ESG leva bancos brasileiros à máxima histórica em satisfação de clientes

Publicado em: 27/02/2025

Uma pesquisa com mais de 70 mil pessoas realizada pela consultoria SoluCX entre 2020 e 2024 revelou uma transformação profunda na relação entre bancos e clientes no Brasil. O estudo, que avaliou a experiência do cliente como componente das estratégias ESG, mostra que o NPS (Net Promoter Score) médio do setor financeiro saltou de 36,8 para 65,7 no período.

Principal indicador de satisfação e lealdade do setor, o NPS mede a probabilidade de recomendação das instituições financeiras. A metodologia classifica os clientes como promotores (notas 9-10), que são leais e entusiastas; passivos (7-8), satisfeitos mas não engajados; e detratores (0-6), insatisfeitos. O índice final é calculado subtraindo o percentual de detratores do percentual de promotores.

O levantamento combinou análises de clientes com experiência direta nas instituições e percepções gerais sobre as marcas. Segundo o relatório, produzido pela equipe de research do BTG Pactual, do mesmo grupo de controle da EXAME, este avanço reflete como a competição intensa e a facilidade de mudança entre bancos têm impulsionado melhorias em produtos e serviços, fortalecidas pela crescente importância dos critérios ESG.

A nova era digital revoluciona o setor

A análise revelou uma distinção bastante clara entre o desempenho dos bancos digitais e tradicionais. Os digitais mantiveram sua trajetória de crescimento, alcançando NPS médio de 73,1 em 2024. O Nubank liderou o ranking com 75,0 pontos, seguido pelo Banco Inter, que atingiu 74,5 pontos. O PagBank completou o pódio dos digitais com 69,8 pontos, uma leve melhora em relação aos 69,1 de 2023.

Entre os bancos com operações mais tradicionais, o Itaú conquistou a liderança com NPS de 62,4, após perder a primeira posição para o Banco do Brasil em 2023. O BB ficou em segundo lugar com 60,5 pontos, seguido pelo Santander com 59,8.

Ainda que na vice-liderança, o Banco do Brasil foi destaque no estudo. A instituição, que em 2020 registrava o menor NPS do setor (14,6) e chegou a cair para 8,1 em 2021, alcançou notável recuperação em 2024. Uma evolução que demonstra como as instituições tradicionais têm conseguido se adaptar às novas exigências dos clientes.

Da crise à excelência: os motores da evolução

O estudo identificou três períodos distintos que podem explicar por onde caminhou a transformação do setor bancário brasileiro. O primeiro, entre 2020-2021, refletiu os desafios da pandemia, e teve NPS médio estagnado em 36,8.

Contudo, parece ter sido justamente este momento crítico, mas que impulsionou a aceleração digital dos bancos forçando a modernização de sistemas e processos, que o atendimento passou a agradar sobretudo os clientes mais conectados.

O segundo período, de 2021 a 2023, registrou um salto expressivo no índice, de 39,9 para 65,9. Esta fase coincide com o fortalecimento das práticas ESG no setor, quando os bancos passaram a integrar a experiência do cliente como métrica fundamental de seu pilar social.

A possibilidade de portabilidade entre instituições e o poder das redes sociais também pressionaram as instituições a priorizarem a satisfação dos usuários.

O terceiro momento, em 2024, mostra uma estabilização com leve recuo para 65,7, indicando que as mudanças se consolidaram como práticas permanentes. A análise mostra que este patamar elevado de NPS funciona como preditor do crescimento dos negócios: clientes mais satisfeitos não apenas permanecem fiéis, mas atuam como “evangelistas” das marcas, recomendando-as espontaneamente em suas redes.

“A transformação digital e o ESG deixaram de ser apenas tendências para se tornarem imperativos de sobrevivência no setor bancário”, indicou o relatório, apontando que instituições com NPS superior à média do mercado têm registrado crescimento mais acelerado em sua base de clientes.

Quem serão as instituições corajosas?

Em meados do ano passado, outro estudo, o “Banking in 2035” realizado pela Economist Impact com patrocínio da SAS, indicou três possíveis cenários para o setor bancário nos próximos anos, com potencial para impactar diretamente os índices de satisfação dos clientes. Os destaques avalizam muitos dos pontos salientados no relatório da SoluCX e BTG Pactual.

Na frente da Transformação Digital, destacou que bancos tradicionais precisarão se adaptar a um ambiente em que a tecnologia e a confiança são fundamentais. E previu que em 2035, clientes na Europa e EUA farão pagamentos apenas com impressão digital. Adicionalmente, taxas bancárias serão eliminadas e dinheiro físico e cartões de crédito se tornarão obsoletos.

No cenário da Mudança Climática, mostrou que as instituições financeiras exercerão papel central na transição para uma economia de baixo carbono, com aumento da pressão dos investidores por práticas ESG. E bancos que não se adaptarem às exigências ambientais poderão perder competitividade.

Já no cenário de Mundo Fragmentado, a globalização dará lugar a um panorama multipolar, com sistemas financeiros regionais mais fortes. Neste contexto, o sistema SWIFT, que hoje domina as transferências financeiras internacionais funcionando como uma rede global de comunicação entre bancos, perderá o monopólio das transações internacionais e moedas digitais ganharão mais espaço.

“A pergunta é: quão corajosamente os bancos abraçarão as mudanças e uma ética mais ampla para enfrentar a crescente instabilidade econômica, social e ambiental?”, questiona o documento da Economist Impact, destacando que fatalmente as instituições financeiras precisarão se reinventar para o século XXI.Estes cenários futuros reforçam a importância do NPS como métrica essencial para avaliar o sucesso das instituições financeiras em sua jornada de transformação.

À medida que o setor evolui para atender às novas demandas dos clientes e da sociedade, a capacidade de manter altos níveis de satisfação se tornará ainda mais determinante para a sobrevivência e crescimento das instituições no mercado.

Fonte: Exame

Eleição Caref: segundo turno vai de 6 a 12 de março com duas candidatas

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Os funcionários do Banco do Brasil poderão participar, entre os dias 6 e 12 de março, do segundo turno da Eleição Caref 2025, que definirá o seu representante no Conselho de Administração da instituição. Como a primeira colocada, Selma Cristina Alves Siqueira, não obteve mais de 50% dos votos válidos, haverá o segundo turno.

Selma Siqueira, com 5.733 votos, e Suzana Alves de Melo, com 1.139, terminaram nas duas primeiras colocações. A terceira colocada foi Sonia Nascimento de Moura, que obteve 716 votos, seguida por Luiz Gustavo Sunhiga, diretor da AGEBB, que registrou 672.

O Conselho de Administração do BB é formado por oito membros: a presidenta, três indicados pelo Ministério da Fazenda, um indicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, um eleito pelos funcionários ativos do BB (Caref) e dois indicados pelos acionistas minoritários.

É importante que os funcionários participem do processo para escolha de Caref e indiquem de maneira qualificada seu representante no CA, principal instância decisória do banco em relação ao seu direcionamento estratégico. O candidato eleito, ao tomar posse como membro do Conselho de Administração do BB, irá atuar na defesa dos interesses da organização, exercendo plenamente todas as competências de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização.

Fonte: AGEBB

Banco do Brasil convocará este ano mil concursados aprovados, diz Tarciana Medeiros

Publicado em: 26/02/2025

O Banco do Brasil irá convocar em 2025 mais mil novos funcionários, após diversas contratações no ano passado, afirmou nesta quinta-feira (20) a presidente Tarciana Medeiros. A executiva não mencionou a data exata das nomeações, mas afirmou que a tendência é de reinvenção e expansão das operações.

A executiva destacou que a companhia tem aumentado o contingente voltado para tecnologia, visando a expansão em segmento digital.

O Banco do Brasil vem sendo pressionado por candidatos aprovados no cadastro reserva do certame de 2022, que cobram que os 1.039 aprovados para o cargo de agente de tecnologia sejam chamados pela estatal. A previsão era de que novas nomeações ocorressem em janeiro deste ano.

As cobranças se dão diante da expectativa de que o Banco do Brasil anuncie em breve o edital para a realização de um novo concurso.

A expectativa para um novo certame é tamanha que vem sendo alvo de golpistas. O BB emitiu um alerta no último mês sobre um golpe que usa o nome da instituição para enganar candidatos com páginas falsas que simulam inscrições para um falso processo seletivo do banco, induzindo vítimas a pagar taxas via Pix ou boleto bancário.

Fonte: Infomoney

BB Americas Bank abre segundo escritório em Orlando

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O BB Americas Bank, subsidiária do Banco do Brasil nos Estados Unidos, inaugura nesta terça-feira, 25, o segundo escritório em Orlando. Com instalações de última geração e serviços especializados, projetados para aprimorar a experiência do cliente, o novo escritório faz parte da estratégia do banco de fortalecer a atuação na região central da Flórida.

Para Delano Valentim, CEO do BB Americas Bank, a instituição é um banco sólido e confiável, respaldado pela tradição do Banco do Brasil e pela segurança do FDIC nos Estados Unidos. “A marca BB é reconhecida e respeitada pelos brasileiros; somos a mesma marca na América do Norte. Nosso compromisso é oferecer as melhores soluções adaptadas a cada cliente em seu momento. Nossas equipes estão dedicadas a criar ofertas e produtos para ajudar os clientes a comprar uma nova casa, solicitar cartões de crédito ou fazer investimentos financeiros com retornos sustentáveis. Estamos aqui para fornecer uma experiência bancária única e personalizada, com soluções digitais, mas com a proximidade de um relacionamento com pessoas reais”, afirma.

O novo escritório do BB Americas Bank, localizado no Kirkman Building (7055 S Kirkman Rd, Suite 107, Orlando, FL 32819), terá vocação de atendimento aos clientes Private, com apoio e suporte aos negócios.

Após a expansão dos negócios do Banco do Brasil S.A. para os Estados Unidos, o BB Americas Bank foi estabelecido em 2012. O banco oferece soluções inovadoras com serviços especializados em inglês, português e espanhol e possui quatro agências operando na Flórida: Aventura, Brickell, Lighthouse Point e Orlando.

Subsidiária do Banco do Brasil, o BB Americas Bank oferece uma ampla gama de soluções financeiras nos Estados Unidos, incluindo serviços bancários digitais, gestão de patrimônio e investimentos estratégicos para clientes de alto valor e empresas que procuram expandir sua presença no mercado norte-americano.

Clientes do Banco do Brasil possuem benefícios ao utilizar o BB Americas Bank, como integração dos serviços no App BB, abertura de conta totalmente digital, ofertas para cartões e financiamentos aproveitando o histórico de crédito do cliente no BB, com taxas competitivas.

Em 2024, o BB Americas Bank teve um lucro de US$ 47 milhões (equivalentes a R$ 247 milhões), que contribuiu para o resultado do Banco do Brasil nos negócios internacionais.

Para mais informações sobre os serviços do BB Americas Bank, visite https://www.bbamericas.com/br/.

Fonte: Banco do Brasil

BB se prepara para o pior e alerta brasileiros para tempos difíceis

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O Banco do Brasil elevou significativamente suas provisões para devedores duvidosos (PDD), alcançando um nível recorde de R$ 41,9 bilhões. Esta decisão contrasta com a estratégia adotada por outros grandes bancos brasileiros, como Bradesco, Santander e Itaú Unibanco, que optaram por reduzir suas provisões. A medida do Banco do Brasil reflete uma postura mais cautelosa diante de possíveis inadimplências, especialmente no setor do agronegócio.

Em 2024, o agronegócio brasileiro enfrentou um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial, com um crescimento de 529% em relação ao ano anterior. Este cenário adverso, combinado com a alta da taxa Selic e o bloqueio do Plano Safra, pode ter motivado o Banco do Brasil a reforçar suas provisões como uma medida preventiva.

Qual o impacto da crise no agronegócio?

A crise no agronegócio tem gerado preocupações significativas no setor financeiro. O aumento nos pedidos de recuperação judicial é um indicativo claro das dificuldades enfrentadas por empresas agrícolas. Este cenário de incerteza econômica levou o Banco do Brasil a adotar uma postura mais conservadora, aumentando suas provisões para se proteger contra possíveis calotes.

O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, e qualquer instabilidade nesse setor pode ter repercussões amplas. A decisão do Banco do Brasil de aumentar suas provisões pode ser vista como uma estratégia para mitigar riscos e garantir a estabilidade financeira em um momento de incerteza.

Otimismo retorna ao mercado brasileiro?

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo agronegócio, há sinais de otimismo no mercado financeiro brasileiro. Uma pesquisa do Bank of America revelou que gestores de fundos estão mais confiantes em relação ao desempenho do Ibovespa, com projeções de crescimento para 130 mil pontos. Além disso, a percepção sobre o dólar também melhorou, com expectativas de que a moeda encerre o ano em um patamar mais baixo do que o previsto anteriormente.

Esse otimismo pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a expectativa de estabilidade política e econômica, bem como a confiança nas políticas fiscais do governo. No entanto, é importante que o governo mantenha seu compromisso com a responsabilidade fiscal para sustentar essa confiança no longo prazo.

Como o Banco Central está inovando com o Pix?

O Banco Central do Brasil está prestes a lançar uma nova funcionalidade do Pix, que permitirá pagamentos por aproximação. Esta inovação visa facilitar ainda mais as transações financeiras, permitindo que os usuários realizem pagamentos sem a necessidade de acessar o aplicativo da instituição financeira. A previsão é que essa funcionalidade esteja disponível em todo o país até o final de fevereiro de 2025.

O Pix tem se consolidado como uma ferramenta essencial no sistema financeiro brasileiro, promovendo a inclusão financeira e aumentando a eficiência das transações. A introdução do pagamento por aproximação é mais um passo na evolução do sistema, tornando-o ainda mais acessível e conveniente para os usuários.

Quais são as perspectivas para o varejo brasileiro?

As previsões para o varejo brasileiro no trimestre entre fevereiro e abril de 2025 não são animadoras. De acordo com a Ibevar-FIA Business School, espera-se uma queda de 2,86% nas vendas em comparação com o trimestre anterior. O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, deve sofrer uma retração ainda maior, de 3,26%.

Os segmentos mais afetados serão os de livros e revistas, artigos de uso pessoal, e móveis e eletrodomésticos. Por outro lado, os setores de alimentos e supermercados devem apresentar um desempenho positivo, com ligeiros aumentos nas vendas. Essa perspectiva reflete os desafios econômicos enfrentados pelo país, mas também aponta para oportunidades de crescimento em setores específicos.

Fonte: Estado de Minas

Banco do Brasil aprova pagamento de R$ 852,5 milhões em JCP do 1T25

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O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta quarta-feira (26 de fevereiro) a distribuição de R$ 852,49 milhões em remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP). Os valores são relativos ao primeiro trimestre de 2025.

O valor é correspondente a R$ 0,14935148468 por ação.

Os valores serão pagos em 21 de março de 2025, tendo como base a posição acionária de 11 de março. Assim, as ações serão negociadas da forma “ex” a partir de 12 de março.

No caso do JCP, haverá retenção de imposto de renda na fonte sobre o valor nominal de acordo com a legislação vigente. Os acionistas dispensados da referida tributação deverão comprovar esta condição até 13 de março em uma das agências do BB.

Fonte: Infomoney

Maior parceiro da agricultura familiar, BB participa do Desenrola Rural

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Anunciado pelo Governo Federal no começo do mês, o Programa Desenrola Rural busca facilitar a regularização de dívidas de agricultores familiares e suas cooperativas e ampliar o acesso às linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As condições começaram a vigorar nesta segunda-feira (24) e estarão disponíveis até 31 de dezembro deste ano.

A iniciativa também contribui para fortalecer as atividades e cadeias produtivas e garantindo segurança alimentar e a geração de emprego e renda no campo. Considerando a importância da medida, o Banco do Brasil, principal parceiro da agricultura familiar, está participando ativamente do programa, reforçando seu compromisso histórico com o desenvolvimento da agricultura familiar.

Condições diferenciadas

Os produtores que fazem parte do público-alvo do programa terão acesso a condições especiais para quitação ou renegociação de dívidas:

a) Descontos de até 70% para liquidação ou renegociação de débitos inscritos na Dívida Ativa da União (DAU);
b) Crédito Instalação do Programa Nacional de Reforma Agrária – Incra (PNRA);
c) Descontos de até 80% para liquidação ou renegociação de operações com risco integral do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), observados os saldos devedores das operações na data de liquidação;
d) Condições diferenciadas para liquidação ou renegociação de dívidas junto ao Banco do Brasil, observada a Políticas de Crédito e Cobrança do BB.

Os agricultores familiares com dívidas inscritas na DAU deverão realizar a renegociação de seus débitos diretamente com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por meio da Plataforma Regularize.

Para as dívidas de Crédito Instalação do PNRA, os beneficiários deverão procurar diretamente o Incra para quitação dos débitos com desconto.

Clientes que possuam operações de Pronaf contratadas entre 1º/1/2012 e 31/12/2022 com recursos e risco integral do FCO, cujas parcelas tenham sido contabilizadas em prejuízo pelo Fundo até 12/02/2025 (data de publicação do Decreto), poderão procurar o BB para liquidar ou renegociar as parcelas com descontos de até 80%, observados o somatório dos saldos devedores na data de liquidação.

Os clientes que possuam dívidas financeiras contabilizadas em prejuízo ou em atraso há mais de 180 dias em operações contratadas com recursos e com risco integral do BB, deverão procurar o Banco para renegociar suas dívidas.

Acesso ao crédito

Além da regularização de dívidas, o Desenrola Rural tem como objetivo impulsionar a concessão de novos financiamentos nas linhas Pronaf A, A/C e B com recursos do Tesouro Nacional ou Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), abrangendo os clientes com dívidas enquadráveis no Desenrola Rural ou aqueles que não possuam dívidas elegíveis, mas estejam inscritos nos cadastros privados de crédito, desde que o somatório dessas dívidas não ultrapasse R$ 20 mil.

Outra novidade é a possibilidade dos agricultores familiares assentados da reforma agrária, que já tenham atingido o teto de contratação, poderem contratar novas operações na linha Pronaf A, com teto de até R$ 50 mil e bônus de adimplência de 25%.

Com essas medidas, estima-se que, apenas no BB, 406 mil produtores sejam beneficiados com o Desenrola Rural.

Canais de Atendimento

Além do atendimento na rede de agências, os produtores interessados na renegociação por meio do Desenrola Rural podem utilizar o app BB e o Internet Banking (www.bb.com.br/renegocie). Pelo WhatsApp BB, basta enviar uma mensagem com #renegocie para o número 61 4004 0001. Além da Central de Relacionamento pelos números 4004 0001 (Capitais) e 0800-729-0001 (demais regiões).

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil alcança R$ 400 bilhões na carteira agro

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O Banco do Brasil atingiu em fevereiro a marca histórica de R$ 400 bilhões na carteira de crédito de agronegócios e agricultura familiar. A cifra representa um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2024 e reforça o compromisso do Banco com o apoio ao segmento e o protagonismo na execução do Plano Safra, permeando toda a cadeia produtiva, desde os pequenos agricultores, os médios e grandes produtores até as cooperativas, agroindústrias e demais elos do setor, alcançando 96% dos municípios brasileiros, financiando mais de 200 culturas e atividades agropecuárias em quase 700 mil operações, sendo 2/3 para pequenos e médios produtores.

Os recursos são distribuídos em diversas modalidades de crédito, como custeio pecuário e agrícola (aquisição de sementes, adubos e outros insumos), investimentos em máquinas/equipamentos, obras, armazenagem, irrigação, energias renováveis e recuperação de solos e pastagens, biodiversidade e inovações no campo, além de linhas para comercialização, industrialização e capital de giro.

“Atingir o marco de R$ 400 bilhões na carteira agro é motivo de orgulho para o Banco do Brasil e é fruto de muito trabalho integrado das diversas áreas e equipes do time BB e da relação de confiança e parceria dos nossos clientes. É resultado da atuação da mais ampla e especializada rede de atendimento e apoio técnico aos clientes e negócios, com presença, proximidade e boas práticas, além do suporte operacional para concessão de crédito, por meio de uma engrenagem eficiente de processos, tecnologias e metodologias de controles e riscos”, afirma Luiz Gustavo Braz Lage, vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB.

Na atual safra, o Banco do Brasil já desembolsou R$ 162 bilhões, número em linha com o mesmo período da safra anterior. Reafirmando a parceria com o campo, apenas entre os dias 21 e 25 de fevereiro, período em que houve uma curta suspensão parcial de linhas com recursos de equalização do Plano Safra 2024/25, foram desembolsados R$ 2,2 bilhões nas diversas modalidades disponíveis. Do volume de recursos equalizáveis recebidos na safra, o BB já executou 65%, bem acima da média do mercado.

Para 2025, o BB projeta expansão da carteira de crédito agro de 5% a 9% (guidance), avançando no propósito de ser próximo e relevante na vida das pessoas, famílias, empresas e comunidades, apoiando a agricultura familiar e empresarial em todos os momentos, tanto nos bons como nos mais difíceis, a exemplo de prorrogação de dívidas rurais, permitindo ajuste de capacidade de pagamento e manutenção das atividades produtivas, conforme previsto no Manual de Crédito Rural.

Para além do crédito, o BB dispõe de amplo e completo portfólio de soluções financeiras, como assessoria, seguros e meios de pagamento, agregando mais valor, segurança e comodidade para os clientes. Destaque também para a atuação nos tradicionais Circuitos BB Agro de Negócios e Treinamentos, em centenas de feiras, eventos e dias de campo, levando orientação, práticas sustentáveis, tecnologias e mais capacitação aos agricultores e pecuaristas em todas as regiões.

Fonte: Banco do Brasil

BB e Petrobras anunciam operações que totalizam R$ 6,5 bi

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Banco do Brasil e Petrobras assinaram a contratação de duas operações de crédito com compromissos de sustentabilidade, sendo uma no valor de R$ 3,5 bilhões, e a outra no valor de R$ 3 bilhões, ambas com vencimento em 2032. Além dessas operações, as empresas anunciam ainda nesta quinta-feira (20/02) a renovação de Linha de Crédito Compromissada (Revolving Credit Facility – RCF) no valor de R$ 2 bilhões, com vencimento original em 2026, agora prorrogado para 2030 e celebração de Protocolo de Intenções visando à cooperação técnica, sem ônus para as partes, no desenvolvimento de projetos voltados à descarbonização e à preservação de biodiversidade.

“A parceria entre a Petrobras e o Banco do Brasil demonstra a força da colaboração entre duas instituições brasileiras de grande relevância, unindo esforços em prol de um futuro sustentável. Essa iniciativa reforça nosso compromisso com a transição energética e com a preservação da biodiversidade, contribuindo para o desenvolvimento do país de forma responsável e alinhada aos desafios globais de sustentabilidade”, ressaltou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Os contratos das operações contam com compromissos de sustentabilidade, por meio dos quais BB e Petrobras declaram que estão comprometidos com planejamento estratégico de longo prazo e para a aplicação dos recursos previstos para promoção da biodiversidade, de biocombustíveis, energias renováveis, eficiência e transição energética. A avaliação do cumprimento desses compromissos será realizada anualmente, com base nos indicadores apresentados pelas empresas, por meio de uma consultoria externa.

“Graças ao nosso comprometimento com a agenda de sustentabilidade, fomos eleitos em 2025 como o Banco Mais Sustentável do Mundo, pela sexta vez. Mais do que o reconhecimento do mercado, essa agenda é fundamental para a transição para uma economia mais verde, diversa e inclusiva. Atuamos não apenas na concessão de crédito sustentável, mas também com consultoria e transferência de inteligência que permita aos nossos clientes avançar em projetos que beneficiem as empresas, as pessoas e o meio ambiente. Nesse sentido, é crucial ter a Petrobras como um parceiro relevante nessa busca, unindo pioneirismo e inovação com compromisso social, ambiental e climática, sem perder de vista a nossa missão de contribuir para o desenvolvimento do nosso país”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do BB.

O Banco do Brasil já é net-zero nas suas emissões de carbono diretas e tem o compromisso de alcançar net-zero nas suas operações da sua carteira financiada até 2050, além de ampliar sua atuação no mercado de créditos de carbono, com foco nos biomas brasileiros. Essas iniciativas fortalecem o compromisso do Brasil com os ODS das Nações Unidas e com a agenda climática internacional, conforme os Compromissos BB 2030 para um Mundo + Sustentável.

“A contratação da linha de crédito com compromissos de sustentabilidade reforça o comprometimento da Petrobras com a responsabilidade socioambiental, preparando a companhia para o futuro da transição energética não apenas em nossos projetos e operações, mas também em nossas práticas financeiras”, destacou o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo.

Protocolo de Intenções

A celebração do Protocolo de Intenções entre Banco do Brasil e Petrobras amplia as alternativas de apoio às iniciativas de transição energética e reforça iniciativas ligadas ao conceito de “finanças verdes”, com foco em sustentabilidade, ações para a prevenção das mudanças climáticas e proteção da biodiversidade. O acordo incentivará também a identificação e avaliação conjunta de projetos, estruturas financeiras e financiamentos relacionados à descarbonização e à preservação da biodiversidade.

Em novembro de 2024, durante o G20, o Banco do Brasil e a Petrobras Biocombustível (PBIO) já haviam anunciado um acordo técnico para fortalecer a cadeia de biocombustíveis. O acordo de cooperação técnica tem como objetivo promover práticas sustentáveis e explorar oportunidades no setor de biocombustíveis, assegurando a aquisição de insumos de fornecedores e cooperativas.

Fonte: Banco do Brasil

BB e Sicoob ampliam rede de aceitação do Pix por aproximação

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Em uma parceria inédita, o Banco do Brasil e o Sicoob expandem a rede de aceitação do Pix por aproximação. A ferramenta agora pode ser utilizada nas máquinas Sipag, além dos dispositivos da Cielo e demais terminais habilitados, beneficiando todos os clientes BB pessoa física e cooperados do Sicoob. A solução permite que as transações sejam realizadas de forma rápida e eficiente, proporcionando uma experiência de pagamento mais conveniente para os clientes.

A funcionalidade de pagamento por aproximação está disponível diretamente no aplicativo do banco. O ambiente, já familiar aos clientes, oferece uma robusta camada de segurança e mecanismos antifraude. A solução atende à demanda por agilidade nos pagamentos por aproximação, sem a necessidade de compartilhar dados em ambientes de terceiros.

Para que clientes do Banco do Brasil e Sicoob realizem pagamentos de até R$ 200, basta conferir o valor na maquininha, abrir o aplicativo do banco, clicar em “Pix por aproximação” e realizar a autenticação biométrica ou digitar a senha de login do aplicativo. O pagamento é concluído em poucos segundos, aproximando o celular da maquininha habilitada para receber Pix por aproximação, na tela do QR Code. Para valores superiores a R$ 200, é necessário digitar a senha transacional, a mesma utilizada no Pix tradicional.

A funcionalidade está disponível para dispositivos Android. Para utilizá-la, é necessário habilitar a opção de “NFC e Pagamentos sem contato” no celular. Além disso, deve-se indicar qual aplicativo padrão será utilizado para essa funcionalidade: para clientes do Banco do Brasil, selecionar “Serviço Pix por Aproximação BB”; para cooperados do Sicoob, selecionar “Pix por Aproximação Sicoob”.

Pedro Bramont, diretor de Meios de Pagamentos do Banco do Brasil, destaca a importância da parceria: “Desejamos ir além de pagar e receber, e, para isso, entendemos a importância da inovação e das parcerias estratégicas para materializar essa entrega aos nossos clientes em todos os segmentos. Unir esforços com um parceiro relevante como o Sicoob é proporcionar as melhores experiências nas atividades cotidianas dos nossos clientes comuns, com disponibilidade, segurança e agilidade, e ainda estar próximo e ser relevante na vida das pessoas em todos os momentos”, ressalta.

Marcos Vinicius Viana Borges, diretor de Operações do Sicoob, reforça a importância desta funcionalidade: “Essa parceria reafirma o nosso propósito em oferecer soluções acessíveis e transformadoras aos cooperados e ao mercado. Estamos muito orgulhosos pela entrega e honrados pela parceria com o Banco do Brasil, uma iniciativa conjunta que promete trazer mais agilidade e praticidade a todos”, declara.

O Pix por aproximação está disponível em maquininhas Cielo e Sipag de estabelecimentos comerciais em 99% dos municípios brasileiros, reforçando o objetivo de disponibilizar inovação, agilidade e segurança. Com essa expansão, o Banco do Brasil e o Sicoob buscam facilitar ainda mais o dia a dia dos clientes, oferecendo uma solução de pagamento moderna e segura que atende às necessidades de um mercado cada vez mais digital.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil divulga crédito com benefícios em campanha de verão

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“Não deixe as preocupações de início de ano atrapalharem o seu sossego”. É com esse conceito que o Banco do Brasil lança sua nova campanha e sugere que os brasileiros tragam o salário para o BB, direto no aplicativo do banco. Desenvolvida pela agência Nova, a ação de comunicação sobre soluções de crédito com benefícios, como empréstimo com cashback e mais vantagens para organizar as finanças neste restinho de verão.

“A campanha apresenta um típico dia da estação mais quente do ano: praia lotada e todos os atrativos do verão, mas o personagem principal do filme não consegue esquecer o quanto as obrigações financeiras de início do ano ainda perturbam o seu descanso. É um filme leve e dinâmico, que traz um personagem com expressões que se baseiam nas trends de reacts bem-humoradas da internet”, diz Paulo Ribas, diretor de criação da agência Nova.

A campanha terá início em 23/02, durante o programa Fantástico (TV Globo) e, além de comercial de TV, o plano de mídia inclui spot de rádio e mídias digitais, além de estratégia regionalizada.

Criado pela agência Nova, o filme foi produzido pela Landscape, com direção de cena de Livia Stacciarini. A produção de som ficou a cargo da Sonido.

Fonte: Banco do Brasil

Cancelamento da mudança do Cenesp frustra bancários, que cobram BB

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A localização do Cenesp (Centro Empresarial São Paulo), situado no Jardim São Luiz, zona sul da capital paulista, é motivo de grande insatisfação para os bancários do Banco do Brasil que trabalham nos Cenop´s (Centros de Apoio aos Negócios e Operações), centros operacionais da Diop (Diretoria de Operações).

Desde que foram alocados no Cenesp, em 2019, a localização do prédio é motivo de muitas reclamações por parte destes trabalhadores.

“O Cenesp está localizado em uma região de difícil acesso para os trabalhadores. É extremamente desgastante para o bancário, especialmente em uma cidade como São Paulo, que enfrenta graves problemas com de mobilidade e trânsito, perder quatro horas no trajeto de ida e volta para o trabalho”, diz o dirigente do Sindicato e bancário do BB, Peppe.

Para aumentar ainda mais a insatisfação dos trabalhadores, em 2024 o Banco do Brasil reuniu uma comissão de trabalhadores do Cenesp para que visitassem e avaliassem um novo prédio identificado pelo banco, localizado na região da Avenida Paulista.

O novo local foi aprovado por todos, o que gerou uma enorme expectativa de que a mudança de prédio de fato aconteceria. Porém, na última quarta-feira, 19 de fevereiro, os gerentes informaram aos trabalhadores que o processo havia sido encerrado e que o banco não fecharia o contrato do novo local devido ao não atendimento de especificações técnicas por parte do locador, o que frustrou os trabalhadores.

Diante da situação, dirigentes do Sindicato se reuniram com a administração do banco, que por sua vez garantiu que o banco não desistiu de buscar um novo local o quanto antes.

“Cobramos do BB celeridade neste processo, para que os bancários tenham mais qualidade de vida, e que todos os pré-requisitos mínimos exigidos pela Disec (Diretoria de Suprimentos Corporativos e Patrimônio), que vetou o contrato com o prédio da região da Paulista, sejam avaliados antes que o possível novo local seja apresentado aos trabalhadores. Além disso, cobramos também que, enquanto a mudança não ocorre, que seja ampliado o TRI (Trabalho Remoto Institucional) para os bancários alocados no Cenesp” conclui o dirigente do Sindicato e representante da Fetec/CUT-SP na Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), Antonio Netto.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Como Previ foi de histórico de superávit a rombo que preocupa o mercado

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Após entregar resultados positivos nos fechamentos de 2022 e 2023, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) passou a quase totalidade de 2024 no vermelho.

De janeiro e novembro do ano passado, o Plano 1 do fundo de previdência acumulou déficit de R$ 13,97 bilhões, resultado este que chamou atenção do Tribunal de Contas da União (TCU) e levou a corte a abrir uma auditoria sobre a gestão da Previ.

O rombo é o pior desde 2021, quando o fundo registrou fluxo negativo de R$ 15,78 bilhões no mesmo recorte temporal.

Rafael Zattar, professor de finanças e fundador da Carteira Z, ao olhar para o passado e para o rombo mais expressivo em 2021, aponta que “na época não teve tanto barulho porque o contexto era outro”.

“A economia ainda estava meio bagunçada por causa da pandemia, os juros subiram rápido e isso pegou praticamente todo mundo de jeito, não só a Previ”, explica.

“Como boa parte do prejuízo veio da marcação a mercado de títulos públicos, muita gente viu aquilo como um problema de curto prazo, sem impacto real no longo prazo. E, de fato, o déficit foi revertido rapidamente, então acabou não virando uma crise.”

Naquele momento, a crise da Covid-19 impactou cadeias globais de abastecimento e gerou volatilidade, afetando tanto investimentos de renda fixa quanto de renda variável, explicou a própria Previ em balanço anual.

No caso do atual rombo, Zattar explica que veio de dois lugares: a queda da Vale e a marcação a mercado dos títulos públicos.

“O prejuízo veio muito por causa da queda da Vale, o que liga um alerta sobre a falta de diversificação dos investimentos. Em vez de ser só uma consequência do mercado, como foi em 2021, dessa vez parece mais um erro na estratégia de gestão”, aponta o analista financeiro.

“Além disso, a nomeação de João Fukunaga, um sindicalista sem experiência no mercado financeiro, gerou desconfiança. Muita gente começou a se perguntar se a Previ está sendo bem administrada e se esse rombo não era evitável”, afirmou à CNN.

No acumulado de janeiro até novembro — período do rombo —, o Plano 1 da Previ concentrou 27,88% de seus ativos em renda variável.

Estes investimentos registraram 9,04% de prejuízo e lideraram as perdas no ano. Mesmo em 2021, durante a Covid-19, o déficit nesta classe foi menos expressivo (1,79%). Em 2022 e 2023 o lucro superou 16%.

Em 2021, o lucro com esta classe de ativos foi de 10,49%; em 2022, de 12,43%; e em 2023, de 11,21%.

“A Vale despencou 23% no ano, e como a Previ tem uma grande exposição na empresa, isso bateu forte no resultado. O problema aqui não é só a Vale ter caído, mas sim o tamanho da aposta no ativo”, avalia o analista financeiro.

“Quando um fundo coloca muito dinheiro em uma única ação, ele fica refém dos humores do mercado e de qualquer problema específico da empresa. Se fosse Petrobras, Itaú ou qualquer outra, o risco seria o mesmo. O fato é que faltou diversificação”, pontua.

E com a abertura da auditoria do TCU, Zattar observa que “o assunto ganhou outro tom”.

“A sensação é de que pode ter tido falha na administração do fundo. No fim das contas, não é só o tamanho do déficit que faz diferença, mas sim a percepção de que a situação poderia ter sido evitada”, conclui.

“Esses fatores [citados] levantam dúvidas sobre a diligência na gestão dos ativos da Previ e se estratégias mais conservadoras ou diversificadas poderiam ter sido adotadas para mitigar esses riscos. A Previ poderia ter evitado um déficit desse tamanho com uma gestão mais prudente, diversificando melhor os investimentos e reduzindo a exposição a ativos voláteis.”

Fonte: CNN Brasil

Rombos e CPI: histórico de fundos reforça necessidade de auditoria na Previ

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Para especialistas consultados pela CNN, o histórico de prejuízos e suspeitas em fundos de pensão deixam lições que devem ser aplicadas no recente caso da Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A principal delas é de que: uma apuração profunda e sem viés político deve ser efetivada.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou, em 11 de fevereiro, uma auditoria na gestão da Previ, após um déficit de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024. A solicitação partiu do ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou “gravíssimas preocupações” com o resultado do fundo.

Esse não é o primeiro episódio em que há questionamentos sobre a gestão de fundos de pensão no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou suspeitas na gestão dos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petro) e da própria Previ.

Esse não é o primeiro episódio em que há questionamentos sobre a gestão de fundos de pensão no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou suspeitas na gestão dos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petro) e da própria Previ.

Foram investigados indícios de fraude e má gestão no período entre 2003 e 2015.

O relatório aprovado pela CPI calculou prejuízo de R$ 6 bilhões nas quatro entidades e pediu esclarecimento sobre 353 suspeitas de crimes e infrações administrativas, além de 146 indiciamentos.

“Casos do passado mostram que é necessária uma auditoria. É uma medida de transparência da gestão e boa prática de governança. Se os resultados são provisórios, se comprometem a sustentabilidade dos planos, somente uma análise especializada independente dirá, afirma Gilberto Braga, professor de finanças do MBA do Ibmec.

Em 2021, um levantamento do próprio TCU identificou que 55% dos fundos de pensão apresentam suscetibilidade “alta” ou “extrema” a riscos de integridade.

O tribunal examinou a estrutura de governança de 31 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).

Se essa governança sempre estivesse em dia, casos mais drásticos do passado poderiam ter sido evitados, destaca Roberto Gil Uchôa, responsável pela Área de Finanças, da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio.

“Por uma questão de governança e transparência, todos os fundos de pensão vinculados a empresas públicas deveriam expor em seus relatórios a parte de suas carteiras que estão sendo impactadas por influência legais e políticas, bem como os resultados contábeis e financeiros decorrentes. Talvez assim, situações como a do Postalis – fundo de previdência dos Correios –, que quase seguiu à insolvência, poderiam ser evitadas”, afirma Uchôa.

André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados, indicou que a materialização desses riscos pode ter grande impacto e repercussões negativas em todo o sistema de previdência complementar.

“O quadro completo — fragilidades na governança, somadas às carências apontadas na fiscalização pela Previc — é bem preocupante”, alerta.

Para os especialistas ouvidos pela CNN, ainda não é possível cravar semelhanças e diferenças nos “porquês” entre o caso atual e o passado. Eles indicam que a auditoria do TCU sobre o fundo de pensão se faz necessária por este exato motivo: é necessário apurar as causas do prejuízo na Previ.

“Entender as causas e efeitos de um resultado negativo de um fundo de pensão é algo indispensável para se avaliar se ele é capaz de bancar seus compromissos futuros. Em particular, é preciso se saber se as perdas são conjunturais ou estruturais, indica o advogado Emanuel Pessoa.

Casos do passado

Segundo Renan Silva, professor de economia do Ibmec, em determinado aspecto a natureza do prejuízo do passado se diferencia daquele verificado na Previ entre janeiro e novembro do ano passado — que se concentra nos investimentos em renda variável, em empresas da bolsa de valores.

“No passado as perdas foram com ativos ilíquidos não listados em bolsa de valores, classificados como private equity, empresas em situação pré-operacionais ou mesmo startups. De qualquer forma, faz-se necessário uma auditoria independente para a conclusão sobre a origem dos prejuízos”, indica Silva.

A análise está em linha com a percepção de Luigi Micales, gestor da Black Swan.

“A Postalis, por exemplo, acumulou um rombo de R$ 5,6 bilhões em 2014 que foi resultado de investimentos que incluíam títulos da Venezuela e Argentina”, indica.

O advogado Emanuel Pessoa destaca que, mesmo durante a análise preliminar, casos passados de corrupção e ingerência política em fundos de pensão estatais geram receio diante de perdas elevadas.

“Entender as causas e efeitos de um resultado negativo de um fundo de pensão é algo indispensável para se avaliar se ele é capaz de bancar seus compromissos futuros. Em particular, é preciso se saber se as perdas são conjunturais ou estruturais, caso este último que seria mais preocupante”, pontua Pessoa.
Como funcionam os fundos de pensão?

Cada fundo de pensão possui um regulamento interno, que descreve as diretrizes de investimento que seus gestores devem seguir. Essa política de investimentos é aberta para que seus membros tenham clareza sobre onde estão colocando seu dinheiro.

Segundo a Previ, seu Plano 1, que é destinado aos funcionários do Banco do Brasil (BB) admitidos até dezembro de 1997, deve assegurar:

Complemento de aposentadoria por invalidez;
Complemento de aposentadoria por tempo de contribuição;
Complemento de aposentadoria por idade;
Complemento antecipado de aposentadoria;
Renda mensal vitalícia;
Renda mensal temporária por desligamento do plano;
Complemento de pensão por morte;
Renda mensal de pensão por morte.

“Os recursos arrecadados são investidos e a rentabilidade desses investimentos garante o pagamento dos benefícios. E tudo sob o controle do beneficiário, que participa da gestão dos recursos, podendo votar ou ser votado para o Conselho Deliberativo”, explica a cartilha do Plano 1 da Previ.

Fonte: CNN Brasil

Eleição Caref: Sunhiga agradece apoio por votação expressiva

Publicado em: 19/02/2025

O diretor Jurídico da AGEBB, Luiz Gustavo Sunhiga, candidato apoiado pela associação na Eleição Caref 2025, não obteve sucesso no pleito realizado entre os dias 7 e 13 de fevereiro. “Apesar de não ser o resultado que esperávamos, é o momento de agradecer por todo apoio e confiança que recebi”, destaca o gerente, com 22 anos de BB, 14 deles como gerente-geral em agências de varejo em São Paulo e Minas Gerais.

Sunhiga foi o quarto candidato mais votado na eleição, com 672 votos. Selma Cristina Alves Siqueira, com 5.733 votos, e Suzana Alves de Melo, com 1.139, terminaram nas duas primeiras colocações, seguidas por Sonia Nascimento de Moura, que obteve 716 votos.

Como a primeira colocada não atingiu 50% dos votos válidos (que excluem brancos e nulos), nova votação em segundo turno acontecerá de 6 a 12 de março entre as duas candidatas mais votadas. “Realmente obtive uma votação expressiva. Fiquei surpreso e feliz, de coração, com os 672 votos a mim confiados”, declara. “Sigamos em frente, aprendendo muito em cada processo e pensando sempre em buscar o melhor para todos nós”, completa ele, que além de atuar na AGEBB, também é membro do Comitê Inova, destinado à defesa permanente da Previ, Cassi e ANABB.

O Conselho de Administração do BB é formado por oito membros: a presidenta, três indicados pelo Ministério da Fazenda, um indicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, um eleito pelos funcionários ativos do BB (Caref) e dois indicados pelos acionistas minoritários. Em 2025, foram 172 candidaturas habilitadas para a eleição.

É importante que os funcionários participem do processo para escolha de Caref e indiquem de maneira qualificada seu representante no CA, principal instância decisória do banco em relação ao seu direcionamento estratégico. O candidato eleito, ao tomar posse como membro do Conselho de Administração do BB, irá atuar na defesa dos interesses da organização, exercendo plenamente todas as competências de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização.

Fonte: AGEBB

Rombo levanta dúvidas sobre sustentabilidade da Previ a longo prazo

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O resultado negativo do Plano 1 da Previ, que entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU), traz à tona questionamentos sobre a gestão e sustentabilidade do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB).

Sob gestão do sindicalista João Fukunaga, a carteira auditada registrou rombo de R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024.

“Quando a gente fala de resultados negativos consistentemente, cria uma questão sobre a sustentabilidade do fundo a longo prazo. Um ano ruim pode acontecer, mas o que se precisa garantir é que não tenha uma sequência de anos ruins”, afirma Tsai Chi-yu, co-fundador e CEO da Stay, empresa de tecnologia de previdência privada.

Se os ativos perdem valor ao longo de um determinado período, naturalmente o fundo terá um rendimento negativo, afirma Guilherme Viveiros, gestor da Wflow Investimentos.

A explicação pode vir desde flutuações de mercado até irregularidades na gestão. E é exatamente para esclarecer o que está por trás do rombo que o TCU está auditando a gestão da Previ.

Riscos além dos aceitáveis

André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados, lembra que a avaliação do tribunal foi de que os riscos observados estariam “além do aceitável”, de modo a concluir que a materialização desses riscos pode ter grande impacto e repercussões negativas em todo o sistema de previdência complementar.

“O quadro completo — fragilidades na governança, somadas às carências apontadas na fiscalização pela Previc — é bem preocupante”, alerta o CEO do CGM Advogados.

Se essa governança sempre estivesse em dia, casos mais drásticos do passado poderiam ter sido evitados, destaca Roberto Gil Uchôa, responsável pela Área de Finanças, da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio.

“Por uma questão de governança e transparência, todos os fundos de pensão vinculados a empresas públicas deveriam expor em seus relatórios a parte de suas carteiras que estão sendo impactadas por influência legais e políticas, bem como os resultados contábeis e financeiros decorrentes. Talvez assim, situações como a do Postalis – fundo de previdência dos Correios –, que quase seguiu à insolvência, poderiam ser evitadas”, afirma Uchôa.

Especialistas ouvidos pela CNN avaliam que o atual presidente da Previ, o sindicalista João Fukunaga, não teria o perfil técnico adequado para o cargo.

Governança em xeque

Ao solicitar a auditoria, o ministro do Tribunal de Contas Walton Alencar Rodrigues citou “gravíssimas preocupações” com o rendimento da carteira em questão, uma vez que a sequência de resultados fracos pode levar o BB e, consequentemente, a União a terem de aportar recursos para assegurar os pagamentos.

André Gilberto relembra, ao olhar para o cenário atual, de outros dois casos nos quais ações do TCU revelaram inconsistências sobre grandes fundos de pensão como a Previ.

Em 2021, um levantamento do TCU examinou a estrutura de governança de 31 fundos de pensão — conhecidos como EFPC.

Aproximadamente 55% das EFPC analisadas apresentam suscetibilidade alta ou extrema a riscos de integridade, o que decorre da baixa maturidade dessas instituições aos mecanismos de controle, conta Gilberto.

“Outra auditoria, concluída em 2023, avaliou os processos de fiscalização e regulamentação da Previc no setor de previdência complementar fechada”, complementa.

“Foram encontradas deficiências nessa atividade de fiscalização, falta de monitoramento contínuo das políticas de investimento das EFPC, insuficiência na gestão de riscos e governança, morosidade dos processos sancionatórios, carências sistêmicas para análise e tomada de decisões, dentre outros achados preocupantes.”

Como o rombo poderia ter sido evitado?

Viveiros, da Wflow Investimentos, reflete que é mais fácil “olhar para o retrovisor” e apontar o que foi feito e o que não, além de considerar que não é “uma tarefa fácil evitar esse resultado com base nas condições de mercado que víamos há mais de um ano”.

Porém, afirma que a “política de investimento [do Plano 1 da Previ] poderia ter sido alterada para diminuir os impactos de um mercado mais avesso ao risco, mas acredito que a Diretoria e o Conselho não visualizaram esse cenário de maneira tão clara”.

Uchôa reforça o ponto ao defender que “o ideal para a gestão de fundos de previdência, de uma forma geral, deveria ter a flexibilidade e a agilidade que um fundo multimercado tem para trocar de posição ou estratégia, quando os fundamentos do cenário anterior se modificarem”.

“Porém, isto é mais difícil de acontecer na Previ — o maior fundo de pensão do país –, à medida que suas aplicações são vultosas, cuja venda causaria uma queda abrupta de preços destes ativos no mercado”, conclui.

Como funcionam os fundos de pensão?

Cada fundo de pensão possui um regulamento interno, que descreve as diretrizes de investimento que seus gestores devem seguir. Essa política de investimentos é aberta para que seus membros tenham clareza sobre onde estão colocando seu dinheiro.

Segundo a Previ, seu Plano 1, que é destinado aos funcionários do Banco do Brasil (BB) admitidos até dezembro de 1997, deve assegurar:

Complemento de aposentadoria por invalidez;
Complemento de aposentadoria por tempo de contribuição;
Complemento de aposentadoria por idade;
Complemento antecipado de aposentadoria;
Renda mensal vitalícia;
Renda mensal temporária por desligamento do plano;
Complemento de pensão por morte;
Renda mensal de pensão por morte.

“Os recursos arrecadados são investidos e a rentabilidade desses investimentos garante o pagamento dos benefícios. E tudo sob o controle do beneficiário, que participa da gestão dos recursos, podendo votar ou ser votado para o Conselho Deliberativo”, explica a cartilha do Plano 1 da Previ.

Tsai Chi-yu indica que, a fim de assegurar esses pagamentos, as decisões de investimento nesses fundos de previdência e pensão tendem a ser mais conservadoras do que a média do mercado.

“O objetivo não é performar muito acima do mercado, porque visa ajudar as pessoas a acumularem patrimônio. A regulação não permite que invistam em coisas muito fora da caixinha”, explica o especialista em previdência privada.

“Tanto fundos de pensão como previdência privada aberta, as decisões costumam ser mais conservadoras e profissionais”, conclui.

Fonte: CNN Brasil

Banco do Brasil tem lucro acima da expectativa em 2024 com ajuda de mix de crédito

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O Banco do Brasil (BBAS3) encerrou 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 37,9 bilhões no acumulado do ano, segundo resultado divulgado na noite desta quarta-feira (19 de fevereiro).

O resultado foi 6,6% superior ao registrado em 2023 e acima das expectativas de mercado no consenso da Bloomberg, que estimava um resultado de R$ 37,54 bilhões.

Para o BB, o resultado foi fruto da estratégia de diversificação do mix da carteira de crédito, que é dividido entre pessoa física, jurídica e agronegócio, em que cada uma das vertentes representa perto de um terço da carteira total.

“O equilíbrio entre nossas principais carteiras, construído ao longo dos anos, é uma fortaleza do BB e é único na indústria. Ele foi fundamental para atravessarmos o ano de maneira harmônica e saudável, considerando a melhor relação entre risco e retorno”, afirmou a CEO Tarciana Medeiros em nota.

No quarto trimestre, o lucro do banco estatal alcançou R$ 9,58 bilhões , o que representou alta de 1,5% na base anual. Frente ao terceiro trimestre, o avanço foi de 0,7%.

O montante ficou acima do consenso de analistas compilado pela Bloomberg, que estimava um ganho de R$ 9,41 bilhões na última linha do balanço.

A rentabilidade do BB, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE), se manteve acima dos 20%, mas com queda. O indicador recuou 1,7 ponto percentual (p.p.) na base anual e 0,2 p.p. em relação ao trimestre anterior.

A margem financeira bruta alcançou R$ 26,8 bilhões no quarto trimestre, um ganho de 4% em comparação ao ano anterior e de 3,6% em base trimestral.

Por sua vez, a carteira de crédito ampliada somou R$ 1,28 trilhão em 2024, um crescimento de 15,3% em 12 meses e de 6,1% frente ao trimestre anterior.

Já o índice de inadimplência longo da carteira, com atrasos acima de 90 dias, foi de 3,32%, com avanço de 0,4 p.p. em um ano e queda de 0,1 p.p. em três meses.

Uma das principais preocupações do mercado, a inadimplência do agronegócio manteve a trajetória de alta e subiu 1,49 p.p. na comparação anual.

Para balizar o resultado, a principal contribuição positiva veio da carteira de pessoa física, em que a inadimplência caiu de 4,79% em dezembro de 2023 para 4,66% ao fim do último ano.

Com o crescimento da inadimplência no agro, as provisões para devedores duvidosos (PDD) acumulada em 2024 tiveram aumento de 16,9% na comparação com o ano anterior, para R$ 35,7 bilhões.

Guidance para 2025

Junto com o resultado, o BB forneceu um conjunto de projeções – guidance – para 2025. O banco estatal espera reportar um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões neste ano.

A estimativa para a margem financeira bruta está entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões para 2025.

Por sua vez, a carteira de crédito do Banco do Brasil deve avançar entre 5,5% a 9,5%: a expectativa é a de expansão de 7% a 11% no crédito a pessoas físicas, de 4% a 8% na pessoa jurídica e de 5% a 9% no agronegócio.

A expectativa para as PDDs foi estimada entre R$ 38 bilhões a R$ 42 bilhões, ou seja, novamente acima do ano anterior em até dois dígitos no meio do intervalo (R$ 35,7 bilhões em 2024).

Já as receitas de prestação de serviços devem ficar entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões.

Para as despesas administrativas, a projeção é a de um montante entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões.

Dividendos e JCP

O BB anunciou ainda que irá pagar R$ 2,73 bilhões em proventos referentes ao resultado da empresa.

Serão pagos R$ 776 milhões em dividendos e R$ 1,95 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP).

O acionista receberá o valor de R$ 0,13600180735 por ação em dividendos e R$ 0,34259249436 por papel via JCP. Os valores consideram correção pela inflação.

Fonte: Bloomberg Línea

Paula Goto explica déficit pontual do Plano 1 e nega risco para os associados ou o patrocinador BB

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Maior fundo de pensão do país, com R$ 278 bilhões em patrimônio, a Previ voltou a ser alvo de parte da classe política, que cogita instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e do Tribunal de Contas da União (TCU), que instaurou uma auditoria na fundação. O gatilho para a polêmica foi um déficit de R$ 14 bilhões no Plano 1 – já em fase de pagamento de aposentadorias – registrado em 2024 até novembro. Embora o desempenho seja fruto da desvalorização da parcela investida em renda variável, em uma visão de longo prazo o Plano segue superavitário.

“Falar em rombo ou prejuízo na Previ não está correto. Não precisamos vender nenhum dos ativos por um preço abaixo do valor de mercado”, explica a diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto. Na entrevista à Capital Aberto, ela explica a origem do déficit, defende o modelo de alocação da Previ para o Plano 1, que nos últimos 20 anos “acumulou uma rentabilidade 273% acima da meta atuarial” e criticou a proibição de investimento em ativos físicos. A Previ tem hoje perto de R$ 14 bi em imóveis e se a regra não for alterada terá que vendê-los até 2030. “Só para efetuar a transferência dos imóveis, a Previ se veria obrigada a desembolsar R$ 390 milhões em impostos.”

Qual o resultado da gestão de recursos pela Previ em 2024, o dado mais recente disponível? Existe rombo na Previ?

Paula Goto – A Previ tem dois grandes planos, o Plano 1, de benefício definido e com R$ 243 bilhões em patrimônio, e o Previ Futuro, um plano de contribuição variável com R$ 35 bilhões em patrimônio. O dado mais recente disponível é o de novembro de 2024. O Plano 1 estava com um resultado acumulado superavitário em R$ 528,6 milhões. O ano de 2024 foi bastante difícil, de muita oscilação do mercado, que acabou por impactar os planos da Previ. Não existe rombo na Previ. Pelo contrário, o último resultado divulgado mostra superávits nos dois planos geridos.

O desempenho do Plano 1 tem gerado muitas dúvidas no mercado. Afinal, houve prejuízo de R$ 14 bilhões em 2024?

Não houve prejuízo. Falar em rombo ou prejuízo não está correto. A Previ não precisou vender nenhum de seus ativos por um preço abaixo do valor de mercado para honrar seus compromissos. Isso sim, seria prejuízo. O termo técnico em um fundo de pensão para um desequilíbrio entre ativos e passivos é déficit ou superávit. Essa é uma medida que mostra se um plano tem, em uma determinada data, recursos suficientes para honrar todos os seus compromissos futuros. Em 2024, mesmo com a carteira do Plano 1 tendo rentabilidade positiva, esse retorno foi menor do que o projetado, considerando a evolução do passivo, por isso o resultado acumulado do plano foi impactado. De qualquer forma, nosso indicador de solvência indica que o Plano permanece em equilíbrio. A Previ vem executando a estratégia de investimentos orientados pelo passivo para o Plano 1 justo para casar os seus fluxos de recursos e compromissos futuros ao longo de todo horizonte do Plano, atualmente com encerramento previsto em 2100.

Qual ou quais investimentos foram responsáveis pelo déficit de R$ 14 bi do Plano 1? O que houve?

Iniciamos 2024 com um superávit de R$ 14,5 bilhões. O que aconteceu ao longo do ano foi uma oscilação normal de mercado, que refletiu nos resultados do Plano 1 e do Previ Futuro. Alguns dos principais ativos de renda variável tiveram seu valor depreciado, representando um grande volume desse resultado. Ativos de Renda Fixa, que estão marcados a mercado, também oscilaram no período. Mas sabemos que eventuais desvalorizações fazem parte da dinâmica de ciclos de mercado e não comprometem a sustentabilidade dos planos. As empresas da carteira de renda variável da Previ são da economia real, sólidas, que já proporcionaram ótimas rentabilidades para o plano no passado, além de pagarem bons dividendos. Nos últimos 20 anos, a carteira de investimentos do Plano 1 acumulou uma rentabilidade 273% acima da meta atuarial. A rentabilidade do plano também supera o CDI e o Ibovespa no acumulado dos últimos 15 anos. No fim das contas, mesmo diante de um ano tão desafiador, o Plano 1 apenas consumiu parte do “colchão de reserva” acumulado até 2023, chegando aos tais R$ 14 bilhões de déficit no exercício, até novembro de 2024. Porém, com um resultado acumulado ainda de um superávit de R$ 528 milhões, o que mostra que ele se encontra em equilíbrio para continuar honrando com seus compromissos de longo prazo.

Em virtude deste déficit, há algum risco para os participantes do plano ou mesmo para o patrocinador, o BB?

Não existe risco para os associados, nem para o patrocinador, o Banco do Brasil. Em 120 anos de história, a Previ nunca precisou executar um plano de equacionamento, nem cobrar contribuições extraordinárias. Ao contrário: a Previ teve superávits, que permitiram a distribuição de benefícios temporários, entre 2006 e 2013, de mais de R$ 25 bilhões em valores da época para os associados e patrocinador. Foram vários benefícios nesse período. Desde suspensão das contribuições ao plano, reavaliação das premissas atuariais até a distribuição de benefício. Os associados receberam por alguns anos acho que 25% a mais de benefício. Tanto o Plano 1 quanto o Previ Futuro estão em equilíbrio, sem rombos ou prejuízo.

Fala-se muito que os fundos de pensão investem pouco na renda variável e em ativos internacionais, por exemplo. Este tipo de episódio desestimula a tomada de risco?

É importante que as estratégias estejam sempre de acordo com os perfis dos planos e dos associados. A Previ, por exemplo, vem reduzindo a exposição em renda variável no Plano 1, porque ele já é um plano maduro, com um grande desembolso de pagamento de benefícios, que ultrapassou os R$ 16 bilhões em 2024. Mas a renda variável também já proporcionou ótimos rendimentos para esse mesmo plano, como os valores superavitários que citei distribuídos aos associados entre 2006 e 2013. Os gestores dos fundos de pensão precisam olhar e traçar estratégias que atinjam os objetivos dos planos e proporcionem segurança aos associados. É o que fazemos na Previ.

A Previ tem reduzido a exposição a ativos de renda variável? E a renda fixa, tem ganho espaço na carteira?

A Previ tem uma estratégia para cada tipo de plano. O Plano 1 é maduro, com praticamente todos os seus associados aposentados ou recebendo pensão. Para esse plano, a estratégia de investimentos é orientada pelo passivo. Nos últimos anos, estamos migrando paulatinamente a posição de renda variável para renda fixa, para proporcionar mais segurança aos associados e diminuir os impactos da oscilação do mercado nos ativos. Apenas em 2024, a Previ investiu R$ 13 bilhões em títulos NTN-B para esse plano. Já no Previ Futuro, que é um plano em que a maior parte dos associados está em fase de contribuição, a estratégia de investimentos é voltada para performance e, por isso, faz mais sentido ter um percentual maior de renda variável, especialmente nos perfis com maior apetite a riscos. Neste Plano, oferecemos aos participantes 8 opções de perfis de investimento com faixa de aplicação no segmento de renda variável ou alocação em renda variável em relação à data-alvo do perfil, os chamados ciclo de vida.

A Previ divulgou no começo do mês sua nova política de investimentos para o período de 2025-2031. Quais as principais mudanças e por quê?

Um dos destaques no ciclo 2025-2031 é a atualização das métricas de risco, retorno e macro alocação, com mandatos por perfil, além do fortalecimento do foco da atuação da Previ nos critérios Ambientais, Sociais, de Governança e de Integridade em suas estratégias corporativas e na filosofia de investimentos, que engloba as diretrizes gerais e diretrizes de ASGI. Com a estratégia de investimentos orientados pelo passivo, reduzimos a alocação do Plano 1 em renda variável de 45%, em 2020, para 26%, em 2024, enquanto aumentamos de 45% para 64% os recursos investidos em renda fixa. Já no Previ Futuro, as mudanças foram mais estruturais do que de alocação. Nesse plano, o valor do benefício a ser recebido pelos associados depende do quanto foi acumulado durante a vida laboral. Atualmente, o Previ Futuro é estruturado como uma carteira única de investimentos, com os perfis segregados de forma gerencial por um bloco de renda fixa composto e outro bloco de renda variável. Isso significa que o mesmo título público que existe no Perfil Agressivo também existe no Perfil Conservador, mas em percentuais diferentes. Essa estratégia fazia sentido quando a média de idade dos associados era de 30 anos e eles tinham uma longa jornada de acumulação pela frente. Rendeu bons frutos, pois o perfil conservador, por exemplo, tem uma rentabilidade de 123% do CDI desde o seu início. Mas é hora de mudar, para ficar mais aderente ao cenário que estamos vivendo no momento. Com a mudança estrutural, cada perfil terá a sua carteira, o que proporcionará mais agilidade e eficiência. Os perfis mais conservadores, por exemplo, poderão ter mais títulos com vencimentos curtos, o que gera menos volatilidade. Com a estratificação também teremos benchmarks diferentes para cada perfil, assim como limites de macro e mesoalocação customizados.

Quanto a Previ tem em ativos no exterior, como avançar nesta alocação internacional? Vocês estão de olho em oportunidades?

O percentual de ativos no exterior é pequeno diante do tamanho da carteira, mas teve um bom desempenho em 2024. No Plano 1 esse segmento tem R$ 1,55 bilhões, enquanto no Previ Futuro tem R$ 347,85 milhões. Isso corresponde, respectivamente, a 0,68% da carteira do Plano 1 e a 1,01% da carteira do Previ Futuro. O limite de macroalocação que colocamos na Política para investimentos no exterior é diferente para cada plano, exatamente pelo perfil de cada um: no Plano 1 é de até 1,89%, e no Previ Futuro é de até 8,40%. Mas isso não significa que vamos atingir esses percentuais. Claro que estamos sempre olhando para oportunidades.

Os fundos de pensão estão proibidos de comprar ativos físicos, imóveis, e têm que se desfazer até 2030 dos ativos. Qual sua opinião sobre a proibição e gostaria de saber se FIIs podem ser uma alternativa?

Os investimentos imobiliários são históricos na Previ e têm se mostrando bastante rentáveis, mas estão sofrendo impactos desde a publicação da resolução que determinou a vedação da compra direta de imóveis pelas entidades fechadas de previdência complementar. FIIs poderiam ser uma opção e em alguns casos são uma boa alternativa, mas a exigência de que o estoque seja vendido ou transferido completamente para esses fundos traz um custo desnecessário para a Previ, que tem larga experiência na administração de sua carteira imobiliária. A alíquota de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo, é de 3% do valor venal da propriedade. Isso significa dizer que, somente para efetuar a transferência dos imóveis a serem vendidos por força da Resolução CMN 4661 (mantida na CMN 4994), a Previ se veria obrigada a desembolsar R$ 390 milhões em impostos. Estudos realizados pelos nossos técnicos mostram que a estrutura da Previ voltada para gestão própria da carteira de imóveis equivale a uma taxa de administração de 0,20% ao ano. As taxas de administração de FIIs são, na média, 0,50% ao ano, o que representaria um custo adicional, e desnecessário, de mais de R$ 64 milhões por ano. No mundo inteiro, fundos de pensão utilizam a carteira imobiliária como parte essencial de sua estratégia de investimentos. A estratégia é tão atrativa e rentável que fundos internacionais estão comprando imóveis no Brasil para compor suas carteiras. E isso legislação a vigente não veda. Apenas os fundos de pensão nacionais estão proibidos pela Resolução CMN 4994 de investir diretamente em imóveis. Não faz sentido.

Qual é o tamanho da carteira de imóveis da Previ? Já começaram a se desfazer dos ativos? A Abrapp tenta via CMN suspender o prazo de 2030. Qual é a sua opinião?

O segmento de investimentos imobiliários do Plano 1 é de R$ 13,2 bilhões, o que representa 5,79% da carteira. Já no Previ Futuro, é de R$ 989,3 milhões, ou 2,87% da carteira. A negociação desses ativos faz parte da nossa estratégia, para uma renovação da carteira. Por enquanto não estamos fazendo isso pelo prazo de 2030, mas para uma boa gestão com o objetivo de buscar melhor rentabilidade. A exigências de que os estoques existentes de imóveis sejam vendidos ou transferidos para fundos imobiliários até 2030 é bastante prejudicial. Por exemplo: você tem um apartamento e é obrigado a colocá-lo à venda, com prazo para vender. Com uma data limite para desfazimento, o que acontece com o valor do seu imóvel? Provavelmente vai diminuir, já que o mercado inteiro sabe que você precisa vendê-lo para se ajustar à legislação. Não faz sentido. A Previ considera fundamental que exista uma mudança na legislação para permitir a administração direta de imóveis, o que vem fazendo com competência durante décadas. A mudança também é imperativa para impedir custos desnecessários, que significam, na verdade, prejuízo aos nossos participantes.

Foi criada em 2024 a nova debênture de infraestrutura de olho no bolso das fundações. Ainda não tivemos uma emissão, mas interessa na forma como foram criadas?

Embora as novas debêntures de infraestrutura tenham como foco investidores institucionais, tais como fundações e fundos de previdência, uma vez que a isenção fiscal para as empresas emissoras pode resultar em taxas de emissão mais atrativas para os investidores, se comparadas com as debêntures 12.431/2011, existem algumas dúvidas a serem esclarecidas, para que a Previ possa avaliar se a relação risco x retorno é adequada. Tais como a definição de juros, há dúvidas sobre o que exatamente pode ser considerado “juros” para fins de dedução fiscal; e dúvidas sobre a compensação de prejuízos. Outra questão é se os benefícios fiscais podem ser carregados para exercícios futuros. Caso as dúvidas relativas aos benefícios fiscais sejam sanadas, há de se esperar se tais debêntures serão atrativas para os emissores, pois a eficácia dos incentivos fiscais depende de como as empresas percebem e utilizam essas vantagens fiscais em suas estratégias financeiras. Por fim, a Previ consideraria na análise desse investimento o cenário macroeconômico, o risco de crédito, a liquidez, a volatilidade, a complexidade do projeto e/ou empresa e a característica do plano de benefícios e seus perfis de investimento.

O CMN acabou com a obrigatoriedade de marcação de ativos a mercado. Qual a importância para o setor e a Previ?

Esse é um debate que já existia há algum tempo. Tanto o Plano 1 quanto o Previ Futuro possuem a maior parte dos seus investimentos em Renda Fixa. No Plano 1, o segmento equivale a 62,5% da carteira, com R$ 142,8 bilhões em investimentos. Já no Previ Futuro, o montante equivale a 67,5% da carteira, com R$ 23,5 bilhões em investimentos. A maioria dos ativos de renda fixa é de aplicações em títulos públicos federais, as chamadas NTN-B de longo prazo, com vencimentos de até 40 anos, que contribuem para garantir um retorno superior à meta atuarial. Para a Previ a obrigatoriedade da marcação a mercado era prejudicial, porque não temos problemas de liquidez, nem de caixa. A volatilidade da marcação a mercado impacta os resultados dos planos e poderia até trazer prejuízo aos associados que pretendem se aposentar em períodos de baixa rentabilidade, que ocorre quando as taxas praticadas no mercado ficam maiores que as taxas dos títulos que compõem a carteira do plano. A contabilização dos títulos como “mantidos até o vencimento” evita a exposição ao risco do valor de mercado dos títulos.

Fonte: Associados Previ

BB Seguridade tem lucro líquido de R$ 2,173 bi no 4º trimestre

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A BB Seguridade encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 2,173 bilhões, um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, porém, o resultado caiu 4%.

Na comparação com o final do ano anterior, o avanço veio graças às contribuições da Brasilseg e da BB Corretora, que avançaram em R$ 118,2 milhões e em R$ 74,5 milhões, respectivamente, diante do crescimento de ambos os negócios.

No ano de 2024, a holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 8,153 bilhões, incremento de 5,7% na comparação com 2023. Além da Brasilseg e da BB Corretora, a Brasilcap também contribuiu para a expansão do lucro.

Se considerado apenas o quarto trimestre, o resultado financeiro da holding e das empresas investidas caiu 13,3% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 393 milhões. A redução foi fruto do aumento do passivo dos planos tradicionais da Brasilprev, corrigidos pelo IGP-M, e pela marcação a mercado negativa de ativos para negociação, com a alta dos juros no final do ano.

Em 2024, o resultado financeiro da holding e das investidas foi de R$ 1,346 bilhão, queda de 17,3% em relação a 2023 diante dos mesmos fatores. No ano, respondeu por 16,5% do lucro líquido, contra uma participação de 21,1% em 2023.

Entre as aplicações financeiras da empresa e das investidas, a maior fatia, de 42,9%, eram pós-fixadas, e outros 39,4% atrelados à inflação. Uma fatia mais baixa de 17,6%, estava em títulos pré-fixados.

Fonte: CNN Brasil

Dividendos: Banco do Brasil pagará até 45% do seu lucro

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O Banco do Brasil (BBAS3) pretende pagar de 40% a 45% do seu lucro em dividendos e juros sobre o capital próprio, política que vigora desde 2024.

Atualmente, o BB remunerará os acionistas em oito fluxos, sendo quatro pagamentos realizados ao longo dos trimestres de referência, de forma antecipada, e outros quatro pagamentos complementares.

Veja no calendário abaixo:

Nesta quarta, dia 19 de fevereiro, o banco aprovou o pagamento de mais uma rodada de proventos, sendo R$ 1,9 bilhão em juros sobre o capital próprio e R$ 776 milhões em dividendos, totalizando R$ 2,7 bilhões, mostra documento enviado ao mercado.

Segundo o comunicado, o valor por ação será de R$ 0,13 em dividendos e R$ 0,34 em juros sobre o capital próprio, a serem pagos em 20 de março de 2025.

Quem quiser aproveitar a bolada, terá até o dia 11 de março para comprar o papel. A partir de 12 de março, a ação passará a ser negociada “ex-proventos”.

Fonte: Money Times

BB atende movimento sindical e instala GT sobre demandas de incorporados

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Em reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), no dia 5 de fevereiro, o banco anunciou a criação de Grupo de Trabalho (GT) totalmente voltado para os impasses sobre a integração dos funcionários de bancos incorporados aos planos de previdência da Previ e de assistência médica da Cassi. Com a medida, o BB atende a uma reivindicação do movimento sindical. Os representantes do banco também reafirmaram a intenção de apresentar, até o dia 31 de julho, uma solução definitiva sobre o assunto.

Entre 2008 e 2009, o BB incorporou o Banco Nossa Caixa (BNC), o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e o Banco do Estado do Piauí (BEP). No processo de integração, os empregos foram mantidos, mas, até hoje, os egressos dessas empresas não tiveram acesso aos mesmos benefícios da Cassi e Previ.

“Há pelo menos 17 anos o movimento sindical bancário luta por isonomia, ou seja, tratamento igual para todos os colegas”, ressaltou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Nossa expectativa sobre as propostas que o BB se compromete a apresentar no dia 31 de julho é muito grande. Mas essas propostas não podem ser construídas sem a participação dos trabalhadores que, há tantos anos, lutam para a solução dessas pendências e conhecem as especificidades das várias condições dos egressos. Somente com esse diálogo vamos conseguir construir uma solução definitiva e sustentável para o processo de integração e migração”, completou.

Antônio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, ponderou que, como responsável direto pelas incorporações, o BB também tem a responsabilidade sobre o custeio das transições de planos. “Nós, do movimento sindical, temos durante todo o tempo desse debate reforçado alguns princípios e o primeiro deles é que todos os colegas tenham acesso aos mesmos planos de previdência e saúde, entendendo que os benefícios devem ser concedidos de forma igualitária, mas garantindo a sustentabilidade e zelo da Cassi e Previ”, observou.

A diretora do Sindicato e funcionária do BB Adriana Ferreira reforça: “Cassi e Previ para todos é uma bandeira de luta antiga do movimento sindical. Esse é um anseio dos colegas dos bancos incorporados, em especial dos trabalhadores do BNC aqui em são Paulo. A gente aguarda com muita expectativa que agora venha a solução tão esperada por esses trabalhadores. Queremos que, após quase 17 anos de espera, finalmente se alcance a isonomia no funcionalismo do Banco do Brasil.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Justiça nega pedido do Banco do Brasil para derrubar tutela antecipada

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O Banco do Brasil tentou derrubar a tutela antecipada, conquistada pela Contraf-CUT e federações, e que determina a incorporação das comissões e ou gratificações para os funcionários que foram atingidos pela reestruturação de 2016 e, à época, ocupavam funções gratificadas/comissionadas por, no mínimo, dez anos. O desembargador que analisou o Mandado de Segurança do BB negou a liminar pleiteada. A decisão foi publicada no dia 10 de fevereiro. O banco pode entrar com recurso.

Por outro lado, em uma outra movimentação na Justiça, o BB conseguiu estender o cumprimento da tutela antecipada em mais 90 dias úteis. A juíza que analisou o pedido e concedeu a tutela antecipada a favor do movimento sindical, entendeu razoável o pedido do banco de ampliação do prazo. Os 90 dias serão contados partir da publicação da decisão, que deve ocorrer em breve.

Entenda o histórico da luta

Em 2016, o Banco do Brasil realizou uma ampla reestruturação que impactou diversos trabalhadores, suprimindo gratificações e comissões de muitos que já exerciam funções de confiança há mais de uma década. Após tentativas de negociação com o banco, inclusive mediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a Contraf-CUT e federações ingressaram com ação judicial em 2017.

Em setembro daquele ano, a Justiça deferiu a tutela antecipada solicitada pelo movimento sindical para garantir a manutenção dos pagamentos das gratificações. Contudo, em agosto de 2018, um juiz de primeiro grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, alegando ilegitimidade da Contraf-CUT e federações para atuar como substitutas processuais.

Diante disso, o movimento sindical recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), que reconheceu a legitimidade das entidades e determinou o retorno do processo à vara de origem. Por sua vez, o Banco do Brasil recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a decisão favorável do TRT10 foi mantida, transitando em julgado em dezembro de 2024.

“O movimento sindical, tentou, por diversas vezes, negociar com o banco. A reestruturação resultava em inúmeros prejuízos aos funcionários, inclusive, na sua remuneração. Afinal, perder a comissão ou a gratificação ocasionaria uma redução significativa na remuneração da funcionária e do funcionário, com impactos reais em sua vida. Porém, esgotadas todas as tentativas de diálogo com a empresa, partimos para o Ministério Público do Trabalho e, depois, ingressamos com uma ação na Justiça”, conta a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Fernanda Lopes.

Decisão favorável e impacto aos trabalhadores

Com o retorno do processo à Vara do Trabalho, a Contraf-CUT protocolizou, em 12 de dezembro de 2024, um pedido para restabelecimento imediato da tutela antecipada. Com isso, a juíza Angélica Gomes Rezende deferiu o pedido, garantindo:

  • Manutenção e incorporação das gratificações/comissões aos trabalhadores que as recebiam por mais de 10 anos;
  • Reflexos salariais em repousos semanais remunerados (RSR), férias acrescidas de 1/3, 13º salário, horas-extras, anuênios, participação nos lucros e resultados (PLR), FGTS e contribuições à Previ;
  • Multa de R$ 1.000,00 por dia, por empregado, em caso de descumprimento da decisão.

Nesta decisão de dezembro de 2024, foi definido ainda que o banco teria até o dia 11 de fevereiro de 2025 para cumprir todas as medidas. Porém, nessa semana, o BB obteve da Justiça o pedido aceito para aumentar esse prazo em 90 dias.

Renata Cabral, assessora jurídica da Contraf-CUT e sócia do Crivelli Advogados e que, nesse processo também representa todas as federações autoras, pontua que este novo prazo que o banco tem para cumprir a tutela antecipada terá início assim que for publicado, o que deve ocorrer em breve. “Temos disponibilizado um link para acesso dos funcionários que querem saber se estão abarcados pela decisão”.

Fonte: Contraf_CUT

BB e Universidade Zumbi dos Palmares abrem seleção para pesquisadores negros

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O Banco do Brasil, por meio da Fundação BB, e a Universidade Zumbi dos Palmares anunciam a abertura de seleção para bolsa de pesquisa, destinada a mestrandos e doutorandos negros. Com o tema “Estudos sobre o impacto das atividades de beleza e estética na geração de renda para pessoas negras de periferia”, a pesquisa visa fomentar a produção de conhecimento científico e incentivar produções que evidenciem a cultura afro-brasileira.

A seleção é uma ação derivada do Protocolo de Intenções celebrado em novembro de 2023 entre BB, Fundação BB e Universidade Zumbi dos Palmares, com os objetivos de promover a visibilidade das produções acadêmicas da população negra e cooperar na busca de soluções para o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial.

Os recursos serão destinados à realização de pesquisas sobre negócios voltados para beleza e estética, liderados por pessoas negras e localizados em comunidades periféricas em São Paulo, Brasília, Belém, Salvador e Porto Alegre. O projeto tem como objetivo mapear os empreendimentos de beleza e estética nessas cidades, identificando o perfil dos empreendedores, suas principais dificuldades e oportunidades. Além disso, busca levantar dados socioeconômicos sobre as condições de vida desses empreendedores e os impactos da estética e beleza na geração de renda e autonomia financeira. Por fim, o projeto visa subsidiar políticas públicas voltadas à inclusão econômica e social de empreendedores negros.

Após a fase de pesquisa, a Fundação BB, através de um Convênio de Cooperação Financeira, apoiará a Universidade Zumbi dos Palmares no projeto “Qualificação de Empreendimentos de Beleza Estética em Periferias de Grandes Cidades”. O objetivo é capacitar e orientar empreendedores de beleza nas periferias das capitais focadas no estudo.

Para Luciana Bagno, diretora executiva de Desenvolvimento Social da Fundação Banco do Brasil, “essa parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares é uma grande oportunidade para conhecer melhor o potencial econômico desse segmento e, a partir dele, promover e apoiar ações que geram o desenvolvimento sustentável, valorização da cultura afro-brasileira, combate ao racismo e a promoção da igualdade racial.”

O vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, destaca que “a formalização deste convênio de cooperação financeira e a seleção lançada em parceria com a Zumbi dos Palmares, que é uma referência, se soma a uma série de ações do Banco do Brasil, alinhadas ao nosso compromisso institucional com a valorização da diversidade racial e o combate ao racismo, materializando o bem-estar social e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico.”

Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, “essa parceria reafirma nosso compromisso inegociável com a inclusão e a valorização da população negra, tanto no meio acadêmico quanto no mundo do empreendedorismo. Ao impulsionar a pesquisa e a qualificação profissional, não apenas fortalecemos o empreendedorismo negro, mas também promovemos o desenvolvimento de talentos, a geração de riqueza e a inclusão produtiva e financeira da nossa comunidade. Estamos investindo no futuro, criando oportunidades reais e estruturantes para que a população negra avance com autonomia e protagonismo.”

Interessados em participar do processo seletivo para a bolsa de pesquisa podem acessar as informações completas no site da universidade. As inscrições ficam abertas até dia 25 de fevereiro.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil supera marca de R$ 1 bilhão pagos em cashback

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O Banco do Brasil atingiu a marca de R$ 1 bilhão devolvidos em forma de cashback a mais de 3 milhões de clientes. Esse é um marco inédito no mercado financeiro. O programa do Banco foi lançado em 2018 e, somente em 2024, houve um incremento de 17% no volume de recursos que retornaram aos clientes por meio de cashback.

“O benefício do Cashback é uma solução valiosa para os clientes, entregando valor para diferentes segmentos da sociedade, jovens, empreendedores, por exemplo. Além disso, sabemos que os clientes que participam do programa de benefícios do BB são mais engajados, apresentando margem de contribuição 50% maior do que aqueles que não utilizam. Isso mostra que essas ferramentas são estratégicas para fortalecer o relacionamento com os clientes, encantá-los e impulsionar os negócios”, afirma Carla Nesi, vice-presidente de negócios de varejo do BB.

As diversas soluções de cashback do BB funcionam da seguinte forma:

Cashback com pontos:

Os clientes podem receber de volta o valor da fatura do cartão, pagamento de produtos e serviços BB (pacote de serviços, seguros, aplicações em fundos de investimentos, capitalização), pagamento de boletos diversos (aluguel, mensalidade, conta de luz, entre outros) e muito mais trocando seus pontos por cashback. O cliente precisa possuir saldo de pontos e valores debitados em sua conta nos últimos 30 dias.

Cashback automático:

Além do tradicional acúmulo de pontos ao pagar a fatura do cartão de crédito Ourocard, os clientes também podem escolher receber automaticamente cashback em sua conta corrente, aplicado em um fundo de investimento.

Cashback em compras no Shopping BB:

Fazendo compras no Shopping BB pelos canais digitais do Banco, o cliente ganha cashback em diversas lojas parceiras. Além dessas opções, há sempre novidade em cashbacks promocionais, como crédito pessoal com cashback, seguros com cashback, entre outros.

Os pontos podem ser acumulados pelos clientes de várias formas:

  • A cada compra realizada com cartão de crédito;
  • Por meio de promoções realizadas na contratação de produtos e serviços BB;
  • No Clube de Benefícios BB;
  • Por meio de ações promocionais.

Promoção 1 bilhão de motivos pra comemorar

Para comemorar o marco histórico, o Banco do Brasil lança a promoção 1 bilhão de motivos pra comemorar, no período de 13 a 16/2. De cashback adicional para a troca de pontos acumulados via cartão Ourocard a ofertas exclusivas no Shopping BB com grandes parceiros, como a Amazon, essas ações buscam aproveitar as parcerias para alavancar a realização de novos negócios e alcançar os objetivos estratégicos do Banco, com a distribuição de benefícios e aumento da satisfação dos clientes.

Fonte: Banco do Brasil

BB faz acordo e terá de devolver R$ 20 milhões a clientes por cobranças indevidas

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O Banco do Brasil (BB) vai devolver R$ 20,6 milhões a clientes que pagaram cobranças indevidas ao longo dos últimos anos. A devolução será feita em até 12 meses e deverá ser corrigida pela inflação. A decisão faz parte de um acordo firmado entre o BB e o Banco Central (BC), que identificou irregularidades em tarifas cobradas indevidamente.

O banco também pagou uma multa e se comprometeu a não repetir essas práticas no futuro. A notícia foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo GLBO. Para garantir o cumprimento do acordo, o BB deverá apresentar relatórios de auditoria interna e contratar uma empresa independente para acompanhar o processo. Caso não consiga devolver todo o dinheiro no prazo de 12 meses, terá que pagar o valor restante ao Banco Central.

O banco e oito responsáveis ainda concordaram em pagar R$ 4,62 milhões ao BC como parte do acordo, sendo R$ 3,75 milhões pagos pelo próprio Banco do Brasil.

O que aconteceu?

O BB cobrou de forma irregular dois tipos de valores:

Tarifas de segunda via de cartão: O banco cobrou valores indevidos para emissão de segunda via de cartões de débito e crédito em três situações: quando o cartão não era usado, quando o cartão foi bloqueado por suspeita de falsificação e em casos de extravio. Essa cobrança afetou mais de 1,5 milhão de clientes entre 2013 e 2024, totalizando R$ 14,1 milhões.

Taxa de juros para MEIs: O BB aplicou juros acima do limite legal de 8% ao mês no cheque especial de Microempreendedores Individuais (MEIs) entre 2020 e 2022. Isso impactou mais de 15 mil clientes e gerou cobranças indevidas de R$ 6,5 milhões.

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que a assinatura do Termo de Compromisso com o Banco Central faz parte de um procedimento “proativo” para reforçar seu compromisso com um atendimento de excelência aos clientes. A instituição também destacou que todas as questões envolvidas já foram solucionadas e ressaltou sua liderança no ranking do Bacen entre os maiores bancos do país há dez trimestres consecutivos, sendo a instituição com o menor número de reclamações entre os grandes bancos.

“O Banco do Brasil confirma a celebração do Termo de Compromisso junto ao Bacen, procedimento proativo adotado pelo BB que reafirma seu compromisso com o atendimento de excelência a seus clientes, e informa que as questões já foram devidamente solucionadas. O BB destaca que detém a melhor posição no ranking Bacen entre as maiores instituições financeiras do país há dez trimestres consecutivos, sendo, portanto, o banco menos reclamado dentre todos os grandes bancos”, diz o BB em nota.

Como será feita a devolução?

Os clientes que tiverem dados bancários atualizados receberão o estorno diretamente na fatura do cartão ou em conta corrente. Se não for possível o reembolso automático, o BB tentará entrar em contato com os clientes.

Além disso, os valores serão corrigidos pela inflação (IPCA) desde a data da cobrança até o momento da devolução. Caso algum cliente tenha recebido um estorno sem essa correção, o BB deverá pagar a diferença.

Fonte: O Globo

Banco do Brasil adere a demandas do Greenpeace sobre crédito rural

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Em abril de 2024, o Greenpeace Brasil lançou a campanha Bancando a Extinção, para expor o papel dos bancos no financiamento de atividades que destroem a natureza. Agora, após dez meses de intensa mobilização, o Banco do Brasil anunciou em sua página de sustentabilidade uma atualização de seu caderno de responsabilidade ambiental, social e de governança (ASG), com novos critérios socioambientais a serem adotados pela instituição para a concessão de crédito rural, em atendimento a algumas das demandas da campanha.

Agora, além dos critérios socioambientais já exigidos pelas regras do Manual de Crédito Rural (MCR), a instituição financeira incluiu critérios adicionais demandados pelo Greenpeace no relatório Bancando a Extinção: bancos e investidores como sócios no desmatamento.

Dentre as demandas assumidas pelo banco, estão a ampliação da restrição de crédito rural para imóveis rurais que tenham qualquer tipo de embargo ambiental, e não apenas por desmatamento como prevê o Manual do Crédito Rural (MCR), a exigência de comprovação de legalidade do desmatamento e a consulta aos embargos estaduais, mesmo enquanto não estejam integrados ao site do Ibama.

“O material publicado representa um passo importante dado pelo Banco do Brasil em resposta à campanha do Greenpeace e à pressão da sociedade, que merece reconhecimento. Apesar dos retrocessos na agenda ASG em decorrência do negacionismo climático, o banco deu exemplo e mostrou que é possível aumentar a barra para impedir que o dinheiro público e das pessoas acabem financiando a destruição. É o início de um caminho que precisa seguir sendo trilhado, na busca de soluções para a adoção de mais recomendações citadas no relatório do Greenpeace”, afirma Cristiane Mazzetti, coordenadora da campanha de florestas do Greenpeace Brasil. “Agora o recado está dado para os demais bancos, para que sigam o exemplo e melhorem seus critérios e processos, pois não há desculpas para não fazê-lo”, completou.

Vale pontuar, no entanto, que a atualização do Caderno ASG do banco ainda deixa dúvidas em alguns tópicos, a exemplo de trecho que afirma que “No Bioma Amazônia é exigida ainda, a Certidão Negativa de Embargos (Ibama) do proponente” (p. 40), mas não deixa claro se a ocorrência e embargo no CPF, ainda que em outra fazenda, gera uma restrição ao financiamento ou não.

Outro ponto que ficou sujeito à interpretação foi o documento exigido caso detectado o desmatamento. Na interpretação do Greenpeace a partir das conversas com o banco, entendemos que trata-se da Autorização de Supressão de vegetação (ASV), além disso, no Caderno, a instituição não indica se existe uma data de corte para o desmatamento detectado, que idealmente deve ser à partir de julho de 2008 em sintonia com o Código Florestal, embora a nova resolução do Banco Central flexibiliza para 2019. “São detalhes que precisam ser explicitados”, pontua Cristiane Mazzetti.

Cerca de 110 mil pessoas já se uniram ao Greenpeace Brasil no abaixo-assinado para exigir mudanças. Agora é hora dos outros bancos também darem passos na direção de aprimorar seus critérios de concessão de crédito.

Instituições financeiras seguem bancando a extinção

A campanha Bancando a Extinção chama os bancos a fazerem mais para garantir que o dinheiro não chegue em quem desmata, queima nossos biomas e comete outras irregularidades ambientais. Afinal, quem financia atividades que contribuem com o caos climático também é parte do problema e precisa agir.

Ainda que o Banco do Brasil tenha avançado com medidas que merecem ser celebradas, é importante ressaltar que existem questões importantes que ainda não foram alvo de aprimoramentos e que o Greenpeace Brasil considera fundamentais para alinhar o crédito rural, importante instrumento da política agrícola do país, ao desmatamento zero.

É o caso da vedação de crédito para quem utilizou o fogo ilegalmente, já que embora o país arda em chamas, ano após ano, poucos casos chegam a receber embargos, e também da requisição ou promoção da rastreabilidade da pecuária quando o crédito for destinado à aquisição e manutenção de bovinos, pois diversas análises da organização mostraram irregularidades socioambientais associadas à cadeia da pecuária, principal vetor de desmatamento da Amazônia.

Por ser o mais antigo banco do Brasil e o maior operador de crédito rural na Amazônia, o Banco do Brasil foi a primeira instituição a ser chamada a agir. Mas os outros bancos também precisam se mover, e órgãos reguladores precisam subir a régua das regras de maneira definitiva e aplicada a todos os bancos que operam o crédito rural. Afinal, crédito que conta com recursos públicos arrecadados dos impostos que pagamos e com taxas de juros subsidiadas pelo governo não pode ser destinado para a destruição.

É fundamental também que não ocorram retrocessos, como a tentativa, em 2024, de pressão para a revisão da resolução 5.081/2023, que aprimora as exigências socioambientais para a concessão do crédito, exercida por parte dos ruralistas. Felizmente, no dia 20 de dezembro de 2024 o Banco Central publicou nova resolução que não contemplou os retrocessos pleiteados. Apesar de ter trazido algumas flexibilizações, avança na agenda, por exemplo, inserindo a necessidade de apresentação da Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) para desmatamentos ocorridos após julho de 2019.

“Não vamos atingir o desmatamento zero e cumprir com o acordo de Paris e Marco Global da Biodiversidade se não alinharmos os fluxos financeiros com esses objetivos. Reguladores financeiros e bancos precisam ir além e seguir aprimorando critérios a fim de evitar a destinação de dinheiro, seja na forma de crédito ou investimento, para quem destrói nossos ecossistemas e contribui com a emergência climática. O ano de 2024 com seus recordes de temperatura e eventos extremos deixa o recado que a ambição precisa subir, e rápido”, afirma Mazzetti.

Mobilização da sociedade garantiu o avanço

Em abril de 2024, o Greenpeace Brasil lançava a campanha Bancando a Extinção, com um relatório, seguido de uma ação em frente à sede do Banco do Brasil, em Brasília. Com maletas de dinheiro e árvores queimadas cenográficas, levamos a destruição da Amazônia até a porta do banco, para mostrar o que acontece quando o sistema direciona crédito para quem destrói a floresta e o nosso futuro. Depois disso iniciou-se um diálogo com a instituição que culminou no anúncio de hoje.

O relatório Bancando a Extinção: Bancos e Investidores como Sócios no Desmatamento mostrou como critérios insuficientes, processos falhos para a concessão de crédito e pouca transparência e controle das entidades supervisoras do Brasil, levam à concessão de milhões em recursos para atividades que promovem diretamente o desmatamento, alimentando com dinheiro infinito um ciclo de crimes ambientais, destruição, grilagem e violência na floresta. Desde então, o Greenpeace manteve diálogo com o Banco do Brasil, além de interlocuções com entidades reguladoras, de pesquisa e do sistema de justiça, para avançar na solução do problema.

Ao longo do ano, expusemos casos que evidenciam como os bancos ainda não têm critérios suficientes para evitar que recursos do crédito rural cheguem a áreas problemáticas. Casos como o do fazendeiro Claudecy, que usou agrotóxico para realizar desmatamento químico no Pantanal e, mesmo com autuações por crimes ambientais, teve acesso a vultuosos recursos via credito rural, e o estudo sobre a concessão de crédito à fazendas que participaram do Dia do Fogo em 2019 no Pará, e também tiveram acesso à financiamentos, além de um terceiro estudo, o Bancos Incendiários, onde apontamos fazendas que receberam crédito mesmo com embargos por uso ilegal do fogo, onde o Banco do Brasil figurava como um banco importante.

Em julho, vieram as primeiras vitórias referentes às denúncias submetidas pelo Greenpeace Brasil na justiça. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou oficialmente que os bancos realizem levantamento interno e cancelem os financiamentos em áreas protegidas e florestas públicas não destinadas, e em seguida, o banco Lage Landen Brasil (DLL) liquidou um empréstimo irregular a um desmatador, após ser questionado pelo MPF.

Seguiremos cobrando os bancos e instituições do sistema financeiro para que parem de financiar aqueles que desmatam nossos biomas, e que alterem os fluxos financeiros cada vez mais, passando a investir na floresta em pé.

Fonte: Greenpeace

BB e Caixa Econômica são os bancos mais procurados pelos brasileiros

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Uma significativa parcela de brasileiros (46%) indica que certamente ou provavelmente abrirá uma conta bancária no futuro. Esse número é ainda mais alto entre a Classe A, na qual 58% dos indivíduos parecem apostar na diversificação financeira, buscando benefícios adicionais ao manter mais de uma conta corrente na instituição. Os dados são do estudo “O futuro da relação do brasileiro com dinheiro e finanças” , produzido com exclusividade pela Croma Consultoria.

A escolha de onde abrir uma conta bancária pode ser fortemente influenciada por variáveis demográficas e regionais, refletindo preferências distintas entre diferentes grupos da população brasileira. Analisando as intenções de abertura de contas nos próximos dois anos, observam-se diferenças notáveis entre as instituições.

Banco do Brasil (36%) e Caixa Econômica Federal (21%) lideram o ranking de instituições que pretendem abrir conta Pessoa Física. Instituições tradicionais como as líderes do ranking atraem principalmente as classes mais baixas. Bradesco e Nubank foram os mais procurados pelas gerações mais jovens que buscam inovação e conveniência. Itaú é o preferido por clientes de alta renda e que valorizam serviços bancários personalizados (29%).

“A confiança nas instituições financeiras é um fator crucial para a estabilidade e crescimento do setor bancário. No Brasil, essa confiança varia significativamente entre diferentes classes sociais, refletindo disparidades econômicas e influências contextuais que moldam a percepção pública”, explica Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo.

O Banco do Brasil é a instituição com a maior porcentagem de intenções de abertura de conta, com 36% dos entrevistados expressando a intenção de abrir uma conta nessa instituição. Entre estes, 48% pertencem às classes D e E. Essa preferência pode ser atribuída à longa história e estabilidade associadas ao Banco do Brasil, que o tornam uma opção atraente para esse público, que pode buscar segurança e confiabilidade em instituições tradicionais.

A Caixa Econômica Federal é amplamente conhecida por seu papel em oferecer serviços bancários acessíveis e por sua associação com programas de assistência social e financiamento habitacional, com 21% de aprovação pelos participantes. Isso faz dela uma escolha atrativa para a classe C, que pode valorizar a acessibilidade e o suporte social oferecido pela instituição.

O Itaú, com 18% das intenções de abertura de contas, é muito atraente para 29% da classe A. Esta classe, com sua capacidade financeira e preferência por serviços personalizados e de alta qualidade, pode se sentir atraída pela reputação e pelo portfólio de serviços oferecidos pelo Itaú. O banco é conhecido por seu atendimento premium e soluções financeiras diversificadas, que se alinham com as expectativas de clientes de alta renda.

Fonte: Portal Making Off

BB, Tesouro e INSPER: programa fomenta liderança feminina na gestão pública

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Em uma parceria inovadora que reforça o compromisso com a promoção da diversidade e da equidade de gênero no setor público, o Banco do Brasil, o Tesouro Nacional e o Instituto de Ensino e Pesquisa (INSPER), lançam nesta quinta-feira, 6, o Programa de Formação de Lideranças Femininas em Finanças Públicas – Educação Executiva. A iniciativa, que é uma das primeiras com foco nas lideranças femininas dos entes subnacionais, irá abordar o papel da mulher na gestão pública, tema de grande relevância na atualidade, pois envolve desafios relacionados a gênero, inclusão e desenvolvimento.

São 100 vagas disponíveis para o programa, que possui carga horária de 180 horas/aula estruturadas em quatro módulos nacionais e um módulo internacional (para projetos aprovados) a ser cursado em Harvard. A formação é custeada pela aplicação da contrapartida de 0,5% das operações de crédito com garantia da União, operacionalizada por meio do Banco do Brasil, com recursos previstos nas Portarias MF nº 808/2023 e STN/MF nº 1.478/2023 e suas alterações.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destaca a importância do projeto: “O Tesouro Nacional tem promovido iniciativas para modernizar a gestão pública e, ao mesmo tempo, incentivar a participação das mulheres em cargos de decisão. Essa parceria com o Banco do Brasil, e a expertise e experiência do INSPER na formação executiva com o olhar atento para a diversidade, reforçam nossa convicção de que a igualdade de gênero é um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável do país, sobretudo nos estados e municípios.”

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, reitera a necessidade de aumentar a participação feminina em cargos de liderança: “O Banco do Brasil acredita que o desenvolvimento sustentável passa, necessariamente, pela inclusão social e pela promoção da equidade. Essa formação oferece às mulheres condições para que ocupem espaços estratégicos, colaborando para uma gestão pública mais inovadora, eficiente e diversa.” E importante lembrar que a parceria entre o BB e o Tesouro Nacional, na pauta da diversidade, não é de hoje. Em 2024, o Banco e o Tesouro lançaram uma iniciativa pioneira no mercado: o Educa + Mulher. “Pudemos incentivar as mulheres a fazerem seu primeiro investimento, promovendo inclusão e educação financeira a milhares de mulheres”, reforça Tarciana.

As inscrições para o Programa de Formação de Lideranças Femininas em Finanças Públicas – Educação Executiva estão abertas de 6 a 25 de fevereiro de 2025 e devem ser realizadas por meio da página do INSPER:https://ee.insper.edu.br/formacao-de-liderancas-femininas-em-financas-publicas/.

As aulas terão início em março de 2025 e serão ministradas em formato on-line (ao vivo), no módulo nacional, de forma a democratizar o acesso e incentivar a participação de profissionais de todas as regiões do país. Após o módulo nacional, as participantes com os melhores projetos apresentados irão cursar o módulo internacional, em Harvard, no formato presencial.

Saiba mais sobre o programa

O programa de formação foi idealizado para fortalecer a presença feminina em cargos de alta liderança nas secretarias e órgãos estaduais e municipais, contribuindo para o aumento da participação de mulheres em processos de decisão nas finanças públicas. Os dados abaixo evidenciam a importância de iniciativas que promovam a igualdade de gênero no Setor Público:

  • O Brasil conta com 5.570 municípios, sendo que 95% têm menos de 200 mil habitantes e 70,6% contam com população inferior a 20 mil habitantes (IBGE).
  • Há cerca de 12,65 milhões de servidores públicos, dos quais 59% são mulheres (IPEA). Porém, apenas 28% dos cargos de alta liderança nos entes subnacionais são ocupados por mulheres.
  • Cerca de 92% desses servidores públicos estão concentrados nos entes subnacionais (IPEA).
    Para enfrentar esse cenário, o programa se estrutura em quatro pilares:

1.    Finanças Públicas
2.    Liderança Feminina
3.    Estratégias
4.    ESG (Ambiental, Social e Governança)

O público-alvo inclui gestoras públicas e funcionárias de carreira de estados, municípios, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Guilherme Martins, presidente do INSPER, ressalta o valor estratégico do projeto:  “É com grande satisfação que anunciamos o lançamento da Formação de Lideranças Femininas em Finanças Públicas – Educação Executiva, uma parceria da Secretaria do Tesouro Nacional, do Banco do Brasil e a expertise do INSPER que fortalece ainda mais nosso compromisso com a inclusão e a diversidade. Queremos formar mulheres líderes que impactem positivamente o Setor Público, promovendo boas práticas de gestão e finanças em todos os entes subnacionais.”

Conteúdo programático e diferencial

Além das 156 horas de formação nacional, o curso prevê um Módulo Internacional em Harvard, com 24 horas adicionais cuidadosamente estruturadas para proporcionar uma experiência transformadora, por meio de métodos ativos de aprendizagem que incentivam a participação contínua e engajada. A grade curricular combina análises de casos reais e simulações, aproximando as participantes dos desafios e êxitos característicos das finanças públicas contemporâneas.

Ao final do curso, cada aluna deverá entregar um projeto prático que possa ser aplicado em sua entidade de origem, impulsionando o desenvolvimento de soluções concretas para demandas locais, com foco em sustentabilidade e inovação.

Trata-se de oportunidade única para ampliar a presença feminina na alta gestão pública, fortalecendo soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios de estados e municípios em todo o país.

Para mais informações sobre a Formação de Lideranças Femininas em Finanças Públicas – Educação Executiva, acesse o site oficial do INSPER.

Fonte: Banco do Brasil

BB firma parceria para modernizar iluminação pública na Alta Mogiana

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O BB firmou uma parceria inovadora com o Consórcio de Municípios da Alta Mogiana (COMAM) para viabilizar a modernização da iluminação pública no interior de São Paulo. A solução “BB Administração de Garantias” resultou na assinatura de 15 contratos com os municípios participantes do consórcio, garantindo a continuidade da operação da Parceria Público-Privada (PPP) de Iluminação Pública na região.

O projeto viabilizará a instalação de 13.730 pontos de LED, beneficiando mais de 300 mil pessoas ao longo do período de vigência da PPP nos municípios de Aramina, Batatais, Buritizal, Ituverava, Jardinópolis, Jeriquara, Miguelópolis, Morro Agudo, Nuporanga, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Sales Oliveira, São José da Bela Vista e Serrana.

Para José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, compreender as demandas dos municípios foi fundamental para desenvolver uma solução customizada. “A modernização da iluminação pública não apenas aumenta a eficiência energética, mas também fortalece a segurança e a qualidade de vida da população. O Banco do Brasil reafirma seu compromisso como parceiro estratégico da administração pública, viabilizando soluções inovadoras e eficientes que impulsionam o desenvolvimento e estreitam o relacionamento com o setor público”, destaca.

Investimento de longo prazo

As operações contratadas têm prazo de 25 anos e permitem que municípios de pequeno e médio porte tenham acesso a financiamento para investimentos públicos de infraestrutura, o que gera modernização, otimização, expansão, eficiência e segurança para a população.

A iniciativa reforça a importância das PPPs como alternativa para financiar investimentos municipais e a presença do Banco do Brasil junto às gestões municipais, no apoio e parceria para estruturação de soluções inovadoras.

Fonte: Banco do Brasil

Planos da Previ têm ‘zero risco de equacionamento’, diz fonte

Publicado em: 06/02/2025

Os planos da caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) têm “zero risco de equacionamento”, afirmou ao Valor uma fonte próxima ao assunto, após o Tribunal de Contas da União (TCU) abrir nesta quarta-feira (5 de fevereiro) uma auditoria de urgência para apurar o resultado financeiro da entidade em 2024, a pedido do ministro Walton Alencar Rodrigues.

O equacionamento é uma forma de financiar um déficit em planos de previdência para que os participantes possam receber os benefícios futuros. Quando isso ocorre, o resultado deficitário é compensado por patrocinadores, participantes e assistidos.

Em sessão realizada hoje, ao citar informações disponibilizadas pela própria Previ, Alencar Rodrigues afirmou que, entre janeiro e novembro de 2024, o Plano 1 da entidade registrou perdas de R$ 14 bilhões, contra resultados superavitários nos dois anos anteriores.

Segundo o ministro, além de “elevar os riscos dos segurados”, o desempenho traz riscos também para o Banco do Brasil, “que em caráter extraordinário poderá ser obrigado a contribuir paritariamente com os segurados”.

De acordo com o interlocutor ouvido pelo Valor, os dados sobre desempenho dos fundos geridos pela Previ são públicos e disponibilizados mensalmente. O resultado de dezembro é o único que ainda não foi divulgado, o que será feito quando o fundo consolidar o resultado do ano completo, em março de 2025.

“Não é surpresa que tenha sido um ano difícil por razões conjunturais, os dados são publicados todos os meses”, disse a fonte, que atribuiu a abertura da auditoria a “um movimento político para atacar a atual gestão do fundo”.

Em fevereiro do ano passado, o presidente da Previ, João Fukunaga, foi afastado pela Justiça pela segunda vez – a primeira havia sido em 2023 –, sob a alegação de que ele não teria cumprido todos os requisitos para assumir o cargo. A decisão, contudo, foi suspensa em março.

Conforme o Valor mostrou na edição de terça-feira (4), o diretor de investimentos da Previ, Claudio Gonçalves, antecipou que o balanço de 2024 da entidade reflete um ano desafiador. Na ocasião, Gonçalves atribuiu parte do resultado às expectativas de juros e ao desempenho de empresas participadas que registraram forte queda.

O diretor ponderou, contudo, que os dividendos seguiram “robustos” e que a Previ mantém o foco na estratégia de gerar valor no longo prazo. “Estamos convictos das nossas teses de investimento, seguindo à risca o que a política nos direciona. Sabemos que são questões circunstanciais”, disse.

Fonte: Valor Econômico