Banco do Brasil: edital até dezembro com 7.200 vagas

Publicado em: 05/09/2024

A expectiva de um novo concurso Banco do Brasil , cresce a cada dia com a divulgação de novas informações. Em recente entrevista, o BB chegou a afirmar que estava realizando estudos para o lançamento de novo edital de seleção externa.

Agora, por fim, uma rodada de negociação entre sindicato e instituição bancária, para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), prevê a criação de 7.200 vagas, além do reajuste salarial.

Se você interessa pelo concurso Banco do Brasil, continue comigo para entender a real situação e conhecer os demais pontos apresentados pelo banco na negociação. O Banco do Brasil apresentou no dia 31 de agosto, na décima rodada de negociações para a renovação do ACT, sua proposta global junto ao Sindicato dos Bancários.

Dentre as prospostas, está a criação de 7.200 cargos, que poderão ser ofertadas em um novo edital. Confira:

Rede de negócios

Revisão dos cargos de assistente de negócios, supervisor de atendimento e caixas. Serão abertas 4 mil vagas para nova função com jornada de 6 horas e salário será maior que o dos caixas, os caixas serão priorizados na concorrência.

Serão criadas 2700 vagas para o cargo de 8 horas, que terá salário superior ao de supervisor de atendimento. Além disso, na rede de negócios, serão abertas 500 vagas de gerente de relacionamento. Mais de 11 mil funcionários serão impactados pelo aumento salarial.

Vale destacar que o Sindicato dos Bancários de todo o país realizou uma Assembleia, para que a categoria delibere sobre a proposta.

Pontos da proposta apresentada pelo Banco do Brasil

No mais, além da revisão dos cargos e da criação de nova vagas, a proposta global do BB, apresenta ainda os seguintes pontos:

Elevação do teto da PLR

A partir da próxima PLR (participação nos lucros) já vai estar valendo a nova regra, com limite a sete salários por ano. O banco também assumiu o compromisso de fazer o pagamento após três dias úteis da assinatura do acordo.

Caixa

O banco está assumindo o compromisso manter a gratificação do Caixa até dezembro deste ano, para os agentes comerciais que vinham recebendo esta gratificação. Durante este período, os caixas serão priorizados nas novas funções com salário maior que o atual. Os caixas que continuarem abrindo caixa continuam fazendo jus à gratificação. Os caixas com mais de 10 anos de função em 2017 terão a gratificação incorporada. Além disso, BB irá instituir um programa de qualificação para se qualificar para novas funções.

Plataforma conexão

O banco planeja mudanças no sistema de métricas de metas. Segundo a proposta, todos que superarem seus indicadores receberão uma premiação.

Praças de díficil provimento

Para incentivar a movimentação de funcionários para localidades de difícil provimento, o banco propõe um incentivo pecuniário por 12 meses, em valores crescentes.

Redução da jornada de trabalho

Dentre as rodadas de negociações realizada há vários meses, referente a Campanha Nacional 2024, aprovou-se a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis, que possuem dependentes com deficiência física e/ou mental (PCD).

A cláusula garante redução de 2h na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1h para aqueles com jornada de 6 horas.

“No momento, estamos realizando estudo visando o lançamento de novo edital de seleção externa para o Banco, mapeando a necessidade de alocação de mão de obra, observando a capacidade negocial de cada região e o Planejamento estratégico e Orçamentário da Empresa”, relatou a Agência de Notícias do BB em junho.

Ao que tudo indica, a Fundação Cesgranrio tem grandes chances de estar a frente do próximo certame do BB. A validade do contrato assinado em 2022, foi prorrogada até 11 de dezembro de 2025.

Sendo assim, a Cesgranrio, está autorizada a realizar quantos concursos forem necessários durante o período de vigência do contrato.

Fonte: Nova Concursos

Banco do Brasil lança nova solução de benefícios com foco em restaurantes

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O Banco do Brasil anuncia o lançamento do BB Gastronomia, uma nova solução de benefícios que promete transformar as experiências gastronômicas dos seus clientes, com ação promocional de lançamento onde os clientes BB que utilizarem a solução receberão 10 pontos por real gasto.

Com média de 2,2 milhões de pessoas utilizando seus cartões Ourocard em experiências gastronômicas mensalmente, o BB Gastronomia chega para estar ainda mais próximo desse público, além de atrair clientes potenciais.

O que é BB Gastronomia?

O BB Gastronomia é um serviço para clientes do Banco do Brasil em parceria com a Livelo, que permite que os clientes façam reservas ou check-ins em restaurantes e acumulem pontos ao pagar a conta com um cartão de crédito Ourocard. Tudo isso de forma simples e rápida pelo aplicativo do BB. Nele também é possível consultar os restaurantes e cidades participantes, assim como a pontuação recebida por cada real gasto nos diversos restaurantes parceiros.

Para utilizar o BB Gastronomia, basta fazer login no App do Banco do Brasil, acessar o menu Meus Benefícios, selecionar a opção BB Gastronomia, cadastrar um cartão Ourocard com a função crédito ativa, escolher um dos estabelecimentos parceiros e fazer a reserva de mesa ou check-in. Ao chegar ao restaurante, apresente sua reserva ou check-in, pague a conta pelo app BB utilizando o cartão cadastrado e ganhe pontos Livelo a cada real gasto.

Segundo Larissa Novais, diretora de Clientes do BB, “o BB Gastronomia foi desenvolvido para ampliar o nosso portfólio de benefícios, permitindo que o Banco do Brasil esteja ainda mais próximo dos nossos clientes em momentos de lazer e descontração. Esta solução não só oferece experiências gastronômicas exclusivas com a possibilidade de acumular pontos extras, mas também reforça a nossa presença na vida dos clientes, promovendo maior engajamento com os diversos serviços e produtos que oferecemos.”

Bônus em Pontos Livelo:

No período de 5 a 30 de setembro, todos os clientes BB que utilizarem a solução receberão 10 pontos por real gasto, conforme o cronograma a seguir:

05 a 15/9 – Clientes Estilo
16 a 30/9 – Aberto a todos os clientes BB

Os pontos serão creditados em até 30 dias após o fim do período promocional.

O programa Benefícios BB existe para oferecer um leque de opções que aumentam o engajamento dos clientes, incluindo pontos Livelo, cupons de desconto, Clube de Benefícios, cashback e ações promocionais.

Fonte: Banco do Brasil

Edital Ecoforte tem inscrições prorrogadas até 7 de outubro

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O edital Ecoforte, iniciativa da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está com inscrições prorrogadas até 7 de outubro. Serão destinados até R$ 100 milhões para instituições empenhadas em promover sistemas produtivos mais saudáveis e sustentáveis. Deste total até R$ 50 milhões serão aportados pela Fundação Banco do Brasil e até R$ 50 milhões pelo BNDES. A chamada pública integra o direcionamento estratégico nacional para o desenvolvimento sustentável por meio do combate à fome, à pobreza e redução das desigualdades.

As inscrições são realizadas no endereço: https://ecoforte.fbb.org.br

Atenção participante: Fundação Banco do Brasil realizou nesta quarta-feira (4) Oficina Ecoforte no canal da instituição no YouTube. Os representantes das instituições interessadas em participar no edital poderão acompanhar no vídeo (disponível no YouTube) orientações para o atendimento aos requisitos gerais, documentação obrigatória e elaboração das propostas. Oficina disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=8XAgClim8vg

O Ecoforte – programa de fortalecimento e ampliação das redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica tem o propósito de apoiar projetos territoriais de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. O edital busca promover práticas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade e de sistemas produtivos orgânicos e de base agroecológica. A chamada pública visa ampliar a produção e a oferta de alimentos e produtos saudáveis, assim como contribuir para a promoção da transição agroecológica e da resiliência dos ecossistemas.

A promoção de sistemas produtivos mais saudáveis e sustentáveis está conectada com a autonomia social e econômica de agricultores familiares, assentadas, povos indígenas, quilombolas, entre outros povos e comunidades tradicionais.

Contexto de retomada

O Edital ECOFORTE Redes 2024, iniciativa da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, está em consonância com as disposições dos contratos de aplicação de recursos não reembolsáveis do Fundo Socioambiental e Fundo Amazônia. A retomada do Ecoforte – Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica, instituído em 2013, está amparada no Acordo de Cooperação Técnica nº 01/2023. As premissas do edital são caracterizadas de acordo Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006 que estabeleceu as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais (PNAPO).

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil indenizará em R$ 25 mil cliente agredido por funcionário

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A 3ª turma Recursal Cível do TJ/SP manteve a condenação do Banco do Brasil ao pagamento de R$ 25 mil por danos morais a um cliente que foi agredido fisicamente por um funcionário da instituição. O colegiado manteve a sentença de origem, ressaltando ser inaceitável o tratamento do sofrido pelo cliente.

Nos autos, o cliente relatou que foi até uma agência bancária para resolver questões relacionadas a um empréstimo, sendo direcionado várias vezes entre o caixa e o setor de atendimento, sem que sua demanda fosse resolvida. Frustrado com a situação, afirmou que decidiu deixar a agência, quando foi surpreendido por um funcionário que o agrediu fisicamente.

Segundo o homem, ao tentar passar pela porta giratória, o funcionário o seguiu e desferiu um chute, quebrando o vidro da porta, cujos estilhaços o atingiram. Ainda em choque, contou que, ao sair do local, foi novamente atacado pelo funcionário, que desferiu um chute em sua genitália.

Na origem, a juíza Maria Cecilia Cesar Schiesari, da 1ª vara do JEC de SP, ressaltou que o comportamento do funcionário foi inaceitável, configurando conduta desrespeitosa e agressiva.

“Inaceitável, injustificável e repugnante a maneira desrespeitosa, ofensiva e agressiva com que foi tratado pelo preposto do réu… Estão evidentemente caracterizados os requisitos do dano moral indenizável.”

A magistrada ainda destacou que a indenização visa, além de compensar o cliente, incentivar o banco a treinar seus funcionários para evitar episódios semelhantes.

“Considerando as peculiaridades do caso em exame, fixo a indenização devida em R$25 mil, quantia razoável para amenizar os constrangimentos e o sofrimento suportados pelo autor, sem representar causa de enriquecimento indevido e, por outro lado, para incentivar o requerido a capacitar melhor seus funcionários, orientando-os e exigindo deles tratamento respeitoso com seus clientes, de modo a não causar constrangimentos e transtornos a quem quer que seja.”

Em recurso apresentado pelo Banco do Brasil, o relator do processo, juiz Rilton José Domingues, destacou que as testemunhas e imagens de câmeras de segurança eram suficientes para fundamentar a decisão condenatória, evidenciando a responsabilidade da instituição financeira pelos atos praticados por seus funcionários.

Assim, o colegiado manteve a sentença e considerou adequada a indenização de R$ 25 mil como reparação pelos danos sofridos.

O escritório Oliveira, Eliane e Sassi Advogados atuou no caso.

Fonte: Migalhas

Cooperforte e Cassi firmam parceria para otimizar serviços a associados

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Com o objetivo de otimizar serviços para os associados, a COOPERFORTE e a CASSI oficializaram Convênio para viabilizar a permuta de boas práticas de governança, aprimorar o relacionamento de excelência com associados e partes interessadas e promover produtos e serviços inovadores cada vez mais adequados aos públicos de associados e participantes de ambas as instituições, preferencialmente acessados digitalmente.

A partir da implementação do Convênio, haverá uma divulgação mútua de produtos e serviços para os respectivos públicos internos, além do compartilhamento de informações cadastrais devidamente autorizado pelo titular e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

O Convênio foi assinado nesta quarta-feira, 04 de setembro/2024, na sede da CASSI em Brasília/DF, com a presença dos diretores executivos da CASSI e da COOPERFORTE, além dos dirigentes da AFABB-DF (Associação de Funcionários Aposentados do Banco do Brasil).

Fonte: Cooperforte

Marcação a mercado traz instabilidade para planos de benefícios da Previ

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Tanto o Plano 1 quanto o Previ Futuro possuem a maior parte dos seus investimentos em Renda Fixa. No Plano 1, o segmento equivale a 61% da carteira, com R$ 141,5 bilhões em investimentos. Já no Previ Futuro, o montante — considerando os perfis de investimentos — equivale a 66% da carteira, com R$ 21,9 bilhões em investimentos.

A maioria dos ativos de renda fixa é de aplicações em títulos públicos federais, as chamadas NTN-B de longo prazo, com vencimentos de até 40 anos, que contribuem para garantir um retorno superior à meta atuarial do Plano 1 e do índice de referência do Previ Futuro – que a entidade precisa atingir para assegurar o pagamento dos benefícios futuros de todos os associados.

Para se ter ideia, apenas em 2024, a Previ investiu cerca de R$ 12 bilhões nesses títulos que foram destinados ao Plano 1, no escopo de um processo chamado de imunização do passivo. O objetivo dessa estratégia é proteger ainda mais os associados do plano, que tem mais de 98% dos integrantes em fase de aposentadoria ou recebimento de pensão.

Porém, existem duas formas de contabilizar esses títulos. É aí que entra o debate. A primeira é a “marcação a mercado”, em que é feita uma atualização diária da precificação dos investimentos em renda fixa, o que aumenta a volatilidade – já que esses ativos sofrem com as variações conjunturais. A segunda forma de contabilizar é a “marcação na curva”, quando não há intenção de negociar os títulos antes do seu vencimento, que é o caso da Previ. Dessa forma, a atualização da inflação e dos juros é contabilizada, mês a mês, até o vencimento, sem volatilidade – uma vez que a rentabilidade é garantida previamente, no investimento.

A publicação da Resolução 29/2018, que foi alterada pela Resolução 37/2020 e, posteriormente, pela 43/2021, todas do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), determina que os planos de benefícios nos modelos Contribuição Variável (CV) — tipo de plano como o do Previ Futuro, que combina contribuição definida durante a acumulação e benefício definido na aposentadoria — devem contabilizar os títulos públicos adquiridos na forma de “marcação a mercado” durante a fase de contribuição definida. Ou seja, por força da legislação, a Previ é obrigada a atualizar diariamente a precificação dos investimentos de renda fixa do Previ Futuro, sofrendo com as variações do mercado, mesmo sabendo que levará esses investimentos até o vencimento.

No caso da Previ, a legislação é prejudicial, porque a Entidade não enfrenta problemas de liquidez, nem de caixa. Por isso, pode manter os títulos NTN-B, de longo prazo, em sua carteira até o vencimento – o que faz todo sentido para uma entidade que mira o longo prazo para realizar o pagamento de aposentadorias e pensões. Portanto, seria mais adequado para o associado que a contabilização desses ativos não fosse totalmente marcada a mercado durante a fase contributiva do Plano. A contabilização dos títulos como “mantidos até o vencimento” evita a exposição ao risco do valor de mercado dos títulos.

A volatilidade da marcação a mercado pode trazer, inclusive, prejuízo no presente para os associados que pretendem se aposentar em períodos de baixa rentabilidade, que ocorre quando as taxas praticadas no mercado ficam maiores quedo que as taxas dos títulos que compõem a carteira do plano.

O CNPC justificou a alteração da norma alegando que assim estaria equalizando as regras de investimentos em renda fixa das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) e dos planos do mercado administrados pelos bancos. Além disso, sugeriu que isso daria “maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as oscilações de mercado dos preços dos ativos estarão refletidas nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances”.

Mas não existe equivalência entre os planos de benefícios administrados pelas EFPCs e os planos ofertados dos bancos e seguradoras. Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2024, o patrimônio da previdência complementar (aberta e fechada) atingiu R$ 2,79 trilhões. Desse patrimônio, 53% são provenientes de bancos e seguradoras e 47%, das EFPCs. No entanto, dos mais de R$ 95 bilhões em benefícios pagos no período, 95% vieram das EFPCs, contra apenas 5% dos bancos e seguradoras.

Os planos administrados por entidades como a Previ são investimentos de longo prazo que visam garantir a aposentadoria de milhares de pessoas. Têm um custo administrativo mais baixo e não visam lucro, com toda rentabilidade sendo revertida ao mútuo dos próprios associados. Enquanto isso, os planos oferecidos por bancos e seguradoras funcionam mais como um veículo de investimentos do que uma previdência.

A marcação a mercado impõe uma volatilidade indesejada aos planos de previdência complementar fechada, comprometendo a estabilidade e real noção de poupança. Quando a rentabilidade anual do segmento de renda fixa é comparada com a da carteira de títulos mantidos até o vencimento, também se confirma o efeito de maior oscilação de rentabilidade ao segmento a partir de 2021, o que fica evidente no gráfico abaixo:

Não faz sentido a marcar “a mercado” todos os títulos que serão carregados até o vencimento em planos de benefício de entidades fechadas de previdência. Isso traz uma volatilidade desnecessária. A legislação obriga que, quando se vende um título marcado na curva, e¿ preciso reinvestir o recurso. No caso da marcação a mercado, não há essa exigência. Ou seja, enquanto a manutenção dos títulos públicos federais até o vencimento gera previsibilidade e melhor rentabilidade, a marcação a mercado só traz incerteza.

Fonte: Previ

Previ pede o fim da proibição de investimento em imóveis por fundos de pensão

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A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, defendeu o retorno à permissão para que as entidades possam comprar imóveis de forma direta. Dona de uma carteira que possui cerca de R$ 14,3 bilhões em imóveis, a entidade afirma que a restrição reduz a rentabilidade da carteira e, por extensão, de seus beneficiários.

“A Previ considera fundamental uma mudança urgente na legislação para permitir a administração direta de imóveis, o que vem fazendo com competência durante décadas”, diz o fundo em nota divulgada na sexta-feira, 30. “A mudança também é imperativa para impedir custos desnecessários, que significam, na verdade, prejuízo aos nossos participantes.”

Desde 2018, o Conselho Monetário Nacional (CMN) veda a compra direta de imóveis pelos fundos de pensão. A Resolução nº 4.661, de maio de 2018, foi editada pelo CMN após fundos de pensão ligados a estatais serem alvo de uma série de escândalos, além de prejuízos. Foi o caso da Previ, que tinha investimentos nos resorts da Costa do Sauípe que não apresentaram retorno. A medida, além de proibir os fundos de investir diretamente em imóveis, determinou que os fundos de pensão designassem um profissional específico ou formassem um comitê para gerenciamento do risco de investimentos.

A regra foi substituída em 2022 pela Resolução 4.994, que manteve a proibição. O CMN estabeleceu ainda que os estoques existentes de imóveis sejam vendidos ou transferidos para fundos imobiliários até 2030.

A Previ afirma que as duas alternativas são negativas, ao desvalorizar os ativos ou criar custos desnecessários ao fundo.

Os cálculos da Previ

Conforme os cálculos da própria Previ, a venda com prazo máximo, por exemplo, serviria para reduzir o valor dos imóveis; a transferência para fundos imobiliários levaria ao pagamento de cerca de R$ 390 milhões em impostos de transferência, além de despesas de cerca de R$ 64 milhões com taxas de administração todos os anos.

“A estratégia é tão atrativa e rentável que fundos internacionais estão comprando imóveis no Brasil (shoppings centers, galpões de logística, lajes corporativas etc.) para composição de suas carteiras”, diz a Previ. “E isso a legislação vigente não veda. Apenas os fundos de pensão nacionais estão proibidos pela Resolução CMN 4.994 de investir diretamente em imóveis.”

O plano Previ 1 tem cerca de R$ 13,3 bilhões em investimentos em ativos imobiliários, enquanto o Previ Futuro possui cerca de R$ 996 milhões. De acordo com o fundo de pensão, a carteira do Previ 1 teve rentabilidade de 541% nos últimos 13 anos, contra 235% do índice de fundos imobiliários da B3, o Ifix, no mesmo período.

Fonte: Infomoney

Em 4 anos, Pix gerou ganhos de mercado para bancos digitais, avalia BBI

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O avanço do Pix nos quase quatro anos desde sua entrada no ar levou a inovações e a ganhos de mercado por parte de bancos digitais, de acordo com análise do Bradesco BBI. O banco de investimentos afirma que o sistema fez com que novas marcas ganhassem espaço em especial entre clientes de baixa renda e em bolsões do crédito, e também obrigou as credenciadoras a transformar seus modelos de negócio.

Com base em dados do Banco Central e de associações do setor, a equipe liderada pelo analista Gustavo Schroden afirma que os bancos tradicionais perderam mercado em produtos como o crédito pessoal, cartões de crédito e consignado. Essa contração aconteceu em um período em que a participação de clientes com renda de até dois salários mínimos mensais nestes produtos aumentou.

Na visão dos profissionais, isso mostra o avanço dos novos agentes, e o crescimento do Pix foi peça-chave nestes movimentos. “A inclusão financeira levou à expansão do crédito para pessoas que tinham acesso limitado ou não tinham acesso a produtos financeiros mais estruturados”, afirmam.

No crédito pessoal, por exemplo, a fatia dos maiores bancos do País caiu de 65,1% em 2019 para 45,2% no primeiro trimestre deste ano, enquanto nos cartões de crédito, recuou de 75,6% para 59,2% no mesmo período. Os maiores bancos digitais se beneficiaram essa mudança de mercado, bem como outros agentes.

O BBI compara os dados ainda às receitas do Itaú Unibanco (ITUB4), do Banco do Brasil (BBAS3) e do Santander Brasil (SANB11), os três maiores bancos de varejo de sua cobertura, com contas correntes e com outros tipos de serviço. Desde 2019, as quedas anuais na receita de conta corrente variaram de 3,1% (Itaú) a 4,3% (BB), em um reflexo da maior concorrência.

“Como as instituições financeiras digitais continuam a ganhar espaço em segmentos de menor renda, esperamos que as tradicionais continuem investindo para manter suas bases de clientes e sua competitividade”, afirmam os analistas.

Novos negócios

Pelo lado positivo para os bancos, o BBI destaca que o Pix criou novos produtos e consequentemente, novas fontes de receita em potencial. Dois exemplos são o financiamento de Pix, ou seja, empréstimos para liquidar as transferências quando o cliente não tem saldo, além de seguros atrelados ao Pix.

Para as empresas de maquininhas, o processamento de pagamentos feitos via Pix também se tornou um potencial negócio, na visão do banco. A partir de diferentes bases de dados, o BBI calcula que o pagamento via Pix para o comércio respondeu por 30,8% do consumo das famílias no primeiro trimestre deste ano, contra 54,8% dos cartões.

O parcelamento de Pix e novas funcionalidades do sistema devem fazer com que o Pix continue tomando espaço dos cartões, como por exemplo o Pix por aproximação e o Pix Automático, ambos com lançamento programado para 2025. “De todo modo, a potencial canibalização deve ficar limitada a compras de menor valor, uma vez que a ferramenta [Pix parcelado] atualmente cobra juros.”

Os analistas afirmam que o Pix deve continuar pressionando os cartões de débito, que pararam de crescer diante da concorrência com o sistema. “O potencial impacto sobre os cartões de crédito provavelmente dependerá de o Pix parcelado poder ou não ser integrado ao sistema”, dizem.

Fonte: E-Investidor