Diretores de bancos ganham mais de R$ 1,5 milhão por mês

Publicado em: 07/12/2023

Quanto ganha um executivo no Brasil? Qual setor paga mais? Segundo o “Estudo de Remuneração” anual realizado pela consultoria Michael Page, diretores de bancos lideraram os ganhos em 2023. O cargo com o maior salário foi o de diretor executivo de Produtos em fintechs e instituições de pagamento: R$ 1,58 milhão por mês.

O segundo e terceiro lugares também pertencem ao setor de bancos, com um salário de R$ 1,5 milhão para o diretor executivo Comercial e R$ 1,3 milhão para CEO regional em criptomoedas. Os valores incluem a parte variável do salário, que são bônus além da remuneração básica. O salário fixo do diretor executivo de produtos, por exemplo, é de R$ 81 mil, mas pode passar R$ 1,5 milhão quando se consideram esses benefícios.

Os dados para este estudo foram coletados ao longo dos últimos meses por meio de entrevistas conduzidas por consultores da Michael Page, durante as quais os profissionais informavam seus salários. Além disso, foram consideradas as informações sobre a remuneração dos profissionais fornecidas pelas empresas.

A pesquisa abrangeu 15 setores econômicos: bancos e serviços financeiros, engenharia e manufatura, agronegócio, finanças, saúde e ciências, propriedade e construção, legal (advocacia), marketing e digital, recursos humanos, secretariado e administrativo, seguros, operações e supply chain, tecnologia da informação, varejo e vendas.

Logo abaixo do setor de bancos, que lidera em termos de salários mais altos, encontra-se a área de seguros, onde as remunerações atingem R$ 635 mil para diretor Comercial e R$ 611 mil para diretor de Produtos e diretor de Operações.

As faixas salariais apresentadas representam a média do mercado nacional, variando até R$ 2 mil para cima ou para baixo, considerando salário bruto mensal. Esses valores representam remuneração paga em grandes empresas, com receita acima de R$ 300 milhões por ano.

Os salários mencionados não incluem remuneração variável, stock options (opções de ações, em que o executivo recebe ações como parte do salário e se torna sócio da empresa) e demais benefícios. No contexto de salários em instituições financeiras e serviços, o montante citado representa a remuneração global, incorporando bônus vinculados ao desempenho.

Fonte: Terra

Bradesco tem a maior remuneração entre bancos; Nubank paga mais por executivo

Publicado em: 07/07/2023


Entre os bancos brasileiros, o Bradesco é o que paga a maior remuneração anual a seus executivos, desembolsando R$ 818 milhões em salários e bônus — quase o dobro do Itaú. É isso o que mostra um estudo feito pela XP, que analisou e comparou a remuneração dos executivos dos principais bancos e instituições financeiras.

Segundo o levantamento, o Itaú paga uma remuneração total de R$ 445 milhões para seus executivos, seguido pelo Santander (R$ 331 milhões), e o Nubank, que paga R$ 169 milhões/ano, já excluindo o pacote de ações do qual o fundador David Vélez abriu mão no ano passado. Entre os bancos incumbentes, o Banco do Brasil é o que paga a menor remuneração total aos executivos (R$ 75 milhões), o que é explicado em parte pelo fato do banco ser uma estatal. O Inter paga R$ 33 milhões, o BTG, R$ 19,6 milhões, e a BR Partners, R$ 8,4 milhões. (O BTG, no entanto, reporta em seu formulário de referência apenas a remuneração fixa de seus executivos. A parte variável é feita por meio da holding dos sócios, e por isso não é pública).

Os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre notam que a remuneração elevada do Bradesco tem a ver com o fato do banco ter o maior número de executivos entre os pares — são 95 pessoas em posição de top management, que entram na conta da remuneração total. Para efeito de comparação, o Itaú tem 31 pessoas e o Santander, 55. Essa discrepância no número de executivos tem a ver com o fato de não haver uma regra que defina quem o banco pode classificar como top management.

O mais provável é que o Bradesco esteja classificando como top management executivos com um menor grau de senioridade em comparação ao Itaú. Ao analisar a remuneração média individual dos executivos, o Bradesco já cai para a quinta posição — atrás do Nubank, Itaú, Santander e B3. A análise de XP mostra que o Nubank paga uma média de R$ 18,9 milhões por executivo, o Itaú, R$ 16,1 milhões, o Santander e a B3, R$ 9,4 milhões, e o Bradesco, R$ 7,7 milhões.

O Banco do Brasil paga R$ 2,3 milhões, o Inter, R$ 3,5 milhões, o BTG, R$ 1,3 milhões e a BR Partners, R$ 1,5 mi. Os analistas também notam que a remuneração do Bradesco representa 3,2% do market cap da companhia, mas vem se mantendo estável nos últimos dois anos, “o que nos parece apropriado dados os desafios atuais que o banco enfrenta.”

Sobre o Banco do Brasil, a XP disse que “aparentemente” há uma divergência entre a diretoria e o controlador (a União). Na proposta de remuneração deste ano, a diretoria havia enviado uma proposta de aumento da remuneração que foi rejeitada pela União, que acabou aprovando uma remuneração consideravelmente menor.

Essa remuneração abaixo dos peers foi apontada por alguns acionistas minoritários durante a AGE que definiu a remuneração dos executivos. Esses acionistas ressaltaram dois pontos na assembleia: a diretoria estatutária não está recebendo nem mesmo o ajuste pela inflação, resultando numa distorção na qual executivos não estatutários podem estar ganhando mais que os estatutários; e, dado que os diretores estatutários recebem uma remuneração média abaixo dos peers privados, isso pode levar a um turnover maior.

Fonte: Brazil Journal

Conquistas dos bancários na Campanha injetarão R$ 14 bi na economia

Publicado em: 12/09/2022


As conquistas econômicas dos bancários em sua Campanha Nacional injetarão, somente em 2022, cerca de R$ 14,2 bilhões na economia. Esse montante é a soma dos reajustes nos salários, na PLR, nos vales e do abono no VA que será pago este ano.

O acordo de dois anos que a categoria fechou nesta Campanha garantiu em 2022: reajuste de 10% no VA e VR; de 13% na parcela adicional e de 8% na regra básica da PLR; e de 8% nos salários e demais verbas (esses 8% correspondem a 91% da inflação, confirmada em 8,83% em 1º de setembro, data-base da categoria), além do bônus no VA de R$ 1 mil. E para 2023: reposição da inflação + aumento real de 0.5% nos salários e todas as demais verbas previstas na CCT: PLR, VA/VR, auxílio-creche/babá, gratificação e auxílio-home office (outra conquista deste ano).

“Esses mais de R$ 14 bilhões aquecem a economia: do bolso dos bancários para o consumo. Isso gera efeito multiplicador da renda, que favorece a criação de empregos, ou seja, beneficia toda a sociedade brasileira”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas negociações com a Fenaban (federação dos bancos).

“O papel dos trabalhadores nas suas negociações coletivas vai além do benefício da sua categoria. Há um compromisso com a sociedade. A melhoria na remuneração dos bancários amplia a distribuição de renda e força a discussão da valorização do salário mínimo, que foi menosprezada pelo atual governo”, acrescenta a dirigente.
Entenda a conta

O reajuste salarial de 8% conquistado pelos bancários em 2022 representa um acréscimo anual de cerca de R$ 4,2 bilhões na economia brasileira (a massa salarial anual da categoria soma R$ 56,4 bilhões).

A PLR conquistada pelos bancários injetará por volta de R$ 8,7 bilhões até março de 2023, sendo que deste total, R$ 4 bilhões já serão injetados na antecipação da PLR, em setembro de 2022.

Além disso, o reajuste de 10% nos vales alimentação e refeição terá um impacto adicional de R$ 932 milhões no período de um ano. Anualmente o valor total recebido pela categoria em VA/VR soma R$ 10,3 bilhões.

O abono de R$ 1 mil no VA (apenas em 2022) injetará mais R$ 454,7 milhões na economia.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

R$ 9 mi garantido para cada executivo em 2022. E para os bancários?

Publicado em: 25/08/2022


Mesmo com lucros maiores e sempre crescentes, os bancos propuseram reduzir a PLR, distribuindo uma fatia menor de seus lucros bilionários. Na mesa desta quarta-feira 24 de agosto, a décima quinta rodada da Campanha Nacional dos Bancários 2022, a Fenaban (federação dos bancos) propôs reajuste de 6,73% nos valores fixos da PLR, o que corresponde a apenas 75,7% do INPC, com perda de 1,97% para os trabalhadores (considerando a estimativa da inflação de 8,88% em 31 de agosto).

A Fenaban propôs ainda excluir da CCT a regra de não compensação dos programas próprios na parcela adicional da PLR – ou seja, o que cada banco paga como programa próprio seria reduzido dessa parcela da PLR/CCT.

Mais cedo, os bancos vieram com proposta ainda mais rebaixada: de 6,22% para os valores fixos da PLR (70% do INPC, com perda de 2,44%). Mas depois de uma pausa nas negociações, apresentaram a proposta de 6,73%.

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou as duas proposta na mesa.

“Mais um dia inteiro de negociação, com os bancos apresentando propostas rebaixadas, fazendo longas pausas na mesa para depois apresentar índices de reajuste que vão aumentando a conta gotas. Passaram de 6,22% para 6,73%. E já chegamos à décima quinta mesa e eles ainda não apresentaram uma proposta de índice para reajuste dos salários. É um desrespeito com a categoria que constrói seus lucros bilionários”, diz Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Ivone destaca que a parcela do lucro distribuída aos trabalhadores já vem sofrendo redução ao longo dos anos. “E hoje eles propuseram reduzir ainda mais, oferecendo reajuste abaixo da inflação nos valores fixos e tetos, e propondo compensar programas próprios na parcela adicional da PLR, o que deixa os trabalhadores ainda mais vulneráveis às cobranças de metas abusivas. Não vamos aceitar.”

Por outro lado, a remuneração per capita anual da diretoria executiva dos maiores bancos tem previsão de atingir R$ 8,9 milhões por diretor (a) em 2022, com crescimento de 11,1% em relação a 2021 e 132 vezes maior do que a remuneração anual da função de escriturário (salário, 13º, férias, tickets, PLR).

PLR é fatia cada vez menor do lucro

Desde 1997, a PLR do cargo de caixa teve aumento real de 126%, enquanto que o crescimento real do lucro dos bancos, no mesmo período, foi de 359%, ou seja, 2,85 vezes mais do que o valor da PLR.

A fatia do lucro distribuída aos trabalhadores foi caindo ao longo dos anos, apesar de novas conquistas como os reajustes nos valores, mudanças nos parâmetros e introdução da parcela adicional.

Em 1995, quando a PLR foi clausulada na CCT dos bancários, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos seus lucros, mas em 2021, os três maiores bancos privados distribuíram em média apenas 6,67% de seus lucros. Com a proposta desta quinta, a distribuição cairia ainda mais, para 6,49%, sendo que a distribuição da regra básica está inferior a 5% e da parcela adicional próxima de 1,6%, portanto muito abaixo dos 2,2% previstos na CCT.

Na pauta apresentada aos bancos, a categoria reivindica para a parcela adicional da PLR 3 salários-base, reajustados pelo INPC mais aumento real de 5%. A Fenaban está oferecendo apenas 40% do que os trabalhadores reivindicam.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

 

BB propõe reajuste de remuneração à diretoria, para um total de R$ 67,3 milhões

Publicado em: 05/06/2022


O Banco do Brasil submeterá a seus acionistas um pedido de ajuste na remuneração dos membros de seus órgãos de administração, o que inclui a diretoria e o conselho de administração. Se as alterações forem aprovadas, o teto autorizado para o pagamento ao longo deste ano sairá de R$ 62,5 milhões para R$ 67,3 milhões.

O primeiro valor foi aprovado na Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada pelo banco em 27 de abril. A nova proposta, por sua vez, será submetida ao crivo dos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para o dia 29 de junho. A convocação e as propostas foram publicadas pelo banco na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira.

Segundo o BB, o novo valor abrangeria os 12 meses entre abril deste ano e março de 2023, mas os pagamentos reajustados seriam pagos a partir de junho. O banco propõe reajuste pelo IPCA de 12 meses até abril, de 12,13%, para o presidente e os vice-presidentes, e de 17,92% para os honorários de seus diretores.

A remuneração fixa do presidente do banco passaria para R$ 77.125,10 mensais; dos vice-presidentes, para R$ 69.032,64; e dos diretores, para R$ 61.527,65.

Na proposta, a instituição afirma que na última atualização da remuneração fixa dos administradores, em 2016, os honorários dos diretores eram 27,28% superiores à maior remuneração CLT do banco, paga aos gerentes gerais de unidades estratégicas. Desde então, os diretores não receberam reajustes, ao contrário dos gerentes, o que segundo o BB, gerou desequilíbrio.

Lucro em alta

O BB destaca que apresentou lucro líquido recorde em 2021, de R$ 21 bilhões, o que refletiria o desempenho da administração, e diz que o reajuste daria “justa remuneração” aos administradores frente às responsabilidades que possuem, garantiria a atratividade dos cargos e a retenção de talentos. A diretoria do BB conta com 33 membros, entre o presidente, vices e diretores.

A instituição propõe também ajustes em outros itens, com base nos ajustes propostos para a remuneração fixa. Na remuneração variável, que é atrelada a metas de desempenho, o pagamento é de 60% em 2022, sendo 50% em dinheiro e 10% em ações. Os outros 40%, também em ações, são diferidos pelo banco em anos posteriores, com 10% a cada ano.

Fonte: Estadão

CEOs de bancos dos EUA ganharam mais dinheiro durante a pandemia

Publicado em: 27/05/2021


Os CEOs da maioria dos grandes bancos americanos viram seus salários aumentarem durante a pandemia.

Entre os bancos com mais de US$ 1 bilhão em ativos, dois terços dos CEOs tiveram um aumento na remuneração este ano, de acordo com um estudo realizado por analistas da corretora Janney Montgomery Scott. O aumento médio foi de 26%, segundo os dados.

Os CEOs dos maiores bancos dos EUA – aqueles com mais de US$ 50 bilhões em ativos – tiveram o menor aumento na reuneração, equivalente a 5,8%. O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, o do Wells Fargo, Charlie Scharf e o do US Bancorp, Andy Cecere, viram sua remuneração diminuir este ano.

Os bancos fizeram reservas de bilhões durante a pandemia de Covid-19 conforme o desemprego disparava, com temores de que os tomadores de empréstimos começassem a não pagar suas dívidas. Mas onda após onda de pagamentos de auxílio econômico pelo governo americano evitaram amplamente as perdas, permitindo que os bancos começassem a liberar as reservas nos últimos trimestres.

O salário do CEO Richard Fairbank, da Capital One Financial Corp., disparou 161% para US$ 20,1 milhões, o maior salto entre os maiores bancos americanos, de acordo com a Janney, que baseou seu estudo em tabelas resumidas de remuneração em documentos regulatórios. Uma parte da remuneração de 2019 de Fairbank foi paga após aquele ano, uma mudança que aumentou seus ganhos depois.

A remuneração de Jamie Dim, do JPMorgan Chase, subiu apenas 0,2%, mas ele continua sendo o CEO mais bem pago do setor bancário, ganhando quase US$ 32 milhões este ano.

Fonte: Infomoney

 

A disputa pelos salários de 61,5 mil reais no BB — e que podem dobrar

Publicado em: 09/04/2021


Desde que o presidente Jair Bolsonaro resolveu entrar no jogo político e se aliar ao centrão, sabe-se que o apoio político custaria altos cargos no governo. O que ninguém imaginava era, no entanto, que os cargos mais bem-remunerados do Banco do Brasil também entrariam na mira.

Depois da troca do presidente, cogita-se que cinco das sete cadeiras de vice-presidentes do conselho diretor do BB estão sendo avidamente disputadas pelo centrão e por aliados da família Bolsonaro. A remuneração do ocupante é de 61.564,83 reais, um valor que pode dobrar com a remuneração variável. O novo presidente, Fausto de Andrade Ribeiro, terá um salário de 68.781,66 reais – que também pode dobrar.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem e que atuam no banco há décadas, a briga é grande e esta é a primeira vez que veem isso acontecer de maneira tão voraz. Durante os governos anteriores, a quantidade de cadeiras presenteadas a aliados políticos variava de uma a três. Sabia-se internamente que a vice-presidência de governo e de agronegócio, por exemplo, já tinham um destino político. Dessa forma, ficavam preservadas as outras cadeiras mais concentradas nos negócios do banco propriamente ditos.

Quando Rubem Novaes assumiu como presidente do BB, no início do governo de Bolsonaro, isso mudou. Naquela época, a proposta de Bolsonaro de acabar com o “toma-lá da cá” e enxugar o Estado vinha sendo aplicada e as nove cadeiras de dos VPs viraram sete. Quando o seu substituto, André Brandão, assumiu em 2020, ele manteve os nomes e, apenas devido a falecimento, colocou na vice-presidência de negócios de atacado Bernardo de Azevedo Silva Rothe, funcionário de carreira do banco.

Agora, tudo mudou, a começar pela própria indicação de Fausto Ribeiro no lugar do técnico Brandão, com larga experiência de mercado e vindo do HSBC. Atualmente, os vice-presidentes que mais possuem estabilidade na camada de diretoria são Carlos Motta, de negócios e varejo, e Mauro Ribeiro Neto, corporativo. Motta teve indicação política e é o líder da rede de varejo do banco. Já Ribeiro Neto tem bom trânsito no Ministério da Economia e é reconhecido pelo bom trabalho que estaria fazendo no enxugamento de custos do banco.

Fonte: Veja

Empregados de empresas estatais têm salário médio de até R$ 31,3 mil

Publicado em: 26/11/2020


As estatais brasileiras pagam salário médio mensal de até R$ 31,3 mil – isso sem contar as remunerações das diretorias executivas, que chegam a ganhar até R$ 2,9 milhões por ano. O dado faz parte de um levantamento inédito do governo federal. Para efeito de comparação, no ano passado a renda média de todos os brasileiros (considerando serviço público e setor privado) ficou abaixo de R$ 2,5 mil.

Produzido pelo Ministério da Economia, o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais reúne dados das 46 companhias de controle direto da União e consolida informações contábeis, de gastos com pessoal a reajustes salariais, entre outros números. O levantamento também mostra que a União precisou aportar no ano passado R$ 17 bilhões em 18 dessas estatais, que são dependentes do Tesouro.

A distância entre a remuneração nas estatais e no setor privado já havia aparecido, ano passado, em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Por esse estudo, 86% dos cargos em empresas estatais pagavam salário superior ao de postos semelhantes no setor privado. Ainda segundo o levantamento, os salários em 43% dos cargos nas estatais chegavam a superar o dobro do valor pago em funções semelhantes na iniciativa privada. A pesquisa analisou as remunerações pagas a 376 ocupações em 104 estatais não dependentes do Tesouro, entre as quais Banco do Brasil, Correios, Furnas e Petrobrás.

Um dos indicadores que mais chamam a atenção no relatório divulgado ontem pelo Ministério da Economia são os salários. A remuneração média mais alta, de R$ 31,3 mil, é paga a funcionários da PPSA, estatal responsável por gerir os contratos de partilha oriundos de leilões do pré-sal – e já prometida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para a fila das privatizações, apesar da resistência do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A PPSA tem 57 funcionários.

Já a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) conta com 1,5 mil empregados e tem o terceiro salário médio mais alto entre as estatais, de R$ 20,7 mil, ficando atrás apenas do BNDES (que oferece R$ 29,2 mil, em média, de remuneração).

Mas, diferentemente da PPSA e do BNDES, a Codevasf é uma estatal dependente do Tesouro – ou seja, precisa de aportes da União para bancar custeio e despesas com pessoal. O relatório do governo revela que a companhia precisou de R$ 2,7 bilhões nos últimos cinco anos. A Codevasf é também uma das empresas mais cobiçadas pelos políticos, pois responde por obras e projetos de agricultura irrigada, oferta de água e revitalização de bacias hidrográficas em todos os Estados do Nordeste.

“Isso é um legado. Esse tipo de material, somado a esforço de avaliação profunda das 46 estatais, é uma transformação na maneira como se gere essas empresas”, afirmou ao Estadão/Broadcast o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, que assumiu o posto em agosto, após a saída de Salim Mattar.

Diretores, presidentes e membros de conselhos fiscais e de administração podem ganhar remunerações muito elevadas à frente das estatais. Na Petrobrás, os membros da diretoria executiva receberam, em média, R$ 2,9 milhões em 2019. Os integrantes dos conselhos de administração e os membros do conselho fiscal ganharam, em média, R$ 194,3 mil e R$ 132,4 mil, respectivamente. No Banco do Brasil, membros da diretoria executiva, inclusive o presidente, receberam, em média, R$ 1,6 milhão no último ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Correio

Novos salários no Banco do Brasil têm redução de até 40%

Publicado em: 13/02/2020


A redução de novos salários no Banco do Brasil chega a 40%. As comparações entre os vencimentos antes e depois da reestruturação constam em uma tabela que circula nas redes sociais de funcionários.

Conforme mostrou a coluna Grande Angular na segunda-feira (03/02/2020), houve mudança nas funções do BB.

Um assessor III TI UE recebia R$ 9.963 de vencimento para jornada de seis horas. Agora, a nova remuneração será de R$ 5.963. E o salário de gerente executivo passou de R$ 37.930 para R$ 32.084, por exemplo. Os números foram confirmados pelo Metrópoles com fontes da instituição financeira.

A tabela, referente a fevereiro de 2020, detalha como eram e como ficaram as remunerações. Os percentuais apontados no documento, contudo, não correspondem ao índice de redução. À coluna, o banco informou que o documento não é oficial.

O BB afirmou ter identificado, em estudos para implantação do programa Performa, que as quantias utilizadas para remunerar funções de confiança e gratificadas eram superiores às praticadas pelo mercado.

“Com isso, o BB reduziu os valores que foram identificados como acima da média do mercado – a maior parte dos casos – e aumentou os que se mostraram defasados (gerentes de relacionamento PAA, Private Sofisticado e Corporate Upper Middle). A medida buscou maior alinhamento à média praticada no mercado”, disse.

Também como parte do novo planejamento, o BB ampliou o público-alvo do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), a partir do segundo semestre de 2020, para todos os funcionários do banco, com aumento dos percentuais de contemplados e dos valores das premiações por performance.

“Os primeiros colocados no programa recebem premiação que pode chegar ao equivalente a quatro salários por ano”, frisou o banco.

Fonte: Metrópoles

Banqueiros chegam a ganhar 800 vezes mais que bancários, diz CVM

Publicado em: 18/06/2019


Itaú, Bradesco e Santander pagam as maiores remunerações do país. Mas para membros das suas diretorias executivas. A maior delas, que inclui os salários mensais e também bônus e outras vantagens, é paga a um membro da diretoria do Itaú: R$ 46,880 milhões, o equivalente a quase R$ 4 milhões por mês, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O valor corresponde a 832 vezes aquilo que recebeu um escriturário do Itaú no mesmo ano. Cargo de menor remuneração na carreira bancária, os escriturários ganharam R$ 56.280 em 2018.

A lista de maiores remunerações recebidas no ano passado traz, na sequência, membros da diretoria estatutária do Santander (R$ 43,068 milhões), da diretoria estatutária da Bolsa de Valores — B3 (R$ 37,849 milhões) e do conselho de administração do Bradesco (R$ 27,684 milhões).

No Bradesco, o presidente do conselho de administração recebeu no ano passado R$ 27,6 milhões, o que equivale a 491 vezes aquilo que um escriturário ganhou em 2018.

Em países como Alemanha e Japão, os diretores executivos de grandes companhias ganham cerca de cinco a sete vezes mais do que os funcionários. Mesmo no Brasil, onde essa diferença é bem maior do que nos países desenvolvidos, ainda assim ela é muito menor do que nos bancos.

Das 601 empresas analisadas, o empregado de alto escalão no Brasil ganha, em média, 34 vezes mais do que seu colega operacional. Os dados são da pesquisa de Remuneração Total feita pela consultoria Mercer em 130 países.

Injustiça tributária

As injustiças não se restringem às diferenças de remuneração. O sistema tributário brasileiro ajuda a aumentar o fosso social entre trabalhadores e altos executivos.

Segundo estudo do Ipea, a redução das alíquotas do Imposto de Renda, ocorrida entre os anos 1980 e 1990, é uma das responsáveis pela imensa concentração de renda no país. O Brasil já chegou a cobrar alíquotas de até 50% para rendas mais elevadas. A partir de 1988, as taxas sofreram um movimento de redução até chegar ao teto atual de 27,5%

Isso significa que a maior alíquota é cobrada tanto para quem ganha R$ 5 mil quanto para quem recebe R$ 5 milhões por mês.

“A diferença salarial obscena verificada nas empresas brasileiras e, principalmente nos bancos, associada a um sistema tributário injusto e perverso, contribuem para manter nossa sociedade entre as mais desiguais do mundo. E são justamente esses altos executivos de bancos e empresas que defendem a reforma da Previdência que irá prejudicar a aposentadoria dos trabalhadores sob o argumento do desequilíbrio das contas públicas”, critica a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa.

“O Brasil é o paraíso fiscal dos ricos. Rico paga imposto muito aquém de sua capacidade contributiva. Os lucros e dividendos precisam ser tributados. Hoje, a carga tributária incide mais sobre o consumo (48,4%) do que sobre a renda (19,2%). Isso torna nosso modelo tributário regressivo, fazendo com que famílias de menor renda paguem mais. As desonerações e sonegações precisam ser combatidas. Mais de R$ 500 bilhões são sonegados, em média, por ano. Já as desonerações concedidas a empresas representaram R$ 354 bilhões a menos nos cofres públicos somente em 2017 ”, acrescenta a dirigente.

“É urgente que a sociedade brasileira se mobilize na luta por uma reforma tributária que institua um sistema progressivo de cobrança de impostos, para que os mais ricos e os que ganham mais paguem conforme seu rendimento. Não é justo que a maior alíquota de imposto seja de apenas 27,5% e incida tanto para quem ganha R$ 5 mil como para quem ganha R$ 5 milhões”, finaliza Rita Berlofa.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos aumentam lucros e reduzem empregos e salários, revela dados do Caged

Publicado em: 13/03/2019


O setor mais lucrativo da economia brasileira não tem dado um retorno justo à sociedade. Em um cenário de crise, com mais de 12,2 milhões de pessoas desempregadas, o setor bancário, que lucrou mais de R$ 70 bilhões em 2018, criou apenas 6 postos de trabalho em janeiro de 2019. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Em contrapartida, a carteira de clientes cresce aceleradamente. A média por empregado no Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander saltou de 820 em 2017 para 847 no ano passado, aumento 3,3%.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, denuncia, “enquanto os bancos enchem os cofres, o bancário trabalha cada vez mais sobrecarregado e o cliente sofre com as dificuldades no atendimento”.

Os dados mostram ainda que as demissões se concentram nos cargos com salários mais elevados. Já os contratados têm remuneração rebaixada. Para se ter ideia, em janeiro, o salário médio dos admitidos foi de R$ 4.938,00 enquanto o dos demitidos equivalia a R$ 6.318,00. Redução de 22%.

A desigualdade de gênero também persiste e sem justificativa. A média da remuneração das mulheres contratadas foi de R$ 4.428,00. O valor representa 17% a menos do que os homens admitidos, de R$ 5.347,00.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia

BB apresenta proposta final que mantém todos os direitos

Publicado em: 29/08/2018


O Banco do Brasil apresentou para a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, no sábado 25, a redação de proposta de acordo para os trabalhadores do banco. A mesa de negociação ocorreu após a realização da mesa única com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O BB propôs, assim como a Fenaban, um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de dois anos com reajuste de 5% em 2018 – que corresponde à reposição da inflação mais aumento real de 1,18% – e inflação mais ganho real de 1% em 2019 sobre todas as verbas.

Intervalo de almoço

O intervalo de almoço dos funcionários com jornada de oito horas poderá ser reduzido para 30 minutos, de forma facultativa. Já para os funcionários de seis horas será mantido o modelo atual, sem registro de ponto. A mudança no intervalo dos funcionários de seis horas será discutida ao longo do processo de negociação permanente até que se tenha um entendimento, inclusive em outros bancos.

No caso de horas extras, o tempo mínimo de intervalo para o funcionário de jornada de seis horas, poderá ser de 30 minutos. Diferente de como acontece atualmente, no qual o funcionário é obrigado a fazer uma hora de intervalo.

Banco de horas

Os funcionários terão seis meses para a compensação das horas extras com folgas, sendo um dia acumulado para um dia folgado, e caso a compensação não aconteça em até seis meses, o saldo de horas será convertido em espécie e pago no mês subsequente com o devido adicional de hora extra, ou seja, uma hora e meia.

PLR

Está mantido o mesmo modelo de PLR no Banco do Brasil e o pagamento do primeiro semestre, assim como nos anos anteriores, será logo após a assinatura do acordo, caso seja aprovado.

Manutenção das três avaliações

Foi conquistada na última reunião, realizada no dia 22 de agosto, a manutenção da cláusula do Acordo Coletivo que garante a observação de três ciclos avaliatórios consecutivos de GDP com desempenhos insatisfatórios, para efeito de descomissionamento.

Mesas temáticas

O acordo mantém a mesa temática sobre Saúde e Segurança no Trabalho, e acrescenta duas novas mesas temáticas sobre Teletrabalho e Escritórios Digitais e Entidades Patrocinadas de Bancos Incorporados.

A proposta também inclui um dia de luto para falecimento de padrastos e madrastas do funcionário. E o trabalhador poderá optar pelo recebimento do vale-transporte em dinheiro ou em cartão magnético.

“O Comando, em estratégia acertada, antecipou a Campanha Nacional devido ao fim da ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo até a assinatura de outro. O Comando também tinha objetivo de manter a mesa única, entre bancos públicos e privados, e garantir os direitos dos acordos específicos de bancos. Alcançamos o objetivo, por isso indicamos a aprovação da proposta da Fenaban e da proposta do BB”, diz a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva.

“Um ano após a reforma trabalhista que acabou com várias garantias legais para a classe trabalhadora, a categoria bancária deu um exemplo ao garantir os direitos conquistados em anos de luta na CCT e no acordo específico do BB. As propostas da Fenaban e do BB não só mantiveram a mesa única como trouxeram avanços específicos. Por isso, por resistirmos à reforma trabalhista em um acordo nacional para todos os bancários é que a Comissão de Empresa e o Comando Nacional dos Bancários indicam a aprovação da proposta”, orienta o representa de São Paulo na Comissão de Empresa, João Fukunaga.

Assembleia na quarta 29

As propostas da Fenaban e a específica do BB serão apreciadas pelos funcionários do bancos público em assembleia na quarta-feira 29, a partir das 19h, na Casa de Portugal (Av. da Liberdade, 602, Liberdade).

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Veja salários de estagiário a gerente nos 5 bancos que mais lucram no país

Publicado em: 23/08/2018


Juntos, os cinco maiores bancos do país lucraram 19,6 bilhões de dólares no ano passado, segundo dados do prêmio MELHORES E MAIORES da Revista EXAME. São eles: Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Santander.

Com os bons resultados em um momento difícil para o Brasil, se torna mais atrativo procurar por oportunidades de emprego dentro de grandes bancos. Para tomar uma decisão na carreira, 73% dos brasileiros consideram o saláriocomo um fator prioritário para escolher uma empresa, segundo pesquisa feita pela Love Mondays com mil profissionais.

O portal reúne mais de 1 milhão de avaliações e salários para 115 mil empresas. As informações são postadas de forma anônima pelos usuários e são acessadas por mais de 3 milhões de pessoas por mês.

Com os dados do Love Mondays, a reportagem de EXAME destacou a remuneração média para alguns cargos dos cincos bancos. Entre eles, o destaque fica com o trainee do Santander: embora a pesquisa mostre uma remuneração média de 5.830 reais para o cargo, o programa deste ano oferece salário de 6,2 mil reais. As inscrições estão abertas e recém-formados de qualquer curso podem se candidatar.

O banco mais lucrativo, o Itaú Unibanco, também tem vagas para trainee e estágio.

Confira os principais salários dos maiores bancos do Brasil:

Banco do Brasil.1Banco BradescoBanco CaixaBanco ItaúBanco SantanderFonte: Exame

BB foca em produtos para garantir e atrair contas de salários

Publicado em: 19/06/2018


Por determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN), a partir do dia 2 de julho o trabalhador brasileiro, da iniciativa privada ou pública, é quem decide em que banco prefere receber o salário. Até então, a empresa ou órgão determinava a instituição financeira e o empregado, caso fosse de sua preferência, poderia solicitar a mudança. Com a alteração nas regras da Livre Opção Bancária (LOB), que nada mais é do que o livre direito do cliente (trabalhador) escolher onde deseja receber seus créditos oriundos de salários, bonificações e afins, acirra-se a disputa por salários entre os bancos.

Com a mudança na LOB, o cliente poderá fazer a portabilidade em qualquer canal de atendimento ou diretamente na instituição onde deseja receber os proventos, que pode ser um banco tradicional, digital ou até uma fintech. A resolução do CMN gera oportunidades e ameaças para o BB. Se por um lado, haverá mais facilidade para atração de novos proventistas, por outro, com a maior base de proventistas do mercado, superior a 10 milhões de clientes, o banco é o principal alvo nesse cenário.

No BB, os proventistas fomentam cerca de 65% da margem de contribuição total do mercado PF, o que destaca a importância de a instituição reforçar o seu relacionamento com esse público. A estratégia para retenção, atração e fidelização desses clientes está estruturada em uma comunicação direcionada, com novos conteúdos e ferramentas para apoiar o trabalho na rede, vantagens em produtos e preços, com oferta de benefícios diferenciados e ajustes e melhorias nos processos de tecnologia para canais de atendimento.

No BB, os clientes que recebem crédito do salário em conta e optam por pacotes de serviços específicos contam com todas as vantagens e benefícios do BOMPRATODOS, como taxas reduzidas em linhas de crédito, dez dias sem juros no uso do cheque especial, taxa mensal de 3% no cartão de crédito e assessoria financeira exclusiva. Há ainda isenção de tarifa (na adesão e primeira carga do Ourocard Pré-Pago, no serviço de SMS e seis meses sem tarifa do pacote de serviço) e isenção da anuidade no primeiro ano do cartão de crédito.

Nesse trabalho de atração e retenção de proventistas, o papel dos gerentes, especialmente os de unidade, é fundamental. “O gerente de banco não só coordena e lidera a equipe, mas atua na manutenção e difusão da boa imagem, produtos e serviços do BB. Ele deve estar sempre motivado a cumprir suas metas e missões como um bom administrador, que conhece a instituição e seus processos, mas principalmente as necessidades de seus clientes”, afirma Ronald Feres, vice-presidente da AGEBB.

Confira abaixo as mudanças nas regras determinadas pelo CMN

Previ

Jornal do Brasil traz artigo com bancos oficiais e os seus altos salários

Publicado em: 05/04/2018


Numa economia em recessão era de se esperar que os bancos oficiais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fossem acionados, de forma contracíclica, para turbinar a economia. Por falta de demanda (a renda das famílias encolheu 3,2%, em 2015, e 4,3%, em 2016), os bancos privados, às voltas com a pepineira decorrente dos empréstimos contracíclicos de 2009/2010, em vez de baixar os juros, acompanhando a queda da inflação e dos juros básicos do Banco central, a taxa Selic, pisaram no freio. Resultado: engavetamento geral na economia, empresas vendendo menos e desemprego em alta, com as dívidas apertando a todos.

E uma das causas da fraca reação da economia – o PIB aumentou apenas 1% em 2017, graças à supersafra agrícola, que cresceu 14% no ano passado, mas já rateia no começo de 2018, com queda no comércio e no setor de serviços em geral, além do aumento de 5% no desemprego em fevereiro, foi o frustrante comportamento da CEF, do BB e do BNDES em 2017. Na CEF, o grande agente financeiro da construção imobiliária, desde que absorveu o BNH no governo Sarney e ficou com o monopólio dos recursos do FGTS, os créditos às empresas encolheram 23% no ano passado, enquanto os empréstimos às pessoas físicas caíram 8,6%.

Na Caixa, que nasceu, em 1861, como a Casa Monte Socorro, na qual os escravos confiavam suas poupanças para tentar comprar a alforria, o grande resultado veio do lucro, que cresceu inacreditáveis 202,6%, ancançando R$ 12,5 bilhões. Uma comemoração para lá de festejada entre os funcionários, que têm direito à participação nos lucros. Mais ainda para a diretoria, composta pelo presidente Gilberto Ochi, com salário de R$ 56.196,00 e os 12 vice-presidentes, cada qual aquinhoado com cargos, alguns com apadrinhamento político, e vencimentos de R$ 45.346,00, fora os benefícios que giram em torno de R$ 10.745,00.

É melhor do que ser ministro, cujo teto foi reduzido no ano passado para R$ 33.700 (mas é burlado por vários penduricalhos, como o auxílio moradia de (R$ 4.377) que beneficia os juízes em várias comarcas do Brasil. Melhor ainda se for um integrante da milionária diretoria do Banco do Brasil, cujos lucros cresceram 55% no ano passado, atingindo R$ 10,011 bilhões, apesar da redução de 12,3% na carteira de crédito.

No BB, o presidente, Paulo Cafarrelli ganha R$ 68.781 mensais. Ou mais que o dobro do teto. Cada um dos nove vice presidentes, recebe R$ 61.564 por mês, e cada um dos 27 diretores (o que num critério de indicação política contemplaria os 27 estados do país) cabem R$ 52.177 mensalmente. E ainda há dois novos cargos de alta remuneração: R$ 46.959 para o titular do Comitê de Auditoria e para o dirigente máximo do Comitê de Risco e Capital. No total, os ganhos anuais da diretoria passam de R$ 2 milhões.

Mais confortável ainda é a função de presidente do BNDES, remunerada por R$ 87.390 (duas vezes e meia acima do teto salarial) à qual renunciou esta semana o economista Paulo Rabello de Castro para concorrer à presidência da República pelo PSC, ao qual é filiado. Outros diretores do BNDES chegam a receber R$ 71.940 mensais. A média salarial da diretoria é de R$ 35.880, e o nível médio dos salários do banco está na faixa de R$ 25 mil. Mas a remuneração pode ser engordada com o rateio de R$ 265 milhões sob a forma de participação nos lucros, que implicava o pagamento de mais 4 salários por ano (o 13º e mais três). A questão está em discussão porque parte dos lucros do BNDES vem de dinheiro subsidiado do Tesouro Nacional, que fechou 2017 com rombo de R$ 124 bilhões.

Fonte: Jornal do Brasil

Os salários dos funcionários do BB em 15 cargos

Publicado em: 16/02/2017


SÃO PAULO – O Banco do Brasil é um dos cinco bancos estatais do governo brasileiro e é um dos mais famosos do país. Se por um lado, o banco tem muitos clientes pelo Brasil, por outro, seus funcionários não parecem estar muito contentes. De acordo com o portal LoveMondays, o banco tem 3.63 pontos em um total de 5, quando se trata de satisfação geral dos empregados.

Em relação a salários e benefícios, a nota cai ainda mais: 3.59 de 5 pontos. No entanto, 84% dos funcionários recomendaria a empresa para um amigo.

Confira quanto ganham os colaboradores da instituição:

Estagiário: R$ 735

Jovem Aprendiz: R$ 918

Telefonista: R$ 1.209

Escriturário: R$ 2.455

Técnico Bancário: R$ 2.530

Atendente de Call Center: R$ 3.126

Operador de caixa: R$ 3.392

Assistente comercial: R$ 3.683

Assistente financeiro: R$ 4.203

Supervisor: R$ 5.526

Gerente de relacionamento: R$ 6.819

Analista de TI: R$ 8.541

Assessor: R$ 10.012

Gerente de agência: R$ 11.391

Gerente geral: 12.803

 

Fonte: InfoMoney

Fitch: bancos estaduais do País seguem sensíveis à piora no ambiente operacional

Publicado em: 12/01/2017


A agência de classificação de risco Fitch afirmou, em nota divulgada nesta quarta-feira, 11, que bancos estaduais do Brasil são “altamente sensíveis” à deterioração no ambiente operacional regional, o que pode ter implicações para o perfil de crédito. Segundo a agência, a informação consta em relatório que cobre Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., Banco do Estado de Sergipe S.A., Banco do Estado do Espírito Santo S.A. e Banco de Brasília.

“Os bancos subnacionais mantiveram um apetite por risco em 2016, similar aos pares do setor privado. O crescimento desacelerou, como resultado”, afirma Jean Lopes, diretor da Fitch. Segundo ele, os empréstimos inadimplentes continuam a crescer ao longo de 2016, uma tendência que continuará em 2017 devido à recessão econômica, aos altos níveis de inflação e desemprego e ao desempenho fraco na maioria dos setores corporativos.

Uma forte presença regional e ofertas abrangentes de produtos ajudam esses bancos estaduais a competir com os bancos maiores, nacionais. Os bancos estaduais trabalham proximamente com funcionários públicos regionais e poderiam ser afetados pelas dificuldades sofridas pelas entidades controladoras no pagamento de passivos. A agência cita também que o risco continuado diante do atraso de salários em alguns Estados prejudica o portfólio desses bancos.