CGU investiga demissões de comitê de auditoria do Banco do Brasil

Publicado em: 22/04/2021

A CGU (Controladoria Geral da União) investiga se a cúpula do Banco do Brasil agiu de má-fé na demissão dos 2 principais dirigentes do Comitê de Auditoria Interna no final de 2020. A informação é da Folha de S.Paulo, que teve acesso a documentos do processo, que está sob sigilo.

O auditor-geral Aureli Balestrini e seu principal assessor, Alexander Alves Pires, que foram demitidos por justa causa, recorreram à Justiça.

O Banco do Brasil afirma que ambos fraudaram as regras do programa de desligamento do banco, permitindo que mais pessoas da própria auditoria saíssem ganhando um bônus. Com isso, o banco gastou cerca de R$ 2 milhões a mais.

Eles negaram as fraudes e recorreram à CGU e ao TCU (Tribunal de Contas da União). Aos órgãos, ambos disseram que havia um plano por parte da cúpula do BB e de seu conselho administração para acabar com o trabalho da auditoria interna.

No início deste ano, a CGU anulou o processo da demissão pela forma como foi conduzido, mas ainda analisa o mérito. Nesse período, o banco reintegrou 3 assessores do comitê que tinham sido afastados.

Aureli Balestrini e seu principal assessor afirmam nos processos que os problemas começaram porque eles questionaram negócios feitos pelo BB que teriam gerado perdas ao banco.

O TCU (Tribunal de Contas da União) investiga se houve prejuízo em duas dessas operações: a venda de carteira (empréstimos do BB) para o BTG Pactual por cerca de R$ 300 milhões; e a parceria do BB Investimentos com o UBS.

Segundo a Folha, no 1º caso, Balestrini e o assessor afirma que havia dívidas de clientes do BB no pacote de créditos vendidos ao BTG que seriam facilmente recebidas se fossem cobradas pelo próprio banco. Ou seja, com a venda de “créditos bons”, o BB deveria ter pedido mais do que pagou o BTG.

Já no 2º caso, segundo os auditores, na parceria com o UBS os ganhos previstos seriam de cerca de R$ 78 milhões. O BB, com equipe própria, conseguiria gerar R$ 70 milhões em ganhos.

Aureli Balestrini conseguiu uma liminar determinando que fosse readmitido. O Banco do Brasil recorreu, mas perdeu. Balestrini foi readmitido, mas em uma posição inferior, com salário menor.

Ao TCU, o banco negou qualquer irregularidade. Disse que houve disputa pela carteira e que só havia créditos de difícil recuperação, uma das especialidades do BTG.

Sobre a parceria com o UBS, afirmou que mira um horizonte de longo prazo e que o banco suíço tem tradição nesse ramo de negócio. Em conjunto com o BB, poderá ampliar a carteira de clientes e os ganhos para a instituição.

Procurados pela Folha, o Banco do Brasil e os 2 auditores não quiseram comentar sobre o assunto. Alegaram que os processos correm sob sigilo.

Procurada pelo Poder360, a CGU não se manifestou sobre o caso até a publicação desta reportagem.

Com a saída de Rubem, por questões pessoais, o BB passou a ser presidido por André Brandão, ex-presidente do HSBC. Diante da agenda de desligamentos de funcionários e fechamento de agências, foi demitido por Jair Bolsonaro, que escolheu Fausto Ribeiro por ser mais “afinado com ele”. Tido como bolsonarista, ele dirigia o braço de consórcios do BB.

Fonte: Poder360

 

CNN Brasil divulga dissolução de auditoria interna do BB; banco nega

Publicado em: 20/08/2020

Uma notícia veiculada pela CNN Brasil no dia 17 de agosto dava conta de que o Conselho de Administração do Banco do Brasil destituiu todos os servidores do Comitê da Unidade Auditoria do banco, órgão responsável pelas investigações de denúncias contra funcionários do banco. Dos seis funcionários do comitê, dois foram demitidos do banco —inclusive o chefe da auditoria, Antonio Balestrini— e outros quatro foram remanejados internamente.

Fontes teriam dito à CNN que foi descoberto o favorecimento irregular de funcionários em planos de demissão da empresa. A medida ocorreu na sexta-feira, no mesmo dia em que foi anunciado o novo presidente do BB, André Brandão.

Em comunicado distribuído ao mercado, o BB afirma que, com o intuito de esclarecer informações equivocadas divulgadas pela imprensa, comunica que houve alteração nos membros do Comitê da Unidade Auditoria Interna. A instituição afirma também que o comitê permanece em pleno funcionamento e em nada modificou suas funções e competências dentro da organização.

Fonte: CNN Brasil

BB contrata auditoria para licitação de publicidade em andamento

Publicado em: 15/08/2018

O Banco do Brasil contratou a KPMG para auditar licitação de publicidade que está em andamento. Em julho, algumas agências questionaram certas exigências do edital, como o valor estipulado do patrimônio líquido das empresas.

A instituição financeira deverá gastar até R$ 500 milhões com a contratação de quatro agências de publicidade. Cinco agências se mostraram interessadas no contrato: NBS, Heads, WMcCann, LewLara/TBWA e Master.

Fonte: Época Negócios

Empréstimos de bancos públicos são alvo do Tribunal de Contas da União

Publicado em: 16/03/2018

Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) farão uma inspeção em documentos da Caixa, do Banco do Brasil, do BNDES, do Banco Central e do Tesouro Nacional para analisar o histórico de empréstimos concedidos a Estados e municípios sem a garantia da União. Essas transações são consideradas mais arriscadas para as instituições financeiras e são alvo de auditoria da Corte de contas após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que a Caixa estava aceitando garantias ilegais nessas operações. A varredura foi autorizada pelo ministro José Múcio Monteiro, relator do processo.

O ministro também determinou que todos os bancos públicos, o BC e o Tesouro se manifestem em até cinco dias sobre o pedido do Ministério Público do TCU para suspender de forma cautelar essas operações, diante do risco para as contas públicas.

O relator quer ouvir todos os interessados antes de decidir, mas, caso a solicitação seja acolhida, será um entrave à intenção do BNDES de conceder empréstimos sem garantia da União para que Estados e municípios possam investir em segurança pública.

A Caixa é o único banco até agora que suspendeu a concessão de empréstimos sem garantia, por determinação de seu Conselho de Administração, presidido pela secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi.

O Banco Central editou no início de fevereiro uma medida para exigir uma reserva maior de capital para fazer frente a esses empréstimos. Na prática, elevou a régua para dificultar a execução desse tipo de operação e mitigar os riscos para as instituições financeiras. Mas a mudança, na visão do MP-TCU, não “valida” as operações passadas.

Procurado, o Banco do Brasil informou que todos os empréstimos concedidos a Estados e municípios “possuem aval do Tesouro ou garantias com níveis de liquidez e de segurança semelhantes, como recebíveis ou aplicações financeiras mantidas em custódia no banco”.

A Caixa informou que ainda não foi notificada oficialmente do pedido do TCU e ressaltou que, quando receber a comunicação, se manifestará no prazo legal. A reportagem também procurou BNDES, Tesouro e Banco Central, mas nenhum retornou até o fechamento da edição.

Fonte: Época Negócios

BB faz auditoria sobre crédito para a Odebrecht

Publicado em: 03/08/2017

Apesar da informação, dada em delação por Marcelo Odebrecht, de que não atendeu a um pedido de propina de Aldemir Bendine quando ele ocupava a presidência do Banco do Brasil, a Odebrecht Agroindustrial obteve crédito de R$ 1,7 bilhão com o banco estatal após o pedido de comissão do executivo. Um segundo pedido de empréstimo de R$ 1,2 bilhão, porém, foi negado meses depois. Atualmente, o BB conclui auditoria interna sobre todos os créditos concedidos à empresa e entregará ao Ministério Público Federal o resultado dessa investigação.

Uma fonte que acompanha o tema no BB informou ao Estadão/Broadcast que o empréstimo de R$ 1,7 bilhão foi aprovado para a subsidiária da Odebrecht quase um ano após o pedido feito pela empresa do setor agroindustrial. Com a decisão, foi renovado o crédito mais antigo que estava próximo do vencimento – operação conhecida como “rolagem” do financiamento. Segundo a fonte, o novo empréstimo teve aumento das garantias e juro mais elevado. A subsidária está pagando em dia as parcelas do crédito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Portal Revista Isto É