Banco do Brasil reintegra cinco auditores que haviam sido acusados de fraudes

Publicado em: 16/09/2021

O Banco do Brasil reintegrou em seu quadros cinco dos sete auditores que foram afastados dos cargos acusados de “desvio comportamental grave e fraudes”. Pelas regras da instituição, eles ficariam afastados por um ano. Três assumiram cargos de executivos, com todos os benefícios trabalhistas, e dois retomaram cargos de gerência.

A reintegração dos auditores comprova, no entender de funcionários da própria instituição, que todo o processo de afastamento e demissão — dois executivos foram demitidos por justa causa e brigam na Justiça do Trabalho contra o BB — foi açodado. O entendimento é simples: se havia realmente algo errado, por que eles voltariam para o banco?

A reintegração dos auditores não encerra um processo aberto pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o caso contra o Banco do Brasil. O que se sabe é que a Corregedoria quer levar o processo contra o BB até o final.

Por enquanto, as investigações pela CGU sobre o afastamento e as demissões de auditores estão suspensas por meio da uma liminar obtida pelo Banco do Brasil. A instituição alegou à Justiça que o caso se trata de questões trabalhistas, não cabendo, portanto, à Controladoria se meter nesse caso entre patrão e empregados.

A CGU, contudo, não aceita esse argumento. Para a Corregedoria, o que se está investigando é se o BB seguiu os ritos normais do processo. Ao que tudo indica, houve muitas falhas na decisão de afastar e demitir os auditores. Se realmente tivesse havido “desvio comportamental grave e fraudes”, o banco não os teria reintegrado a seus quadros.

Além da CGU, o afastamento e as demissões de auditores em agosto de 2020 estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União. O procurador Lucas Furtado, representante do Ministério Público na Corte, vê sérios indícios de irregularidades no processo conduzido pelo BB.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

Controladoria da União anula demissão de auditores do Banco do Brasil

Publicado em: 14/01/2021

A Controladoria-Geral da União (CGU) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (13) a anulação parcial do processo interno do Banco do Brasil que demitiu dois auditores no ano passado. Com isso, eles deverão ser readmitidos.

A demissão causou polêmica e virou objeto de investigação pelo Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU). Isso porque os demitidos denunciaram o que consideraram interferências políticas na cúpula do banco na gestão de Rubem Novaes em 2019. A denúncia acusou, por exemplo, a cúpula de operar para evitar apurações sobre assuntos sensíveis do banco. Essa ação ainda tramita no TCU.

No entanto, em outra frente, dois deles apresentaram um recurso à CGU, cuja decisão saiu hoje. O órgão viu fragilidade no processo de demissão dos auditores, cancelou e suspendeu seus efeitos e, ainda, resolveu abrir um processo próprio para analisar o mérito do recurso.

O Banco do Brasil afirmou, em nota, que “solicitará esclarecimentos à Controladoria Geral da União, com vistas a uma melhor compreensão dos seus fundamentos, e reafirma a correção dos procedimentos adotados no âmbito do seu controle disciplinar que contaram com a participação de auditoria independente na investigação dos fatos”.

Procurado, Rubem Novaes disse achar “positivo que a CGU examine também a questão”.

Fonte: CNN Brasil