Decisão judicial abre guerra entre o Banco do Brasil e a CGU

Publicado em: 04/06/2021

Uma decisão do desembargador João Batista Moreira, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, tomada na quarta-feira (02/06) e à qual o Blog teve acesso, abriu uma guerra pesada entre o Banco do Brasil e a Controladoria-Geral da União (CGU).

O desembargador anulou o processo em que a CGU, por meio de sua Corregedoria, anulava a demissão de auditores do Banco do Brasil até que todas as investigações conduzidas pelo órgão fossem concluídas.

O magistrado acatou os argumentos do BB de que cabe à instituição e à Justiça do Trabalho decidirem sobre desligamentos de funcionários. Como empresa de capital misto, com ações negociadas em Bolsa de Valores e não dependente do Tesouro Nacional, o banco alega que não está sujeito aos controles da CGU.

Batalha deve parar no Supremo

A guerra judicial entre o Banco do Brasil e a CGU se arrasta há meses e deve ganhar novos capítulos no Superior Tribunal de Justiça ou mesmo no Supremo Tribunal Federal. A Controladoria-Geral da União vê irregularidades no processo de demissão dos auditores.

Toda a confusão começou em agosto de 2020, quando o BB anunciou mudanças em sua auditoria interna e demitiu os dois responsáveis pela área por justa causa, destituiu outros seis da função e uma assessora foi suspensa por alguns dias.

O primeiro round do Banco do Brasil foi com a Justiça do Trabalho, que determinou o retorno ao cargo de Aureli Balestrini, então auditor-chefe da instituição. O ex-gerente-executivo da área Alexander Alves Pires também recorreu à Justiça do Trabalho, mas não teve sucesso.

Segundo o BB, os dois auditores teriam facilitado a adesão de funcionários da área que comandavam a um programa de demissão voluntária (PDV) com regras mais vantajosas. Tanto Balestrini quanto Pires negam. Dizem que a decisão do banco foi arbitrária.

Disputa pode entrar Planalto adentro

O caso ganhou contornos tão grandes, que, além da CGU, também o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público se posicionaram em favor dos auditores. Mas o Banco do Brasil tem mostrado disposição em fazer valer a sua posição.

Quem acompanha o processo de perto espera um embate entre o novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, e o controlador-geral da União, Wagner do Rosário. O próximo passo é a disputa entre eles entrar Palácio do Planalto adentro.

Fonte: Blog Correio Braziliense

 

Executivos do Economus devem assumir comando da Previ e BB Seguridade

Publicado em: 03/06/2021

A BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil, deve ter seu comando trocado em breve, apurou o Estadão/Broadcast. O nome mais cotado para assumir a cadeira é o de Amauri Aguiar de Vasconcelos, ex-diretor superintendente do Economus, fundo de pensão do antigo Nossa Caixa, adquirido pelo banco público, no passado, de acordo com duas fontes.

Caso seu nome seja confirmado, irá substituir o atual presidente da BB Seguridade, Marcio Hamilton, que, por sua vez, deve assumir uma cadeira na diretoria da bandeira de cartões Elo, possivelmente a de Controle, afirma uma das fontes. O Estadão/Broadcast já havia antecipado sua ida para a empresa, uma sociedade de BB, Bradesco e Caixa. Antes, a expectativa era de que ele ocupasse uma vice-presidência na Elo. No entanto, o martelo final dependia de aval dos sócios.

A mudança na presidência da BB Seguridade já era esperada na esteira da troca da alta cúpula no banco público após a chegada de Fausto Ribeiro para chefiar o conglomerado, substituindo André Brandão, que renunciou ao cargo após desgaste com o Planalto. Ocorre ainda em meio a rumores de pressão política do Centrão por cargos em empresas estatais no governo de Jair Bolsonaro como o BB, por exemplo.

Outro posto que deve ter um novo chefe no curto prazo é o comando do fundo de pensão dos funcionários do banco, a Previ, considerado o segundo mais importante cargo do BB. Na semana passada, o atual presidente, José Maurício Coelho, renunciou ao cargo e passará o bastão no dia 14 de junho. Seu mandato se encerraria apenas em maio do ano que vem.

Conforme antecipou o Estadão/Broadcast, na última sexta-feira, dia 28, o presidente da Economus, Daniel Stieler, deve ser indicado para chefiar a Previ. Seu nome já teria recebido sinal verde da Casa Civil, faltando, ainda, outras aprovações como, por exemplo, da Previc, que regula o setor de previdência complementar fechada.

No caso da BB Seguridade, o nome de Vasconcelos chamou a atenção. Ele foi diretor do Economus, de onde saiu em janeiro. Desde então, não ocupava um cargo relevante no conglomerado, onde ingressou em 1987.

Para uns, há chances de alguma relação política na sua indicação. No passado, Vasconcelos era próximo do senador cearense Cid Gomes (PDT), diz uma fonte. Ele já tocou, inclusive, a superintendência estadual do BB, no Ceará, em 2017. “Vasconcelos pode ter se movimentado e encontrado outro padrinho”, sugere outra fonte.

Tanto a presidência da Previ quanto a da BB Seguridade são indicadas pelo presidente do Banco do Brasil.
Apesar dos rumores de pressão política, Ribeiro, que assumiu o posto mais alto do banco público em abril, tem reforçado a aliados o que prometeu ao mercado, de que seu quadro será técnico.

Nos bastidores, as trocas têm gerado comentários entre os funcionários do banco. Para um, que prefere falar na condição de anonimato, Ribeiro também tem reconhecido quem lhe estendeu a mão no passado. Antes de assumir a presidência do BB, ele tocava o negócio de consórcios do banco. Procurado, o BB não se manifestou.

Mudança na Previ

O atual presidente da Economus, Daniel Stieler, deve ser indicado em breve como o novo líder da Previ. Seu nome já teria recebido sinal verde da Casa Civil, conforme fontes, na condição de anonimato, mas ainda falta ser aprovado em outras instâncias como, por exemplo, a Previc, que regula o setor de previdência complementar fechada.

Stieler, de 56 anos, sucederá o até então presidente da Previ, José Maurício Coelho, que apresentou sua carta de renúncia nesta semana. Ele está no comando da Economus (fundação da antiga Nossa Caixa, banco que foi adquirido em 2009 pelo BB) desde o início do ano. Antes, foi diretor de controladoria do BB. Atuou ainda como conselheiro fiscal da Previ.

Considerado técnico e com habilidades tanto na área de fundo de pensão quanto no próprio banco, seu nome foi bem recebido, de acordo com três fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. “É sério e competente”, diz um ex-executivo do banco, que prefere o anonimato.

Fonte: Estadão

Bancários vão ao Planalto para pedir vacinação rápida; agências do BB fecham após surto de covid

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Representantes dos bancários estiveram nesta terça-feira (01/06) com a ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, em busca de apoio para que os bancários sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação contra a covid-19. Flávia disse considerar o pleito legítimo e ficou de defendê-lo dentro do governo.

O pedido foi apresentado pelo presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), Augusto Carvalho, e pela presidente da Associação dos Bancos do Distrito Federal (ASSBAN), Maria do Carmo Oliveira. Em carta entregue para a ministra, eles listam uma série de argumentos para a vacinação rápida dos bancários.

No documento, as entidades destacaram a importância dos profissionais que trabalham em instituições financeiras no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, que vem devastando o país há mais de um ano — são quase 465 mil mortos e centenas de milhares de famílias destruídas.

“Em todo o país, são 490 mil bancários. Somente do Banco do Brasil são 86 mil, que, mesmo em meio à crise sanitária, mantiveram as agências bancárias abertas, atendendo a milhares de pessoas diariamente”, destacou o presidente da ANABB.

Ele disse ainda que é por meio das atividades dos bancários que a população em geral tem acesso a recursos financeiros e aos programas sociais desenvolvidos pelo governo federal, como o auxílio emergencial, o FGTS, o PIS/Pasep, o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), entre outros. “Ao mesmo tempo, estão contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país”, complementou Carvalho.

Para a presidente da ASSBAN, não há dúvidas de que a continuidade do funcionamento dos bancos foi fundamental para evitar que a crise econômica fosse ainda mais severa. “No entanto, o grande fluxo de pessoas atendidas diariamente nas agências pode ampliar o risco de contaminação, apesar de todo aparato sanitário adotado nas instituições”, frisou Maria do Carmo.

Fechamento de agências do BB

Agências do Banco do Brasil em duas cidades de Santa Catarina fecharam as portas em razão da covid-19. A agência do Banco do Brasil de Capinzal suspendeu temporariamente o atendimento ao público após alguns funcionários testarem positivo para o novo coronavírus (COVID-19). A informação foi confirmada à Rádio Capinzal pelo gerente, Julhano Alexandretti.

De acordo com as informações, mesmo com todos os cuidados que vinham sendo adotados, 7 dos 24 colaboradores positivaram para a doença e estão em isolamento. Todos estão bem, com sintomas leves e se recuperando em casa. Até então, apenas três funcionários haviam testado positivo desde o começo da pandemia.

Alexandretti, que também positivou, informou que para garantir a segurança dos clientes foi decidido por suspender o atendimento nesta quarta-feira (02) e na sexta-feira (04). Os caixas de autoatendimento funcionam normalmente. Uma empresa especializada foi contratada para fazer a sanitização do banco que irá retomar as atividades na segunda-feira (07).

A agência do Banco do Brasil de Canoinhas fechou as portas nesta terça-feira, dia 1º, por tempo indeterminado depois de seis funcionários testarem positivo para a covid-19. O primeiro caso foi detectado na semana passada. A pessoa foi isolada em casa, mas na sequência outros colaboradores apresentaram sintomas, fizeram o teste e tiveram diagnóstico positivo. Sem condições de prestar atendimento presencial com os servidores que teoricamente estariam sem a doença, a gerência da agência decidiu fechar as portas para atendimento externo.

Fonte: Blog do Correio Braziliense com agências regionais

 

 

Abrapp: fundos de pensão estão totalmente blindados contra ingerências políticas

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Com cerca de R$ 1,05 trilhão em ativos sob gestão, o setor de fundos de pensão ganhou as manchetes nos últimos dias após mudanças importantes ocorridas em sequência envolvendo suas principais representantes.

Na última terça-feira (25), a Previ, maior entidade fechada de previdência complementar do país, dos funcionários do Banco do Brasil, anunciou a renúncia de seu presidente, José Maurício Coelho.

O motivo da troca e o substituto que irá assumir a responsabilidade por uma carteira de investimentos de quase R$ 240 bilhões não foram anunciados, mas a mudança foi vista no mercado como parte da reestruturação esperada após a mudança no comando do banco no fim de março, com a indicação pelo governo do nome de Fausto Ribeiro à presidência do BB.

A mudança ganhou ainda mais destaque por ter ocorrido apenas poucos dias depois da troca na presidência da Funcef, fundo de pensão da Caixa.

Apesar das alterações relevantes, o sistema das fundações de previdência complementar não corre o risco de sofrer com a ingerência política, frente ao aprimoramento da governança promovida ao longo dos últimos anos. É essa ao menos a visão de Luis Ricardo Martins, presidente da Abrapp, presidente da associação nacional do setor dos fundos de pensão.

“Hoje o sistema está totalmente blindado”, afirmou Martins, durante coletiva com a imprensa para apresentar os resultados consolidados do sistema em 2020.

Embora tenha salientado que a indústria perde excelentes quadros com a saída dos executivos da Previ e da Funcef, o presidente da Abrapp entende que as trocas vão manter o nível de excelência exigido pela legislação do setor.

“Nosso ambiente não tem espaço para contemplar aquilo que já aconteceu em um passado distante de ingerência política”, afirmou Martins, em referência ao trabalho realizado nos últimos anos de profissionalização dos dirigentes, com aumento da transparência em relação aos investimentos realizados.

Justamente pela maior rede de proteção ao qual estão cobertos os fundos de pensão, o presidente da Abrapp defendeu que, em um cenário de juros baixos, será necessário às entidades olhar cada vez mais para alternativas de diversificação.

Nesse sentido, os fundos de investimento em participações (FIPs), que casam com o horizonte de longo prazo das entidades de previdência, precisam voltar a ser considerados, pontuou Martins.

Problemas ocorridos em gestões passadas envolvendo as estruturas de FIPs em grandes fundos de pensão como a Funcef e a Petros, da Petrobras, “demonizaram” o instrumento dentro do setor, que até hoje sofre resistências para ser considerado no leque de opções.
Perto da meta

Em 2020, a carteira de investimentos dos fundos de pensão teve uma rentabilidade consolidada de 11,13%, pouco abaixo da meta atuarial de 11,53% para o período. A meta atuarial é o retorno alvo buscado anualmente pelas entidades para manter sua solvência no longo prazo.

Do portfólio global de investimentos do setor, a maior parte ainda está na renda fixa, representando cerca de 72,6% dos ativos sob gestão, sem grande variação ante o fim de 2019, quando estava em 72,9%. Já a renda variável ocupava 20,4% do total em dezembro passado, ante 19,6% em 2019.

O presidente da Abrapp destacou ainda a recuperação que o setor demonstrou após o baque promovido pelo coronavírus. Em março de 2020, recordou, o déficit agregado do sistema chegou próximo de R$ 50 bilhões, para encerrar o ano com saldo positivo em cerca de R$ 7,6 bilhões. “Foi uma recuperação fantástica.”

Ainda segundo os dados da associação, o sistema de previdência complementar fechada fechou 2020 com 2,7 milhões de participantes ativos, 3,9 milhões de dependentes e 837 mil assistidos. Além disso, foram pagos R$ 68 bilhões em benefícios previdenciários pelas entidades do setor, contra cerca de R$ 60 bilhões em 2019.

Fonte: Infomoney

 

Abertura de espaços ao Centrão soa alarme para uso de fundos de pensão

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A saída de José Maurício Pereira Coelho da presidência da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB), é parte de uma nova onda no governo Bolsonaro para abrir espaço na máquina pública aos aliados do Centrão. Para acomodar indicações políticas, o governo também tem à disposição mais de 400 cargos nos conselhos de administração das empresas em que os fundos de estatais são acionistas.

Geralmente, eles investem em companhias com projetos sólidos de longo prazo de maturação. Só a Previ, o maior, administra ativos de mais de R$ 230 bilhões e conta com 430 mil participantes ao todo, entre aposentados, funcionários ativos e dependentes. Bolsonaro também esteve por trás de mudanças na cúpula da Funcef, fundo de pensão dos servidores da Caixa, presidida por Pedro Guimarães, executivo próximo do Planalto.

Há regras para as indicações. No caso da Previ, é preciso que o candidato seja funcionário do BB, segurado do fundo por pelo menos dez anos, com experiência em áreas como financeira, administrativa, jurídica, contábil e atuarial. Mas a influência política salta essas barreiras. Sempre existem padrinhos a indicações para altos cargos em estatais. O Centrão costuma ter currículos para apresentar nessas horas. Aproveita-se de Bolsonaro como noutros tempos aproveitou o petismo.

O caso mais ilustrativo do que foi aquela época é a empresa Sete Brasil. Projeto delirante na linha nacionalista de substituição de importações, a Sete ganhou reserva de mercado para construir 28 navios-sonda e depois arrendá-los à Petrobras. Bancos estatais (BB e Caixa) e privados (Santander, BTG Pactual, Itaú Unibanco) apoiaram o empreendimento, sob o impulso dos fundos de pensão de estatais (Funcef, Petros e Previ). Em 2016, a empresa, de cujo capital a Petrobras detinha 10%, entrou em recuperação judicial sem ter entregado uma sonda sequer. A Operação Lava-Jato deixou claro que se tratava de um projeto ditado mais por interesse político que econômico.

Quando a governança é sólida, os fundos podem se tornar fortes investidores em projetos de longo prazo. Quando fraqueja, a história é outra. Cargos em estatais e fundos dão acesso a recursos longe das regras orçamentárias e da vigilância dos organismos de controle. Quando não são usados simplesmente para desvios, como ocorreu com a Petrobras, se tornam vetores de interesses políticos, em vez de funcionar em favor dos cotistas ou acionistas.

A proximidade do PT com o Centrão deu origem a vários projetos de natureza duvidosa como a Sete Brasil, depois desmascarados pela Operação Lava-Jato. Entidades sob a esfera de influência do Estado funcionavam na prática como máquina para gerar recursos a aliados e para o próprio partido. Para Bolsonaro, o interesse imediato é aparentemente garantir apoio nas eleições do ano que vem, entregando cargos bem remunerados em troca de investimentos em regiões de interesse eleitoral. Mas é bom ficar de olho. O avanço de Bolsonaro com o Centrão sobre fundos e estatais faz soar todos os alarmes.

Fonte: O Globo

 

Trocas na parceria com Bradesco podem enfraquecer Banco do Brasil

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Segundo reportagem publicada pelo Broadcast Estadão, Bradesco e Banco do Brasil “tentam aparar arestas e superar a crise sem precedentes desencadeada pelas constantes mudanças no comando do banco público no governo de Jair Bolsonaro que, na semana passada, levaram à inesperada saída do presidente da Cielo”.

Bradesco e Banco do Brasil são sócios em sete empresas. Os negócios estão agrupados na holding Elopar, com exceção da Cielo.

Segundo o Estadão, a chegada de Paulo Guedes e sua equipe econômica, de perfil liberalizante, com a promessa de desinvestimentos e redução da máquina pública, despertou a atenção na sociedade entre Bradesco e BB.

O mandato de Rubem Novaes, primeiro indicado por Guedes e Bolsonaro para comandar o BB, trazia a determinação de venda de ativos como a Cielo, o que gerou custos para estruturar o desmonte sugerido pelo governo – e cansaço no Bradesco, relatam fontes ao Estadão, na condição de anonimato.

O desgaste entre os sócios Bradesco e BB ficou evidenciado com o pedido de renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, na semana passada.

Segundo o Estadão, o desenrolar da parceria entre Bradesco e BB têm sido acompanhado de perto por analistas de mercado, que demonstram ceticismo quanto ao futuro do casamento depois da crise instalada pelos liberais. “A troca de comando na Cielo só fez jogar lenha na fogueira”, diz o jornal.

“Essas trocas não são meras confusões, como a matéria quer transparecer. Estamos falando de grandes empresas com bilhões de reais em recursos, como a própria matéria enfatiza”, diz o coordenador da Comissão de Empresas dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“O que transparece nessas mexidas pode ser a possibilidade da entrada de um parceiro privado na administração das empresas. Normalmente, quem vinha administrando essas empresas era o próprio Banco do Brasil, através de suas indicações. E, agora, pode ocorrer uma reviravolta, com o Bradesco como o principal player nessas empresas”, alerta Fukunaga.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, a ideia de vender a Cielo – que antes estava descartada – voltou a ser vista como essencial para o BB, diante da relação desgastada entre Banco do Brasil e Bradesco, o que estimulou as empresas a iniciarem “um novo ciclo”. O mesmo vale para os demais ativos, que devem ser mantidos na sociedade com o Bradesco.

De acordo com a matéria do Estadão, a notícia de que a Alelo, de benefícios, vai começar a atuar no setor adquirência, deixando a irmã Cielo de lado, deu esperanças ao mercado quanto à possível separação dos sócios. Como resultado, a líder das maquininhas viu seu valor aumentar em R$ 1 bilhão na bolsa, para R$ 11,4 bilhões.

“Essa é briga de cachorro grande. O Bradesco é aliado do Guedes e pode ser beneficiado por todas essas mudanças, como mostra o movimento de subida da ação da Cielo nos últimos dias”, avalia Fukunaga.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil promove terceirização irresponsável, apontam dirigentes sindicais

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Dirigentes sindicais têm apurado, junto aos funcionários do Banco do Brasil, que muitas agências estão operando com correspondentes bancários executando negócios na fila de triagem na sala de autoatendimento e utilizando equipamento do banco internamente para concluir os negócios, desrespeitando uma decisão do próprio sistema financeiro oriunda do Banco Central.

“Infelizmente, no desgoverno Bolsonaro, além da tristeza do aumento do risco de contaminação comunitária e o estimulo à imunização de rebanho, o governo da morte ainda promove a precarização do trabalho bancário com terceirização fraudulenta”, protesta o dirigente sindical e bancário do Banco do Brasil João Maia.

Além disto, em agências da cidade de São Paulo estão contratando trabalhadores terceirizados pra fazer triagem na fila da sala de autoatendimento, o que pode resultar em pressão para oferta de produtos e serviços, caracterizando fraude por desvio de função e precarização de direitos.

Para piorar, estes colegas não recebem da empresa equipamentos de proteção individual contra o coronavírus, e tampouco são contemplados pelos protocolos internos de prevenção. Mas, por outro lado, podem fornecer negócios para o banco.

“Portanto, são tratados como funcionários de segunda classe, com menores salários e menos benefícios. Uma comunidade de castas nas agências do BB. Repudiamos essa prática ignóbil”, afirma o dirigente sindical e bancário do Banco do Brasil Leonardo Diniz

O Sindicato também apurou que, na pandemia, muitas agências do BB em São Paulo operam com dois ou três funcionários no atendimento presencial. E apesar disso, o Banco do Brasil criou plano de demissão pra expurgar mais de 5 mil funcionários, mesmo tendo apresentado lucro de aproximadamente R$ 14 bilhões em 2020.

Para completar, há o notório descaso em não incluir os bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunização, apesar de o governo federal ter decretado o serviço bancário essencial. “O desgoverno Bolsonaro não demonstra ter o menor interesse em abrir concurso de admissão no BB para atendimento nas agências, reivindicação enfática e permanente do movimento sindical bancário, desde sempre”, enfatiza João Maia.

Recentemente, houve o chamado “encontro de líderes” no BB, para motivar a tropa nas diversas áreas de varejo, atacado e operacional.

“Mas parece que líderes sem visão estão firmes e fortes na destruição da empresa. A pressão pelo cumprimento de metas é tão absurda que há casos de agências que abriram suas portas sem que os vigilantes estivessem devidamente equipados, aumentando o risco de insegurança para os funcionários e clientes”, denuncia João Maia.

Esta situação foi denunciada pelo Sindicato na Superintendência, Gestão de Pessoas e Gestão de Segurança em São Paulo.

“É preciso, mais que urgentemente, preencher a falta de funcionários com concurso de ingresso no BB e rechaçar a terceirização irresponsável. Todos que trabalham em banco, são bancários e devem ter os mesmos benefícios e direitos, inclusive com treinamento adequado” afirma Leonardo Diniz.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil pagará R$ 480 milhões em juros sobre o capital próprio

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O Banco do Brasil (BBAS3) aprovou o pagamento de R$ 480 milhões em juros sobre o capital próprio relativos ao segundo trimestre de 2021.

De acordo com o comunicado, o valor por ação será de R$ 0,16851902084, a ser pago em 30 de junho de 2021.

A partir de 14 de junho, as ações passarão a ser negociadas “ex-JCPs”.

Segundo o jornal Valor Econômico, para isso ocorrer, a pasta estuda acabar com os juros sobre o capital próprio (JCP), que as companhias usam para distribuir lucros aos acionistas, gerando benefícios fiscais, e taxar a distribuição de dividendos em 15% no momento inicial e, em seguida, para 20% no segundo momento.

Embora o projeto já tenha sido discutido antes, a Ágora Investimentos afirma que a notícia é negativa para os mercados, especialmente para o setor financeiro.

Fonte: Money Times

Desembolso de crédito rural na safra 2020/21 supera R$ 100 bi, diz BB

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O Banco do Brasil (BB) superou a marca de R$ 100 bilhões de desembolso no Plano Safra 2020/2021, que termina no fim deste mês, com crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 82,5 bilhões). Após bater recorde em abril, com R$ 11,2 bilhões, quando a carteira de agronegócios superou R$ 200 bilhões, o BB repetiu o feito no mês de maio com mais um resultado inédito, superior a R$ 12 bilhões.

Para o vice-presidente de Agronegócios do BB, Renato Naegele, esses recordes seguidos tornam palpável o foco estratégico em agronegócios adotado pela empresa na atual gestão. “O BB mais forte no agro é o agro mais forte no Brasil e o Brasil mais forte no mundo”, sintetiza.

O Circuito virtual Agro do BB segue em frente impulsionando os negócios, fomentando o desenvolvimento regional, com o objetivo de levar aos clientes as condições especiais usualmente disponibilizadas nas feiras agropecuárias. A primeira fase do Circuito, ocorrida nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, gerou mais de R$ 440 milhões em negócios prospectados.

Nesta segunda etapa, que vai até o dia 11 de junho nas regiões Centro-Oeste e Norte, o produtor tem acesso a novidades exclusivas em seguros, consórcios e financiamentos, além de ações promocionais em diversas modalidades. Vale lembrar que essas condições especiais são válidas para todo o País.

O Circuito ocorre no Broto (broto.com.br), ambiente digital com lives especiais, demonstrações e interação virtual do público com as revendas, montadoras e outros parceiros do agronegócio. Já foram realizadas três lives em maio, nas quais foram debatidos temas de relevância para o setor agropecuário da região Centro Oeste e Norte.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

 

Banco do Brasil impulsiona a requalificação para transformação digital

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O Banco do Brasil lançou um movimento interno, chamado de “evolution”, para trazer oportunidades de requalificação profissional, direcionadas para o desenvolvimento de competências digitais, que contribuirão para acelerar a transformação digital e transformar a cultura organizacional, com foco no cliente, inovação e meritocracia.

A primeira e principal ação é a disponibilização, para todos os funcionários, do acesso imediato e ilimitado à maior plataforma brasileira de cursos de tecnologia: a Alura. Por lá e também por meio da Universidade Corporativa Banco do Brasil (UniBB), os funcionários já podem acessar mais de 1,2 mil cursos online, sobre Mobile, Programação, Front-end, DevOps, UX & Design, Data Science e Inovação & Gestão.

“Nada melhor do que juntar todo o potencial arraigado que a UniBB possui com os cursos da Alura. Com o movimento evolution, estamos dando mais um passo na capacitação e no aprimoramento digital dos nossos funcionários”, destaca Avelar Matias, diretor de Gestão da Cultura e de Pessoas do BB.

Como parte das ações planejadas para desenvolvimento de competências digitais, o Banco irá oferecer também bolsas de idiomas, incentivos para graduação, pós-graduação lato sensu, mestrado e doutorado voltados para tecnologia e inovação. E ao longo dos próximos meses, os funcionários terão oportunidades de mentoria, compartilhamento de experiências e hackathons.

3,5 milhões de ações de capacitação

Em 2020, a UniBB promoveu 3,5 milhões de ações de capacitação, realizados por mais de 5 milhões de acessos no Portal UniBB e capacitando 98,36% dos funcionários. A média foi de 65,76 horas de treinamento por funcionário, totalizando 6 milhões de horas.

Somente pelo App UniBB Mobile, foram concluídos 221 mil cursos. Já a Rádio UniBB conta com mais de 1.000 podcasts disponíveis.

Premiações

O Banco do Brasil possui diversos reconhecimentos nacionais e internacionais por suas ações de capacitação e formação do corpo funcional ofertadas por meio da UniBB. Em maio, ela foi eleita a Melhor Universidade Corporativa em Cultura e Tecnologia em 2021 pelo Global CCU (Conselho Global de Universidades Corporativas, que reúne e destaca Universidades Corporativas em todo o mundo). E acumula muitas premiações nos últimos anos:

– Eleita a Melhor Universidade Corporativa do Mundo, em 2015; Melhor Universidade Corporativa do Mundo em Inovação, em 2017, pelo Global CCU; 2ª Melhor Universidade Corporativa, categoria “Abordagem Holística Humana e Digital”, pela Global CCU (2019).
– Top of Mind em 2015, 2016, 2018, 2019 e 2020: Empresa com prática Reconhecida em Educação Corporativa/ e-Learning.
– Learning & Perfomance 2014, 2015 e 2016. Premiação 2017 pelo Programa Certificação de Conhecimentos do BB e , em 2018, pelo Game Desenvolver – Líder de Si Mesmo.
– Educorp, em 2013 e 21014: Melhor Programa de Educação Corporativa. E, em 2016 e 2018: Melhor Case de Universidade Corporativa.
– Cubic Awards, em 2013, como Melhor Programa de Educação Corporativa e, em 2016, como o 2º Melhor Programa de Educação Corporativa do Mundo. E, em 2017, na categoria Excelência no Desenvolvimento da Liderança.
– Prêmio Relatório Bancário 2019: premiação por 4 casos de tecnologias digitais.

Fonte: Banco do Brasil

ANABB promove eleição para cargo de diretor regional em três jurisdições

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A ANABB está iniciando o processo eleitoral para preencher três cargos vagos de diretores regionais. O período para escolha dos associados que irão representar as jurisdições BA-5 (Bahia), RR-51 (Roraima) e SC-52 (Santa Catarina) ocorre de 2 de junho a 14 de julho, para um mandato que vai até janeiro de 2025.

As eleições são conduzidas por uma Comissão Eleitoral Especial, composta pela vice-presidente de Relações Institucionais, Cecília Garcez, pelo conselheiro deliberativo, Carlos Antonio Soares, e pelo conselheiro fiscal Marcos Maia.

Podem concorrer aos cargos em disputa os sócios efetivos da ANABB que tenham no mínimo 1 ano de filiação e três anos de trabalho efetivo no Banco do Brasil. Além disso, é necessário residir na respectiva jurisdição.

Conforme edital, o período para registro de candidaturas será entre os dias 4 e 11 de junho. A votação começará às 9h do dia 28 de junho, seguindo até as 18h do dia 5 de julho (horários de Brasília). A divulgação do resultado da eleição acontecerá no dia 5 de julho, às 19h, e a divulgação do resultado final ocorrerá às 18h do dia 9 de julho.

Os associados podem verificar a qual jurisdição pertencem acessando o Portal da ANABB, no Espaço do Associado, com matrícula e senha, clicando na aba “Dados Pessoais”.

As Diretorias Regionais têm como objetivo a maior aproximação da ANABB com seus associados, de forma a captar suas aspirações, prestar informações qualificadas e incentivar discussões democráticas.

Fonte: Agência ANABB

 

Presidente do BB quer concurso e órgão pode soltar dois editais

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O concurso do Banco do Brasil está cada vez mais próximo de ter edital publicado. Após as apurações exclusivas do Direção Concursos acerca da realização das provas, outras informações seguem saindo.

O que se sabe é que há grande interesse da alta cúpula da entidade na contratação de empregados na área de TI e escriturário. Para o primeiro cargo, seriam 240 vagas e cadastro de reservas com número igual.

Fonte: Metrópoles

Entenda a tecnologia por trás dos pagamentos no WhatsApp com Ourocard Visa

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O lançamento dos pagamentos pelo WhatsApp no Brasil veio para reforçar a adesão dos brasileiros aos novos meios de pagamentos digitais que trazem mais praticidade, rapidez e conveniência nas transações financeiras. E o Banco do Brasil acredita que a tecnologia de segurança para enviar dinheiro no WhatsApp pode ser um dos fatores propulsores para a adesão dos clientes portadores do Ourocard Visa. Segundo pesquisa recente realizada pela Visa, todas essas características são importantes para os consumidores, mas a segurança é o fator mais relevante para 83% dos pesquisados.

“A adesão dos nossos clientes às soluções digitais que oferecemos é decorrente da confiança construída com o Banco. Levamos inovação, tecnologia, praticidade, e sobretudo, segurança”, afirma Edson Costa, diretor meios de pagamentos e serviços do Banco do Brasil.

No Brasil, as operações de pagamentos no WhatsApp são oferecidas pelo Facebook Pay e processadas pela Cielo. Aos olhos do usuário, a operação de envio de dinheiro acontece de maneira simples e rápida. Por trás de tudo, porém, existem camadas de autenticação, verificação e criptografia que garantem segurança aos dados que transitam na operação.

Os números de cartões, por exemplo, que os usuários cadastram para utilizar a solução de pagamentos no WhatsApp ficam criptografados nos servidores e não são compartilhados com quem recebe o valor. Além disso, o Facebook Pay monitora as transações por um sistema antifraude a fim de evitar atividades não autorizadas.

A proteção biométrica do celular – autenticação digital ou leitura facial – ou o PIN do Facebook Pay adicionam mais uma camada de segurança antes de um pagamento no WhatsApp ser efetuado.

Tecnologia avançada de segurança

A Visa implementou uma combinação de duas tecnologias para o serviço de pagamentos no WhatsApp: o Cloud Token, que protege as transações substituindo informações sensíveis do portador de cartão por um token exclusivo armazenado em segurança na nuvem, e o Visa Direct, que é uma plataforma moderna de enviar e receber dinheiro de forma rápida.

Outras medidas de segurança

Uma recomendação importante para garantir mais segurança é não compartilhar o código de confirmação do WhatsApp, o PIN de seis dígitos do Facebook Pay ou o código de verificação do sistema. Ativar a confirmação de duas etapas e deixar a foto de perfil visível apenas para contatos são medidas simples que evitam clonagem da conta do WhatsApp.

Se o celular for roubado, o criminoso não conseguirá saber a numeração do cartão cadastrado, já que os dados estão criptografados. O cliente do BB que passar por esta situação deve solicitar o bloqueio do cartão nos canais de atendimento do Banco do Brasil.

Mais informações em bb.com.br/paguecomwhatsapp

Fonte: Banco do Brasil

Câmara aprova MP que aumenta tributos dos bancos para desoneração de diesel e gás

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A Câmara aprovou a redação final da Medida Provisória 1034, que aumentou a tributação sobre bancos para permitir o subsídio ao diesel e ao gás de cozinha. Nenhum dos quatro destaques – sugestões de mudanças que poderiam mudar o teor da proposta – foi aprovado, e o texto segue agora para o Senado.

Para permitir o subsídio aos combustíveis, o governo aumentou a tributação sobre os bancos de forma temporária e deu fim ao Regime Especial da Indústria Química (Reiq), criado em 2005 e que deu incentivos tributários ao setor.

O parecer do relator, deputado Moses Rodrigues (MDB-CE), trazia diversos jabutis – matérias estranhas ao texto original – e gerou polêmica entre os parlamentares. O relatório estendia o Reiq por mais tempo, com a retirada gradual dos benefícios à indústria ao longo de oito anos.

Por acordo entre as lideranças, o texto foi alterado e chegou a um meio-termo, com o programa ganhando uma sobrevida de quatro anos. Moses Rodrigues afirmou que a renúncia fiscal será de R$ 150 milhões a cada ano. Hoje, o setor paga alíquota de 1% no PIS e de 4,6% na Cofins, e ao fim desse período, a tributação será elevada para 1,65% e 7,6%, respectivamente.

A pedido da Receita Federal, o relator incluiu no texto a tributação de PIS e Cofins sobre combustíveis importados que são adquiridos fora da Zona Franca de Manaus. Segundo ele, há denúncias sobre fraudes praticadas por distribuidoras que compram combustíveis em volume acima de todo o consumo do Estado para revender a preços cheios em todo o País, e uma única empresa teria deixado de pagar R$ 450 milhões em impostos.

O vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a mudança era inconstitucional e violava decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que assegura tratamento de exportação aos produtos internalizados na região. Ele disse que não compactuava com as fraudes, mas avaliou que o texto ia além do que o relator e a Receita queriam e poderia prejudicar, também, a aquisição de combustíveis nacionais na Zona Franca.

Por acordo, ficou acertado que o texto será ajustado no Senado e, depois, voltará à Câmara para ser aprovado. “Não queremos proteger quem compra combustível no exterior sem pagar PIS e Cofins e concorre de forma desleal com quem vende combustível no nosso País”, afirmou.

O parecer do relator dobrou ainda de R$ 70 mil para R$ 140 mil o valor máximo do veículo que pode ser adquirido com isenção do IPI por pessoas com deficiência e estabeleceu em três anos o prazo mínimo para reutilização desse benefício fiscal. Pela legislação atual, não havia limite de valor. O relator também propôs uma mudança na base de incidência de impostos sobre a loteria de apostas de quota fixa que pode reduzir recursos destinados à Seguridade Social.

O deputado manteve inalterado o texto original enviado pelo governo relacionado aos bancos, que permitiu elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro de 20% para 25% entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2021. Esse aumento foi a contrapartida para bancar a decisão que zerou as alíquotas de PIS/Cofins sobre o diesel por dois meses e sobre o gás de cozinha de forma permanente.

Com a MP, empresas de seguros privados, capitalização, cooperativas de crédito, entre outras, também passaram a pagar mais: as alíquotas aumentaram de 15% para 20%. A partir de janeiro de 2022, todas as instituições do setor financeiro passam a recolher os percentuais vigentes antes da edição da MP.

O aumento da tributação sobre os bancos tem impacto de R$ 3,2 bilhões a mais na arrecadação do governo federal, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado. No total, para zerar o PIS/Cofins sobre diesel e gás de cozinha, o governo abriu mão de R$ 3,7 bilhões em arrecadação, ainda de acordo com a IFI.

Fonte: Infomoney

Fitch reafirma rating do Brasil em “BB-” com perspectiva negativa

Publicado em: 28/05/2021

A agência de classificação de risco Fitch reafirmou nesta quinta-feira (27) o rating do Brasil em “BB-“, com uma perspectiva negativa para a nota.

Em comunicado, a empresa explica que os ratings do Brasil “são sustentados por sua grande e diversificada economia, alta renda per capita em relação aos pares e capacidade de absorver choques externos sustentados por sua taxa de câmbio flexível, desequilíbrios externos moderados, reservas internacionais robustas e profundo mercado interno de dívida governamental”.

Por outro lado, pesa contra o país as grandes necessidades de financiamento e o endividamento do governo, além de uma estrutura fiscal rígida, potencial de crescimento econômico fraco e um cenário político difícil, que impede o progresso oportuno nas reformas fiscais e econômicas.

Já a perspectiva negativa reflete os riscos para a consolidação fiscal e recuperação econômica necessária para a estabilização da dívida pública de médio prazo após a forte deterioração das contas fiscais do Brasil e da carga da dívida pública em 2020.

A Fitch cita ainda preocupações com a evolução da pandemia do coronavírus, o processo de vacinação e as consequências econômicas desse cenário.

“As pressões sobre os gastos públicos persistem e o apoio fiscal adicional para enfrentar as consequências da pandemia não pode ser descartado. Fragilidades fiscais contínuas, bem como vencimentos de dívidas encurtados, tornam o Brasil vulnerável a choques”, diz a agência.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil e Bradesco tentam superar crise com vai e vem do banco público

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Os sócios Bradesco e Banco do Brasil tentam aparar arestas e superar a crise sem precedentes desencadeada pelas constantes mudanças no comando do banco público no governo de Jair Bolsonaro que, na semana passada, levaram à inesperada saída do presidente da Cielo, apurou o Broadcast. Amarrada por vários ‘elos’ no setor de pagamentos, a sociedade passou a enfrentar mais volatilidade por unir um ente privado e outro público, que mudou de posicionamento em relação ao negócio com o embarque da equipe de viés mais liberal do ministro Paulo Guedes. De lá para cá, houve tentativas malsucedidas de desinvestimentos, dentre eles a empresa de maquininhas, e novas trocas de rotas para o negócio.

Bradesco e Banco do Brasil são sócios em sete empresas. Os negócios estão agrupados na holding Elopar, com exceção da Cielo. A sociedade de 26 anos teve início em 1995, no primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso, justamente com a criação da Cielo, chamada de VisaNet, na época. De lá para cá, os negócios se multiplicaram, principalmente no fim do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. A justificativa era explorar ganhos de sinergia para ambos os sócios.

A chegada da turma de Guedes, com a promessa de desinvestimentos e redução da máquina pública, colocou a sociedade entre Bradesco e BB na berlinda. O mandato do economista Rubem Novaes, primeiro escalado para tocar o BB na gestão do presidente Jair Bolsonaro, trazia a determinação de venda de ativos como a Cielo, o que gerou custos para estruturar o desmonte sugerido pelo sócio – e cansaço no Bradesco, relatam fontes, na condição de anonimato.

O assunto esteve na pauta da primeira conversa entre o novo presidente do BB, Fausto Ribeiro, com o do Bradesco, Octavio de Lazari. Os dois teriam se encontrado no mês passado, durante passagem do executivo do banco público por São Paulo, diz uma fonte próxima. Um encontro também teria ocorrido com o chairman do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

Dentre os temas debatidos, conforme fontes, os sócios teriam conversado sobre a crise na relação e os gastos gerados com a avaliação dos ativos devido à vontade do BB de se desfazer da sociedade e sair das empresas. Espécie de ‘shake hands’, acerto entre os sócios, o encontro serviu de pontapé para a reformatação da parceria.

Sócios devem desistir de venda da Cielo

Diante de uma relação desgastada, Bradesco e BB tentam, agora, iniciar um novo ciclo, relatam fontes próximas aos sócios. A ideia de vender a Cielo, que chegou a atrair interessados para a fatia do banco público, por exemplo, foi descartada. Agora, o negócio voltou a ser visto como essencial para o BB, segundo essas fontes. O mesmo vale para os demais ativos, que devem ser mantidos na sociedade com o Bradesco. A prioridade, dizem, é explorar maiores ganhos dos negócios já selados.

A notícia de que a Alelo, de benefícios, vai atuar começar a atuar n setor adquirência, deixando a irmã Cielo de lado, porém, deu esperanças ao mercado quanto à possível separação dos sócios. Como consequência, a líder das maquininhas viu seu valor aumentar em R$ 1 bilhão na bolsa, para R$ 11,4 bilhões. Fontes próximas aos sócios reforçam: a chance de uma separação e desinvestir a Cielo no curto prazo é tipo ‘zero’.

O desgaste entre os sócios Bradesco e BB ficou claro com o pedido de renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, na semana passada. O executivo, que construiu carreira no BB e foi secretário da Fazenda na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, não era visto como um aliado do Planalto e vice-versa. Diante de várias tentativas para removê-lo do cargo, conforme revelou o Broadcast, ele pediu para sair, evidenciando ainda mais a pressão política do governo Bolsonaro sobre as empresas estatais.

Apesar da ânsia do Centrão pelo cargo, foi escolhido o vice-presidente da Cielo, Gustavo Sousa, para suceder Caffarelli. A indicação vem a reboque de uma tentativa do governo Bolsonaro, sob as mãos do PP, presidido por Ciro Nogueira, de emplacar o presidente do Desenvolve-SP, Nelson de Souza, para a adquirente. Seu nome, porém, foi rechaçado pelo Bradesco, cujo mandato é barrar qualquer indicação política nas empresas em sociedade com o BB, de acordo com fontes.

“Há um desgaste na relação. Em 25 anos de parceria, nunca o Bradesco recebeu pedido político para absorver alguém. Antes, o Banco do Brasil resolvia isso nas suas empresas”, diz uma fonte próxima aos sócios, que prefere o anonimato.

Sem sucesso na Cielo, outra revela, haver ainda um esforço de colocar Nelson de Souza, que presidiu a Caixa e o Banco do Nordeste, em alguma posição de destaque no BB para agradar ao PP. Em meio a questionamentos sobre indicações políticas para as coligadas do BB, o novo presidente do banco tem dito a aliados que sua gestão vai priorizar perfis técnicos.

Consultoria de recrutamento deve ajudar escolher candidatos

Seu posicionamento, afirma um deles, é fazer processos oficiais para preencher cargos de liderança nas empresas coligadas. Assim, Bradesco e BB consideram fazer uma seleção formal, antes de bater o martelo para o comando definitivo da Cielo, dizem duas fontes. A ideia é contratar uma consultoria internacional de peso como Spencer Stuart ou Korn Ferry para colocar um executivo de “primeira linha” no comando da empresa de maquininhas. O nome de Gustavo Souza, dizem, estará nesse processo, cujo objetivo é identificar um perfil jovem e antenado à tecnologia para capitanear a transformação da Cielo, alvo de forte ataque da concorrência.

“O foco é fortalecer, reconstruir a parceria. Os sócios querem resgatar o que tinham, uma parceria estratégica entre as duas instituições”, diz uma fonte próxima a um deles.

Do lado das indicações de executivos, apesar do desgaste na relação com o Bradesco, o BB tenta retomar os bons tempos, em que ambos não entravam em bolas divididas, e deixar o passado para trás. Como a nova gestão trocou toda a alta cúpula, negocia com o sócio posições para reacomodar executivos que não se aposentaram.

Um deles é o atual presidente da BB Seguridade, Marcio Hamilton. Depois de ter sido preterido para cargos de liderança nas empresas dos sócios, ele deve assumir a cadeira de vice-presidente de finanças (CFO, na sigla em inglês) na bandeira Elo, sociedade de BB, Bradesco e Caixa, de acordo com duas fontes, auxiliando em sua abertura de capital. Outro nome que circula nos bastidores é o do ex-vice-presidente de tecnologia do BB, Gustavo Fosse. Especula-se que ele vá para a Cielo. Falta, ainda, bater o martelo.

Cansado do vai e vem do governo Bolsonaro e os reflexos nos negócios em sociedade com o BB, o Bradesco tem sido taxativo e dito não a quaisquer nomes com sinais de indicação política, afirma uma fonte. “Esse governo decepcionou”, diz.

Os desdobramentos da parceria entre Bradesco e BB têm sido acompanhados de perto por analistas de mercado, que demonstram ceticismo quanto ao futuro do casamento depois da crise instalada pelos liberais. A troca de comando na Cielo só fez jogar lenha na fogueira. “Que a relação está desgastada é fato, mas qual a solução? Essa é a questão”, afirma um deles, na condição de anonimato.

Outro, que também prefere não ser mencionado, questiona a situação da Cateno, empresa que faz a gestão da operação de cartões do BB e que foi comprada pela Cielo. “É um imbróglio”, diz.

Na gestão de Rubem Novaes, a venda da Cateno, feita durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, era considerado um erro. Essa posição também já havia sido defendida por alguns executivos no fechamento do negócio. De lá para cá, porém, a empresa vem perdendo importância com o avanço dos meios de pagamentos e em meio à transformação tecnológica do setor com a chegada do Pix, open banking.

Para a administração atual do BB, de acordo com uma fonte, não faz sentido investir na Cateno. Nesse sentido, conversas de troca de ações da empresa por papéis da Cielo, que chegaram a ocorrer em um passado recente, foram deixadas de lado.

Procurado, o Bradesco afirmou que a parceria com o Banco do Brasil é “uma referência de sucesso”. “Consideramos que o momento requer foco e união para o enfrentamento dos relevantes desafios do mercado”, acrescentou.

Já o BB disse que tem uma “sólida parceria” com o Bradesco, que “sempre resultou em produtos e serviços de alta qualidades para seus clientes e ótimos resultados para os sócios”. “O Banco do Brasil acredita na parceria, certo que ela continuará contribuindo para o fortalecimento das duas instituições, para a geração de negócios sustentáveis e para a melhoria continua da experiência dos clientes”. A Cielo não se manifestou.

Fonte: Estadão

 

Após conseguir fundo de R$ 230 bilhões, Centrão quer vagas da diretoria do BB

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Três anos após assumir o comando do maior fundo de pensão do país, José Maurício Pereira Coelho anunciou na terça-feira sua renúncia à presidência da Previ, como antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. O executivo deixará o posto a partir de 14 de junho .

A mudança na cúpula da fundação é resultado de uma ação dupla. Ela reflete a pressão cada vez maior do Centrão por cargos, o que deflagrou no governo uma operação para abrir vagas para acomodar indicações políticas em instituições como Banco do Brasil (BB) e Caixa e nos conselhos das empresas nas quais esses bancos e fundações têm assento.

Além disso, é um retrato da interferência do presidente Jair Bolsonaro , que teria determinado uma “ limpeza ” para excluir nomes que tivessem qualquer vínculo com governos anteriores.

O Planalto já teria solicitado, inclusive, segundo fontes, uma lista dos indicados para vagas em conselhos onde estatais e fundos ocupam um dos assentos.
Estatuto é trava para indicações

No caso da Previ, a estratégia do Centrão é ganhar cargos com uma espécie de dança das cadeiras que teria início após a saída de José Maurício, o que abriria vagas no BB. A ideia seria deslocar um vice-presidente do BB para a Previ e preencher a vaga com uma indicação política, segundo fontes a par da discussão.

Desde a nomeação de Fausto Ribeiro para a presidência do banco, no fim de março, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) passou a ser apontado por fontes políticas e por servidores de carreira da instituição como um dos políticos mais influentes no Banco do Brasil. Flávio é citado nos bastidores como um político próximo a Ribeiro e ao novo vice-presidente de agronegócios, Renato Naegele, embora este negue a interlocutores que conheça o filho do presidente.

Fonte: Valor Investe e Portal IG

 

Presidente da Previ renuncia; dirigentes não aceitarão intervenção na entidade

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Na última terça-feira 25, o presidente da Previ, José Maurício Coelho, renunciou ao cargo. Para os representantes eleitos da Previ e entidades representativas dos trabalhadores, essa renúncia é um indício de tentativa de intervenção do governo federal no fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, para acomodar aliados políticos. Em nota, os representantes na Previ afirmam que não aceitarão qualquer ingerência sobre o fundo, que é administrado por seus participantes.

O diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e conselheiro deliberativo eleito da Previ, Ernesto Izumi, lembra que já houve em governos passados, como no de FHC no início dos anos 2000, e mais recentemente no de Temer, tentativas de intervenção, que enfrentaram resistência dos trabalhadores.

“Os participantes estão preocupados e com razão. Foi a nossa luta que garantiu nosso direito de eleger metade dos membros da diretoria, dos conselhos deliberativo, fiscal e consultivos da Previ. E é essa participação dos associados na direção da Previ que impede decisões unilaterais da direção do banco e que garante a defesa dos nossos direitos. A gestão da Previ não é terceirizada, ela é feita por associados, e eles têm interesse em fazer uma boa gestão porque sabem que um dia dependerão dessas aposentadorias. Portanto, temos que evitar essa interferência com nossa organização e mobilização”, afirma.

“É preciso que os participantes da Previ, aposentados e da ativa, estejam atentos aos próximos passos, informem-se através de nossos canais de comunicação e que estejamos unidos. Só com união e mobilização conseguiremos barrar tentativas como esta”, acrescenta Ernesto, lembrando que o governo já fez isso recentemente com o fundo de previdência da Caixa, interferindo na gestão da Funcef, e com o Santander Banespa, por meio da Previc, tentando impedir a eleição dos representantes dos trabalhadores no Banespa. “Os trabalhadores da Caixa e do Santander estão lutando contra esses ataques, e faremos o mesmo com a Previ”, reforça.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Ação Civil Pública em favor dos caixas do BB avança na Justiça do Trabalho

Publicado em: 27/05/2021

A administração do Banco do Brasil não ofereceu nenhuma proposta de acordo durante a audiência de conciliação que aconteceu na quarta-feira (19) sobre a Ação Civil Pública ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pedindo que o BB se abstivesse de suprimir as funções e respectivas gratificações de seus caixas executivos.

A advogada da Contraf-CUT, Renata Cabral, do escritório Crivelli Advogados, afirmou que a entidade que representa os funcionários “como sempre” estava disposta a negociar com a direção do banco, contanto que os direitos dos trabalhadores fossem abarcados.

“Mas o banco não apresentou nenhuma proposta e não teve possibilidade de acordo na audiência”, explicou. Com isso, o juiz Antônio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, acabou encerrando a audiência de conciliação e marcou para o dia 23 de agosto a próxima etapa que será a audiência de instrução.

Em fevereiro, a Contraf-CUT entrou com uma Ação Civil Pública pedindo à Justiça do Trabalho que o Banco do Brasil fosse impedido de extinguir a função e a gratificação dos caixas executivos, previsto no Plano de Reestruturação divulgado em janeiro.

O juiz da 6ª Vara do Trabalho de Brasília deferiu a tutela de urgência requerida pela Contraf-CUT, decisão em plena vigência.

No Plano de Reestruturação, a administração do BB determinava que todos os caixas executivos migrassem de suas funções, voltando à função de escriturários. Quando necessário, poderiam atuar como caixas, recebendo a gratificação apenas pelos dias trabalhados nessa função.

“O banco, mais uma vez, usa a tática de individualizar uma discussão que é coletiva, que é nacional e técnica, ao querer propor trazer testemunhas para dizer o quanto o banco é generoso ao ofertar vaga, que há um processo seletivo que permite ascensão e que as pessoas sejam realocadas, mesmo sabendo nós que, no fundo, o banco cortou a gratificação de caixa”, observa o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Se olharmos, mais ainda, é terrível essa proposta do banco de reestruturação, uma vez que atinge boa parte dos caixas que estavam em home office. Então, a partir do momento em que a reestruturação foi imposta, os funcionários estão sem a gratificação de caixa, porque eles não abrem o caixa e não tem perspectiva de promoção.

Essa crueldade do banco, querem transformar, dizendo que o banco é supergeneroso, mas nós sabemos que a reestruturação não teve nada disso”, completa o coordenador da CEBB.

Na decisão em favor da Contraf-CUT, o magistrado Antônio Umberto de Souza Junior destacou que o Banco do Brasil tem o direito de definir o número de empregados em cada função, mas não de “promover tamanha insegurança jurídica e financeira, deixando de ter o caixa interino qualquer noção do que efetivamente receberá pelo mês trabalhado, dependendo do fluxo de clientes e dos humores ou bom senso de seu superior hierárquico”, explicou.

Ainda segundo o juiz, a tutela para suspender a alteração nos contratos de trabalho dos caixas, parte da Reestruturação, foi conferida porque existe Instrução Normativa do banco e norma coletiva, se referindo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2022, conquistado com a mobilização sindical e que garante uma série de proteção aos funcionários do BB. O magistrado ponderou ainda que as soluções para ganhos de eficiência, argumento principal da direção do BB no Plano de Reestruturação, não podem simplesmente menosprezar os aspectos humanos e humanitários, menos ainda os direitos fundamentais sociais como são os direitos trabalhistas.

Fonte: Rondônia Dinâmica

Banco do Brasil divide vice-presidência de Agronegócios e Governo

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O Banco do Brasil (BB) informou nesta segunda-feira (24/5), em comunicado ao mercado (leia a íntegra no fim desta matéria), que resolveu dividir a vice-presidência de Agronegócios e Governo em duas.

A vice-presidência de Governo e Sustentabilidade Empresarial será comandada por Antônio José Barreto de Araújo Júnior. Já a de Agronegócios será chefiada por Renato Luiz Bellinetti Naegele.

Em consonância, uma série de vice-presidentes renunciaram após a saída de Brandão.

No comunicado, o banco informa também sobre a eleição de três diretores. São eles Adelar Valentim Dias, para o ocupar a posição de diretor de Controles Internos; Éder Luiz Menezes de Faria, como diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio; Paulo Augusto Ferreira Bouças, para diretor de Governo.

Fonte: Metrópoles

BB acredita na aderência em massa ao pagamento no WhatsApp

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Lançada no último dia 4 de maio, a solução de pagamentos no WhatsApp pode se tornar uma das formas de pagamentos mais utilizadas pelos brasileiros. Segundo pesquisa da Visa, 79% dos portadores de cartões da bandeira têm interesse em realizar transações financeiras pelo WhatsApp.

Edson Costa, diretor de meios de pagamentos e serviços do Banco do Brasil, avalia que o uso do WhatsApp para enviar e receber dinheiro será um sucesso no Brasil: “Acredito que teremos uma aderência significativa dos nossos clientes, por se tratar de mais uma facilidade com a tecnologia e segurança que o Banco do Brasil oferece. Estamos atuando na habilitação desse novo recurso de forma gradual. Nossa expectativa é que, em até dois meses, todos os 15 milhões de clientes que possuem um cartão Ourocard Visa já estejam aptos a utilizar a solução”.

O BB está convidando seus clientes portadores dos cartões Ourocard Visa a conhecerem e experimentarem a novidade. Considerando a fase restrita de expansão de usuários, a solução está sendo disponibilizada de forma gradual para os clientes, com envio de notificação no app BB, informando que o pagamento no WhatsApp já está disponível para a habilitação pelo cliente. No momento, estão sendo enviados em média 15 mil convites por dia – número que tende a aumentar nas próximas semanas.

Os usuários já podem se preparar e realizar a atualização do app para a versão mais recente do WhatsApp. Assim, conseguirão utilizar a solução quando receberem o convite.

Quem já recebeu o convite deve adicionar o cartão Ourocard Visa na função de Pagamentos no WhatsApp. O cadastramento é simples:

1- Abra a conversa com o contato para o qual você deseja enviar o dinheiro e, em seguida, toque em Anexar > Pagamento.
2- Toque em CONTINUAR na tela do Facebook Pay e, em seguida, selecione CONTINUAR para aceitar os termos e as políticas de privacidade atrelados ao uso da funcionalidade de pagamentos no WhatsApp.
3- Crie uma senha (PIN) de 6 dígitos para o Facebook Pay e faça sua confirmação. Também é possível optar pelo uso da biometria.
4- Insira nome, CPF, demais dados cadastrais e toque em AVANÇAR.
5- Adicione os dados do seu cartão Ourocard Visa, incluindo o número do cartão, a data de validade e o código CVV.
6- Faça e verificação do seu cartão e pronto! Você já pode fazer o envio do seu pagamento.

Viralização

Outra forma de ter acesso ao recurso de pagamentos no WhatsApp, sem precisar aguardar o convite, é recebendo um pagamento de uma pessoa que já esteja utilizando a solução. Para aceitar o pagamento, o recebedor já pode efetuar o cadastramento do cartão e começar a realizar pagamentos para outros contatos logo em seguida.

Mais informações em bb.com.br/paguecomwhatsapp.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil promove 2ª etapa do Circuito Agro até 11 de junho

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O Banco do Brasil realiza, até 11 de junho, a segunda etapa do Circuito Virtual Agro de 2021, nas regiões Centro-Oeste e Norte, para levar aos clientes as condições especiais usualmente disponibilizadas nas feiras agropecuárias. A primeira fase do Circuito, ocorrida nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, gerou mais de R$ 440 milhões em negócios prospectados.

O BB vem ampliando sua estratégia de atendimento e oferta de soluções ao agronegócio, com soluções digitais, assessoria e especialização. O movimento reforça a experiência do cliente, com conveniência e comodidade e impulsiona o acesso à inovação e às transformações do setor. Nesse sentido, foi elaborada uma nova ambientação das feiras, com a realização 100% digital de negócios, atrativos e conteúdos especiais, além de condições vantajosas para aquisição de máquinas e implementos agrícolas.

Os eventos ocorrem na plataforma Broto, solução lançada no início da safra 2020/21 e aprimorada constantemente para ampliar o acesso para aquisição de produtos e serviços agropecuários, ferramentas digitais para toda a cadeia produtiva e a consultoria ao produtor rural.

O diretor de Agronegócios BB, Antônio Chiarello, destaca que nesta etapa a ação ganha reforço com mais fornecedores cadastrados na plataforma ofertando suas soluções aos produtores rurais. “A realização de circuitos regionais permite a troca de experiências, compartilhamento de inovações e tecnologias e a discussão de temas relevantes voltados para a diversidade do agro em todas as regiões do País. A próxima etapa do Circuito Virtual conta com novidades como as categorias de produtos de energia renovável, armazenagem e irrigação, bem como empresas voltadas para inovação no campo”.

Para Rodrigo Caramez, CEO da Brasilseg, a segunda etapa do Circuito Virtual é cercada de grandes expectativas. “O Broto segue evoluindo rapidamente, oferecendo novas alternativas para ajudar os produtores rurais a potencializarem seus resultados e proteger sua operação. Além de ampliar constantemente o leque de soluções, produtos e serviços através de novos parceiros, temos avançado na geração de conteúdo para o setor, e nos investimentos em tecnologia que suportam a plataforma. Quem visitar a etapa Centro-Oeste e Norte encontrará um ecossistema ainda mais conectado e relevante”, explica.

Circuito Virtual Centro-Oeste e Norte

Como ocorreu no primeiro Circuito, o produtor terá acesso a novidades exclusivas em seguros, consórcios e financiamentos, além de ações promocionais em diversas modalidades, nesta segunda etapa. Vale lembrar que essas condições especiais são válidas para todo o País.

O evento conta com lives especiais, demonstrações virtuais e promove a interação virtual do público com as revendas, montadoras, parceiros do agronegócio e funcionários do BB.

31/05 – Tendências do Agronegócio do MT

02/06 – Cenários do Agronegócio do MS

04/06 – Energias Renováveis

07/06 – Viagem AGRO – Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima

10/06 – AGRO 4.0 – Produtividade e Sustentabilidade – Amapá e Pará

A programação virtual do BB voltada ao público agro segue até o mês de outubro, quando ocorre a 2ª Feira Virtual Agro.

Fonte: Banco do Brasil

 

Banco do Brasil abre crédito para empreendedores; veja condições

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O Banco do Brasil está com uma linha de crédito especifica para empreendedores informais que pode ser solicitada pelo celular, chamada Microcrédito Produtivo Orientado (MPO). Esse empréstimo pode variar entre R$ 1 mil e R$ 21 mil e o pagamento pode ser parcelado entre 5 e 18 prestações.

A ideia do banco é ajudar o empreendedor com dinheiro para capital de giro, ou para compra de equipamentos, móveis, ferramentas e demais itens necessários ao funcionamento da atividade.

Entre as exigência do banco, o empreendedor deve ser:

– Informal, ter renda bruta mensal de até R$ 30 mil;

– Ser Microempreendedor Individual (MEI), com faturamento anual de R$ 81 mil;

– Ter Microempresa, com lucro de até R$ 360 mil ao ano;

– Apresentar garantia pessoal de terceiros (em alguns casos a garantia pode ser dispensada);

– O endividamento no Sistema Financeiro Nacional (SFN) não pode exceder R$ 80 mil, excetuando-se desse limite as operações de crédito habitacional.

No primeiro pedido, o empreendedor deve comparecer em uma das agências do Banco do Brasil para solicitar o empréstimo e assinar documentação como o Termo de Adesão, Cláusulas Gerais. Mas, caso esse tipo de empréstimo já tenha sido solicitado anteriormente, o interessado consegue a liberação do dinheiro diretamente pelo aplicativo do banco, ou em algum canal de atendimento do BB.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Em defesa da transparência e democratização dos fundos de pensão

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Cláudia Ricaldoni*

A presença dos participantes na governança dos fundos de pensão, garantida pelas Leis Complementares nº 108 e 109 de 2001, nunca foi assimilada pelo governo e menos ainda pelas empresas patrocinadoras de planos, desde a concepção original. Várias manobras infralegais foram tentadas e vários obstáculos foram impostos para impedir que os trabalhadores ocupassem essa posição, reservada pela legislação, que assegura a democratização dos fundos de pensão.

A Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar) sempre defendeu a transparência e democratização das instâncias de poder das entidades, sem o voto de qualidade, por entender que o patrimônio acumulado nos planos de benefício pertence aos participantes e aos assistidos, e que compete a eles contribuírem na sua administração.

A conquista da paridade no Conselho Deliberativo, no Conselho Fiscal e, em alguns casos, na Diretoria Executiva das entidades de previdência complementar patrocinadas pelo poder público e suas empresas é uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores nos últimos tempos. E que, por isso, o instituto dos dirigentes eleitos deve ser preservado a todo custo, sobretudo no que diz respeito à valorização da participação na gestão de seus recursos.

Temos denunciado os ataques sucessivos ao direito dos participantes de planos de previdência complementar de eleger os seus representantes, tal como ocorreu com o PLP 268/2016 na Câmara Federal, cuja tramitação conseguimos barrar. A luta pela manutenção desses direitos se dá também muitas vezes no âmbito do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), onde se tornam mais flagrantes os interesses do governo e das patrocinadoras de afastar os participantes, verdadeiros donos do patrimônio acumulado dos fundos de pensão.

No entanto, algumas decisões estão sendo adotadas ou até mesmo orientadas pelo órgão fiscalizador, a Previc, para facilitar as mudanças pretendidas pelos patrocinadores. Entre elas estão as alterações unilaterais dos estatutos das entidades para validação de mudanças ou estabelecimento de regras que dificultam a eleição dos trabalhadores como conselheiros ou diretores dos fundos de pensão. A cada dia torna-se indisfarçável o interesse que se esconde por trás dessas manobras: alijar o participante da governança dos fundos de pensão para transferir a gestão dos recursos – hoje em torno de R$ 1 trilhão – para o setor financeiro.

Um exemplo clássico de como a cartilha do governo está sendo interpretada é o que acontece hoje na Funcef, um dos maiores fundos de pensão do país em dois lances, no mínimo, curiosos. Após a aprovação de mudanças no Estatuto da entidade, ferindo os avanços conquistados nos últimos anos, a Caixa cassou arbitrariamente os mandatos de representantes eleitos nos Conselhos Deliberativo e Fiscal, em reunião realizada no dia 11 de maio. Na sequência, a Comissão eleitoral impugnou as chapas devidamente inscritas, sob alegação de conflito de interesse entre o cargo e a existência de ação judicial ajuizada por candidatos contra a fundação.

O lamentável é que este ataque aos dirigentes eleitos da Funcef não constitui um ato isolado. Está acontecendo em diversas entidades, como ocorreu no Banesprev, que teve proposta de alterações estatutárias aprovadas pela Previc, com o quase total esvaziamento de uma importante instância de decisão dos trabalhadores, a Assembleia de Participantes. Grande conquista da luta dos trabalhadores, durante a criação do Banesprev, o Estatuto só poderia ser alterado com a aprovação da maioria dos participantes e assistidos em reunião da Assembleia.

O desrespeito ao Estatuto foi tão evidente que o Banesprev não conseguiu o registro das alterações aprovadas pela Previc, apesar de ter interposto ação judicial contra o cartório, que foi julgada improcedente (este caso já foi tema de programa do Canal Previdência e Saúde, da Anapar, na TVT). Não bastasse esse ataque, nova alteração foi aprovada neste mês de maio pelo órgão fiscalizador. Agora retirando da estrutura de governança os diretores eleitos pelos participantes e liberando o Conselho Deliberativo, com maioria absoluta dos indicados pelas patrocinadoras, para dissolver órgãos consultivos como os Comitês Gestores de Planos, inclusive o Comitê de Investimentos, que deixa de ser estatutário.

A Previc corrobora todos esses casos e se faz omissa aos comandos da Lei Complementar 109/2001, que estabelece a função do Estado na relação entre participantes e patrocinadores e na garantia dos princípios norteadores dos contratos previdenciários, lidos aqui como Estatutos e regulamentos de planos.

A Anapar segue sua rota na defesa intransigente da participação dos trabalhadores na governança dos fundos de pensão e conclama as demais entidades que representam participantes e assistidos de planos de previdência complementar a assumir essa bandeira de lutas contra este e outros ataques, bem como contra o desmonte do sistema patrocinado pelo governo.

*Integra o Conselho Deliberativo da Forluz e é diretora da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar)

Fonte: Rede Brasil Atual

A incompetência da Justiça do Trabalho para as matérias de previdência privada

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Luisa Moraes*

O Supremo Tribunal Federal estabeleceu, em caráter vinculante, que a competência para julgar o benefício de previdência complementar, mesmo que seja dirigida apenas contra o empregador, é da Justiça comum, e não dá Justiça do Trabalho. Ou seja, não há nenhuma dúvida: quando se trata de previdência privada complementar, não importa a origem, a Justiça comum é a única que tem competência para julgar.

Esse é um alerta a todos os funcionários de Petrobras, Correios e CEF que buscam reaver os prejuízos financeiros decorrentes do Plano de Equacionamento de Déficit (PED). Por desconhecimento ou ansiosos por uma “solução” rápida, muitas vezes creditada à Justiça do Trabalho, participantes têm entrado com processos previdenciários contra as empregadoras, mas com incidência de efeitos sobre o fundo de pensão pelas vias trabalhistas. Isso pode custar caro, pois a Justiça do Trabalho irá se declarar incompetente e encaminhará a causa para Justiça comum, que irá julgar com os argumentos iniciais, ou seja, indenização do empregador ao empregado. A causa não é “amadurecida” e os argumentos não são suficientes para um julgamento procedente naquela esfera judiciária. A chance de o participante perder seu direito é imensa.

Junto a isso, a análise para deferimento para Justiça gratuita pode ser mais aguçada na Justiça estadual do que na trabalhista em algumas regiões. Pessoas com rendas de previdência social no teto ou próximo no teto, mais uma renda de previdência privada, somando uma renda bruta total média superior a R$ 12 mil, muito provavelmente não vão ter o benefício de Justiça gratuita concedido. Ou seja, a escolha equivocada da competência pode acarretar prescrição do direito, a matéria fazer coisa julgada e a Justiça gratuita nem sempre é obtida nesses tipos de ações, podendo recair sobre o autor o pagamento de custas e honorários.

Em toda ação judicial, sempre há riscos. Assim, é fundamental que os profissionais sejam transparentes com os clientes, apresentando todas as possibilidades, tanto de ganhos quanto de perdas. No caso da Justiça do Trabalho, especificamente para planos de previdência privada complementar, se os efeitos de uma decisão impactar direta ou indiretamente o fundo de pensão, os riscos de perdas são maiores que as chances de ganhos.

O participante que resolver ajuizar ações para requerer direitos precisa diferenciar assuntos que devem ser tratados pela Justiça do Trabalho, daqueles que devem ser ajuizados na Justiça comum, como é o caso dos processos associados à PED. Atenção a esse requisito e cautela ao escolher a forma como irá requerer os seus direitos é fundamental. Ações especificas, como previdenciárias, precisam ser tratadas de forma especial. Além disso, a especialização e a experiência do advogado em ações similares aumentam consideravelmente as chances de êxito do processo.

É possível resgatar essa mesma situação vivida com decisão vinculante proferida pelo Supremo Tribunal Federal em maio de 2013. Naquela época, nos deparamos com muitos casos negados por incompetência de tribunais. Aqueles que vivenciaram esse cenário, estão cientes dos riscos e trazem essa experiência na bagagem, ou seja, estão preparados — e conscientes — para orientar os seus clientes a entrarem com a ação na Justiça comum.

Hoje, após decisões pacificadas sobre o tema, questiono os motivos pelos quais ainda temos tantos processos de previdência privada complementar na Justiça do Trabalho. Se analisamos, por exemplo, as decisões do Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Espírito Santo, estado pioneiro no julgamento das causas sobre PED, percebemos isso claramente. Analisamos um cenário de 70 ações interpostas junto a Justiça do Trabalho sobre a matéria previdência complementar, escolhidas aleatoriamente e acompanhadas a cada passo, 35 foram rejeitadas por incompetência do tribunal. E se consideradas aquelas julgadas, somente 11% obtiveram êxito e 21% foram julgadas improcedente.

Outro número que chama a atenção é que somente no estado do Espírito Santo mais de R$ 170 mil foram gastos por autores, para pagamentos de custas e honorários advocatícios. Isso referente às ações julgadas improcedentes ou incompetentes.

Chegamos à conclusão de que uma escolha equivocada por parte do autor pode trazer muitos impactos desnecessários e indesejáveis. Quando um juiz do Trabalho avalia matérias estranhas a competência do seu tribunal, corre-se o risco de um entendimento diferente daquele que possui competência para julgamento, que possui conhecimentos específicos sobre o tema. Se pensarmos sobre os prazos, pode-se dizer que retomar um processo em novo tribunal pode gerar o risco de prescrição. Por último, o abarrotamento de ações de matéria diversa ao Direito do Trabalho poderá prejudicar os trâmites de processos existentes, o que não garante a eficiência ao acesso à Justiça e impacta na celeridade e análise de pedidos.

Todas as tentativas para defender os direitos dos participantes dos fundos de pensão são válidas. Toda tese jurídica desenvolvida é uma vertente de conhecimento intelectual e tem que ser respeitada. Mas não podemos desconsiderar a ordem hierárquica do Poder Judiciário, a força vinculante de temas proferido pelos tribunais superiores e Supremo, porque no final, em se tratando de matéria constitucional, é a decisão deles que irá prevalecer. As estatísticas mostram se nossos caminhos são acertados ou não. O indispensável mesmo é transparência e verdade com os participantes, para que eles não sejam vítimas da negligência dos profissionais de Direito como foram da patrocinadora dos planos.

*É advogada especialista em Previdência Privada e diretora do escritório Luisa Moraes Advogados

CEOs de bancos dos EUA ganharam mais dinheiro durante a pandemia

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Os CEOs da maioria dos grandes bancos americanos viram seus salários aumentarem durante a pandemia.

Entre os bancos com mais de US$ 1 bilhão em ativos, dois terços dos CEOs tiveram um aumento na remuneração este ano, de acordo com um estudo realizado por analistas da corretora Janney Montgomery Scott. O aumento médio foi de 26%, segundo os dados.

Os CEOs dos maiores bancos dos EUA – aqueles com mais de US$ 50 bilhões em ativos – tiveram o menor aumento na reuneração, equivalente a 5,8%. O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, o do Wells Fargo, Charlie Scharf e o do US Bancorp, Andy Cecere, viram sua remuneração diminuir este ano.

Os bancos fizeram reservas de bilhões durante a pandemia de Covid-19 conforme o desemprego disparava, com temores de que os tomadores de empréstimos começassem a não pagar suas dívidas. Mas onda após onda de pagamentos de auxílio econômico pelo governo americano evitaram amplamente as perdas, permitindo que os bancos começassem a liberar as reservas nos últimos trimestres.

O salário do CEO Richard Fairbank, da Capital One Financial Corp., disparou 161% para US$ 20,1 milhões, o maior salto entre os maiores bancos americanos, de acordo com a Janney, que baseou seu estudo em tabelas resumidas de remuneração em documentos regulatórios. Uma parte da remuneração de 2019 de Fairbank foi paga após aquele ano, uma mudança que aumentou seus ganhos depois.

A remuneração de Jamie Dim, do JPMorgan Chase, subiu apenas 0,2%, mas ele continua sendo o CEO mais bem pago do setor bancário, ganhando quase US$ 32 milhões este ano.

Fonte: Infomoney

 

Quase 60% de quem tem acesso à internet já têm conta em banco digital

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Pesquisa realizada pelo C6 Bank/Ipec revela que 57% dos entrevistados têm contas em bancos digitais. Dentro desse grupo, 47% mantêm suas contas em bancos tradicionais e digitais ao mesmo tempo e 10% abandonaram de vez as instituições convencionais.

O levantamento perguntou também em que tipo de instituição os brasileiros mais realizam transações como depósitos, saques e pagamentos. A maioria ainda usa os bancos tradicionais (65%), em comparação com os digitais (31%). Mas quando se faz um recorte por idade, é possível ver uma tendência se desenhar: entre os brasileiros que têm entre 16 e 24 anos, os bancos digitais já superam os tradicionais (51% contra 41%).

Segundo o estudo, 36% dos entrevistados abriram conta em um banco digital depois do início da crise sanitária. Na classe A, esse percentual é um pouco menor, de 30%. A pesquisa também aponta que, entre as pessoas que possuem contas digitais, 78% passaram a usá-las mais durante a pandemia. A necessidade de isolamento social e de cortar gastos no orçamento familiar acabou acelerando a migração dos brasileiros para o ambiente digital. A pesquisa mostra que 17% dos entrevistados estão há mais de um ano sem visitar uma agência física e outros 11% há mais de sete meses. Outro impulso veio do auxílio emergencial, que podia ser transferido para os bancos digitais antes do prazo previsto.

Enquanto 41% dos consumidores com conta em bancos digitais dizem estar totalmente satisfeitos, entre os entrevistados com conta em instituições convencionais esse percentual é de 25%. Os bancos digitais chegaram ao mercado oferecendo produtos bancários isentos de taxas, em aplicativos simples e acessíveis. Uma análise do Proteste comparando 70 contas-correntes no país mostra que a economia para quem adere a opções com menos taxas chega a R$ 994 por ano.

As entrevistas foram feitas entre os dias 22 e 28 de abril deste ano, com 2000 brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: Monitor Mercantil

Troca no comando da Cielo reflete tensão entre Banco do Brasil e Bradesco

Publicado em: 21/05/2021

A renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, após quase três anos no cargo, ocorreu em meio a um desgaste crescente entre os sócios Banco do Brasil e Bradesco, apurou o Estadão/Broadcast. O anúncio, feito na noite de quarta-feira, foi mal recebido no mercado, em meio à sensação de que a reestruturação, até então em curso, vai atrasar, prejudicando ainda mais a líder das maquininhas.

Pesou na decisão do executivo a difícil relação entre o Bradesco e o Banco do Brasil, disseram três fontes, na condição de anonimato. A permanência de Caffarelli na presidência da Cielo era exatamente um dos vetores de estresse entre os sócios.

Isso porque o governo, que controla o BB, não queria o executivo no cargo por enxergá-lo como um nome alinhado ao PT, por conta de seu histórico profissional, a despeito de ter presidido o banco público somente na presidência de Michel Temer, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A insatisfação do Planalto não vem de hoje. Desde o começo do novo governo, há uma força-tarefa para limar aqueles considerados petistas nas empresas públicas e coligadas.

A Cielo não ficou de fora. Nos bastidores, comenta-se que foram feitas três tentativas para tirar Caffarelli da presidência da companhia. Na primeira, o até então presidente do BB, Rubem Novaes, impediu. Na segunda, foi a vez do Bradesco, que trouxe o executivo para o cargo, entrar em ação.

Já a terceira tentativa estava em curso, dizem as fontes. O nome de um possível substituto para presidir a empresa seria o do presidente do banco Desenvolve-SP, Nelson de Souza, que teria o apoio do Centrão.

O Bradesco, porém, teria rejeitado, em um esforço de blindar seu negócio de maquininhas de pressões políticas.
Diante do desgaste entre os sócios, Caffarelli teria comunicado sua intenção de deixar o cargo, relataram as fontes. A medida evitaria, assim, explicam, uma fritura pública, que se tornou uma espécie de praxe no governo Bolsonaro.

Uma fonte próxima a Caffarelli afirmou que permanecer na Cielo era “insustentável” para o executivo, visto que ele não desfrutava mais de apoio político. “Era uma situação difícil. O desgaste foi muito grande”, afirmou, na condição de anonimato.

Caffarelli chegou à Cielo a convite do Bradesco, após deixar o comando do BB, no fim da gestão Temer, em novembro de 2018. O executivo capitaneou uma reestruturação na companhia, com o corte de custos e mudança de foco, voltando-se ao varejo, que é mais rentável.

Em paralelo, tentava reposicionar a líder das maquininhas em um cenário de elevada competição e inovação tecnológica. No meio do caminho, teve de lidar com a pandemia, que afetou diretamente o varejo.

“A saída de Caffarelli no meio da reestruturação é ruim. A sinalização que tenho é a de que a reestruturação vai demorar muito mais do que o esperado”, disse o diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo.

Para outro especialista, a saída do executivo pode sinalizar uma “mudança dos rumos da companhia”, fechando um eventual ciclo de uma empresa listada em Bolsa, com dois controladores. Ele lembra que a estrutura societária da Cielo “precisa e está sendo repensada”.

Procurada, a Cielo não comentou. O Bradesco afirmou que se trata de uma decisão pessoal do executivo e que o banco respeita. O BB não se manifestou.

Fonte: Estadão

Novo presidente da BB Consórcios encara desafio para manter desempenho recorde

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O substituto do agora presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, foi definido. Conforme antecipou o Broadcast, Rodrigo Vasconcelos, executivo do BB há quase 20 anos, vai presidir a BB Consórcios. Era gerente-executivo de Meios de Pagamentos do banco público e, antes, de Clientes Varejo, nos segmentos de micro e pequenas empresas e pessoa física.

Vasconcelos chega com a missão de substituir o agora chefe e manter a trajetória dos consórcios, mercado que vem batendo recordes consecutivos. Na BB Consórcios não é diferente. Nos primeiros quatro meses deste ano, vendeu mais de R$ 5,3 bilhões, melhor marca já alcançada pela instituição nesse período e 5% maior que um ano antes.

Recém-empossado e ainda sob a sombra da interferência política que o levou ao comando do BB, Ribeiro, quando questionado por analistas financeiros durante apresentação dos resultados do banco a respeito de sua aptidão para o cargo, destacou a importância do negócio que presidia até então. De janeiro a abril, a área já rendeu R$ 247,2 milhões ao BB, 24% acima do lucro obtido no mesmo período de 2020. Com 728,3 mil clientes e 1,161 milhão de cotas vendidas, a carteira administrada pela companhia é de R$ 52,5 bilhões.

Fonte: Estadão

Artigo – Afinal, os bancos brasileiros são inovadores?

Publicado em: 20/05/2021

Fernando Cosenza *

Em 2008, dei aulas de gestão da inovação para funcionários de alguns dos grandes bancos brasileiros. Como sempre, comecei estimulando a classe a pensar sobre alguns conceitos.

Perguntei se os bancos eram inovadores. Todos foram unânimes, convictos e até demonstraram certa surpresa com a minha pergunta. “Claro que são, professor”!

Era como se a minha pergunta fosse uma afronta!

O termo “fintech” não existia, ou pelo menos não era popular. Os bancos não estavam pressionados como estão hoje. Mesmo assim, se parássemos para pensar, poderíamos questionar a fama de inovadores que os bancos tinham naquela época.

Quando mencionei esse questionamento, uma aluna se revoltou. Em um tom até agressivo, ela disse que a inovação nos bancos era inquestionável. “Só não vê quem não quer”, ela afirmou. Eu insisti na possibilidade de discutirmos o assunto, já que estávamos em um ambiente de reflexão e aprendizado.

Acho que a aluna esperava que eu pedisse desculpas pelo que ela achava ser uma “insinuação grosseira” da minha parte. Tanto que se levantou e deixou a sala.

Não foi a primeira vez que um aluno fez isso. Mas eu tirei de letra. Bons professores sabem que lecionar não tem nada a ver com convencer alguém de alguma coisa. Como me lembrou recentemente o Professor José Carlos Teixeria Moreira, as pessoas gostam de aprendem, mas não de serem ensinadas.

Enfim, o fato é que, mais de uma década depois, a realidade parece ter me dado razão. Hoje, os grandes bancos se veem em um cenário competitivo sensivelmente diferente. E isso ocorre, em boa medida, pela falta de inovação.

De certa forma, a aluna estava certa: em 2008, pouca gente diria que empresas nascentes seriam capazes de incomodar bancos bilionários e consolidados. Mas a inovação tem mesmo essa capacidade de mudar o jogo!

O que essa história pode nos ensinar? É verdade que os bancos inovaram, mas eu acho que eles tiveram uma visão restrita da inovação. Com isso, deixaram espaços desocupados para que novos concorrentes surgissem.

Agora, preste atenção para um conceito muito importante: a inovação é um fenômeno de geração de valor novo que pode ocorrer em diversas dimensões. Vou te ajudar a entender melhor isso.

Para facilitar, vamos usar um modelo proposto pelos professores Mohanbir Sawhney, Robert C. Wolcott e Inigo Arroniz, chamado de Radar da Inovação.

O modelo apresenta 12 dimensões para a inovação, organizadas em 4 eixos principais. Vou comentar os 4 eixos e aproveitar para dar alguns exemplos de onde e como os bancos tradicionais deixaram espaços para as fintechs.

OFERTA: a inovação na dimensão oferta tem a ver com O QUE a empresa oferece como produtos e serviços. A XP aproveitou esse espaço para criar o seu modelo de plataforma aberta de investimentos, enquanto cada banco ofertava apenas os seus próprios produtos.

CLIENTES: a inovação na dimensão cliente pode ser observada quando a empresa se esforça para colocar o cliente no centro da sua estratégia, incorporando novos ou melhorando a experiência deles. O Nubank simplificou a experiência de abertura de conta, se tornando preferido pelos jovens.

PROCESSOS: inovar na dimensão processo, na minha opinião, foi o foco dos bancos por muito anos. Esse tipo de inovação é super importante e tem a ver com como a empresa se organiza, executa atividades e controla a gestão. O motivador aqui é interno e o principal indicador de sucesso é a eficiência de custos. É inegável que os bancos brasileiros sempre foram craques nessa dimensão. A pergunta construtiva que devemos fazer é se a inovação concentrada em processos é suficiente para garantir a competitividade no longo prazo.

PRESENÇA: a inovação em presença se refere ao espaço que a empresa ocupa, tanto no ambiente físico quanto na percepção do mercado. De fato, os bancos sempre foram muito presentes na vida dos brasileiros, com suas milhares de agências e caixas eletrônicos. Mas essa presença sempre foi marcada por limites muito claros, o que, por exemplo, dificultou o surgimento de parcerias. Hoje, muitas fintechs crescem aproveitando redes de parceiros, sem receio da colaboração.

Reflexões finais

Os bancos brasileiros inovaram muito, no entanto o fizeram majoritariamente na dimensão de processos. O principal objetivo das inovações de processos é o controle de custo. Não foi por coincidência que os bancos conseguiram crescer as suas rentabilidades por décadas.

Embora algumas inovações de processos tragam efeitos benéficos para os clientes (por exemplo, criar potencial de desburocratização), no caso dos bancos brasileiros, a maior parte do valor gerado serviu a eles próprios, e não aos clientes.

Em geral, os clientes continuaram os mesmos, com a mesma oferta de serviços, pagando o mesmo preço e, em boa medida, lidando com as mesmas burocracias.

Será que os bancos não perceberam isso acontecendo ou simplesmente escolheram esse caminho? Seja o que for, o resultado foi espaços abertos para que novas empresas surgissem com inovações simples em outras dimensões. Na minha opinião, nada que não pudesse ter sido feito pelos próprios bancos tradicionais.

O foco que uma empresa escolhe para inovar sempre trará consequências no futuro.

A minha aluna não estava errada ao defender a reputação dos bancos. Eles foram, sim, inovadores. Mas tinham enorme potencial para serem ainda mais. Poderiam ter inovado em todas as dimensões!

Inovar é fundamental, mas o sucesso depende muito do foco que a empresa escolhe para a inovação. Ser inovador não garante. Obviamente, é preciso gerenciar a inovação como parte da estratégia do negócio.

* Fernando Cosenza é Mestre e Doutor em Administração pela FGV-SP, professor, especialista em estratégia e inovação e colunista da Época Negócios.

Fonte: Época Negócios