Banco do Brasil disponibiliza dez novos fundos para o público jovem

Publicado em: 30/03/2025

O Banco do Brasil avança em sua estratégia de inovação dedicada ao público jovem com a abertura de dez novos fundos de investimento para a conta de clientes de 8 a 17 anos, denominada BB Cash. Os dez novos fundos foram selecionados para contemplar múltiplas estratégias, como Renda Fixa e Multimercado, tanto de gestão própria quanto de outras gestoras. Agora, ao todo, são 12 fundos destinados a esse público no BB.

Essa variedade reforça a proposta de valor do Banco de oferecer um portfólio amplo que atenda os mais diferentes perfis de investidores. Hoje, cerca de 31% dos clientes BB Cash já investem, o que demonstra um engajamento do público em produtos de investimento. Atento ao crescente interesse dos jovens por investimentos e planejamento financeiro, conforme Raio X do Investidor Anbima, o Banco do Brasil busca conquistar cada vez mais proximidade e engajamento desse público apostando na ampliação da oferta de fundos, que oferecerá possibilidade de diversificação aos jovens investidores.

Para Eduardo Villela, executivo de Captação e Investimentos do Banco do Brasil, a ampliação dos fundos disponíveis na BB Cash proporciona a possibilidade de diversificação de estratégias e maior engajamento financeiro. “O interesse pelo mundo dos investimentos vem crescendo rapidamente entre os jovens. No BB, estamos atentos em possibilitar o acesso a estratégias variadas, assegurando soluções compatíveis com os mais variados perfis e objetivos. Essa inovação faz parte de nosso compromisso com a democratização e fomento da cultura de investir entre as novas gerações, com a facilidade de que a maioria dos novos fundos tem aplicação inicial de apenas R$ 0,01”, completa Villela.

BB Cash

A conta, que é gratuita e 100% digital, aprimorou o Cofrinho BB, funcionalidade que incentiva o hábito de investir por meio de aplicações automáticas e programáveis baseadas em objetivos. O Cofrinho, desde seu lançamento em junho de 2024, registrou um aumento de 68% no saldo investido. O engajamento registrado pelo BB com as soluções voltadas aos mais jovens evidencia a preferência desse público por jornadas digitais que trazem autonomia e facilitação da gestão financeira.

No Portal BB, os jovens investidores podem saber mais sobre os Investimentos BB Cash. Com esse movimento, o Banco do Brasil busca criar experiências financeiras alinhadas ao perfil e às expectativas das novas gerações, promovendo educação financeira e ampliando o acesso ao mercado de investimentos.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil fortalece atuação no Japão e recebe grau de investimento da JCR

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O Banco do Brasil reforçou sua atuação internacional com dois importantes marcos anunciados em Tóquio durante o Fórum Econômico Brasil-Japão. A instituição se juntou a cerca de 500 empresários e líderes do setor financeiro para discutir oportunidades de cooperação econômica entre os dois países.

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, integrou a comitiva que está no Japão para encontros e assinaturas de acordos estratégicos em ciência, tecnologia, saúde e educação. Durante o Fórum Econômico Brasil-Japão, o BB formalizou um Memorando de Entendimento (MOU) com a JP-MIRAI, parceria que impulsiona sua presença no mercado japonês, e anunciou a conquista de uma classificação de crédito de grau de investimento da Japan Credit Rating Agency (JCR), reconhecimento que fortalece sua posição no cenário financeiro asiático e amplia suas oportunidades de captação e negócios na região Ásia-Pacífico.

“O Banco do Brasil tem um compromisso histórico com as pessoas, com as comunidades que atendemos dentro e fora do país. Essa parceria com a JP-MIRAI reforça nosso propósito de apoiar, com responsabilidade e inclusão, a comunidade japonesa e os brasileiros que vivem no Japão, oferecendo soluções financeiras sustentáveis e acessíveis. Já a conquista do grau de investimento pela JCR é um marco que fortalece nossa capacidade de captação no mercado asiático, com custos mais competitivos. Esse reconhecimento fortalece nosso papel como ponte entre o Brasil e a Ásia”, afirma Tarciana.

A assinatura do Memorando de Entendimento com a JP-MIRAI representa um passo importante para a atuação do Banco do Brasil no Japão. A parceria tem como objetivo ampliar a oferta de produtos financeiros voltados para sustentabilidade e impacto social, com destaque para o Donation Time Deposit, um produto que permite atender às expectativas dos investidores alinhados com práticas ESG, enquanto recebem juros sobre seus investimentos. A parceria visa apoiar iniciativas de responsabilidade social e inclusão financeira, beneficiando particularmente a comunidade latino-americana no Japão.

A concessão da classificação de crédito de “grau de investimento” pela JCR foi obtida por meio da atuação do Banco do Brasil no Japão. O reconhecimento reflete a solidez financeira da instituição, sua governança robusta e sua relevância estratégica para o comércio Brasil-Japão. Com essa classificação, o BB se torna ainda mais atrativo para investidores institucionais asiáticos, fortalecendo sua presença na região.

“O reconhecimento da JCR reforça a credibilidade internacional do Banco do Brasil e abre novas oportunidades para ampliarmos nossas atividades na região Ásia-Pacífico. Nossa presença no Japão é parte de uma estratégia sólida e bem-sucedida de internacionalização. A área internacional do BB tem atuado com protagonismo, sempre com soluções inovadoras e alinhadas às demandas dos mercados globais. Nossa rede externa exerce um papel fundamental no suporte aos clientes brasileiros, em especial as empresas exportadoras, segmento no qual o BB é líder”, acrescenta Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB.

Presença consolidada no Japão e perspectivas futuras

O Banco do Brasil foi a primeira instituição financeira brasileira a estabelecer operações no Japão, em 1972, e desde então tem desempenhado um papel fundamental na conexão entre os mercados brasileiro e japonês. Atualmente, mantém agências em Tóquio, Nagoia e Hamamatsu, além do serviço itinerante BB Móvel, que leva atendimento bancário a diversas regiões do país, proporcionando maior acessibilidade aos clientes.

Com a classificação de grau de investimento da JCR e a nova parceria com a JP-MIRAI, o BB se consolida como um player estratégico no mercado asiático, fortalecendo sua presença, reforçando seu compromisso com inovação, governança e sustentabilidade.

A atuação da instituição no Japão faz parte de um plano mais amplo de fortalecimento da sua presença global, diversificação e integração de suas operações internacionais, buscando sempre aprimorar a oferta de produtos e serviços a clientes, investidores e parceiros estratégicos em mercados-chave ao redor do mundo.

Sobre as instituições

JP-MIRAI: JP-MIRAI é uma instituição sem fins lucrativos renomada no Japão, vinculada à JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão), conhecida por sua expertise em dar apoio às comunidades de trabalhadores estrangeiros no Japão. Através do Portal JP-MIRAI, a organização fornece recursos em vários idiomas, incluindo português, sobre trabalho, transporte, saúde, moradia e educação. Além disso, o JP-MIRAI Assist oferece consultas pessoais por telefone, chat ou e-mail para ajudar os estrangeiros a resolver problemas cotidianos e garantir seus direitos humanos.

JCR (Japan Credit Rating Agency): A JCR é uma das principais agências de classificação de crédito do Japão, responsável por avaliar a solvência de vários governos, empresas e instituições financeiras. As classificações da JCR são amplamente reconhecidas na região Ásia-Pacífico e influenciam decisões de investimento e financiamento.

Fonte: Banco do Brasil

BB lança linha de crédito para mulheres que exportam ou planejam exportar

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O Banco do Brasil lança a linha BB Crédito Mulher Exportadora, solução para impulsionar empresas lideradas por mulheres no comércio exterior. A nova linha de crédito é voltada para empresas, cooperativas e entidades com faturamento anual entre R$ 1 milhão e R$ 15 milhões, desde que possuam pelo menos 40% de participação feminina no quadro societário.

Com condições diferenciadas, o novo financiamento amplia as oportunidades para que mais empreendedoras fortaleçam suas operações e conquistem novos mercados. Entre os diferenciais, destacam-se:

  • Financiamento pré-embarque para a produção nacional de bens e despesas com promoção da exportação no Brasil ou no exterior;
  • Prazos flexíveis, com até 24 meses para pagamento;
  • Acesso a recursos de curto e médio prazo, permitindo um planejamento sustentável de crescimento;
  • Atendimento especializado, com suporte de gerentes experientes no Brasil e no exterior;
  • Operação em reais, sem risco de variação cambial.

A iniciativa complementa o Programa Primeira Exportação – Edição Mulheres no Mundo, criado pelo BB em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O programa já capacitou mais de 450 empresárias em apenas um ano, fornecendo conhecimento estratégico para a internacionalização de seus negócios.

“O empreendedorismo feminino tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico do Brasil e no fortalecimento do comércio exterior. Queremos que mais mulheres considerem o mercado global como um caminho natural para o crescimento de seus negócios. Com o BB Crédito Mulher Exportadora, estamos ampliando as oportunidades para que essas empresárias tenham mais acesso ao financiamento necessário para expandir com segurança e planejamento”, afirma Juliano Marcatto, gerente da Unidade Negócios Internacionais do Banco do Brasil.

As empresárias interessadas devem procurar seu gerente de relacionamento no Banco do Brasil para conhecer as condições da linha e solicitar o financiamento.

Reconhecimento internacional

O Programa Primeira Exportação – Edição Mulheres no Mundo foi reconhecido como uma das boas práticas do Brasil em comércio internacional e gênero pelo International Trade Centre (ITC), agência ligada à Organização Mundial do Comércio (OMC) e à ONU. O reconhecimento foi concedido por meio do SheTrades Outlook, que avalia iniciativas de fomento à participação feminina no comércio global.

O programa oferece uma trilha gratuita de capacitação para empreendedoras que desejam exportar, com conteúdo sobre negócios internacionais, planejamento financeiro, câmbio e proteção cambial, além de mentorias especializadas com profissionais do Banco do Brasil. O reconhecimento do BB pelo programa Primeira Exportação – Mulheres no Mundo reforça a importância de políticas que ampliam o acesso das empreendedoras ao comércio exterior.

Fonte: Banco do Brasil

Bancos têm queda de 21% em volume nos canais de atendimento ao cliente

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Os bancos brasileiros tiveram uma queda de 21% no volume de operações nos seus canais de atendimento interno e externo. Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com dados de 33 instituições financeiras, no ano passado foram realizados 130 milhões de registros.

De acordo com o relatório, o declínio é, sobretudo, atribuído à crescente eficiência das instituições financeiras em suprir as necessidades dos consumidores, bem como ao aprimoramento na qualidade dos produtos e serviços oferecidos, o que faz com que os clientes resolvam sozinhos suas necessidades, resultando na diminuição da necessidade de atendimento pelos canais dos bancos.

As demandas de atendimento ainda se concentram nos canais telefônicos, representados pela Central de Atendimento ao Consumidor (CAC), pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e pela Ouvidoria, que, em conjunto, responderam por 88% do total de atendimentos em 2024. Depois vêm os canais digitais (11,4%), Banco Central (0,3%), Procon (0,3%) e consumidor.gov.br (0,2%).

Nos canais digitais, o chat se destaca, representando cerca de 85% dos atendimentos. O “fale conosco” fica com 7,8%, redes sociais com 5,5%, e-mail com 0,2% e outros com 2%.

“Os indicadores de atendimento refletem esforço contínuo dos bancos em atender às demandas e resolver os problemas dos consumidores, na busca de sua satisfação máxima com os serviços bancários”, afirma em nota Isaac Sidney, presidente da Febraban.

“O consumidor de hoje exige mais criatividade, atenção e diligência. Os bancos ampliaram a disponibilidade e acessibilidade dos canais digitais, ajustando a experiência do consumidor aos novos hábitos e preferências”, acrescenta Amaury Oliva, diretor de cidadania financeira e relações com o consumidor da entidade.

Entre os assuntos mais demandados pelos clientes estão cartão de crédito (37%), conta corrente (9%), cartão de crédito consignado (6%) e financiamento de veículos (5%).

Fonte: Valor Econômico

BB faz captação de US$ 95 milhões para projetos de água e saneamento hídrico

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O Banco do Brasil concluiu captação internacional no montante de US$ 95 milhões e prazo de captação de dois anos, destinada a apoiar projetos de água e saneamento hídrico. Denominada “Blue Repo”, a iniciativa reafirma o compromisso do Banco do Brasil com o meio ambiente e a sustentabilidade, através da ampliação ao acesso a esse item tão importante e fundamental para a vida humana.

A operação “Blue Repo” foi realizada em parceria com o Natixis CIB, e é um exemplo de colaboração para promover práticas financeiras responsáveis e de impacto positivo no meio ambiente. O Natixis CIB, reconhecido por sua forte atuação em finanças verdes e comprometimento com a sustentabilidade, destaca a relevância dos negócios sustentáveis para ambas as instituições.

Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, enfatiza que “a operação reforça o papel pioneiro do Banco do Brasil na estruturação de operações de tesouraria com foco em finanças sustentáveis, consolidando nossa posição de liderança nesse segmento. Mais uma vez, temos o apoio de um parceiro internacional de peso, como o Natixis CIB, nesta operação, acessando recursos de investidores com foco em sustentabilidade e com preços mais atrativos para o BB, o que evidencia nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade no mercado financeiro global”.

“A operação é fruto de muito empenho do BB no intuito de contribuir com a sociedade e com o planeta. Essa operação é um marco e só foi possível justamente em função do protagonismo do Banco do Basil em operações com o Setor Público no apoio às políticas públicas. Estamos entusiasmados com o sucesso da operação ‘Blue Repo’ e acreditamos que os recursos obtidos permitirão a estados e municípios brasileiros financiarem projetos de captação, distribuição e tratamento de água, além de ampliar acesso a saneamento básico à população”, afirma José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial. “Ao nos alinharmos com o Dia Mundial da Água, reforçamos nosso compromisso com a Sustentabilidade e a proteção dos recursos hídricos”, complementa Sasseron.

Essa é a segunda colaboração entre as instituições, que também foram parceiras na inédita operação denominada “Triple Sustainable Repo”, em 2024, o que destaca a continuidade e o sucesso desta parceria em promover práticas financeiras sustentáveis com características inovadoras de grande impacto no Sistema Financeiro Internacional.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil supera R$ 600 milhões no novo consignado privado

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O Banco do Brasil informou que já desembolsou R$ 600 milhões em empréstimos por meio do Programa Crédito do Trabalhador, desde o início da operacionalização da plataforma. No período, foram contratadas operações em mais de 3 mil municípios de todas as regiões do país.

Nos primeiros sete dias de funcionamento do programa, o governo federal já contabilizou mais de R$ 1,28 bilhão em empréstimos. Ao todo, 193,7 mil contratos foram firmados entre 21 e 27 de março.

Na avaliação do diretor de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil, Antonio Chiarello, o novo programa permite a substituição de dívidas.

“A possibilidade de pagamento de dívidas mais elevadas viabiliza melhores condições para o trabalhador, a exemplo de um cliente vendedor em uma empresa atacadista que contratou uma operação com parcela mensal de R$ 678,66, em substituição a uma dívida com prestação mensal de R$ 1.202,15, reduzindo o comprometimento da renda com as parcelas”, diz.

O Banco do Brasil informou que as condições de oferta de crédito envolvem atributos relacionados ao valor e ao prazo de cada empréstimo, a combinação integrada das variáveis, informações e perfil das empresas e dos trabalhadores em cada relação de vínculo e a observância das políticas de crédito.

Desde que foi criado, o Ministério do Trabalho e Emprego registrou 11,6 milhões de propostas de crédito. O valor médio do empréstimo foi de R$ 6.623,48, com parcelas médias de R$ 347,23 e um prazo médio de pagamento de 19 meses.

Por meio da iniciativa, o governo federal quer ampliar o acesso ao crédito consignado para os trabalhadores do setor privado, incluindo empregados do MEI, domésticos e rurais.

Para contratar os empréstimos, os trabalhadores interessados devem acessar a Carteira de Trabalho (CTPS) Digital e iniciar a simulação do crédito, informando o valor e o prazo desejado.

A partir de 25 de abril, será possível contratar os empréstimos diretamente nos canais digitais dos bancos.

Fonte: CNN Brasil

BB Seguridade tem denúncias de assédio e ‘desmonte’ de setor anticorrupção

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Três funcionários que gerenciavam o setor de combate à corrupção da BB Seguridade, empresa vinculada ao Banco do Brasil, se afastaram dos postos no último ano após, segundo denúncias, sofrerem assédio moral no ambiente de trabalho.

Na prática, foi um desmonte da equipe: nenhum dos funcionários que compunham o setor no início de 2024 permanece lá atualmente. O g1 teve acesso a depoimentos que narram as condutas que levaram a esses afastamentos.

A BB Seguridade é uma holding (empresa que controla outras empresas) que atua com seguros, previdência, títulos de capitalização e planos odontológicos, e em negócios que intermedeiam a venda desses produtos.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Brasília abriu um procedimento para investigar o caso. A denúncia indica que os episódios de assédio teriam ocorrido entre 2024 e o início de 2025.

De acordo com a denúncia, as principais práticas envolveriam:

  • isolar a área de Controles Internos e Integridade e seus funcionários;
  • limitar a atuação desses trabalhadores e o acesso deles a informações;
  • avaliar com notas baixas e barrar a progressão de pessoas não alinhadas à cúpula da empresa, priorizando a ascensão de aliados.

A apuração preliminar está com o procurador Paulo Cezar Antun de Carvalho. Após a análise inicial, ele pode decidir dar prosseguimento à investigação ou arquivá-la.

Em nota ao g1, a BB Seguridade informou que ainda não foi notificada pelo MPT e que “reafirma seu compromisso inegociável com as melhores práticas de governança corporativa” (leia a íntegra abaixo).

A denúncia chegou ao MPT no último dia 26 e diz que o assédio foi praticado pelo superintendente executivo de Governança, Riscos e Compliance, Maurício Azambuja, e por outros profissionais com o objetivo de “desmantelar” a Superintendência de Controles Internos e Integridade (SCI).

O que faz a área de controles internos?

A Superintendência de Controles Internos e Integridade (SCI) tem a função de avaliar “processos críticos” e analisar se a BB Seguros e a BB Corretora, empresas da holding, cumpriram normas de conduta. Cabe à SCI, também, apurar eventuais falhas e irregularidades.

A denúncia aponta um episódio que pode ter motivado a crise interna: a investigação de dezenas de “kits executivos”, avaliados em cerca de R$ 4 mil cada, dados como presente à cúpula da empresa e a parceiros externos no fim de 2023.

O kit continha itens como mala de bordo, mochila de couro e carregador por indução. O valor seria maior que o máximo permitido pelo Código de Ética do BB.

A apuração foi concluída pela auditoria interna. Apesar de ninguém ser responsabilizado, os executivos tiveram que devolver os brindes.

Além disso, o g1 apurou que a SCI também vinha apontando:

  • deficiências no monitoramento de novos parceiros comerciais, que vendem produtos da empresa pelo país e têm se expandido bastante sem fiscalização periódica, por exemplo;
  • deficiências na gestão de contratos com grandes parceiros (como a seguradora Mapfre e a Odontoprev, por exemplo).

Segundo dois funcionários do banco ouvidos pelo g1 e que não são citados na denúncia, a BB Seguridade é um braço do Banco do Brasil que tem influência de políticos do Centrão – e isso, desde antes do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em janeiro, em meio às discussões sobre a reforma ministerial, o blog do jornalista Lauro Jardim em “O Globo” noticiou que o Centrão queria aumentar seu poder no BB.

Para isso, chegou a indicar alguns nomes para substituir a atual presidente do banco, Tarciana Medeiros, escolhida por Lula. Um desses nomes seria o do diretor-presidente da BB Seguridade, André Haui, superior de Azambuja.

Os detalhes do suposto assédio

Nenhum dos funcionários da BB Seguridade que atuava na Superintendência de Controles Internos e Integridade (SCI) no início de 2024 permanece na função. Os cargos foram ocupados por funcionários novos.

  • Os três nomes citados na denúncia ao Ministério Público do Trabalho pediram afastamento por problemas de saúde mental.
  • Pelo menos uma funcionária já teve sua situação de saúde reconhecida pelo INSS como acidente de trabalho.

A reportagem optou por preservar as identidades dos funcionários. Procurados, eles não quiseram se manifestar.

A discussão sobre assédio moral nos bancos estatais, adoecimento e acidente de trabalho está na pauta do Judiciário. No ano passado, a Justiça reconheceu a morte de um diretor da Caixa como acidente de trabalho.

Sérgio Batista, diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa — área equivalente à que hoje enfrenta denúncias na BB Seguridade —, foi encontrado morto na sede do banco, em Brasília, em julho de 2022.

À época, a Caixa registrava uma série de denúncias de assédio moral e sexual contra o então presidente, Pedro Guimarães, e cabia à diretoria de Batista investigá-las.

A viúva de Batista pede à Justiça uma indenização milionária, sob o argumento de que o suicídio foi causado pelo assédio e pela pressão que ele enfrentava no banco. O processo judicial ainda está em andamento.

O que diz a denúncia

No caso da BB Seguridade, o relato feito ao Ministério Público lista as datas e os locais em que teria ocorrido o assédio.

Em uma reunião com três funcionários da Superintendência de Controles Internos e Integridade (SCI) realizada em 23 de fevereiro de 2024, logo após a posse de Maurício Azambuja, o executivo teria declarado que “regras existem para serem flexibilizadas”.

Para os funcionários, a postura contrariou a Lei Anticorrupção, que exige respeito às normas. A então chefe da SCI teria tido uma crise de choro — a primeira das três crises relatadas.

Em 26 de fevereiro de 2024, ela formalizou seu descontentamento por meio de mensagens para Azambuja, mas nunca teria recebido resposta. Uma colega dela teria ouvido de outro executivo que a funcionária era “uma mulher perigosa” — um exemplo dos ataques pessoais que os trabalhadores dizem ter sofrido.

Em maio de 2024, a funcionária se afastou da chefia da SCI por motivos de saúde. Em agosto, o INSS manteve o afastamento e depois o estendeu. Hoje, ela está em um programa interno de proteção a denunciantes.

Segundo a denúncia, o banco vinha preparando um funcionário para substituir essa funcionária na chefia da SCI – inclusive, pagando cursos de formação. No entanto, a direção resolveu abrir processo seletivo e escolheu uma pessoa vinda de fora.

Os denunciantes veem perseguição, porque nenhuma outra superintendência da BB Seguridade teria tido processo seletivo semelhante.

O terceiro funcionário da SCI recebeu de Azambuja a nota mais baixa na avaliação de desempenho — 1 de 5 — e teria tido uma reunião tensa quando pediu explicações. O funcionário gravou a conversa e registrou a transcrição em cartório. O g1 obteve a ata junto ao cartório em Brasília.

Conforme a transcrição, Azambuja disse que deu a nota ruim porque o subordinado teve uma “conversa” com terceiros que prejudicou o clima no trabalho.

Essa conversa, no entanto, não podia ser revelada pelo executivo na reunião, nem ao próprio funcionário avaliado — que ficou sem saber o motivo da nota baixa.

Em meio aos embates, ainda segundo a denúncia, as atribuições da SCI foram diminuídas. Em um dos exemplos, a área ficou de fora das discussões para atualizar o regimento do Comitê de Ética e Integridade da empresa. Depois, no texto final, acabou sendo excluída do assessoramento a esse comitê.

Em 11 de novembro de 2024, Azambuja também teria pedido que o representante da SCI “se retirasse da sala” no meio de uma reunião que trataria do canal de denúncias e ouvidoria interna.

O relato ao MPT diz que esses e outros episódios foram narrados à Ouvidoria do Banco do Brasil ainda em 2024. Os funcionários também sustentam que foram alvos de discriminação — misoginia e homofobia.

Caso confirmadas, essas condutas se chocam com uma das principais bandeiras de Tarciana Medeiros, a presidente do BB, que criou programas para promover a diversidade no banco.

O que diz a empresa

O g1 enviou à BB Seguridade uma lista detalhada dos eventos citados na denúncia e pediu manifestação da empresa e de Azambuja. Leia a resposta na íntegra:

“A BB Seguridade Participações S.A. esclarece que não foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho. A companhia reafirma seu compromisso inegociável com as melhores práticas de governança corporativa sustentadas por um Código de Conduta e Ética robusto e por um Programa de Compliance e Integridade baseado em processos rigorosos e transparentes, que asseguram o cumprimento das leis, regulamentos, normas e diretrizes aplicáveis aos seus negócios”.

“Todas as denúncias formalizadas por meio de seus canais — disponíveis a funcionários, terceirizados e profissionais parceiros — possuem caráter confidencial e são apuradas com rigor, investigadas e tratadas de forma tempestiva pelos órgãos internos competentes, sendo adotadas as medidas cabíveis sempre que houver comprovação dos fatos.”

Como a CGU define assédio moral

A Controladoria-Geral da União (CGU) editou em 2023 uma cartilha, chamada “Guia Lilás”, para prevenir discriminação e assédio moral e sexual no governo federal.

A cartilha cita 23 exemplos de condutas de assédio moral, incluindo:

  • “privar a pessoa do acesso aos instrumentos necessários para realizar o seu trabalho”;
  • “sonegar informações necessárias à realização de suas tarefas”;
  • “dificultar ou impedir promoções ou o exercício de funções diferenciadas”;
  • “segregar a pessoa assediada no ambiente de trabalho, seja fisicamente, seja mediante recusa de comunicação”.

O que diz o sindicato

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, afirmou que a entidade já soube do caso e avalia tomar providências.

“A gente estimula que haja denúncia, para as pessoas terem confiança na apuração e no resultado, porque muitas vezes a vítima é revitimizada depois, pelo processo. A gente precisa de proteção para quem denuncia”, disse Araújo.

Ele afirmou que são raros os casos em que vários funcionários de um mesmo setor se afastam sucessivamente por motivos de saúde, como ocorreu na BB Seguridade.

“Quando a pessoa [gestor] acha que está com poder demais, ela acaba extrapolando. Muitas vezes a empresa que acaba pagando pelo problema de assédio de alguns gestores. A gente entende que essas pessoas que teriam que pagar por isso, não necessariamente a empresa, porque isso gera um prejuízo para a empresa”, disse.

Fonte: G1

Sindicato: vitória na ação de 7ª e 8ª horas para os analistas B UT do BB

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Em mais uma vitória do Sindicato em defesa da jornada de trabalho da categoria, o juiz Marcos Alberto dos Reis, da 8ª Vara do Trabalho de Brasília, determinou que os bancários do Banco do Brasil exercentes da função de Analista B UT lotados no Distrito Federal recebam como extra (adicional de 50%) as 7ª e 8ª horas trabalhadas diariamente.

A decisão é válida para todos os trabalhadores que ocuparam a função a partir de 01/04/2008. Aqueles que tiveram os contratos rescindidos a partir de 21/11/2016 também estão assegurados pela decisão. A ação vale para todos os empregados, incluindo os não filiados, que preencham os requisitos acima delimitados, exceto apenas os que demandaram ação individual com mesmo objeto e período, ou que firmaram acordo via CCV (Comissão de Conciliação Voluntária).

Na sentença, o magistrado reconheceu que funcionários do BB que ocupavam/ocupam a função de Analista B UT lotados no Distrito Federal realizam atividades técnicas e burocráticas de operacionalização e por isso estão abrangidos pelo caput do art. 224 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que determina que a duração da jornada de trabalho em instituições financeiras é de “seis horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 horas de trabalho por semana”.

Além do pagamento do tempo excedente da jornada como horas extras, o magistrado também condenou o Banco do Brasil a pagar os reflexos nos demais direitos trabalhistas, como gratificação semestral, licença prêmio (convertida em espécie), licença saúde (superior ou não a 15 dias), repouso semanal remunerado (RSR), aviso prévio, 13º salário, férias (inclusive as convertidas em espécie), terço constitucional, folgas, abonos assiduidade, FGTS e recolhimentos à Previ e Cassi.

Embora o processo já tenha passado pelo TST para análise da legitimidade do Sindicato e adequação da via eleita, o BB pode recorrer dessa última decisão, já que o mérito da ação (direito às horas extras) ainda remanesce de análise das instâncias superiores.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

Lula quer troca no comando da Previ e tem diretor de Participações como favorito

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se movimenta para destituir João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e já tem um favorito para substituí-lo: o diretor de Participações da entidade, Márcio Chiumento. A troca tem sido aventada após uma série de polêmicas desde a nomeação de Fukunaga, um sindicalista ligado ao PT e cuja capacidade técnica é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Procurada, a Previ não se manifestou até a publicação da reportagem.

Conforme revelou o Estadão, a Previ, que administra um patrimônio de mais de R$ 270 bilhões, flexibilizou os critérios para a seleção de conselheiros das empresas em que investe.

Desde o ano passado, os editais deixaram de dar vantagem a pessoas com formação em áreas específicas, como economia, direito e administração. Também equiparou experiências no comando de sindicatos e associações a passagens por cargos de alta gestão em empresas.

O fundo diz que mudanças seguem tendência de mercado e visam aumentar participação de grupos “historicamente subrepresentados”.

Também afirma que sindicalistas indicados atestaram capacidade técnica e já haviam ocupados cargos em conselhos de empresas e na Previ.

Sobre a auditoria do TCU em relação à gestão da Previ, Fukunaga diz ser um “movimento orquestrado”.

Tais mudanças culminaram na nomeação de sindicalistas para algumas das maiores empresas do País, como Vale, Gerdau e Neonergia. Soma-se a isso uma auditoria em curso no tribunal de Contas da União que apura os motivos da perda de R$ 17,5 bilhões no Plano 1 da Previ, que contempla os participantes mais antigos, na sua maioria já aposentados, e que está em fase de desembolso para o pagamento de aposentadorias.

Associados da Previ receberam uma carta nos últimos dias em que a gestão da entidade rechaça a possibilidade de interrupção dos pagamentos ou de contribuições extraordinárias para amenizar os prejuízos. A entidade tem um histórico de nunca ter feito cobranças adicionais a seus mantenedores, o que a diferencia de outros fundos de pensão, como a Petros, e a Funcef, ligadas à Petrobrás e Caixa, respectivamente.

O documento ainda diz que a Previ foi alvo de “uma campanha de desinformação sem precedentes”, que teria sido iniciada após o ministro do TCU Walton Alencar citar uma perda de R$ 14 bilhões no fundo e expressar “gravíssimas preocupações” com a situação financeira da entidade.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Artigo: Como fundos de pensão desmistificam déficit versus prejuízo

Publicado em:

Devanir Silva*

A previdência complementar fechada tem ganhado relevância diante dos desafios da previdência pública, consolidando-se como uma alternativa segura e rentável. Com gestão profissional e visão de longo prazo, os fundos de pensão garantem estabilidade e desempenho expressivo, mesmo em cenários de volatilidade.

A resiliência desse modelo é reforçada por estudos que indicam que, com base na política de investimentos, a rentabilidade média anual dos fundos pode superar alternativas tradicionais, evidenciando sua importância para a segurança financeira dos participantes. Nos últimos vinte anos, o sistema manteve-se equilibrado e acumulou uma rentabilidade de 1.023%, superando o CDI (722%) e o Ibovespa (493%). Esse resultado reflete a adoção de estratégias de diversificação, gestão ativa e um planejamento voltado para o longo prazo, fatores que protegem os participantes das oscilações do mercado e garantem a solidez desse modelo de previdência.

Apesar da solidez dos fundos de pensão, há confusão entre os conceitos de déficit e prejuízo, que possuem implicações distintas. O déficit ocorre quando o valor de mercado dos ativos fica abaixo da expectativa atuarial, situação muitas vezes decorrente das oscilações normais do mercado ou de mudanças no passivo, como o aumento da longevidade dos participantes. Esse cenário representa um desequilíbrio que, se atingindo determinados limites legais, precisa ser equacionado.

Por outro lado, há uma perda potencial dos ativos, mas não realizada, ou seja, pode ser revertido se os ativos forem mantidos até a recuperação dos preços. Já o prejuízo se concretiza quando um ativo é vendido por um valor inferior ao que foi pago originalmente, impactando diretamente o resultado financeiro do plano. Esse impacto pode ser evitado por estratégias que priorizam a manutenção dos ativos durante períodos de baixa, permitindo sua valorização futura.

A distinção entre esses conceitos reforça a importância de uma gestão estratégica. Evitar reações precipitadas diante da volatilidade do mercado permite reverter déficits e transformá-los em ganhos futuros. Além da gestão eficiente dos ativos, a legislação da previdência complementar fechada estabelece mecanismos para garantir o equilíbrio dos planos.

Quando um déficit ultrapassa limites estabelecidos, medidas corretivas, como aportes adicionais, tornam-se obrigatórias para restaurar o equilíbrio atuarial. Da mesma forma, em casos de superávit que excedem os limites legais, a legislação prevê mecanismos de equacionamento, como a recomposição de reservas de benefícios ou a distribuição de recursos a participantes e patrocinadoras. Essas regras garantem a sustentabilidade dos planos a longo prazo, protegendo os interesses dos participantes e promovendo uma administração responsável.

Os déficits e superávits fazem parte da dinâmica dos planos estruturados na modalidade de Benefício Definido (BD) e Contribuição Variável (CV), que exigem a compatibilização entre ativos e passivos atuariais ao longo do tempo. Já nos planos de Contribuição Definida (CD), não há déficit atuarial, pois os benefícios são concedidos com base no saldo do participante. Nessa modalidade, eventuais oscilações na rentabilidade dos investimentos impactam exclusivamente o saldo da conta individual do participante, sem gerar obrigações adicionais para participantes ou patrocinadores.

A previdência complementar fechada permite que os fundos de pensão se beneficiem do poder dos juros compostos e da recuperação dos ativos ao longo do tempo. Oscilações de mercado são normais, mas o déficit não se torna prejuízo enquanto os ativos forem mantidos na carteira. Ao preservar os investimentos durante períodos de instabilidade, o investidor permite que os ativos se recuperem, beneficiando-se da tendência histórica de valorização dos mercados ao longo dos anos. O modelo de gestão dos fundos de pensão foi desenvolvido para resistir a oscilações e garantir segurança financeira aos participantes.

A previdência complementar fechada é essencial para a construção de uma aposentadoria segura e sustentável. A distinção entre déficit e prejuízo, aliada às regras de equacionamento, reforça a importância da atuação estratégica. A visão de longo prazo permite a adoção de medidas adequadas, inclusive evitando equacionamentos, além de transformar desafios em oportunidades, promovendo segurança financeira e investimento responsável, sem a necessidade de realização de prejuízos.

É diretor presidente da Abrapp

Fonte: Valor Econômico

Bancos seguirão cautelosos com crédito em 2025, aponta Fitch

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O mercado de crédito no Brasil deve ter um ritmo de crescimento mais moderado em 2025. A tendência é que os bancos adotem uma postura mais cautelosa, em meio ao cenário de juros altos no País. A avaliação é de Nicole Lazari, diretora associada da área de instituições financeiras da Fitch Ratings, que participou de evento online da agência de classificação de risco nesta quarta-feira (26/3).

“Os bancos estão mais cautelosos e aprenderam com os desafios dos últimos anos, ajustando estratégias para mitigar riscos”, disse Nicole. De acordo com ela, as instituições estão priorizando operações de crédito com garantia e menor nível de risco, a fim de preservar a qualidade dos ativos.
Endividamento

O desemprego, que atingiu a menor taxa da história em 2024 segundo o IBGE, vem contribuindo para sustentar a capacidade de pagamento dos consumidores, afirmou Nicole. Por outro lado, são pontos de atenção o endividamento das famílias – mais de 48% ao final de 2024, conforme o Banco Central (BC) – e o comprometimento de renda com dívidas – que beira os 27%.

No caso das pequenas e médias empresas (PMEs), ela citou que a situação macroeconômica no País exerce uma pressão negativa. “É um segmento que deve continuar enfrentando desafios importantes. Houve um aumento forte nos pedidos de recuperação judicial, que bateram recorde em 2024”, afirmou Nicole.

Para Raphael Nascimento, diretor da área de instituições financeiras da Fitch, é possível resumir 2024 como um ano de forte expansão do resultado operacional dos bancos. “Os maiores bancos conseguiram aumentar a margem financeira líquida pós-provisões e controlaram despesas”, disse.

Segundo Nicole, apesar dos juros elevados, os bancos digitais em geral mantiveram a expansão de suas carteiras de crédito em 2024, num ritmo mais contido. O crescimento foi puxado principalmente pelo crédito não consignado (sem garantia).
Consignado privado

Raphael também citou o novo consignado privado como uma oportunidade para as instituições financeiras. “É uma oportunidade para os bancos crescerem em volume, com menor risco”, afirmou.

A modalidade foi lançada neste mês pelo Governo Federal e entrou em operação em 21/3. Com exceção da Caixa Econômica Federal, nesta fase inicial, os grandes bancos ainda não estão ativos na oferta do produto.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o novo consignado privado já soma mais de R$ 340 milhões em empréstimos. Desde a última sexta-feira (21/3), foram firmados 48.170 contratos, com valor médio de R$ 7.065,14 por trabalhador. As solicitações de crédito, por sua vez, passaram de 8,7 milhões.

Fonte: Finsiders

BB é empresa brasileira mais bem colocada em ranking de receitas sustentáveis

Publicado em: 20/03/2025

O Banco do Brasil foi a empresa brasileira mais bem colocada no ranking Clean200, que compila as 200 empresas de capital aberto que mais geram receitas provenientes de fontes limpas e de negócios ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança) em todo o mundo. O ranking é compilado pela empresa canadense Corporate Knights e pela organização sem fins lucrativos As You Sow.

O BB ocupa a 37ª posição no levantamento e foi o banco mais bem colocado. Além do banco público, outras sete empresas brasileiras entraram para a classificação: Cemig (40º), Neonenergia (42º), CPFL Energia (51º), Copel (96º), Coelba (140º), Sabesp (155º) e Engie (161º). A primeira colocada no ranking é a americana Apple.

O ranking não inclui empresas do setor de óleo e gás, ou de energia em que a geração seja menos de 50% limpa, por exemplo. Também exclui as maiores empresas globais de carvão de acordo com o tamanho das reservas.

O Banco do Brasil figura ainda entre as empresas que compõem o Sustainability Yearbook 2025, anuário da Standard & Poor’s Global (S&P), que reconhece as empresas que adotam critérios ASG. Este anuário serve como referência para investidores que buscam empresas comprometidas com práticas sustentáveis e responsáveis.

Em janeiro, a Corporate Knights elencou o BB como o mais sustentável do mundo pela sexta vez. O vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial do banco, José Ricardo Sasseron, afirma que estes e outros prêmios reforçam a atuação.

“Este reconhecimento internacional, aliado aos nossos projetos de bioeconomia, metas de Desenvolvimento Sustentável (SDG), carteira de crédito sustentável e investimentos em energia renovável, acrescenta segurança tanto ao investidor quanto ao mercado. A sustentabilidade é o negócio do presente e orienta a estratégia de negócios do BB”, afirmou ele em nota.

No final do ano passado, o volume de crédito sustentável do BB era de R$ 386,7 bilhões, alta de 12,7% em um ano. Neste ano, o banco espera um crescimento de 7% a 11% neste portfólio.

Fonte: Invest Talk

Em eleição apertada, Selma Siqueira é eleita a nova Caref

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Em uma disputa muito apertada, Selma Siqueira foi eleita a nova Caref (Conselheira de Administração Representante dos Funcionários do Banco do Brasil) em eleição realizada, em seu segundo turno, entre os dias 6 e 12 de março. Ela obteve 13.217 votos, contra 12.103 registrados por Suzana Alves, que recebeu o apoio da AGEBB.

A oficialização do resultado será no dia 24 de março, depois do período de homologação. No total, a Eleição Caref 2025 contabilizou um total de 46.125 votos (8.244 foram em branco e 12.561, nulos). Suzana, em mensagem enviada à AGEBB, agradeceu todo o apoio. “Saio dessa campanha vitoriosa, pois a diferença de votos foi pequena e o nosso trabalho foi de formiguinha, sem recursos e contando com os colegas que confiaram em minhas propostas”, disse.

O Conselho de Administração do BB é formado por oito membros: a presidenta, três indicados pelo Ministério da Fazenda, um indicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, um eleito pelos funcionários ativos do BB (Caref) e dois indicados pelos acionistas minoritários.

O candidato eleito, ao tomar posse como membro do Conselho de Administração do BB, irá atuar na defesa dos interesses da organização, exercendo plenamente todas as competências de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização.

Fonte: AGEBB

Com safra recorde, BB espera queda da inadimplência do agro, diz CEO

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Os indicadores econômicos já apontam para uma colheita recorde no Brasil neste ano, um alívio bem-vindo para os consumidores que enfrentam um aumento dos preços dos alimentos que tem pesado na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois de graves secas e enchentes em 2024, as chuvas se normalizaram este ano. Isso provavelmente significa alimentos mais baratos, de acordo com Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil, o segundo maior banco do país e maior credor de empresas agrícolas.

“Quando você olha para o histórico de anos de safra recorde, você vê uma cesta básica controlada”, disse Medeiros em entrevista à Bloomberg News em seu escritório em Brasília na quinta-feira (27).

Isso é uma boa notícia não só para Lula. O Banco do Brasil (BBAS3), que tem uma carteira de crédito agrícola de R$ 400 bilhões, também será beneficiado.

A estatal espera que a taxa de inadimplência para empréstimos vencidos há mais de 90 dias caia este ano, depois de subir para 3,32% em 2024, principalmente devido a empréstimos ao agronegócio.

“O ano passado foi difícil para muitos produtores, mas esperamos que a inadimplência se acomode em 2025″, disse Medeiros.

A popularidade de Lula caiu para o nível mais baixo de todos os tempos, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos que levou o Banco Central a aumentar a taxa de juros.

A instituição liderada por Gabriel Galípolo elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano este mês e prometeu um aumento de um ponto percentual pela terceira vez consecutiva no próximo mês.

O presidente pediu à sua equipe econômica que apresentasse medidas para reduzir os preços e ajudar os brasileiros a obter crédito mais barato.

Vários ministérios, incluindo Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento e Comércio, têm discutido alternativas como a redução de impostos de importação para alguns itens. Mesmo assim, o governo também conta com a safra recorde para trazer algum alívio.

Recuperação judicial no agro

Os agricultores brasileiros enfrentaram tempos difíceis no ano passado devido à queda nos preços das principais culturas e ao aumento dos juros.

Os pedidos de recuperação judicial no segundo trimestre de 2024 triplicaram em comparação com os primeiros três meses do ano passado e depois caíram 51% no trimestre seguinte, de acordo com os últimos números do Serasa Experian.

Apesar das perspectivas positivas para uma safra recorde este ano, os produtores provavelmente continuarão a procurar proteção contra os credores, uma vez que as margens de lucro deverão permanecer apertadas enquanto os custos de financiamento aumentam juntamente com a Selic, de acordo com André Pessôa, presidente da Agroconsult.

A produção agrícola brasileira deverá saltar 9,4%, para um recorde de 325,7 milhões de toneladas na safra 2024-25, impulsionada pela colheita de soja, seguida por milho, arroz, trigo e feijão.

O governo também anunciou um plano para incentivar os empréstimos consignados para o setor privado, o que deve reduzir as taxas de juro para os trabalhadores que precisam pedir dinheiro emprestado ou renegociar empréstimos existentes.

Isso oferece outra oportunidade de mercado para o Banco do Brasil, que também possui a maior carteira de empréstimos consignados para servidores públicos, de R$ 137 bilhões. Segundo Medeiros, a expertise do banco nessa área pode ser estendida ao setor privado.

O governo estima que o novo programa aumentará esses empréstimos para R$ 120 bilhões, dos atuais R$ 40 bilhões. “Temos um oceano azul para navegar nesse segmento”, disse Medeiros.

O Banco do Brasil reportou um lucro líquido de R$ 37,9 bilhões em 2024, um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior. Este ano, o banco espera um lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, enquanto enfrenta uma perspectiva mais adversa para as taxas de juros.
Pressão política

A iniciativa de Lula para estimular o crédito não deve ser confundida com pressão política ou uma tentativa de intervenção no banco, segundo Medeiros. “O presidente Lula tem consciência de que o crédito crescerá de acordo com as condições do mercado”, disse ela. “Não há e nunca houve qualquer apelo para fazer algo fora das boas práticas de mercado.”

Mesmo assim, o mercado desconta as ações do Banco do Brasil por preocupações de que o governo possa intervir na instituição, algo que Medeiros considera injusto.

“Somos seguidos de perto por acionistas públicos e privados e seguimos protocolos rígidos de governança”, disse ela.

Os mercados também olham para o banco com “preconceito”, disse ela, devido ao seu elevado nível de crédito no setor agrícola. “A carteira de crédito do agronegócio tem garantias muito maiores”, disse ela, “o que dá segurança ao banco e mitiga riscos”.

Fonte: Bloomberg Línea

Fundação BB destinará R$ 1 bilhão contra mudanças climáticas até 2030

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A Fundação Banco do Brasil anunciou a meta de investir R$ 1 bilhão em projetos ambientais até 2030, com o objetivo de ampliar os esforços pelas sustentabilidade e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Esse investimento tem como foco principal o uso sustentável dos recursos naturais e o fortalecimento de comunidades vulneráveis, áreas diretamente afetadas pelos impactos climáticos.

Entre 2019 e 2024, a Fundação já destinou R$ 159,2 milhões por meio do programa Meio Ambiente e Renda, apoiando iniciativas que promovem a preservação ambiental, agrofloresta e a inclusão socioeconômica de pequenos produtores. Entre as ações destacadas está o projeto Outras Florestas, que busca reflorestar áreas e promover intercâmbio de tecnologias sustentáveis, com foco em segurança alimentar nas comunidades de Marechal Thaumaturgo (AC), Belo Horizonte (MG) e Boipeba (BA).

Outro destaque é o edital Ecoforte Redes 2024, que contará com um aporte de R$ 100 milhões para fortalecer redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, com recursos do BNDES, do Fundo Amazônia e da própria Fundação. Essas iniciativas têm impacto direto no desenvolvimento de soluções sustentáveis que atendem às necessidades locais e ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Além dos investimentos em projetos, a Fundação Banco do Brasil tem se dedicado à capacitação e ao engajamento comunitário. Por meio de treinamentos técnicos, pesquisas de campo e desenvolvimento de soluções práticas, a Fundação se aproxima das comunidades mais afetadas, incentivando a construção coletiva de conhecimento. A Rede de Tecnologias Sociais – Transforma já certificou mais de 760 iniciativas de construção coletiva, que integram saberes populares e técnicas científicas para gerar soluções adaptáveis a diferentes contextos.

O presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Morais, reafirma o compromisso da entidade: “O combate às mudanças climáticas não depende de uma única entidade, mas da mobilização coletiva de governos, empresas e sociedade civil. Precisamos agir agora para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.”

Esse esforço ocorre em um cenário crítico, em que as mudanças climáticas representam um dos maiores desafios do século. Relatórios da ONU indicam que a temperatura global pode aumentar até 3,2ºC até o final do século se não forem tomadas ações imediatas, com consequências devastadoras para o clima, a biodiversidade e a segurança alimentar mundial.

Kleytton Morais destaca que não há uma solução única para combater as mudanças climáticas, mas um conjunto de ações que precisam ser implementadas de forma integrada. “Nosso papel é garantir que esses investimentos sejam eficazes e gerem impacto real para as comunidades e para o meio ambiente”, disse.

Fonte: Exame

O plano do Broto, do Banco do Brasil, para chegar aos R$ 10 bi

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Uma startup que já nasceu entre gigantes e que mostra disposição para avançar na digitalização do agro, mesmo que o momento ainda traga desafios.

“O Broto”, como é chamada (assim no masculino) a plataforma digital do Banco do Brasil, começa a dar novos passos para avançar no financiamento do agronegócio, aproveitando oportunidades que surgem a partir de um problema, que é a oferta insuficiente de recursos subsidiados no crédito agrícola.

O projeto foi lançado em 2020 junto com o Plano Safra. Na época, o foco era oferecer serviços não financeiros, como cursos, atrelados ao universo dos seguros da Brasilseg, que até hoje é uma das acionistas da plataforma.

Era o ano da pandemia, quando as grandes feiras do agronegócio foram suspensas, fazendo surgir uma oportunidade: vender máquinas e equipamentos via plataforma digital.

“A gente fez naquele ano a primeira feira virtual de agronegócio do Banco Brasil, algo que nunca tinha sido feito. Foi muito bacana, fizemos na ocasião cerca de R$ 800 milhões em negócios”, contou o diretor executivo do Broto, Francisco Roder Martinez, em entrevista exclusiva ao AgFeed. Ele acompanha o projeto desde o início.

Atualmente, o Broto tem 19 categorias diferentes em seu marketplace, com mais de mil empresas que vendem produtos e serviços, incluindo o tradicional negócio de máquinas e equipamentos agrícolas. Desde a criação até agora, já foram transacionados R$ 9,18 bilhões na plataforma, com a participação de 250 mil produtores rurais cadastrados.

Em 2023 foi criada uma nova empresa, a Broto S.A, que tem como acionistas o Banco do Brasil, com 50%, e a Brasilseg, seguradora do banco, com a outra metade. “Desde 2023, nós somos o que a gente chama aqui de uma coligada, uma empresa do conglomerado do Banco do Brasil”, explicou Martinez.

Um dos alicerces desta história é que, desde o início, a plataforma conta com as linhas de crédito do Banco do Brasil, instituição que segue disparada como a maior financiadora do agronegócio brasileiro – responde por quase a metade todo o crédito rural no País.

“Contamos não só as linhas de crédito do Banco do Brasil, mas todas as esteiras de processamento. O banco tem hoje cerca de mil pessoas processando crédito do agronegócio. Então junto com as linhas de crédito a gente tem acesso essas esteiras conectadas aqui na plataforma”, explicou o diretor do Broto.

Não bastasse isso, tem a Brasilseg, considerada líder de mercado, com 60% de market share em seguros. O Broto conta ainda com a oferta de produtos da BB Consórcios e até serviço de telemedicina para o produtor rural, da empresa Ciclic.

“Mas sempre com esse foco em ser uma plataforma de negócio digital agro, mirando a condição de ecossistema”, reforçou.

Francisco Martinez disse ao AgFeed que hoje trabalha quatro linhas de negócio principais: o marketplace, os serviços financeiros e as duas iniciativas mais recentes, que são a oferta de operações de barter (troca de insumos pelo produto agrícola) e algo que está prestes a ser lançado oficialmente, o Clube Broto, um programa de benefícios que deve atrair principalmente as agtechs, além de médias e grandes empresas.

Os números de 2024 não foram totalmente fechados e divulgados, mas o diretor estima que o volume de negócios tenha alcançado R$ 5 bilhões, bem acima dos cerca de R$ 3 bilhões transacionados no ano anterior.

“Temos crescido ano a ano e, geralmente, desde a criação da empresa, mais de 100% ano a ano. Em 2025, a gente acredita também no crescimento robusto, aproveitando essa perspectiva positiva do crescimento da produção agro brasileira”, afirmou.

A previsão é dobrar o volume de negócios este ano, chegando próximo aos R$ 10 bilhões.

Segundo ele, desde o início da plataforma já são mais de 8 milhões de acessos. “Para esse ano, a gente acredita que, com o lançamento desses novos modelos de negócios, o barter e o clube Broto, a gente deve chegar, no final do ano, com um patamar ainda maior”.
Aposta no barter

O maior volume de negócios do Broto ainda é gerado pelo marketplace de máquinas e equipamentos agrícolas. O desafio agora é gerar mais receita em outras frentes.

Com as transformações no crédito agrícola, que convive com taxas de juros mais altas e orçamento limitado do governo para subsidiar as linhas tradicionais, o mercado tem observado uma maior procura pelo barter, que são as operações de troca em que a compra de insumos é “travada” em sacas de milho ou soja, por exemplo.

O pagamento ocorre na colheita, mas, por meio das linhas do Banco do Brasil, as revendas e fabricantes de insumos podem repassar esse risco de crédito – que hoje não é pequeno, em tempos de alta nas recuperações judiciais – para a instituição financeira.

Pensando nisso, o Broto começou a fazer operações de barter na plataforma.

“Nós lançamos em novembro do ano passado uma plataforma de comercialização em barter, onde a gente tokeniza ativos reais, tokeniza grãos. Estou falando, nesse primeiro momento, de soja, milho e café, sendo que o café é um piloto ainda. A gente troca o grão, como uma operação de barter tradicional, pelo insumo. Nós desenvolvemos isso junto com outras empresas parceiras”, explicou Martinez.

O executivo destaca que os economistas do Banco do Brasil projetam uma alta de 6% no PIB do agronegócio em 2025 e, consequentemente, uma maior necessidade de crédito para a compra de insumos. “Então a gente acredita que essa solução vai estar apoiando toda a cadeia do agro, em especial os produtores rurais”.

Ele não revela qual seria a meta de negócios via barter na plataforma, mas diz que vê grande potencial de se tornar mais um pilar importante para o Broto.

“Hoje estima-se que 60% do que se compra numa propriedade rural sejam insumos. Portanto, é um mercado bastante promissor, mas também bastante competitivo”, ressaltou.

A solução de barter do Broto está conectada às linhas de custeio do Banco do Brasil e as CPRs. “É o que permite a gente assumir o risco de crédito que hoje quem toma são as revendas, as cooperativas e as tradings”.

Até agora 10 empresas já assinaram contrato com o Broto para as operações de barter. Os nomes dos parceiros ainda não são divulgados, mas Martinez admite que há revendas, fabricantes de insumos e também tradings. Outras 30 empresas estão em fase de negociação.

Para produtores e revendas que estão operando o sistema de barter da plataforma, um dos diferenciais, seria o custo mais baixo, ele admite. “A gente tem condições financeiras privilegiadas por conta do acesso às linhas de crédito do Banco do Brasil”.

São usados recursos do próprio Plano Safra ou então um mix com recursos livres, até mesmo LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). “Por isso, conseguimos baratear o custo final da operação no formato que é feito tradicionalmente”.

Nos demais serviços financeiros, o Broto não chega a oferecer taxas de juros mais baixas do que aquelas acessadas nas agências físicas do banco. Na visão do executivo, o grande diferencial, inclusive no barter, é a facilidade que a plataforma digital oferece. “O processo atual envolve cartórios, envolve idas e vindas, tanto da parte das revendas, do produtor rural e das tradings. A gente conseguiu criar uma forma de facilitar e digitalizar tudo isso”.

A expectativa de Martinez, “num espaço de tempo não muito distante”, é também conseguir oferecer mais alternativas de crédito rural ligadas ao mercado de capitais.

“Nós temos mais de R$ 1 trilhão de reais em necessidade de crédito todo ano e um terço disso a gente acredita que é privado, boa parte disso é barter e um terço são recursos próprios, o que é uma distorção”.

Outra esperança de conquistar mais mercado é o Clube Broto, que deve ser lançado em abril. Foram mapeadas startups do agro e empresas que oferecem serviços dentro e fora da porteira. O clube deve oferecer tarifas reduzidas na contratação de tecnologias como drones, estações climáticas, sensoriamento remoto e até regularização fundiária. Em paralelo, o Broto seguirá oferecendo cursos gratuitos na plataforma.

No caminho do breakeven

A Broto S.A hoje é uma empresa de capital fechado e não divulga dados de faturamento. No final de 2022, época em que estava sendo criada a plataforma, um comunicado ao mercado sinalizou que Banco do Brasil e BB Seguridade colocaram, cada um, R$ 31,2 milhões para a constituição da nova empresa, totalizando R$ 62,4 milhões.

Martinez disse ao AgFeed que a empresa ainda está na etapa de investimento, mas que possui um plano de negócios com previsão de que o breakeven seja atingido “antes do que é o padrão do mercado de startups”, que seria de cinco anos.

A monetização ocorreu com a criação da empresa, em janeiro de 2023, portanto, poderia haver este equilíbrio nas contas em alguma data até 2028.

“Estamos trabalhando para isso. A gente tem colocado de pé, como qualquer empresa de inovação, modelos de negócios inovadores que desafiam o cenário tradicional”, afirmou.

Para chegar lá, o diretor executivo do Broto confia bastante na transformação digital do agronegócio.

Não é divulgada uma meta sobre qual seria a fatia “digital” das operações do Banco do Brasil no agro via Broto. Martinez ressalta que o objetivo é ser algo complementar, dar mais essa opção aos produtores rurais.

“A gente já viu isso nos bancos, no sistema financeiro. Havia uma certa resistência para os clientes saírem da agência física, Hoje em dia, a gente vê que todos os bancos foram por esse caminho e, muitas vezes, o cliente de banco prefere ser atendido no digital. Acreditamos que isso pode acontecer no agro, por tudo que a gente tem visto aí nesse movimento de sucessão, nessa velocidade da adoção das tecnologias digitais, mas a gente não sabe quando isso vai acontecer”, avaliou.

Até 2028, que é o prazo do plano de negócios do Broto, a previsão é que cerca de 16% das transações vão acontecer em ambientes digitais, lembra ele.

“Hoje, 70% dos produtores rurais usam o digital, mas 11% compram na plataforma. Então, a gente acredita que esse número num espaço curto de tempo, ele deve subir para pelo menos 16%”.

Embora não haja um diferencial fixo nas taxas de juros via Broto, para atrair mais clientes de forma mais rápida, Martinez não descarta que parcerias venham a ser feitas para viabilizar condições especiais. É algo que o Broto costuma fazer nas chamadas feiras digitais, com o Banco do Brasil.

Também contam a favor de uma visão otimista, já a partir deste ano, o sentimento de que o setor de máquinas de voltar a se recuperar. O diretor admite que no final do ano passado a plataforma chegou a ser prejudicada pela retração das vendas nesse segmento, mas ainda assim conseguiu seguir crescendo em função dos outros produtos principais como seguros e serviços financeiros.

Os executivos do Broto participaram da Expodireto Cotrijal, no Rio Grande do Sul, neste mês de março, por exemplo, e dizem que a percepção foi de um reaquecimento nos negócios.

Fonte: Agfeed

Banco do Brasil anuncia convocação de mais 450 novos servidores

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O Banco do Brasil anunciou a pré-convocação de 450 aprovados para o cargo de agente de tecnologia do último concurso realizado pelo banco. O certame está vigente até julho de 2025 e ofertou 6 mil vagas distribuídas para as funções de agente de tecnologia e agente comercial. O salário previsto no edital de abertura é de R$ 3.622,23. Segundo o banco, a “seleção externa ainda conta com 591 habilitados em cadastro de reserva”.

Ao Correio, o banco esclareceu que essa será a primeira leva de convocados anunciados pelo banco em fevereiro. À época, a empresa revelou que convocará cerca de mil aprovados. Segundo a instituição, o restante das convocações anunciadas ocorrerá ainda em 2025.

A remuneração também será composto por vale-transporte, auxílio-creche; ajuda alimentação/refeição, auxílio a filho com deficiência, previdência complementar, acesso a plano de saúde e plano odontológico básico. Além disso, os novos servidores terão participação nos lucros ou resultados e a programas de educação e capacitação.

Segundo o banco, até o momento, não há previsão sobre a realização de um novo certame. Em nota enviada ao Correio, o banco reforçou que “não há qualquer definição sobre um novo concurso no momento e, por padrão administrativo, o BB sempre comunica formalmente toda e qualquer novidade relevante sobre o tema”.

Vale lembrar que em janeiro, o banco desmentiu especulações sobre a realização de um novo certame. À época, o BB classificou a hipótese como “desinformação” e “notícia falsa” e alertou para a possibilidade de tentativas de golpe. “Alguns perfis em redes sociais utilizando indevidamente o nome da instituição”, disse.

Fonte: Blog Correio Braziliense

BB amplia Consignado Privado com o Programa Crédito do Trabalhador

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Lançado nesta quarta-feira, 12, pelo Governo Federal, o Programa Crédito do Trabalhador amplia o acesso ao crédito para os trabalhadores do setor privado, viabilizando nova sistemática de contratação de empréstimos com consignação em folha de pagamento e em condições mais atrativas nessa modalidade.

Para o Banco do Brasil, o novo programa representa uma grande oportunidade de fomento ao crédito destinado aos trabalhadores celetistas, possibilitando a oferta de empréstimos de forma simples e adequada aos clientes, sem a necessidade de formalização de convênios.

Para a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, “o novo consignado privado traz benefícios diretos para cerca de 40 milhões de trabalhadores brasileiros, que passam a contar com uma solução de crédito livre, que pode ser usado para tudo que o cliente desejar. A nova solução conta com condições bastante vantajosas para o cliente e aumenta a sua renda, ao liberar parte do orçamento mensal das famílias que pode já estar comprometida. A linha gera mais segurança às instituições e injetará recursos para impulsionar ainda mais a economia do país.”

O início das contratações no âmbito do Programa está previsto para 21 de março, a partir da disponibilização no app da Carteira de Trabalho (CTPS) Digital das opções de simulação e solicitação de empréstimos. Nesse novo modelo, os trabalhadores com carteira assinada poderão contratar o consignado diretamente com a instituição financeira de sua escolha, após a inclusão da proposta no ambiente da CTPS Digital.

A partir da simulação e solicitação da proposta na CTPS Digital, o BB oferecerá retorno online aos clientes naquele ambiente, e ainda a opção via WhatsApp para continuidade do processo de contratação, agregando conveniência e ofertas personalizadas com condições atrativas aos trabalhadores.

Na fase seguinte de implementação do Programa, prevista para 25 de abril, a operação também poderá ser simulada e contratada diretamente nas agências e nos canais digitais do BB (app, internet banking e TAA).

A nova modalidade de empréstimos apresenta-se como uma relevante oportunidade de crescimento dos negócios de consignado no BB, com destaque para a estratégia de atuação próxima às empresas atendidas e a oferta mais atrativa das condições de crédito aos seus colaboradores. A atuação do banco visa fomentar a oferta de soluções para reforçar o vínculo e relevância no atendimento aos funcionários das micro, pequenas, médias e grandes empresas, e fortalecer uma atuação integrada na cadeia de valor.

O BB buscará a liderança na nova modalidade de crédito, reforçando o seu protagonismo histórico na modalidade de empréstimos com consignação em folha e promovendo a ampliação do acesso ao crédito, com foco na inclusão e assessoria financeira aos milhões de trabalhadores abrangidos pelo Programa.

Fonte: Banco do Brasil

Novo crédito consignado privado é ‘seguro e rentável’, diz presidente do BB

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A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse na quarta-feira, 12, que o novo crédito consignado privado é “seguro e rentável”, além de respeitar as condições de risco e retorno. Em cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento da nova modalidade, ela abriu sua fala dando esse recado ao mercado.

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse nesta quarta-feira, 12, que o novo crédito consignado privado é “seguro e rentável”, além de respeitar as condições de risco e retorno. Em cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento da nova modalidade, ela abriu sua fala dando esse recado ao mercado.

“Primeiro, que antes que o mercado me pergunte, é um crédito seguro, rentável, que respeita as políticas de crédito dos bancos dentro das condições de risco e retorno de cada cliente. Porque eu sei que vai ser perguntado. Só que, mais que isso, é um crédito que inclui, que reduz desigualdade”, afirmou Tarciana.

A Medida Provisória do novo consignado deverá ser assinada nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com informações divulgadas nesta quarta pelo governo, a contratação começa por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Quem já tem o consignado ativo pode fazer a migração para a nova linha a partir de 25 de abril de 2025. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.

Ela reforçou que a novo consignado só entra em operação a partir do próximo dia 21 e fez um apelo para que os trabalhadores não caiam em fake news sobre o tema, pedindo que as pessoas se informem pelos canais oficiais.

“E eu peço muito a todos os trabalhadores e trabalhadoras desse país que se receberem fake news por WhatsApp, não acreditem. Procurem os canais oficiais, olhem no site do Banco Central, procurem o site do Banco do Brasil, da Febraban, se informem”, pediu a presidente do BB, lembrando ainda que o novo consignado tem potencial de atender a 47 milhões de brasileiros.

Tarciana Medeiros agradeceu a cooperação de todos que participaram da elaboração da MP. “Ontem, no fim da tarde, a gente estava discutindo detalhes, os ministros estavam juntos conversando sobre os detalhes do programa”, contou.

Ela argumentou também que o novo consignado aumentará a renda dos clientes porque libera parte do orçamento mensal das famílias. “Isso significa mais renda mensal, diretamente, porque quando o dinheiro sobra no bolso, é isso que significa. É percepção real de aumento de renda. Então, aqui nós temos situações em que o consignado privado para empregada doméstica vai ter redução em torno de 52% em relação à taxa de crédito que ela pegava antes. Então, são taxas muito menores, muito mais atrativas”, disse.

Fonte: UOL

Previ não teme auditoria aberta pelo TCU, diz presidente Fukunaga

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O presidente da Previ, João Fukunaga, afirmou, nesta quinta-feira (13), que o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil não teme a auditoria aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em fevereiro. “Houve uma diligência por parte dos auditores [do TCU], eles estiveram na Previ, foram superbem recebidos, nós não temos medo ou problema nenhum com auditoria, acho que esse processo é importante”, disse ele, à imprensa, após a apresentação dos resultados de 2024, na sede da entidade, no Rio.

O desempenho do fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil entrou no foco do TCU no começo de fevereiro, após o ministro Walton Alencar Rodrigues pedir uma auditoria de urgência no resultado financeiro da entidade, alegando que havia um “rombo” e “prejuízo” no Plano 1 até novembro de 2024.

As visitas iniciais para coleta de informações por auditores do TCU na sede da Previ começaram cerca de uma semana depois do pedido, entre os dias 17 e 21 de fevereiro. Segundo Fukunaga, os auditores conversaram com os técnicos da entidade

“Os auditores ficaram por uma semana in loco, conversaram com a diretoria. Fizemos as explicações para eles poderem conhecer a própria Previ, que é um benchmarking para o mercado”, afirmou o presidente da Previ.

De acordo com ele, os auditores tiveram acesso aos executivos e a uma série de documentações pedidas. “Nós entregamos as documentações da melhor forma e em uma ambiência muito tranquila. Também foram muito receptivos, explicaram as diligências deles, e isso foi importante para nós, para entendermos como iriam atuar”, disse Fukunaga.

Déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1

A Previ encerrou os 12 meses de 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1. No resultado acumulado — que considera o desempenho dos anos anteriores — o saldo final de 2024 foi deficitário em R$ 3,16 bilhões.

Também presente na divulgação dos resultados, a diretora de planejamento da Previ, Paula Goto, reafirmou que não há qualquer rombo na Previ: “O que há é uma oscilação negativa no ano, decorrente do movimento normal do mercado”, disse.

“Zero problema”

Fukunaga completou que só a Vale — empresa na qual a Previ tem detém 13% de participação — perdeu 23% de valor de mercado ao longo do ano. “É uma questão conjuntural, e a gente sabe a dificuldade que um plano de previdência, por mais que se olhe no longo prazo, está submetido”, declarou.

O presidente reforçou que o fundo está longe de qualquer equacionamento e de qualquer problema real: “O que nós temos de garantia é: não tem nada de errado, zero problema. Temos caixa e continuaremos pagando benefícios até 2100”.

Fonte: Valor Econômico

Fundo de pensão de funcionários do BB fecha 2024 com déficit de R$ 3,16 bilhões

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O Plano 1, fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), fechou o ano de 2024 com um déficit de R$ 3,16 bilhões. É o maior retorno negativo da carteira desde 2017 e o primeiro déficit desde 2021. Em 2023, o fundo tinha obtido superávit de R$ 14,5 bilhões.

“A oscilação de mercado e o consequente impacto nos investimentos fizeram com que a Previ consumisse o superávit de 2023”, justificou a entidade em comunicado à imprensa.

“Mas o Plano 1 segue sólido e cumprindo sua principal missão: garantir o pagamento de benefícios aos seus mais de R$ 106 mil associados, dos quais 97% são aposentados ou pensionistas”, continua o texto.

O Plano 1 é o maior fundo administrado pela Previ e tem R$ 240 bilhões em patrimônio. Em janeiro deste ano, a carteira obteve um novo superávit de R$ 1,3 bilhão.

A Previ explica que a principal contribuição para o baixo desempenho do Plano 1 veio do segmento de renda variável, carteira que apresentou rentabilidade negativa de 12%, com uma perda de R$ 7,9 bilhões, em 2024.

“Esse tipo de oscilação é comum e conjuntural no mercado financeiro brasileiro, mas a estratégia da Previ foca no longo prazo”, diz o comunicado.

Alta concentração de Vale

A Previ é um acionista relevante da Vale (VALE3), sendo dona de uma fatia de mais de 10% da empresa. No ano passado, porém, as ações da companhia despencaram 23%, tendo o seu menor retorno anual desde 2015. Em 2024, a mineradora respondeu por 42% do portfólio de renda variável do Plano 1.

Em entrevista recente ao InfoMoney, o diretor de investimentos da Previ, Cláudio Gonçalves, explicou que a concentração em Vale tem sido reduzida ao longo dos últimos anos, mas a estratégia de saída precisa conversar com o preço. A Previ entende que a ação está subvalorizada.

“Não dá para vender Vale no preço que está hoje, levando em conta o que ela paga de dividendos. É uma empresa extremamente saudável financeiramente e entendemos que em algum momento o ativo vai se valorizar, pois é uma companhia muito bem gerida”, afirmou Gonçalves.

Desde 2012, a Previ tem reduzido a exposição da carteira à renda variável e aumentado na renda fixa. A entidade informou que adquiriu mais de R$ 12 bilhões de títulos NTN-B com taxas de juros superiores à meta atuarial no ano passado. Por outro lado, a Previ vendeu participações em 57 empresas, no mesmo período.

Do total do patrimônio do Plano 1 em 2024, 64% estava aplicado em renda fixa e 26% em renda variável.

No comunicado à imprensa, Cláudio Gonçalves escreveu que “os planos da Previ se encontram em equilíbrio, mesmo diante de um resultado abaixo do esperado pela meta atuarial”. A política de caixa mínimo da entidade mantém recursos líquidos necessários para garantir o pagamento de benefícios sem a necessidade de venda de ativos.

Os benefícios pagos pela Previ em 2024 somaram R$ 16,5 bilhões em 2024.

Vale lembrar que fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil está no meio de um escrutínio. Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) estiveram no mês passado na Previ para entender as decisões que fizeram o Plano 1 ter um déficit bilionário em 2024.

Fonte: Infomoney

Previ muda seleção de conselheiros e levanta críticas de favorecimento político

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Para a próxima temporada de assembleias de companhias abertas, em abril, a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, conduz um processo seletivo interno de candidatos a conselheiros que devem ser indicados para as eleições das empresas participadas. Desde o ano passado, os critérios de seleção desses candidatos vêm mudando. As alterações acenderam um alerta no mercado de que possíveis flexibilizações na qualificação dos postulantes aos colegiados possam favorecer indicações políticas, o que a Previ nega.

“De todos os candidatos que foram selecionados e indicados aos conselhos pela Previ, não tivemos nenhuma indicação política nem do governo”, disse em entrevista ao Valor o diretor de participações da entidade, Márcio Chiumento. O processo seletivo de 2025 ainda não terminou, por isso os dados sobre número de inscritos e nomes dos candidatos selecionados não são públicos.
A Previ, que é o maior fundo de pensão do Brasil, com R$ 274 bilhões sob gestão, tem 33 empresas participadas — entre elas, gigantes como Vale, Gerdau e Vibra Energia. Na safra de assembleias deste ano, a entidade vai fazer 63 indicações, entre titulares e suplentes, a maior parte para concorrer a cadeiras em conselhos fiscais, mas também para colegiados de administração. Atualmente, a Previ tem 82 conselheiros indicados.

Como funciona o processo de seleção

Os critérios para o processo público de seleção do fundo começam na área técnica e passam por diferentes instâncias, entre elas, a diretoria-executiva e um comitê de assessoramento, até chegar ao conselho deliberativo da fundação, que faz a aprovação final. Esses parâmetros são publicados anualmente em um edital de seleção, aberto para qualquer pessoa que queira concorrer.

O edital tem algumas etapas: a primeira é a análise curricular, que é classificatória. Daí em diante, a área técnica da Previ inicia outras etapas, que incluem análise qualitativa dos perfis, “matching” entre candidato e vaga e submissão da proposta de indicações aos colegiados competentes. Após a indicação da Previ, os candidatos passam pelo crivo dos comitês e colegiados das empresas participadas, conforme critérios de seus estatutos.

O que dizem os especialistas e a Previ

O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Henrique Luz observa que o processo de seleção de conselheiros no Brasil tem evoluído para um modelo mais profissionalizado, deixando de lado a escolha baseada em proximidade com acionistas controladores. “Hoje em dia, mais ou menos 25% dos assentos dos conselhos do Brasil são preenchidos por headhunters, número que há 10 anos era de 2% ou 3%”, afirma.

Segundo o especialista, a tendência é formar conselhos com base em competências específicas, como auditoria, riscos e compliance. No entanto, diz ele, os desafios persistem, como o impacto do voto múltiplo, “que pode levar à inclusão de candidatos desalinhados com os critérios técnicos previamente definidos”. O voto múltiplo em assembleias favorece indicações de acionistas minoritários, uma vez que desfaz a indicação por chapa feita pela empresa e permite que os acionistas concentrem votos em determinados candidatos.

Luz acrescenta que a diversidade nos conselhos também tem sido ampliada, especialmente com a inclusão de mulheres, mas deve ser equilibrada para garantir uma verdadeira pluralidade.

De acordo com o diretor de participações da Previ, o processo de seleção de candidatos do fundo existe há mais de 20 anos e chegou a contar com assessoria de uma empresa especializada. Ele acrescenta que os editais são atualizados regularmente para acompanhar tendências do mercado.

Desde 2023, os editais passaram a contemplar grupos sub-representados, considerando critérios como gênero, raça, pessoas com deficiência (PCD) e da comunidade LGBTQIA+. Na última seleção, 56% dos indicados da Previ faziam parte desse universo.

“Todo ano você tem uma mudança, algumas pontuais, outras mais estruturantes, com base no que a gente vê acontecendo no mercado e na nossa própria experiência. Queremos deixar a nossa base de candidatos da forma mais diversa possível, e a diversidade não se restringe apenas à questão de gênero ou de raça, é uma diversidade de conhecimento”, disse Chiumento.

Mudanças mal recebidas

Algumas mudanças, contudo, não foram bem recebidas. No edital de 2024, por exemplo, foi eliminado o critério de maior pontuação para formação acadêmica em áreas preferenciais, como direito, administração, economia e engenharia. Além disso, naquele ano, o edital atribuía 30 pontos na parte de experiência profissional para “membros da diretoria executiva da Previ com mandato vigente e caráter efetivo”, a maior pontuação da tabela.

A principal mudança veio no edital de 2025, quando a Previ aboliu o sistema de pontuação e adotou um sistema de requisitos mínimos em três grupos: formação acadêmica, educação continuada e experiência profissional.

Com isso, passaram a ser obrigatórios apenas um curso de graduação completo em qualquer área, uma comprovação profissional em áreas específicas e uma certificação em áreas como governança corporativa emitidas por determinadas instituições. Neste caso, as capacitações antes pontuavam no processo, mas não eram obrigatórias.

Outra atualização no edital de 2025 foi a inclusão de docência na comprovação profissional, para candidatos com ao menos cinco anos de atuação em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério de Educação (MEC). Não há área preferencial e o profissional não precisa acumular outras experiências.

Ex-diretor critica alterações, Previ rebate

Crítico do novo formato, o ex-diretor da Previ Nélio Lima avalia que o processo seletivo ficou sem objetividade e sem transparência: “Antes, você tinha uma pontuação que era maior ou menor em função das atividades profissionais exercidas ao longo tempo e conforme a própria formação. Quanto mais experiência e formação acadêmica, mais pontos. Hoje a coisa ficou muito subjetiva, sem nenhum critério transparente e objetivo”, afirma.

A Previ argumenta que a retirada da pontuação deixou o processo “mais eficiente” para as comprovações dos candidatos e para a área que conduz a seleção. A entidade também afirma que a pontuação “nunca foi critério final” para a escolha do candidato a ser indicado, mas um “critério para o candidato estar ou não apto”, já que há outras etapas no processo.

Na avaliação de um interlocutor que prefere não se identificar, o novo modelo de seleção afrouxa os critérios e favorece a entrada de diretores da Previ nos conselhos das empresas participadas. “Todo o processo de indicação de conselheiros na Previ de longa data foi mudado. A política atual dispensa os diretores da ativa de fazer o processo e prioriza os diretores aos conselhos das maiores companhias”, afirma.

Atualmente, os seis diretores da Previ ocupam ao menos 12 assentos em companhias nas quais o fundo tem participação, distribuídos entre Vale, Gerdau, Iguatemi, Lojas Renner, Neoenergia, Vibra, Tupy, Grupo Litel e Aeroporto de Guarulhos. As indicações referentes ao conselho de administração da Vale — como a do presidente da Previ, João Fukunaga — não constam na lista pública do fundo, porque, de acordo com a entidade, não são feitas diretamente pela Previ e seguem uma regra de governança da companhia.

O fundo afirma que os diretores já passam por uma “avaliação rígida” para tomar posse em seus cargos na entidade. “Historicamente, se provou necessário e importante ter integrantes do corpo diretivo da Previ nos conselhos de empresas estratégicas, em função da representatividade direta e do alinhamento destes profissionais com a agenda e práticas preconizadas pela Previ. Ao participar dos conselhos das empresas, os diretores cumprem o dever fiduciário da entidade”, diz em nota.

O caso Fukunaga e de outros conselheiros

Em 2024, as indicações de quatro nomes com histórico em comum de atuação sindicalista — Wagner Nascimento, Márcio de Souza, Marcel Barros e Ernesto Izumi — para assentos em conselhos de empresas participadas da Previ também reacenderam críticas de “favorecimento” a um perfil específico, semelhante ao do presidente da entidade, João Fukunaga.

A nomeação de Fukunaga passou por questionamentos em 2023 e chegou a ser impedida duas vezes na Justiça. O afastamento temporário dele se deu porque se considerou que Fukunaga não preenchia os requisitos para o cargo: ele é historiador de formação e foi presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e auditor sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Em ambas as situações, porém, houve o entendimento de que Fukunaga acumulava as experiências exigidas para ocupar a posição.

Questionada, a Previ diz que três dos conselheiros citados foram indicados para empresas participadas antes do processo de 2024: Wagner Nascimento, em 2021; Márcio de Souza, em 2019; e Marcel Barros, em 2012. “Portanto, seria impossível para qualquer um deles se beneficiar de uma hipotética alteração de regra realizada em 2024”.

O fundo afirmou ainda que os quatro conselheiros “participam ou já participaram ativamente da governança da Previ”: Wagner Nascimento é diretor de seguridade da Previ desde 2020; Márcio de Souza é diretor de administração da Previ desde 2018; Marcel Barros foi diretor de seguridade de 2012 até 2020; e Ernesto Izumi foi membro do conselho deliberativo de 2020 até 2024”.

Marcio Chiumento, diretor de participações, reforçou ao Valor que não houve uma mudança no edital para facilitar a entrada de profissionais de associações, sindicatos, suas federações e confederações: “Essa possibilidade sempre existiu, até porque como nós temos a paridade, são representantes eleitos pelos associados. Houve ali uma mudança de redação para deixar mais claro o que já era considerado ao longo dos anos”.

Fonte: Valor Econômico

Economus Futuro: valores das mensalidades serão mantidos para próximo trimestre

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Pelo terceiro trimestre consecutivo, os valores da tabela de contribuições por faixa etária do plano de saúde Economus Futuro não terão alterações. A continuidade da adoção de medidas para melhorar a gestão das despesas assistenciais, prioridade no Economus, refletiu no desempenho do plano e possibilitou a manutenção das contribuições para os meses de março, abril e maio de 2025.

A cada trimestre, é realizado estudo técnico para analisar o equilíbrio financeiro e garantir a sustentabilidade do plano. O último levantamento estudou o comportamento das despesas, a movimentação de beneficiários e a reserva de capital sob risco no período de janeiro a dezembro de 2024. Os resultados indicaram a necessidade de um pequeno ajuste de 2,08% no valor da cota para o próximo trimestre.

No entanto, considerando a reserva de capital de risco do plano, os resultados positivos observados e a preservação do equilíbrio financeiro, o Economus decidiu manter o valor da cota em R$ 467,90.

Com isso, a tabela de contribuições do plano para o próximo trimestre é a seguinte:

Sobre o Economus Futuro

O plano foi criado como alternativa para a manutenção da assistência à saúde aos aposentados, tendo como prioridade a qualidade dos serviços e a preservação do equilíbrio financeiro. O plano é coletivo por adesão, com formação de preço pós-estabelecida, individual e por faixa etária, com revisão trimestral do valor da cota que forma a tabela de contribuições.

O Economus reforça o compromisso com a eficiência na gestão e a busca por soluções que assegurem a sustentabilidade da cobertura assistencial aos beneficiários.

Fonte: Economus

Cassi: sindicato defende solução negocial para incorporados

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Em razão da liminar determinando que os aposentados egressos do Banco Nossa Caixa e seus dependentes tenham direito à cobertura da Cassi, o Banco do Brasil, como patrocinador da caixa de assistência, divulgou recentemente um comunicado com orientações.

No texto, o banco deixa claro que seguirá o regulamento da Cassi alterado em 2018. O instrumento atualizado determina que os funcionários que ingressaram no BB após 2018, quando se aposentarem, poderão permanecer no plano somente se arcarem com a parte que cabia ao banco.

O regulamento anterior a 2018 determinava que o banco permanecia o patrocinador mesmo na aposentaria, nas mesmas condições dos funcionários da ativa. O movimento sindical defende a premissa de que o banco deve participar do custeio da assistência de saúde dos trabalhadores, incorporados ou não, mesmo após a aposentadoria.

“Por esta razão, o Sindicato dos Bancários de São Paulo segue defendendo e valorizando a negociação coletiva a fim de avançar na reivindicação histórica que é garantir Cassi e Previ para todos os funcionários e aposentados do Banco do Brasil. Queremos a equiparação de direitos para os egressos do Banco Nossa Caixa, e só vamos conseguir essa reivindicação histórica na mesa de negociação”, destaca Adriana Ferreira, diretora do Sindicato e bancária do Banco do Brasil.
Judicialização gera incertezas

Na última Campanha Nacional dos Bancários, o banco se comprometeu a resolver as questões relacionadas à saúde e previdência dos funcionários dos bancos incorporados até 31 de julho de 2025. Reuniões bipartites trimestrais serão realizadas para discutir o tema.

“As decisões judiciais relacionadas a este tema, mesmo quando favoráveis aos associados, ainda geram muitas dúvidas e incertezas. Por exemplo, caso a decisão seja cassada em alguma instância superior, os trabalhadores poderiam regressar ao plano do qual migraram?”, questiona Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

“Por esses e outros motivos empenhamos nossas forças na organização sindical e na mesa de negociação para uma solução que contemple os anseios dos trabalhadores. Entendemos que esse caminho permite uma solução mais adequada e que leve em consideração questões que não podem ser melhor apreciadas pela judicialização”, reforça o dirigente.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Decisões judiciais são favoráveis à Cassi

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A justiça indeferiu dez liminares relacionadas a ações civis públicas que questionam ou pedem a suspensão da cobrança, pela CASSI, das contribuições pessoais sobre verbas remuneratórias pagas pelo Banco do Brasil em demandas trabalhistas ou acordo extrajudiciais. As ações foram ajuizadas nos últimos meses por 10 sindicatos regionais e ou locais e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT).

Veja uma das manifestações dos magistrados:

“Não se verifica, de imediato, ilicitude nas cobranças de contribuições pessoais efetuadas pela CASSI sobre as verbas remuneratórias reconhecidas em demandas trabalhistas movidas em desfavor do Banco, de caráter individual ou coletivo, além de acordos judiciais e extrajudiciais, uma vez que são amparadas pelos artigos 37 e 39 do Regulamento (ID f238126) e pelo artigo 18 do Estatuto (ID 61b487d).”

A manifestação se refere ao Regulamento do Plano de Associados e ao Estatuto Social da CASSI, que preveem a incidência de contribuições sobre todas as verbas remuneratórias pagas pelo BB. Isso reforça a convicção de que tais cobranças são regulares, sendo fundamentais para a sustentabilidade econômica do Plano de Associados.

No dia 14 de março, foi indeferido o processamento da décima primeira ação, por entender pela ilegitimidade do sindicato.

A CASSI reafirma o seu compromisso de diálogo com os associados e a flexibilização das condições de pagamento, a fim de permitir uma negociação justa, com vistas à sustentabilidade do plano.

Fonte: Cassi

Ação Protetiva de Direitos impetrada pela AGEBB é julgada procedente

Publicado em: 10/03/2025

No dia 13 de dezembro de 2024, a Ação Coletiva Protetiva de Direitos impetrada por associados da Associação dos Gerentes do Banco do Brasil (AGEBB) foi julgada procedente pela Juíza Patrícia Germano Pacífico, juíza do Trabalho Titular da 12ª Vara do Trabalho de Brasília, no Distrito Federal.

A decisão foi proferida nos seguintes termos:

“Levando em consideração principalmente a observância aos princípios da Estabilidade Financeira e da Irredutibilidade Salarial, o pedido foi julgado procedente para reconhecer o direito adquirido pelos empregados que completaram o requisito temporal até 10/11/2017, de não serem descomissionados sem um justo motivo, nos termos da Súmula 372 do C. TST e art. 468, caput. Embora a Súmula 372 tenha perdido sua eficácia com a alteração legislativa prevista em seu §2º, advinda da Lei nº 13.467/2017, o juízo julgou que os funcionários que aderiram a ação estão cobertos por esta súmula, uma vez que faziam jus ao direito, quando da alteração da lei. O direito de ver incorporado o valor médio das gratificações auferidas nos últimos 10 (dez) anos, quando da prática de eventual destituição sem justo motivo de gratificação percebida, observado o disposto na Súmula 372 do TST, fica assegurado aos associados com a decisão da sentença coletiva, haja vista ser consequência lógica da proibição de descomissionamento baseada na referida norma.”

Em outubro de 2024 a AGEBB conseguiu fazer retornar o processo do TST e anular a decisão que entendia que o tema não suportava ação coletiva, mas sim ações individuais para firmar o entendimento de “dar provimento ao recurso da AGEBB para determinar que a Ação Coletiva trata de “direito individual homogêneo”, e em consequência, o juízo de primeira instância prosseguiu no novo julgamento da causa.

Diante do resultado, a AGEBB pede aos associados que fazem parte dessa ação protetiva (1522-32.2017.5.10.0012), e que foram descomissionados nesse período, que entrem em contato com a associação para envio de documentos como histórico de cargos comissionados, holerites dos períodos e formulários específicos, para a permanência e prosseguimento na Ação.

Embora essa ação protetiva de direitos inicialmente sirva apenas para aqueles que tiveram sua comissão retirada, e consequentemente seus salários reduzidos, traz uma tranquilidade maior aos demais integrantes da mesma, uma vez que sabem que tal direito adquirido no período em que já eram comissionados e amparados pela Súmula 372 está mantido. Qualquer descomissionamento, caso haja, pode ser comunicado diretamente à AGEBB e às advogadas para suscitarem à prevenção obtida pela ação, pois os funcionários que entraram com a ação não podem ser descomissionados e estão amparados pela proibição nela deferida.

Fonte: AGEBB

Eleição Caref: AGEBB apoia Suzana Alves no segundo turno

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O segundo turno das eleições para eleger a Conselheira ou Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários do Banco do Brasil (Caref) teve início no dia 6 e se estende até o dia 12 de março. A AGEBB apoia a candidata Suzana Alves de Melo para representar os funcionários.

Suzana Alves é funcionária do BB desde 2011 e membro do Conselho de Usuários da Cassi, além de voluntária na divulgação de vagas para funcis nas redes sociais desde 2018. No primeiro turno, que ocorreu de 7 a 13 de fevereiro, ela alcançou 1.139 votos, ficando atrás de Selma Cristina Alves Siqueira, com 5.733.

“Vamos manter o compromisso de defender um banco sustentável, com igualdade de oportunidades e humanizado. Não há como o BB ser sustentável, perene e competitivo sem pessoas. Somos nós, funcionários, que fazemos tudo isso acontecer”, disse a candidata.

Entre algumas das principais propostas de Suzana estão a adoção de uma real política de promoção à saúde mental (segurança psicológica), com modelo de governança que normatize o acolhimento nos prefixos, reduza adoecimento em função da carga excessiva de demandas, combate à redução de postos de trabalho, critérios e métricas bem definidos e atingíveis. Além disso, quer defender um modelo de governança que crie condições reais para a mudança de mentalidade entre gestores como uma das formas de combate ao assédio moral, como treinamentos de reciclagem e medidas punitivas para reincidentes, divulgação interna de nota de clima etc.

Como votar

Baiana de nascimento e mãe de três filhos, Suzana é pedagoga e professora formada em História pela Universidade de São Paulo (USP). Todos os funcionários da ativa podem participar da votação, via SISBB. Siga os passos:

  • Acesse o SISBB;
  • Clique na aba PESSOAL;
  • Clique na aba VOTAÇÕES BB;
  • Digite o número da candidata Suzana: F9213882

Porque é importante participar

O Conselho de Administração do BB é formado por oito membros: a presidenta, três indicados pelo Ministério da Fazenda, um indicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, um eleito pelos funcionários ativos do BB (Caref) e dois indicados pelos acionistas minoritários.

É importante que os funcionários participem do processo para escolha de Caref e indiquem de maneira qualificada seu representante no CA, principal instância decisória do banco em relação ao seu direcionamento estratégico. O candidato eleito, ao tomar posse como membro do Conselho de Administração do BB, irá atuar na defesa dos interesses da organização, exercendo plenamente todas as competências de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização.

Fonte: AGEBB

Bancos reforçam modelo híbrido e não preveem volta total aos escritórios

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Enquanto nos Estados Unidos grandes bancos pressionam os funcionários para uma volta total aos escritórios, no Brasil o modelo de trabalho que tem predominado nas principais instituições é o híbrido. A maioria opta por três dias por semana no presencial, e o totalmente remoto praticamente desapareceu, sendo reservado somente para uma pequena parcela dos profissionais de tecnologia.

O total de funcionários dos cinco grandes bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) caiu 2,6% nos últimos cinco anos, para 406,5 mil. O movimento foi puxado pelo Bradesco, que fechou 2,2 mil agências. Muitos prédios administrativos foram reformados, promovendo ambientes mais abertos e espaços corporativos, e o desafio das instituições agora é balancear as vantagens do home office – que é muito bem visto pelos empregados – com a necessidade de promover a integração e transmitir a cultura da empresa.

Um dos maiores empregadores do Brasil, com 96,2 mil funcionários, o Itaú tem aproximadamente 39% dos colaboradores administrativos no modelo presencial e 61% no híbrido, em que a frequência mínima obrigatória é de oito dias de trabalho presencial no mês, ou seja, cerca de dois dias por semana. “O objetivo é aproveitar o melhor dos dois mundos – a flexibilidade do home office aliada à presença física, que fortalece, por exemplo, a cultura da organização, a integração de novos colaboradores e a colaboração”, diz o banco.

Já no Bradesco, que tem 84 mil funcionários, 22% estão no presencial, 77% no híbrido e apenas 1% no remoto. Dos que estão no híbrido, 56% são o que o banco chama de “não preponderantemente remoto”, ou seja, com mais dias por semana no escritório do que em casa. “Hoje o gestor da área tem um papel muito importante na definição do modelo. Em geral, quando é contratado, o funcionário começa 100% presencial, aí vai tendo uma curva de aprendizagem nos primeiros meses e vai aumentando os dias no remoto”, conta Soraya Bahde, diretora de cultura e talentos no Bradesco.

Segundo ela, como o banco está em um momento intenso de transformação do modelo de negócios e evolução cultural, isso demanda mais encontros. “Temos promovido ao máximo situações para gerar engajamento, conexão, e elas muitas vezes são presenciais.”

O Banco do Brasil é um dos que têm uma visão mais positiva sobre o modelo híbrido. A diretora de recursos humanos, Mariana Dias, diz que o padrão para todos os funcionários administrativos é o híbrido, com três dias em casa e dois no escritório. Agora, o banco está estudando como avançar esse modelo para os funcionários de “agências virtuais”. Desde o ano passado vem sendo feito um piloto com algumas unidades e a ideia este ano é chegar a algo entre 20 e 25 escritórios no híbrido.

“Pesquisas internas demonstram o quanto os funcionários valorizam o híbrido. O NPS (métrica de satisfação) para quem trabalha nesse modelo é de 94, no topo da zona de satisfação. Também fizemos um levantamento sobre o que eles fazem nesse tempo que ganham em casa, e eles dizem que estão aproveitando a família, fazendo exercícios físicos. Ou seja, no médio e longo prazo vamos colher outros benefícios do trabalho remoto que não estão tão evidenciados agora”, diz a executiva.

Na Caixa, com seus 83,3 mil funcionários, o trabalho híbrido tem regras de participação pré-definidas em norma interna e definição de diretrizes específicas sob cada vice-presidência. “Sendo assim, cada vice-presidência tem autonomia para avaliar a adoção do trabalho remoto híbrido em suas unidades vinculadas, tendo em vista as especificidades do negócio e/ou processos da área de atuação”, diz o banco.

Segundo a Caixa, como o trabalho remoto é uma modalidade de trabalho que está em constante evolução, variando conforme as estratégias adotadas pela empresa, as políticas e práticas podem mudar de acordo com os objetivos organizacionais e as necessidades de adaptação ao mercado.

Procurado, o Santander, que no total tem 55,6 mil funcionários, informou apenas que a política do banco permite home office duas vezes por semana nas áreas administrativas, salvo exceções como o departamento de tecnologia.

O Nubank tem um dos modelos mais diferentes, com uma semana presencial por trimestre. O banco, que saiu de 2 mil funcionários antes da pandemia para quase 9 mil agora, diz que estudou diversos “benchmarks” e construiu seu modelo de forma a atrair talentos e, ao mesmo tempo, manter a cultura da empresa. “Depois da pandemia, muita gente saiu dos centros urbanos em busca de melhor qualidade de vida. Com esse modelo, conseguimos atrair gente de todos os Estados brasileiros, temos funcionários em 20 países. Nas contratações, nossa taxa de conversão mostra que esse modelo é um grande atrativo”, conta Suzana Kubric, diretora de RH.

Ela relata que, como o time cresceu muito, se quisesse obrigar o retorno de 100% da equipe ao escritório o banco não teria espaço para todo mundo. Mas nenhuma mudança no modelo híbrido está nos planos. “Avaliamos a situação a cada três meses e para nós está funcionamos muito bem. Usamos vários indicadores para medir a produtividade, mas o maior deles são os resultados, as entregas dos times.”

Apesar de não ser obrigatório, o Nubank deixa de 20% a 25% dos espaços disponíveis para quem quiser ir voluntariamente no presencial, fora da sua semana pré-definida. “Alguns times de liderança vão toda semana, tem alguns momentos do ano que estamos mais no escritório. Mas não é mandatório.”

Para os bancos, manter o funcionário no modelo remoto ou no escritório não tem grandes diferenças em termos de custo, mesmo com algumas devoluções de espaços alugados que aconteceram no início da pandemia. Já a produtividade é mais difícil de mensurar, mas a maioria das instituições diz que não há muita diferença. “Acaba que não existem dados muitos confiáveis, então a gente considera mais importante olhar para os resultados gerais, o que está sendo entregue para os clientes, evolução de produtos e mesmo o retorno aos acionistas”, diz Soraya, do Bradesco.

Fonte: Valor Econômico

Filas “intermináveis” podem custar R$ 10 milhões ao Banco do Brasil em MS

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O promotor Antonio André David Medeiros, da Promotoria de Justiça do Consumidor do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), ingressou com uma ação civil pública contra o Banco do Brasil pedindo uma indenização de pelo menos R$ 10 milhões pela manutenção de longas filas, com espera de mais de duas horas, durante um período de pelo menos três anos.

Essa ação é resultado de um inquérito civil aberto em 2019 para apurar o descumprimento da lei municipal que rege sobre a fila dos bancos e que estabelece um limite de 15 minutos como o tempo máximo de espera por atendimento em dias normais e de 20 minutos nos dias de pagamento do funcionalismo público.

Em um trabalho realizado por funcionários da Superintendência de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Procon-MS) e por peritos do próprio MPMS, a constatação foi de que, no caso de alguns clientes, o tempo de espera nas agências do Banco do Brasil chegou a quase duas horas e meia.

No mesmo levantamento, o tempo mínimo de espera verificado foi de 40 minutos, conforme cita o promotor na ação civil pública, ajuizada nesta semana na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

Os R$ 10 milhões que Medeiros pede na ação é como indenização por dano moral coletivo. O objetivo do promotor de Justiça é de que essa conduta, que ele caracterizou como reiterada, não se repita.

“Assim, presente o dano extrapatrimonial, consistente na lesão da confiança depositada pelos consumidores, e presente o nexo de causalidade entre o dano e a conduta da pessoa jurídica requerida, nasce o dever de repará-lo, cabendo indenização pelos danos causados”, argumentou Medeiros.

O representante do MPMS pede ainda a condenação por danos morais individuais – no caso dos clientes que se sentirem lesados e comprovarem a lesão ao direito.

“É exatamente isso o pretendido com esse pleito. A par da indenização por dano moral coletivo que [os clientes] sofrem diariamente com os atos abusivos e arbitrários perpetrados pela empresa requerida, tem-se que os consumidores deverão ser indenizados também na esfera moral individual”, justifica.

O valor requerido pela Justiça é de que o banco pague pelo menos R$ 10 mil por consumidor.

Entre os fatos elencados pelo MPMS na ação civil pública estão as oito autuações contra o banco em 2019 e as vistorias realizadas em anos como 2019, 2021 e 2022. Nesses casos, a espera máxima verificada foi de 2 horas e 22 minutos para atendimento em um caixa convencional.

No inquérito civil, o Banco do Brasil do tentou argumentar que os meios digitais para a resolução das demandas foram oferecidos aos clientes.

O MPMS, porém, não se satisfez com essa justificativa.

Na mira de Medeiros, contudo, não está apenas o Banco do Brasil. Ainda restam investigações em andamento envolvendo outras instituições bancárias – e que podem ser convertidas em ações civis públicas, caso o promotor de Justiça não encontre uma solução negociada.

O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa, ainda não se pronunciou sobre a denúncia. O Banco do Brasil ainda não foi citado no processo.

15 MINUTOS – TEMPO MÁXIMO DE ESPERA

Em Campo Grande, a Lei Municipal nº 4.303, de 2005, estabelece o tempo máximo de 15 minutos de espera
na fila para demandas por serviço nos estabelecimentos bancários. Nos dias em que o funcionalismo público paga seus servidores, esse tempo é estendido para no máximo 20 minutos.

Fonte: Correio do Estado

Banco do Brasil prevê juros mais altos no próximo Plano Safra

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A elevação recente da taxa Selic, que pressionou os gastos do governo para subsidiar o crédito rural e levou o Tesouro Nacional a suspender novas operações equalizadas na semana passada, e os novos aumentos já contratados para os próximos meses fizeram o Banco do Brasil, maior financiador do setor agropecuário, ver como certa a elevação do patamar de juros para o próximo Plano Safra 2025/26.

O cenário vai exigir criatividade e habilidade do grupo técnico do governo para encontrar soluções assertivas na definição das condições do crédito rural subvencionado no ciclo que será iniciado em julho, disse Luiz Gustavo Braz Lage, vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, em entrevista exclusiva ao Valor.

“O Plano Safra será lançado entre junho e julho. Todos os cenários que se têm da economia é que serão patamares de juros, comparativamente com a safra anterior, maiores. Isso está dado”, disse, sem indicar possíveis índices.

O executivo afirmou que o desenho do próximo Plano Safra será mais “engenhoso”. No ciclo 2024/25, as taxas do crédito controlado variam de 3% e 12%. A Selic está em 13,25% com projeções para ultrapassar a marca de 15% em 2025. “Esperamos que haja uma reacomodação dessa curva de juros”, acrescentou.

A definição das fontes de recursos será um debate importante, sinalizou. Ele concordou que um eventual corte no prazo de resgate das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), atualmente em nove meses, pode animar os investidores e favorecer novas emissões. O uso de valores captados pelo título em linhas com equalização, possibilidade que deve ser autorizada novamente em julho, também pode diminuir custos ao Tesouro.

Mesmo nesse cenário, o BB projeta crescimento. A carteira de agronegócios do banco aumentou 11,9% no ano passado e chegou a R$ 397,7 bilhões. Neste mês, a instituição já ultrapassou a marca de R$ 400,4 bilhões. A meta é expandir entre 5% e 9%, um ritmo mais comedido de elevação.

“É um ritmo compatível com o momento, não é desaceleração”, garante Braz Lage. O ambiente, de fato, é diferente de julho de 2024, quando o Plano Safra 2024/25 foi lançado, com Selic em 10,5% e projeções de queda para um dígito. “O custo ficou mais alto para o produtor, que tem feito mais contas”, explicou.

Mas ele não acredita em impacto no crescimento do agronegócio em si. O dado avaliado pelo BB é de expansão de 6% do PIB agrícola, puxada pela boa performance da safra de grãos, o comportamento satisfatório do clima, os preços em recuperação e a bonança de setores mais bem posicionados, como café e laranja.

“Estamos animados, mas com cautela, é um ano mais promissor depois de um período mais adverso”, indicou o executivo. O otimismo só não é maior pelo nível de endividamento e inadimplência, cujo índice saltou de 0,96% em dezembro de 2023 para 2,45% no fim de 2024, influenciado principalmente pelos atrasos nos pagamentos de custeio agropecuário. No período, foram mais de 150 mil operações prorrogadas, incluindo números do Rio Grande do Sul, afetado por secas e a enchente de 2024.

“Existe um segmento que se alavancou muito nos últimos anos, quem foi além em termos de arrendar terra. Já vimos esse filme antes, o agro é cíclico e resiliente. Os bons anos são para reforçar balanços e o colchão de liquidez para estar preparado”, destacou Braz Lage.

Ele aposta no arrefecimento das recuperações judiciais, que impactaram em 0,5 ponto percentual a inadimplência do banco, índice que deve se estabilizar durante o ano. “Quem fez gestão prudencial tem oportunidades. Quem se alavancou além do ponto, tende a sofrer mais nesse cenário”, completou. Segundo ele, o cenário “inspira cuidados”, principalmente com gestão de riscos com seguros, travas de preço e margem e investimentos em armazenagem e irrigação.

Plano Safra

Braz Lage considera superado o episódio da suspensão das operações com recursos equalizados do atual Plano Safra 2024/25 na semana passada. No aguardo da publicação da medida provisória com mais R$ 4,1 bilhões de orçamento para autorizar a retomada dos financiamentos, o executivo afirmou que não houve impactos na rotina e prevê aumentar os valores com subvenção ainda neste ciclo, a partir do remanejamento de limites de outros agentes, e emprestar tudo até o fim de junho.

O BB tem cerca de R$ 60 bilhões de recursos equalizáveis nesta safra, quase a metade dos R$ 133,6 bilhões distribuídos entre 25 instituições financeiras. Cerca de 65% dos valores do banco já foram emprestados e outros 15% estão comprometidos, ou seja, são propostas já autorizadas e que estão “na esteira” para liberação.

A perspectiva é ter reforços com a realocação de limites de outros bancos, cuja performance está aquém do planejado, em linhas como custeio de pequenos e médios produtores, disse Braz Lage. A reserva de recursos equalizados para este primeiro semestre do ano é estratégica para atender as feiras agropecuárias, já que há apetite para investimentos diante da previsão de alta nos juros em 2025/26, completou.

Segundo Braz Lage, os R$ 4,1 bilhões vão se somar aos R$ 14 bilhões previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para bancar a equalização em 2025 e será feito monitoramento constante para eventuais atualizações, a depender do ritmo de avanço da Selic. “Como vai ser o manejo, o governo vai indicar depois, se vai realocar entre outros itens do orçamento, para caber esses R$ 4 bilhões e outros valores se forem necessários”, acrescentou.

A presença maior forte do BB na partilha dos limites equalizáveis, aliás, é um ponto destacado pelo vice-presidente para a ampliação da carteira, além de apoio a projetos específicos, como para etanol de milho e outros biocombustíveis. “A carteira crescerá em toda a cadeia. Essa maior robustez em relação a ter abocanhado uma fatia maior do Plano Safra nos possibilitou um trabalho de reconquista de clientes”, afirmou.

O share de mercado do banco apenas entre as linhas do Plano Safra passou de 39% para 44% nos sete primeiros meses da temporada. A explicação é que os desembolsos na instituição caíram menos que a média do mercado na comparação com a safra 2023/24. Enquanto a retração nas liberações foi de 23% nos demais agentes financeiros, de R$ 170,1 bilhões para R$ 130,6 bilhões de julho de 2024 até janeiro de 2025, no BB o recuo foi de 12%, saindo de R$ 111,4 bilhões para R$ 98,4 bilhões. O financiamento via Cédulas de Produto Rural (CPRs) avançou 20% no período e chegou a R$ 22,7 bilhões.

Fonte: Globo Rural