco e Caixa, de acordo com duas fontes, auxiliando em sua abertura de capital. Outro nome que circula nos bastidores é o do ex-vice-presidente de tecnologia do BB, Gustavo Fosse. Especula-se que ele vá para a Cielo. Falta, ainda, bater o martelo.

Cansado do vai e vem do governo Bolsonaro e os reflexos nos negócios em sociedade com o BB, o Bradesco tem sido taxativo e dito não a quaisquer nomes com sinais de indicação política, afirma uma fonte. “Esse governo decepcionou”, diz.

Os desdobramentos da parceria entre Bradesco e BB têm sido acompanhados de perto por analistas de mercado, que demonstram ceticismo quanto ao futuro do casamento depois da crise instalada pelos liberais. A troca de comando na Cielo só fez jogar lenha na fogueira. “Que a relação está desgastada é fato, mas qual a solução? Essa é a questão”, afirma um deles, na condição de anonimato.

Outro, que também prefere não ser mencionado, questiona a situação da Cateno, empresa que faz a gestão da operação de cartões do BB e que foi comprada pela Cielo. “É um imbróglio”, diz.

Na gestão de Rubem Novaes, a venda da Cateno, feita durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, era considerado um erro. Essa posição também já havia sido defendida por alguns executivos no fechamento do negócio. De lá para cá, porém, a empresa vem perdendo importância com o avanço dos meios de pagamentos e em meio à transformação tecnológica do setor com a chegada do Pix, open banking.

Para a administração atual do BB, de acordo com uma fonte, não faz sentido investir na Cateno. Nesse sentido, conversas de troca de ações da empresa por papéis da Cielo, que chegaram a ocorrer em um passado recente, foram deixadas de lado.

Procurado, o Bradesco afirmou que a parceria com o Banco do Brasil é “uma referência de sucesso”. “Consideramos que o momento requer foco e união para o enfrentamento dos relevantes desafios do mercado”, acrescentou.

Já o BB disse que tem uma “sólida parceria” com o Bradesco, que “sempre resultou em produtos e serviços de alta qualidades para seus clientes e ótimos resultados para os sócios”. “O Banco do Brasil acredita na parceria, certo que ela continuará contribuindo para o fortalecimento das duas instituições, para a geração de negócios sustentáveis e para a melhoria continua da experiência dos clientes”. A Cielo não se manifestou.

Fonte: Estadão

 

Troca no comando da Cielo reflete tensão entre Banco do Brasil e Bradesco

Publicado em: 21/05/2021


A renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, após quase três anos no cargo, ocorreu em meio a um desgaste crescente entre os sócios Banco do Brasil e Bradesco, apurou o Estadão/Broadcast. O anúncio, feito na noite de quarta-feira, foi mal recebido no mercado, em meio à sensação de que a reestruturação, até então em curso, vai atrasar, prejudicando ainda mais a líder das maquininhas.

Pesou na decisão do executivo a difícil relação entre o Bradesco e o Banco do Brasil, disseram três fontes, na condição de anonimato. A permanência de Caffarelli na presidência da Cielo era exatamente um dos vetores de estresse entre os sócios.

Isso porque o governo, que controla o BB, não queria o executivo no cargo por enxergá-lo como um nome alinhado ao PT, por conta de seu histórico profissional, a despeito de ter presidido o banco público somente na presidência de Michel Temer, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A insatisfação do Planalto não vem de hoje. Desde o começo do novo governo, há uma força-tarefa para limar aqueles considerados petistas nas empresas públicas e coligadas.

A Cielo não ficou de fora. Nos bastidores, comenta-se que foram feitas três tentativas para tirar Caffarelli da presidência da companhia. Na primeira, o até então presidente do BB, Rubem Novaes, impediu. Na segunda, foi a vez do Bradesco, que trouxe o executivo para o cargo, entrar em ação.

Já a terceira tentativa estava em curso, dizem as fontes. O nome de um possível substituto para presidir a empresa seria o do presidente do banco Desenvolve-SP, Nelson de Souza, que teria o apoio do Centrão.

O Bradesco, porém, teria rejeitado, em um esforço de blindar seu negócio de maquininhas de pressões políticas.
Diante do desgaste entre os sócios, Caffarelli teria comunicado sua intenção de deixar o cargo, relataram as fontes. A medida evitaria, assim, explicam, uma fritura pública, que se tornou uma espécie de praxe no governo Bolsonaro.

Uma fonte próxima a Caffarelli afirmou que permanecer na Cielo era “insustentável” para o executivo, visto que ele não desfrutava mais de apoio político. “Era uma situação difícil. O desgaste foi muito grande”, afirmou, na condição de anonimato.

Caffarelli chegou à Cielo a convite do Bradesco, após deixar o comando do BB, no fim da gestão Temer, em novembro de 2018. O executivo capitaneou uma reestruturação na companhia, com o corte de custos e mudança de foco, voltando-se ao varejo, que é mais rentável.

Em paralelo, tentava reposicionar a líder das maquininhas em um cenário de elevada competição e inovação tecnológica. No meio do caminho, teve de lidar com a pandemia, que afetou diretamente o varejo.

“A saída de Caffarelli no meio da reestruturação é ruim. A sinalização que tenho é a de que a reestruturação vai demorar muito mais do que o esperado”, disse o diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo.

Para outro especialista, a saída do executivo pode sinalizar uma “mudança dos rumos da companhia”, fechando um eventual ciclo de uma empresa listada em Bolsa, com dois controladores. Ele lembra que a estrutura societária da Cielo “precisa e está sendo repensada”.

Procurada, a Cielo não comentou. O Bradesco afirmou que se trata de uma decisão pessoal do executivo e que o banco respeita. O BB não se manifestou.

Fonte: Estadão

IPO da Elo e venda da marca ainda estão em estudo, dizem Bradesco e BB

Publicado em: 08/04/2021


A eventual venda da marca Elo para a própria empresa, por cerca de R$ 400 milhões, e sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ainda estão em estudo e não há nada decidido, segundo o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3), acionistas da Elo.

Em comunicados distintos, os dois bancos sublinharam que as informações veiculadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, em 2 de abril, referem-se a conversas mantidas entre os sócios da Elo e que nenhuma decisão concreta foi tomada até o momento.

De seu lado, o Bradesco explicou que os eventuais recursos decorrentes da venda da marca para a Elo seriam pagos à holding Elopar, atual proprietária da marca. “Ainda que o Bradesco receba proporção desses recursos, o valor correspondente não seria relevante para o banco”, acrescentou.

Fonte: Money Times

 

Grandes bancos privados fecharam mais de 1,5 mil agências em 2020

Publicado em: 04/02/2021


Bradesco, Itaú e Santander, os três maiores bancos privados do país, sinalizam que estão revendo seus processos mais tradicionais de operação e atendimento ao cliente. O movimento ocorre na esteira de uma maior adesão dos brasileiros aos canais digitais, como reação ao isolamento social, mas também como uma alternativa para a redução de custos.

O maior indicador dessa mudança é o fechamento de agências e a redução no quadro de funcionários. Apenas em 2020, as três instituições fecharam, juntas, mais de 1.500 agências e pontos de atendimentos. O número representa uma queda de 12% na estrutura.

O enxugamento de agências não é de agora. Especialistas e analistas do mercado já projetavam a tendência de migração de áreas físicas para canais digitais, com investimentos cada vez maiores em tecnologia.

“A capilaridade, de certa forma, era um grande ativo para o setor. Mas, de um tempo para cá, os bancos se anteciparam à digitalização, e não é de hoje que vêm diminuindo a presença física”, afirmou o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, em um Webinar promovido pela Fitch Ratings em setembro de 2020.

A expectativa, agora, é que o maior uso dos canais digitais durante a pandemia intensifique esse movimento. Pesquisa realizada pela federação e pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) com 3.000 entrevistados embasa essa percepção: 60% afirmaram que passaram a usar mais os canais virtuais dos bancos com a pandemia.

Outro levantamento feito pelo Banco Central apontou que o distanciamento social e o pagamento do auxílio emergencial em 2020 aceleraram o processo de bancarização no Brasil, fazendo com que 9,8 milhões de pessoas iniciassem relacionamento com uma instituição financeira entre março e outubro.

Segundo Milton Maluhy Filho, novo presidente do Itaú Unibanco, que assumiu o cargo na terça-feira (2) no lugar de Candido Bracher, o grande banco privado deve focar ainda mais em sua atuação digital e também no ESG (melhores práticas ambientais, sociais e de governança).

A instituição encerrou o quarto trimestre de 2020 com 24,4 milhões de clientes digitais, um aumento de 2,9% em relação aos três meses imediatamente anteriores.

“Investiremos o dobro em tecnologia em 2021 do que investimos em 2018. Aumentamos a quantidade de soluções de tecnologia em 81%, com novos serviços e funcionalidades para as plataformas digitais. Esses canais continuam a crescer mesmo depois do período mais crítico da pandemia”, afirmou o executivo.

O mesmo aconteceu nos outros dois grandes bancos privados.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (3) o Bradesco apontou que um quarto (25, 3%) dos empréstimos feitos pelo banco em 2020 foi feito em canais digitais.

Em nota, Octavio de Lazari, presidente da instituição, disse que parte da explicação para a rápida reação do banco diante da crise do coronavírus foi poder contar com uma robusta estrutura tecnológica para atendimento digital.

Segundo Sergio Rial, presidente do Santander, o banco trabalhar para colocar 90% de seus produtos em canais digitais em dois anos.

“Até o final de 2022, esperamos que a atividade operacional das nossas lojas [agências] seja próxima de zero. Isso significa eliminar processos que precisem de papeis e trazer produtos e serviços cada vez mais digitais”, afirmou.

Para ele, a mudança para os meios digitais também reflete em agências mais voltadas para o atendimento especializado -que priorizam a consultoria ao invés do atendimento de caixa, pagamento de contas ou assinatura de contratos, por exemplo.

“Não acho que alguém consiga fazer previdência de longo prazo por meio de uma tela digital. A não ser que seja um investidor qualificado, o cliente pode querer uma consultoria. O mesmo acontece para financiamentos de veículos”, disse Rial.

Só o Santander encerrou o ano passado com 3.564 agências e pontos de atendimento, um redução de 7,2% na estrutura em relação a 2019. O banco também demitiu 3.220 funcionários no período. O quadro atual conta com 44.599 colaboradores.

O Bradesco fechou 1.083 agências em 2020 -400 delas apenas no quarto trimestre. Nesta quinta-feira (4) o presidente do banco, Octavio de Lazari, também sinalizou que estima fechar mais 450 agências em 2021, o que totalizaria um corte superior a um terço da estrutura física do Bradesco.

O banco encerrou 2020 com uma redução de 8% do seu quadro de funcionários, de 97.329 para 89.575.

“Esse movimento intensifica a transformação digital, com uma cultura intensiva de dados e o melhor atendimento dos clientes com essas ferramentas. Isso tem se mostrado fundamental”, disse Lazari. Ainda assim, o movimento enfrenta reações de sindicatos dos bancários que têm feito críticas à instituição.

O Itaú, apesar de também ter registrado demissões ao longo da pandemia, encerrou o ano com 96.540 funcionários, 1.659 a mais do que o registrado em 2019. De acordo com o banco, foram contratados 3.764 engenheiros e equipe de tecnologia, já incluindo os profissionais absorvidos com a compra da Zup, companhia mineira de serviços de tecnologia.

Em 2020, o banco também encerrou 167 agências e pontos de atendimento – 117 deles no Brasil. Segundo Maluhy, no entanto, o banco não tem planos de reduzir ainda mais a sua estrutura física.

“Temos um público muito heterogêneo, desde pessoas que vão nas agências todos os dias até aqueles que só conseguem resolver as coisas pelos canais digitais. Mas nós continuamos trabalhando bastante na evolução do sistema legado e o investimento em tecnologia é uma tendência do setor”, disse Maluhy.

Fonte: Folha de Londrina

 

BB, Bradesco e Sompo pedem desligamento da Líder, gestora do DPVAT

Publicado em: 01/10/2020


Bradesco, Banco do Brasil e Sompo decidiram sair do consórcio da Seguradora Líder, responsável por gerir o seguro DPVAT, o seguro obrigatório para indenizar vítimas de acidentes de trânsito. Os pedidos de desligamento ocorrem pouco mais de um mês depois que o Ministério Público Federal pediu bloqueio de R$ 4,4 bilhões da empresa, a quem acusa de leniência com fraudes na obtenção de seguros e maquiagem nas projeções de sinistros.

Na sexta-feira (25), a Porto Seguro comunicou ao mercado a sua saída do consórcio. Considerando as fatias acionárias das empresas que pediram desligamento, a Seguradora Líder perderá sócios que representam mais de 25% de seu capital.

Por meio de duas subsidiárias, Bradesco Auto/RE e Atlântica Companhia de Seguros, o Bradesco tem 7,7% das ações do consórcio. A Brasil Seg, do Banco do Brasil, é dona de outros 4,6%, e a Sompo, de 2,4%. A Porto Seguro era a maior acionista, com 11% divididos entre três subsidiárias.

Procuradas pela reportagem, Bradesco Seguros, Brasil Seg e Sompo ainda não comentaram o assunto. O acordo de acionistas da Seguradora Líder, formado em 2006, prevê a possibilidade de desligamentos a cada ano. Ao fim de 2019, a Líder tinha 56 acionistas.

A Seguradora Líder diz que a entrada e saída das seguradoras do consórcio está prevista no acordo de acionistas e não prejudica a operação do seguro DPVAT.

O seguro DPVAT foi tema de uma série de reportagens do jornal Folha de S.Paulo em 2020, que mostraram denúncias de mau uso do dinheiro arrecadado –com a compra, por exemplo, de veículos e garrafas de vinho– e de conflitos de interesse e favorecimento de sindicatos de corretores.
No pedido de bloqueio feito no início de agosto, o Ministério Público Federal acusou o consórcio de gerir recursos públicos federais “de forma temerária, danosa e em vilipêndio aos princípios constitucionais de economicidade, transparência e legalidade”.

Como recebe 2% do total arrecadado pelo seguro, dizem os procuradores, o lucro de seus associados é proporcional ao valor do prêmio pago pelos segurados. Assim, diz a Procuradoria, não havia incentivos para combater fraudes nem cortar despesas.

“O incremento das despesas do Consórcio de Seguradoras, em vez de refletir de forma negativa na margem de lucros das seguradoras Consorciadas, provoca um aumento dessa margem de lucros”, explicam os procuradores.

O pedido, negado em primeira decisão sobre o caso, do juiz Mauro Luiz Rocha Lopes, do Tribunal Regional Federal da Segunda Região, é parte de uma série de questionamentos ao consórcio iniciada na Operação Tempo de Despertar, em 2015.

A operação investigou fraudes na concessão dos seguros. O consórcio é questionado também pelo sindicato dos trabalhadores da Susep (Superintendência de Seguros Privados), que vê repasses irregulares a sindicatos de corretores e conflito de interesses na gestão do órgão regulador.

Durante anos, o comando da Susep foi capturado por seguradoras e corretores de seguros, que mantiveram representantes na diretoria da autarquia.

A entidade voltou a ser cobiçada por lideranças sindicais ligadas aos corretores após a aproximação do presidente Jair Bolsonaro com o centrão, como o presidente do Solidariedade de Goiás, Armando Vergílio, que é um dos alvos da denúncia do SindSusep no período em que presidiu a autarquia.

Bolsonaro tentou extinguir o seguro DPVAT em 2019, mas a medida gerou polêmica e foi derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente, a própria Líder passou a defender o fim do monopólio na gestão do seguro obrigatório.

“Reiteramos que nada muda para o cidadão: motoristas, passageiros e pedestres continuam protegidos. E a Seguradora Líder permanece comprometida em atender com eficiência todas as vítimas de acidente de trânsito do Brasil”, disse, na nota distribuída na sexta, a Líder.

Em entrevista à Folha de S.Paulo após as primeiras reportagens, o presidente da companhia, Ismar Torres, defendeu que a gestão atual reforçou medidas de controle e de combate às fraudes na concessão do seguro, seguindo recomendações de auditoria encomendada para esse fim.

Fonte: O Tempo

BB discute com Bradesco divisão de ativos em cartões, diz presidente

Publicado em: 07/08/2020


O Banco do Brasil (BBAS3) está conversando com o Bradesco (BBDC4) sobre uma potencial divisão dos ativos do setor de cartões que ambos mantêm em conjunto, disse o presidente-executivo Rubem Novaes a jornalistas nesta quinta-feira. As ações da Cielo (CIEL3), um dos ativos controlados pelos bancos conjuntamente, aceleraram os ganhos após a declaração e subiam cerca de 10% no início desta tarde.

Além da Cielo, os BB e Bradesco são sócios na bandeira de cartões Elo, na empresa de benefícios a funcionários Alelo, no programa de fidelidade Livelo, na empresa de pagamento automático de pedágios Veloe e na emissora de cartões Digio.

Novaes, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre, disse que o BB contratou uma empresa de consultoria para ajudar nas negociações, mas acrescentou que os sócios enfrentaram desafios na avaliação das empresas de pagamentos.

O executivo, que já anunciou que planeja deixar o cargo, se recusou a divulgar como os ativos poderiam ser divididos. André Brandão, chefe de bancos e mercados globais das Américas no HSBC, foi escolhido pelo governo para substituí-lo, disse uma fonte à Reuters na semana passada.

Fonte: Money Times

BB integra lista de bancos com mais reclamações em ranking liderado pelo Bradesco

Publicado em: 17/10/2019


Bradesco e Santander voltaram a liderar a lista de bancos com os maiores índices de reclamações no terceiro trimestre, consideradas as cinco maiores instituições financeiras do país (Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Banco do Brasil e Santander). O ranking é divulgado trimestralmente pelo Banco Central.

O Bradesco registrou um índice de 24,16 e, o Santander, de 21,03. Os dois principais bancos públicos do país – a Caixa e o BB – vêm logo depois, com 19,13 pontos e 18,97 pontos, respectivamente. São seguidos pelo Itaú, com 14,46. Todas as cinco instituições financeiras, contudo, reduziram a proporção de reclamações em relação ao trimestre passado.

O índice de reclamação é calculado pelo BC em uma conta que leva em consideração a quantidade de reclamações procedentes recebidas por cada instituição em proporção à sua quantidade de clientes (o número de reclamações é multiplicado por 1.000.000 e dividido pelo total de clientes).

O líder de reclamações no segundo trimestre entre as instituições de grande porte (aquelas com mais 4 milhões de clientes) continua a ser o Banco Pan, cujo índice de reclamações no trimestre foi de 149,58 pontos, de acordo com o BC.

Bancos pequenos mais reclamados

Entre os bancos e financeiras de porte menor – com menos de 4 milhões de clientes -, o ranking continua a ser liderado pela Facta Financeira, com um índice de reclamações de 1.782,23, seguida pelo conglomerado Safra (730,68) e pelo banco Continental (729,92).

Os principais motivos de reclamações foram: oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada e irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito e crédito.

Veja abaixo as 10 instituições financeiras mais reclamadas no terceiro trimestre, entre os grandes, de acordo com o BC:

Bancos

O Banco Pan diz, em nota, que tem adotado medidas para a melhoria e modernização de produtos, processos e qualidade do atendimento ao consumidor, oferecendo serviço “Não Me Ligue” e apoiando a Convenção de Autorregulação do Crédito Consignado, implementada pela Febraban e ABBC.

Fonte: Exame

Veloe anuncia oferta especial para clientes do Banco do Brasil e Bradesco

Publicado em: 25/09/2019


A Veloe, empresa de meios de pagamento para uso em pedágios, está com uma promoção especial a clientes pessoa física do Banco do Brasil (BBAS3) e do Bradesco (BBDC4). A oferta, inclusa tanto no plano pós como no pré-pago, inclui 24 mensalidades grátis, sem taxa de adesão e de entrega da tag.

O processo é realizado de maneira 100% digital. Os clientes que aderirem ao plano poderão utilizar o serviço por dois anos sem custo adicional, pagando apenas as tarifas de pedágio e estadia nos estacionamentos.

“Depois de um ano do lançamento, chegamos no momento de expansão da base de clientes. Primeiro criamos a plataforma, depois trabalhamos a rede de aceitação e agora é hora de crescer e oferecer o melhor serviço aos nossos clientes”, diz Marcelo Costa, executivo responsável pela Veloe.

A promoção é válida até dia 31 de dezembro de 2019.

Fonte: Money Times

Bradesco lança 2º PDV de sua história para adequar quadro a avanço tecnológico

Publicado em: 05/09/2019


O Bradesco anunciou nesta quinta-feira um novo programa de demissão voluntária (PDV), o segundo na história do banco. O objetivo do movimento, conforme o vice-presidente da instituição André Cano, é adequar o quadro de colaboradores ao avanço da tecnologia, que, se de um lado permite uma maior produtividade, do outro, diminui a exigência de pessoal.

O PDV do Bradesco ocorre após os concorrentes Itaú Unibanco e Banco do Brasil também anunciarem iniciativas nesta direção. Enquanto o BB acaba de concluir seu programa, que desligou 2,3 mil funcionários e custou R$ 260 milhões, o Itaú aceita adesões até o próximo sábado e mira um número de 6,9 mil pessoas.

O Bradesco não abriu o número de funcionários almejado com o PDV nem mesmo a economia de gastos que terá após o movimento. Segundo Cano, não há uma meta. Adiantou, contudo, que o Bradesco espera que o programa seja menor que o feito há dois anos na esteira da incorporação das operações do HSBC no País e que atraiu cerca de 7,5 mil colaboradores e um custo de mais de R$ 2 bilhões.

O segundo PDV do Bradesco terá início na próxima segunda-feira, dia 02, e vai até o dia 16 de outubro. Na mira, estão funcionários com mais de 20 anos de casa – no primeiro, a régua era maior e ia somente até dez anos, e aqueles que estão em condição de estabilidade, mas desejam deixar a instituição. Na rede de agências, poderão aderir ao PDV, segundo Cano, apenas os aposentados ou que estão em condições de se aposentar.

Para atrair adesões ao PDV, o Bradesco está oferecendo pagamento único de 60% do salário por ano trabalhado limitado a 12 salários, todos os direitos, incluindo Fundo de Garantia, e o plano de saúde será estendido para 18 meses de cobertura. O banco oferecerá ainda seis meses adicionais de vale alimentação.

“O objetivo do PDV é no fundo a adequação do quadro do banco à uma nova realidade em termos de processos e tecnologia que estamos investindo há bastante tempo e tem levado o banco a uma produtividade maior”, explicou o vice-presidente do Bradesco.

Apesar do aumento da concorrência com fintechs e novos entrantes principalmente nas áreas de investimentos e cartões, o executivo disse que o PDV não tem relação com o ambiente de competição mais acirrada no País. “Não é isso ainda. Tem naturalmente uma visão permanente de controle de custos”, rebateu.

O Bradesco também tem uma preocupação de não impactar sua força de vendas com o PDV. Tanto é que, segundo Cano, com o processo de digitalização dos serviços financeiros, os clientes têm deixado de ir às agências, mas o banco não prevê um “plano massivo” de enxugamento da rede. Para este ano, o banco espera fechar 100 pontos físicos, patamar bem abaixo da redução de 565 agências feita em 2017 em função da compra do HSBC.

Dois aspectos são levados em conta pelo banco, conforme Cano, no fechamento de agências: resultados e fluxo de pessoas. “Não temos nenhum plano massivo de encerramento de agências. Se há uma oportunidade por proximidade ou incorporação de agências, vamos fazê-la”, reforçou o vice-presidente do Bradesco.

Ao fim de junho, a rede de atendimento do banco somava 4.581 agências, com a redução de 36 ante dezembro. Já o quadro de colaboradores, ao invés de diminuir, cresceu. O Bradesco somava 99.198 ao término do primeiro semestre, com a adição de 593 funcionários em relação a dezembro.

Sobre a projeção de despesas do banco para este ano, Cano reiterou o cumprimento das metas estabelecidas junto ao mercado. Explicou, contudo, que o PDV não está contemplado nas projeções do banco uma vez que se trata de uma despesa não-recorrente.

O Bradesco espera que seus gastos operacionais cresçam até 4% neste ano. No primeiro semestre, porém, essas despesas subirem 6%. Cano lembrou que o banco fez uma antecipação de gastos na primeira metade do ano por conta do pagamento de desempenho extraordinário lançado de forma inédita na instituição, que garante um extra aos funcionários que superarem suas metas. “O programa aumenta a despesa de pessoal, mas tem uma posterior contribuição nos negócios. Continuamos perseguindo o guidance”, garantiu o vice-presidente.

Fonte: Diário do Nordeste

Banqueiros chegam a ganhar 800 vezes mais que bancários, diz CVM

Publicado em: 18/06/2019


Itaú, Bradesco e Santander pagam as maiores remunerações do país. Mas para membros das suas diretorias executivas. A maior delas, que inclui os salários mensais e também bônus e outras vantagens, é paga a um membro da diretoria do Itaú: R$ 46,880 milhões, o equivalente a quase R$ 4 milhões por mês, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O valor corresponde a 832 vezes aquilo que recebeu um escriturário do Itaú no mesmo ano. Cargo de menor remuneração na carreira bancária, os escriturários ganharam R$ 56.280 em 2018.

A lista de maiores remunerações recebidas no ano passado traz, na sequência, membros da diretoria estatutária do Santander (R$ 43,068 milhões), da diretoria estatutária da Bolsa de Valores — B3 (R$ 37,849 milhões) e do conselho de administração do Bradesco (R$ 27,684 milhões).

No Bradesco, o presidente do conselho de administração recebeu no ano passado R$ 27,6 milhões, o que equivale a 491 vezes aquilo que um escriturário ganhou em 2018.

Em países como Alemanha e Japão, os diretores executivos de grandes companhias ganham cerca de cinco a sete vezes mais do que os funcionários. Mesmo no Brasil, onde essa diferença é bem maior do que nos países desenvolvidos, ainda assim ela é muito menor do que nos bancos.

Das 601 empresas analisadas, o empregado de alto escalão no Brasil ganha, em média, 34 vezes mais do que seu colega operacional. Os dados são da pesquisa de Remuneração Total feita pela consultoria Mercer em 130 países.

Injustiça tributária

As injustiças não se restringem às diferenças de remuneração. O sistema tributário brasileiro ajuda a aumentar o fosso social entre trabalhadores e altos executivos.

Segundo estudo do Ipea, a redução das alíquotas do Imposto de Renda, ocorrida entre os anos 1980 e 1990, é uma das responsáveis pela imensa concentração de renda no país. O Brasil já chegou a cobrar alíquotas de até 50% para rendas mais elevadas. A partir de 1988, as taxas sofreram um movimento de redução até chegar ao teto atual de 27,5%

Isso significa que a maior alíquota é cobrada tanto para quem ganha R$ 5 mil quanto para quem recebe R$ 5 milhões por mês.

“A diferença salarial obscena verificada nas empresas brasileiras e, principalmente nos bancos, associada a um sistema tributário injusto e perverso, contribuem para manter nossa sociedade entre as mais desiguais do mundo. E são justamente esses altos executivos de bancos e empresas que defendem a reforma da Previdência que irá prejudicar a aposentadoria dos trabalhadores sob o argumento do desequilíbrio das contas públicas”, critica a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa.

“O Brasil é o paraíso fiscal dos ricos. Rico paga imposto muito aquém de sua capacidade contributiva. Os lucros e dividendos precisam ser tributados. Hoje, a carga tributária incide mais sobre o consumo (48,4%) do que sobre a renda (19,2%). Isso torna nosso modelo tributário regressivo, fazendo com que famílias de menor renda paguem mais. As desonerações e sonegações precisam ser combatidas. Mais de R$ 500 bilhões são sonegados, em média, por ano. Já as desonerações concedidas a empresas representaram R$ 354 bilhões a menos nos cofres públicos somente em 2017 ”, acrescenta a dirigente.

“É urgente que a sociedade brasileira se mobilize na luta por uma reforma tributária que institua um sistema progressivo de cobrança de impostos, para que os mais ricos e os que ganham mais paguem conforme seu rendimento. Não é justo que a maior alíquota de imposto seja de apenas 27,5% e incida tanto para quem ganha R$ 5 mil como para quem ganha R$ 5 milhões”, finaliza Rita Berlofa.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Três maiores bancos privados lucram 13% mais e preveem crédito com mais vigor

Publicado em: 06/02/2019


Os três maiores bancos privados do Brasil viram o lucro líquido consolidado acelerar a taxa de expansão no último trimestre de 2018. Apesar de o motor para os números até então ser o menor gasto com calotes, para 2019, essas instituições já veem o crédito podendo retomar um ritmo de crescimento de dois dígitos e recuperar, de quebra, o posto de principal fonte de resultados dos pesos pesados do setor financeiro.

Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander apresentaram lucro líquido recorrente de R$ 15,713 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 13% maior que a vista 12 meses antes, de R$ 13,894 bilhões. Em todo o exercício de 2018, o resultado dos privados ficou em R$ 59,695 bilhões, montante 10,84% maior que o de 2017, quando somou R$ 53,856 bilhões.

Com os resultados de 2018 em linha com as projeções do mercado, o destaque da abertura dos números dos grandes bancos ficou para as projeções de desempenho para o exercício em questão – com exceção do Santander, que não divulga guidances. Na opinião do diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo, o guidance divulgado por Bradesco e Itaú ilustra exatamente o diferente momento vivido pelos dois bancos.

“Enquanto, no Bradesco, o agressivo guidance aponta uma aceleração dos resultados, no Itaú, as projeções para 2019 são mais tímidas, resultando em menor crescimento de lucro”, destaca ele. Segundo Daltozo, no ponto médio, o guidance do Bradesco aponta para um crescimento acima de 20% do lucro. Já a projeção do Itaú indica elevação de 11%.

Sob o ponto de vista do crédito, entretanto, os dois maiores bancos privados do País em ativos veem a possibilidade de suas carteiras retomarem o patamar de dois dígitos de expansão neste ano. O Bradesco está mais otimista e espera que seus empréstimos totais cresçam de 9% a 13% em 2019. Já o Itaú prevê alta de 8% a 11%.

No que tange ao retorno, o Itaú segue na liderança entre os privados. O banco encerrou dezembro com indicador (ROE, na sigla em inglês) de 21,8%, acima dos 21,3% vistos em setembro de 2018. Na sequência, o Santander manteve a segunda posição com rentabilidade recorde de 21,1%, ante 19,5%. Já o Bradesco fechou o quarto trimestre com retorno de 19,7%, superior aos 19,0% registrados nos três meses anteriores.

O presidente do Santander, Sergio Rial, destacou que não é possível manter a rentabilidade do banco crescendo a partir do patamar do visto no quarto trimestre, uma vez que o período é sazonalmente mais forte, mas ponderou que o banco segue focado em crescer com rentabilidade. Já o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, mira retorno acima dos 20%. “Seria ótimo chegar aos 20% de ROE, mas vamos buscar indicador melhor ainda. A busca pelo indicador é o melhor possível”, disse o executivo, em conversa com a imprensa, na semana passada.

Fonte: UOL

BB e Bradesco possuem piores ouvidorias entre os grandes bancos

Publicado em: 31/01/2019


O Bradesco e o Banco do Brasil possuem as piores ouvidorias entre as instituições financeiras de maior porte no País, indicou o “Ranking de Qualidade de Ouvidorias”, divulgado pelo Banco Central. Em uma escalada de zero a cinco, o índice do Bradesco foi de 2,90 no quarto trimestre de 2018, enquanto o do Banco do Brasil foi de 3,11. Quanto menor o índice, pior a ouvidoria.

O índice é formado a partir das reclamações registradas pelos cidadãos nos canais de atendimento do Banco Central. Na prática, são considerados aspectos como o prazo de resposta dos bancos às reclamações e a qualidade da resposta. Além disso, o indicador leva em conta a iniciativa dos bancos em aderir a plataformas públicas de resolução de conflitos com os clientes.

Entre as instituições com mais de quatro milhões de clientes, o Bradesco apresentou prazo médio de respostas de 9,42 dias úteis, sendo que houve 91 reclamações sobre a qualidade da resposta e uma reclamação sobre a própria ouvidoria. No caso do Banco do Brasil, foram 8,56 dias úteis para resposta e 35 reclamações contra a qualidade da resposta, além de quatro reclamações contra a ouvidoria.

A terceira pior ouvidoria, conforme o ranking, é da Omni, com índice de 3,14. Na lista com 11 instituições, o Banco do Nordeste aparece com a melhor classificação para ouvidorias, com índice de 5,00.

Instituições menores

Entre as instituições financeiras com menos de quatro milhões de clientes, a pior ouvidoria é a da Avista S.A Crédito, Financiamento e Investimento, com índice de 1,00. Na sequência aparecem Sofisa (1,55) e Banco do Estado de Sergipe (2,28). (Jornal de Brasília)

Fonte: Estadão Conteúdo

Difícil que BB e Caixa sejam privatizados, diz presidente do Bradesco

Publicado em: 17/01/2019


É difícil que os dois bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, sejam privatizados pelo governo de Jair Bolsonaro, disse Octavio de Lazari Junior, presidente do Banco Bradesco. “Não acho que privatizar seja necessário e urgente e não deve ocorrer num prazo tão curto, disse Lazari, ao ressaltar a competência da equipe técnica escalada pelo futuro governo para administrar as duas instituições financeiras.

Dificil-que-banco-do-brasil-e-caixa-sejam-privatizados-diz-presidente-do-bradesco-televendas-cobranca

Para Lazari, há outras instituições em que fariam mais sentido ver a participação do governo ser vendida, como o IRB, o instituto de resseguros.

Segundo o presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, os bancos públicos têm o seu papel na economia e devem ser reforçados.

Os executivos ressaltaram que os dois bancos públicos têm cerca de 50% do crédito no Brasil e afirmaram que o Bradesco tem apetite para fazer mais operações de crédito.

Segundo os executivos, o enxugamento da estrutura de agências do Bradesco foi finalizado e o quadro de funcionários deve seguir, na média, estável.

IOF distorce mercado bancário

Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, criticou a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as operações de crédito, que estaria distorcendo o mercado com a taxa de juros no patamar de 6,5%. “Tem uma assimetria no imposto”, disse.

O fim da cobrança de IOF sobre o crédito é um dos pedidos da Febraban (federação dos bancos) em livro em que defende medidas para a redução das taxas de juros do país.

O vice-presidente Marcelo Noronha disse esperar que o mercado de crédito para pessoa jurídica cresça 10% em 2019 e que tudo indica comportamento semelhante para segmento pessoa física.

Fonte: Portal Televendas e Cobranças

Bradesco muda alta cúpula e reduz número de vice-presidentes

Publicado em: 16/01/2019


O Bradesco anuncia nesta segunda-feira, 14, mudanças importantes em sua alta cúpula e na divisão de negócios. Serão estabelecidas quatro vice-presidências, reduzindo o número atual – seis – com foco nos segmentos de varejo, atacado, alta renda e operações e tecnologia.

Além disso, dois executivos que hoje ocupam cadeira de vice-presidente passam a se dedicar exclusivamente ao Conselho de Administração, segundo fontes. São eles: Maurício Minas, de Tecnologia e Operações, e Josué Augusto Pancini, responsável por Rede. Ambos acumulam desde março de 2018 o cargo de membro do Conselho de Administração do banco.

Para a nova estrutura de vice-presidências, o Bradesco deve anunciar, segundo fontes, Marcelo Noronha para tocar a área de atacado; Eurico Fabri deve liderar o varejo; Cassiano Ricardo Scarpelli ficará com o segmento de alta renda e André Cano com operações e tecnologia, respondendo ainda por jurídico e recursos humanos. Eles já ocupam cargos de vice-presidente atualmente. O quarteto será responsável por ajudar o Bradesco e recuperar o posto de segundo banco mais rentável do Brasil entre as grandes instituições de varejo, perdido para o Santander Brasil em meio à integração do HSBC.

Ao final de setembro último, a instituição, segunda maior privada do País em ativos, apresentava retorno (ROE, na sigla em inglês) de 19,0%. Santander, com 19,5%, e Itaú Unibanco, com 21,3%, ocupam a segunda e primeira colocações no ranking de rentabilidade, respectivamente. “O ano de 2019 será um ponto de partida para melhora do indicador (retorno), e não de chegada”, disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em conversa recente com a imprensa, ao comentar a rentabilidade do Bradesco.

Foco

A nova composição da vice-presidência do Bradesco também vai em linha com o discurso do executivo que tem reforçado ao mercado o foco em três linhas de atuação: varejo, atacado e alta renda. A quarta, de operações e tecnologia, atuará como suporte às áreas de negócios da instituição.

Essa é a primeira grande mudança que o Bradesco anuncia em seu quadro na gestão de Lazari, que assumiu o comando da instituição em março do ano passado, substituindo Luiz Carlos Trabuco Cappi, que passou a presidir o Conselho de Administração. Além disso, a nova estrutura se assemelha à do concorrente Itaú Unibanco, que detém duas diretorias gerais, de varejo e atacado, e três vice-presidências: tecnologia; jurídico, pessoas e marketing; e controle de riscos e finanças.

São esperadas ainda, segundo fontes, subidas nos cargos abaixo da diretoria executiva do banco. Na última sexta-feira, o Bradesco anunciou a saída de Denise Pavarina da diretoria de Relações com Investidores. Informou ainda que a executiva deixou o cargo por motivos pessoais e que o vice-presidente André Cano acumularia o cargo. Denise foi primeira mulher a ocupar cargo na diretoria executiva do banco.

Além dela, outra baixa na diretoria foi a de Aurélio Guido Pagani, segundo fonte. O Bradesco, que anuncia seus resultados anuais de 2018 em 31 de janeiro, soma R$ 1,357 trilhão em ativos totais e uma carteira de crédito de mais de R$ 520 bilhões. Procurado, o banco não comentou.

Fonte: Exame

Bradesco vence BB e assume folha de pagamento do MPPB por R$ 2,6 milhões

Publicado em: 12/11/2018


O Banco Bradesco foi declarado vencedor, após publicação no Diário Oficial da União (DOU) e vai assumir a folha de pagamento do Ministério Público do Estado da Paraíba. A instituição foi declarada vencedora do certame licitatório, na modalidade pregão presencial, tipo maior lance para o lote ofertado, e caberá a ela a administração das contas-salário dos servidores, que estava sob responsabilidade do Banco do Brasil.

O processo de licitação teve início em julho deste ano, com a publicação do edital no Diário Oficial.

O Diário Eletrônico do MPPB também trouxe a confirmação da venda da folha de pagamento. Sendo assim, o Banco passa a processar sem ônus para o MPPB e em caráter de exclusividade, 100% dos créditos em folha de pagamento dos membros e servidores ativos do Ministério Público do Estado da Paraíba. Até então, a folha de pagamento desses servidores estava sob responsabilidade do Banco do Brasil.

A média mensal da folha do MPPB gira em torno de R$ 16 milhões, somado a vencimento e encargos sociais.

De acordo com o MPPB, foi declarada vencedora do certame a empresa Banco Bradesco S.A., inscrita no CNPJ nº 60.746.948/0001-12, com o valor total de R$ 2,6 milhões.

Fonte: WSCOM

Conselho de Defesa Econômica multa BB, Bradesco e Cielo em R$ 33,8 milhões

Publicado em: 30/10/2018


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira, três Termos de Compromisso de Cessação (TCCs) com a Cielo e seus controladores, Banco do Brasil e Bradesco. As empresas foram multadas em R$ 33,8 milhões, valor que terá de ser pago em até 30 dias. Os bancos são investigados por discriminarem lojistas que não usam as maquininhas da Cielo.

A medida mostra que o Cade tem feito intervenções no mercado de cartões para assegurar a concorrência, que se acirrou com a entrada cada vez maior no mercado de empresas menores que fornecem esse tipo de equipamento.

— O acordo permitirá um ambiente de maior liberdade de negociações entre clientes, credenciadoras e bancos — disse o presidente do Cade, Alexandre Barreto, acrescentando que, com os TCCs, a investigação será suspensa.

Este é o segundo acordo que o Cade firma com instituições financeiras para coibir abusos nesse segmento. Há cerca de dois meses, o colegiado homologou um TCC com o Itaú e a Redecard. A multa para as duas empresas foi de R$ 21 milhões.

Fonte: Jornal O Globo

BB, Bradesco e Santander lideram ranking de reclamações do Banco Central

Publicado em: 17/10/2018


Banco do Brasil, Bradesco e Santander são as instituições que aparecem na liderança do mais recente Ranking de Instituições por Índice de Reclamações, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central. No topo do ranking, referente ao terceiro trimestre de 2018, está o Banco do Brasil, com índice de reclamações de 25,22. Nesta lista, são consideradas as instituições com mais de 4 milhões de clientes.

Pela metodologia do BC, este índice é calculado com base no número de reclamações consideradas procedentes, dividido pelo número total de clientes do banco e multiplicado por um fator fixo (1.000.000). No caso do Banco do Brasil, foram 1.590 reclamações consideradas procedentes no segundo trimestre, numa base total de 63,027 milhões de clientes.

Na segunda posição entre os bancos que foram alvos de reclamações aparece o Bradesco, com índice de 22,55 (2.151 reclamações procedentes e 95,352 milhões clientes). Na terceira posição do ranking está o Santander, com índice de 22,10, resultado de 933 reclamações procedentes numa base de 42,206 milhões de clientes.

Na sequência do ranking, ainda considerando os bancos e as financeiras com mais de 4 milhões de clientes, aparecem Caixa Econômica Federal (índice de 21,64), Itaú (18,18), Banrisul (15,81), Votorantim (12,93), Pernambucanas (7,19), Banco CSF (5,87), Midway (4,67%) e Banco do Nordeste (0,29).

Reclamações

Entre os assuntos que mais motivam reclamações por parte dos clientes, o campeão é o item ” oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada”. Ao todo, de acordo com o BC, este assunto gerou 1.470 reclamações com indícios de descumprimento das regras em vigor.

Na sequência dos assuntos mais reclamados aparecem ” irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito, cartão de débito, internet banking e ATM” e, em seguida, “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito”.

Instituições menores

Entre as instituições financeiras com menos de 4 milhões de clientes, a Facta Financeira está no topo do ranking de reclamações do terceiro trimestre, com índice de 325,72. Na sequência aparecem Intermedium (157,88) e PAN (128,76).

Fonte: O Estado de Minas

BB, Cielo e Bradesco fecham acordo no Cade e pagarão multa de R$ 33,8 mi

Publicado em: 27/09/2018


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou nesta quarta-feira (19) três Termos de Compromisso de Cessação (TCCs) com a Cielo, Bradesco e Banco do Brasil. O acordo prevê o pagamento de R$ 33,8 milhões de multa.

Procurados pelo G1, o Bradesco e a Cielo informaram que não vão comentar o assunto. Por meio de nota, o Banco do Brasil disse que prestou todos os esclarecimentos ao Cade e reafirmou “compromisso com a promoção da livre concorrência” e as “melhores práticas de mercado”.

Com o TCC, as empresas se comprometem a encerrar as ações que estavam sendo investigadas pelo Cade. O conselho apurava práticas anticompetitivas praticadas pela Cielo e por seus controladores – Bradesco e Banco do Brasil – no mercado de cartão de crédito.

A multa de maior valor será paga pela credenciadora de cartão de crédito Cielo, mais de R$ 29,7 milhões. O Bradesco pagará R$ 2,236 milhões e o Banco do Brasil R$ 1,945 milhão.

Entre as condutas que estavam sendo investigadas estavam práticas de discriminação e recusa na contratação de operações de crédito que tinham como garantia operações feitas em máquinas dos concorrentes da Cielo. Segundo o Cade, essas práticas tinham potencial de prejudicar a concorrência no mercado de credenciamento de máquinas de cartão de crédito.

O inquérito administrativo que analisa os possíveis crimes contra a concorrência foi instaurado em março de 2016. As condutas se referem a questões como antecipação de recebíveis; mecanismo de trava de domicílio bancário; práticas de retaliação e venda casada; discriminação da cobrança de tarifas de trava bancária; e contratos de incentivo.

Em julho, o Itaú e RedeCard assinaram um TCC e pagaram multa de R$ 21 milhões.

Fonte: Portal G1

BB e Bradesco são condenados pela Justiça de Goiás por má serviço

Publicado em: 20/09/2018


O Bradesco S/A e o Banco do Brasil foram condenados a pagar R$ 1 milhão cada um a título de dano moral coletivo devido a má prestação de serviço em Catalão. A decisão é do juiz da 2ª Vara da comarca local, Marcus Vinícius Ayres Barreto. Contra as instituições bancárias foram propostas duas ações civis públicas separadamente pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Catalão com o propósito de obrigar a instituição bancária a cumprir o dever de assegurar a qualidade do serviço oferecido aos usuários.

Segundo consta dos autos dos dois processos, os bancos violaram as regras estabelecidas na Lei Municipal 2.624/2009, que estipula o tempo máximo de espera na fila pelos consumidores dos serviços bancários. Narra ainda que o Procon impôs sucessivas autuações aos bancos e diversas ações de indenização foram propostas por usuários na comarca e região. As defesas do Bradesco e do Banco do Brasil alegaram, porém, que cumprem as regras estabelecidas pela Lei Municipal nº 2.624/2009, considerando pontuais os atrasos nos atendimentos cujas consequências já formam minimizadas. Argumentaram ainda não haver dano moral coletivo, pois, o número de pessoas é imcompatível e requereu o indeferimento.

O juiz Marcus Vinícius destacou que não pairam dúvidas sobre os vícios de qualidade nos serviços prestados pelo Bradesco, como atentam os autos de infração lavrados pelo Procon, concluindo que ficou comprovado o descumprimento da Lei Municipal em relação aos limites máximos razoáveis de tempo para que os atendimentos em agências bancárias fossem considerados adequados.

Para o magistrado, nos dois processos, o dano moral coletivo deve ser reparado, pois, há a violação dos direitos dos consumidores ao serviço público adequado e eficaz, somados ao desassossego social advindo dos inevitáveis constrangimentos e desconfortos inerentes à excessiva demora no atendimento aos consumidores, que chegam a ficar até duas horas em pé nas filas bancárias.

Marcus Vinícius considerou adequado o valor de R$1 milhão para cada banco, valor, segundo ele, compatível com o grau de culpa, com os reflexos da conduta geradora de potencial à dignidade dos usuários pela prática abusiva. “Para a fixação do quantum há de se utilizar os critérios de proporcionalidade e razoabilidade, com prudência e firmeza a fim de coibir recidivas, não podendo ser exarcebado a ponto de converter-se em fonte de enriquecimentou ou ruína, nem ínfimo que o torne ineficaz”, ponderou o magistrado. O montante estipulado para cada banco será revertido ao Fundo Municipal de Defesa do Consumidor.

Fonte: Diário de Goiás

BB e Bradesco são os mais atingidos pelos ataques às agências bancárias

Publicado em: 09/08/2018


O Banco do Brasil e o Bradesco são as duas instituições financeiras com maior rede de atendimento no interior do Brasil e, por isso, estão mais expostas à onda de ataques. Os dois bancos informaram que estudam maneiras de amenizar os problemas causados pela falta de dinheiro nas pequenas cidades.

Em nota, o BB diz que “lamenta transtornos provocados em praças onde suas agências são alvo constante de explosões e arrombamentos”. O banco não informou o número de postos de atendimento (PA) que operam sem dinheiro, mas diz que investe em tecnologias para “manutenção da circulação de numerário nas cidades”.

O BB informa ainda que trabalha com a polícia para “combater o crime organizado e propiciar condições de funcionamento de agências”. A preocupação, cita a nota, é não pôr em risco a segurança da população e empregados.

Já o Bradesco informou que “iniciou período de avaliação da sua política de fluxo de recursos em alguns postos”. Atualmente, o banco tem cerca de 4,8 mil PAs e cerca de 1% está sendo avaliado sobre o funcionamento sem dinheiro. “O objetivo é oferecer nossa contribuição para preservar condições de segurança dessas comunidades”, diz o banco.

Em nota, o Bradesco avalia como “inadmissíveis as consequências sociais da violência causada pelos ataques”. Para tentar contornar o problema, o banco quer intensificar o uso dos cartões nessas cidades. “Uma alternativa viável e de rápida implementação”, cita a nota.

O diretor de clientes e canais da Caixa Econômica Federal, Julio Volpp, disse que o sistema usado para gerenciamento das lotéricas analisa qualquer necessidade de numerário e, por isso, não deveria ocorrer falta de dinheiro, como visto na lotérica de São Miguel do Tapuio (PI). “Pedirei averiguação desse caso. Nosso trabalho é não permitir que isso aconteça”.
O executivo explicou que o custo do envio de dinheiro da transportadora de valores até a lotérica é custeado pelo próprio agente lotérico. A Caixa tem um grupo de parceiros com transporte de valores subsidiado, mas o programa beneficia apenas as lotéricas mais movimentadas das grandes cidades.

A Federação Brasileira dos Bancos informou que o setor investe cerca de R$ 9 bilhões em segurança anualmente, o triplo do investido há dez anos. Já o Banco Central se limitou a dizer que não tem informações sobre o número de postos de atendimento sem dinheiro.

Fonte: Diário do Comércio

Lucro dos bancos privados já soma R$ 28,8 bi no ano

Publicado em: 02/08/2018


Com a economia andando de lado, o ItaúUnibanco, maior banco privado brasileiro, confirmou, ontem, ao divulgar lucro líquido recorrente de R$ 6,419 bilhões no segundo trimestre, com retorno sobre o patrimônio líquido de 21,6%, a posição privilegiada dos bancos na geração de lucros na economia. Com os R$ 6,169 bilhões do primeiro trimestre, o Itaú já acumula lucro de R$ 12,801 bilhões este ano. Um aumento de 3,7% sobre o mesmo período de 2017.

Considerando os R$ 10,263 bilhões de lucros acumulados pelo Bradesco, no semestre (19,8% a menos que o Itaú); e os R$ 5,791 bilhões do espanhol Santander Brasil, na primeira metade do ano, os três maiores bancos privados que atuam no Brasil garantiram às quatro famílias que os controlam R$ 28,855 bilhões. Esse era o orçamento que o Bolsa Família iria distribuir para 39 milhões de famílias brasileiras em 2018. Com o reajuste de 5,67% determinado em junho, o gasto sobe para R$ 30,3 bilhões.

Se considerarmos o lucro do Safra, os bancos privados já embolsaram da sociedade mais do que o governo redistribui no Bolsa Família. Isso sem contar os lucros do Banco do Brasil (a ser conhecido semana que vem) e da Caixa.

O desempenho do Itaú confirma o que Bradesco e Santander já indicaram. Os bancos seguem emprestando pouco para as empresas e explorando mais os créditos de maior rentabilidade para as pessoas físicas. No Itaú, o primeiro semestre registrou queda de 3% para as pessoas jurídicas, sendo de 7,4% a retração das grandes empresas. Para as pequenas e médias empresas houve expansão de 9,8% comparada ao primeiro semestre de 2017. Mas a preferência foi para as pessoas físicas, com aumento de 8,7% nos empréstimos, com destaque para 17,2% nos cartões de crédito (que cobravam juros de 218,27% ao ano no cartão rotativo regular entre 10 e 16 de julho, segundo o Banco Central) e aumento de 9,6% no crédito pessoal (para onde também são direcionadas pessoas que estouram limites de endividamento no cartão), com juros na faixa de 72,70% ao ano no mesmo período de levantamento do BC.

No relatório, o Itaú diz que “o desempenho no trimestre ocorreu em função da maior margem financeira com clientes e do maior ganho com prestação de serviços, além do menor custo do crédito”. De fato, as receitas de tarifas cresceram 9,2% no 2º trimestre em relação a igual período do ano passado, mais do que o dobro da inflação acumulada no período. Só no primeiro semestre, as receitas com tarifas do Itaú somaram R$ 17,254 bilhões.

O banco assinala ainda que “esses efeitos positivos foram compensados por maiores despesas não decorrentes de juros e por menor margem financeira com o mercado. O desempenho ocorreu em função do menor custo do crédito e de maiores receitas com prestação de serviços. Essa performance foi parcialmente compensada pelo efeito do recolhimento de impostos a uma alíquota de 45% enquanto a constituição dos créditos tributários ocorre a uma alíquota da 40% tendo em vista a legislação atualmente em vigor”.

Nos primeiros seis meses de 2018, a redução do custo do crédito está relacionada com a melhora dos indicadores de inadimplência da carteira no Brasil, responsável pela menor despesa de provisão para devedores duvidosos no período. O balanço do Itaú apresenta também operações das subsidiárias da Argentina, Paraguai, Chile, Panamá, Uruguai, Panamá e Colômbia. O banco informa que a inadimplência segue em queda, sobretudo no Brasil, mas, embora declinantes, os índices são duas ou três vezes maiores do que nos países em que atua. Certamente, em função do altíssimo diferencial de juros cobrados aos brasileiros.

Em junho de 2017, a inadimplência média na AL (atrasos acima de 90 dias) era de 1,2%, subiu para 1,6% no primeiro trimestre e caiu para 1,5% no período abril a junho de 2018. No Brasil, apesar de a taxa geral declinar de 3,9% em junho de 2017 (era de 4,2% em abril daquele ano) e descer dos 3,7% em abril para 3,4% em junho último, os níveis são mais do que duas vezes acima dos concorrentes. É o efeito tostines: a inadimplência é menor porque os juros são mais baixos lá fora; ou a inadimplência é alta porque os juros que já são elevadíssimos embutem os riscos da inadimplência? A Febraban, a federação dos banqueiros, diz que a inadimplência pressiona os juros…

Os bons resultados dos bancos refletiram no mercado de ações. Os papéis do Santander subiram 2,47% e ItaúUnibanco PN valorizou 1,45%. Um dos motivos foi a aprovação, sexta-feira, do desdobramento em 50% das atuais 6.536.090.232(*) ações escriturais, sem valor nominal, representativas do capital social, manobra que fará os acionistas receberem uma nova ação para cada já possuídas da mesma espécie.

Fonte: Jornal do Brasil

BB está otimista com resultado dos bancos, com destaque para Itaú e Bradesco

Publicado em: 25/07/2018


Em semana que terá como destaques a divulgação dos resultados de importantes bancos, como o Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11), o Banco do Brasil Investimentos tem estimativas semelhantes com a do primeiro trimestre do ano.

De forma geral. No geral, os analistas se mostram mais otimistas do que o consenso de mercado e os principais motivos são a melhor dinâmica NII com um melhor mix de empréstimos; menores despesas de provisão; taxa de crédito improdutivo de prazo fixo; e recuperação de receita de taxas, após um primeiro trimestre sazonalmente fraco.

O BB-BI estima que todos os bancos, sob seu universo de cobertura, mostrem crescimento no período que, combinando, podem chegar a 2,8% na comparação trimestral, ficando 4,4% acima da média do mercado.

Na opinião dos analistas, o principal ponto positivo da temporada deve ficar para os números do Itaú (ITUB4) e do Bradesco.

O BB-BI reforça o otimismo em relação ao cenário favorável para os bancos privados, apesar de as incertezas. Dados recentes divulgados pelo Banco Central do Brasil (BCB) corroboram a visão, com empréstimos não direcionados em bancos privados crescendo 11,7% ao ano em maio.

Fonte: Money Times

CBBS: conheça parceria BB com Bradesco para crescer em finanças virtuais

Publicado em: 19/06/2018


A sede do banco CBSS, em Alphaville, na Grande São Paulo, pouco lembra o ambiente sisudo do mercado financeiro. Nenhum dos 116 funcionários, incluindo o presidente, Carlos Giovane Neves (foto), usa gravata. As paredes ostentam desenhos e frases ao lado de quadros com o estágio de desenvolvimento de projetos. Neves ocupa a única sala individual, mas as paredes são de vidro e a porta fica sempre aberta. A aparência de startup não é uma coincidência.

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Controlado por Bradesco (50,01% das ações) e Banco do Brasil (os 49,99% restantes), o CBSS é um dos pilares mais importantes da estratégia dos dois gigantes para crescer no ambiente das finanças virtuais. Na primeira semana de junho, ele anunciou parcerias com duas fintechs. Uma delas foi a Lendico. Outra foi a GuiaBolso, que surgiu como administradora de contas pessoais, passou a oferecer empréstimos e vai ampliar essa atividade com a parceria. A elas juntam-se outros três nomes e mais alguns em negociação (observe o quadro abaixo ao final da reportagem).

Parcerias como essa são positivas para ambas as partes. Marcelo Ciampolini Neto, CEO da Lendico, afirma que a associação permitirá ampliar a atuação de sua companhia. Fundada na Alemanha em 2013, a Lendico surgiu como uma plataforma de concessão de empréstimos de pessoa para pessoa, o chamado peer-to-peer. A empresa está no Brasil desde 2016, mas, por aqui, opera como correspondente bancário do mineiro BMG. “Agora poderemos emprestar para mais pessoas e selecionar clientes com risco de crédito maior”, diz Ciampolini. “A parceria é fundamental para ganhar escala.”

Quem conhece o mercado concorda com essa visão. “Ao se associar a um banco, ainda que de médio porte, uma fintech ganha capital e acesso a clientes”, diz Fabio Gonsalez, principal executivo de tecnologia da Torq, consultoria de desenvolvimento de projetos ligada à Senior Solution. “Em vez de tentar capturar cada cliente, a fintech é apresentada por um banco e tem acesso a 500 clientes de uma vez.” Já os bancos ganham canais novos para distribuir seus produtos e, mais importante, acesso fácil e rápido à tecnologia. “Isso acelera o crescimento, pois as fintechs são mais inovadoras que os bancos”, diz Neves, que espera costurar novas parcerias neste ano.

À primeira vista, a decisão de Bradesco e BB de cacifar fintechs pode parecer incompreensível. No entanto, há uma dose razoável de pragmatismo. A aposta em tecnologia funciona como um seguro para os bancões. “As gerações mais jovens estão acostumadas a resolver tudo pelo celular e os empréstimos não são uma exceção”, diz Neves. “O que vai definir a preferência do cliente, além do preço e do prazo do financiamento, será a qualidade do serviço e a facilidade da contratação.” As vantagens oferecidas tradicionalmente pelos bancos, como extensas redes de agências, perderão importância diante da agilidade do ambiente mobile, afirma Neves.

Nesse cenário, as fintechs têm uma capacidade de adaptação maior. “Elas têm um foco no cliente e uma rapidez no desenvolvimento de produtos muito maiores”, diz Gonsalez. “Bons desenvolvedores de aplicativos são caros e muito disputados no mercado”, diz Gonsalez. “É mais vantajoso obter seus serviços por meio das fintechs do que contratá-los diretamente.”

Neves sabe bem disso. Formado em Direito e com uma longa trajetória em empresas de financiamento ao consumo, ele não tem o perfil típico dos empreendedores digitais. No entanto, o ex-militar nascido em Petrópolis entende a importância de adaptar rapidamente a estratégia às mudanças no ambiente. A inovação, diz ele, é demorada nos bancos. Antes de tentar algo novo, a instituição financeira vai avaliar se a mudança não contraria as dezenas de regulamentos do sistema. “O profissional de uma fintech faz o caminho inverso”, diz Neves. “Ele primeiro desenvolve o produto e só depois marca uma reunião no Banco Central para perguntar se pode fazer ou não.”

O CBSS serve a BB e Bradesco para fazer essa ponte entre o antigo e o moderno. Aprovado pelo BC em 2015, o banco surgiu da promotora de vendas Ibi Financeira, ligada à rede de varejo C&A, adquirida pelo Bradesco em 2009. É pequeno perto dos gigantes que a controlam, com R$ 1,5 bilhão em ativos e R$ 805 milhões em empréstimos. Seu principal produto é o Digio, um cartão de crédito sem anuidade. O banco não revela o número de cartões emitidos.

Oferecer crédito é a primeira etapa da estratégia. Com margens maiores do que a distribuição de investimentos e de seguros, os empréstimos permitirão um crescimento sustentado da instituição. No entanto, a diversificação é questão de tempo. Segundo Neves, em algum momento no futuro as fintechs poderão se tornar uma ameaça concreta aos bancos. “Se isso ocorrer, já estaremos lá.”

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Apple Pay chega ao Banco do Brasil e Bradesco a partir de julho

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Confirmando os rumores, a partir de julho clientes do Bradesco e do Banco do Brasil poderão efetuar pagamentos utilizando o Apple Pay, serviço lançado pela Apple em 2014.

No Brasil, o serviço chegou no dia 4 de abril exclusivamente para clientes do Itaú; no próximo mês, o contrato de exclusividade de 90 dias com o banco chega ao fim, o que possibilita a adoção da tecnologia por outras instituições.

Com o recurso, o consumidor não precisa usar o cartão físico para fazer suas compras, bastando encostar o iPhone na máquina de cartão. Usuários de Android também já têm acesso a um sistema de pagamento parecido, o Android Pay, com smartphones da Google e da Samsung.

Segundo informações coletadas pela Folha, o que atrasou a expansão do serviço no Brasil foi a baixa venda de iPhones no início deste ano, com 5,8% do total, contra 93% de aparelhos Android vendidos.

A tecnologia NFC, responsável pelos pagamentos com a aproximação do dispositivo na máquina de cartão, também causou o atraso. De acordo com a fonte, o recurso chegou a smartphones intermediários da Motorola e da Samsung apenas nos últimos meses.

Para estimular o uso da tecnologia, os bancos estão desenvolvendo alternativas como relógios, pulseiras e adesivos para o pagamento sem a necessidade do uso do cartão e digitação da senha.

Em todo o mundo, o Apple Pay está disponível em mais de 20 países.

Fonte: Canal Tech

Cade pede explicação sobre estratégia do BB, Bradesco e Cielo em maquininhas

Publicado em: 17/05/2018


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) solicitou, no final do mês passado, explicações para Bradesco e Cielo sobre a estratégia conjunta em serviços de adquirência, popularmente chamado de setor de “maquininhas”. O órgão antitruste quer saber, conforme documento obtido pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), mais detalhes da operacionalização dessa estratégia, condições de comercialização, dentre outros pontos.

O questionamento por parte do Cade ocorre após a Coluna do Broadcast ter antecipado, no dia 23 de abril, que a Cielo se aliou aos seus sócios, Bradesco e Banco do Brasil, para ofertar máquinas de cartões (POS, na sigla em inglês) em parceria, ou seja, co-branded.

A estratégia, porém, inclui mais parceiros tanto bancos como empresas e foi inspirada numa atuação similar que a adquirente tem com a BR Distribuidora em postos de combustíveis, conforme executivos da credenciadora.

O próximo player a iniciar a parceria é a Caixa Econômica Federal. Na prática, a máquina segue sendo da Cielo e recebe apenas uma nova roupagem com a marca do parceiro uma vez que a oferta de terminais em conjunto com os seus sócios já existia.

Na quinta-feira, 11, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, afirmou que a meta do banco é ofertar ao menos 120 mil máquinas da Cielo este ano. Já o Bradesco comercializou cerca de 14 mil terminais até o momento e mira ultrapassar a marca de 100 mil neste ano.

O contra-ataque da Cielo com sócios e parceiros é uma resposta à concorrência que tem aumentado no setor de adquirência com a chegada de novos players. Além disso, os bancos, miram, principalmente, as pequenas e médias empresas clientes que têm recorrido a outros players do mercado para ter o serviço de credenciamento. Foi esse mesmo racional que motivou o Safra a investir em sua própria rede de maquininhas, aproveitando o potencial da sua clientela e que estava à disposição do mercado.

Detalhes

Além da atuação em parceria de Bradesco e Cielo no credenciamento de lojistas para captura de transações com cartões, o Cade, que no documento pede para que ambos “detalhem” a iniciativa diversas vezes, questiona ainda quem será o responsável pela a oferta de máquinas, público alvo e também as condições de comercialização.

O órgão também quer entender se as maquininhas serão ofertadas conjuntamente com outros produtos e serviços bancários e se as condições de acesso aos mesmos também serão diferenciadas.

Em relação à manutenção do domicílio bancário, conhecida como “trava” e que nada mais é do que a conta indicada pelo estabelecimento para receber os créditos das vendas feitas com cartões, o Cade questiona se há vinculação com a oferta de POS por parte de Bradesco e Cielo. Pede ainda explicações sobre as condições e ainda um exemplo de um contrato de como isso será feito.

Procurada, a Cielo informa que a iniciativa de máquinas co-branded com Bradesco é reflexo de uma prática já existente na companhia, que busca associar a força de marcas parceiras à marca da Cielo. “Não há nenhuma alteração no modelo operacional da Cielo com os lojistas – a Cielo segue sendo responsável pela prestação de serviço junto ao lojista”, acrescento a adquirente, em nota ao Broadcast.

O Bradesco não comentou.

Fonte: Exame.com

Com Veloe, BB e Bradesco estreiam no pedágio eletrônico

Publicado em: 10/05/2018


Bradesco e Banco do Brasil lançaram nesta quarta-feira (9) a Veloe, bandeira de pedagiamento eletrônico com a qual competirão com marcas estabelecidas, como Sem Parar e o ConectCar. O serviço é a mais recente aposta dos sócios por meio da joint venture Elopar para ampliar as receitas com serviços, em um momento no qual o crédito patina, com país saindo lentamente da recessão.

A holding Elopar controla também os cartões Elo, a gestora de programas de fidelidade Livelo e a administradora de programas de benefícios Alelo, entre outros.

O objetivo para a Veloe, segundo os sócios, é atingir 1,5 milhão de usuários até 2020. Além de pedágios de estradas, a Veloe deve operar também estacionamentos de shopping centers e postos de gasolina.

O sistema está já operando em modo piloto em São Paulo e deve funcionar nacionalmente no começo do segundo semestre. “Mais para o final do ano também passaremos a trabalhar também com fretes de empresas, inclusive de veículos pesados”, disse a jornalistas o presidente da Alelo, Raul Moreira.

Fonte: Portal G1