Sindicato da PB firma acordo com BB que beneficia mais de 300 trabalhadoras

Publicado em: 09/03/2025

O Sindicato dos Bancários da Paraíba firmou um grande acordo com o Banco do Brasil, na sexta-feira (7), garantindo o reconhecimento do direito a intervalo de 15 minutos antes de cumprir horas extras a 352 trabalhadoras do Banco do Brasil. Com o acordo, as trabalhadoras terão direito ao crédito em conta no prazo de até 10 dias do valor calculado devido pelo banco.

“Fechar esse acordo mostrando a liderança dessas mulheres que estão aqui hoje nesse dia tão importante, na véspera do dia das mulheres, numa ação de mulheres sobre a questão dos 15 minutos é muito significativo”, comentou o presidente do Sindicato, Lindonjhonson Almeida.

Segundo o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Bancários, Robson Araújo, a ação cobra um direito exclusivo das mulheres, que foi suprimido pela reforma trabalhista.

“A ação cobra um direito que é exclusivo das mulheres, que inclusive foi suprimido pela reforma trabalhista em 2017. O fato é que nenhum banco cumpria essa legislação e nós cobramos que esses 15 minutos de intervalo, que elas tinham direito e não receberam, fossem pagos como horas extras”, explicou.

Segundo ele, a ação prevê o pagamento de quinze minutos com acréscimo de 50% (já que o cálculo é feito em cima do valor da hora extra) para cada dia em que as mulheres fizeram horas extras de 2008 em diante, tendo em vista que a ação foi ajuizada em 2013 e só retroage até os cinco anos anteriores.

Na ocasião, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembargadora Herminegilda Leite Machado, falou um pouco sobre a luta das mulheres e o simbolismo político do 8 de março.

“O dia da mulher não é um dia só para receber flores e chocolates. É um dia político, é uma data política. E é uma data para a gente lembrar das nossas ancestrais, daquelas que vieram antes da gente e que nos deram a oportunidade de estar aqui”, comentou.

“Estamos no mês de março, da jornada de lutas das mulheres. Dentre nossas bandeiras de lutas, com certeza se destacam a luta por respeito às nossas vidas, aos nossos corpos, equidade de gênero, participação nos espaços de poder, dentre outras! Poder notíciar essa conquista da ação dos 15 minutos a mais de 300 bancárias, na véspera do dia Internacional das Mulheres é muito importante para as bancárias e para o movimento sindical”, complementou a secretária de formação política do Sindicato, Magali Pontes.

Fonte: Turismo em Foco

Sentença confirma direitos de funcionários do Banco do Brasil

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A Justiça antecipou a prolação da sentença e julgou procedente a ação movida pelo movimento sindical contra o Banco do Brasil. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (26), garante a incorporação da média das comissões e/ou gratificações recebidas, por no mínimo dez anos, às funcionárias e funcionários atingidos pela reestruturação de 2016, parcelas vencidas e vincendas, bem como os reflexos nos seguintes direitos: repouso semanal remunerado (RSR), férias acrescidas de 1/3, 13º salário, horas extras, anuênios, participação nos lucros e resultados (PLR), FGTS e contribuições à Previ.

A ação foi movida pelo movimento sindical em defesa dos trabalhadores afetados pela reestruturação promovida pelo Banco do Brasil em 2016, que suprimiu comissões e gratificações de funcionários que as recebiam há mais de 10 anos.

“Como informamos em matéria anterior, o juiz havia designado data para o julgamento, mas sinalizou que poderia sentenciar antes. Foi o que ocorreu. Hoje a decisão foi disponibilizada e tivemos o pedido julgado procedente. Mais uma significativa vitória para as funcionárias e funcionários do Banco do Brasil”, destacou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Fernanda Lopes.

A assessora jurídica da Contraf-CUT e sócia do Crivelli Advogados, Renata Cabral, também celebrou a decisão: “As expectativas da procedência da ação foram confirmadas. Agora, não temos apenas uma tutela antecipada, temos também a decisão de mérito que reconhece o direito das funcionárias e funcionários.”

O Banco do Brasil ainda pode recorrer da decisão. No entanto, no momento, a tutela antecipada segue vigente, com prazo para cumprimento.

Relembre o Caso

A reestruturação de 2016 impactou diversos trabalhadores do banco, afetando diretamente a remuneração de muitos deles, que, até aquele momento, contavam com gratificações e comissões como parte de seu salário. Diante da negativa do banco em negociar as condições de trabalho e de pagamento, a Contraf-CUT e as Federações ajuizaram a ação em 2017, buscando o restabelecimento dos direitos retirados.

Durante o processo, a Justiça concedeu, em setembro de 2017, uma decisão favorável aos trabalhadores, garantindo a manutenção dos pagamentos das gratificações. No entanto, em agosto de 2018, o juiz de primeira instância extinguiu o processo, alegando ilegitimidade das entidades sindicais para atuar como substitutas processuais.

As entidades recorreram ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), que reconheceu a legitimidade das entidades e determinou o retorno do processo à Vara de origem. O Banco do Brasil recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a decisão favorável ao movimento sindical foi mantida, transitando em julgado em dezembro de 2023.

Com o retorno do processo à Vara do Trabalho, a Contraf-CUT protocolou, em 12 de dezembro de 2023, um pedido de restabelecimento imediato da tutela antecipada, o qual foi deferido no mesmo dia pela juíza Angélica Gomes Rezende.

Fonte: Contraf-CUT

Banco é condenado a pagar R$ 1,6 milhão a ex-gerente

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Um ex-gerente vai receber R$ 150 mil de indenização do Banco do Brasil por ter sido vítima de assédio moral pelos seus subordinados. O processo transitou em julgado (não cabe mais recurso) e agora está em fase de liquidação. A 13ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), em São Paulo, manteve a condenação estipulada em sentença.

O processo envolve um ex-funcionário que trabalhou por cerca de três décadas para a instituição, a maior parte desse período em funções de liderança, e que foi retirado do cargo de gerente-geral em duas agências.

No total, o Banco do Brasil foi condenado a pagar R$ 1,6 milhão ao funcionário. Além da indenização de R$ 150 mil por danos morais, ele teve direito a receber valores retroativos relacionados a gratificações de função e seus reflexos.

Em 2016, o bancário foi descomissionado depois de ser alvo de um processo administrativo. Já em 2019, foi novamente destituído, sob a justificativa de que seu desempenho na posição era insatisfatório.

Sobre a segunda situação, sustentou que foi vítima de “assédio moral vertical ascendente” feito por funcionários que praticavam irregularidades e foram reportados por ele.

O ex-bancário disse que as situações desencadearam um quadro de ansiedade generalizada que o levou ao afastamento previdenciário.

Na segunda situação, a magistrada entendeu que os elementos probatórios apresentados, demonstraram que o banco não se preocupou em apurar adequadamente as condutas de cada um dos envolvidos, além disso, considerou que a queda de desempenho do gerente ocorreu devido à conduta abusiva de alguns funcionários.

Ela destaca que na segunda agência, o trabalhador reconheceu a situação e a denunciou, mas o banco entendeu que ele não estava cumprindo seu papel como liderança. Fonte: O processo é o 1000674-06.2020.5.02.0025.

Fonte: Jornal Correio do Povo

Estratégia “segura” de investimento evitaria rombo bilionário na Previ

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Uma estratégia de investimentos “segura”, priorizando ativos de renda fixa, que garantem previsibilidade em pagamentos futuros, teria evitado o rombo bilionário na Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), de acordo com especialistas consultados pela CNN.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou na semana passada uma auditoria na gestão da Previ, após um rombo de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024.

A solicitação partiu do ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou “gravíssimas preocupações” com o resultado do fundo.

O resultado vai na direção contrária do histórico recente da Previ: em 2022, o resultado acumulado no ano ficou em superávit de R$ 5,2 bilhões; e em 2023, de R$ 9,8 bilhões.

O déficit de 2024, com gestão capitaneada pelo sindicalista João Fukunaga, só se compara ao resultado do fundo no pico da pandemia.

Em 2021 houve déficit de R$ 14,85 bilhões — mas num momento em que a crise da Covid-19 impactou cadeias globais de abastecimento e gerou volatilidade, afetando tanto investimentos de renda fixa quanto de renda variável, explicou a própria Previ em balanço anual.

Segundo Luigi Micales, gestor da Black Swan, o “maior desacordo” nas escolhas de investimentos do fundo é a distribuição percentual entre as classes de ativos.

Do total de 102 mil beneficiários da Previ, 3% estão na ativa, o que significaria que o fundo está em fase de pagamento de benefícios e não mais de acumulação

“Isso implica que deveria haver uma alocação mais conservadora, priorizando ativos de renda fixa que garantam a previsibilidade dos pagamentos futuros. Com resgates anuais de aproximadamente 8%, a Previ poderia priorizar uma alocação maior em renda fixa”, disse.

“Em um cenário em que títulos públicos pagam IPCA + 7,5% ao ano, o fundo poderia garantir um fluxo de caixa mais adequado à sua estrutura de pagamentos, trazendo maior previsibilidade e segurança financeira para seus beneficiários”, completou.

No acumulado de janeiro até novembro — período do rombo —, o Plano 1 da Previ concentrou 27,88% de seus ativos em renda variável.

Estes investimentos registraram 9,04% de prejuízo e lideraram as perdas no ano. Mesmo em 2021, durante a Covid-19, o déficit nesta classe foi menos expressivo (1,79%). Em 2022 e 2023 o lucro superou 16%.

Os ganhos com renda fixa ficaram abaixo dos percentuais registrados em anos recentes, mesmo em um cenário de juro elevado: 7,79%. Em 2021, o lucro com esta classe de ativos foi de 10,49%; em 2022, de 12,43%; e em 2023, de 11,21%.

Esta mesma percepção sobre a distribuição equivocada de ativos é compartilhada por Cássio Landes, head de Previdência e Seguridade da Valor Investimentos.

O especialista indica que “a diminuição da parcela de renda variável poderia ter mitigado parte do resultado negativo da Previ”.

Lucas Sharau, economista da iHUB Investimentos, afirma que, para minimizar riscos, uma estratégia conservadora deveria ser aplicada, com ativos pós-fixados, como o Tesouro Selic.

“Se houvesse uma gestão mais cautelosa, considerando o cenário econômico, a Previ poderia ter reduzido o impacto da volatilidade dos mercados e minimizado o déficit”, disse.

Impactos para aposentados do BB

Especialistas consultados pela CNN citam “vários motivos” que justificam a análise da saúde dos grandes planos de previdência complementar, desde o impacto no bolso dos brasileiros até as contas públicas, e a eventual possibilidade de casos de corrupção.

“Esses fundos têm uma obrigação social. Eles lidam com beneficiários que, ao longo da vida inteira, foram acumulando recursos para poder se aposentar. Quando ocorre um resultado negativo como esse, fica a dúvida de por quanto tempo isso vai se perpetuar”, afirma Cássio Landes.

A preocupação é que os beneficiários sejam impactados no futuro, já que a previdência é a “única ou principal fonte de renda que eles têm”, completa Landes.

Na Previ, os funcionários do Banco do Brasil (BB) na ativa contribuem mensalmente com uma parte de seus vencimentos para formar um fundo que, teoricamente, deve se multiplicar para pagar os benefícios dos aposentados e futuros aposentados.

“Perdas e prejuízos podem acontecer e, quando são confirmadas, o contexto das decisões que levaram a esses resultados devem ser analisados e justificados. Um bom parâmetro é a comparação da performance do fundo de pensão com o comportamento dos demais fundos de pensão do mercado”, avalia Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec-RJ.

Jorge Boucinhas, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) cita a possibilidade de “malversação de recursos públicos”.

Mesmo sendo uma entidade fechada de Previdência Complementar, com dinheiro dos empregados do BB, o déficit da Previ gera risco para as contas públicas, já que a União pode ser acionada para suprir os recursos.

“Um fundo como esse tendo resultado negativo, se houver déficit por qualquer razão, muito possivelmente serão necessários aportes de novos recursos pelo ente público”, explica André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados.

“Quando olhamos para uma Caixa Econômica, para um Banco do Brasil, estamos falando de uma potencial sangria em recursos de empresas públicas ou sociedades de economia mista muito importantes”, complementa.

Fonte: CNN Brasil

Ouvidoria da Previ recebe prêmio em evento promovido pela Abrarec

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A ouvidoria da Previ acaba de ser reconhecida como uma das melhores do país. A Entidade foi premiada no Prêmio Ouvidorias Brasil 2024, uma iniciativa da Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec). A associação criou o Prêmio Ouvidorias Brasil, em 2012, com o objetivo de reconhecer organizações públicas e privadas pelo compromisso com a transparência, o atendimento de excelência e a adoção de boas práticas em ouvidoria.

Para Francisco Lassalvia, presidente do Conselho Deliberativo da Previ, o prêmio reafirma o compromisso da Entidade em ouvir e atender seus associados da melhor forma possível. “Esse reconhecimento chancela a qualidade do nosso trabalho e reforça a importância de uma ouvidoria comprometida com a transparência e a resolutividade. Nosso objetivo é sempre aprimorar o atendimento e garantir que a voz dos nossos associados seja ouvida e considerada na busca por soluções cada vez mais eficazes.”
Excelência em relacionamento

A Abrarec é uma associação sem fins lucrativos dedicada a promover a cultura do bom relacionamento entre empresas e clientes, aprimorar a capacitação profissional e certificar a excelência em relacionamento.

A premiação avalia diversos critérios, como governança, integração, inovação em processos, uso de tecnologia e amplitude de atendimento, reconhecendo as empresas que melhor se relacionam com seus públicos de interesse. O reconhecimento do Prêmio reafirma a dedicação da Previ em aprimorar constantemente seus canais de comunicação e atendimento, garantindo transparência e eficiência no relacionamento com seus associados.

A cerimônia de premiação será realizada no próximo dia 20 de março.

Fonte: Previ

Bancos aceleram encolhimento da rede física e fecham mais de 800 pontos em 2024

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Os maiores bancos privados do País aceleraram os fechamentos de agências físicas em 2024, ampliando o encolhimento das redes ao longo da última década. O ritmo foi ampliado diante da migração das transações para os ambientes digitais, mas principalmente pela redução da rentabilidade das operações voltadas a clientes de menor renda, mais atingidas pela competição com bancos digitais e pela inadimplência.

No ano passado, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil encerraram em conjunto 856 agências, após fecharem 679 em 2023. Desde 2014, a rede dos três perdeu mais de 5 mil endereços, número que considera somente agências tradicionais. Se incluídos outros postos de atendimento, a redução é maior.

Os fechamentos em 2024 foram puxados pelo Bradesco. Em reestruturação, o segundo maior banco privado do País tem dito que o segmento de baixa renda precisa de um ajuste na presença física para ser rentável de forma sustentável. “Mesmo assim, a nossa base de clientes cresceu em 2,1 milhões em 2024, e 99% das nossas transações foram feitas pelo digital”, disse o presidente do banco, Marcelo Noronha, em entrevista à imprensa no começo do mês.

O Santander também tem sinalizado uma redução mais forte. “Se extrapolarmos para mais de um ano, em 2025, vamos ter reduzido entre 40% e 50% a nossa rede física em um espaço temporal relativamente curto”, disse o presidente do conglomerado, Mario Leão, em conferência com analistas. No ano passado, o Santander desatrelou as carteiras de clientes das agências.

Ganho a longo prazo

Embora o objetivo dos bancos seja reduzir custos, a redução demora a aparecer. “Os fechamentos têm dois efeitos: trazem custos adicionais, e especificamente no caso do Bradesco, o banco está abrindo escritórios para pequenas e médias empresas e para o Principal (novo segmento de alta renda)”, diz o analista de instituições financeiras do Citi, Gustavo Schroden.

Esse descasamento se reflete nas previsões das instituições para este ano. O Itaú espera um crescimento de despesas de 5,5% a 8,5%, em meio a investimentos no digital. Por outro lado, estima ter obtido um alívio de R$ 2,6 bilhões nas despesas em 2024 graças ao programa de eficiência.

O Bradesco, que também tem acelerado investimentos, projeta alta de 5% a 9% nas despesas em 2025, puxada também pela contratação de milhares de profissionais em tecnologia, que têm salários médios superiores aos dos bancários.

Desde o ano passado, o banco da Cidade de Deus separou R$ 1,013 bilhão para os custos com o fechamento de agências. Os outros bancos não informam o valor gasto na reestruturação da rede, mas têm sinalizado um reforço dos investimentos em tecnologia para dar maior robustez aos canais digitais.

Matheus Guimarães, analista de instituições financeiras da XP, afirma que os dois processos andam juntos porque os bancos precisam ter a capacidade de transferir os serviços das agências para o digital. “Parte dos processos ainda era realizada dentro da agência, como as cobranças. À medida que alguns desses processos são plenamente digitalizados, os bancos ficam mais confiantes para acelerar esse processo de fechamento”, diz.

Digital e físico

O Banco do Brasil foi exceção: no ano passado, manteve a rede física do mesmo tamanho, em uma estabilidade que dura três anos após uma série de fechamentos desde 2014. O banco público afirma que a estrutura física é importante, mas que precisa ser integrada ao digital, e começou a testar um novo modelo de agência, o Ponto BB, que faz essa mistura. Um ponto foi aberto no Recife em 2024, e outro deve ser aberto em Belém neste ano.

“Não dá para imaginar que em um País como o Brasil, todos os clientes se autoatenderão digitalmente, mas também não dá para imaginar que nas regiões, não vai haver clientes que usem o digital”, disse a presidente do BB, Tarciana Medeiros, em entrevista na quinta-feira, 20.

Dos quatro bancos, o BB teve o melhor índice de eficiência em 2024, de 25,6%. O pior foi o do Bradesco, de 52,2%. O indicador mede quanto da receita total é consumido pelas despesas, e, portanto, um número mais baixo indica uma eficiência maior.

No ano passado, o BB investiu R$ 2,2 bilhões em tecnologia e digital, alta de 60% em relação a 2023. Já o Itaú informou que R$ 2,3 bilhões do aumento de despesas em relação ao ano anterior vieram da aplicação de recursos nos negócios e em tecnologia. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estimou no ano passado que os bancos investiriam R$ 47,4 bilhões em tecnologia, 21% a mais que em 2023.

Fonte: Fonte: Estadão via Contec

Com economia aquecida, grandes bancos expandem crédito em 2024

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Os grandes bancos mais relevantes do país ampliaram a carteira de crédito em 2024 na comparação com o ano anterior. O montante total passou de R$ 5,44 trilhões para R$ 6,12 trilhões. Houve uma alta de 12,5%, segundo levantamento do Poder360 com base nos balanços financeiros das companhias.

Os que mais elevaram o crédito foram o Itaú (+15,5%) e o Banco do Brasil (+15,3%), como mostra o infográfico abaixo:

A carteira de crédito equivale ao somatório de todos os empréstimos realizados em um determinado período. Geralmente é dividida em categorias empresarial e pessoal.

Juntos, os bancos estatais acumularam uma carteira de R$ 3,10 trilhões, com expansão de 12,9% em 2024. Os privados somaram R$ 3,02 trilhões, alta de 12,1%.

São valores e proporções próximas, mas com uma liderança ainda das empresas públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende aumentar os financiamentos por meio dos bancos estatais.

ECONOMIA AQUECIDA

Um dos fatores que influenciou a ampliação da carteira de crédito em 2024 foi a economia aquecida no ano. A análise é de Alex Agostini, economista-chefe da agência de risco Austin Rating.

“O ciclo de renovação do crédito é mais curto tanto por parte das famílias como pelas empresas, resultando em um ciclo virtuoso que se retroalimenta”, declarou o especialista ao Poder360.

Ou seja, a recomposição de renda permitiu que os clientes pedissem emprestado e pagassem os encargos com uma velocidade maior.

O PIB (Produto Interno Bruto) do país avançou 3,4% em 2024, acima do que era esperado nas projeções iniciais. Parte do crescimento se explica pelo perfil do governo. O welfare state de quase R$ 400 bilhões por ano com programas sociais e transferências de renda impulsiona os resultados, mas impõe desafios para o ajuste das contas públicas.

A economia aquecida maior que as expectativas trouxe impacto na inflação. O Banco Central iniciou um ciclo de alta nos juros na tentativa de controlar os preços e taxa básica está em 13,25% ao ano. Alex Agostini afirmou que o movimento deve desacelerar a expansão da carteira de crédito em 2025.

“A política monetária contracionista requer mais seletividade das instituições financeiras na oferta de crédito e, consequentemente, no volume operado”, disse.

O Banco Central aperta os juros desde o 2º semestre de 2024. Os efeitos das decisões da autoridade vêm a longo prazo, por isso só devem ser sentidas a partir deste ano.

INADIMPLÊNCIA E LUCRO DOS BANCÕES

As taxas caíram na maioria dos bancos. Isso influenciou na expansão das carteiras de crédito. O Bradesco lidera as quedas na inadimplência acima de 90 dias.

“Os indicadores de inadimplência estavam bem comportados, inclusive com queda. E isso também permite a expansão do crédito, principalmente porque mantém as instituições nos limites de solidez financeira”, declarou Alex Agostini.

Quanto ao lucro líquido, todos os bancos elevaram o indicador. O destaque vai para Santander (+47,8%) e Caixa (+31,9%). Parte do resultado vem da alta no crédito.

Eis os dados:

Fonte: Poder 360