Afastamentos por transtornos mentais nos bancos crescem 168% em 10 anos

Publicado em: 31/07/2025

Bancos como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander registraram aumento de 168% no número de afastamentos por transtornos mentais em 10 anos, passando de 5.411 em 2014 para 14.525 em 2024.

O número é ainda mais impactante se for levando em conta que no mesmo período foram eliminados 88.165 empregos bancários – 512.186 em 2014 para 424.021 em 2024, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Do total de afastamentos pelo INSS, 34,5% foram por outros transtornos ansiosos; 24,8% por reações ao estresse grave e transtornos de adaptação; 24,1% por episódios depressivos e 11,2% por transtorno depressivo recorrente.

Os dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab) ganham mais relevância em face do Dia Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho, que será celebrado neste domingo 27 de julho.

Um caso que dá vida a essas estatísticas é o do bancário Fernando (nome fictício). Ele desenvolveu transtorno de ansiedade depois de apenas quatro meses trabalhando em uma grande instituição financeira, e teve de se afastar do trabalho por causa da doença.

“Meu gestor me diz que nenhum cliente pode sair sem um produto. Eu tenho que vender um produto de qualquer maneira. Além disso, vem a ameaça de que se eu não consigo aguentar essa cobrança, é porque eu não quero trabalhar aqui”, relata.

Bancos negam a realidade

Valeska Pincovai, secretária de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, destaca que mesmo diante de dados oficiais, os bancos seguem negando que os transtornos mentais são causados pela estrutura organizacional focada na cobrança de metas abusivas, muitas vezes feitas por meio de assédio moral, o que comprovadamente causa adoecimentos de ordem psíquica.

“Essa cultura não acontece apenas em um banco específico, mas em todos. Atendemos todos os dias bancários que relatam todos os tipos de pressão. Trabalhar sob estresse constante e ameaças não deveria ser a regra. Essa cultura desrespeita não só os trabalhadores adoecidos e suas famílias. Esse ‘empurrômetro’ de produtos desrespeita também os clientes, que são convencidos a adquirirem produtos que não precisam”, afirma a dirigente.

O aumento percentual de transtornos mentais nos bancos é maior do que o de benefícios concedidos a todas as categorias profissionais. No total, houve um aumento de 221.127 para 471.649 afastamentos entre 2014 e 2024, crescimento de 113%.

Seis milhões de acidentes de trabalho em 10 anos

Entre 2012 e 2022 foram notificados 6.774.543 acidentes de trabalho considerando todas as categorias profissionais. Deste total, 25.492 resultaram em morte, ainda de acordo com a SmartLab. Em virtude de afastamentos previdenciários acidentários registrou-se 461.424.375 dias de trabalho perdidos.

Ainda no mesmo período, os gastos estimados de pagamentos de benefícios de natureza acidentária pelo INSS chegaram a R$136,7 bilhões, o que equivale a um real a cada dois milésimos de segundo.

Epidemia de adoecimento mental e redução da jornada

Apenas em 2024, segundo dados do INSS, os transtornos mentais respondem por 56% de todos os afastamentos do trabalho nos bancos no município de São Paulo.

“É uma epidemia de adoecimento mental que deveria ser reconhecida pelos bancos. O movimento sindical tem uma longa história em defesa da saúde e das boas condições de trabalho, incluindo aí a reivindicação permanente pela implantação da jornada de trabalho de quatro dias de trabalho e três de descanso. Apesar da nossa luta intensa e constante e de leis que protegem os trabalhadores, os empregadores precisam compreender que seus empregados não são máquinas. A redução da jornada de trabalho diminui a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, os adoecimentos”, diz Valeska.

A dirigente enfatiza que não adianta os bancos implantarem programas de prevenção se não assumem que as causas do adoecimento são o assédio moral e as metas abusivas.

“Prevenção de doenças mentais nos bancos passa por metas justas, alcançáveis e coletivas; ambientes saudáveis de trabalho com respeito às pausas e desconexão sem cobrança por WhatsApp; e redução da jornada, para citar alguns exemplos.”

“Seguiremos cobrando e protestando até que os bancos reconheçam a urgência de adotar uma postura corporativa que respeite seus empregados. Pessoas inseridas em um ambiente de trabalho saudável produzem mais e adoecem muito menos”, finaliza a dirigente.

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

Banco do Brasil acumula perdas no ano; não há sinal de reversão

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As ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentam um momento delicado do ponto de vista técnico, refletindo a pressão vendedora que se intensificou desde o topo histórico registrado em maio deste ano.

O papel acumula fortes perdas nos últimos meses, tanto no curto quanto no médio prazo, com uma estrutura gráfica que ainda não apresenta sinais consistentes de reversão. O ativo caminha para o terceiro mês consecutivo de queda, enquanto no gráfico diário segue renovando mínimas em 2025. A proximidade de suportes estratégicos, como a média de 200 períodos, eleva a tensão técnica e pode definir os próximos movimentos: ou uma possível reação compradora, ou o aprofundamento do cenário de baixa.

Para entender até onde o preço das ações do Banco do Brasil (BBAS3) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica Banco do Brasil (BBAS3)

No gráfico diário, o papel segue em tendência de baixa e recentemente renovou a mínima do ano ao atingir R$ 19,86, reforçando o enfraquecimento da força compradora. No último pregão, houve uma leve alta de 0,05%, com o papel encerrando cotado a R$ 19,95, mas ainda longe de qualquer sinal de reversão mais consistente.

Atualmente, BBAS3 negocia abaixo das médias móveis de curto prazo, o que indica que o controle permanece com os vendedores. Para que o ativo ensaie uma recuperação no curto prazo, será necessário superar progressivamente as resistências nas regiões de R$ 20,22, R$ 21,02 e R$ 22,54. Caso esse movimento ganhe força, o próximo alvo passa a ser a média de 200 períodos, que se encontra nos R$ 24,88.

Se conseguir superar esse patamar, o papel poderá mirar alvos mais altos em R$ 25,60, R$ 26,95, com extensões para R$ 28,58 e, posteriormente, o topo histórico em R$ 29,57.

Por outro lado, caso a fraqueza persista e o papel perca a região de suporte entre R$ 19,86 e R$ 18,72, haverá espaço para quedas adicionais em direção às faixas de suporte em R$ 17,35, R$ 16,00, e mais abaixo em R$ 15,33 e R$ 14,47.

Análise de médio prazo

No gráfico semanal, o cenário permanece desafiador. Após atingir seu topo histórico em R$ 29,57 no mês de maio, BBAS3 iniciou um movimento descendente que já acumula uma retração significativa. Em julho, o papel recua 9,69%, caminhando para o terceiro mês consecutivo de queda. No acumulado de 2025, a desvalorização já atinge 14,42%.

Atualmente, o ativo opera abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés de baixa. BBAS3 também se aproxima da média de 200 períodos, localizada em R$ 19,77 — ponto técnico crucial. Um rompimento dessa região tende a acelerar o movimento vendedor, com alvos projetados em R$ 17,77. Se essa faixa for rompida, os suportes seguintes ficam em R$ 15,33, R$ 13,20, com alvos mais extremos em R$ 12,30 e R$ 10,38.

A reversão dessa tendência negativa exigirá força compradora consistente. Para isso, o papel precisará, inicialmente, retomar níveis acima das médias móveis de curto prazo. O primeiro obstáculo está na região de R$ 21,00 a R$ 22,54. Caso consiga firmar-se acima desses patamares, a próxima meta será a região de R$ 24,45, seguida por R$ 27,08 e R$ 28,58, até eventualmente retestar o topo histórico em R$ 29,57.

Fonte: Infomoney

BB apresenta proposta de migração de planos de saúde e previdência para incorporados

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Em reunião realizada nesta terça-feira, 30 de julho de 2025, o Banco do Brasil apresentou à CONTEC e representantes sindicais proposta referente à migração dos planos de saúde e previdência dos funcionários oriundos de bancos incorporados (BNC, BESC e BEP). A proposta atende a compromissos assumidos na negociação coletiva de 2023 e visa à integração dos empregados no âmbito dos planos geridos pela Previ e pela CASSI.

Previdência: Planos serão incorporados à Previ

O Banco informou que pretende transferir a gestão dos planos atualmente administrados pela PREVIBEP, FUSESC e ECONOMOS para a PREVI, mantendo as regras vigentes de cada plano. A migração administrativa trará, segundo o Banco, ganhos de escala, redução de custos e maior segurança para os participantes. Após a transição, os funcionários ativos poderão optar pela adesão ao plano Previ Futuro, que adota a nova Tabela PIP recentemente aprovada.

A medida é considerada um avanço histórico, atendendo a pleito antigo das entidades representativas, embora ainda careça de prazos e esclarecimentos operacionais.

Saúde: CASSI será aberta para os funcionários egressos dos bancos incorporados.

Quanto ao plano de saúde, o Banco anunciou que, após a conclusão da revisão do modelo de custeio da CASSI, será aberta a possibilidade de migração para o plano de associados. A migração, entretanto, seguirá as regras vigentes no novo estatuto da CASSI, ainda em discussão, não havendo garantia de extensão do direito ao pós-laboral, atualmente restrito a quem ingressou na CASSI até 2018.

Segundo informado, a adesão será opcional para os empregados da ativa, porém os planos atuais poderão se tornar inviáveis no futuro, a depender do volume de migrações. O Banco não apresentou definição sobre reabertura futura ou possibilidade de retorno.

Reivindicações sindicais: inclusão, segurança e tempo de serviço

Durante a reunião, os dirigentes sindicais enfatizaram que a proposta do banco, embora avance em parte, não contempla todas as reivindicações históricas dos funcionários. Destacaram, entre outras, a ausência de previsão de pós-laboral nos novos moldes da CASSI, o risco de extinção dos planos atuais e a necessidade de considerar o tempo de serviço nos bancos incorporados para fins de pontuação e progressão na carreira, inclusive na tabela PIP.

Desde a incorporação dos bancos, em 2009, até os dias atuais, muitos empregados oriundos dessas instituições já se aposentaram como funcionários do Banco do Brasil. No entanto, para esses aposentados, o Banco não ofereceu qualquer possibilidade de migração para a CASSI. Trata-se de uma situação grave, pois esses trabalhadores atuaram no Banco do Brasil, aderiram ao seu regulamento interno, mas foram impedidos de exercer o direito de opção pela CASSI.

Agora, discute-se a possibilidade de que os empregados ainda na ativa possam se associar à CASSI. Contudo, permanece sem resposta a situação daqueles que se aposentaram nesse intervalo. É imprescindível que o Banco do Brasil também se manifeste sobre esse grupo e apresente uma solução justa e adequada.

O Coordenador da Comissão, Gilberto Vieira, reiterou a importância de garantir segurança para migração, transparência e clareza aos empregados que terão de optar por caminhos irreversíveis, especialmente no que se refere aos efeitos da migração sobre a cobertura de saúde na aposentadoria.

Compromisso de continuidade e diálogo

Ao final, foi firmado compromisso de que o Banco manterá reuniões mensais com a CONTEC e entidades sindicais para acompanhamento dos desdobramentos, detalhamento técnico das medidas anunciadas e construção conjunta de soluções.

A CONTEC continuará acompanhando de forma atenta e responsável todos os desdobramentos, reafirmando o compromisso com a defesa intransigente dos direitos dos bancários.

Representaram o Banco do Brasil na reunião: Fabrizio Bordalo (Gerente Executivo da Gepes), acompanhado de Fabrício (Gerente de Soluções – Dipes), Carlos Alberto (Assessor – Dipes), Andréia, Cesar, Julio César e Felipe (Gerentes Executivos e de Soluções – UPE) e Juliana (Assessora da Diretoria de Marketing e Comunicação).

Representaram a CONTEC na reunião: o Coordenador da Comissão de Negociação, Gilberto Antonio Vieira, o Secretário-Geral da CONTEC, Davi Zaia e os dirigentes Carlos Souza, Dejair Besson, Marco Antônio, Rogério Marques (FEEB-SP/MS), Luiz Francisco Cardoso, Mário Sérgio Visentainer, Michael da Silva (FEEB-SC), Ivanilson Batista Luz (FEEB GO/TO), Adelmo e Alberto Flávio (FEEB-AL/PE/RN).

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

Banco do Brasil adia divulgação do balanço do segundo trimestre

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O Banco do Brasil (BBAS3) remarcou para o dia 14 de agosto a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.

O balanço será publicado após o fechamento do mercado. Com isso, a teleconferência de apresentação dos resultados será realizada no dia seguinte (15 de agosto), às 9h.

As datas foram informadas nessa sexta-feira (25) e representam um adiamento de 24 horas dos dados. Isso porque a divulgação do balanço do BB estava prevista para ocorrer um dia antes. Ou seja, no dia 13 de agosto, com a teleconferência em 14 de agosto.

O BB não explicou o motivo da mudança. Vale lembrar, contudo, que a expectativa do mercado para este balanço não é positiva.

Devido ao cenário desafiador do agronegócio, o aumento da inadimplência e as provisões crescentes, analistas projetam um mais trimestre difícil para o Banco do Brasil. Diversos bancos e casas de análise, por sinal, cortaram as projeções de lucros e dividendos do BB.

O Safra, por exemplo, acredita que o Banco do Brasil vai reportar um lucro líquido de R$ 4,64 bilhões no segundo trimestre, o que representaria uma queda de 51,1% em relação ao mesmo período de 2024.

Já o Itaú BBA acredita que o BB pode descumprir o seu guidance, que prevê a distribuição de 40% a 45% do lucro líquido de 2025 para os acionistas, sob a forma de dividendos e/ou JCP (Juros sobre o Capital Próprio).

A expectativa é de que a instituição distribua 30% dos resultados deste ano aos acionistas, o que implicaria um DY (Dividend Yield) de 6%.

Os dividendos complementares referentes ao segundo trimestre, por sinal, devem ser anunciados no dia 13 de agosto pelo BB. Ou seja, um dia antes do balanço. O banco, contudo, já antecipou R$ 516,3 milhões em JCP (juros sobre o capital próprio) do trimestre.

Fonte: Investidor 10

BB ultrapassa R$ 2 bi em portabilidade de crédito via Open Finance

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O Banco do Brasil ultrapassou a marca de R$ 2 bilhões em portabilidade de crédito utilizando dados compartilhados por clientes via Open Finance. O resultado reforça o protagonismo do Banco na transformação do sistema financeiro nacional, com foco em transparência e personalização da experiência do cliente.

Os números demonstram o impacto direto da estratégia adotada pelo Banco do Brasil no Open Finance, com 57 mil clientes que realizaram a portabilidade de crédito para o BB. Além disso, 2,1 milhões de clientes pessoas físicas tiveram aumento no limite de crédito, totalizando um incremento de R$ 10 bilhões para empréstimos. Em cartões, 619 mil clientes tiveram ampliação de limite, somando R$ 8 bilhões a mais de limite para uso dos cartões Ourocard. Já na PJ, houve um incremento de R$ 1 bilhão no limite de crédito de 9 mil empresas.

“O Open Finance não é apenas uma inovação tecnológica, mas um movimento transformador para toda a sociedade. Ele amplia o acesso, fortalece a transparência e coloca o cliente no centro das decisões, impulsionando um sistema financeiro mais justo e inclusivo”, afirma Filipe Préve, head de Open Finance do BB.

Segundo o executivo, o Banco do Brasil acreditou e apoiou essa transformação impulsionada pelo Banco Central desde o início. “Os números apresentados pelo Banco materializam nossa colaboração para um ecossistema financeiro mais aberto, ético e que gera valor real para cada cliente”, conclui.

Fonte: Banco do Brasil

CEO do Banco do Brasil: “diversidade não é moda, é economia”

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Há 25 anos, no seu primeiro dia no Banco do Brasil, Tarciana Medeiros ouviu a pergunta: “O que você quer ser dentro do banco?”. “Diretora”, respondeu sem hesitar a paraibana de Campina Grande. Na época, era uma entre quase 100 mil funcionários, mas queria estar entre os 20 principais líderes. “Olhei a próxima função: gerente de relacionamento, uma entre 5 mil. E assim eu fui.” Um degrau de cada vez até se tornar, em 2023, a primeira mulher a presidir o Banco do Brasil em 214 anos. “Passou um filme na cabeça”, lembra a presidenta, como prefere se referir ao cargo, que integra a lista Forbes Mulheres Mais Poderosas do Brasil.

Tarciana foi feirante e professora antes de ser aprovada no concurso do BB, onde construiu sua trajetória até o topo. “Foi natural me destacar pela experiência e pelas habilidades que desenvolvo desde os oito anos. Na feira, se você não conversa com as pessoas, não vende. No banco é a mesma coisa.” Começou em uma agência na Bahia e passou por diferentes estados, do Pará a São Paulo. “Rodar o país me trouxe a bagagem necessária para gerir a empresa hoje.”

À frente de uma organização com mais de 86 mil funcionários, Tarciana, 46 anos, mulher negra, nordestina e lésbica, representa a diversidade que quer ver dentro do banco. “Não é moda, é economia.” O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 37,9 bilhões em 2024, crescimento de 6,6% frente a 2023. “Nosso resultado é consequência da forma como trabalhamos nossos valores.”

Quando assumiu a presidência, 22% dos cargos de gestão eram ocupados por mulheres e 24% por pessoas negras. Com programas de aceleração de carreiras, esses números subiram para 27,4% e 29,1%, respectivamente, até o fim de 2024. Tarciana foi reconhecida pela ONU em Nova York como CEO de destaque nas iniciativas Elas Lideram e Raça é Prioridade, que buscam a paridade de gênero e raça na liderança até 2030.

Além da diversidade, o foco é entregar resultados sustentáveis, apoiar empreendedores e ampliar a educação e inclusão financeira. “Minha missão é que o Banco do Brasil seja reconhecido mundialmente pelo papel transformador na economia e na sociedade.”

A agenda da CEO inclui viagens pelo Brasil e pelo mundo, mas, nos finais de semana, ela busca estar com a família em Brasília. “Se tiver evento, eu levo todo mundo.” Tarciana encontra tempo para ler e estudar temas fora da economia. Acaba de reler “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, e está estudando neuropsiquiatria e TDAH. “Minha curiosidade me traz uma ampla bagagem, para o trabalho e para a vida”, diz, e lembra que, quando criança, desmontava rádios e televisões da família para entender como funcionavam.

Ser presidente do Banco do Brasil, segundo ela, é diferente de liderar qualquer outro banco brasileiro. “Algumas situações testam nossa capacidade de resistir, mas as minhas características me ajudam. Não é só resiliência, é teimosia mesmo e a necessidade de mudar o status quo.”

Fonte: Contec

BB supera R$ 6 bilhões em contratações no Crédito do Trabalhador

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O Banco do Brasil superou a marca de R$ 6 bilhões de contratações no programa Crédito do Trabalhador. Desde o lançamento, em março, já foram realizadas cerca de 600 mil operações em mais de 5,2 mil (93,5%) municípios brasileiros, com valor médio de R$ 10,1 mil por empréstimo.

Voltado a empregados com carteira assinada, o Crédito do Trabalhador oferece empréstimo com condições mais vantajosas, permitindo a troca de dívidas com juros elevados por parcelas menores e mais acessíveis, o que contribui diretamente para o alívio do orçamento familiar.

“Essa marca demonstra como é possível crescer de forma sustentável na modalidade, como prevíamos no lançamento do Programa, e representa o nosso compromisso para impulsionar a economia brasileira, reduzindo o endividamento das famílias. Seguimos fortes com a estratégia de oferecer empréstimos com condições mais adequadas a milhares de trabalhadores e reafirmamos o nosso protagonismo e liderança no setor”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do BB

O Banco do Brasil é a primeira instituição financeira do país a superar a marca de R$ 6 bilhões no programa, resultado da combinação entre a experiência do BB em crédito consignado, capacidade tecnológica e excelência na assessoria financeira prestada pelos funcionários da rede de atendimento.

Em julho, o volume de concessões apresenta cerca de 60% de crescimento em relação a junho, demonstrando a evolução do Programa e o compromisso do BB na oferta de condições atrativas aos trabalhadores. Destaca-se, também, a participação e zelo de milhares de empregadores com a execução do Programa, fortalecendo a segurança e sustentabilidade dos negócios.

Com uma plataforma de análise que integra um amplo conjunto de dados e informações de relacionamento com empresas e trabalhadores, o Banco oferece propostas personalizadas, seguras e eficientes, reforçando seu compromisso com uma atuação cada vez mais inclusiva e centrada no cliente.

Fonte: Banco do Brasil

Trabalhadores de bancos incorporados poderão migrar para a Cassi e Previ

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A Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, no final da tarde desta quarta-feira (30 de julho), com a direção do banco para discutir a integração dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados — Banco Nossa Caixa (BNC), Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Estado do Piauí (BEP) — aos planos de previdência da Previ e ao plano de saúde da Cassi, ambos utilizados pelos funcionários do BB.

A apresentação de uma proposta até o dia 31 de julho foi um compromisso assumido pelo banco em reunião realizada no dia 5 de fevereiro, quando foi anunciada a criação de um Grupo de Trabalho (GT) voltado exclusivamente à busca de soluções para os impasses enfrentados por esses trabalhadores. A medida atendeu a uma reivindicação histórica do movimento sindical.

Migração para a Previ

Durante o encontro, o BB apresentou a possibilidade de migração dos planos de previdência Previ BEP, Economus e Fusesc para a Previ, mantendo os direitos e características atuais. A proposta prevê a migração de todos os planos para a Previ, com a possibilidade de que em seguida, os funcionários da ativa possam optar pela migração para o Previ Futuro.

A Comissão de Empresa avaliou que a proposta representa um avanço, por permitir ganhos aos trabalhadores, redução de custos para o banco, como copatrocinador, e para as associações, além de contribuir para a otimização da gestão dos recursos previdenciários.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a importância do momento e fez um alerta sobre a necessidade de atenção às mudanças. “É fundamental que os colegas que optem pela migração compreendam bem as regras e as diferenças que entrarão em vigor para que tomem decisões conscientes e seguras.”

Uma das reivindicações centrais do movimento sindical era a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados na parcela 2B da tabela PIP. Até o momento, a única alternativa prevista é que aqueles que migrarem para o Previ Futuro possam pontuar na nova tabela, tornando-se aptos a contribuir para a 2B — a parcela em que o banco contribui na mesma proporção do participante.

No entanto, a efetivação da migração para a Previ dependerá ainda de ajustes técnicos e atuariais, que serão conduzidos com acompanhamento da Comissão de Empresa.

Pós-laboral: luta segue na mesa de custeio da Cassi

No campo da saúde, o banco informou que permitirá a adesão dos funcionários da ativa, oriundos dos bancos incorporados, ao plano da Cassi, após a apresentação da proposta da mesa de custeio da Cassi — espaço onde estão sendo discutidas, entre outras questões, as regras do pós-laboral para novos ingressantes na caixa de assistência.

O estatuto vigente estabelece que os novos participantes do plano de associados só poderão permanecer na Cassi após a aposentadoria como autopatrocinados, ou seja, sem a contribuição do banco.

Antônio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, foi enfático ao defender a responsabilidade do banco. “Nossa luta continuará para que todos os funcionários oriundos de bancos incorporados tenham a possibilidade do pós-laboral com a permanência da contribuição do patrocinador. Além disso, essa também é a luta dos funcionários que ingressaram no banco após 2018.”

Ele reforçou que a inclusão do banco no custeio do pós-laboral é uma demanda legítima, justa e alinhada aos princípios constitucionais da igualdade e da isonomia. “É essencial que o Banco do Brasil trate de forma equitativa todos os seus funcionários, sem discriminação baseada na origem bancária.”

A coordenadora Fernanda Lopes também criticou a exclusão. “Uma proposta que exclui o direito ao pós-laboral não resolve o problema — ao contrário, perpetua a desigualdade e o sentimento de injustiça entre trabalhadores que ajudaram e ajudam diariamente na construção do banco. Seguiremos firmes na luta para que esses colegas tenham o direito de permanecer no plano de saúde da Cassi após a aposentadoria, com a devida participação do banco no custeio, assim como os demais funcionários do BB.”

Luta por isonomia plena continua

A CEBB reafirma que a luta por isonomia plena permanece como uma bandeira central para o conjunto das trabalhadoras e trabalhadores do Banco do Brasil. “Chamamos todos e todas — sejam oriundos do BB, da Nossa Caixa, do Besc ou do BEP — a se manterem mobilizados e unidos nessa luta. O diálogo e a solidariedade são fundamentais para construirmos um futuro mais justo e equilibrado para toda a categoria”, concluiu Fernanda.

Os representantes dos trabalhadores exigiram e garantiram a instalação de uma mesa de acompanhamento mensal, com participação da Previ e da Cassi, para monitorar a implementação das mudanças e garantir transparência e participação durante todo o processo. O banco concordou com a proposta.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários do BB elegem delegados e definem propostas para o congresso estadual

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Funcionários do Banco do Brasil lotados na base de atuação do Sindicato dos Bancários de São Paulo elegeram os delegados para o Congresso Estadual da Fetec-CUT/SP e definiram as propostas para um plano de lutas que será discutido também na etapa estadual, no dia 8 de agosto.

“As pautas aprovadas dialogam com as demandas dos trabalhadores da nossa base e com as pautas gerais do funcionalismo dentro dos eixos defesa do banco público; previdência; e saúde. Agora elas serão encaminhadas e discutidas no congresso da Fetec-CUT/SP, onde serão definidas as propostas dos bancários do estado de São Paulo” explica Leonardo Imbiriba, dirigente do Sindicato e bancário do BB.

A etapa seguinte ao congresso estadual será o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), que será realizado mesmo sem que haja Campanha Nacional dos Bancários este ano, já que o acordo coletivo dos funcionários do BB e a Convenção Coletiva de Trabalho são válidos até 31 de agosto de 2026.

“Mesmo assim é muito importante a realização dos encontros em âmbito local, estadual e nacional, a fim de manter a organização dos trabalhadores do BB, bem como para discutir nossas demandas e cobra-las da direção do banco nas mesas específicas de negociação”, destaca Leonardo.

Propostas aprovadas do plano de lutas

Eixo1 Conjuntura e Papel do banco público

1 – Defesa do BB público contra terceirizações e por mais contratações por concurso público;
2 – Ampliação do atendimento à população nas agencias com maior movimento e em regiões carentes e periféricas com ampliação de postos de trabalho e preenchimento dos claros;
3 – Campanha Menos Metas Mais Saúde;
4 – Campanha Queremos Home Office BB.

Eixo 2 Saúde

1 – Cassi para todos;
2 – Inclusão da contribuição patronal para o pós laboral dos ingressantes na Cassi pós 2018;
3 – Aumento da contribuição do patrocinador BB no custeio da Cassi na proporção 70/30 conforme CGPAR 52;
4 – Incluir a cirurgia de afirmação de gênero/redesignação sexual em seu rol de procedimentos da Cassi;
5 – Fortalecimento e ampliação das CliniCassi.

Eixo 3 Previdência

1- Inclusão da nova tabela PIP para os bancos incorporados.

Moções

No mesmo encontro, realizado no sábado 26 de julho, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, foram aprovadas três moções: a primeira em defesa da soberania nacional em face dos ataques de Donald Trump e da família Bolsonaro contra o país; a segunda em solidariedade a presos políticos no Paquistão; e a terceira em defesa da liberdade sindical na Companhia Águas de Joinville.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Grandes bancos devem lucrar R$ 26,2 bilhões no segundo trimestre

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Os resultados dos grandes bancos no segundo trimestre devem trazer sinais mais claros de desaceleração no crédito – movimento esperado há meses, mas ainda não tão acentuado nos números mensais do Banco Central (BC). Embora os dados até junho ainda mostrem alguma resiliência, analistas e investidores estarão atentos a possíveis revisões nas projeções (“guidance”) e ao tom das falas dos executivos nas teleconferências.

O cenário segue pressionado pela Selic elevada, a crise recente envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a tensão gerada por medidas tarifárias dos Estados Unidos. Por outro lado, há fatores que podem compensar parcialmente essas pressões, como o avanço do novo crédito consignado privado e possíveis mudanças no modelo de funding (captação de recursos) de financiamento do crédito habitacional.

Segundo a soma da média de estimativas de 11 casas consultadas pelo Valor, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) devem registrar lucro de R$ 26,248 bilhões no segundo trimestre. Se confirmado, o resultado representa queda de 7% em relação ao primeiro trimestre e recuo de 4,9% na comparação anual.

A expectativa é que o Bradesco contribua positivamente para o desempenho, enquanto o BB pode ter uma queda mais acentuada no lucro, pressionado pela inadimplência no crédito rural. O Bradesco, inclusive, pode voltar a lucrar mais que o BB pela primeira vez desde o início de 2022.

A combinação entre atividade econômica mais fraca e juros altos tem reduzido a disposição dos bancos para conceder crédito, especialmente em linhas de financiamento de veículos, empréstimo pessoal, crédito para pequenas e médias empresas (PMEs) e cartões. Essa tendência foi apontada pela maioria das casas. Para o Itaú BBA, por outro lado, o mercado de trabalho mais aquecido contribui para um ciclo de crédito menos turbulento, ajudando inclusive a conter o avanço da inadimplência.

Bradesco se recupera e pode voltar a lucrar mais que o Banco do Brasil, o que não ocorre desde o início de 2022

Os analistas também observam uma deterioração na qualidade de ativos em algumas carteiras, o que eleva o custo de crédito. O BB é citado com maior preocupação por sua exposição ao agronegócio, que representa cerca de um terço da sua carteira total e exige provisões mais elevadas.

Para Eduardo Nishio, líder da área de research da Genial, a piora no ritmo de crescimento do crédito deve se acentuar no segundo semestre, com a inadimplência alcançando um pico na virada do ano. “O segundo semestre tende a ser pior. Vai ser até piorado porque os bancos já começaram a diminuir o ritmo de crescimento do crédito. Então, o denominador, que é o volume total, deve dar uma secada. A gente deve terminar o ano abaixo de 10% de crescimento de crédito.”

Outro fator de atenção nos resultados é a adoção da resolução 4.966 do Conselho Monetário Nacional (CMN), em vigor desde o início do ano, que alterou a forma como os bancos provisionam perdas esperadas. O novo modelo substitui o critério de perda incorrida – em que o banco provisiona à medida que o crédito entra em atraso – pela perda esperada, que exige provisão já no momento da concessão, com base na probabilidade de inadimplência.

O segundo trimestre ainda foi marcado pela crise do IOF. Em 22 de maio, o governo publicou um decreto que aumentava o imposto sobre operações de crédito e passava a incluir produtos antes isentos, como o risco sacado. O Congresso derrubou a medida em 27 de junho, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a decisão legislativa em 16 de julho, mantendo o imposto geral e excluindo a cobrança sobre o risco sacado.

Apesar da medida, Nishio vê o crédito às empresas sendo mais afetado pelos juros altos do que pelo IOF. “Pequenas empresas vão ser impactadas, mas os bancos já estão puxando o freio bastante. Talvez você tenha um impacto mais nas médias das empresas [do IOF]. Eu acho que o impacto nas pessoas jurídicas vai ser muito mais por conta dos juros altos e do risco estar aumentando.”

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) chegou a revisar para cima a projeção de crescimento do crédito em 2025, de 8,5% para 8,7%, antes do anúncio do presidente americano Donald Trump de aplicar tarifas de 50% sobre importações brasileiras. Embora a medida não afete diretamente o setor, pode ter impacto na economia e forçar os bancos a recalibrar o risco de crédito, especialmente a exportadores.

Segundo semestre tende a ser pior. Os bancos já começaram a diminuir o ritmo do crédito”, diz Eduardo Nishio.

Outro destaque do trimestre deve ser o crédito consignado. Em junho, as concessões da modalidade caíram 4,9% ante maio, após o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) bloquear novos descontos devido a fraudes envolvendo aposentados. No mês anterior, a queda havia sido de 55,1%, na margem.

Já o novo consignado privado, lançado em março, ganhou fôlego a partir do fim de abril, quando os bancos puderam ofertá-lo em seus canais próprios. Em junho, o governo passou a permitir a portabilidade de dívidas antigas para o novo modelo. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), já foram contratados mais de R$ 21 bilhões nessa nova linha.

O crédito habitacional também é um ponto de atenção. Este mês, presidentes dos grandes bancos se reuniram com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e com o presidente Lula, para discutir alternativas de funding ao setor, diante da redução estrutural da poupança. Entre as propostas estão a redução dos depósitos compulsórios e a criação de mecanismos de securitização e venda de carteiras.

O Itaú deve reportar mais um trimestre de lucro forte, com estimativas apontando resultado de R$ 11,328 bilhões no trimestre, alta de 1,79% ante o trimestre anterior e 12,47% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O desempenho deve ser sustentado por uma boa contenção de custos, inadimplência sob controle e expansão de margens, segundo os analistas.

“Os resultados do Itaú têm sido consistentes e relativamente previsíveis ao longo dos trimestres. Esperamos margens estáveis, dado o declínio na margem com o mercado e nenhuma deterioração material na qualidade dos ativos neste trimestre. A combinação de rentabilidade sólida e expansão moderada da carteira de empréstimos deve levar a uma geração adicional de capital”, diz o relatório do UBS BB.

Na outra ponta, BB deve reportar lucro de R$ 5,159 bilhões, uma queda de 30,04% em relação ao trimestre anterior e de 45,71% na comparação anual. Após disputar com o Itaú a liderança em lucratividade nos últimos anos, o BB enfrenta agora um cenário mais delicado, marcado pelo aumento da inadimplência, especialmente no agronegócio, e pela necessidade de provisões adicionais.

Os analistas também apontam a piora do crédito a pequenas e médias empresas como fonte adicional de pressão. Apesar do cenário negativo, o banco pode apresentar alguma recuperação na margem financeira com clientes e nas receitas de tesouraria, além de alívio no custo de captação. O Safra também espera que o BB volte a divulgar seu guidance para o ano, após tê-lo suspendido no último trimestre.

Ainda assim, o tom do mercado permanece cauteloso, com analistas destacando os riscos ligados à qualidade dos ativos, à condução da política de crédito e à possível interferência do governo em temas sensíveis à rentabilidade. “Acreditamos que as preocupações com a qualidade dos ativos e a potencial interferência governamental continuam sendo os principais debates entre os investidores. Nesse contexto, acreditamos que o BB pode ter um desempenho inferior ao de seus pares privados se a qualidade dos ativos enfraquecer e/ou a interferência aumentar”, diz o relatório do Goldman Sachs.

O Bradesco deve reportar lucro de R$ 6,034 bilhões no segundo trimestre. A projeção representa alta de 2,90% sobre o trimestre anterior e de 27,95% na comparação anual. A recuperação, segundo os analistas, é sustentada pelo crescimento do crédito, melhora da margem com clientes e bons resultados em seguros, apesar da pressão negativa na margem de mercado, afetada pela Selic elevada. A margem com o mercado, por outro lado, deve praticamente zerar no trimestre, afetando o resultado financeiro.

A inadimplência deve seguir controlada, com leve aumento esperado, e o custo de risco (provisões para perdas) deve subir apenas marginalmente. A carteira renegociada tende a continuar em queda, refletindo o encerramento de linhas antigas de maior risco, enquanto o banco amplia a concessão de empréstimos com garantias, o que contribui para a qualidade dos ativos.

O Santander deve registrar um lucro de R$ 3,728 bilhões no segundo trimestre de 2025, resultado 3,46% inferior ao do trimestre anterior, refletindo margens financeiras pressionadas e aumento nas provisões para perdas (PDD). Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o resultado deve ter alta de 11,87%.

Apesar de sinais de recuperação gradual e melhora na rentabilidade nos últimos trimestres, o banco ainda enfrenta desafios, segundo os analistas. A margem com o mercado deve voltar ao campo negativo, impactada pelos juros elevados. Já a margem com clientes tende a crescer, favorecida por spreads maiores e redução no custo de captação.

As projeções para o Nubank são de um trimestre de crescimento robusto, impulsionado pela expansão da carteira de crédito, especialmente em cartões e no financiamento via Pix. As projeções das casas consultadas pelo Valor apontam para um lucro de US$ 611 milhões. “O crescimento dos lucros deve ser impulsionado pelo crescimento robusto dos empréstimos e da margem financeira, além de despesas operacionais controladas”, diz o relatório do BofA.

Fonte: Valor Econômico

Número de pessoas que acessam banco online cresce 22 milhões em dois anos

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Mais de 119,6 milhões de pessoas usaram a internet para acessar bancos ou outras instituições financeiras em 2024. Esse número supera em 22,5 milhões o total de brasileiros que utilizaram internet banking em 2022.

O dado de 2024 representa também 71,2% dos 168 milhões de brasileiros que tinham acesso à internet. Em 2022, o percentual era 60,1%; em 2023, 66,7%.

Os dados fazem parte de um suplemento sobre tecnologia da informação e comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O analista do IBGE Gustavo Geaquinto Fontes destacou o crescimento identificado pela pesquisa. “Foi um aumento muito rápido, 11,1 pontos percentuais em um período de dois anos”, constata.

Bancarização e Pix

Ele explica que a pesquisa não pergunta qual o serviço que a pessoa realizou pela internet, mas aponta algumas hipóteses.

“Pode ser pelo aumento da bancarização, mas também, cada vez mais pessoas fazem uso de bancos por meio de aplicativos de celular, por exemplo”, diz Fontes. “O uso do Pix se expandiu muito de forma rápida”, acrescenta o analista.

O também analista Leonardo Quesada lembra que o dado específico sobre acesso a bancos ou outras instituições financeiras pela internet é coletado a partir de 2022 apenas, mas reforça a hipótese do Pix.

“O Pix acaba também favorecendo muito isso porque a pessoa acaba usando ali dentro no celular, no celular usando a internet, tem aplicativo do banco, então eu acho que facilitou, só que a gente acaba tendo uma série meio curta para comparar antes do Pix. Então a gente não pode dizer somente em relação ao Pix, mas eu acho que faz sentido, sim, ele ter fortalecido esse movimento”, contextualiza.

Dados do Banco Central (BC) mostram a evolução da bancarização no país. Em 30 de junho, havia 202,5 milhões de pessoas físicas com contas bancárias. No período de comparação do IBGE – final de 2022 para o final de 2024 –, o BC identifica crescimento de 6% (188,3 milhões para 199,8 milhões).

Criado pelo BC em novembro de 2020, o Pix somou no fim de junho deste ano 159,9 milhões de pessoas físicas cadastradas. O uso dessa forma instantânea de pagamento chegou a ser apontado pelo governo do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, como prejudicial a companhias americanas.
Serviços públicos

Outro uso de internet que apresentou crescimento na pesquisa do IBGE são os serviços públicos. Em 2022, quando o dado começou a ser coletado, 54 milhões de pessoas realizaram algum tipo de serviço público pela internet. O número saltou para 65,2 milhões em 2024. Em termos proporcionais, passou de 33,4% dos usuários de internet para 38,8% no intervalo de dois anos.

“Têm sido disponibilizados cada vez mais serviços públicos por meio da internet”, constata Gustavo Fontes.

A pesquisa do IBGE visitou domicílios no último trimestre de 2024 e fez perguntas sobre os hábitos dos brasileiros 90 dias antes da realização da pesquisa. Alguns usos têm histórico desde 2016.

A compra ou encomenda de bens e serviços de forma online também foi destacada pelo IBGE. Em 2022, 42% das pessoas que usavam a internet fizeram alguma compra ou encomenda. Em 2024, eram 48,1%.

Principal uso

O IBGE constatou que, de 2019 a 2024, houve uma inversão entre os dois primeiros usos de internet por parte dos brasileiros. Em 2019, a principal atividade era enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail, que era prática de 95,8% das pessoas. Em 2024, essa prática, que inclui o popular WhatsApp, passou para 90,2%.

Por outro lado, conversar por chamadas de voz ou vídeo passou no mesmo período de 91,4% para 95%, sendo atualmente a principal atividade realizada pelo brasileiro na internet.

Sem dado de bets

Um uso de internet que tem crescido no país não foi pesquisado de forma específica pelo IBGE: o acesso a plataformas digitais de apostas, as chamadas bets.

O estudo Raio X do Investidor Brasileiro, elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), estima que 23 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma aposta em plataformas online em 2024. Esse número representa 15% da população com 16 anos ou mais de idade.

O IBGE reconhece que o uso de bets “explodiu no país”, o que pode ser repensado pela Pnad.

“Essa parte tecnologia tem evoluído muito rápido, sejam serviços, sejam hábitos de uso de internet, então é claro que, em uma próxima revisão, a gente pode avaliar a possibilidade de incluir itens que a gente considera que são relevantes, que aumentaram a importância daquele uso na sociedade”, frisa Fontes, lembrando que a pesquisa foi iniciada em 2016 e novos itens de investigação já foram incluídos em 2022.

Fonte: Agência Brasil

Trabalhadores cobram e bancos aceitam criar mesa permanente sobre IA

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O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram nesta segunda-feira (28), na capital paulista, para a “Negociação Nacional Bancária sobre Novas Tecnologias, como a IA, e a Atividade Bancária”.

Com base em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a coordenadora do Comando Nacional e também presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, destacou que 1 a cada 4 empregos serão impactados, em algum grau, pela Inteligência Artificial (IA) Generativa, sendo que a maioria dos postos de trabalho expostos à IA serão transformados, exigindo ações para a qualificação e requalificação de trabalhadores.

A pesquisa apontou ainda que as mulheres têm duas vezes mais chances de serem expostas à IA generativa e em postos de trabalho que tendem a desaparecer pelos avanços tecnológicos.

“Dados do próprio setor mostram que o uso de IA é intenso, por parte dos bancos, e está reduzindo os custos dessas empresas. Na Consulta Nacional dos Bancários 2025, que acabamos de realizar, maioria significativa dos trabalhadores apontaram que esses ganhos de produtividade, obtidos com os avanços tecnológicos, devem ser traduzidos em aumento salarial. Além desse pedido, nós, do Comando Nacional, cobramos que esses ganhos obtidos com a tecnologia também se traduzam com a redução da jornada para quatro dias de trabalho semanais, sem redução salarial”, ressaltou Juvandia Moreira.

A dirigente completou que a cateogira também quer verificar em que medida a IA está sendo utilizada para controle dos trabalhadores, e como essas novas tecnologias podem estar vinculadas às questões de direitos por igualdade de oportunidades dentro das empresas, desumanizando os processos de contratação, ascensão e até demissão dos empregados.

Em seguida, o presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo, apresentou à Fenaban, a proposta dos trabalhadores de instalação de uma mesa permanente para negociações sobre IA, a partir da qual, seriam debatidos os seguintes pontos:

1 – Informar e consultar os sindicatos sobre o desenvolvimento e a implementação de sistemas de IA que possam ter um impacto significativo nos funcionários dentro do sistema financeiro. Incluindo ainda estabelecimento de mesa de negociação por banco envolvendo as COEs.
2 – Pontos que devem ser negociados de forma imediata: fechamento de agências, cargos eliminados, por exemplo, de caixas, tesoureiro, gerente administrativo.
3 – Reconhecimento dos bancos que a IA tem o potencial de impactar os funcionários de várias maneiras, incluindo: mudanças nas funções e responsabilidades do trabalho; a necessidade de novas habilidades e treinamento; o potencial para deslocamento de empregos e mudanças nas condições de trabalho.
4 – Garantir em ACT que esses novos profissionais não sejam PJ ou terceirizados, ou seja, que o trabalho não seja precarizado.
5 – Negociação de um programa de requalificação e realocação, em se fazendo necessário, para que os bancários possam migrar para outras áreas. Estabelecer um apoio financeiro (indenização adicional) aos trabalhadores demitidos.
6 – Garantir que os sistemas de IA sejam desenvolvidos e usados de forma ética e responsável, em conformidade com as leis e regulamentos relevantes. Problemas nos “scores” que são definidos pela IA que discriminam socialmente os clientes e impactam no trabalho bancário.
7 – Proteger e privacidade e a segurança dos dados de funcionários e clientes.
8 – Garantir que os funcionários tenham o direito de contestar decisões tomadas por sistemas de IA.
9 – Os bancos e sindicatos concordam em estabelecer o “Observatório de Transformação Digital dos Bancários” num trabalho conjunto para monitorar a implementação deste acordo e para desenvolver orientação adicional sobre o uso da IA no trabalho bancário.
10 – Redução da jornada de trabalho para 4×3, sem redução salarial, para que os ganhos de produtividade dos bancos advindos da tecnologia sejam divididos com os trabalhadores.

“A tecnologia não tem que trazer apenas benefício para os bancos, mas também, e principalmente, para os trabalhadores e para a sociedade. Por isso, nós queremos participar ativamente do debate, sobre essas transformações, que estão relacionadas à criação de novas formas de trabalho que os bancários necessitam aprender”, reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Ramon Peres. “As IAs não precisam apenas estar ligadas aos lucros e aumento de produtividade no setor. Podem e devem nos trazer mais segurança e mais ferramentas que estejam ligadas à ética e à responsabilidade social das organizações”, completou.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, defendeu que “as revoluções tecnológicas devem ser usadas para o bem da sociedade em geral, e não para acabar com empregos e com o atendimento presencial à população”. Para isso, recorreu a um levantamento do Dieese, realizado a partir de pesquisa de tecnologia da própria Febraban: “Em 2024, só 2% das atividades bancários foram feitas nas agências, mas esses 2% representam R$ 3,6 bilhões do total de transações (de R$ 208,2 bilhões no ano), volume semelhante ao de anos anteriores. Ou seja, as agências continuam rendendo para os bancos, o que reforça a necessidade de se manter as unidades físicas e os postos de trabalho”, observou.

Resposta da Fenaban

Os porta-vozes da Fenaban concordaram em incluir os trabalhadores no debate sobre mudanças tecnológicas no setor e aceitaram a proposta de mesa permanente para discussões sobre IA. Além disso, solicitaram ao Comando uma proposta de calendário para os próximos encontros sobre o tema.

Programa Mais Mulheres na TI

Por fim, a Fenaban trouxe os dados do Programa Mais Mulheres na TI, conquistado pela categoria bancária na última renovação da CCT, onde ficou estabelecida 3.000 bolsas de estudos pela escola PrograMaria e 100 bolsas de estudos pela escola Laboratória, de cursos voltados à tecnologia da informação.

Os resultados do PrograMaria foram:

1ª Turma – Análise de dados/Meus primeiros passos em python, teve 9.729 inscrições para 1000 bolsas. Desse total, formaram-se 475 estudantes, sendo:

  • 67% de pessoas pretas e pardas;
  • 33% de pessoas da comunidade LGBTQIA+;
  • 9,4% de pessoas trans;
  • 29% mães e responsáveis;
  • 40% de pessoas de zonas periféricas;
  • 14,5% de pessoas com deficiência.

Em termos geográficos:

  • 25% do Nordeste;
  • 5% do Norte;
  • 5% do Centro Oeste;
  • 7,5% do Sul;
  • 57,5% do Sudeste.

2ª Turma – Front-end/Minha primeira página web, que teve 4.600 inscritas para 1.000 bolsas.

Desta turma, com formatura prevista para esta semana:

  • 56,56% são pessoas negras;
  • 25,67% LGBTQIA+;
  • 3,09% pessoas trans;
  • 36,32% são mães ou responsáveis;
  • 25,55% são pessoas de fora das regiões Sul e Sudeste.

3ª Turma – 500 bolsas (curso Front-end/Minha primeira página web):

  • Início das inscrições previsto para 18 de outubro.

4ª Turma – 500 bolsas (curso Análise de dados/Meus primeiros passos em python):

  • Início das inscrições previsto para 3 de dezembro.

Os resultados do Laboratória:

Curso mais intensivo, com duração de 20 semanas (5 meses):

  • Turma 1: ativa e com término previsto para 1º de agosto, hoje com 40 alunas ativas.
  • Turma 2: ativa e com término previsto para 17 de outubro, hoje com 50 alunas ativas.

Fonte: Contraf_CUT

Com foco em geração de valor, Banco do Brasil indica cinco novos líderes em empresas do conglomerado

Publicado em: 23/07/2025

No dia 18 de julho, o Banco do Brasil comunicou a indicação de cinco profissionais de carreira para comandar empresas de seu conglomerado. As mudanças foram promovidas pela gestão do BB, buscando eficiência, inovação e geração de valor, na BB Asset, BB Seguridade, Brasilseg (que faz parte do grupo BB Seguridade), BB Américas e BBTS. Cabe destacar que o processo de elegibilidade se encontra em trâmite nas instâncias competentes de governança para posterior eleição e nomeação em cada empresa ligada ao BB.

“O Banco do Brasil, ciente dos desafios impostos pelo mercado e comprometido com suas responsabilidades estratégicas, atua de forma diligente na identificação e valorização das competências técnicas e gerenciais dos executivos que lideram as empresas do conglomerado. Nosso foco está em alinhar perfis de liderança às exigências de cada negócio, considerando critérios técnicos, experiência de carreira e aderência às diretrizes corporativas”, disse Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil. “Esses profissionais desempenharão papel fundamental na geração de resultados para o Banco do Brasil, especialmente em um ambiente altamente competitivo e em constante transformação. Trabalhamos continuamente para garantir que os melhores talentos estejam posicionados nas funções estratégicas, promovendo eficiência, inovação e geração de valor para o BB e seus acionistas”, complementa Tarciana.

Confira os nomes e suas experiências profissionais no conglomerado BB:

DELANO VALENTIM ANDRADE
Indicado pelo BB para ocupar o cargo de diretor-presidente da BB Seguridade, Delano ocupava o cargo de presidente no BB Américas desde 2023. É funcionário do BB desde junho de 1985. Exerceu os cargos de Diretor Vice-presidente no Banco Patagonia entre os anos de 2019 e 2023, foi diretor de Marketing e Comunicação no Banco do Brasil, onde também atuou como executivo. Também foi executivo na área de gestão de relacionamento com clientes Pessoa Física e na área de Negócios de Governo, em seu primeiro cargo executivo em 2009. É graduado em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, possui MBA em Liderança Estratégica e Especialização em Gestão de Projetos.

MARIO MATSUMOTO FUJII
Foi indicado para presidir o BB Americas. Ocupa o cargo de gerente geral do Banco do Brasil em Nova York e Miami desde 2022, responsável pela América do Norte. Ele ingressou na empresa em 1998, começando sua carreira no varejo bancário e progredindo para o varejo de alta renda, Banco de Investimentos, Governança Corporativa de empresas ligadas ao BB e na área de fusões e aquisições. Mario Fujii possui graduação em Economia pela PUC-SP, MBA em Finanças pela FGV-SP, MBA Executivo pela Ibmec-DF, e completou o Programa de Desenvolvimento Executivo na Wharton School da UPENN. Ele também possui uma Certificação como Membro de Conselho pelo IBGC. Atualmente, ele atua como Presidente do Conselho de Administração da Banco do Brasil Cayman Islands Holding e BB USA Holding, e é membro do Conselho diretor da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York.

MARCELO AUGUSTO DUTRA LABUTO
Com 33 anos de experiência profissional, depois de um período no mercado, Labuto retorna ao conglomerado BB para presidir a Brasilseg, que faz parte da holding BB Seguridade. Ele, que chegou a presidir o Banco do Brasil no final de 2018 e traz consigo a experiência nos seguintes cargos: no BB, já foi diretor de Governança de Entidades Ligadas, de Empréstimos e Financiamentos, além de dirigir a área de Seguros, Previdência e Capitalização. Foi vice-presidente de Negócios de Varejo no BB e CEO no BB, além de já ter atuado como diretor-presidente da BB Seguridade . No mercado, já foi diretor executivo de Varejo no Santander, CEO do Grupo Pernambucanas e CEO na Pefisa. Além disso, teve diversas participações em conselhos de administração em empresas do segmento financeiro, seguridade, serviços e mineração. É formado em administração e finanças pela UFRJ.

GUSTAVO PACHECO LUSTOSA
Indicado para o cargo de presidente da BB Asset, ocupa o cargo de diretor-presidente na BBTS desde 2023. É funcionário do BB desde 1993. Exerceu os cargos de Diretor na BBTS, Gerente Executivo na BBTS, Gerente de Soluções no Projeto Banco Postal entre 2014 e 2015, além de ter passagem na Diretoria de Controladoria de 2008 a 2014. Graduado em Geologia, possui MBA em Administração Financeira, especialização em Negócios Internacionais e especialização em Consultoria Financeira e Mercado de Capitais.

PAULO ANDRE ROCHA ALVES
Indicado ao cargo de diretor-presidente da BBTS, Paulo André ocupa o cargo de gerente geral na Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil desde 2021. É funcionário do Banco do Brasil desde 2000. Exerceu os cargos de gerente executivo na Diretoria de Tecnologia desde 2017, além de outros cargos gerenciais na mesma área desde 2012. É graduado em Gestão em Tecnologia da Informação, possui MBA Executivo em Negócios e Competências Digitais.

Fonte: Banco do Brasil

Artigo: Começaram a falar mal do BB: então você já sabe o que virá, certo?

Publicado em:

Vitor Miziara

De maio de 2025 até quase final de julho a ação do Banco do Brasil (BBAS3) caiu mais de 30% – um movimento bem atípico para a ação que reportou um resultado de R$ 7.4 bilhões de lucro líquido no primeiro trimestre deste ano.

Como eu sempre falo, o mercado trabalha com expectativa x realidade – ou seja, não adianta o resultado vir bom, precisa estar acima do que o mercado estava esperando senão tudo já estará no preço. Quando olhamos o resultado do BB por essa ótica, entendemos a queda de mais de 30% acumulado em poucos dias após o balanço – o banco trouxe lucro, mas 20% abaixo da média do mercado. Ainda na linha de expectativa, a pergunta mais feita após o 1T25 do Banco do Brasil foi “quão ruim será o 2º trimestre”?

A parte que eu mais gosto disso é que depois de um resultado pior do que o esperado todo mundo corre pra rever suas projeções com medo de que o movimento continue. Por conta disso, a projeção afundou para o lucro que agora projeta um resultado 50% menor que o mesmo intervalo de 2024 – algo próximo a R$ 4,5bi.

O ponto é que eu falei que o mercado trabalha com expectativa x realidade: se já jogaram a expectativa para baixo, o preço da ação já corrigiu também. Boa parte dos 30% de queda após o resultado tem mais a ver com as projeções e preocupações com a área de crédito para o agro do que uma análise de engenheiro de obra feita do resultado que foi entregue.

Mesmo que o Banco do Brasil apresente esse resultado de R$ 4.5bi isso ainda representa um lucro de 4% versus o valor de mercado ou um resultado de R$ 0,79 por ação, equivalendo a 3,15% de lucro por ação ao preço de hoje perto dos R$ 20.

Exercendo um pouco mais a matemática, se ele mantiver esse resultado por 4 trimestres seria o equivalente a um lucro de 15% sobre o valor de mercado – que poderiam virar dividendos inclusive.

Quando falamos sobre o indicador de Preço/Lucro. que tende a mostrar em quanto tempo você pode receber seu capital investido de volta via lucro, estamos falando em 3 a 4 anos – muito abaixo do mesmo múltiplo do Ibovespa, que tem média de 11 anos.

Esqueça a matemática, meu ponto resumindo é que mesmo com um resultado horrível, 50% abaixo do mesmo período um ano antes e com projeções não tão otimistas, a ação já caiu tanto que mesmo com um resultado ruim ela parece ser interesse se olharmos pela ótica de dividendos ou de “payback” em anos – ou seja, em quanto tempo a empresa lucra por ação o mesmo montante que você pagou por ação.

Sendo assim, vamos comprar? Não… Não estou indicando nada disso. Quero abrir os olhos para mostrar como o mercado às vezes dá oportunidade em decorrência de revisão de projeções e um ou mais resultados que podem ser afetados por um prazo que chega a ser insignificante se você é um investidor de longo prazo.

Para os investidores “buy and hold” são em momentos assim que os aportes começam a ser feitos. Independente do preço da ação depois das compras, o lucro distribuído (dividendos) ajuda a comprar mais ações aumentando a quantidade e consequentemente mais dinheiro via dividendo.
Exercício: ‘o que o mercado está falando da empresa’

Voltando aos múltiplos, indicadores fundamentalistas para analisar uma ação, foram poucas as vezes em que os múltiplos do Banco do Brasil estiveram tão baixos (e baratos) como está agora.

Outro “exercício” que gosto de fazer é pesquisar no Google para ver o que “o mercado está falando da empresa” e basta dois segundos para achar como destaque:

Qual o estrago previsto por ‘bancões’ para o Banco do Brasil (BBAS3) no 2º tri?
BBAS3: quão ruim o 2T será? Mercado piora projeções e vê outro “vilão” além do agro
O que esperar dos dividendos do Banco do Brasil (BBSA3) com o pessimismo do mercado?
Entre outros…

Ai a questão é: se todos já estão pessimistas, será que o pior cenário já não está no preço? Será que mesmo com o cenário ruim para o banco os resultados atuais já não seriam interessantes para quem visa o longo prazo?

Para ajudar a desenhar melhor o cenário e mostrar os múltiplos eu vou fazer uma Live lá na Comunidade do Whatsapp – (clique aqui pra entrar )

Nunca vamos acertar o ponto mais baixo para comprar ou mais alto para vender, mas é sempre no caos e na incerteza que boas oportunidades aparecem e daqui eu te deixo com a pergunta…

Será que já está tudo precificado ou e o dividendo já vale a posição ou o “barato de hoje, caro de amanhã”.

Fonte: Estadão

Tempos de “vacas magras” para os investidores do Banco do Brasil; BofA comenta

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Quem investe no Banco do Brasil (BBAS3) de olho nos dividendos fartos deverá enfrentar tempos de vacas magras em 2025, prevê o Bank of America (BofA).

Ainda sob forte pressão nos resultados, o banco estatal agora corre o risco de depositar ainda menos proventos na conta dos investidores nos próximos trimestres, segundo os analistas.

Na avaliação do BofA, as despesas elevadas do Banco do Brasil com provisões contra calotes deverão pressionar o lucro líquido no segundo trimestre.

Dessa forma, o payout de dividendos pode ser reduzido no segundo trimestre, segundo o BofA.

Vale lembrar que a estatal aprovou em 2025 uma banda de tolerância de payout de proventos aos acionistas, que vai de 40% a 45%. Antes, a política era de 45%.

A projeção dos analistas é que o lucro líquido do BB encerre o trimestre em R$ 5,2 bilhões, uma queda de 29% em relação ao primeiro trimestre e um tombo de 45% frente ao mesmo período de 2025.

Para a rentabilidade, a previsão do BofA é de um retorno sobre o patrimônio líquido de apenas 11,6% — o nível mais baixo de ROE do Banco do Brasil desde 2016.

O Bank of America tem recomendação underperform, equivalente à venda, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 20, o que representa uma leve valorização de 0,7% em relação ao último fechamento.

O que mais esperar do balanço do Banco do Brasil (BBAS3)?

O BofA prevê uma desaceleração no crescimento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil (BBAS3), de 12,5% no 1T25 para o limite superior da faixa do guidance, que vai de 5,5% até 9,5%, dado o crédito mais restritivo em todos os segmentos no 2T25.

Os analistas também preveem uma redução na receita com juros no comparativo anual, pressionada pela não capitalização dos empréstimos alocados no Estágio 3.

“O mais importante é que esperamos um aumento significativo nos encargos de provisão, já que o banco deverá provisionar perto de 100% da formação de NPL [inadimplência] no trimestre, contra 70% no 1T25”, projetou o BofA.

Fonte: Seu Dinheiro

Banco do Brasil fecha contrato de venda de créditos de carbono com Eletrobras

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O Banco do Brasil e a Eletrobras firmam o primeiro contrato de créditos de carbono, que envolve a utilização de créditos gerados pela usina do Rio Teles Pires, localizada na divisa entre os estados do Pará e do Mato Grosso. A hidrelétrica tem capacidade para abastecer uma população de 13,5 milhões de habitantes com energia limpa e sustentável, em uma operação que envolve alta tecnologia e inovação.

Nesta parceria, o BB intermediou a compra de 992 toneladas de créditos de carbono gerados pela usina, para compor a compensação de gases de efeito estufa emitidos pela Brasilseg Companhia de Seguros. A seguradora compensa 1985 toneladas de CO₂ equivalente (tCO2e), relativas aos escopos 1, 2 e 3 das operações no ano de 2024, conforme metodologia que classifica as emissões.

Com o negócio, o Banco do Brasil reforça a capacidade de oferecer soluções sustentáveis e inovadoras para os clientes. “Com esta iniciativa, estamos não apenas expandindo nossos canais de venda, ampliando nosso escopo de negócios com mais esta modalidade de intermediação financeira, mas também reiteramos nosso compromisso com a redução de emissões e a promoção de práticas empresariais responsáveis”, avalia o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia.

O relacionamento negocial com a Eletrobras, no que tange aos acordos ASG, contempla ainda a comercialização no Mercado Livre de Energia para os clientes do banco. Para a Eletrobras, a parceria representa a expansão dos canais de venda para todo o país, de forma capilarizada. “A parceria com o Banco do Brasil reforça nossa estratégia de atuação com centralidade no cliente final, ampliando o portfólio de produtos e soluções sustentáveis, muito além da simples oferta de contratos de energia”, afirma Ivan Monteiro, presidente da Eletrobras.

Construção de um futuro mais sustentável
O BB tem um papel ativo na construção de um país com um futuro mais sustentável, tendo seu compromisso com as melhores práticas de ASG reconhecido e valorizado pelo mercado. É considerado o banco mais sustentável do mundo pela sexta vez, segundo o ranking Global 100, da Corporate Knights; está há 13 anos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade; e é apontado como a empresa brasileira que mais gera receitas sustentáveis, de acordo com o Índice Clean 200, de 2025.

Esses resultados se traduzem em uma carteira de crédito sustentável que alcançou R$ 393,5 bilhões em março de 2025, segundo informações da última divulgação de resultados, o que representa um crescimento de 9,6% com relação ao mesmo período do ano anterior.

A transição energética é um foco nas iniciativas de financiamento de projetos sustentáveis. O BB tem como objetivo atingir um volume de R$ 30 bilhões da carteira de financiamento de energias renováveis até 2030. Atualmente, essa carteira soma R$ 17,8 bilhões, uma expansão de 6,6% com relação a dezembro de 2024.

Fonte: Banco do Brasil

BB e BNDES avaliam criar certificadora de crédito de carbono

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O Banco do Brasil (BBAS3) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estão conversando sobre a possibilidade de criar uma certificadora de crédito de carbono e de uma bolsa de mercado de carbono, disse Tarciana Medeiros, presidente do BB.

“É importante ter uma certificadora”, afirmou a executiva a jornalistas durante evento do BNDES no Rio de Janeiro, destacando que os dois bancos têm plenas condições de conduzir, disse o MoneyTimes.

“Banco do Brasil e BNDES têm reputação mundial para trabalhar nisso”, reforçou. Medeiros também reafirmou o compromisso do Banco do Brasil no crescimento da carteira de crédito sustentável, afirmando que o banco aumentará o investimento em energias eólica e solar, bem como em biomassa, hidrogênio e crédito de carbono em 2025. “A carteira de renovável deve bater recorde neste ano”, disse.

Fonte: BP money

Solução do BB para PJ gera mais de 60 milhões de recomendações

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Lançada há um ano pelo Banco do Brasil, a ARI – Área de Recomendações Inteligentes, solução que utiliza Inteligência Artificial Generativa para apoiar a gestão de micro e pequenas empresas, já gerou mais de 60 milhões de recomendações personalizadas, beneficiando 2,6 milhões de negócios em todo o país. Os insights personalizados traduzem dados complexos em orientações práticas e acessíveis.

A ferramenta está disponível no Painel PJ (web), BB Digital PJ e app BB PJ, com curadoria humana para garantir segurança e relevância das mensagens. Apenas no segundo trimestre de 2025, a ARI registrou 23 mil acessos únicos pelo canal mobile. Já o NPS do Painel PJ atingiu 83,66, um dos maiores da categoria.

“A ARI representa um avanço importante na forma como usamos inteligência artificial para apoiar quem empreende no Brasil. Ao oferecer recomendações personalizadas com base no perfil financeiro, conseguimos entregar valor real para as micro e pequenas empresas. É uma solução que une tecnologia, proximidade e inteligência para fortalecer a gestão dos negócios”, avalia Luciana Carvalho, executiva de estratégia de clientes e inovação do BB.

Com a ARI, o BB foi pioneiro no uso de GenAI em canais voltados diretamente ao cliente. A solução oferece insights personalizados com base no perfil financeiro, fluxo de caixa e comportamento de mercado das empresas, abordando temas como finanças, crédito, marketing e estratégia.

“Este é um exemplo claro de como a IA pode ser aplicada de forma prática, segura e transformadora para resolver desafios reais enfrentados por milhões de pequenos negócios no Brasil”, afirma Diego Quadros, executivo de IA e Analytics do BB.

Além do uso externo, a ARI foi expandida para apoiar funcionários da rede de atendimento PJ por meio de uma IA generativa conversacional no Microsoft Teams. A nova aplicação foca em produtos de crédito, resultado de escuta ativa com a rede de agências.

Reconhecimento internacional

Em apenas um ano, a ARI rendeu três premiações internacionais para o Banco do Brasil. A inovação rendeu ao BB os prêmios Model Bank Award 2025 (Celent), Global Finance – The Innovators (América Latina) e AI in Finance Awards nas categorias Enhanced Customer Experience e Personalized Financial Advice.

Com a ARI, o Banco do Brasil reafirma seu compromisso com a inovação responsável, centrada no cliente e com impacto direto na produtividade e autonomia do empreendedor brasileiro.

Fonte: Banco do Brasil

BB anuncia novo vice-presidente de agronegócios e agricultura familiar

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O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira, 22 de julho, a indicação de Gilson Alceu Bittencourt como novo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, em substituição a Luiz Gustavo Braz Lage (Liguta), que continuará exercendo suas funções até a investidura do indicado.

A mudança mantém a estratégia de busca por eficiência, inovação e geração de valor. Maior parceiro do agronegócio e da agricultura familiar, o Banco do Brasil é líder nos financiamentos para a agricultura familiar e empresarial e destinará R$ 230 bilhões para o financiamento da Safra 2025/26.

“A indicação segue nosso foco em alinhar perfis de liderança às exigências de cada negócio em que atuamos, ressaltando em especial o atual cenário e os desafios que temos para manter e ampliar o protagonismo do BB no agro. Gilson Bittencourt tem larga experiencia e ampla contribuição para o desenvolvimento do agronegócio e a agricultura familiar do país, atributos fundamentais para a geração de resultados para o Banco do Brasil”, destaca Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil. “Trata-se de uma nova fase do trabalho de evolução no segmento, iniciado e liderado pelo Liguta há pouco mais de dois anos”, complementa.

Gilson Bittencourt é agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Análise de Políticas Públicas pela Universidade do Texas/EUA, e Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente é Subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, e membro do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e do Conselho de Administração da Livelo.

Ele foi Secretário de Agricultura Familiar no Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretário Adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Secretário de Planejamento e Investimentos Estratégico do Ministério do Planejamento e Secretário Adjunto da Secretaria-Executiva da Casa Civil da Presidência da República. Trabalhou no Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais (DESER) com Política Agrícola e foi professor e consultor em crédito rural para Instituições Financeiras. Foi membro do Comitê de Auditoria da BrasilPrev, da BB Seguridade e da Embrapa, além de membro do Conselho Fiscal da BrasilCap e da Caixa Econômica Federal.

O processo de elegibilidade encontra-se em trâmite nas instâncias competentes de governança para posterior eleição pelo Conselho de Administração.

Fonte: Banco do Brasil

Broto revela crescimento da energia solar no agro e aponta regiões com interesse

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O Broto, plataforma de agronegócio do Banco do Brasil, vem registrando números relevantes no setor de energia solar, especialmente com a utilização da calculadora on-line que permite ao produtor rural estimar rapidamente quanto pode economizar ao implementar energia solar na propriedade. O uso da ferramenta cresceu 142% só nos dois primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, desde a criação da plataforma, 61% dos negócios realizados pelos anunciantes da seção de energia solar do marketplace ocorreram apenas em 2024, comprovando o forte e crescente interesse dos produtores em adotar soluções mais sustentáveis e rentáveis.

As regiões Sudeste e Nordeste lideram, com folga, a geração de leads para empresas de energia solar que anunciam no marketplace do Broto. Juntas, essas duas regiões respondem por mais da metade da demanda registrada: o Sudeste concentra 30,7% dos leads, seguido de perto pelo Nordeste, com 25,5%. Na sequência, aparecem as regiões Sul (17,9%), Norte (14,7%) e Centro-Oeste (10,6%).

O ticket médio dos negócios originados pela seção de energia solar da plataforma e financiados pelo Banco do Brasil é de aproximadamente R$ 233 mil. Esse valor sinaliza que muitos dos projetos contratados são de maior porte, voltados a propriedades com consumo energético mais intenso e foco em ganho de escala.

No entanto, José Evaldo Gonçalo, presidente do Broto ressalta que a adoção da energia solar também é estratégica para pequenas e médias propriedades, que enfrentam custos recorrentes com eletricidade – seja no bombeamento de água, na ordenha mecânica ou na refrigeração de alimentos. “Com as tecnologias mais acessíveis e as linhas de crédito disponíveis, produtores de todos os perfis têm a oportunidade de investir em soluções sustentáveis que geram economia real e previsibilidade no longo prazo”, afirma.

Além disso, até o momento, 738 produtores rurais de diferentes regiões do país já utilizaram a calculadora. O Sudeste lidera as simulações, com 37,8% dos acessos, seguido pelo Nordeste (21,5%), Sul (18,2%), Centro-Oeste (14,2%) e Norte (8,3%).

O cruzamento dos dados de negócios e da utilização da calculadora sugere uma correlação entre maior digitalização no campo e potencial técnico para geração solar. No caso do Sudeste, pesa também a concentração de propriedades mais tecnificadas. Já no Nordeste, a combinação de alta incidência solar e maior incentivo à autossuficiência energética tem impulsionado o uso das ferramentas. O comportamento consistente em todas as regiões mostra que o tema está ganhando espaço nacionalmente, mesmo com dinâmicas locais distintas.

A estimativa de economia proporcionada pela energia solar no campo pode ser bastante expressiva. Em uma simulação realizada na calculadora on-line que estima a economia gerada pela adoção de um sistema fotovoltaico, considerando uma propriedade rural em Indaiatuba (SP), com fornecimento da CPFL Piratininga e conta de energia média de R$ 1.500,00 por mês, o custo anual com eletricidade sem o uso de energia solar seria de R$ 19.080,01. Com a instalação de painéis solares, esse valor cairia para R$ 804,01, resultando em uma economia de R$ 18.276,00 já no primeiro ano.

A simulação considerou a instalação de 28 painéis solares em uma área descoberta de 84 m², com potência total do sistema de 15,3 kWp e geração média de 74,64 kWh por dia. O investimento inicial estimado varia entre R$ 62.204,35 e R$ 76.027,54, com retorno previsto em cerca de 3,66 anos. Além da economia financeira, o impacto ambiental também é relevante: a instalação evitaria a emissão de aproximadamente 33.885 kg de CO₂ por ano. Isso equivale ao que 484 árvores absorveriam no mesmo período.

É importante ressaltar que se trata de uma simulação e os valores podem variar conforme a localidade, o consumo real, o projeto do sistema e as condições da rede elétrica.

“A energia solar já se consolida como uma alavanca estratégica para reduzir custos e tornar a produção rural mais sustentável. Ao ampliar o acesso a soluções como essas, nós impulsionamos ganhos reais de eficiência no campo e fortalecemos a competitividade do agro brasileiro no longo prazo”, finaliza Gonçalo.

Fonte: Banco do Brasil

BB mira liderança no mercado de carbono com oferta ‘one-stop-shop’

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O Banco do Brasil definiu uma agenda prioritária na área de sustentabilidade: o mercado de carbono.

A ambição do banco estatal é se tornar o principal intermediário do segmento no país, com a criação de uma mesa de negociação proprietária que deve ultrapassar R$ 100 milhões em volume negociado acumulado até 2030 – ano em que o mercado regulado deve estar em pleno funcionamento.

“Queremos ser os principais players do mercado de carbono. É uma área em que pretendemos ganhar escala”, disse José Sasseron, vice-presidente de Sustentabilidade do BB, em entrevista à Bloomberg Línea.

O mercado de carbono foi regulado no Brasil em dezembro de 2024, mas o ambiente secundário para compra e venda dos créditos ainda é incipiente, com a maior parte das negociações sendo realizadas via balcão, em que as operações ocorrem diretamente entre as partes interessadas.

O Banco do Brasil (BBAS3) quer se posicionar como intermediário nesse mercado com a criação de uma mesa de negociação.

“Ainda não existe um hub no Brasil como uma bolsa para o mercado de carbono. Existem algumas iniciativas pulverizadas que não têm grande volume. Nós queremos ocupar esse espaço no mercado brasileiro”, afirmou Marcelo de Campos e Silva, especialista em sustentabilidade do banco, na mesma entrevista.

Mais que a intermediação, o BB pretende se tornar uma espécie de “one-stop-shop” do segmento, oferecendo soluções de ponta a ponta no mercado.

Entre os serviços estariam conexão com desenvolvedores, comercialização de créditos e assessoria para estimar o potencial compensado nas emissões.

Um dos diferenciais destacados pelo Banco do Brasil para viabilizar a empreitada é a base de 85 milhões de clientes.

A carteira de crédito de R$ 1,27 trilhão é dividida quase que igualmente entre pessoas físicas, pessoas jurídicas e agronegócio – sendo os dois últimos grupos potenciais clientes do mercado de carbono.

Silva destacou ainda os benefícios de contar com o histórico do cliente no banco, o que permite um processo de diligência que proporciona segurança às duas pontas da negociação.

“Conseguimos garantir, por exemplo, que o projeto está sendo desenvolvido em uma área em que a matrícula está OK e em que não houve nenhum tipo de irregularidade em toda a cadeia”, afirmou.

Segundo os executivos, a confiança entre as partes se torna um diferencial importante para um mercado que ainda está em fase incipiente.

“Já tivemos depoimentos de clientes que descobriram no meio da operação que o crédito não existia. Ter a confiança do cliente é fundamental nesse mercado”.A força da marca do banco, que está presente em 90% dos municípios brasileiros, também entra como uma vantagem competitiva.

O BB pode acessar produtores rurais ainda não familiarizados com o mercado de carbono para desenvolver projetos, que acabam saindo do papel pela confiança que o cliente tem no relacionamento prévio com o banco.

“Entre os cerca de 70 projetos de carbono em desenvolvimento no Brasil, 25 são nossos. Acreditamos que algumas áreas, como a agricultura de baixo carbono, tenham um número mais expressivo”, disse Sasseron.

O BB ainda aguarda regulações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e do Banco Central para oferecer maior segurança jurídica à sua mesa de operações, mas a expectativa é que o lançamento aconteça ainda neste ano, que será marcado pela organização da COP 30 em Belém, no Pará, em novembro.

Os testes começaram inicialmente com a intermediação da transação entre bancos – nacionais e estrangeiros –, além da venda de créditos para empresas brasileiras interessadas em neutralizar as emissões.

O cliente fica com um percentual de 55% a 65% dos negócios gerados, e o BB é remunerado em crédito de carbono, para reforçar o comprometimento com a agenda.

A expectativa interna do Banco do Brasil é que o mercado de carbono encontre mais oportunidades de desenvolvimento ao longo dos próximos anos.

“Já tivemos a experiência de um cliente que pagou uma dívida com o banco usando crédito de carbono. É um sinal de que esse mercado tende a ganhar uma dimensão maior ao longo do tempo”, disse Silva.

Fonte: Bloomberg Línea

Expectativa de lucro menor do BB reduz receita do governo com dividendos

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A expectativa de um lucro menor do Banco do Brasil neste ano levou o governo a reduzir em R$ 1,5 bilhão a previsão de ingresso de receitas com dividendos de empresas estatais.

A projeção de arrecadação com dividendos caiu de R$ 43.4 bilhões para R$ 41,9 bilhões no relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento divulgado nesta terça-feira (22). O documento é enviado a cada dois meses ao Congresso Nacional com uma revisão das projeções fiscais e um balanço dos riscos de descumprimento da meta fiscal.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse em entrevista coletiva que a revisão decorre do impacto que a perspectiva de resultado menor do banco em 2025 tem sobre o pagamento de dividendos aos acionistas. A União detém 50% das ações do BB e é o controlador da instituição. Outros 49,6% estão nas mãos de investidores domésticos e estrangeiros, e o 0,4% restante está na tesouraria do banco.

Ao contrário do ocorria no passado, o documento não detalhou os valores exatos de dividendos a serem pagos pelas principais empresas estatais do governo federal.

Em meio às discussões de medidas alternativas ao decreto de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o aumento da distribuição de dividendos, principalmente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), fez parte das conversas com as lideranças políticas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a admitir essa possibilidade.

Em maio, o Banco do Brasil anunciou que teve um lucro líquido ajustado de R$ 7,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma perda de 20,7% em relação a igual período do ano anterior.

O resultado veio aquém do esperado por analistas, que previam um lucro líquido de R$ 9,05 bilhões no período. Em relação ao último trimestre de 2024, quando o resultado ficou positivo em R$ 9,58 bilhões, o recuo foi de 23%.

A queda foi puxada principalmente pelo aumento da inadimplência do agronegócio —algo que a presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirmou na época que estava no radar, mas, ainda assim, surpreendeu as expectativas.

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

BB Seguridade: novo CEO não deve alterar estratégia da empresa

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O Bank of America (BofA) avaliou a recente mudança na liderança da BB Seguridade (BBSE3) após o anúncio de que Delano Valentim de Andrade deverá assumir o cargo de CEO, substituindo Andre Haui, que esteve à frente da companhia desde fevereiro de 2024.

O BofA destacou a rotatividade no comando da BB Seguridade: a empresa teve quatro CEOs nos últimos cinco anos, todos oriundos do Banco do Brasil. Diante disso, o banco acredita que não devem ocorrer mudanças relevantes na estratégia ou nas operações da companhia e, por ora, manteve recomendação neutra para a ação.

O banco também ressaltou que o Andrade possui mais de 38 anos de experiência no Banco do Brasil, tendo atuado como CEO do BB Américas, vice-presidente e membro do Conselho de Administração do Banco Patagonia, além de ter ocupado cargos de liderança como Diretor de Marketing e Gerente Executivo no próprio BB.

A nomeação, segundo comunicado, ainda precisa passar pela análise dos órgãos de governança e pela aprovação do Conselho de Administração, controlado majoritariamente por indicados do Banco do Brasil (BBAS3) e do Ministério da Economia. Por isso, o BofA projeta que o processo de aprovação deve ocorrer sem grandes dificuldades.

Fonte: Infomoney

Nova Tabela PIP é aprovada e amplia contribuições ao Previ Futuro

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A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador vinculado ao governo federal, aprovou o novo regulamento do plano Previ Futuro, que traz uma mudança estruturante para os associados da Previ: a nova Tabela PIP (Pontuação Individual do Participante).

A aprovação é resultado de uma reivindicação histórica do movimento sindical bancário, que há anos cobra melhorias na fórmula de cálculo da PIP para ampliar o acesso à Contribuição Adicional com contrapartida do Banco do Brasil. Essa vitória representa mais um passo na luta por uma aposentadoria mais segura, justa e digna para os trabalhadores e trabalhadoras do BB.

Com a nova Tabela PIP, será possível contribuir com valores maiores desde o ingresso no plano, ampliando o saldo de conta dos associados e possibilitando uma reserva previdenciária mais robusta no longo prazo.

A mudança permitirá que cerca de 17 mil colegas da ativa passem a ter acesso à Contribuição Adicional (2B), com direito à contrapartida do banco — possibilidade antes limitada por barreiras na pontuação individual. Ao todo, 63 mil participantes do Previ Futuro serão beneficiados com a nova sistemática, aumentando significativamente sua capacidade de poupança previdenciária.

Para Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), a nova tabela representa um avanço fundamental. “A nova Tabela PIP é extremamente importante para que os associados do Previ Futuro possam, de forma mais justa e acessível, ampliar suas contribuições e garantir uma aposentadoria mais tranquila. Lutamos muito por essa mudança, que representa mais equidade, mais segurança e mais dignidade para os trabalhadores e trabalhadoras do BB.”

Avanços com a nova Tabela PIP

Contribuição mais cedo: Antes da alteração, os participantes levavam, em média, nove anos para atingir pontuação suficiente e começar a contribuir com valores adicionais. Agora, será possível contribuir mais desde o início no plano.

Vantagem fiscal: O aumento da contribuição possibilita ao associado ampliar o valor dedutível no Imposto de Renda, gerando economia no presente e mais recursos acumulados no futuro.

A previsão é que a nova Tabela PIP entre em vigor já na folha de pagamento de agosto. Previ e Banco do Brasil trabalham conjuntamente para garantir a implementação rápida e eficaz da nova metodologia.

O que é a PIP?

A Pontuação Individual do Participante (PIP) é um indicador que integra o cálculo da Contribuição Adicional (2B), que conta com o aporte equivalente do Banco do Brasil. Essa pontuação é uma das variáveis que, somadas à rentabilidade e ao tempo de contribuição, determinam o saldo de conta dos associados do plano Previ Futuro.

Para o presidente da Previ, João Fukunaga, a mudança é resultado direto do engajamento coletivo dos trabalhadores. “Essa é uma conquista histórica, fruto da luta dos trabalhadores do BB, e que se tornou possível graças à sólida parceria entre a Previ e o Banco do Brasil.”

Com a nova Tabela PIP, a Previ reafirma seu compromisso com o fortalecimento da previdência complementar dos bancários e com a democratização do acesso à Contribuição Adicional — essencial para a construção de um futuro mais estável e digno para seus associados.

Fonte: Contraf-CUT

Conselheiros do Economus cobram isonomia para funcionários incorporados pelo BB

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Os conselheiros eleitos do Instituto Economus tornaram públicas, nesta terça-feira (22 de julho), suas considerações sobre a urgência de avanços concretos no processo de isonomia entre os funcionários do Banco do Brasil, em especial os oriundos do antigo Banco Nossa Caixa. A discussão se arrasta há mais de 15 anos, desde a incorporação do banco paulista pela instituição federal.

Assinam o posicionamento os conselheiros eleitos do Instituto Economus: Adriana Maria Ferreira, Américo Antonio Cosentino e Rogério Perna, conselheiros deliberativos titulares; Rodrigo Franco Leite e Mario Henrique Teixeira Valente, conselheiros deliberativos suplentes; Max Freddy Frauendorf e Edson Soares de Siqueira, conselheiros fiscais titulares; e Lucas Passos de Lima e Silvana Polidoro Cyrilo Munhoz, conselheiros fiscais suplentes.

O grupo destaca que os trabalhadores e aposentados oriundos do Banco Nossa Caixa seguem enfrentando desigualdades em relação aos demais colegas do Banco do Brasil, mesmo após a unificação institucional. Para os conselheiros, a busca por equidade de direitos é legítima e necessária, especialmente no que se refere à previdência complementar, à assistência médica e à implementação da tabela PIP.

“É fundamental que o Banco do Brasil, em cumprimento ao compromisso assumido com os funcionários egressos dos bancos incorporados, apresente até 31 de julho uma proposta para os temas ligados à previdência e saúde”, afirma Lucas Passos de Lima, conselheiro fiscal suplente do Economus e diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região.

A reivindicação contempla, entre outros pontos, a adesão à Cassi e à Previ, a inclusão da participação do banco no pós-laboral e medidas que garantam a sustentabilidade e a continuidade dos serviços prestados aos bancários incorporados. Os conselheiros alertam que as atuais diferenças de tratamento não apenas ferem princípios constitucionais da igualdade, como também comprometem a estabilidade dos sistemas de previdência e saúde da instituição.

O grupo também expressa preocupação com a demora do Banco do Brasil em apresentar uma solução para a questão. “Causa estranheza que uma instituição que se apresenta como comprometida com a responsabilidade social ainda não tenha resolvido essa situação histórica”, criticam os conselheiros.

Eles reforçam a necessidade de uma proposta justa, técnica e responsável por parte do patrocinador, que reconheça a importância da integração plena de todos os funcionários – ativos e aposentados – independentemente da origem. Para os conselheiros, a empatia, o diálogo e a união são fundamentais neste processo.

“A colaboração é essencial para avançarmos de forma construtiva. Independente da origem – seja do Banco do Brasil ou do antigo Banco Nossa Caixa”, ressalta Lucas Passos de Lima.

Além dos funcionários do extinto Nossa Caixa, a proposta de isonomia também contempla trabalhadores de outros bancos incorporados, como o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC) e o Banco do Estado do Piauí (BEP).

Os conselheiros assumem o compromisso de acompanhar de perto o processo e cobrar uma resposta efetiva do Banco do Brasil. Segundo eles, só com justiça, respeito e equidade será possível construir um futuro mais seguro e digno para todos os trabalhadores que integram a instituição.

Leia o documento elaborado pelos Conselheiros do Economus na íntegra:

Posicionamento dos Conselheiros Eleitos do Instituto Economus sobre o processo de Isonomia entre os Funcionários do Banco do Brasil

Nós, conselheiros eleitos do Instituto Economus, tornamos públicas nossas reflexões acerca da necessidade de avanços no processo de isonomia, em discussão há mais de 15 anos, desde a incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.

A expectativa dos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa é legítima: buscam equidade de direitos com os demais colegas do Banco do Brasil (ativos e aposentados) pois, atualmente, todos integramos uma única instituição. É fundamental que o Banco do Brasil, em cumprimento ao compromisso assumido com os funcionários egressos dos bancos incorporados, apresente até 31 de julho uma proposta/solução para os temas ligados à previdência e saúde dos bancários incorporados.

A busca pela isonomia – por meio da adesão à Cassi e à Previ, da inclusão da participação do banco no pós-laboral e da implementação da tabela PIP – representa uma demanda justa e alinhada aos princípios constitucionais da igualdade. Defendemos, portanto, tratamento equitativo para todos os funcionários do Banco do Brasil, incluindo os ativos e aposentados dos bancos incorporados.

Ressaltamos a importância de uma análise técnica e criteriosa da proposta a ser apresentada, que contemple soluções capazes de assegurar a previdência e a assistência médica dos bancários incorporados.

As atuais diferenças de tratamento entre os funcionários podem gerar distorções que impactam tanto os direitos individuais quanto a sustentabilidade do sistema previdenciário, bem como a manutenção da assistência médica para todo o corpo funcional do Banco do Brasil.

É difícil compreender como o Banco do Brasil – instituição que se diz comprometida com a responsabilidade social – ainda não tenha resolvido essa questão que se arrasta há tantos anos. Reiteramos a necessidade de uma atuação mais próxima, transparente e responsável por parte do patrocinador, com vistas à apresentação de uma proposta justa e equilibrada, que contemple adequadamente os anseios dos bancários incorporados (ativos e aposentados) e promova a igualdade de direitos entre todos os funcionários do Banco do Brasil.

Neste momento crucial, convidamos todos os funcionários do Banco do Brasil a fortalecerem os laços que nos unem em torno deste objetivo comum: o tratamento isonômico entre todos os funcionários, ativos e aposentados. A colaboração entre todos é fundamental para avançarmos de forma construtiva nessa questão.

Independentemente da origem – seja do Banco do Brasil ou do antigo Banco Nossa Caixa, formamos hoje uma única comunidade. Nossa capacidade de diálogo, empatia e entendimento mútuo será determinante para a resolução dessa questão.

Convidamos também os funcionários oriundos do BESC – Banco do Estado de Santa Catarina – e do BEP – Banco do Estado do Piauí – a se unirem a nós na luta por isonomia de direitos entre todos os funcionários do Banco do Brasil.

Acreditamos que a cooperação, o diálogo e o apoio recíproco nos permitirão construir um futuro mais equilibrado e justo para todos os funcionários do Banco do Brasil.

Seguiremos acompanhando atentamente esse processo e mantemos a expectativa de uma proposta que promova o tratamento isonômico entre todos os funcionários (ativos e aposentados), e que garanta segurança para as gerações atuais e futuras.

Adriana Maria Ferreira – Conselheira Deliberativa Titular
Américo Antonio Cosentino – Conselheiro Deliberativo Titular
Rogério Perna – Conselheiro Deliberativo Titular
Rodrigo Franco Leite – Conselheiro Deliberativo Suplente
Mario Henrique Teixeira Valente – Conselheiro Deliberativo Suplente
Max Freddy Frauendorf – Conselheiro Fiscal Titular
Edson Soares de Siqueira – Conselheiro Fiscal Titular
Lucas Passos de Lima – Conselheiro Fiscal Suplente
Silvana Polidoro Cyrilo Munhoz – Conselheira Fiscal Suplente

Fonte: Sindicato dos Bancários de Piracicaba

Banco do Brasil terá a pior rentabilidade em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs

Publicado em: 18/07/2025

Após a decepção nos primeiros meses de 2025, as expectativas para o balanço do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre não são das mais animadoras. Os analistas preveem mais uma temporada de resultados fracos, com lucros e rentabilidade pressionados, além de uma expansão da inadimplência e aumento nas provisões.

Na avaliação do Goldman Sachs, o BB deve registrar o menor nível de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) dos últimos nove anos.

A expectativa é que o ROE caia para 11% entre abril e junho, um desempenho bem distante dos 16,2% registrados no primeiro trimestre e dos 21,6% vistos no mesmo período de 2024.

Mais uma vez, a pressão sobre a rentabilidade deve vir principalmente do agronegócio. Analistas apontam que o aumento das provisões rurais deve pesar significativamente nos lucros do Banco do Brasil.

“O Banco do Brasil enfrenta a maior incerteza em relação à qualidade dos ativos de seu portfólio rural e às potenciais implicações no custo do risco”, afirmaram os analistas.

Banco do Brasil: o que esperar do balanço do 2T25?

Com a inadimplência em alta, os analistas preveem que as provisões subam 37% em relação ao trimestre anterior e quase 80% em relação ao ano passado.

Diante desse cenário, o Goldman Sachs espera que o banco apresente um lucro líquido de R$ 5 bilhões no segundo trimestre, uma queda expressiva de 32% frente ao trimestre anterior e de quase 50% em relação ao segundo trimestre de 2024.

Apesar da pressão na lucratividade, a margem financeira deve apresentar alguma melhora em relação ao trimestre anterior, devido ao impacto menor nos custos de captação em comparação com o 1T25.

Além disso, o Goldman Sachs prevê uma recuperação sazonal nas tarifas do banco, enquanto as despesas devem crescer em linha com as tarifas e a inflação.

Os analistas acreditam que a grande expectativa recai sobre o possível anúncio de novos guidances (projeções) e faixas de distribuição de dividendos, que podem ser os principais catalisadores para as ações do Banco do Brasil.

O que fazer com as ações BBAS3?

Apesar das perspectivas pouco animadoras, o Goldman Sachs possui recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil (BBAS3).

Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 23 para os próximos 12 meses, o que implica uma alta potencial de 10% em relação ao fechamento anterior.

No entanto, os analistas ainda veem espaço para desvalorização das ações BBAS3, já que os papéis estão sendo negociados a 5 vezes o preço/lucro estimado para 2025, enquanto o Goldman Sachs acredita que deveriam ser negociados a um múltiplo de 4 vezes.

Fonte: Seu Dinheiro

Carteira sustentável do BB registrou recorde de R$ 400 bilhões em 2024, diz presidente

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A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou nesta quarta-feira (9) que a carteira sustentável da instituição, que prioriza projetos e negócios com responsabilidade socioambiental, atingiu R$ 400 bilhões em 2024.

O valor é recorde desde 2017, quando o BB estabeleceu a meta de transformar 30% da carteira em crédito sustentável até 2030. “Hoje estamos em torno de 28%. Vamos conseguir alcançar sem dúvida nenhuma”, afirmou a jornalistas após participar de um evento sobre transição energética no BNDES, no Rio.

Os projetos voltados especificamente para energias renováveis somaram cerca de R$ 114 bilhões no ano passado em projetos de eólica, solar, hidrogênio, biodigestores, recuperação de áreas degradadas e tratamento de biomassa, entre outros.

Segundo Tarciana, a carteira sustentável cresceu mais de 300% nos últimos dois anos. “E em 2025, a gente continua recorde porque não tem como retroceder a carteira”, afirmou.

A presidente do Banco do Brasil também disse ter conversado com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, sobre o “embrião” de uma certificadora de crédito de carbono no país.

“O BNDES e o Banco do Brasil têm plenas condições de se tornar uma certificadora. As duas instituições têm reputação mundial para trabalharem nisso juntos”, afirmou aos repórteres.

Antes, na apresentação, Medeiros afirmou que a intenção do BB é criar uma “mesa robusta” para intermediação dessas operações e que a instituição almeja ter em um futuro “muito próximo” a certificadora nacional de crédito de carbono e uma bolsa de negociação.

A presidente do Banco do Brasil também disse que a instituição pode vir a ser responsável pela criação da bolsa de carbono.

“Nós já estamos trabalhando com intermediação financeira com créditos de carbono. Fizemos os primeiros testes no ano passado e estamos refinando os mecanismos financeiros para avançar nesse sentido”, explicou.

Questionada sobre como o banco tem driblado as taxas de juros, definidas em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), Medeiros disse que a instituição trabalha com projetos de longo prazo e de forma consciente.

“Eu diria que a gente não dribla [os juros]. A gente trabalha com [eles].” E completou: “A gente tem um equilíbrio interessante entre concessão de crédito e responsabilidade para essa concessão.”

A presidente também negou que a alta da taxa básica de juros, a Selic, afete os resultados da instituição.

“Sempre se pensa que uma taxa de juros elevada beneficia bancos. Na verdade, uma taxa de juros elevada nesse momento faz com que a gente tenha mais cautela e preste mais atenção.”

Fonte: Valor Econômico

Acordo entre Banco do Brasil e BID destina US$ 250 milhões para bioeconomia e infraestrutura sustentável na Amazônia

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O Banco do Brasil fechou um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para destinar US$ 250 milhões para apoiar o Programa BB Amazônia, uma iniciativa voltada à promoção de negócios da bioeconomia e à expansão da infraestrutura sustentável dessas cadeias na Amazônia Legal brasileira.

O pacote inclui um empréstimo de US$ 175 milhões do BID e outro de US$ 75 milhões do Fundo Verde para o Clima (GCF na sigla em inglês). O programa ampliará o acesso ao crédito para pequenos empreendimentos locais ao longo das cadeias de valor da bioeconomia, assim como projetos de infraestrutura sustentável focados em energia renovável e conectividade digital.

Espera-se que até 11,7 mil micro, pequenas e médias empresas, produtores, empreendedores, agricultores familiares, cooperativas e empreendimentos comunitários se beneficiem com o programa. Esta estratégia de captação de recursos com instituições e organismos multilaterais realizada pelo Banco do Brasil faz parte dos Eixos Priorizados da COP30 em proporcionar “Financiamento Climático para Países em Desenvolvimento”.

“O acordo busca reduzir barreiras históricas de financiamento enfrentadas por micro, pequenas e médias empresas, cooperativas produtivas, agricultores familiares, negócios liderados por mulheres e populações tradicionais. Ao investir em modelos de negócios sustentáveis e compatíveis com a floresta, o BB Amazônia contribuirá diretamente para a conservação e restauração do bioma amazônico, geração de renda e fortalecimento das cadeias de valor locais”, destaca José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial no Banco do Brasil.

“Espera-se que o programa aumente a capacidade de investimento dos beneficiários ao aliviar restrições de crédito. Dado o papel central desses negócios na bioeconomia, o programa contribuirá para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal brasileira”, completa Sasseron.

Entre os resultados esperados, estão: o aumento do acesso ao crédito para o desenvolvimento produtivo de empreendimentos, a expansão da capacidade de geração de energia renovável distribuída entre diferentes comunidades e a melhoria da conectividade digital em regiões da Amazônia com baixa cobertura. Assim, o programa contribuirá diretamente para as metas brasileiras de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

O programa também prevê alocação específica de recursos para empreendimentos liderados por mulheres e apoiará o desenvolvimento de um plano de ação para ampliar o acesso ao crédito por populações tradicionais, promovendo a inclusão financeira de grupos historicamente marginalizados.

Além do empréstimo, o pacote de financiamento inclui uma subvenção de US$8,8 milhões do BID-GCF para apoiar a implementação de um mecanismo de cobertura de perdas que permitirá ao BB ampliar o crédito para empreendimentos com maior risco.

O programa aproveitará a ampla presença do BB na região amazônica, especialmente por meio do Hub de Bioeconomia que coordena a oferta de serviços financeiros e assistência técnica aos empreendimentos. O Hub conta atualmente com apoio de uma Cooperação Técnica BID-GCF em execução e será fundamental para o sucesso do programa.

A operação reforça a parceria estratégica entre o Banco do Brasil e o BID no apoio a soluções que conciliam desenvolvimento e conservação na Amazônia Legal.

“A Amazônia é a floresta, a fauna, e também as pessoas. O BID e o BB compartilham essa visão, que motiva parcerias como esta. Ao empoderar comunidades locais, não só contribuímos para a conservação e restauração ambiental, mas também melhoramos a vida de quem vive no e do bioma”, afirma Annette Killmer, chefe da Representação do BID no Brasil.

Fonte: Banco do Brasil

BB e Abu Dhabi Investment Group: acordo mobiliza investimentos no Brasil

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Para participar do BRICS, a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e o CEO do Abu Dhabi Investment Group (ADIG), H.E. Zayed Bin Rashid Bin Aweidha, estão no Rio de Janeiro e tiveram um encontro, para assinar um memorando de entendimentos. Os bancos assumem o compromisso de trazer investimentos para o Brasil, para projetos com externalidades socioambientais, infraestrutura, segurança alimentar e energia renovável.

“A parceria entre o Banco do Brasil e o Abu Dhabi Investment Group representa um marco importante na estratégia de ampliar ainda mais os investimentos sustentáveis para o país. Estamos unindo forças para atrair investimentos estratégicos que impulsionarão a transição verde, com geração de emprego, renda e inclusão social”, destaca Tarciana Medeiros.

“Os recursos serão mobilizados por meio do nosso framework de finanças sustentáveis, o que garante transparência, rastreabilidade e alinhamento com os mais altos padrões internacionais. Essa estrutura nos permite direcionar capital para projetos com forte impacto socioambiental, como energias renováveis, bioeconomia, agricultura de baixo carbono, segurança alimentar e infraestrutura resiliente”, completa Tarciana.

Com essa iniciativa, o Banco do Brasil reforça seu papel como protagonista da transição verde e como elo entre o capital global e os ativos sustentáveis brasileiros.

O vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, e o vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial, José Ricardo Sasseron, além de Dr. Cheikh Abderrahmane Mohamed El Hacen, Representante do Fundo ADIG para América do Sul, também participaram do encontro.

Fonte: Banco do Brasil

Rumo à COP30, Banco do Brasil impulsiona solução para a descarbonização

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O Banco do Brasil já contabiliza mais de R$ 729 milhões em Cédula de Produto Rural (CPR) lastreada em Créditos de Descarbonização (CBIOS), visando impulsionar a produção de biocombustíveis no País. O instrumento financeiro, que teve sua primeira comercialização em outubro de 2022, em um projeto piloto, combina a tradicional CPR com os benefícios ambientais dos CBIOS.

Um dos principais incentivos é a criação dos Créditos de Descarbonização, conhecidos como CBIOs. Esses créditos são emitidos por produtores de biocombustíveis certificados, que comprovam a redução de emissões de CO₂ em suas operações. Os créditos podem ser comercializados no mercado financeiro, permitindo que empresas e indivíduos compensem suas emissões de carbono.

A CPR CBIOS é um mecanismo que pode impulsionar a adesão ao RenovaBio, programa do governo brasileiro que tem como objetivo principal aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional, garantindo previsibilidade e sustentabilidade ao setor. O programa também contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e para o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris

A nova modalidade do produto tem como foco usinas produtoras de biocombustíveis que participam do programa RenovaBio e que possuem certificação de boas práticas no manejo e produção de biocombustíveis, o que contribui para a redução de GEE e aumenta a segurança energética do país.

Como funciona a CPR Lastreada em CBIOS

As usinas produtoras de biocombustíveis, devidamente certificadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), são autorizadas a emitir CBIOS. Cada CBIO equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO₂) que deixa de ser emitida na atmosfera.

Com o intuito de antecipar o valor que as usinas receberão pela venda futura dos CBIOS, o Banco do Brasil oferece a CPR lastreada em CBIOS, o que permite que as usinas obtenham recursos financeiros imediatos, utilizando os CBIOS como garantia. Para emitir uma CPR lastreada em CBIOS, a usina deve apresentar a Certificação RenovaBio, que comprova a autorização da ANP para emissão dos créditos. Além disso, é necessário o Certificado da Produção Eficiente de Biocombustíveis e a Nota de Eficiência Energético-Ambiental vigente.

Os CBIOS são negociados em mercados organizados, como a bolsa de valores, onde podem ser adquiridos por empresas e indivíduos que desejam compensar suas emissões de carbono.

“Essa é uma importante ferramenta que alavanca os negócios sustentáveis e a inovação financeira, reduz impactos socioambientais, contribui para a mitigação das mudanças climáticas e promove o desenvolvimento econômico do setor de biocombustíveis no Brasil, indo ao encontro de um dos principais temas a serem abordados durante a COP 30, em Belém”, afirma o Diretor de Corporate and Investment Bank do BB João Fruet.

Nesse contexto, uma das companhias que possuem CPR CBIOS no Banco do Brasil é a Be8. Trata-se de uma empresa de energias renováveis que implementa novas matrizes energéticas por meio de um ecossistema circular de inovação.

Fonte: Banco do Brasil