Para Luiz Giacomini, líder de projetos de financiamento e soluções financeiras do Banco do Brasil, o novo modelo de financiamento de infraestrutura traz valor ao setor. A avaliação é de que cada agente está desempenhando o papel que lhe cabe, com maior participação do BNDES na estruturação dos projetos e com bancos comerciais na tomada de riscos de prazo mais curto.
“Esse novo modelo de financiamento de infraestrutura é complementar, não busca de forma alguma expurgar os agentes que já atuavam, mas convidar aqueles que não tinham assento à mesa no financiamento dos projetos”, afirmou Giacomini, durante o 15º Fórum Latino-Americano Brasileiro de Liderança Estratégica em Infraestrutura.
O executivo afirmou ainda que a inadimplência em linhas de longo prazo irá penalizar mais os bancos frente ao que se observa hoje. “Isso trará uma consciência maior dos bancos, para que consigam agregar valor nos investimentos em infraestrutura”.
Giacomini entende que os investidores institucionais terão maior apetite para a compra de debêntures de infraestrutura e que a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) incentivará a aquisição desses papéis.
O executivo também reforçou que a previsibilidade é “necessária e obrigatória” quando se trata de investimentos de infraestrutura, e avaliou que o governo e os setores financeiro e empresarial têm trabalhado para desenhar condições atrativas aos investidores.