O Conselho de Administração do Banco do Brasil (BBAS3) encaminhará à deliberação da Assembleia Geral de Acionistas a proposta de desdobramento (split) de 100% das ações BBAS3.
Caso aprovada, a operação resultará na atribuição de uma nova ação para cada papel já emitido, informou a instituição na manhã desta sexta-feira (8) em fato relevante.
O desdobramento visa ampliar a quantidade de ações sem modificar o patrimônio do Banco do Brasil e a participação percentual dos acionistas, sendo efetivado após aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas.
A medida busca democratizar o acesso às ações do banco, especialmente para investidores pessoa física, em resposta ao expressivo crescimento no valor das ações do BB neste ano, em torno de 50%, como destacado pelo vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do Banco do Brasil, Geovanne Tobias, em comunicado à imprensa.
Por volta das 11h45 a ação BBAS3 reportava queda de 0,037%, cotada a R$ 53,85. O papel sobe 53,73 nos últimos doze meses.
O BTG Pactual (BPAC11), que tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 66 para BBAS3, afirma que o recente desempenho abaixo do esperado do banco em comparação com seus pares privados criou uma oportunidade para os investidores aumentarem suas posições.
Em 8 de novembro, o BB divulgou resultados do terceiro trimestre, que, apesar do lucro um pouco abaixo do esperado, levou as ações a caírem 4% no dia seguinte. A receita líquida foi novamente um destaque positivo, com a margem financeira, a receita de prestação de serviços e seguros superando as expectativas, gerando um efeito positivo para os resultados do próximo ano.
No terceiro trimestre de 2023 o BB informou lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões, representando um aumento de 4,5% em comparação com o mesmo período de 2022.
Quanto ao retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL ou ROE, na sigla em inglês), este atingiu 21,3% entre julho e agosto de 2023, apresentando uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.
O crescimento da carteira de crédito foi acompanhado por um aumento na inadimplência e nas provisões para lidar com possíveis inadimplências.
A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) alcançou 2,81% no terceiro trimestre, registrando um aumento de 0,47 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na comparação com o trimestre anterior, houve um leve aumento de 0,8 ponto.