Banco do Brasil fechou 90 agências das 361 previstas em plano de reestruturação

Publicado em: 25/03/2021

Dois meses depois de anunciar um plano de reestruturação do Banco do Brasil, o presidente demissionário da instituição, André Brandão, conseguiu fechar cerca de 90 agências das 361 incluídas no projeto, segundo fontes. O balanço equivale a cerca de um quarto do total. Brandão deve seguir no cargo até o fim deste mês.

Caberá ao substituto do executivo, Fausto Andrade Ribeiro, dar continuidade ou não ao projeto. A depender do presidente Jair Bolsonaro, a medida poderá ser suspensa, diante da pressão de prefeitos dos municípios atingidos. O plano de reestruturação está na origem da crise entre Brandão e o presidente.

A orientação do presidente é para que os bancos públicos abram novas agências, apesar dos avanços da tecnologia que permitem aos clientes realizar operações por aplicativos de celular e internet, sem precisar ir a uma agência.

Um milhão de clientes

Somente no ano passado, os três maiores bancos privados fecharam 1.500 agências e pontos de atendimento, um processo que já vinha em curso, mas que ganhou velocidade com a mudança de hábitos causada pela pandemia.

O plano anunciado por Brandão precisa ser tocado em etapas, porque envolve um número expressivo de clientes, cerca de um milhão. Antes de encerrar esses pontos de atendimento, é necessário remanejar esses usuários.

Na contramão do previsto para o BB por Brandão, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou na quinta-feira que pretende abrir até 400 agências. Outras 76 já estão em processo de abertura.

O fechamento das agências do BB foi aprovado pelo Conselho de Administração do banco dentro do plano estratégico para o quinquênio 2021-2025. Para reduzir despesas, foi adotado também um plano de demissão voluntária, que teve 5,5 mil adesões.

A meta é fechar todas as agências deficitárias em pequenos municípios. Os clientes atingidos estão sendo direcionados para outras agências em outras cidades, com distância média de 25 quilômetros, segundo o BB.

Para evitar deixar cidades desassistidas, o BB pretende ampliar a rede de correspondentes bancários tradicionais (supermercados, padarias e farmácias), investir na abertura de franquias e postos “inteligentes”, sem caixas e vigilantes, apenas com terminais de autoatendimento, onde as mesmas cédulas depositadas pelos clientes podem ser sacadas instantaneamente, dispensando abastecimento frequente por carros-fortes.

Receio de fim do home office

O plano foi o principal motivo da queda de Brandão. O sucessor, Fausto Ribeiro, já passou por várias áreas do BB, inclusive pela Unidade de Canais, responsável por abertura e fechamento de agências. Além dessa questão, Ribeiro terá liberdade para criar novas vice-presidências.

A vice-presidência de Governo e Agronegócio deverá ser desmembrada. O secretário executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, deverá ocupar a área de Governo.

Embora a indicação de Ribeiro tenha sido defendida pela equipe econômica como um sinal de prestígio aos funcionários, ela causou estranheza na cúpula do banco, porque significou quebra de hierarquia. Tradicionalmente, para alçar ao topo é preciso ocupar outros postos, como vice-presidência.

Em agosto do ano passado, Ribeiro era gerente executivo da Diretoria de Contadoria, responsável pela contabilidade das subsidiárias. Em setembro, foi promovido a presidente do BB Consórcios.

No banco, ele é conhecido pelo perfil bolsonarista. Na crise, durante a pandemia, o andar que comanda manteve trabalho presencial. Há receio por parte dos funcionários de que ele resolva acabar com o home office. A indicação, que ainda precisa passar por instâncias no BB, teria também o respaldo do centrão. (Colaborou João Sorima Neto)

Fonte: O Globo

Deputada apela por permanência das agências do BB em Sergipe

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O Banco do Brasil (BB) informou que, até o final do primeiro semestre de 2021, desativará 361 unidades, sendo: 112 agências bancárias, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento. Diante desse cenário, a deputada Maria Mendonça apresentou à Mesa da Casa Legislativa na manhã de hoje (24) uma Moção de Apelo pela permanência das agências bancárias do BB em todo o território sergipano.

A Moção de Apelo de nº 13/2021 será enviada para a bancada de Sergipe no Congresso Nacional, em Brasília, por meio do seu coordenador, o deputado Federal, Bosco Costa. Na matéria a deputada apela para que os deputados dialoguem com o presidente do Banco do Brasil pela manutenção das agências bancárias em Sergipe. Em especial, a agência do município de Itabaiana, localizada na avenida Dr. Luiz Magalhaes.

Fonte: Assembleia Legislativa de Sergipe

Bancários manifestam contra fechamento de unidades do BB no Acre

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Trabalhadores do Sindicato dos Bancários do Acre e o deputado estadual Jenilson Leite (PSB) se reunirão com a direção da entidade para alinharam um pedindo de apoio contra o fechamento de algumas agências nos municípios e contra a privatização do Banco do Brasil.

Jenilson assinou junto ao sindicato uma carta compromisso, onde se compromete em fazer a defesa da permanência das agências abertas e contra a privatização. “Não podemos aceitar o que vem acontecendo com esses trabalhadores, onde demissões acontecem em meio a uma pandemia”, afirmou o parlamentar.

De acordo com o grupo, o Banco do Brasil é o principal operador do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, com empréstimos subsidiados pelo Governo Federal. Com a redução de agências nos municípios, produtores serão afetados e isso acarretará no preço dos alimentos no Acre, diz Lopes.

Fonte: Acre 24 Horas

 

Venda de ativos pode não ser a melhor opção de longo prazo para BB

Publicado em: 24/03/2021

Com a saída de André Brandão do Banco do Brasil (BBAS3), a pauta sobre a potencial venda da BB DTVM, gestora de fundos da estatal, voltou a circular. O banco suíço UBS é um dos interessados em adquirir o ativo, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto.

Brandão, que ficará na presidência do Banco do Brasil até 30 de março, tinha o desinvestimento na gestora como uma das prioridades na agenda. Agora, o mercado está à espera para saber se Fausto de Andrade Ribeiro, nomeado para assumir o comando da companhia, vai dar continuidade aos planos do seu antecessor.

Segundo a Ágora Investimentos, existem dois caminhos que o Banco do Brasil pode seguir para destravar valor: reduzir despesas e aumentar a eficiência ou encolher a estrutura por meio de acordos com players do setor privado. Na avaliação da corretora, a segunda opção parece mais provável de acontecer, mas não é a melhor alternativa.

“O risco é reduzir a exposição a negócios mais lucrativos”, afirmaram os analistas Victor Schabbel e Ricardo França, em relatório divulgado nesta terça-feira (23). “Essa pode não ser a melhor opção de longo prazo. O pior cenário para uma franquia forte como o Banco do Brasil é ter menos ativos valiosos em suas mãos e dificuldades para implantar com eficácia iniciativas de corte de custos”.

A BB DTVM tem mais de R$ 1,2 trilhão de ativos sob gestão, o que a coloca em primeiro lugar no ranking do país. Em 2020, o Banco do Brasil faturou mais de R$ 6,8 bilhões com o negócio de gestão de fundos, alta de 7,2% em relação ao ano anterior.

Fonte: Money Times

Agricultores catarinenses buscam renegociação de dívidas com o BB

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Acumulando prejuízos causados pela estiagem prolongada e pela cigarrinha do milho, os produtores rurais de Santa Catarina solicitam ao Governo Federal a prorrogação de dívidas vencidas e vincendas em 2021. O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, apresentará a pauta de reivindicações do setor à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante reunião em Brasília nesta segunda-feira, 22.

“Os agricultores de Santa Catarina passam por dificuldades devido à estiagem que se prolonga, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste, somadas aos prejuízos deixados pela cigarrinha do milho. Nossa intenção é buscar alternativas para que os produtores possam continuar trabalhando, investindo e gerando riqueza para Santa Catarina”, destaca Altair Silva.

Neste sábado, 20, o secretário da Agricultura participou de encontro virtual com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) e com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal, para alinhar a pauta de reivindicações e de que forma o Governo do Estado pode auxiliar nas tratativas com o Governo Federal.

Entre as maiores demandas do setor produtivo estão a renegociação de dívidas do Plano Safra, a liberação de mais recursos para investimentos e medidas para apoiar os produtores de leite de Santa Catarina. Segundo o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, além da prorrogação de dívidas que já venceram ou que vencerão este ano, os agricultores pedem ainda a liberação de mais recursos para investimentos.

“Queremos essa atenção especial do Governo Federal para garantir que as dívidas, que o agricultor tem junto ao Banco do Brasil, possam ser prorrogadas para a última parcela do investimento, mantendo os mesmos juros. Estamos esperando também um recurso emergencial de R$ 30 mil com taxa de juros de 2.5% para os agricultores atingidos pela estiagem, com dez anos para pagar e rebate de 20% para quem pagar em dia. É interessante um novo recurso e não aquele já disponível pelo Plano Safra 2020/21”, explica José Walter Dresch.

Durante a reunião virtual, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro de Natal, reforçou que o parlamento será parceiro na busca de apoio para os agricultores afetados pela estiagem. “Nossa preocupação com a situação da estiagem no Oeste do Estado é constante. Trabalhamos em ações que busquem ajudar nossos agricultores em épocas difíceis. Vamos encaminhar, em nome da Assembleia Legislativa, um ofício à ministra da Agricultura endossando a necessidade de uma atenção maior por parte do Governo Federal à nossa região”.

Quebra na safra de milho em Santa Catarina

Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), a safra de milho em Santa Catarina terá uma quebra de 28,4% em relação à estimativa inicial, fechando em 2,07 milhões de toneladas. A estiagem prolongada em 2020 e a cigarrinha do milho causaram a perda de aproximadamente 800 mil toneladas do grão nas lavouras do estado, principalmente no Oeste e Extremo Oeste.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural

Com pandemia, Banco do Brasil realiza Circuito Virtual Agro de 2021

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O Banco do Brasil deu início, no dia 22 de março, ao Circuito Virtual Agro de 2021, com o objetivo de levar aos clientes as condições especiais disponibilizadas nos circuitos tradicionais de feiras agropecuárias, que estão suspensos desde o ano passado em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O movimento é dividido em cinco etapas e seguirá com programação especializada até o fim do ano.

A proposta reforça a estratégia de adaptação e inovação que o BB adotou deste o início da crise. A ambientação toda ocorre na plataforma especializada em agronegócios Broto, ambiente virtual que conecta compradores e vendedores.

Circuito Virtual Sul

Nesta primeira etapa do Circuito, que ocorre entre os dias 22 de março e 9 de abril, o produtor rural terá acesso a novidades exclusivas em seguros, consórcios e financiamentos, além de ações promocionais em diversas modalidades. Cada semana representará um dos três estados da região, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A programação é formada por lives, demonstrações virtuais e promove a interação do público com as revendas, com as principais montadoras do país, além de demais parceiros do agronegócio e funcionários do BB. Apesar de toda a programação ser regionalizada, as condições especiais serão válidas para todo o país. Dentre elas, o cliente contará com itens promocionais das principais montadoras do país, descontos em seguros e consórcios e distribuição de pontos Livelo.

Digital

Entre 26 de outubro e 27 de novembro do ano passado, foi realizada a 1ª Feira Virtual Agro do BB, pela plataforma Broto, com a colaboração das montadoras e suas revendas, em conjunto com os parceiros agro do BB (empresas de assistência técnica, agentes de crédito e correspondentes agro). A Feira disponibilizou atrativos e conteúdos especiais, com condições vantajosas para aquisição de máquinas e implementos agrícolas.

O vice-presidente de Agronegócios e Governo do BB, João Rabelo, explica que o evento, mesmo sendo virtual, se comparado às feiras de 2019, equivaleria à quinta maior do País, com cerca de R$ 130 milhões efetivamente comercializados no seu âmbito. Durante o período, a plataforma superou a marca de 50 mil acessos.

Márcio Hamilton Ferreira, CEO da BB Seguridade, holding controlada pelo BB que concentra os negócios relacionados a seguros, previdência complementar aberta, capitalização e planos odontológicos, destaca a permanente preocupação com o atendimento das necessidades do mercado agropecuário. “Nossa convicção sobre a representatividade e potencial de expansão desse mercado é tamanha que a Brasilseg tem investido fortemente nessa iniciativa digital específica, a plataforma Broto, voltada especialmente para o mundo do agronegócio”, afirma. O executivo reforça que “em 2020, foram pagos R$ 1,6 bilhão em indenizações a produtores rurais pelo Banco, sendo 60% no Rio Grande do Sul, em função da forte estiagem que impactou a produção gaúcha. No país, foram mais de 23 mil solicitações de indenização atendidas, dados que reforçam nossa capacidade de atender a este público e nosso compromisso com o agronegócio nacional”.

Para o presidente da Brasilseg Rodrigo Caramez, promover um evento tão importante para o calendário nacional do agro, como o Circuito Virtual, é motivo de muito orgulho e uma grande oportunidade para o Broto. “Além da vitrine on-line de máquinas e implementos, ferramentas e simuladores já disponíveis no site, entregaremos no Broto, muito em breve, um novo ecossistema de relacionamento para o setor. O produtor encontrará tudo o que necessita para potencializar a sua produtividade econômica. O calendário de eventos de agro do BB, certamente, impulsionará ainda mais nosso crescimento, nos ajudando a trilhar o caminho de inovação e proximidade com os clientes”.

O Broto se encontra em constante evolução para se tornar uma solução cada vez mais abrangente para o agronegócio, ampliando o acesso a serviços, ferramentas digitais para toda a cadeia produtiva e consultoria ao produtor rural, para reduzir riscos e aumentar sua produtividade.

Fonte: Banco do Brasil

André Brandão renuncia à presidência após 6 meses no comando do Banco do Brasil

Publicado em: 18/03/2021

Após muitas especulações, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (18) a saída do presidente da estatal, André Brandão. A saída terá efeito a partir de 1 de abril.

“O Banco do Brasil (BB) comunica que André Guilherme Brandão entregou, nesta data, a Jair Messias Bolsonaro, ao Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, e ao Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Hélio Lima Magalhães, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de 1 de abril de 2021”, destaca o comunicado do banco estatal.

O Ministério da Economia indicou nesta quinta-feira (18) Fausto de Andrade Ribeiro, atual diretor da BB Administradora de Consórcios, para a presidência do Banco do Brasil (BBAS3). “Informamos, considerando o que dispõem os artigos 18, § 2º, inciso I, 24, inciso I, e 34, § 5, inciso IV do Estatuto do Banco do Brasil SA, que, em razão da renúncia, nesta data, do Sr. André Guilherme Brandão dos cargos de integrante do Conselho de Administração e de Presidente do Banco, será encaminhado para análise do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade da Companhia, para o preenchimento das respectivas vagas, o nome do Sr. Fausto de Andrade Ribeiro”, diz a nota do Ministério da Economia.

Assim, Fausto de Andrade Ribeiro será o terceiro presidente do banco em menos de um ano. Segundo o currículo enviado pelo Ministério da Economia, Ribeiro é servidor do Banco do Brasil desde 1988. Ele é formado em direito e administração de empresas, e tem especialização em finanças internacionais e pós-graduação em economia.

Atualmente é diretor presidente da BB Consórcios, subsidiária do BB, posição que ocupa desde setembro de 2020. Antes disso, estava na função de gerente executivo da diretoria de contadoria. Ele tem passagens como gerente executivo em diretorias e em projetos específicos do Banco do Brasil. De maio de 2013 a junho de 2016, foi diretor geral da unidade do BB na Espanha.

Ribeiro ocupou a Gerência Executiva da Unidade de Canais de junho de 2016 a fevereiro de 2019 e a Gerência Executiva da Diretoria de Contadoria de março de 2019 a agosto de 2020. Graduado em direito e em administração de empresas, o futuro presidente do BB tem MBA Executivo em Finanças no Ibmec e pós-graduação em economia no Programa Minerva, na Universidade George Washington, nos Estados Unidos.

Brandão assumiu em setembro de 2020

André Brandão tomou posse como presidente do BB em 22 de setembro de 2020, em substituição a Rubem Novaes. A saída de Novaes, por sinal, causou turbulência no mercado em meio ao anúncio inesperado. Contudo, houve uma maior tranquilidade em meio às informações sobre o seu sucessor.

Brandão veio do HSBC, onde estava desde 2003; o CEO atuava como chefe global da instituição para as Américas. Desde que vendeu o banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento. Antes de chegar ao HSBC, ele permaneceu mais de dez anos no Citibank (outra instituição que, recentemente, saiu do segmento de varejo no País, ao ser adquirida pelo Itaú Unibanco).

Entre os planos de Brandão, estavam o de prosseguir com a digitalização e aumentar a eficiência do banco estatal. Contudo, as medidas para elevar a eficiência acabaram contribuindo para a saída do CEO, após um 2021 marcado por especulações sobre a demissão do executivo.

Brandão já enfrentava uma situação bastante delicada desde o início do ano, quando anunciou um plano de reestruturação do banco envolvendo fechamento de agências do banco e do plano de demissão voluntária que desagradou o presidente Jair Bolsonaro, que buscou forçar uma demissão do executivo, bem avaliado pelo mercado. Contudo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, conseguiu convencer Bolsonaro a não tirá-lo do cargo.

Na ocasião, Campos Neto, que tem alta estima com o presidente, o alertou de que uma demissão seria avaliada como interferência política em uma empresa pública que tem ações na Bolsa.

Brandão era bem visto pelo mercado

Porém, no final de fevereiro, as especulações de que Brandão estaria de saída do banco estatal voltaram a ganhar força. Diversos veículos de mídia destacaram que Brandão teria colocado o cargo à disposição de Jair Bolsonaro, depois de observar o destino do presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Roberto Castello Branco, demitido pelo presidente em meio a discordâncias sobre os reajustes de combustíveis.

Na ocasião, ao comentar as especulações sobre a saída do executivo, o Credit Suisse destacou que Brandão é bem visto pelo mercado e estava avançando nas iniciativas de reestruturação. A avaliação é de que o foco deve ser em seu potencial sucessor, aumentando a incerteza sobre os rumos do banco, avaliaram os analistas.

Pedro Lang, head de renda variável da Valor Investimentos, aponta que o mercado já precificou “uma boa parte” da saída de Brandão semanas atrás, uma vez que já havia especulações sobre a saída do executivo.

“Mas ainda pode haver algum impacto sobre as ações. O mercado sempre precifica uma probabilidade de o evento acontecer, mas como nunca é 100% ainda temos price action [reflexo nas ações] para ver. Agora, é esperar que venha alguém técnico e que tenha liberdade para continuar com as mudanças na gestão que o banco precisa para se adequar à essa nova realidade de fintechs, juros baixos e empresas ágeis”, avalia Lang.

Fonte: Infomoney

Bancos terão de fechar 30% das agências em até 3 anos para manter rentabilidade

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Os cinco maiores bancos brasileiros, com quase R$ 8 trilhões de ativos em mãos, precisam enxugar 30% de sua rede de agências físicas em no máximo três anos, aponta estudo exclusivo feito pela consultoria alemã Roland Berger e obtido pelo Estadão/Broadcast. Isso significa fechar as portas de cerca de 5 mil unidades de alvenaria, de um total de 16.704, somados Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal, conforme dados do Banco Central do fim de fevereiro.

O fechamento de agências resulta da pressão por corte de custos e eficiência diante do ‘novo normal’ do sistema financeiro, de acordo com a Roland Berger. Se antes essa já era uma realidade com a multiplicação de fintechs, com a pandemia, que acelerou o processo de digitalização dos brasileiros, só fez crescer.

“Os bancos brasileiros vão precisar encerrar pelo menos 30% de suas agências no curto prazo, no máximo, em dois anos. Estamos falando de 5 mil agências dos 5 maiores bancos”, afirma o presidente da consultoria alemã Roland Berger, Antônio Bernardo, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

De acordo com ele, a mudança de comportamento dos clientes a reboque da covid-19 coloca a rentabilidade dos bancos brasileiros, ainda elevada frente aos pares internacionais, na berlinda. O retorno sob o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) já foi afetado com o aumento das provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, reforçadas para fazer frente à inadimplência.

Berger destaca que apesar do cenário a rentabilidade dos bancos nacionais ainda é alta mas se esta transformação não ocorrer o lucro vai diminuir e eles vão ficar menos atrativos. “Se os bancos brasileiros não se transformarem – e as agências são só uma das mudanças -, a rentabilidade vai baixar mais, ficando menos atrativos para investidores”, disse.

Digitalização do dinheiro

Para aumentar sua competitividade os bancos vem investindo na digitalização da economia e somente em tecnologia para ‘digitalização do dinheiro’ os bancos investem anualmente cerca de R$ 19,6 bilhões, segundo a Febraban que também destaca que cada vez mais, os clientes também pagam suas contas e fazem transferências de valores pelos canais digitais.

Segundo o diretor de Canais Digitais e Experiência do Cliente do Bradesco, Marcelo Frontini, 97% das transações no banco já são realizadas em canais digitais.

Além disso, a digitalização do dinheiro pelos bancos no Brasil também pode envolver Bitcoin e criptomoedas já que Eduardo Abreu, vice-presidente de Novos Negócios da Visa do Brasil, revelou que a empresa já está trabalhando na integração de criptoativos e instituições financeiras no Basil.

A primeira solução a ser disponibilizada, segundo ele, será um conjunto de APIs voltados a bancos para que estes possam oferecer criptomoedas aos seus clientes.

Abreu também revelou que a empresa já está conversando com grandes bancos digitais no Brasil que podem aderir ao serviço e oferecer Bitcoin a seus clientes e embora não tenha revelado o nome das instituições, um levantamento do Cointelegraph revelou que no radar da empresa estão Nubank, Inter e C6.

“Primeiro, estamos conversando com os bancos mais digitais. Isso porque são os que têm mais perfil para esses clientes (de criptos)”, revelou.

Fonte: Estadão com Cointelegraph

Banco do Brasil tem 160 agências e postos com aviso de encerramento

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O Banco do Brasil já pregou avisos de fechamento nas portas de pelo menos 160 unidades de sua rede, considerando agências tradicionais e postos de atendimento, segundo mapeamento preliminar feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finaceiro (Contraf) e obtido pelo Estadão/Broadcast. Apesar da crise gerada no Palácio do Planalto, o plano de reestruturação, anunciado em janeiro, não só foi mantido como já começa a ser implementado.

A lista oficial das agências que serão fechadas – em um total de 112 -, porém, ainda não foi divulgada pelo BB. Segundo o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga, funcionário do banco, o conglomerado se nega a passar aos funcionários as unidades que serão encerradas, postura que ele afirma ser inédita. “O banco alega questões de mercado, mas, em todas as reestruturações feitas no passado, o banco nos passava essas informações, até para que possamos orientar os trabalhadores”, disse o sindicalista, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Diante da negativa do BB, os bancários se mobilizaram e começaram a mapear, por conta própria, as agências e os postos de atendimento que já estavam em processo de encerramento. Para isso, foram de unidade em unidade para verificar quais delas já contavam com o cartaz que avisa do fechamento aos clientes, uma obrigação que o banco tem de cumprir 30 dias antes do encerramento de fato.

O levantamento é considerado preliminar porque a Contraf não tem presença em todos os municípios onde o BB tem alguma unidade. O número, portanto, pode ser maior.

O plano do BB envolve a desativação de 361 unidades ao longo do primeiro semestre, sendo 112 agências tradicionais, sete escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, haverá a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 “escritórios digitais leves”).

Nordeste

Pelo mapeamento do Contraf, a região mais afetada será a Nordeste, com 60 unidades com cartazes já colados. O Estado com maior número de encerramentos em andamento, por enquanto, é São Paulo, com 17, seguido do Rio de Janeiro, com 14, e o Pará, com 13.

“Fechar agências numa pandemia é jogar as pessoas para a aglomeração e exclusão bancária. Há agências que estão em cidades que só têm aquela agência e vão ficar sem banco”, afirma Juvandia Moreira, presidente da Contraf.
Segundo levantamento da Contraf, 23 municípios ficarão sem agências bancárias, a maioria no Nordeste: seis na Bahia (Caem, Gentil do Ouro, Itaquera, Lajedo do Tabocal, Pau Brasil e Uibai), quatro em Sergipe (Nossa Senhora de Lourdes, Monte Alegre, Pacatuba e Tomar de Geru), duas no Ceará (Santo Antônio do Jaguaribe e Itaiçaba), uma em Alagoas (Passo do Camaragibe) e uma na Paraíba (Alagoa Grande).

Também ficarão órfãos cinco municípios do Pará (Água Azul do Norte, Curuca, Monte Dourado, Ourem e Ourilândia do Norte), um no Acre (Mâncio Lima), um no Mato Grosso (Ribeirão Cascalheira), um no Paraná (Laranjal) e um em Rondônia (Alto Alegre dos Parecis).

Fonte: Estadão

Justiça manda associação do BB empossar eleitos em votação investigada

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Uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) obriga a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) a empossar, até 1º de abril, candidatos escolhidos para o comando da entidade por meio de uma eleição que a própria Justiça reconhece ter sido alvo de fraude e que está sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal.

Mais de 109 mil votos dos 310 mil votos online podem ter sido irregulares, registrados por usuários que não estavam habilitados a votar, segundo constatado por peritos especializados contratados pela Comissão Geral Eleitoral (CGE) da ANABB. Somando com os 143 mil votos presenciais, foram 453 mil votos no total. A fraude pode ter afetado, portanto, 35% dos votos online e 24% do total de votos (online e presencial).

A posse foi determinada pela 8ª Turma Cível do TJDFT, que deu razão a candidatos que querem validar o pleito mesmo com a perícia apontando irregularidades. O relator do caso foi o desembargador Mário-Zam Belmiro, que admitiu a existência de votos dados por associados mortos e outros tipos de irregularidade. Para ele, no entanto, “o percentual de votos inválidos comprovado é pequeno diante da totalidade dos votos apurados”. Relator foi endossado pelos outros integrantes da turma, desembargadores Diaulas Costa Ribeiro e Robson Teixeira de Freitas.

Os autores e os beneficiários da fraude ainda não foram identificados. Para identificá-los, estão em curso dois inquéritos, no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do DF.

Reviravolta

A decisão dos desembargadores foi contrária à do juiz Pedro Oliveira de Vasconcelos, da 1ª instância, que havia negado a validação da votação. Segundo Vasconcelos, “o vício na eleição foi satisfatoriamente demonstrado” e “tal fato, por si só, implica prejuízo à legitimidade do pleito”. Para o juiz, “considerando que o candidato mais votado ao Conselho Deliberativo recebeu 7.220 votos, não há dúvida de que os votos dos cerca de 4.000 associados que tiveram o seu nome usado indevidamente poderiam alterar substancialmente o resultado da eleição”.

A eleição para a nova diretoria da ANABB ocorreu no 2º semestre de 2019. Na ocasião, foram identificados votos em nome de associados falecidos e votos dados online a partir dos mesmos endereços de IP, mas com localização geográfica diferente da cidade onde residiam os votantes.

Por causa das inconsistências, a comissão eleitoral da ANABB contratou peritos especializados. Foram localizados, então, votos registrados a partir de 4.215 endereços de e-mails não cadastrados nem autorizados a votar. Como cada um votou em até 26 nomes para os diferentes cargos em disputa, a fraude pode ter atingido mais de 109 mil votos. Não havia chapas na eleição porque cada candidato concorre sozinho para uma das cadeiras no conselho deliberativo e os eleitos, depois, elegem o presidente e os diretores executivos da entidade.

A comissão eleitoral decidiu invalidar o pleito e convocar novas eleições. Dos 112 candidatos, quatro foram à Justiça para validar os resultados, alegando que os votos fraudados são insuficientes para comprometer o processo. Estão no grupo Augusto Silveira de Carvalho, Claudio José Zucco, Nilton Brunelli de Azevedo e William Jose Alves Bento. Carvalho já foi deputado federal e secretário da Saúde na gestão de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Ele é réu, ao lado do ex-governador, em uma ação de improbidade que também corre no TJDFT.

Fonte: Veja.com

Pandemia piora e Fenaban continua negando suspender demissões e reduzir metas

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Em mais uma mesa de negociação para discutir medidas diante do avanço da pandemia de coronavírus no país, na tarde desta terça-feira 16, a Fenaban (federação dos bancos) novamente deixou sem respostas as principais reivindicações do Sindicato no sentido de proteger a categoria bancária. A Fenaban não se comprometeu em suspender as demissões, por exemplo, medida que aceitou tomar em 2020, logo no início da pandemia. O movimento sindical bancário organizará atividades em todo o país em defesa da vida e da saúde no dia 24.

“Reforçamos que queremos a suspensão das demissões e diminuição das metas. Mas os bancos não se comprometeram com essas reivindicações que são importantíssimas para garantir a tranquilidade da categoria bancária nesse momento de crise sanitária sem precedentes e de crise financeira”, relata a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas mesas de negociação com a Fenaban. Ela acrescenta que a Fenaban chegou a afirmar que as demissões nos bancos eram pequenas, mas dados dos próprios balanços dos bancos mostram que eles extinguiram 82 mil postos de trabalho desde 2013.

Na última mesa com a Fenaban, na quinta-feira 11, o Sindicato também cobrou a diminuição do horário de atendimento ao público nas agências e a suspensão das visitas a clientes. Mas essas reivindicações ficaram novamente sem respostas na reunião desta terça. “Alguns bancos, como o Itaú, se comprometeram em suspender as visitas, mas a Fenaban não sinalizou isso. Vamos insistir nesse ponto. É inadmissível que as visitas externas ocorram neste momento gravíssimo da pandemia”, critica Ivone.

Vacina para bancários

O pedido de inclusão da categoria bancária como prioridade no Plano Nacional de Imunização contra a covid-19 também foi reforçado. A Fenaban novamente se disse favorável. “O serviço bancário é considerado essencial. Os bancários estão nas agências atendendo a população, portanto, defendemos que a categoria, assim como outros trabalhadores que estão na linha de frente, tenham prioridade no plano de vacinação”, destaca Ivone.

A dirigente lembra que o Sindicato enviou ofício à Prefeitura de São Paulo solicitando prioridade para a categoria. E o movimento sindical, por meio da Contraf-CUT, enviou ofício requerendo o mesmo ao Ministério da Saúde, ainda sem resposta.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Trabalhadores lançam campanha contra desmonte no Banco do Brasil

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Trabalhadores do Banco do Brasil lançaram no dia 12 de março a campanha ‘Articulação Nacional contra o Desmonte do BB’. Trata-se de um conjunto de forças que pretende alertar a população sobre os ataques sofridos pela bicentenária instituição. O lançamento foi marcado por uma live que contou com a participação de associações de trabalhadores, parlamentares e outras entidades da sociedade civil.

Desde 2016, com o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, o Banco do Brasil dispensou mais de 17 mil trabalhadores, fechou quase 1,1 mil agências bancárias e encerrou atividades em municípios e comunidades sem nenhum outro tipo de serviço bancário. Ainda que, no mesmo período, teve um acréscimo em sua carteira de 9,5 milhões de clientes.

Recentemente o banco anunciou seu plano de reestruturação, que prevê a demissão de mais 5 mil funcionários e o fechamento de agências em cidades pequenas do interior do país. Em alguns municípios, como no estado do Pará, será preciso que aposentados se desloquem por até 70 quilômetros para receber suas aposentadorias.

País arrancado de si mesmo

Para a deputada federal Érica Kokay (PT/DF) “é como se o país estivesse sendo arrancado de si mesmo”, disse, durante a live. Ela lembrou que durante a crise financeira de 2008, foram os bancos públicos que impediram que os efeitos se alastrassem duramente sobre a vida das famílias brasileiras. “Possibilitaram que tivéssemos políticas anticíclicas para que a crise financeira não atingisse o bem estar das pessoas do país. Quando se mexe no BB, estão mexendo com a possibilidade do Brasil ser um país soberano. De abraçar seu povo.”

“Qualquer iniciativa que implique em desmonte do BB ignora que, em praticamentetodos os rincões desse Brasil, de Norte ao Sul, o BB foi o pioneiro a se instalar como uma agência facilitadora e viabilizadora da atividade econômica”, explicouLoreni de Senger, presidente da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil. “Pensar no papel do BB é mais do que pensar numa instituição financeira. Se confunde com a formação da nossa nação”.

Crédito rural

Juvândia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, lembrou da importância dos bancos públicos, que são responsáveis por cerca de 80% do crédito disponível para regiões Nordeste, Centro Oeste e Sul. Percentual ainda mais importante quando se trata especificamente do crédito rural. “Tem um ditado muito interessante, na agricultura familiar: ‘Se o campo não planta, a cidade não janta’”. Ela destacou que a instituição é responsável por 93% do crédito rural disponível na região Norte, 79% na região Nordeste,78% no Centro Oeste.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, o momento é de dialogar com toda a sociedade. Conversar sobre os desmontes com parlamentares, lideranças políticas, empresários e, em especial, os trabalhadores. “O funcionalismo do BB o fermento da nossa mobilização e da nossa luta.”

A iniciativa da ‘Articulação Nacional contra o Desmonte do BB’ é da Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários de Brasília, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil, da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil. São parceiros ainda na campanha a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Gestor do Banco do Brasil retém carteira de trabalho de bancário

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Denúncias de bancários ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reforçam que o Banco do Brasil prepara mal seus administradores para as rescisões de contrato de trabalho. A empresa está convocando funcionários demissionários a irem até seus locais de trabalho para assinarem o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRTC), apesar do risco da pandemia. A reforma trabalhista de Temer acabou com a obrigatoriedade de as rescisões serem homologadas nos sindicatos.

Bancários que apresentaram rescisão de contrato de trabalho com ressalva (leia abaixo) denunciam que alguns gestores rejeitaram o termo. Um chegou a negar a devolução da carteira de trabalho assinada.

Segundo uma das denúncias, o gestor afirmou que iria consultar a Gestão de Pessoas sobre o termo de rescisão; e sobre a carteira, afirmou que não assinaria, e que isso tinha de ser visto no Ministério do Trabalho. Lembrando que o órgão foi extinto no governo Bolsonaro.

“O gerente reteve a carteira, não aceitou a rescisão de contrato com ressalva e o mandou de volta para casa. Agora o trabalhador terá de retornar ao banco na pandemia para retirar os documentos”, resume Ernesto Izumi, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato e bancário do Banco do Brasil. “Vamos denunciar este fato na Justiça e cobramos do banco que oriente seus gestores contra estas práticas que contrariam a lei e a Constituição Federal”, acrescenta.
Violações

André Watanabe, advogado e assessor da secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato, diz que a ressalva passa pelo direito de não assinar um “cheque em branco” para o banco. “O empregado e qualquer cidadão pode ressalvar um texto que irá assinar, haja vista não ter certeza do que está escrito ali”, enfatiza.

Especificamente no TRCT, o artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal, bem como a Súmula 330 do Tribunal Superior do Trabalho, permitem a ressalva.

“Para o gestor do banco, basta aceitar, mesmo se ele não quiser assinar, a via que fica no banco. Mas o empregado deve ter o direito de manifestar a sua vontade e constar em, pelo menos, uma via do banco”, ressalta Watanabe.

Além disto, reter a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é crime conforme artigo 3º da Lei 5553/68, artigo 29 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e artigo 187 da Código Civil. Inclusive, caberá pedido de danos morais se o trabalhador sofrer alguma consequência por esta retenção.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Sindicatos rurais serão correspondentes bancários do Banco do Brasil em SC

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Presidentes, secretários e funcionários administrativos dos Sindicatos Rurais catarinenses participaram nesta semana de treinamento para atuarem como correspondentes bancários do Banco do Brasil no Estado. A capacitação virtual foi ministrada pelo Centro de Suporte Operacional (CENOP-PR) e pela Superintendência do Banco do Brasil em Santa Catarina em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC).

O treinamento faz parte do processo de formalização dos Sindicatos para prestação de mais um serviço aos produtores rurais: atuar na recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito e de arrendamento mercantil concedidas pelo Banco do Brasil, bem como outros serviços prestados para o acompanhamento da operação. A adesão das entidades como correspondentes bancárias – COBAN – atende convênio firmado em 2020 entre o Instituto CNA e o Banco do Brasil S.A, aderido pela FAESC.

De acordo com o presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, a capacitação é uma das etapas de credenciamento dos Sindicatos interessados no serviço. Segundo ele, a atuação dos Sindicatos como correspondentes bancários permitirá o atendimento completo aos produtores rurais: informações sobre as linhas de crédito disponíveis; providência e conferência da documentação necessária para encaminhamento de propostas ao Banco; registro de dados necessários para o acolhimento de propostas no Portal de Crédito; digitalização e indexação dos documentos; encaminhando de dossiê documental com os formulários à agência para análise da operação e resolução de pendências/diligências detectadas para a formalização das propostas.

“É mais um serviço que o Sindicato poderá oferecer ao produtor rural, facilitando o acesso ao crédito disponibilizado pelo Banco do Brasil, instituição que tem longa parceria com o setor”, detalha Pedrozo.

O presidente também informa que para atuar como correspondente bancário o Sindicato Rural deverá cumprir com os seguintes requisitos: ser correntista; regularidade cadastral (entidade e dirigentes); certificação de conhecimentos (Resolução 3.954); ter estrutura física para atendimento ao cliente e contrato de substabelecimento devidamente formalizado e assinado.

Fonte: JMais

Aplicativo do Banco do Brasil passa a contratar microcrédito produtivo

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Os pequenos empreendedores podem assinar contratos de microcrédito diretamente pelo smartphone. O Banco do Brasil (BB) anunciou que agora a formalização do contrato de microcrédito produtivo orientado (MPO) pode ser feita de forma eletrônica, por meio do aplicativo da instituição financeira.

Com a ferramenta, as transações formalizadas digitalmente dispensam a impressão de documentos e a assinatura física.

O valor do empréstimo varia de R$ 1 mil a R$ 21 mil, com pagamentos de 5 a 18 parcelas, estabelecidos com base na capacidade do credor.

Para novas operações, o empreendedor informal deve ir à sua agência de relacionamento. No caso de renovação do empréstimo, o pedido pode ser feito por canais virtuais – telefone ou WhatsApp.

Após o pedido do cliente, é realizado o cálculo da capacidade de pagamento, o que leva em média cinco minutos. Caso o proponente aprove a proposta do banco, assinará todos os documentos eletronicamente.

Na seção “Perfil”, dentro do aplicativo, o cliente clica em “Confirmações pendentes” e escreve a senha de seis dígitos, formalizando a contratação do microcrédito produtivo orientado. O Banco do Brasil orienta o proponente a ler toda a documentação antes de proceder à assinatura eletrônica.

Segundo o Banco do Brasil, a melhoria dos canais eletrônicos de atendimento é essencial para fortalecer os pequenos negócios, principalmente neste momento de recrudescimento da pandemia de covid-19.

De acordo com a instituição, os profissionais que mais recorrem ao microcrédito produtivo orientando são vendedores informais de roupas e acessórios, cabeleireiros, manicure e pedicure, vendedores informais de alimentos, empreendedores dos ramos de estética e outros serviços de cuidados com a pele e higiene pessoal.
Faturamento

O MPO só pode ser contratado por três tipos de empreendedores: informais com renda mensal de até R$ 30 mil, microempreendedor individual (MEI) com faturamento de até R$ 81 mil por ano ou microempresa com faturamento de até R$ 360 mil por ano. O contratante não pode ter mais de R$ 80 mil de dívidas com bancos e outras instituições financeiras, exceto no caso de operações de crédito habitacional.

Voltada à ampliação da capacidade produtiva, esse tipo de linha de crédito pode financiar a melhora do fluxo de caixa (capital de giro). O MPO também pode ser usado para a compra de equipamentos, móveis, ferramentas e demais itens necessários ao funcionamento da atividade econômica.

Fonte: Agência Brasil

 

Agência Abadia do Banco do Brasil fecha as portas a partir do dia 29

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Banco do Brasil programa o fechamento da agência do bairro Abadia para o dia 29 de março. A informação foi repassada pelo Sindicato dos Bancários de Uberaba e região, que organiza nova manifestação contra o encerramento das atividades da unidade bancária.

A medida é decorrente da reestruturação anunciada em janeiro passado, que também envolve um Plano de Demissão Voluntária (PDV), cuja meta é demitir cinco mil funcionários em todo o país.

A agência do bairro Boa Vista também está com fechamento programado em Uberaba. Na quinta-feira (11), os caixas da agência bancária pararam de atender o público e, no dia 20 de abril, será concluído o processo de fechamento.

Além disso, a unidade da cidade de Campo Florido também está na lista de encerramento das atividades e a unidade de Nova Ponte será convertida em Posto de Atendimento.

A reorganização da rede de atendimento tem o objetivo, segundo o Banco do Brasil, de gerar economia de R$353 milhões em 2021 e de R$2,7 bilhões até 2025. Prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos.

Presidente do Sindicato dos Bancários, Diego Bunazar, informa que não há nenhum sinal de que os fechamentos das agências serão revertidos em Uberaba. Segundo ele, entre 2013 e 2019, o BB reduziu aproximadamente 18% do seu quadro de funcionários. Na região, essa reestruturação representa uma redução de quadro da ordem de 10%. “De uma tacada só, teremos menos dois pontos de atendimento, com o fechamento das agências Abadia e Boa Vista”, diz.

Além disso, o sindicalista informa que o fechamento da agência de Campo Florido vai prejudicar o atendimento da agricultura familiar, “uma vez que o atendimento de lá deve ser direcionado para outros municípios da região”, diz. Já em Nova Ponte, o sindicalista aponta que a conversão da agência para Posto de Atendimento “é um prenúncio de fechamento do local em um futuro próximo”.

Fonte: JM Online

Agência do BB da UFPI é fechada; contas são transferidas para outras agências

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A agência do Banco do Brasil localizada no campus da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), em Teresina, foi fechada nesta terça-feira (16). Por este motivo, as contas dos clientes foram transferidas para outras agências da capital.

O fechamento de agências faz parte de um programa de reestruturação do Banco do Brasil anunciado ainda em janeiro de 2021.

A previsão é que seja fechada ainda a agência do BB na Avenida Frei Serafim, no Centro da capital. Mas, a data do fechamento ainda não foi divulgada.

O Sindicato dos Bancários do Piauí informou que os clientes não teriam sido informados sobre a mudança. “Estamos tendo o desprazer de acompanhar essas medidas arbitrárias e contrariados aos interesses da categoria. Os clientes sequer foram informados”, comunicou.

Em janeiro, os bancários fizeram duas paralisações para protestar contra o fechamento das agências.

O Banco do Brasil anunciou o fechamento de 361 unidades – 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento – no primeiro semestre deste ano em todo o Brasil.

Fonte: Globo.com

Banco do Brasil licita serviços de saneamento para prédio do CCBB

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O BB abriu edital público para contratação de serviços de tratamento de efluentes e disponibilização de água tratada oriunda do processo para reuso, na modalidade BOO (Build, Own and Operate) do Ed. Pres. Tancredo Neves, em Brasília. O local é onde fica o CCBB.

A licitação eletrônica inclui a instalação da Estação Compacta de Tratamento de Esgotos (ETE Compacta), a operação, a manutenção e o descarte adequado do lodo de esgoto) pelo período de 120 meses.

As propostas serão recebidas no endereço https://licitações-e.com.br até às 10h30 do dia 23 de março, com a disputa de preços ocorrendo em seguida, às 11h.

Para ter acesso ao edital, basta acessar o link acima e inserir o número da licitação: 2021/00496.

Recentemente, o BB divulgou seus 10 Compromissos de Sustentabilidade, com metas até 2030.

Fonte: Banco do Brasil

Previ explica processo de seleção de conselheiros para 2021

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Transparência é um valor corporativo e um pilar fundamental para a Previ. Por isso, informar os números do processo seletivo de conselheiros é tão importante. Nesta prestação de contas, você vai conhecer as estatísticas referentes às manifestações de interesse dos inscritos e indicados em relação às suas preferências por setores econômicos e cargos nos órgãos de governança.

Além disso, você ficará por dentro também do número de candidatos que manifestaram o interesse no início do processo e quantos alcançaram a pontuação mínima curricular ao final do certame, após a verificação do atendimento ao perfil desejável, pré-requisitos, critérios classificatórios e comprovação das informações curriculares previstos no Edital da Seleção.

Na Seleção de Conselheiros 2021, houve um total de 573 candidatos inscritos, que sinalizaram a preferência por atuar nos setores econômicos.

Desse total, 249 não atingiram a pontuação mínima curricular de 50 pontos no ato do preenchimento do currículo padronizado no site da Previ, razão pela qual não prosseguiram no processo. Os 324 candidatos que atingiram a pontuação tiveram seus currículos analisados, e as informações prestadas foram conferidas com base nos documentos por eles encaminhados. Ainda foi feita pesquisa para aferir a reputação ilibada e a ausência de conflito de interesses, bem como dos demais pré-requisitos.

Dentre os candidatos habilitados nesta fase, 227 atingiram a pontuação final mínima de 50 pontos após a conferência curricular pela Previ e 97 não comprovaram as informações curriculares suficientes para atingir a pontuação mínima.

Indicações

A Previ, com base no resultado da Seleção 2021, realizará a indicação de candidatos em 87 vagas. Para o preenchimento dessas vagas, a Previ realiza a análise do perfil profissional de cada um dos candidatos e faz o cotejo com o perfil desejado em cada vaga. Identificado o candidato com o perfil mais aderente à vaga, a proposta de indicação é submetida à avaliação do Conselho Deliberativo da Previ. Após a deliberação desse órgão, em oito vagas houve replicação de candidatos, situação verificada apenas em mandatos de empresas da categoria Sociedade de Propósito Específico (SPEs) em que a Previ detém participação acionária.

A importância da Seleção de Conselheiros

Os conselheiros cuidam dos melhores interesses das empresas. Por isso, mais que um procedimento rotineiro, a Seleção de Conselheiros da Previ representa a indicação de profissionais que terão papel decisivo para o futuro da Entidade, de seus associados e da sociedade como um todo.

Anualmente a Previ realiza processo seletivo para identificar os talentos que irão atuar nos conselhos de administração e conselhos fiscais das empresas em que possui investimentos. Hoje são 36 ‘empresas participadas’, aquelas nas quais a Entidade possui assento no Conselho de Administração ou Fiscal ou em que os recursos aportados ultrapassam 0,25% do patrimônio.

Os conselheiros indicados atuam no estímulo e na disseminação da adoção de melhores práticas em aspectos ambientais, sociais, de governança e de integridade (ASGI). Esses aspectos ASGI fazem parte dos critérios de decisão de investimento na Previ, que estimula a adoção desses critérios também na atuação dos conselheiros indicados pela Entidade na empresa.

Fonte: Previ

 

Economus faz pesquisa de satisfação para beneficiários do Plano de Saúde

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O Economus está realizando a Pesquisa de Satisfação para os beneficiários dos Planos de Saúde por meio da empresa Colectta, especialista em levantamentos para empresas de grande porte. Os contatos começaram no dia 15 de março e vão até 15 de abril. A pesquisa possui dez questões e o contato telefônico pode ocorrer nos dias úteis (8h às 20h) e aos sábados (9h às 14h). O entrevistador irá se apresentar como funcionário da Colectta e a entrevista levará, em média, quatro minutos para ser concluída.

Reforçamos que sua participação será importante, pois por meio das pesquisas traçamos as melhorias nos planos de saúde que administramos.

Vale ressaltar que a Pesquisa de Satisfação para os beneficiários dos Planos de Saúde está prevista no Programa de Qualificação de Operadoras (PQO), da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, de acordo com a Instrução Normativa DIDES 60/2015 e suas alterações.

Para garantir sua segurança, o entrevistador pedirá apenas para você confirmar seu nome completo. Portanto, não será solicitado nenhum outro dado, tais como CPF, informações bancárias e senhas, por exemplo. Caso algum outro dado seja solicitado durante o contato, encerre a ligação imediatamente e comunique o Economus.

Fonte: Economus

 

Interferência do governo no comando de estatais abala avaliação de governança das empresas

Publicado em: 12/03/2021

A troca no comando da Petrobrás, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro, e o impasse em relação à permanência do presidente do Banco do Brasil, que colocou o cargo à disposição, provocaram estragos nas duas empresas. Pela forma como essas coisas se deram, investidores se afastaram, as ações perderam valor e os acionistas tiveram perdas significativas.

Mais do que isso, o temor de interferências ainda mais profundas nas estatais de capital aberto provocou uma grande incerteza quanto ao cumprimento das boas práticas de governança corporativa – um dos itens de uma sigla que tem capturado a atenção dos investidores: ESG.

O termo ESG refere-se a ativos que, além de aspectos financeiros, consideram os impactos ambientais, sociais e de governança de uma empresa. O conceito foi criado como uma métrica para avaliar o desempenho das companhias.

As estatais listadas na Bolsa são sociedades de economia mista – a União, que é acionista majoritária, é a controladora. Por isso, o governo tem alguns direitos, como indicar nomes para o comando das empresas. No entanto, as regras de governança dizem que a indicação deve ser considerada e votada pelo conselho de administração, que é o agente responsável por escolher a diretoria executiva.

A interferência do governo no comando das empresas não viola uma regra específica de governança. O problema é a desconfiança gerada no mercado em relação ao motivo da interferência. “O problema que se discute muito é o motivo da mudança. A preocupação no caso das empresas estatais de economia mista é: seria realmente uma mudança de comando relacionada a um problema de desempenho ou é uma intervenção por questões políticas?”, questiona Maurício Colombari, sócio da PwC Brasil.

No caso da Petrobrás, Bolsonaro decidiu trocar o presidente Roberto Castello Branco pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, por conta de discordâncias quanto à política de reajuste dos combustíveis. Como o conselho apoiava Castello Branco, nada menos que 5 dos 11 conselheiros pediram para deixar o cargo.

No Banco do Brasil, Bolsonaro se irritou com um anúncio de fechamento de agências e corte de pessoal, via programa de demissão voluntária, feito em janeiro. Ameaçou demitir o presidente do banco, André Brandão, mas acabou dissuadido. Mesmo assim, a pressão sobre o banco continuou, e Brandão colocou o cargo à disposição. Quatro conselheiros se manifestaram publicamente contra a troca de comando.

O funcionamento das companhias de capital aberto é regido pela Lei das S/A e por normas da B3, dependendo do nível de governança corporativa em que elas estão listadas. Esses dispositivos estabelecem requisitos que devem ser levados em consideração no processo de nomeação do presidente da companhia. No caso das empresas de economia mista, é preciso também obedecer à Lei das Estatais, que estabelece outros requisitos a serem cumpridos.

Segundo Alexandre Pierantoni, diretor da Duff & Phelps no Brasil, em termos de governança corporativa, é muito importante que o apontamento de nomes para cargos pelo governo cumpram os requisitos da lei. “É preciso avaliar se a indicação está seguindo os critérios ou não. Quando há uma comunicação clara, efetiva, qualificada, você traz menos ruído para o ambiente”, diz.

“Infelizmente, não foi o que a gente teve na questão da Petrobrás, e aí você assusta o mercado. Nesse caso específico, o que incomodou muito foi a forma de fazer, e a comunicação disso” acrescenta Pierantoni. “É importante que haja um alinhamento entre o governo e o próprio conselho de administração da empresa, mesmo que formado na maior parte por indicados do governo, pois isso tende a beneficiar a empresa, a sociedade e os investidores.”

Esse alinhamento entre as partes interessadas (stakeholders, no jargão do mercado) das empresas de capital aberto é um ponto importante quando o assunto é governança corporativa. “A estrutura de governança tem o objetivo de alinhar os interesses dos acionistas e de outros stakeholders, a fim de maximizar o valor econômico da empresa”, explica Kieran McManus, também sócio da PwC Brasil. “Decisões que não agregam valor para a empresa ou que não buscam alinhar interesses dos investidores podem ser vistos como não sendo boas práticas de governança corporativa”, diz.

McManus destaca que uma das áreas mais importantes da governança é a definição do propósito da empresa e que, com mudanças bruscas de comando, os investidores ficam em dúvida se a empresa continuará seguindo o mesmo rumo. “Se a empresa já definiu seu plano, já está indo nesse caminho e há uma troca de comando, o receio do mercado é se haverá alguma alteração desse caminho que a empresa está seguindo”, comenta.

Estatais e governança

Segundo a professora Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, a desconfiança do investidor em relação a empresas de economia mista sempre existiu, justamente pelo fato de o governo ser o acionista majoritário. “Ter o governo como acionista principal de uma empresa sempre vai trazer o risco de existir alguma interferência política mais forte”, diz.

Claudia afirma que as interferências no comando da Petrobrás e do Banco do Brasil são vistas como péssimas pelo mercado, porque, “se já havia alguma desconfiança de que o governo como acionista poderia ser problema, aparentemente isso está se confirmando”.

A professora cita ainda a “golden share”, mecanismo que dá ao governo poder de veto mesmo quando ele deixa de ser um acionista controlador, se tornando um acionista minoritário. “É um mecanismo bastante comum nas empresas públicas e que, do ponto de vista de mercado, é tido como um negócio ruim. Porque viola um princípio básico de governança, que é a equidade, ou seja, garantir que todos os acionistas tenham os mesmos poderes. A ‘golden share’ é vista de maneira negativa pelo mercado, porque cria diferenças entre tipos de acionistas”, diz.

De modo geral, se não há equidade e alinhamento entre os acionistas, isso afeta a imagem da empresa, gerando desconfiança no mercado quanto ao cumprimento das práticas de governança corporativa. “Obviamente uma interferência como a que existiu na Petrobrás e em empresas de economia mista que têm ações negociadas no mercado, gera um ruído. O investidor se sente menos seguro quanto à previsibilidade da operação, a questões referentes à governança corporativa, e isso acaba por, no momento imediato, afastar o investidor, principalmente o estrangeiro”, diz Alexandre Pierantoni, da Duff & Phelps.

No curto prazo, há volatilidade dos preços e receio de maiores interferências, como o congelamento de preços, por exemplo, no caso da Petrobrás. Isso pode comprometer a rentabilidade da empresa. “Ela acaba tendo uma deterioração do seu preço no mercado internacional e uma deterioração das condições em que ela pode captar mais recursos”, afirma Pierantoni.

Apesar da possibilidade de haver a recuperação das empresas no médio prazo, uma possível consequência de longo prazo é que os investidores decidam não investir mais em empresas estatais. “Se isso começar a ficar um problema sério de governança, isso pode virar uma regra para o investidor: não investir em empresas públicas brasileiras”, afirma Claudia. Ela destaca que o mercado de capitais brasileiro ainda depende muito de investidores estrangeiros. “E começar a ser mal visto lá fora pode ser um problema.”

Fonte: Estadão

BRF assina acordo com Banco do Brasil para estimular energia solar em granjas

Publicado em: 11/03/2021

A BRF (BRFS3) assinou os primeiros contratos com o Banco do Brasil (BBAS3) para estimular a adoção da energia solar pelas granjas que são parceiras da companhia. O convênio oferecerá até R$ 200 milhões para financiar a instalação de painéis solares e implementação de melhorias energéticas nas granjas.

No comunicado desta quinta-feira (11), a BRF afirma que a parceria com o Banco do Brasil é uma iniciativa que se enquadra na estratégia de longo prazo de tratar a “sustentabilidade de forma transversal e permeando todo o seu negócio.”

Entre os objetivos da dona das marcas Sadia e Perdigão, está o de ampliar em 50% a geração de energia elétrica por meio de fontes limpas e renováveis, num prazo de dez anos.

Fonte: Money Times

BC prorroga até novembro redução para 17% do depósito compulsório dos bancos

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Em março de 2020, a redução da alíquota permitiu a liberação de R$ 68 bilhões para os bancos. Esse recurso reforçou o caixa das instituições e permitiu elevar a quantidade de empréstimos ofertados.

“A atual decisão pela continuidade da vigência da alíquota temporária levou em conta a persistência conjuntural nas restrições de liquidez para a captação bancária que, neste momento, recomendam a manutenção dos atuais níveis de liquidez no Sistema Financeiro Nacional”, afirmou a instituição.

O governo tem renovado uma série de medidas para combater os efeitos da pandemia da Covid-19. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já anunciou que vai retomar o programa de redução de salários e suspensão de contratos e disse que outras medidas serão adotadas.

O Senado, nesta quarta, aprovou o projeto que torna permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), outro mecanismo criado pelo governo durante a pandemia.

Fonte: G1

Sindicato cobra dos bancos que não aumentem metas na pandemia

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Na mesa de negociação de sexta-feira 5 de março com a Fenaban (federação dos bancos), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região também cobrou que os bancos parem de aumentar as metas durante a pandemia de coronavírus.

“Mesmo numa crise sanitária e econômica como a que estamos vivendo, os bancos têm aumentado as metas, o que é absurdo! Com o índice de desemprego altíssimo, com a crise financeira, é muito mais difícil vender produtos bancários, mas vários bancos têm pressionado ainda mais os bancários com metas dobradas, cobranças por celular e outras formas de pressão que adoecem os traballhadores”, denuncia a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do dos Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa com a Fenaban.

A Fenaban ficou de levar a reivindicação aos bancos e dar uma resposta ao Sindicato na próxima reunião, que deve ocorrer ainda nesta semana.

Na reunião de sexta-feira 5, o Sindicato fez outras reivindicações, como reduzir o horário de atendimento das agências, aumentar o home office e adotar medidas mais rígidas de proteção contra o coronavírus, diante do agravamento da pandemia no país. Leia aqui.
Aumento de metas na pandemia

Bancários do Itaú, Santander, Caixa e BB têm reclamado ao Sindicato sobre o aumento de metas em um momento muito difícil para a economia.

No Itaú, com a substituição do Agir pelo GERA, as metas aumentaram muito. Soma-se a isso as demissões que têm ocorrido no banco, e o resultado são trabalhadores cada vez mais adoecidos. Além disso, na Central de Atendimento do banco, no CAT, onde também ocorrem demissões, as metas têm subido assustadoramente.

No Santander, as metas também aumentaram durante a pandemia, e o pior problema é que elas mudam ao longo do mês, o que impossibilita a organização do bancário no período. Alem disso, o celular usado pelo bancário é muitas vezes o pessoal, que fica disponível fora da jornada, possibilitando que o próprio cliente cobre atendimento a qualquer hora do dia, da noite e em fins de semana. Outro grande problema é que no Santander permanecem ocorrendo convocações para visitas presenciais a fim de bater metas. Embora o RH atue em algumas situações, o banco não proíbe a prática, apenas recomenda que não ocorra, o que não tem sido suficiente para frear alguns gestores regionais.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Bancários do BB aprovam acordo emergencial na pandemia

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Funcionários do Banco do Brasil da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região aprovaram o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial (Pandemia Covid-19), em assembleia virtual que ocorreu nesta quarta-feira 10 de março, com votações das 8h às 20h.

O acordo prevê que não haverá descomissionamentos por desempenho enquanto durar a pandemia; prevê ainda anistia de 10% do saldo total de horas negativas a compensar e prazo de compensação de horas negativas de 18 meses. Com a aprovação, o que já havia sido acertado em acordo anterior, que venceria em 31 de dezembro de 2020, foi estendido, uma vez que liminar do STF prorrogou o estado de pandemia.

“O acordo dá mais tranquilidade para os trabalhadores neste período de pandemia, tanto na questão das horas negativas, com anistia de 10% e mais tempo para compensá-las, quanto na proibição do descomissionamento por desempenho, o que evita o acirramento de cobrança pelo cumprimento de metas, que se tornam ainda mais difíceis de serem batidas neste momento de grave crise econômica”, destaca o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga.

Segundo informações passadas pelo bancos, existem 3.500 funcionários com horas a compensar. Dentre eles, 2.600 têm mais de 200 horas a compensar.

O dirigente ressaltou também que, para além do acordo, espera que o banco garanta mais segurança aos trabalhadores em relação à pandemia. “O acordo foi aprovado e isso é positivo, mas também esperamos que o banco se esforce em garantir mais segurança para o pessoal das agências, com a redução da jornada e com a ampliação do home office para o maior número de funcionários.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Cadeira da presidência do Banco do Brasil parece incerta; quais as consequências?

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Novo presidente do Banco do Brasil pode alterar cenário econômico nacional. Nos próximos dias o Palácio do Planalto deverá definir quem irá assumir o cargo de chefia máxima do BB ao longo dos próximos anos. Entre os nomes mais cotados está o de André Brandão, já posicionado no cargo, podendo assim ter acesso a um novo período de gestão.

A eleição para novo presidente do Banco do Brasil vem movimentando possíveis cenários na economia nacional. Com o apoio do ministro da economia, Paulo Guedes, o atual gestor da instituição, André Brandão, tenta a renovação de seu contrato. O que significa que o banco estaria atuando como aliado dos atuais líderes do governo.

Para os servidores do BB, manter Brandão seria uma decisão segura e positiva, tendo em vista que sua gestão foi considerada positiva nos índices econômicos.

Alguns vice-presidentes do BB têm restrição ao nome [de Dacache], pois ele era bem ativo nessa ‘concorrência’ e é muito próximo do Pedro [Guimarães]. Isso cria uma certa resistência por aqui. Não podemos ter algum tipo de ‘parceria’”, diz um funcionário, na condição de anonimato.

Impacto no mercado

Entre as medidas que podem ser feitas caso Brandão seja mantido é a alteração no número total de agências. Há um movimento para que o BB abre novas 400 pontos, mesmo após a publicação do projeto que almejava fechar 112 unidades diante da pandemia do novo coronavírus.

Os gestores estudam ainda que parte dessas agencias sejam destinadas especificamente para contratos vinculados ao agronegócio, setor que já apresenta um forte vínculo com a instituição.

Guedes, na tentativa de manter Brandão, vem ainda alterando o cenário das reformas junto ao Congresso. O assunto foi debatido no último sábado (06), contando com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do presidente Bolsonaro participaram.

Conselho do Banco do Brasil deseja renovar o contrato

Há ainda a aprovação e interesse do Conselho de Administração que já se manifestou publicamente sinalizando o interesse de manter a contratação de Brandão. Em reunião extraordinária, quatro conselheiros emitiram um apelo “continuidade da gestão de excelência”.

A previsão é de que a definição da cadeira ocorra até o fim de março.

Fonte: Portal FDR

Cresce número de investidoras em renda variável no Banco do Brasil

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Em 2020, ano em que foi decretada a pandemia do novo coronavírus, o número de investidoras mulheres em renda variável no Banco do Brasil saltou 56%, enquanto o de homens subiu 48%. Hoje, as mulheres representam 43% do total de clientes que investem em alguma modalidade e, só na faixa etária entre 30 e 49 anos, o percentual de novas investidoras cresceu 174%, mostrando que elas estão atentas a estratégias mais sofisticadas em busca de melhores rentabilidades.

O levantamento realizado pelo Banco revela que a maioria dessas investidoras possui perfil moderado (45%), com preferência por previdência e fundos, produtos que concentram 72% do total investido por elas. O estudo contempla clientes varejo pessoa física e alta renda e não considera os que investem somente em poupança.

Lucia Lo Prete, que está à frente da célula de especialistas que prestam exclusivamente assessoria em investimentos no BB, comenta que muitas mulheres estão deixando de delegar os cuidados da sua vida financeira e avalia o comportamento das investidoras como menos impulsivo, com uma visão de longo prazo.

“Podemos usar a analogia da montanha-russa como o ato de investir. Elas, se forem andar no brinquedo, preferem saber antes quem é o fabricante, o histórico de acidentes e quem é o dono do parque. Mas, quando decidem entrar, vão aproveitar a experiência e dificilmente vão pedir para sair no meio do caminho. Em momentos de alta volatilidade como o que estamos vivendo, elas costumam se manter mais tranquilas e acreditar nas estratégias de investimentos que já construíram.”

A estratégia de atuação do Banco do Brasil junto aos investidores segue os pilares de um portfólio completo, acessível e competitivo, combinado com assessoria humana, isenta e especializada, além da oferta e desenvolvimento de soluções digitais que tem, sempre, a satisfação do investidor no centro das ações. As inovações que buscam prestar a melhor assessoria para os investidores já nascem com escala comercial e, ao mesmo tempo, com a personalização necessária para atender às necessidades de cada um, independente de qual fase da jornada eles se encontrem.

Representatividade

O BB acredita que a equidade de gênero gera valor ao mundo corporativo e, em setembro de 2018, foi pioneiro no lançamento do fundo BB Ações Equidade, o primeiro do País com essa temática. A criação do fundo foi embasada em dados do relatório Global Gender Gap Report, do Fórum Econômico Mundial, que apontava que empresas com presença feminina nos comitês executivos chegam a obter 47% a mais de retorno médio sobre o patrimônio.

Para Renata Cypreste, gerente executiva comercial da BB DTVM, “é acreditando na geração de valor que a equidade traz que criamos o BB Ações Equidade, um fundo que investe em empresas signatárias dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês) iniciativa da ONU Mulheres em parceria com o Pacto Global. O fundo tem o objetivo de proporcionar retorno por meio da gestão ativa de investimentos em ações de empresas que valorizam a diversidade e o protagonismo feminino”, afirma.

A BB DTVM é líder da indústria de fundos de investimento, com patrimônio líquido sob gestão de R$ 1,155 trilhão em recursos e 19,67% de participação de mercado, conforme ranking de Gestores de Fundos de Investimento da Anbima, de janeiro de 2021. Sua excelência em gestão é atestada por duas importantes agências de rating – Fitch Rating e Moody´s.

Fonte: Banco do Brasil

 

Fundos de pensão poderiam investir na economia real e ajudar país a sair da crise

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José Ricardo Sasseron*

As medidas e decisões tomadas pelo atual governo apontam num único sentido: desmontar o Estado e sua capacidade de organizar e interferir na economia real, sucatear serviços públicos, vender ativos públicos a preço depreciado, descapitalizar e destruir empresas estatais, acabar com a capacidade de investimento do Estado e deixar tudo a cargo dos agentes de mercado.

A desregulamentação das relações de trabalho aumenta os índices de desemprego, reduz a massa salarial e a capacidade de consumo das famílias. Somados, estes fatores comprometem dois dos principais componentes do PIB.

O consumo das famílias, que representa cerca de 65% do PIB no Brasil, não despencou antes por conta do auxílio emergencial que atendeu quase 70 milhões de brasileiros, segurando um pouco a economia. Com o fim do auxílio e o crescente contingente de desempregados, desalentados e subocupados, que já atinge metade da população em idade de trabalhar, prenuncia uma situação desesperadora neste momento em que a pandemia aumenta o número de óbitos e está levando o sistema de saúde ao colapso.

As medidas neoliberais tomadas pelo governo destroem a capacidade de investimento do governo e das empresas públicas. A Petrobras e a cadeia de óleo e gás, que representavam 13% do PIB, estão sendo esvaziadas e sua capacidade de investimento, destruída. Os bancos públicos estão sendo descapitalizados. Como consequência, os investimentos, que atingiram 21% do PIB em 2014, despencaram para menos de 15% em 2020. A redução dos investimentos, outrora capitaneados pelo Estado, não é suprida por investimentos privados, como apregoa o governo. Sem investimentos, sem consumo das famílias, a economia mergulha em recessão. E o governo parece não se importar com isso.

Nos últimos anos as cotações das ações aumentaram constantemente, ao mesmo tempo em que as taxas básicas de juros caíram até a Selic atingir o patamar mais baixo da história recente, de 2% ao ano. Esta remuneração, que significa taxa real de juros negativa, levou muitos investidores a migrarem suas aplicações em renda fixa para o mercado acionário – o número de pessoas físicas que investe na Bolsa de Valores quadruplicou nos últimos dois anos. O excesso de liquidez internacional também trouxe recursos para especular com os ativos da Bovespa, aproveitando a baixa taxação sobre o capital especulativo aplicada no Brasil. Da mesma maneira que entraram, podem sair.

Mas tudo indica que as subidas constantes do Ibovespa são uma bolha prestes a estourar. Se isto acontecer, a economia já desestruturada pode mergulhar no caos. Mas o que tudo isto tem a ver com os fundos de pensão, você deve estar se perguntando?

Ora, os fundos de pensão brasileiros investem 74% de seu patrimônio em renda fixa, quase tudo em títulos públicos. Parte em títulos de longo prazo, a uma remuneração razoável, mas parte remunerados à taxa Selic, com juros reais negativos. Os investimentos em ações atingem somente 18% do total, cerca de metade deste total concentrado em um único fundo de pensão, a Previ.

Com este portfólio de investimentos, a grande soma de R$ 1 trilhão em ativos dos fundos de pensão brasileiros rendeu 5,95% em 2020, pouco acima da inflação de 5,45% medida pelo INPC. Os fundos de pensão não aproveitaram o rali da Bolsa de Valores e continuaram preferindo a segurança da renda fixa.

Com esta montanha de dinheiro, podiam muito bem ser mais criativos e mais ousados e investir na economia real, com segurança e boa avaliação de risco, para fazer o patrimônio dos participantes crescer e melhorar sua aposentadoria e, ao mesmo tempo, ajudar o país a sair do buraco em que foi jogado, como tem defendido a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar). Diante da inércia e da queda da rentabilidade, é mais previsível que adotem a mesma solução de sempre, em vez de escolher a economia real: reduzir as taxas de juros atuariais e o valor dos benefícios a serem concedidos, transferindo o problema para as costas dos participantes.

*Foi presidente da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar), ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e atualmente é diretor de Seguridade da Previ

 

65% dos investidores ainda preferem bancos do que plataformas, mostra estudo

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A maior parte dos investidores brasileiros (65%) escolheu os bancos como primeira opção na hora de fazer suas aplicações e 35% indicaram as plataformas como preferência em fevereiro, segundo o Índice de Atendimento de Bancos e Plataformas, em levantamento feito pela empresa Toluna, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre os bancos, o Bradesco foi o melhor avaliado pelos clientes em fevereiro, seguido pelo Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Entre as plataformas a melhor avaliada foi a Easynvest, seguida pelo BTG Pactual e XP Investimentos.

Segundo o levantamento, que ouviu 628 investidores entre os dias 23 e 26 de fevereiro, apenas Banco do Brasil e Easynvest foram melhor avaliados pelos clientes em fevereiro em relação à janeiro. Todas as demais organizações sofreram redução na nota geral de avaliação pelos clientes.

Na avaliação geral, o índice caiu 2,19% em relação a janeiro, e os critérios de privacidade (-5,08%) e responsabilidade (-3,62%) foram os que mais contribuíram para esse resultado negativo.

Privacidade mostrou ser uma grande preocupação dos investidores no geral, principalmente pelas recentes notícias sobre vazamento de dados de brasileiros. Segundo o estudo, conduzido pelos professores Claudia Yoshinaga, Ricardo Rochman e William Eid, os bancos e plataformas precisam comunicar melhor suas medidas para proteger os dados dos seus clientes, caso contrário, a percepção de privacidade continuará caindo.

Quando analisados separadamente, o índice dos bancos caiu 0,27% em fevereiro enquanto nas plataformas a queda foi de 3,57%. O ponto positivo dos bancos, que ajudou a minimizar o recuo, foi o critério de aconselhamento, que subiu 2,78%.

As plataformas viram o critério de privacidade e aconselhamento tombarem 7,05% e 6,66%, respectivamente. Segundo o estudo, as turbulências no mercado de ações, que levaram à queda do Ibovespa pelo segundo mês consecutivo, podem ter influenciado os investidores a avaliarem negativamente o aconselhamento oferecido pelas plataformas.

De acordo com o professor William Eid, em geral, a solidez de grandes bancos costuma passar a impressão de maior confiabilidade aos clientes. “Assessoria de massa dos bancos é melhor do que das plataformas”, opina Eid, que vê os bancos lançando mão da digitalização como estratégia para fidelizar clientes ante a concorrência com plataformas e fintechs.

Fonte: Valor Investe

Apesar da pandemia, Previ fecha 2020 com resultado positivo

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Mesmo diante das incertezas em meio a uma pandemia mundial, a Previ fechou 2020 com resultados positivos e teve desempenho superavitário em seus planos de benefícios. O Plano 1 teve superávit de R$ 13,92 bilhões e rentabilidade acumulada de 17,20%. A rentabilidade do Previ Futuro foi de 6,61%, com um patrimônio de R$ 22,15 bilhões.

Segundo a Previ, apesar das perdas que os planos chegaram a ter logo no início da pandemia, fatores que fazem parte dos princípios da entidade como, a governança, a solidez da Caixa de Previdência e a resiliência das carteiras garantiram os resultados positivos.

A Caixa de Previdência ressalta ainda que, como a pandemia de Covid-19 ainda não acabou, o cenário econômico ainda é de instabilidade para 2021, mas o resultado positivo traz mais tranquilidade e equilíbrio para o futuro.

O Plano 1 teve desempenho acima da meta atuarial de 10,46%. O superávit acumulado de R$ 13,92 bilhões e o resultado positivo de R$ 11,54 bilhões refletem a solidez do plano de benefício e garantiu a liquidez para cumprir com o compromisso de pagamento dos benefícios.

Um dos destaques, de acordo com a Previ, foi o segmento de renda variável, com relevância entre os ativos da carteira para a Vale, que teve uma valorização de cerca de 70%. Outro ponto destacado pela Previ foram os investimentos no exterior que se sobressaíram e apresentaram rentabilidade mais alta entre os ativos. Com a atualização da Política de Investimentos do Plano, os limites para investimentos no exterior aumentaram, fato que, segundo a Caixa de Previdência, aumenta a chance de ter boas oportunidades.

Mesmo com a crise, a Previ ainda viu oportunidades e realizou a compra de grandes volumes de títulos públicos federais de longo prazo, as NTN-B, com perfil de vencimento semelhante ao passivo atuarial dos planos.

O Previ Futuro, considerado um dos maiores do mercado de previdência complementar fechada, alcançou em 2020, um patrimônio de R$ 22,15 bilhões em ativos totais e obteve resultado positivo, com rentabilidade consolidada de 6,61%. Apesar de ter atingido uma rentabilidade menor, o plano chegou a ter perdas de 12,14% em março de 2020, no início da pandemia do coronavírus.

O segmento de investimentos no exterior também foi destaque no Previ Futuro, apresentando um desempenho de 36,77% no ano. De acordo com a Previ, o valor da carteira no final de 2020 era de R$ 39,52 milhões, equivalente a 0,18% do total de investimentos do Plano. O segmento teve um aumento em 30% em 2020 e deve seguir crescendo em 2021, já que os limites de alocação alvo para o segmento subiram.

Tiveram destaques também no Previ Futuro os investimentos imobiliários com rentabilidade de 15,84% no ano.

Fonte: Agência ANABB