Bancos públicos surpreendem e ignoram Copom em suas taxas de juros

Publicado em: 27/03/2024

Os dois maiores bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (BBAS3), mantiveram suas taxas de juros mesmo após o corte de 0,5 ponto porcentual na Selic anunciada pelo Banco Central (BC). Por outro lado, o Itaú (ITUB4) foi o único grande banco privado a confirmar que cobrará uma taxa menor de seus clientes, mostra levantamento realizado pelo E-Investidor realizado nesta quinta-feira (21), no dia seguinte da decisão sobre os juros básicos da economia brasileira.

A Caixa Econômica Federal não confirmou nenhuma redução de juros em sua nota enviada ao E-Investidor. A companhia disse que a redução da Selic já vem sendo considerada na curva de juros utilizada para a definição de preço e taxas. “O banco mantém a liderança no crédito acessível para aqueles que mais precisam, disponibilizando menores taxas de mercado nas linhas de crédito pessoal”, comunicou a estatal.

Já o Banco do Brasil costumava comunicar sua redução de juros minutos após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). No penúltimo corte da Selic, em 31 de janeiro, a companhia havia informado uma queda de até 0,04 ponto porcentual ao mês em sua taxa de juros, a depender do perfil do cliente. No entanto, a instituição financeira não soltou nenhum comunicado depois da redução de juros realizada pela equipe de Campos Neto nesta quarta-feira (20).

Em nota, o Banco do Brasil não confirmou nenhum corte em suas taxas de juros. No entanto, o banco disse que monitora e avalia permanentemente os diversos fundamentos do mercado e a concorrência, sempre no propósito de estabelecer sua política de preços em condições competitivas e adequadas às necessidades dos clientes. “Além da Selic, a definição das nossas taxas considera diversas variáveis, como curva de juros futuros, comportamento do cliente, do mercado e as características individuais de cada operação”, explicou a empresa.

Bancos estatais tomam decisão “surpreendente”

Para Acilio Marinello, professor da Trevisan Escola de Negócios e Partner da Essentia Consulting, o fato dos bancos públicos não anunciarem uma redução imediata em suas taxas de juros é algo surpreendente e inesperado pelo mercado. “Quando há uma redução dos juros pelo Banco Central, os bancos públicos são os primeiros a cortar juros. Isso acontece para eles fazerem uma pressão sobre o restante do mercado. Esse é o caminho natural e essa não redução é muito inesperado”, disse o professor.

Ele relatou que a não redução das taxas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal interferem não somente para as pessoas físicas, mas também pode atrapalhar o objetivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A dívida federal é ligada parcialmente aos bancos públicos. E se eles não reduziram suas taxas, o governo paga mais juros, aumentando o valor a ser pago, exigindo que o governo gaste mais dinheiro, o que atrapalha o objetivo de Haddad em encerrar o ano com déficit zero”, explicou Marinello.

Por outro lado, o especialista vê esse posicionamento como positivo para o investidor de Banco do Brasil. “Essa manutenção de juros reforça a ideia de que o Banco do Brasil tem uma gestão independente do governo e afasta o temor de que a companhia iria reduzir juros forçadamente para fomentar a economia. Isso definitivamente não está acontecendo”, afirmou Marinello.

Redução de taxas de juros nos bancos privados

O Itaú foi o único banco privado consultado pela reportagem a confirmar redução em sua taxa de juros. Em nota, a companhia disse que irá repassar a redução na taxa máxima do empréstimo pessoal no caso de clientes da modalidade pessoa física que contratarem o serviço a partir de segunda-feira (25). “O banco informa ainda que as taxas variam de acordo com o perfil do cliente e de seu relacionamento com o banco. A decisão faz parte do compromisso do Itaú em manter preços competitivos no mercado, oferecendo a melhor relação custo-benefício para seus clientes”, relatou o Itaú.

As demais instituições financeiras não confirmaram nenhuma redução, mas afirmaram que estão atentas aos movimentos do mercado. O Bradesco (BBDC3; BBDC4) comentou que “está avaliando” a possibilidade de reduzir suas taxas de juros.

O Santander (SANB11) afirmou que avalia constantemente a possibilidade de redução de juros em todas as suas modalidades de crédito para pessoa física. “As taxas aplicadas são compostas por uma série de fatores como a expectativa futura da taxa Selic, inadimplência e as políticas estratégias de crédito”, informou a empresa.

O Nubank (ROXO34) também foi procurado pela reportagem. A empresa disse que avalia periodicamente as taxas de juros dos empréstimos oferecidos aos clientes em função do custo de capital e do risco individualizado, de forma a refletir nas taxas praticadas as melhores condições possíveis.

“Em empréstimos consignados para servidores públicos federais, por exemplo, a redução de complexidades e a implementação de uma experiência 100% digital têm permitido ao Nubank cobrar uma das menores taxas de juros do mercado, segundo dados do Banco Central do Brasil”, detalhou o banco fundado por Cristina Junqueira.

Itaú sai na frente dos concorrentes

Segundo Acilio Marinello, o Itaú saiu na frente dos concorrentes pelo fato de ter uma boa gestão, o que resultou no maior lucro entre os privados com uma inadimplência controlada. A empresa administrada por Milton Maluhy Filho encerrou 2023 com um lucro líquido de R$ 35,6 bilhões. O Bradesco teve um lucro de R$ 16,3 bilhões, o Santander lucrou R$ 9,4 bilhões e o Nubank encerrou 2023 com um lucro de US$ 1 bilhão.

O Itaú também está com a menor inadimplência entre os pares privados. O indicador encerrou o quarto trimestre de 2023 em 2,8%. O número é menor que a inadimplência de 6,1% do Nubank, de 5,2% do Bradesco e de 3,1% no Santander.

Segundo Marinello, quanto maior a taxa de inadimplência entre os bancos, maior são os juros que a instituição financeira tende a cobrar de seus clientes. “Isso acontece pelo fato do aumento das provisões. Cobrar um juro maior ajuda o banco a cobrir os calotes dos clientes que não pagam. Infelizmente, quem paga as contas em dia acaba sendo penalizado no mercado por quem não paga”, argumentou Marinello.

Por fim, ele disse, ainda, que seria interessante para qualquer brasileiro, seja investidor ou não, continuar monitorando as taxas de juros dos bancos públicos. “Esse realmente é o grande destaque e um movimento muito inesperado. Talvez eles anunciem mudanças nas próximas semanas ou meses. A queda dos juros é um instrumento do Banco Central para reduzir o endividamento da população, mas se as instituições financeiras não reduzem os juros, o objetivo final não acontece na prática”, conclui Marinello.

Fonte: Estadão

Os bancos públicos devem crescer mais do que os privados em 2024?

Publicado em: 11/01/2024

Os bancos públicos devem continuar a crescer mais forte que os pares privados em 2024, de acordo com as previsões de mercado. Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal (CEF), que sustentaram um aumento de dois dígitos nas carteiras de crédito ao longo de 2023, devem manter uma expansão mais forte graças ao perfil dos negócios em que atuam e do maior conservadorismo dos concorrentes do setor privado.

Nos nove primeiros meses do ano, a carteira da Caixa cresceu 11,4% em relação ao mesmo período de 2022, batendo em R$ 1,091 trilhão. No BB, a expansão foi de 10%, para R$ 1,066 trilhão. A título de comparação, o Itaú Unibanco (ITUB4), que também tem mais de R$ 1 trilhão em operações, cresceu 5,7% no mesmo intervalo.

“Acredito que no primeiro semestre, o ‘W.O.’ (expressão típica dos esportes, quando o rival não aparece para a disputa) deve continuar, pelo menos em linhas direcionadas, e o mercado deve vir com mais parcimônia [que nós]”, afirma o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcos Brasiliano. Foi uma modalidade direcionada, o crédito imobiliário, que garantiu a “largada” do banco em 2023, com crescimento de 14,6% até setembro.

O vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB, Felipe Prince, diz que o mercado tende a crescer mais no próximo ano, ainda que de forma mais tímida que no período da pandemia. O banco, segundo ele, se beneficia por ter mantido o apetite de risco ao longo de 2023. “O que fizemos foi selecionar os mercados com melhor retorno ajustado ao risco”, afirma o executivo.

Com capital aberto, o BB deve divulgar apenas em fevereiro as expectativas de crescimento da carteira em 2024. Entretanto, tem sinalizado que pode crescer um dígito porcentual alto ou dois dígitos baixos em relação a 2023.

Fatores

A manutenção do apetite de Caixa e BB ao longo do ano se originam de alguns fatores. Primeiro, os dois bancos têm como principais carteiras mercados que têm garantias e inadimplência mais baixa, o imobiliário e o agrícola. Nos bancos privados, há uma maior presença de linhas de financiamento ao consumo, que têm maior risco.

Matheus Amaral, analista do Inter, afirma que a liderança dos dois bancos nessas linhas ajuda a explicar porque eles mantiveram o apetite enquanto os bancos privados restringiram as torneiras.

O BB tem mais da metade do mercado no crédito agrícola, que tem crescido junto com a produção rural no País. A Caixa detém quase 70% do crédito imobiliário, uma liderança que tem aumentado desde o ano passado. “É mais uma questão de o mercado desacelerar e esses bancos manterem o ritmo de concessão”, diz.

No começo do ano, o mercado esperava que os dois bancos crescessem de forma mais acelerada em 2023 após a troca de governo, dado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é favorável à expansão da presença das instituições públicas no mercado de crédito.

O vice-presidente e analista sênior da Moody’s, Alexandre Albuquerque, afirma que a expansão encontra bases técnicas no balanço dos bancos. “Os bancos públicos estão em uma posição melhor em relação a capital, que continua a ser acima dos pares privados, e esse é um fator que auxilia nesse crescimento”, diz. Outro ponto positivo, segundo ele, é o acesso a fontes de financiamento baratas – a poupança, no caso da Caixa, e depósitos à vista e judiciais, no do BB.

Uns foram, os dois ficaram

Brasiliano, da Caixa, afirma que em momentos de juro alto os bancos privados tendem a reduzir as concessões em carteiras como a do crédito imobiliário, que tem um prazo longo e margens mais baixas. “A carteira cresce nesse patamar acima de dois dígitos muito mais pela ausência do mercado competindo nessas duas linhas que fazemos bastante [habitação e infraestrutura]. Fazemos praticamente 100% do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, afirma.

Prince, do BB, diz que o banco não mudou a estratégia de concessão de crédito em 2023. “Concentramos o crescimento em linhas mais rentáveis, com melhor retorno ajustado ao risco e que estavam crescendo, não é contracíclico”, afirma o executivo.

Além do crédito rural, a instituição observou crescimento próximo a dois dígitos em linhas não direcionadas, como o consignado, que subiu 8,9% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado. O vice de Controles e Riscos diz que o banco conseguiu ganhar espaço no consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) diante do menor custo de operação.

Com as reduções no teto de juros da modalidade pelo governo, os bancos privados reduziram as concessões do produto, alegando que as taxas não cobrem os custos. No caso do BB, a origem é feita majoritariamente por meio da rede própria, sem correspondentes, que formam um fator de custo importante para os rivais. “Estruturalmente, o nosso consignado INSS é menos custoso que os dos outros bancos”, afirma Prince.

Fonte: eInvestidor

BB: Justiça garante função de caixa e mantém pagamento para a função

Publicado em: 07/12/2023

A Justiça manteve a decisão de uma tutela antecipada (liminar) concedida aos trabalhadores do Banco do Brasil, que impede a empresa de extinguir a função de caixa, garante o pagamento de gratificação e a incorporação desta aos salários para os profissionais que têm mais de dez anos na função, até a data da reforma trabalhista.

Vigente desde 2021, a tutela antecipada foi solicitada na Justiça pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para impedir a decisão unilateral da empresa de extinguir a função de caixa.

“O mérito foi julgado procedente, em favor dos trabalhadores, nesta ação que inclui ainda pedido de manutenção do pagamento da função de caixa e a incorporação desta gratificação para os que já a recebiam por dez anos ou mais, considerando a data da reforma trabalhista de 2017”, ressalta a assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados.

“O Sindicato sempre busca a solução de problemas e demandas dos trabalhadores pela via negocial, mas quando a direção do banco se nega a negociar, partimos para a via judicial. A sentença busca proteger a remuneração dos caixas e deve ser comemorada, mas é preciso manter a mobilização, já que o banco recorrerá da decisão e vamos precisar da categoria unida para seguirmos na defesa dos direitos”, enfatiza Felipe Garcez, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancário do Banco do Brasil.

No início de 2021, o BB anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, assim como o fim da gratificação para os escriturários que cumprem essa função.

Na época, o movimento sindical procurou negociar a situação com o banco. “Quando todas as tentativas de diálogo foram esgotadas com a direção do BB daquela época, procuramos a mediação do Ministério Público do Trabalho e, por fim, a Justiça”, lembrou a funcionária do BB e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

Em fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu o pedido de liminar da Contraf-CUT. O BB chegou a entrar com mandado de segurança e recursos subsequentes, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

Neste ano, uma audiência de conciliação foi realizada no dia 10 de novembro, mas como o BB apresentou proposta insuficiente que protegesse os trabalhadores, não houve acordo.

Na recente decisão, que aprecia o mérito do pedido, a juíza substituta da 16ª Vara do Trabalho de Brasília/DF, Audrey Choucair Vaz, considerou não ser “razoável que o empregador, servindo-se da força de trabalho dos empregados em cargo de confiança por mais de 10 (dez) anos, possa simplesmente, por ato unilateral e imotivado, retirar parte significativa da remuneração de tais empregados”, completando que o ato “constituiria arbitrariedade, além de extremo apego à liberdade empresarial, em detrimento excessivo da dignidade e segurança do trabalhador. Daí a necessidade de aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”.

Renata Cabral explicou que essa decisão não pode ser considerada como definitiva, porque o banco conta prazo para apresentar recurso. “Há pequenos ajustes na decisão, que também serão objeto de impugnação pela Contraf-CUT. A boa notícia é que, a sentença de mérito manteve os termos da tutela antecipada e protege os caixas e os coloca numa posição menos vulnerável nesse momento”, complementa a advogada.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

BB apresenta proposta em audiência sobre extinção de caixa executivo

Publicado em: 17/11/2023

Aconteceu na manhã do dia 10 de novembro a audiência de conciliação entre o Banco do Brasil e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A entidade, que representa os trabalhadores do sistema financeiro, foi atendida pela Justiça, ainda em 2021, com uma liminar que impede até hoje que o BB prossiga com o plano de extinguir a função de caixa.

No encontro, que aconteceu na 16ª Vara do Trabalho de Brasília, o banco não apresentou proposta que proteja os trabalhadores. “Para chegar a uma conciliação, a juíza indicou que o BB deveria apresentar uma proposta de incorporação da gratificação aos caixas que exercem a função há mais de 10 anos, tendo como marco temporal a Reforma Trabalhista de novembro de 2017. Para os demais caixas, que exercem a função há menos de 10 anos, teria que haver proposta de transição de carreira que, nas palavras da juíza, protegesse também esses funcionários”, explicou a assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados.

Na audiência, o BB disse ainda que não é possível a incorporação da gratificação de caixas. E, diante de muita discussão com os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras, afirmou que poderia se comprometer com esforços de recolocação dos empregados que atuam como caixas, além de garantir a gratificação por 18 meses, e não mais por 12 meses (como havia apresentado anteriormente).

Renata Cabral destacou que, como a resposta do banco foi insatisfatória aos trabalhadores, “considerando especialmente a questão de não avanço em relação à incorporação definitiva da gratificação de caixa para aqueles que a recebem há mais de dez anos, a juíza encerrou a audiência”.

O próximo passo será o julgamento, em data que ainda será marcada, quando a magistrada irá proferir a sentença sobre o caso.

“Quando a sentença for proferida, seremos intimados. Se o pedido for procedente, ou seja, favorável aos trabalhadores, corroborando a liminar vigente que obtivemos, as coisas seguirão como estão e o banco terá um prazo para apresentar recurso”, destacou a advogada. “Caso a juíza julgue improcedente o pedido dos trabalhadores, obviamente a liminar cairá e nós teremos prazo para entrar também com recurso”, completou.
Entenda

No início de 2021, o BB anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

“De início, procuramos negociar nas mesas de mediação com o banco. Em seguida, tentamos mediação junto ao Ministério Público do Trabalho. Mas, como a diretoria na época não nos atendeu, buscamos a Justiça”, lembrou a funcionária do BB e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, que representou a Contraf-CUT na audiência.

Em 18 de fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu a liminar da Contraf-CUT e proibiu o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. Na decisão, o magistrado também determinou a incorporação da gratificação de caixa para os empregados que a recebiam há mais de dez anos. O BB chegou a entrar com mandado de segurança e recursos subsequentes, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

No início do ano, ao avaliar possível “disposição das partes para uma autocomposição”, passados dois anos desde que a Contraf-CUT ajuizou a ação que impediu banco de extinguir a função, a juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Audrey Choucair Vaz, agendou audiência de conciliação para o dia 10 de fevereiro, mas o Banco do Brasil solicitou adiamento e, com a concordância da Contraf-CUT, a magistrada acolheu o pedido.

Nesta sexta-feira (10), a audiência finalmente foi realizada. Entretanto, como o banco não apresentou proposta que garanta a proteção dos trabalhadores, não houve avanço.

O tema segue agora para julgamento, ainda sem data para acontecer. Enquanto isso, continua valendo a liminar obtida pela Contra-CUT e que impede, desde 2021, que o Banco do Brasil prossiga com o plano de extinguir a função de caixa, junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

Fonte: Contraf-CUT

BB e Caixa anunciam redução de taxas de juros, após decisão do Copom

Publicado em: 21/09/2023


Assim como ocorreu na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom), os bancos estatais anunciaram redução de suas taxas de juros, acompanhando o corte da Selic, na sequência à divulgação da decisão.

O Banco do Brasil anunciou a redução de suas taxas de juros, que pode chegar até 0,04 ponto percentual ao mês, conforme as características da linha. As novas taxas estarão disponíveis para os clientes pessoa física a partir de amanhã (21). Para pessoa jurídica, a redução começa a valer a partir de sexta-feira (22 de setembro).

Segundo o BB, em PF haverá redução de taxas em crédito consignado para o setor público e INSS, financiamento de veículos, automático, salário, benefício, renovação, 13º salário e cartão de crédito. “Vale destacar o crédito consignado para o setor público e o crédito estruturado (com garantias), que passam a contar com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês e 1,21% ao mês, respectivamente.”

No consignado do INSS, a taxa cai do patamar atual de 1,75% ao mês para 1,71% ao mês, na mínima. Na ponta do teto, a nova taxa é 1,85%, ante 1,89% praticados até aqui.

Em PJ, o BB definiu taxas mais baixas para as linhas de desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam em função do relacionamento com os clientes.

Segundo o BB, em PF haverá redução de taxas em crédito consignado para o setor público e INSS, financiamento de veículos, automático, salário, benefício, renovação, 13º salário e cartão de crédito. “Vale destacar o crédito consignado para o setor público e o crédito estruturado (com garantias), que passam a contar com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês e 1,21% ao mês, respectivamente.”

No consignado do INSS, a taxa cai do patamar atual de 1,75% ao mês para 1,71% ao mês, na mínima. Na ponta do teto, a nova taxa é 1,85%, ante 1,89% praticados até aqui.

Em PJ, o BB definiu taxas mais baixas para as linhas de desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam em função do relacionamento com os clientes.

Fonte: Valor Investe

Drex: BB e Caixa realizam 1ª transferência via real digital entre bancos públicos

Publicado em: 11/09/2023


A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil realizaram as primeiras transferências entre bancos púbicos utilizando o Drex, o novo real digital. A operação envolveu o envio de reservas bancárias em um ambiente de testes do Banco Central do Brasil (BC).

O Drex está em processo de implementação pelo BC e ainda não tem um cronograma oficial de lançamento. A expectativa é que a nova moeda seja liberada para o público no final de 2024.

De acordo com os bancos, as transações ocorreram nos dias 30 e 31 de agosto. Primeiro, os valores em moeda digital foram transferidos da carteira do Banco do Brasil para a Caixa. Em seguida, foram enviados pela Caixa à carteira do BB.

“Estamos entusiasmados com os resultados positivos até agora e ansiosos para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis”, disse a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou ser um passo importante em direção a um sistema financeiro mais eficiente. “O Drex é mais uma iniciativa bem-sucedida, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização.”

Tokenização é o movimento de transformação de um bem ou ativo real em uma representação digital — caso do Drex.

Na prática, a moeda digital nada mais é do que uma nova representação do Real, só que 100% disponível em uma plataforma digital. Ou seja: o Drex é o Real, mas em plataforma virtual.

A expectativa da Caixa é que, com a chegada do Drex, os serviços financeiros sejam melhorados e barateados.

“Um exemplo prático é a previsão de que o financiamento de um imóvel, por exemplo, poderá ser realizado em questão de horas. Isso acontecerá uma vez que, tanto o dinheiro quanto o imóvel, serão tokenizados”, informou o banco, em nota.

Fonte: Globo.com

Caixa, BB, BNB e Banco da Amazônia vão integrar serviços

Publicado em: 25/07/2023


A Caixa, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia criaram um grupo de trabalho para integrar os serviços. A intenção é que, ainda em 2023, seja possível que os clientes usem os caixas eletrônicos de qualquer unidade de atendimento das 4 instituições financeiras.

O governo federal é o controlador dos 4 bancos, apesar de o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia terem atuação regional. A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, disse que é a 1ª vez no Brasil que os 4 bancos federais estão dialogando para ter uma ação que beneficie a população.r360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.

A Caixa quer, por exemplo, que beneficiários do Bolsa Família possam sacar o benefício em qualquer uma das unidades das 4 instituições financeiras. O processo de integração terá duas fases, todas ainda neste ano: as agências bancárias; as lotéricas da Caixa.

Serrano declarou que os 4 bancos integrados terão uma rede de atendimento de 9.000 agências e 13.000 unidades lotéricas, ou 22.000 pontos de serviços bancários.

A presidente da Caixa disse que as 22.000 unidades de atendimento dos 4 bancos federais estarão à disposição dos 5.564 municípios e dos 21 milhões dos beneficiários do Bolsa Família. Segundo ela, no passado, essa política de compartilhamento era feita de forma individualizada da Caixa com outro banco, e que, agora, será integrada entre as 4 instituições bancárias federais.

“Todos os caixas eletrônicos estarão aptos a receber clientes da outra instituição financeira”, declarou Serrano. “Se unificarmos as agências e as lotéricas, nós estamos falando em torno de 22.000 unidades”, completou.

Serrano afirmou que a intenção é ganhar escala com atendimento à população, que vai ao encontro do pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os 4 bancos também pensarão em ações de sustentabilidade, segurança conjunta e estrutura da experiência digital. “É um marco histórico”, declarou a presidente da Caixa.

Questionada sobre o prazo de implementação do compartilhamento da rede, Serrano declarou que dependerá da tecnologia de cada banco. “Cada um tem um sistema diferente”, disse. “Eu acredito que este ano ainda esse compartilhamento de serviços e atendimento já esteja disponível”, acrescentou.

Ela negou que seja um “balcão único” de serviços financeiros dos 4 bancos e que, no 1º momento, só valerá para caixas eletrônicos.

O ACORDO

O acordo cria um grupo de trabalho multidisciplinar para discutir parcerias entre os bancos. A intenção é integrar serviços para facilitar o acesso aos produtos financeiros.

Assinaram o protocolo as presidentes do BB (Banco do Brasil), Tarciana Medeiros, da Caixa, Maria Rita Serrano, do BNB (Banco do Nordeste), Paulo Câmara (por videoconferência), do Basa (Banco da Amazônia), Luiz Lessa, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

A Caixa já tem compartilhamento de rede com o BNB. Além disso, disse que possui mais de 100 convênios de pagamento e recebimento com empresas privadas. Com o BB, a Caixa compartilha um data center (Cidade Digital), parceria que se iniciou em 2013.

O acordo busca soluções tecnológicas inovadoras, como melhorias relacionadas a sistemas de autenticações com biometria e logins compartilhados.

Fonte: Poder 360

Caixa e BB são os bancos que mais emprestam via Pronampe

Publicado em: 19/06/2023


A Caixa e o Banco do Brasil realizaram mais de 121 mil operações de crédito via Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) em 2023. O número representa mais da metade das operações do programa neste ano.

As instituições financeiras emprestaram sozinhas mais de R$ 9,1 bilhões até 13 de junho de 2023. Foram R$ 5,1 bilhões da Caixa e R$ 4 bilhões do Banco do Brasil. Os números foram obtidos pelo Poder360 junto ao Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

No acumulado da série histórica, que se iniciou em 2020, o valor contratado nos 2 bancos supera R$ 68,3 bilhões. Desse total, R$ 37 bilhões foram emprestados pela Caixa e R$ 31,3 bilhões pelo Banco do Brasil.

O Itaú aparece em 3º lugar em valor de crédito concedido. Em 2023, o banco emprestou R$ 2,9 bilhões via Pronampe. No total, foram R$ 12,5 bilhões desde o início do programa.

Os pequenos negócios solicitaram R$ 15,7 bilhões pelo Pronampe em 2023. Desse total, R$ 11,6 bilhões foram destinados às pequenas empresas, enquanto R$ 4,1 bilhões foram concedidos às microempresas.

Já os MEIs (microempreendedores individuais), que foram incluídos no Pronampe no ano passado, receberam R$ 112 milhões em crédito em 2023.

Quando se avalia a trajetória de empréstimos do Pronampe desde a sua criação, observa-se que o valor médio do empréstimo é de R$ 74.763. As operações de crédito podem ser utilizadas para realizar investimentos e para pagar despesas operacionais.

O Pronampe, que se tornou permanente em 2021, permite operações de crédito no limite de 30% do faturamento anual das empresas. A contratação de empréstimos pelo programa é mais rápida que a das linhas tradicionais, tendo em vista que eventuais inadimplências são cobertas pelo FGO (Fundo Garantidor de Operações), e os juros ficam abaixo dos praticados no mercado.

Fonte: Poder 360

Caixa e BB aderem à suspensão do consignado para aposentados do INSS

Publicado em: 17/03/2023


Caixa e Banco do Brasil estão seguindo os bancos privados e aderiram à suspensão das linhas de crédito consignado para aposentados do INSS, segundo o blog apurou com fontes da equipe econômica do governo.

Uma fonte da área técnica do BB disse ao blog que não é viável manter as linhas de crédito com taxa de 1,70%.

A suspensão ocorre depois de o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduzir as taxas máximas de juros dessa modalidade de 2,14% para 1,70%. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos não têm condições de pagarem os custos de captação de clientes com as novas taxas determinadas pelo órgão ligado ao Ministério da Previdência.

89% do consignado de aposentados do INSS é concedido por bancos privados. Caixa e Banco do Brasil atuam em 11% dos empréstimos e atualmente cobram taxas acima dos 1,70% definidos como teto na última segunda-feira (13).

O custo de captação de clientes é maior em especial no interior do país. Há uma norma do Banco Central que proíbe que bancos ofereçam linhas de crédito que sejam deficitárias.

Fonte: Portal G1

BB: audiência de conciliação sobre extinção da função de caixa executivo no dia 10

Publicado em: 27/01/2023


A juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Audrey Choucair Vaz, agendou para o dia 10 de fevereiro uma audiência de conciliação entre o Banco do Brasil e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), atendida pela Justiça, ainda em 2021, com uma liminar que impediu que a então presidência do Banco do Brasil prosseguisse com o plano de extinguir a função de caixa.

“No início de 2021, o BB anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, consequentemente, fim da gratificação paga aos escriturários que cumprem a função”, relembra o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Assim que soubemos, tentamos negociar, inclusive com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Mas o BB, então sob a direção de Fausto Ribeiro, não quis nos atender, então tivemos que buscar a Justiça”, completa.

Em 18 de fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu a liminar da Contraf-CUT e proibiu o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. Na decisão, o magistrado também obrigou o BB a incorporar o valor integral da gratificação de caixa para os empregados que, em 10/11/2017, a recebiam há mais de dez anos, justificando que “a forte automação bancária e os interesses do capital não devem ser as únicas variáveis a serem consideradas quando se cogita de uma reorganização empresarial”.

“A extinção do cargo foi anunciada pelo governo em plena pandemia, junto com o fechamento de mais de 5 mil postos de trabalho, agências, postos de atendimento e escritórios de negócios. Tudo indicava para um processo de enxugamento para preparar o BB para a privatização”, observou a funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na CEBB, Fernanda Lopes.

Após a liminar, a então direção do BB entrou com mandado de segurança para tentar cassar a decisão e prosseguir com o plano de acabar com a função de caixa, mas, em 6 de julho de 2021, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa. “Nesse julgamento, garantimos o direito dos caixas continuarem a receber o valor integral de suas gratificações”, informou na época a assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados. “Manter a função de caixa e o pagamento da respectiva gratificação é o reconhecimento preliminar do Judiciário sobre a ilegalidade cometida pelo banco ao alterar o contrato de trabalho de forma lesiva e unilateral”, completou.

No despacho chamando para audiência de conciliação, no próximo dia 10, a magistrada Audrey Choucair Vaz avaliou que, passados dois anos desde que a Contraf-CUT ajuizou a ação que impediu a extinção da função de caixa, “é possível que tenha havido alteração na disposição das partes para uma autocomposição”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

 

Qual o futuro da Caixa e do BB com o novo Governo Lula?

Publicado em: 15/12/2022


Falta pouco para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva assuma seu posto e nesta quinta, 8, o ex-ministro da Fazenda e membro da equipe transição, Nelson Barbosa disse acreditar que tanto a Caixa Econômica quanto o Banco do Brasil permanecerão ligados ao Ministério da Fazenda.

Ontem, ele que integra a equipe de transição do governo no grupo da economia, esteve presente em reuniões separadas com o presidente do BB, Fausto Ribeiro, da Caixa, Daniella Marques, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.

Ele disse acreditar que os bancos vão continuar ligados ao Ministério da Fazenda, alegando que este sempre foi o desenho em outros governos. Este assunto foi levantado por jornalistas por quando o ex-ministro chegou no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde acontecem os trabalhos de transição.

Barbosa explicou que as reuniões com os presidentes dos bancos públicos já foram feitas para falar justamente da transição.

Caixa e Banco do Brasil na transição 

Ao Valor, Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil disse que de sua parte, a instituição pública terá uma “transição tranquila” para o novo governo comandado por Luiz Inacio Lula da Silva que venceu as eleições 2022. Ele se colocou à disposição para conduzir este processo no BB.

“Sou funcionário de carreira e um técnico”. Da minha parte não terá resistência alguma, pois o BB é uma empresa pública que sempre cumpre as determinações legais. Cumpriremos a legislação vigente de apoiar o processo quando demandados”, disse Fausto ao Valor.

Já na Caixa, Daniella Marques, presidente do banco, disse também a interlocutores que irá colaborar com a transição de governo para a gestão do petista. Ela passou a comandar a Caixa em julho, logo depois da saída Pedro Guimarães, em decorrência de denúncias de assédio moral e sexual. Guimarães era um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro.

Em sua gestão, Marques procurou aplicar uma política de valorização das mulheres e aumentou o foco da Caixa na execução de programas sociais, como o Auxílio Brasil. Na visão da oposição, ela priorizou programas e ações com impacto eleitoral, na tentativa de ajudar na campanha de Bolsonaro.

Fonte: Portal FDR

 

Lula quer mulheres no comando da Caixa Econômica e do Banco do Brasil

Publicado em: 08/12/2022


Os nomes podem ainda não estar fechados, mas Lula já tem dividido com aliados próximos o perfil que deseja no comando do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal: mulheres.

A Caixa e o BB são as duas maiores instituições financeiras públicas e funcionam como instrumento central para viabilizar políticas sociais, como o pagamento do Bolsa Família e o financiamento imobiliário.

O plano também é visto como uma forma de o governo eleito aumentar a participação feminina em cargos de peso.

Fonte: O Globo

Presidente da Caixa desafia BB: “seremos os maiores em crédito rural até 2024”

Publicado em: 01/05/2022


O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, voltou a desafiar o Banco do Brasil, líder no mercado de crédito agrícola no país, e disse que quando a instituição for “mais ou menos” vai assumir a ponta do ranking.

Durante a abertura da 27ª edição da Agrishow, Guimarães repetiu que a Caixa será o maior banco do agronegócio até dezembro de 2024. Ele disse que o banco tem as menores taxas do crédito rural, de 9,5% ao ano.

“Aqui ouvimos várias críticas em relação à Caixa. Ótimo, estou aqui para aprender. Hoje, nós somos só muito ruins. O dia que a Caixa for mais ou menos nós vamos ser o maior banco do agronegócio”, afirmou.

De julho até meados de abril, o BB já desembolsou mais de R$ 119 bilhões em crédito rural por meio de linhas e títulos do agronegócio. No sistema de informações do Banco Central consta a liberação de R$ 14,2 bilhões pela Caixa até março de 2022 pelos programas do Plano Safra.

Fonte: Valor Investe

Prefeitos querem acabar com Fundeb apenas no Banco do Brasil e Caixa

Publicado em: 18/03/2022


A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) ampliou os esforços para tentar derrubar o veto da lei que altera o Fundeb (fundo de financiamento da educação) e que proíbe a gestão da folha de pagamento aos profissionais da educação básica em contas que não sejam do Banco do Brasil ou da Caixa.

Segundo a entidade, prefeitos estão pressionando parlamentares, alegando que a movimentação dos salários em bancos privados, públicos estaduais e cooperativas de crédito levou cerca de R$ 11 bilhões para os cofres de estados e municípios nos últimos cinco anos.

Outra questão que preocupa, segundo os líderes municipais, é que muitas cidades não possuem agências do BB ou da Caixa, obrigando os profissionais a se deslocar para outro município para movimentar seus salários.

No projeto de lei, havia a previsão de instituir uma conta específica do Fundeb para processamento de folha de pagamento dos profissionais em outras instituições financeiras, além de atribuir a essas instituições a responsabilidade de disponibilizar permanentemente os extratos bancários. Ao vetar, o presidente Bolsonaro justificou que a iniciativa seria insuficiente como mecanismo de controle e transparência dos recursos do fundo.

De acordo com estudo da CNM (Confederação Nacional de Municípios) divulgado em outubro do ano passado, o veto representa impacto negativo para 1.471 cidades que têm contratos vigentes com outros bancos e terão de arcar com multas por quebra de contrato.

Fonte: Amazonas Atual

Economus: aprovada proposta de alteração que beneficia participantes do Grupo C

Publicado em: 12/03/2022


Conforme divulgado anteriormente, com a reforma da previdência, implementada pela Emenda Constitucional nº 103/2019, muitos participantes que optaram pelo saldamento tiveram a data de elegibilidade à aposentadoria postergada.

O Economus propôs alteração no regulamento que garantirá ao participante saldado o direito à concessão do benefício, desde que cumprido os demais requisitos, na data prevista de elegibilidade plena indicada no extrato para o saldamento.

O texto final foi aprovado, em fevereiro/2022, pelo Conselho Deliberativo, após manifestações favoráveis do Banco do Brasil e da SEST – Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais.

O processo será enviado nos próximos dias à Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc, que tem previsão de 30 dias úteis para a análise, conforme legislação vigente.

Assim que tivermos novidades sobre este assunto, manteremos todos os participantes e assistidos informados por meio de nossos canais de comunicação. Acompanhe!

Saiba mais sobre essa importante proposta:

– Acesse e veja a Proposta de Alteração completa: bit.ly/3HUrxf5

– Veja aqui o quadro comparativo com a redação atual e as propostas realizadas: bit.ly/3I1vHSp

Fonte: Economus

Bancários protestam contra desmonte da Caixa e do Banco do Brasil

Publicado em: 09/12/2021


Bancários da Caixa e do Banco do Brasil protestaram nesta terça-feira 7 em todo o país contra o desmonte dos bancos públicos, promovido pelo atual governo. Em São Paulo, o Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos e seus trabalhadores foi realizado em diversas agências da capital. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve presente em unidades do Banco do Brasil de todas as regiões da cidade e na concentração da Caixa no bairro do Brás e agência Airton Sena, na zona sul.

“Protestamos com faixas e carro som. Foi um ato importante porque nos possibilitou dialogar com os trabalhadores e com a população chamando atenção para o verdadeiro desmonte promovido pelo governo Bolsonaro. Principalmente sobre a falta de funcionários, notoriamente percebida por todos. O BB precisa urgentemente contratar e melhorar as condições de trabalho dos funcionários”, destacou a diretora do Sindicato e funcionária do BB, Adriana Ferreira.

“As entidades representativas dos trabalhadores em todo o país estiveram hoje conversando com os empregados sobre a importância da defesa da Caixa como banco público e denunciando os ataques da atual direção. Foi mais um ato de luta contra esse projeto que visa destruir as empresas públicas. Sabemos que essa direção vai passar e nós, empregados, vamos resistir e permanecer”, frisou a dirigente da Fetec-SP, Tamara Siqueira, empregada da Caixa.

Os bancários da Caixa e do BB exigem melhores condições de trabalho, fim de metas desumanas, abusivas e do assédio institucional, e mais contratações para reduzir a sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento à população.
Dados do desmonte

Enquanto bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são importantíssimos para o desenvolvimento do país e para a execução de políticas em prol da população, como crédito para a agricultura familiar, no caso do BB, e para programas sociais no caso da Caixa. Apesar disso, estão sofrendo ataques.

Em janeiro deste ano, a direção do BB deu início a uma “reestruturação” que previu o fechamento de mais de 360 unidades, o desligamento de 7 mil funcionários e a venda de subsidiárias. Em relação à Caixa, o governo articula a privatização das loterias e quer abrir o capital do banco. Paralelo ao desmonte, os trabalhadores que continuam nos bancos são submetidos à sobrecarga de trabalho e a metas abusivas.

No BB, houve redução de 27.147 postos de trabalho em 8 anos, ou seja, uma diminuição de 3.393 empregos por ano. Apenas nos últimos meses – de janeiro a setembro de 2021 – foram menos 7.037 postos.

 

Já na Caixa houve redução de 15.926 postos de trabalho desde 2014. Houve um pequeno aumento das contratações neste ano, mas isso se deve à luta do movimento sindical, que conquistou na Justiça a chamada dos concursados de 2014.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Municípios perdem bilhões com exclusividade do BB e da Caixa na gestão do Fundeb

Publicado em: 01/10/2021


As entidades que representam os municípios brasileiros estão em ofensiva para alterar o texto do Decreto 10.656, de março deste ano, que determinou o monopólio do Banco do Brasil (BB) e da Caixa na gestão dos recursos do Fundeb a estados e municípios.

Mantidos os termos desse decreto, segundo as entidades, está sendo quase impossível atrair interessados para os leilões de folha de pagamento dos servidores, uma vez que, sem o pagamento dos salários dos profissionais da educação, segmento que representa 30% do total do funcionalismo público do país, perde-se um dos principais atrativos dos leilões.

Para se ter uma ideia, neste ano, 300 de um total de 410 leilões de folha de servidores não tiveram proposta por parte dos bancos privados, os principais interessados nesse tipo de negócio. Esses eventos representariam um reforço de caixa aos municípios de mais de R$ 1 bilhão. Esses recursos são usados livremente para investimentos e outras necessidades.

Entre os estados, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além do Distrito Federal, começaram a se movimentar contra o texto do decreto.

Vale lembrar que 2.500 municípios não têm agências nem postos de atendimento do Banco do Brasil e da Caixa, ou seja, cidades que não poderão vender folha de pagamento da educação. Nessas localidades, professores e funcionários terão que pegar o salário em outras cidades.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

Banco do Brasil e Caixa poderão ter mais greves caso deixem Febraban

Publicado em: 02/09/2021


A desfiliação da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) poderá tornar os bancos públicos mais suscetíveis a greves de funcionários. Atualmente as negociações salariais são feitas conjuntamente pela Febraban, independente da natureza do banco.

A expectativa, segundo autoridades dos dois bancos, sob sigilo, é que estas entidades voltem ao padrão anterior a 2006, quando, com negociações salariais separadas dos bancos privados, Caixa e BB tinham mais paralisações ou greves mais longas que as dos bancos privados.

Desde 2006, a campanha salarial de todos os bancários é conduzida pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban), que é o braço sindical do sistema financeiro. A pauta de reivindicações é unificada com assinatura de convenção coletiva de trabalho, válida em todo o país.

Contudo, não é possível vislumbrar nenhuma greve no curto prazo. A atual convenção coletiva dos bancários tem validade até setembro de 2022.

Caixa e Banco do Brasil ameaçam se desligar da entidade em reação ao manifesto articulado por empresários, endossado pela Febraban, em defesa de uma harmonia entre os Poderes, após ataques às instituições democráticas. Os dirigentes dos bancos viram no texto um ataque ao governo de Jair Bolsonaro, embora ele não seja citado no documento.

Outros bancos federais, o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB) também são associados da Febraban. A assessoria do Basa informou que o assunto não está em discussão no momento. Já a assessoria do BNB não quis comentar.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que está liderando a saída dos bancos públicos da Febraban, disse nesta segunda-feira a interlocutores acreditar que a entidade vai recuar. Os dois bancos privados representam 22,5% do orçamento anual da Febraban. Procurada, a assessoria de imprensa também disse que a Caixa não iria se manifestar, mesmo posicionamento do Banco do Brasil.

Fonte: Portal IG

Caixa é o principal alvo de reclamações entre os 5 maiores bancos

Publicado em: 30/07/2021


A Caixa Econômica Federal é o principal alvo de reclamações entre os 5 bancos com mais clientes no Brasil (Caixa, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú).

A instituição lidera o ranking de reclamações do Banco Central do Brasil desde o 3º trimestre de 2020. Nos últimos 3 meses de 2019, estava na 4ª posição. A mudança aconteceu durante a pandemia e depois de o auxílio emergencial ser criado.

Na lista do 2º trimestre de 2021, divulgada na 6ª feira (23.jul.2021), a Caixa continuou na liderança.

Ao ser questionada sobre a alta de reclamações, a Caixa afirma que “realiza desde 2020 a maior operação de pagamento de benefícios sociais do Brasil“. Diz que mais de 120 milhões de pessoas recebem, por meio do banco, benefícios sociais, entre eles o auxílio emergencial da pandemia.

Dezenas de milhões de brasileiros foram cadastradas na Caixa para receber o auxílio emergencial. Segundo o banco, 38 milhões de pessoas passaram a ter uma conta gratuita na instituição. O número de clientes Caixa disparou ano passado. Subiu 51% do 1º trimestre de 2020 para o 2º trimestre deste ano. Passou de 96 milhões para 146 milhões.
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Como o processo foi muito rápido para atingir pessoas de baixa renda vulnerabilizadas pela pandemia, que nem sempre estavam familiarizadas ao sistema do banco, houve muita reclamação.

A principal queixa contra a Caixa desde o 3º trimestre de 2020 é ao seu internet banking (a plataforma digital no banco).

No 4º trimestre de 2019, problemas com o recurso apareciam na 20ª posição da lista de reclamações. O banco afirma que o uso da plataforma cresceu durante a pandemia.

Reclamações de “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços disponibilizados em internet banking” representam 24% do total de reclamações.

Sobre o internet banking, a Caixa afirma que com a Pandemia e a necessidade de isolamento físico “ocorreu aumento no volume de transações utilizando o Internet Banking“. Também diz ter procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes.

“O banco atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação de casos suspeitos e na prevenção das fraudes“, diz.

As reclamações aos 5 maiores bancos subiram durante a pandemia. Segundo o Banco Central, “as instituições tiveram mais dificuldades com o atendimento de clientes” no período.

A autoridade monetária cita as restrições ao atendimento presencial em agências e funcionários que ficaram doentes durante o período.

O ranking de reclamações

A lista baseia-se em um índice proporcional desenvolvido pelo Banco Central, a autoridade monetária brasileira.

O número de queixas é dividido pela quantidade de clientes do banco e multiplicado por 1 milhão. São consideradas só as reclamações encerradas no período e supervisionadas pelo Banco Central nas quais há indício de descumprimento de obrigatoriedade por parte da instituição.

Considerados todas as instituições financeiras, e não só os 5 maiores bancos, o Banco Maxima (que mudou de nome, e agora se chama Master) encabeça a lista.

O Banco Central recomenda que as instituições financeiras busquem “comunicação segura, tempestiva e adequada” com os clientes para melhor atendê-los. “Principalmente neste novo contexto em que o cliente recorre às agencias físicas cada vez menos“.

Informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.

Fonte: Federação dos Bancários do Estado de Santa Catarina

Na contramão do BB, Caixa Econômica anuncia abertura de 75 agências

Publicado em: 04/02/2021


O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, anunciou a abertura de 75 novas unidades em todo o Brasil, na contramão do Banco do Brasil que deve fechar 361 agências. Dessas unidades, 20 serão especializadas no agronegócio. A expansão visa aumentar agências nas regiões Norte e Nordeste. Com a ampliação de sua rede de atendimento, o banco pretende beneficiar cerca de 18 milhões de brasileiros.

Na região Nordeste, serão abertas 36 novas unidades: 16 no Maranhão, nove no Ceará, sete no Pernambuco, duas na Bahia, uma na Paraíba e uma no Piauí. Na região Norte, serão 19 novas unidades: 16 no Pará, duas no Amazonas e uma em Rondônia. Para a região Centro-Oeste, a Caixa vai abrir 10 unidades: quatro no Mato Grosso, três em Goiás e três em Mato Grosso do Sul. Sete unidades serão inauguradas na região Sudeste: três em Minas Gerais, duas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Na região Sul, duas unidades serão abertas no Paraná e mais uma no Rio Grande do Sul.

Com essa expansão, o banco estará presente em todos os municípios brasileiros com mais de 40 mil habitantes, mantendo a maior capilaridade dentre as instituições financeiras brasileiras, totalizando 4,2 mil agências. Além disso, a Caixa possui 788 postos de atendimento, 8,8 mil correspondentes bancários Caixa Aqui, 13 mil unidades lotéricas, duas agências-barco e 12 agências-caminhão, o que somará 26 mil pontos de atendimento físico direto ao cidadão.

A Caixa assumiu em 2021 a gestão dos recursos e do pagamento das indenizações do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). As solicitações podem ser feitas nas unidades do banco para acidentes com vítimas ocorridos a partir de 1° de janeiro deste ano. Ao todo, o banco já realizou 23,9 mil atendimentos, desde 19 de janeiro.

De responsabilidade da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), vinculada ao Ministério da Economia, o DPVAT é um seguro obrigatório destinado a indenizar vítimas de acidentes de trânsito ocorridos em todo o território nacional. Conforme contrato firmado entre CAIXA e SUSEP, o banco será o responsável pela gestão dos recursos do seguro e pelo pagamento das indenizações, assegurando à população o acesso ao benefício.

Em breve, será lançado o App DPVAT, que irá proporcionar ainda mais facilidade na hora de solicitar o seguro. O aplicativo permitirá o upload dos documentos e o acompanhamento da solicitação de indenização. Mais informações podem ser encontradas no site www.caixa.gov.br/dpvat ou pelo telefone 0800 726 0207.

Fonte: O Dia

BB encerra parceria com Caixa em lotéricas e amplia rede Mais BB

Publicado em: 15/10/2020


O Banco do Brasil (BB) informa que a parceria com a Caixa Econômica Federal para utilização das lotéricas e TAA’s compartilhados será encerrada a partir de 18 de novembro.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o banco informa ainda que iniciou ação para ampliar sua rede de correspondentes (Rede Mais BB) nos municípios que atualmente contam exclusivamente com aqueles canais de atendimento.

“É importante ressaltar que a Rede Mais BB disponibiliza portfólio de serviços para os clientes do Banco do Brasil, tais como: recebimento de boletos, saldos e extratos; convênios e tributos; depósitos; pagamento de Benefícios do INSS, além dos saques de conta corrente e poupança”, lembra o banco.

Fonte: Diário do Nordeste

Artigo: Parcerias entre BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica

Publicado em: 09/10/2020


Cézar Manoel de Medeiros*

Segundo Keynes, os bancos, baseados em depósitos à vista, em aplicações financeiras e em títulos de capitalização, captados com compromissos de curto prazo junto a seus clientes, podem criar fundos rotativos (finance) que possibilitam financiar pré-investimentos (empréstimos – ponte) visando efetivar encomendas de máquinas e equipamentos, etc…) para projetos de investimentos para expansão e modernização da capacidade de produção.

Esses empréstimos de curto prazo, que impulsionam investimentos, podem ser substituídos por títulos mobiliários via (lançamentos de ações, de debêntures, de bônus, etc…), e que são colocados no mercado de capitais através de fundos de investimentos (funding) que são estruturados pelos próprios bancos credores e outras instituições financeiras.

Configurados em grandes conglomerados, ou verdadeiros Bancos Universais Contemporâneos, os bancos que atuam em vários segmentos financeiros: banco comercial, banco de investimentos, administradoras de planos de previdência e de consórcios, seguradoras, crédito imobiliário, leasing, financeira, operações de câmbio e de cobrança, etc. Eles podem percorrer todo o circuito financeiro: empréstimos de curto prazo até o financiamento de longo prazo e/ou capitalização no mercado de capitais.

Os bancos operacionalizam, portanto, importante premissa keynesiana: os investimentos são realizados à priori e não a poupança, como propõem os economistas ortodoxos. Ou seja: o investimento gera emprego e renda, que geram consumo e poupança.

Não é necessário portanto, sacrificar o consumo para obter poupança a priori. O pós-keynesiano Hymann Minsky desenvolveu o conceito e a metodologia para classificar as situações financeiras resultantes de empréstimos tomados pelas empresas e pelas famílias:

1- Devedores em situação de alta fragilidade financeira (Situação Ponzi) são aqueles que não são capazes de cumprir com suas obrigações nem com amortizações e nem com juros, o que resulta na elevação de seus níveis de endividamento e/ou inadimplência;

2- Devedores (pessoas físicas e jurídicas) que são capazes de arcar com seus compromissos de juros e de amortizações estão em plena situação de plena cobertura de seus empréstimos ou situação “Hedge”,

3-Devedores que são capazes de arcar apenas com seus encargos financeiros referentes aos juros, mas necessitam postergar amortizações, ou seja, estão em situação intermediária.

Ao adotarem linhas de crédito adequadas quanto a prazos e encargos financeiros em obediência à capacidade de pagamento de cada grupo específico de devedores, os conglomerados financeiros (oficiais e privados) estarão aptos para promover mudanças nas situações dos devedores, sejam das empresas e famílias que se encontram na situação Ponzi ” ou na situação intermediária, de modo a garantir a solvência de seus mutuários, recuperar o poder aquisitivo das famílias e a capacidade de investimentos das empresas.

Como a concentração e a conglomeração financeira configuram o sistema bancário brasileiro contemporâneo, que é um setor altamente oligopolizado não homogêneo, o que indica que a diferenciação consiste na principal estratégia empresarial para conquistar maior participação no mercado.

Em poucas palavras; a instituição financeira que tomar iniciativa em suas estratégias de diferenciação e na medida em que envolver seus recursos humanos de altos níveis de qualificação, de criatividade, de envolvimento e de comprometimento dos referidos objetivos, estará elevando sua participação no mercado de capitais.

O Banco do Brasil e a CEF estão configurados como BUC’s – Bancos Universais Contemporâneos ou Conglomerados Financeiros atuando como banco comercial, financeira, leasing, securities, diferentes modos de captação de recursos e de linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas, prestação de serviços como recolhimentos de impostos e de cobrança, de operações de câmbio, de aquisição de recebíveis, de empresas de administração de previdência complementar e de capitalização, de seguradoras, de banco de Investimentos, de distribuidora e de corretora de títulos e valores mobiliários.

Logo, na medida em que o BB e a CEF adotarem linhas de crédito com maiores prazos, menores spreads e juros, para empresas e famílias e, ao mesmo tempo, estiverem preparados para atuar como instrumentos de operações no mercado de capitais, estarão expandindo as escalas de suas operações, elevando suas participações no mercado financeiro, obtendo ganhos de eficiência empresarial e maior lucratividade, além de serem mais eficazes como órgãos de governo.

Quer dizer: a diferenciação do BB e da CEF resultarão em maior eficácia como instrumentos de governo que resultarão em maior eficiência como empresas e, não menos importante, induzirão os conglomerados financeiros privados aos mesmos procedimentos.

Em suma, os fortalecimentos do Banco de Investimentos do BB e da BB-Seguridade, bem como a criação de uma empresa de participações do Banco do Brasil – BBPAR e, ao mesmo tempo, também do fortalecimento das áreas de seguros e de previdência complementar da CEF, acompanhados da reestruturação da CEFPAR, constituirão passos de fundamental importância para que os novos conglomerados BB e CEF, sejam verdadeiros BUC’s(Bancos Universais Contemporâneos) capazes de elevar sua eficácia como braços financeiros complementares ao BNDES no financiamento de investimentos de longo prazo e no fortalecimento do mercado de capitais.

Os novos BB e CEF estarão também aumentando seus níveis de escala, de diversificação e de competitividade empresarial para obterem maiores lucratividades para seus acionistas, inclusive para o próprio governo como acionista controlador do BB e único proprietário da CEF.

Quanto ao BBPAR S.A – BB Participações S.A- cabe propor a integralização de seu capital social através de parcelas de participações acionárias do próprio Banco do Brasil S/A na BB-DTVM, no BB-BI, no BB-Securities, no BB – Leasing, no BB – Financeira, no BB imobiliário, de modo a garantir sua capacidade de alavancar recursos disponíveis nos mercados financeiros nacionais e internacionais, e assim estruturar fundos de investimentos de médio e de longo prazo.

A seguir tanto o BBPAR quanto a CEFPAR deverão ser S.A’s abertas e poderão alienar 49% do capital social nos mercados de capitais nacional e estrangeiro, o que resultará na geração de montantes de recursos para estruturações de grandes fundos de investimentos para o BB e a CEF.

O sucesso obtido pelo BB quando da captação de recursos em função da alienação de 49% das ações de controle da Holding BB Seguridade, permite esperar igual ou melhor resultado através da alienação de novas holdings, BBPAR S/A e CEFPAR S/A.

Logo o BBPAR e a CEFPAR poderão aplicar recursos dos referidos fundos em debêntures, ações, bônus, títulos mobiliários etc… , lançados por SPE’s – Sociedades para Propósitos Específicos – estruturadas para implementar projetos contemplados em concessões públicas e PPP´s – Parcerias Público-Privadas estratégicas, que poderão ser licitadas pelos Governos Federal e Estaduais, visando elevar investimentos em infraestrutura, em indústrias de capital intensivo em conteúdos científico-Tecnológicos, como a indústria 4.0 e setores inseridos em fronteiras tecnológicas como TI e C, biotecnologia, nanotecnologia, ciências da vida, aeroespacial e em indústrias contempladas na estratégia nacional de defesa.

Em síntese: tendo em conta as restrições orçamentárias que impedem o uso intensivo da política fiscal, ou seja, dos gastos públicos para minimizar a crise econômica e financeira observada desde 2016 e agravada pelo Coronavírus, bem como promover a retomada do crescimento e da geração significativa de empregos, cabe à política monetária a tarefa de condução da promoção do desenvolvimento em seu mais amplo sentido “crescimento econômico proporcionado pela inclusão social e pela redução das desigualdades”.

Caberá, portanto, aos bancos e ao sistema financeiro como um todo, a operacionalização da nova política monetária. O Banco Central deverá liberar o uso de recursos provenientes das reservas monetárias para cada Banco implementar programas de apoio ao capital de giro e de investimentos, particularmente, para micro e pequenas empresas, bem como para crédito para famílias, seja para refinanciamento do endividamento, seja para aquisição de bens essenciais e/ou de consumo de bens duráveis.

*É doutor em Economia pelo IE-UFRJ e criador e gestor do FUNDEC (Fundo de Desenvolvimento Comunitário Rural) do Banco do Brasil

Fonte: Carta Capital

Pesquisas dizem que maioria rejeita privatização do BB e Caixa

Publicado em: 18/09/2020


A maioria dos brasileiros rejeita a privatização da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Pesquisas recentes encomendadas por duas publicações flagrantemente de orientação liberal confirmaram a rejeição à privatização. O levantamento da revista Veja apontou que 59% dos brasileiros não querem que o Governo Federal entregue a Caixa à iniciativa privada; 37% se disseram favoráveis a venda e 4% não souberam ou preferiram não responder.

O índice de rejeição (59%) à venda da Caixa foi idêntico ao da consulta feita em relação ao BB. Já a pesquisa da revista Exame/Ideia apurou que 49% são contra a privatização; apenas 22% aprovam a venda; 19% se disseram neutros e 9% não souberam responder. Há ainda uma terceira pesquisa feita pela revista Fórum, essa com linha editorial crítica ao mercado, cujo índice de entrevistados contrários à privatização da Caixa foi de 60,6% – índice praticamente idêntico ao apurado pela Veja.

“Os bancos públicos desenvolvem importante papel social, suas privatizações vão piorar ainda mais o desenvolvimento do país e o financiamento das políticas sociais, como os financiamentos da casa própria e dos micros e pequenos produtores agrícolas, assim como o micro e pequeno empresário, entre muitas outras coisas fundamentais”, alerta Ricardo Saraiva Big, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

A pandemia mostrou a importância do papel social da Caixa, que ficou ainda mais evidente. Seus empregados atenderam o compromisso social do banco e, mesmo correndo riscos de contrair a doença, continuam se expondo ao vírus na linha de frente para pagar o auxílio emergencial e outros benefícios sociais aos que mais necessitam.

O números atestam a importância dos bancos públicos à população. De acordo com dados do Banco Central, Caixa e BB respondem por 48% do crédito a pessoas físicas no país. Metade dos brasileiros que buscam crédito na praça recorrem ao Bb e a Caixa. A Caixa responde sozinha por 70% do crédito imobiliário e o BB por 53% do crédito rural no Brasil. A privatização representa o encolhimento ou mesmo o fim dessas importantes linhas de créditos.

MP 995 ameaça privatização da Caixa

A ameaça de privatização da Caixa está materializada na MP 995, que tramita no Congresso. A MP abre brecha para que subsidiárias da Caixa sejam negociadas.

Como a MP 995 está associada ao processo de privatização do banco, a enquete oficial do Congresso, que é aberta para consultar a população sobre as MPs em tramitação, também reflete a reprovação à proposta de privatizar a Caixa.

A enquete, que já soma mais de 20 mil manifestações, registra que 97% são contrários à venda do banco público (dados atualizados até 11 de agosto). Os dados não foram atualizados porque o sistema de consulta do Senado está passando por uma manutenção, assim que for normalizado os interessados poderão se manifestar.

Desde a chegada da MP ao Congresso, a matéria já recebeu 412 emendas ao texto por deputados e senadores. Além disso, 284 parlamentares e entidades da sociedade civil já assinaram um manifesto contra a MP e a privatização da Caixa. Tramita também no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.624) que questiona os processos de privatização e venda de estatais e suas subsidiárias.

O subprocurador-geral do Ministério Público Federal (MPF), junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, entrou com uma representação para que o TCU apure “os indícios de irregularidades no processo de venda da Caixa e de subsidiárias do banco”.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos

Crise da covid-19 gera recorde de depósitos nos bancos brasileiros

Publicado em: 20/08/2020


Uma das formas mais tradicionais de poupar dinheiro, a caderneta de poupança voltou a atrair o interesse dos brasileiros em meio à pandemia provocada pelo coronavírus. O momento de crise mostrou a importância do ato de poupar e realizar reservas financeiras.

Desde março, a poupança vem registrando saldos positivos mensais. Em junho, bateu novo recorde, com os depósitos superando as retiradas em R$ 27,1 bilhões. É o maior volume para o mês desde 1995, início da série histórica, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

Com a redução da Selic de 2,25% para 2% ao ano, o rendimento dos depósitos na poupança nova passou de 1,58% para 1,40% ao ano, abaixo da expectativa do mercado para a inflação deste ano, de 1,6%.

Em 2012, houve a divisão entre poupança antiga e nova. A poupança antiga, feitas antes de maio de 2012, continuou recebendo remuneração adicional de 0,5% ao mês, além da remuneração básica. Já a nova poupança recebe remuneração adicional variável de acordo com a meta da taxa Selic. Sua baixa rentabilidade é compensada pelo baixo risco que oferece para os investidores. ​

Banco do Brasil e as poupanças

Ainda que a Caixa Econômica Federal tenha em seu DNA a forte atuação em poupança, o Banco do Brasil, há mais de 30 anos, incluiu esse segmento entre os seus produtos.

Em 1987, diante da expansão do BB no mercado, com a criação da empresa de leasing, da corretora de seguros e da administradora de cartões de crédito, foi lançado o cartão de crédito Ourocard, o Fundo Ouro de Renda Fixa e a caderneta de poupança ouro. Em pouco tempo, essa poupança já acumulava 7,5% de toda a captação do sistema. A poupança ouro foi criada para direcionar recursos para o financiamento do crédito rural, substituindo o aporte de recursos do Tesouro.

Histórico

Até 2014, os brasileiros depositaram mais do que retiraram da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018, com captação líquida de R$ 38,26 bilhões. Em 2019, a poupança registrou captação líquida de R$ 13,23 bilhões.

Fonte: Agência ANABB

Para Rubem Novaes, protagonismo da Caixa mostrou que BB pode ser privatizado

Publicado em: 31/07/2020


Apesar de ter sido cobrado veementemente pelo presidente Jair Bolsonaro para que o Banco do Brasil seguisse os passos da Caixa Econômica Federal durante a pandemia do novo coronavírus, liberando mais crédito, o quase ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, admitiu, por diversas vezes, que o protagonismo da Caixa era relevante para mostrar que o BB não é importante como instituição pública, ou seja, pode ser privatizado.

Na avaliação de Novaes, o Banco do Brasil tem que atuar como instituição privada, pois precisa competir de igual para igual com gigantes como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. Mais: deve ter o mesmo nível de rentabilidade de seus concorrentes para remunerar bem seus acionistas. O BB tem ações negociadas em Bolsa de Valores.

Segundo Novaes, a Caixa faz, muito bem, todo o papel de banco público, com forte atuação no social. Portanto, não tem sentido o governo ter mais uma instituição financeira sob seu controle, alimentando a gula de políticos e sustentando uma corporação que não aceita abrir mão do excesso de benefícios.

Protagonismo da Caixa incomoda mais vices do BB

O protagonismo da Caixa — seu presidente, Pedro Guimarães, é um dos xodós de Bolsonaro —, na verdade, incomoda muito mais os vice-presidentes do Banco do Brasil, que veem a instituição pública como “a irmã pobre”. Interessa, para os executivos do BB, maior visibilidade, até para se cacifarem politicamente. Não por acaso, em diversas ocasiões, expressaram o desapontamento ante a postura arredia do Banco do Brasil.

Novaes, que deve permanecer por mais alguns dias na presidência do BB, renunciou ao cargo na última sexta-feira, 24 de julho. Ele sairá da instituição sem realizar seu maior sonho, o de privatizá-la. A despeito do apoio que recebeu nesse sentido por parte de seu chefe, o ministro Paulo Guedes, foi completamente brecado pelo presidente da República.

A expectativa é grande em relação ao sucessor de Novaes. O ministro da Economia corre para fechar um nome que tenha o aval de Bolsonaro. A preferência ainda é por alguém de mercado, como Conrado Engel, que tem passagens pelo HSBC e pelo Santander.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

Proposta retira bancos públicos e subsidiárias de programa de privatização

Publicado em: 26/06/2020


O Projeto de Lei 3433/20 exclui todos os bancos públicos federais e suas subsidiárias do Programa Nacional de Desestatização (PND) e determina que a privatização destas instituições dependerá de lei específica para cada caso.

O texto, que tramita na Câmara dos Deputados, também impossibilita a venda de participações minoritárias da União e a transformação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), hoje uma empresa 100% pública, em sociedade de economia mista (S/A). Essa possibilidade está prevista na Lei 5.662/71.

O projeto é de autoria do deputado Zé Neto (PT-BA) e outros parlamentares do PT. O objetivo, segundo eles, é evitar a privatização “a qualquer custo” dos bancos públicos.

Os deputados alegam que a desestatização de instituições como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal é baseada em ideologia desconectada da realidade brasileira.

“A sociedade necessita justamente de atuação mais forte do Estado para realizar as políticas de sustentação da produção e dos empregos e de retomada do nível de atividade”, afirmam os parlamentares.

Outros pontos

O projeto contém outras medidas voltadas para os bancos públicos. As principais são:

– Ato do Poder Executivo definirá o limite máximo para a participação de capital estrangeiro em bancos públicos e subsidiárias;

– os bancos e a as subsidiárias não poderão mais ofertar, em mercados estrangeiros, suas ações ou títulos conversíveis em ações;

– as taxas de juros dos financiamentos do BNDES que tiverem como fonte de recursos o Fundo de Participação PIS-Pasep, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o Fundo da Marinha Mercante (FMM) serão reduzidas e definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), especialmente em momentos de crise ou de emergência pública nacional;

– o BNDES e as suas subsidiárias poderão realizar operações de subscrição de ações ou outros valores mobiliários quando isso for necessário ao desenvolvimento econômico e social, à expansão das capacidades empresariais e aos imperativos de segurança e relevante interesse coletivo;

– os créditos da União concedidos ao BNDES serão destinados prioritariamente a financiamentos ou participação no mercado de capitais voltados para a recuperação da economia, sendo vedada a devolução antecipada desses créditos enquanto durarem os efeitos econômicos e sociais de crise ou emergência pública nacional.

Fonte: Money Times

Funcionários do BB e da Caixa fazem protesto contra reestruturações

Publicado em: 26/02/2020

Sindicatos dos bancários de todo o país realizaram na quinta-feira (27) manifestações nas agências e departamentos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, em protesto contra os processos de reestruturação em andamento nas duas instituições. Os bancários foram orientados a irem para o trabalho vestindo roupas pretas.

No Banco do Brasil, as medidas reduzem a remuneração dos funcionários, extingue cargos e cria outros, alterando o plano de carreira e podem trazer prejuízos também para a Participação nos Lucros e /ou Resultados (PLR).

Na Caixa, a reestruturação prevê descomissionamentos sumários e a transferência arbitrária de empregados.

Em ambos os casos, o objetivo é reduzir a importância das instituições e prepará-las para a privatização final.

“A reforma administrativa ainda tramita no Congresso Nacional, mas o governo está antecipando as medidas de reestruturação nos bancos e demais empresas públicas. O estabelecimento de novas regras de contratação, demissão e alterações nas carreiras profissionais, além de limitar os gastos com a saúde dos trabalhadores, por exemplo, são medidas da reforma ainda em discussão, mas que estão sendo implementadas”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Fukunaga explica que, com a reforma o governo quer reestruturar todas as empresas públicas, estabelecer novas regras para contratação, demissão e planos de carreiras. Além de limitar os “gastos” com a saúde dos funcionários, entre outros.

Intransigência
Tanto a CEBB, quanto a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), se reuniram com as direções dos respectivos bancos para buscar informações sobre as medidas, definidas sem que as representações dos trabalhadores fossem previamente informadas, assim como para buscar prazo para que as medidas fossem debatidas com os bancários. Mas ambos os bancos se negaram a conceder prazo para o debate.

Calendário de luta unificado
Após terem suas reivindicações negadas, os trabalhadores se reuniram e, juntamente com o Comando Nacional dos Bancários, definiram a estratégia e o calendário de ações de maneira unificada.

Além das manifestações desta quinta-feira (27), já definiram ações para os dias 10 de março, quando serão realizadas reuniões com os bancários em seus locais de trabalho, e para o dia 18 de março, dia em que estão sendo chamados atos em defesa dos bancos e demais empresas públicas.

“Já houve uma boa adesão em manifestações realizadas nos últimos dias, mas é fundamental que a mobilização continue e aumente. Precisamos mostrar para as direções dos bancos e para o governo de uma forma geral que não aceitaremos que nos enfiem goela abaixo estas reestruturações”, disse o Coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

“Num primeiro momento, focamos as ações nos escritórios digitais. A partir de quinta-feira as manifestações vão atingir também outros locais de trabalho”, informou Fukunaga, coordenador da CEBB.

Materiais de apoio
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já disponibilizou materiais para serem utilizados pelos sindicatos como apoio ao diálogo, tanto com os funcionários do BB quanto com os empregados da Caixa.

Calendário de atividades
27/02 – Dia de vestir preto
10/03 – Dia de defesa dos Bancos Públicos e dos Direitos
18/03 – Defesa do que é Público

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Reestruturação ameaça funções e papel social da Caixa

Publicado em: 24/01/2020


Com argumentos como “alinhamento da Matriz com a Rede” e “garantia do padrão na execução das diretrizes corporativas”, a direção da Caixa prepara uma nova reestruturação que, se concretizada, irá extinguir funções, alterar a estrutura do banco e afetar sua função social.

Segundo informações da direção do banco, a reestruturação reduzirá o número de Superintendências (Sure) de oito pra seis (as Sure passarão a se chamar Superintendências Nacionais de Varejo – SUV). As superintendências regionais também serão reduzidas das atuais 84 pra 54. Em São Paulo serão reduzidas das atuais 18 para nove.

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da Apcef/SP percorreram, nesta quinta-feira 23, todas as SRs da capital paulista, além da SR do ABC, para alertar sobre mais esse risco à Caixa e aos empregados.

“É um desrespeito com os empregados, que estão bastante apreensivos com a notícia de mais uma etapa da reestruturação que vem sendo promovida desde 2016 e que já resultou no descomissionamento de centenas de empregados”, protesta Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

O Sindicato cobra da direção do banco a implantação de uma mesa para discutir os impactos resultantes da reestruturação e o respeito aos empregados.

Importante frisar que a Caixa está apresentando essa reestruturação. Por isso, o Sindicato pede que os empregados dêem suas opiniões sobre as mudanças, que serão levadas à direção da Caixa, mantendo o sigilo dos bancários que opinarem.

O resultado da reestruturação – que já vem sendo implantado desde 2016 – é uma incógnita. Mas analisando este processo que visa a segmentação e a verticalização (priorização de clientes de rendas mais elevadas), e que prometia o fortalecimento da Caixa frente à concorrência, o que se verificou foi exatamente o contrário: o banco público perdeu mercado para os bancos privados. O Santander e o Itaú, por exemplo, ganharam espaço no mercado de crédito, com destaque para o empréstimo imobiliário.

Aliado a isso, o lucro da Caixa tem dependido cada vez menos das operações bancárias, como oferta de crédito, e mais da venda de ativos e de operações de tesouraria, como venda de títulos (ITVM), e comercialização de ações (Petrobras), ou com a imposição de um teto de gastos para o Saúde Caixa.

A direção do banco também nega que a venda de ativos significa a privatização do banco. “Na verdade é uma sabotagem ao banco público, porque por um lado se cria uma narrativa de que a venda de ativos irá capitalizar o banco, mas por outro, se descapitaliza o banco passando para o Tesouro o capital adquirido com a venda de ativos, como o que a direção pretende com o IHCD”, alerta o dirigente.

“Os empregados encaram um cenário de incertezas diante da sinalização de um novo aprofundamento da reestruturação que, ao que tudo indica, irá resultar em mais descomissionamentos e em um encolhimento ainda maior da Caixa. É fundamental que os trabalhadores se posicionem sobre o processo e se mobilizem”, afirma Dionísio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Juntos, BB Caixa e BNDES devem vender mais de R$ 60 bi em ativos no 1º semestre

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Os bancos públicos terminarão 2020 com a carteira de ativos ainda mais enxuta no segundo ano do governo de Jair Bolsonaro. Juntos, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem vender, só no primeiro semestre, volume superior a R$ 60 bilhões. Se confirmado, será mais do que um terço, em valores, das privatizações esperadas pelo governo este ano, ao redor de R$ 150 bilhões.

Em 2019, os três bancos públicos venderam R$ 36,5 bilhões em ativos, conforme balanço divulgado nesta semana pelo secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar. Apesar da expectativa de que essas instituições continuem diminuindo de tamanho, ele voltou a reforçar que o governo não pretende privatizar determinadas empresas, entre elas BB, Caixa e Petrobras.
Após a Caixa ter vendido, sozinha, R$ 15 bilhões em participações diretas em empresas como Petrobras e BB, a promessa é de que esse movimento seja acelerado neste ano. O processo ganhará musculatura com a venda de parte dos ativos detidos pelo BNDES, que colocou no centro de sua estratégia a redução da carteira de renda variável.

A Caixa, ao longo deste ano, não quer perder o ritmo de vendas e promete superar o feito de 2019. Considerando todos os desinvestimentos feitos, incluindo as participações do FI-FGTS, o banco vendeu cerca de R$ 26 bilhões. Sem revelar a meta para 2020, o presidente do banco, Pedro Guimarães, disse, em entrevista recente ao Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o foco é entregar número “muito maior”.

Desinvestimentos

Além da Caixa, o BNDES está em plena mudança de trajetória e busca reduzir sua carteira de renda variável, de mais de R$ 100 bilhões. No plano está trabalhar mais em setores como saneamento e iluminação pública, além de infraestrutura.

No fim do ano passado, o BNDES deu a largada em seu processo de desinvestimento com a venda da fatia na Marfrig, iniciando a saída das chamadas “campeãs nacionais” e embolsou R$ 2 bilhões.

Para os analistas da S&P Global Ratings, Cynthia Cohen e Sergio Garibian, a agenda contínua de desinvestimentos dos bancos públicos no governo Bolsonaro é positiva. “A diminuição da influência dos bancos públicos é positiva para diminuir distorções que as instituições podem acrescentar no sistema financeiro e na economia”, dizem.

Já para o mês que vem, o BNDES prepara uma oferta de ações no Brasil e Estados Unidos para se desfazer das ações com direito a voto (ordinárias) na Petrobras, em uma operação de cerca de R$ 23,5 bilhões. Ainda na estatal, o BNDES venderá suas ações ordinárias em operações em Bolsa. Só aí o banco possui mais de R$ 30 bilhões, mas as vendas devem ocorrer sem pressa, para não pressionar o valor do papel. Na fila para este ano estão ainda Copel e Tupy.

Bancos de investimento

Desde o ano passado essas vendas vêm animando os bancos de investimento, que tiveram em 2019 um de seus melhores anos em termos de receitas.

Para 2020, a projeção dos banqueiros é ainda mais positiva, com estimativa de volume recorde de ofertas de ações, que nas casas mais otimistas já é previsto em R$ 200 bilhões, muito por conta das ofertas capitaneadas pelos bancos públicos.

Ao longo de 2019, o braço de participações do banco de fomento, o BNDESPar, também fez vendas de ações no mercado, como da Petrobrás e da Vale. No total, as vendas somaram R$ 15,9 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: UOL

“É evidente que a Caixa está sendo privatizada”

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“É evidente que a Caixa está sendo privatizada”, afirma a representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, Maria Rita Serrano, ao comentar o empenho do governo em se desfazer do controle das empresas públicas. Segundo ela, embora o governo negue que a Caixa Federal faça parte desse processo, são várias as iniciativas que apontam para a privatização: a Caixa se desfez de R$ 15 bilhões em ativos, vendeu ações da Petrobras, do BB, do Instituto de Resseguros do Brasil, o IRB, fez o leilão da Lotex e prepara para este ano a privatização de operações nas áreas de seguros, cartões e loterias.

A tentativa de afastar a Caixa da privatização por parte do governo tem a ver com a imagem do banco público. Pesquisas mostram que a população rejeita a privatização da Caixa. Rita Serrano diz que isso ocorre porque o banco está historicamente ligado à gestão de programas sociais. “A Caixa está presente na vida dos brasileiros há 159 anos, e a população sabe que a privatização significa menor investimento público e piores condições de vida”.

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Na entrevista para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), a representante dos trabalhadores também destaca que “a realidade é que não existem requisitos de atendimento ao interesse público nessas propostas de venda de ativos. O objetivo do governo é de que os recursos arrecadados sejam repassados ao Tesouro para pagar parte dos juros da dívida pública”. Trata-se, por parte do governo, de uma política de curto prazo, imediatista, reflexo da ausência de um projeto de desenvolvimento para o Brasil.

A área de seguros, a Caixa Seguridade, representa o quarto maior grupo segurador do Brasil, reunindo as participações do banco em seguro, previdência privada, capitalização e consórcio, destaca Rita Serrano. “A pretensão da direção do banco é abrir o capital com a oferta de ações via IPO (Oferta Pública Inicial), o que não é aceitável, porque a Caixa Seguridade tem plenas condições de aproveitar o potencial de expansão do mercado de seguros no Brasil”.

Tudo isso coloca em risco a sustentabilidade da Caixa no longo prazo, adverte Rita Serrano, e os bons resultados que vêm sendo demonstrados pelo banco ocorrem por conta da venda de ativos e não de operações financeiras. Outro problema no processo, segundo ela, é que aumente a pressão por resultados sobre os funcionários, já que a venda de ativos amplia a participação de acionistas no banco.

Confira a entrevista:

O governo anunciou há pouco que pretende realizar a privatização de 300 empresas e promover a venda de ações e ativos, mas excluiu da lista a Caixa, Banco do Brasil e Petrobras. Qual sua avaliação sobre isso?

Minha avaliação é de que essa afirmação não corresponde à realidade. Porque recentemente a Caixa se desfez de R$ 15 bilhões em ativos, vendeu ações da Petrobras, do BB, do Instituto de Resseguros do Brasil, o IRB, fez o leilão da Lotex e prepara para este ano a privatização de operações fundamentais nas áreas de seguros, cartões e loterias. Então é evidente que Caixa está sendo privatizada.

Mas por que o governo insiste em negar que essa privatização ocorre?

Por um motivo simples: a opinião pública. As pesquisas indicam que a sociedade brasileira não quer a privatização, especialmente quando se trata da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, um banco público, tão importante e gestor de inúmeros programas sociais. A Caixa está presente na vida dos brasileiros há 159 anos, e a população sabe que a privatização significa menor investimento público e piores condições de vida. Além disso, há controvérsias jurídicas que envolvem a questão. O próprio secretário de Desestatização, Salim Mattar, já afirmou, em entrevista recente, que seria necessária uma Medida Provisória (MP) para criar uma empresa com os ativos da Caixa e assim poder vender.

No caso da Caixa, quais os impactos da privatização em áreas como Seguros, Cartões, Loterias?

No caso das loterias já tivemos o exemplo da Lotex. Sabemos que parte do dinheiro arrecadado nas Loterias é reinvestido no País através de fundos sociais, e que uma vez ocorrida a privatização, esse repasse é reduzido ou mesmo extinto. Já em relação à Caixa Seguridade, cuja abertura de IPO (Oferta Pública Inicial) pode ocorrer ainda neste semestre, quero deixar claro que sempre fui contra essa e outras iniciativas de mesmo teor. A realidade é que não existem requisitos de atendimento ao interesse público nessas propostas de venda de ativos. O objetivo do governo é de que os recursos arrecadados sejam repassados ao Tesouro para pagar parte dos juros da dívida pública, via devolução dos IHCDs (Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida utilizados em anos anteriores para capitalizar o banco e ampliar sua capacidade de investimento em áreas sociais); esses recursos não serão usados para expandir a atuação da Caixa ou os investimentos públicos. É política de curto prazo, imediatista, reflexo da ausência de um projeto de desenvolvimento para o Brasil.

E em relação ao IPO da Caixa Seguridade?

A Caixa Seguridade, representa o quarto maior grupo segurador do Brasil, reunindo as participações do banco em seguro, previdência privada, capitalização e consórcio. A pretensão da direção do banco é abrir o capital com a oferta de ações via IPO, o que não é aceitável, porque a Caixa Seguridade tem plenas condições de aproveitar o potencial de expansão do mercado de seguros no Brasil, justamente porque conta com uma rede de distribuição ampla e uma das mais robustas capilaridades do País. Para desmistificar o discurso privatista temos bons exemplos de empresas públicas que atuam nessa área: a segunda maior seguradora do mundo é uma chinesa, 70% estatal, a China Life Insurance Company, que com suas subsidiárias forma o maior grupo comercial de seguro na China e é também um dos maiores investidores institucionais daquele país. O mesmo ocorre com a estatal francesa CNP Assurances, que já é parceira da Caixa.

Mas o Banco do Brasil, por exemplo, também vendeu sua área de Seguridade…

Sim, e é um exemplo concreto do que não se deve fazer. A venda de parte das ações do BB Seguridade ocorreu em 2013. Em 2018 foi lamentada por Paulo Caffarelli, que foi presidente do banco entre maio de 2016 até o final do ano passado. Em entrevista à revista IstoÉ ele afirmou: “A gente sente falta da receita recorrente da BB Seguridade. O Bradesco, por exemplo, tem 100% da sua operação de seguridade”. Ainda nessa entrevista destacou que os bancos deveriam evitar vender suas atividades principais ou limitar as vendas a fatias mínimas, para não estancar a geração de resultado futuros e, quando questionado sobre abrir o capital da empresa de cartões, do banco de investimentos ou da gestora de fundos, avaliou que se isso ocorresse “o lucro do ano ia ser maior do que o Itaú, mas seria a pior coisa que eu poderia fazer para a nossa empresa. Lá na frente, a receita vai fazer falta”, sem descartar a possibilidade, no futuro, “de recomprarmos parte do capital da BB Seguridade, quando tivermos capital para isso”. Ou seja, na avaliação do próprio presidente, o BB saiu perdendo.

Além da questão financeira há outros riscos envolvidos?

Existem outros riscos, e o principal deles é o risco para a sustentabilidade da Caixa no médio prazo, a perda de autonomia na tomada de decisões em especial na hora de utilizar os recursos para o desenvolvimento do País. Haverá mais pressão por resultados por parte dos novos acionistas, o que pode gerar também instabilidade política dentro da Caixa e, claro, uma cobrança ainda maior sobre os empregados.

A Caixa vem anunciando que terá seu melhor resultado financeiro este ano. Não é um balanço positivo? O banco não deve ampliar seus investimentos?

Rita – O problema é que boa parte do lucro será resultado da venda de ativos, não de operações financeiras, não são números que se sustentam no médio prazo. Os recursos serão usados para o governo amortizar juros da dívida pública, não proporcionarão investimentos ou geração de emprego.

Especificamente sobre a reestruturação em curso na Caixa, de que forma a conselheira eleita pelos empregados pode atuar em favor deles?

A Caixa fala em mudança na rede de varejo e apresentou suas propostas em dezembro passado, gerando muitos questionamentos. Acredito que a premissa para qualquer alteração deve ser a contratação de mais trabalhadores, ou o resultado será apenas perda de qualidade para empregados, clientes e sociedade. Só nos últimos cinco anos o banco perdeu quase 20 mil funcionários. O que posso adiantar é que essas mudanças anunciadas não foram ainda votadas nos órgãos internos do banco, e que há um posicionamento do movimento sindical no sentido de estar atento e tentar impedir prejuízos. Nesse ano teremos muitos embates, entre os quais questões relacionadas ao plano de saúde e fundo de pensão, além, é claro, da campanha salarial, em que teremos de reivindicar a garantia de nossos direitos e boas condições de trabalho. Meu segundo mandato como conselheira do CA terá início em abril, e vou prosseguir com o mesmo foco adotado até agora, apresentando ações, prestando contas e me posicionando pela defesa do banco público e dos direitos dos empregados.

E no que diz respeito às mudanças causadas pela reforma da Previdência?

É outro desafio em curso. Petrobras e Banco do Brasil já anunciaram que os funcionários que deram entrada no pedido de aposentadoria após a reforma e continuam trabalhando serão desligados, mas as entidades sindicais apontam que nada na legislação determina que parta do funcionário a comunicação da aposentadoria. Na Caixa não ocorreu, até o momento, qualquer determinação oficial sobre o assunto.

Como os empregados devem se posicionar frente a tantos desafios?

A diminuição de investimentos do banco público traz grande impacto para o País. Nas prefeituras, nos governos estaduais… Então é preciso somar forças com parlamentares, prefeitos, governadores, entidades sindicais e associativas para exigir a manutenção da Caixa 100% pública e a volta do país ao caminho do desenvolvimento. Os empregados devem se manter organizados e acompanhar os desdobramentos de tudo que diz respeito ao banco, inclusive ajudando a informar a sociedade, que tem alta estima pela Caixa. De minha parte, reafirmo a disposição de manter sempre aberto um canal de comunicação com todos, para que juntos, sempre juntos, possamos superar os tantos desafios presentes.

Fonte: Rede Brasil Atual