Bancários do Banco do Brasil aprovam proposta durante assembleia

Publicado em: 03/09/2020

Os bancários do Banco do Brasil de São Paulo, Osasco e região aprovaram, por 79,38% dos votos, em assembleia virtual realizada entre domingo 30 e segunda-feira 31, a proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de dois anos, que garante reajuste de 1,5% e abono de R$ 2 mil em 2020, mais ganho real de 0,5% em 2021 sobre todas as verbas. Com a aprovação, todos os direitos clausulados no ACT do Banco do Brasil estarão garantidos pelos próximos dois anos.

“Diante da conjuntura adversa aos direitos dos trabalhadores causada por um governo de orientação privatista e neoliberal, os bancários do Banco do Brasil decidiram pela estabilidade e pela garantia de direitos frente a tudo o que a classe trabalhadora está perdendo”, enfatiza João Fukunaga, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

Mobilização garantiu recuos na retirada de direitos

Durante as sete rodadas de negociação e diante da mobilização dos trabalhadores, a empresa voltou atrás nas propostas que consistiam na redução da PLR e na diminuição dos ciclos avaliatórios da GDP para descomissonamento. A PLR do Banco do Brasil é composta pelo módulo Fenaban – uma parcela fixa – e o módulo Banco do Brasil, constituído pela distribuição de 4% do lucro líquido do banco de forma linear (igualitária) para todos os trabalhadores.

A proposta apresentada pela direção do banco nas negociações reduziria essa distribuição do lucro líquido de 4% para 2%. A redução da PLR para os salários de ingresso chegaria a 42%, por exemplo.

GDP permanece igual

Outra proposta apresentada pela direção do Banco do Brasil que representaria retirada de direitos consistia em acabar com os três ciclos avaliatórios da Gestão de Desempenho Profissional (GDP). O banco estava propondo apenas um ciclo avaliatório negativo para o descomissionamento.

Durante as negociações e diante da mobilização dos trabalhadores, o banco voltou atrás e manteve os 3 ciclos avaliatórios. “Agora, o foco tem de ser direcionado para uma campanha junto com a população em defesa do banco do brasil e da sua importância para o conjunto da sociedade, e não só uma campanha corporativista”, afirma Fukunaga.

Resumo das negociações com o Banco do Brasil

Reajuste salarial – conforme negociado na mesa única da Fenaban

Proposta inicial: reajuste ZERO.

Proposta final: 2020: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos. Garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). INPC sobre VR, VA, valores fixos e tetos da PLR.

2021: Reposição da inflação + 0,5% de aumento real para salários e demais verbas, como VA, VR e auxílio-creche.

Todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho e do Acordo Coletivo de Trabalho foram mantidos.

PLR

Proposta inicial: Redução da distribuição do lucro líquido (parcela linear) para 2%.

Após negociação: Mantida PLR como está no acordo atual (4% lucro líquido mais 45% salário, mais módulo variável determinado pelo Banco do Brasil por semestre).

GDP

Proposta inicial: 1 ciclo avaliatório para descomissionamento.

Após negociação: Mantidas as três avaliações negativas para descomissionamento por desempenho (3 GDPs).
Intervalo intrajornada

Proposta inicial: 15 a 30 minutos com registro para todos os funcionários de seis horas.

Após negociação: Até uma hora com registro apenas para quem fizer opção acima dos 15 minutos.

Faltas abonadas

Proposta inicial: 2020 e 2021 – cinco faltas não conversíveis e não acumuláveis.

Após negociação: Regra de transição, com conversão em pecúnia do saldo de abonos adquiridos a partir de primeiro de setembro de 2020. Os adquiridos a partir de primeiro de setembro de 2021 terão que ser usufruídos até agosto de 2022, inclusive nas férias, mas sem conversão em pecúnia ou acumulação. Os abonos já adquiridos e acumulados permanecem com as regras anteriores.

Folga Justiça Eleitoral

Proposta inicial: 60 dias para gozar a folga.

Após negociação: 180 dias para gozar a folga.

Prazo para realização de perícia psicológica

Proposta inicial: 12 meses.

Após negociação: Manutenção de 18 meses.

Horário de repouso

Proposta inicial: Apenas para atividades repetitivas.

Após negociação: Manutenção de atendentes de Sala de Auto Atendimento.

Outros pontos negociados

– Mesa sobre bancos incorporados a ser conduzida a iniciada a partir de outubro, com apresentação de pautas em setembro/2020.

– Mesa permanente sobre Teletrabalho e Escritórios Digitais.

– Mesa permanente sobre Saúde e Segurança.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil cancela assembleia geral ordinária e extraordinária

Publicado em: 02/04/2020

O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou na última quarta-feira (1) o cancelamento de sua Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária, marcada para o dia 30 deste mês. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da instituição em razão do avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19).

O BB destaca que, sendo assim, o edital de convocação publicado na última terça-feira (31) perdeu o efeito. A realização da AGO deverá ser em 30 de julho.

Prorrogação de dívidas de pequenas empresas pelo Banco do Brasil

O BB anunciou, no dia 23 de março, que iria prorrogar, por dois meses, o vencimento das parcelas de linhas de financiamento de micro e pequenas empresas.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Banco do Brasil, a providência foi tomada como forma de garantir a liquidez destas empresas em meio à pandemia do novo coronavírus. Com essa medida, as duas próximas parcelas a vencer poderão ser pagas somente na data de vencimento das dívidas. Ademais, a instituição financeira informou que os juros serão diluídos ao longo do cronograma de pagamento.

Fonte: Suno Research

BB convoca assembleia para 27 de novembro para discutir alterações em estatuto

Publicado em: 30/10/2019


O Banco do Brasil convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 27 de novembro para alterar diversos pontos do seu estatuto. Um deles é no artigo terceiro, estabelecendo que a gestão de recursos de terceiros poderá ser realizada mediante a contratação de sociedade coligada. Até então, só poderiam ser contratadas subsidiárias e controladas.

Na semana passada, o presidente do BB, Rubem Novaes, afirmou que está procurando um parceiro internacional para a gestora de ativos do banco, a BB DTVM. Segundo ele, o esquema deve ser parecido com o que está sendo feito na área de banco de investimento, em que o BB negocia uma parceria com o suíço UBS, que teria o controle da nova empresa a ser constituída.

Outra alteração a ser votada é no artigo 18, parágrafo sétimo, com a inclusão do inciso quarto. O novo trecho diz que o Ministério da Economia deverá indicar os membros independentes do conselho de administração, caso os demais acionistas não o façam, de forma a garantir o atingimento do percentual mínimo de 30%.

Além disso, o número máximo de integrantes da diretoria executiva será reduzido de 38 para 37, com o número de vice-presidentes caindo de dez para nove.

Fonte: Valor Econômico

Assembleia no dia 11 elegerá delegados para congresso do BB

Publicado em: 04/07/2019


O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região convoca os funcionários do Banco do Brasil para assembleia na quinta-feira 11 que vai eleger delegados para o 30º Congresso do Banco do Brasil. Na ocasião também será discutida a pauta para o Congresso, que será nos dias 1º e 2 de agosto.

A assembleia terá início às 18h30 e será realizada na sede do Sindicato, no Auditório Azul, situado à Rua São Bento, nº 413, Centro (próximo à estação São Bento do Metrô). O edital informando sobre a assembleia foi publicado na edição de número 6.199 da Folha Bancária.

O Congresso do Banco do Brasil são etapas importantes da campanha dos funcionários do banco. É nele que se discute a pauta de reivindicações dos bancários, a ser negociada com a direção do banco público.

O diretor do Sindicato Getúlio Maciel destaca a importância da mobilização e organização dos funcionários no momento atual no qual o conselho de administração da Cassi quer impor aumentos abusivos nas consultas e procedimentos médicos, e também para enfrentar as ameaças de encolhimento do Banco do Brasil representadas pelos planos de demissão voluntária e venda de ativos como BBDTVM e BB cartões.

“O Banco do Brasil está retrocedendo o neoliberalismo dos anos 90 quando a instituição financeira perdeu milhares de funcionário e encolheu de tamanho e atuação visando a sua privatização. Por isso, é fundamental que todos os funcionários se mobilizem e participam da organização e da resistência para barrar os ataques ao banco e ao funcionalismo. Participem da assembleia na quinta-feira 11 e ajudem na luta pela manutenção dos seus direitos.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Audiência pública vai discutir a privatização de bancos públicos no PI

Publicado em: 23/11/2017


Na próxima terça-feira (28), a Assembleia Legislativa do Piauí, vai realizar audiência pública no Plenarinho da Casa, com o objetivo de discutir a futura privatização dos bancos públicos, a exemplo do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste com representantes do Ministério Público do Piauí, Ministério do Público do Trabalho, a APCEF, a Contraf, a AABB, a FENAE e representantes de vários sindicatos. O encontro vai reunir em reunião conjunta das Comissões de Administração Pública e Política Social e de Infraestrutura e Política Econômica.

A deputada Flora Izabel (PT) é autora da proposta. Na justificativa, a parlamentar afirmou que, “é importante o debate, em razão dos bancos federais aos poucos estão deixando de financiar os projetos sociais”.

Segundo a parlamentar petista, os trabalhadores dos bancos públicos estão preocupados com o andamento dos processos de privatização das instituições de grande importância para a economia e desenvolvimento do país.

Para a deputada, trata-se de uma “privatização absurda porque, todos, são bancos lucrativos e de grande valor histórico e social para a economia”. Quem perde com isso é o cidadão que necessita dos serviços bancários.

Flora Izabel disse que “o trabalho da privatização já foi iniciado pelo governo federal, tendo em vista os financiamentos sociais começaram a ser afetados com os cortes dos recursos das habitações populares.

Além disso, o plano de demissões e de fechamento de mais de 400 agências só do Banco do Brasil são indícios claros de que a privatização já avança a passos largos.

Convidados – Foram convidados o Superintendente do Banco do Brasil, Pio Gomes de Oliveira Júnior; Francisco Elziomar Nunes Guimarães, Superintendente da Caixa Econômica Federal; Francisco das Chagas Lopes, Superintendente do Banco do Nordeste; Marcos Cortez Rufino, da AABB; Maria da Glória Araújo Silva, da APCEF.

Também participarão das discussões representantes do Ministério Público do Piauí, da FENAE, da CUT e do Ministério Público do Trabalho.

Fonte: Portal O Dia

Vale terá conselheiros independentes pela primeira vez no conselho

Publicado em: 29/09/2017


A pouco menos de um mês da eleição de dois representantes independentes para o Conselho de Administração da Vale, os candidatos estão em campanha eleitoral. Oficialmente, há duas chapas concorrendo com dois candidatos cada: uma apoiada pela gestora britânica Aberdeen e outra por um grupo de mais de dez acionistas, entre eles os fundos Tempo Capital e Geração Futuro L. Este último do empresário Lírio Parisotto, ex-companheiro da atriz e ex-modelo Luiza Brunet.

A assembleia será realizada em 18 de outubro, no Rio, e há expectativa de realização de debates para que os candidatos possam apresentar suas plataformas, como nas eleições para cargos públicos.

Além de poder influenciar as decisões da companhia, os eleitos terão um reforço nas suas contas bancárias. A previsão de remuneração dos membros do Conselho de Administração da Vale para 2017 é de R$ 8,1 milhões, segundo documento disponível em seu site. A conta considera 24 vagas (12 titulares e 12 suplentes), o que daria cerca de R$ 338 mil para cada um no ano.

 

Votação por maioria simples

 

Atualmente, a Vale tem dez conselheiros titulares e nove suplentes — um dos assentos de suplente está vago. O Conselho de Administração é dominado por representantes de acionistas que integravam o bloco de controle da companhia. São eles Litel (que reúne fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica Federal e Cesp), Bradesco e a japonesa Mitsui. Até agosto, esses acionistas detinham ações na Vale por meio da holding Valepar.

Com o objetivo de levar a empresa ao Novo Mercado, mais alto nível de governança da Bolsa, a mineradora passou por uma reestruturação societária, pela qual a Valepar deixou de existir, e a fatia daqueles acionistas foi reduzida a 44% das ações ordinárias (com voto). A eleição dos dois conselheiros independentes faz parte desse processo, pois é uma exigência do Novo Mercado.

Na chapa apoiada pela gestora Aberdeen estão Isabella Saboya, conselheira da Wiz Soluções, e Sandra Guerra, uma das fundadoras do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Na outra chapa estão Ricardo Reisen, conselheiro da Oi e da Light, e Marcelo Gasparino, conselheiro da Eletropaulo e da Eternit. Isabella e Reisen vão disputar uma das vagas pelo chamado processo de eleição majoritário, na qual os controladores podem votar e só votam donos de papéis ordinários. Sandra e Gasparino vão brigar pela vaga na votação em separado, em que só votam minoritários e em que os preferencialistas têm direito a voto.

Em ambos os casos, ganha quem tiver maioria simples. Na votação em separado, porém, há exigência de quórum mínimo (ações ordinárias que tenham ao menos 15% do capital social e ações preferenciais que representem ao menos 10% do capital social). Em abril, houve a primeira tentativa de eleger um conselheiro independente. Isabella, Sandra e Gasparino estavam na disputa, mas não houve quórum para levar a votação adiante.

Os quatro candidatos atuais já tiveram seus nomes incluídos no boletim de voto à distância, pelo qual acionistas podem votar sem necessidade de ir à assembleia. Esse mecanismo é relevante no caso da Vale porque muitos acionistas ficam fora do Brasil. A expectativa dos candidatos é com relação aos debates. A Glass Lewis, empresa especializada em orientação de voto, deve fazer um. Possivelmente, a Associação de Investidores de Mercado de Capitais (Amec) também fará o seu.

Pela Lei das S.A. é preciso ter ao menos 0,5% de ações ordinárias ou preferenciais para indicar um candidato.

Fonte: O Globo