Conquistas dos bancários na Campanha injetarão R$ 14 bi na economia

Publicado em: 12/09/2022

As conquistas econômicas dos bancários em sua Campanha Nacional injetarão, somente em 2022, cerca de R$ 14,2 bilhões na economia. Esse montante é a soma dos reajustes nos salários, na PLR, nos vales e do abono no VA que será pago este ano.

O acordo de dois anos que a categoria fechou nesta Campanha garantiu em 2022: reajuste de 10% no VA e VR; de 13% na parcela adicional e de 8% na regra básica da PLR; e de 8% nos salários e demais verbas (esses 8% correspondem a 91% da inflação, confirmada em 8,83% em 1º de setembro, data-base da categoria), além do bônus no VA de R$ 1 mil. E para 2023: reposição da inflação + aumento real de 0.5% nos salários e todas as demais verbas previstas na CCT: PLR, VA/VR, auxílio-creche/babá, gratificação e auxílio-home office (outra conquista deste ano).

“Esses mais de R$ 14 bilhões aquecem a economia: do bolso dos bancários para o consumo. Isso gera efeito multiplicador da renda, que favorece a criação de empregos, ou seja, beneficia toda a sociedade brasileira”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas negociações com a Fenaban (federação dos bancos).

“O papel dos trabalhadores nas suas negociações coletivas vai além do benefício da sua categoria. Há um compromisso com a sociedade. A melhoria na remuneração dos bancários amplia a distribuição de renda e força a discussão da valorização do salário mínimo, que foi menosprezada pelo atual governo”, acrescenta a dirigente.
Entenda a conta

O reajuste salarial de 8% conquistado pelos bancários em 2022 representa um acréscimo anual de cerca de R$ 4,2 bilhões na economia brasileira (a massa salarial anual da categoria soma R$ 56,4 bilhões).

A PLR conquistada pelos bancários injetará por volta de R$ 8,7 bilhões até março de 2023, sendo que deste total, R$ 4 bilhões já serão injetados na antecipação da PLR, em setembro de 2022.

Além disso, o reajuste de 10% nos vales alimentação e refeição terá um impacto adicional de R$ 932 milhões no período de um ano. Anualmente o valor total recebido pela categoria em VA/VR soma R$ 10,3 bilhões.

O abono de R$ 1 mil no VA (apenas em 2022) injetará mais R$ 454,7 milhões na economia.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Campanha Nacional: BB apresenta proposta que pode reforçar assédio moral

Publicado em: 19/08/2022

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) recebeu, na manhã desta terça-feira (16), a proposta do banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022-2023. Entre as mudanças sugeridas pelo BB, estão a redução dos atuais três ciclos avaliatórios para um ciclo e a substituição de 1 ano de assistência psicológica para 20 sessões de psicoterapias a vítimas de assalto ou sequestro.

Ciclos avaliatórios

O ACT vigente estabelece que o funcionário poderá ser dispensado da função ou descomissionado com três ciclos avaliatórios “consecutivos de desempenho insatisfatório”. O trabalhador no cargo de gerente-geral, entretanto, pode sofrer esses sanções se tiver apenas um ciclo de desempenho insatisfatório.

“Nós não concordamos com a proposta do banco. Nossa proposta, para ficar mais justo, é que os três ciclos de avaliação sejam estendidos para todos, incluindo aos gerentes-gerais”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

“Essa mudança sugerida pelo banco fragiliza a condição dos funcionários. Um ciclo não é suficiente. O instrumento atual é importante e precisa ser melhorado e não reduzido”, completou a representante da Fetrafi-RS na CEBB, Priscila Aguirres.

A representante da Feeb-SP/MS na CEBB, Elisa Figueiredo, lembrou que esta é a terceira vez que o banco tenta reduzir os ciclos de avaliação. “A primeira vez foi em 2018, a segunda, em 2020”.

A preocupação dos trabalhadores é que as avaliações sejam utilizadas indevidamente para ameaçar, de forma velada, funcionários que não conseguem cumprir metas. Com a redução dos ciclos essa manobra negativa seria facilitada. “O perigo, portanto, é que essa proposta termine por reforçar o assédio moral dentro do BB”, explicou Fukunaga.

Cobertura menor de terapias

Na proposta de reduzir “1 ano de assistência psicológica para 20 sessões de psicoterapia”, a funcionário ou seu dependente vítima de assalto ou sequestro, o banco alegou que um levantamento feito com base nos últimos quatro anos revelou que são raros os casos em que as 20 sessões foram extrapoladas. O banco argumentou ainda que sua proposta abre espaço para um número ilimitado de consultas, se o tratamento precisar ser prorrogado.

“Por que colocar um limite, então, se o tratamento pode ser prorrogado?”, questionou o representante da Fetrafi/MG na CEBB, Rogério Tavares. “Não podemos deixar o texto como está?”, continuou. A advogada Renata Cabral, sócia de Crivelli Advogados, que assessora a Contraf-CUT, ponderou ainda que o texto sobre o tema presente no ACT atual é “absolutamente mais benéfico” aos trabalhadores do BB.

Demais propostas do banco

  • Retirar a limitação de 18 meses para a empresa se comunicar com o funcionário afastado por condições médicas, pedindo reavaliação do seu estado de saúde;
  • Unificação dos ACT’s data-base, Teletrabalho e CCP;
  • Incluir as verbas 011-Adicional por mérito e 123-VCP Incorporados aos descontos que incidem sobre o pagamento do Vale transporte;
  • Auxílio funeral – quando o benefício for assegurado por entidade patrocinada e o valor for inferior ao previsto no ACT, o banco arcará com a diferença;
  • Horário de repouso em atividades repetitivas – acompanhar CCT;
  • Liberação de adiantamentos condicionada à manutenção de conta corrente ativa;
  • Exclusão da cláusula 28, sobre vantagens de férias e licença prêmio.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionários do BB destacam relação entre adoecimento e condições de trabalho

Publicado em: 11/08/2022

Melhora nas condições de trabalho para combater qualquer tipo de prática de gestão que leve ao adoecimento dos funcionários e Cassi para todos os trabalhadores, aposentados ou não, oriundos dos bancos incorporados. Essas foram as principais reivindicações da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) na mesa sobre Saúde e Condições de Trabalho, quinto encontro para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB, que ocorreu na manhã desta terça-feira (9 de agosto).

“Nós já entregamos à direção da Cassi a pauta específica de reivindicações, como parte das negociações da Campanha Nacional de 2022, documento que foi elaborado coletivamente a aprovado durante o 33º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil”, lembrou Fernanda Lopes, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB. “Os pontos que colocamos hoje na mesa não se sobrepõem à pauta entregue à Cassi”, reforçou.

Bancos incorporados

Os trabalhadores do BB lembraram que a reforma estatutária da Cassi, realizada em 2020, contém mecanismos para receber os funcionários dos bancos incorporados. “É vergonhoso o fato de, passados dois anos, os trabalhadores dos bancos incorporados ainda estarem fora da Cassi. Estamos falando de um descaso muito grande com quase 14 mil aposentados só do Economus (plano de saúde da antiga Caixa Econômica do Estado de São Paulo)”, observou Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB.

“A situação atual do Economus é gravíssima. Os funcionários, aposentados e da ativa, foram expulsos do Feas (Fundo Economus de Assistência Social). Alguns conseguiram entrar em um plano mais barato, outros têm apenas o SUS”, destacou ainda a representante da Feeb-SP/MS na CEBB, Elisa Figueiredo.

“Temos casos, e não são poucos, de trabalhadores que 40% da aposentadoria são gastos em saúde, outra parte, algo em torno de 25%, paga o saldo do plano de benefícios do Economus. Considerando ainda o desconto dos impostos, eles vivem com cerca de 30% da aposentadoria. É uma redução muito drástica nos rendimentos. A pessoa se sente abandonada pela empresa”, destacou Getúlio Maciel.

Resposta do banco

Os representantes do banco afirmaram que “as conversas da mesa, sobre a Cassi, são complexas e envolvem vários atores”, dos quais o BB depende para prosseguir com o encaminhamento das reivindicações, completando que “a resposta às demandas não depende única e exclusivamente do banco”.

Também foi dito que existe intenção do banco de fazer a renovação do ACT vigente, com exceção de dois pontos: a cláusula 21, sobre complementação de auxílio doença previdenciário e auxiliou acidentário; e a cláusula 38, que aborda intervalo para descanso de digitadores. “Vamos apresentar as propostas sobre essas duas cláusulas logo após a Fenaban apresentar a pauta global ao Comando Nacional dos Bancários”, prometeu a porta-voz do BB.

Réplica da CEBB

Elisa questionou a resposta do banco sobre não prosseguir com encaminhamento das reivindicações feitas na mesa desta terça sem a participação direta da Cassi. Ela lembrou que boa parte das negociações alcançadas na entidade de assistência à saúde foram, inicialmente, encaminhadas nas negociações entre CEBB e BB.

“A estratégia saúde da família foi negociada aqui, o auto patrocínio foi negociado aqui, por exemplo. Primeiro realizamos negociações aqui para depois entregar à governança da entidade de saúde, porque lá temos os eleitos e os indicados do BB, que não são autônomos, são um braço do banco dentro da Cassi”, completou.
Demais reivindicações

Outros pontos ressaltados pela CEBB, relativos à Saúde e Condições de Trabalho foram:

  • Assistência odontológica via Cassi para todos os funcionários, incluindo dos bancos incorporados;
  • Expansão da atenção aos trabalhadores com doenças crônicas;
  • Investimento para ampliar a Estratégia Saúde da Família;
  • Ampliação da lista de medicamentos do Programa de Assistência Farmacêutica (PAF)
  • Resolução do déficit da Cassi.

“Precisamos iniciar um diálogo com as entidades representativas e com o patrocinador, que é o banco, antes que essa questão da saúde financeira da Cassi se torne um problema ainda maior. Nossa experiência mostra que a saída está no diálogo e na negociação”, pontuou Fernanda Lopes sobre a questão do déficit.

Acúmulo de funções

A situação dos gerentes de serviço que estão sob acúmulo de funções, exercendo, paralelamente, tanto atividades de vendas quanto de caixas, também foi levantada pelos representantes dos funcionários do BB. “Além da insegurança de ter que lidar com dois tipos de serviço, sendo um deles o controle de caixas, esse grupo de funcionários não recebe adicional de função”, destacou Fernanda Lopes.

Sobre essa questão, o banco respondeu que a gerência de serviços nas agências mistas são “uma nova modalidade”.

“O banco precisa considerar que as condições de trabalho baseadas em metas abusivas e sobrecarga desencadeiam problemas de saúde nos funcionários”, pontuou Rita Mota, representante Federa-RJ na CEBB. “Não faltam evidências na literatura científica de que existem formas de gestão que adoecem os trabalhadores”, completou.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Sindicato mobiliza bancários do Banco do Brasil para Campanha Nacional 2022

Publicado em: 22/07/2022

Começaram na sexta-feira 15 de julho as negociações específicas para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho do Banco do Brasil, no contexto da Campanha Nacional dos Bancários 2022 (campanha salarial). O tema da negociação desta sexta-feira 15 será “Igualdade de Oportunidades”, que abrange o combate à discriminação, salários iguais para trabalho de igual função, independentemente de condição física, raça, cor, gênero, idade e orientação sexual.

Para informar e mobilizar os bancários a respeito da Campanha Nacional, dirigentes sindicais percorreram, durante toda a semana do dia 11, agências e centros administrativos a fim de dialogar com os colegas sobre as reivindicações deste ano. Veja abaixo as principais.

  • Aumento para 100% do percentual de participação de todos os funcionários em home-office de todos os departamentos e unidades que trabalham em prédios no BB, e com maior participação em mais de 50% da jornada semanal em teletrabalho, com ajuda de custo e fornecimento de equipamentos e acompanhamento do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho);
  • Cassi e Previ para todos – Assegurar o direito de migração para Cassi e para Previ de todos os funcionários do BB egressos de bancos incorporados e/ou afiliados a outros planos de saúde e previdência;
  • Valorização dos Atendentes das CRBB’s com VR (salário) compatível com as metas de negócios, e efetuar a devida reposição de profissionais nas CRBB’s, através de concurso externo, ou estimulando o processo seletivo interno no BB;
  • Pelo fim das metas abusivas no PSO – exigir regulação/moderação das metas para os caixas, em função dos riscos envolvidos no acúmulo de funções para além do manuseio de numerário e atendimento de clientes em suas transações, e assegurar o devido treinamento para as funções;
  • Rever o plano de cargos e funções nas unidades negociais – Estabelecer o retorno do programa de remuneração junto às gerências médias – módulos Básico e Avançado -, ou criação de um novo modelo semelhante em que os funcionários que atinjam quantidade mínima de Certificações Internas ou Externa passem automaticamente a receber maior remuneração sobre as verbas salariais, sem limite de quantidade de funcionários.

“Ao tempo em que pedimos ao BB que dedique seus devidos esforços em atender as justas reivindicações dos funcionários, também conclamamos aos trabalhadores e trabalhadoras que acompanhem as mesas de negociações, para que conversem com os colegas a respeito das pautas, no sentido de criar movimento de debates e mobilizações para melhoria das condições de trabalho, renda e emprego no Banco do Brasil”, diz Getúlio Maciel, dirigente sindical e representante da CEBB pela Fetec-SP.

Calendário de negociações

Igualdade de oportunidades – 15 de julho
Emprego e terceirização – 27 de julho
Cláusulas Sociais – 29 de julho
Segurança Bancária – 2 de agosto
Teletrabalho – 4 de agosto
Saúde e Condições de Trabalho – 9 de agosto
Cláusulas Econômicas – 15 de agosto
Representação – 17 de agosto

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Encontro Estadual do BB no Rio de Janeiro abre campanha nacional 2022

Publicado em: 12/05/2022

O Encontro Estadual no Rio de Janeiro é o pontapé inicial para definição das reivindicações específicas dos funcionários do BB na Campanha Nacional dos Bancários. Por isso a participação todos e todas é tão importante, neste caso a quantidade e qualidade estão fortemente ligados.

Este é o ano no qual serão renovadas todas as cláusulas de nosso acordo coletivo. Pela nova legislação tudo o que temos em nosso atual acordo deve ser renovado até 31 de agosto, caso isso não aconteça até esta data, todas as cláusulas perdem a validade.

Os debates do Encontro Estadual serão encaminhados para o 33º Congresso de Funcionários do BB que será realizado nos dias 8, 9 e 10 de junho, na cidade de São Paulo, em formato híbrido, parte presencial e parte através de plataforma de videoconferência. Dia 08 a noite será a abertura, dia 09 Congresso do BB e dia 10 Encontro de Mulheres e Juventude e Encontro de Saúde.

A Federação, FEDERA-RJ, terá direito a 20 delegados para o Congresso Nacional, sendo 10 presenciais e 10 virtuais. Os debates e seminários serão transmitidos via live, possibilitando a participação de um maior número de bancários.

Encontro Estadual de funcionários do BB – FEDERA-RJ – 14/05/2022 – das 9h às 17h

O encontro será de forma híbrida: presencial no auditório do Sindicato de Bancários do Rio de Janeiro e virtual pelo link que será enviado aos inscritos

Para participar será preciso se inscrever pelo link https://pt.surveymonkey.com/r/ConferenciaEstadual. Encaminhe suas sugestões e propostas pelo link a seguir: https://pt.surveymonkey.com/r/EncontroBB

Programação:

• 9h – Abertura – Com a participação de Fernando Amaral, diretor eleito da Cassi e Marcio de Souza, diretor eleito da Previ.
• Debate das propostas para os encontros de Mulheres e Juventude e de Saúde do BB.
• 12 h – Almoço
• 13 h – Campanha Salarial e Organização –Mesa Contraf –João Fukunaga , Coordenador da Comissão de empresa do BB, Rita Mota, representante do RJ na Comissão de Empresa e Marcos Alvarenga, Diretor de Bancos Públicos da FEDERA RJ.
• Debates e deliberação das propostas a serem encaminhadas ao Congresso Nacional do BB.
• Eleição dos delegados ao 33º Congresso de Funcionários do BB.

Fonte: Sindicato dos Funcionários de Estabelecimentos Bancários do Rio de Janeiro