Avanço sobre substituições no BB é positivo, mas ainda insuficiente

Publicado em: 25/07/2023

O Banco do Brasil anunciou, recentemente, nos seus canais internos, uma antiga e permanente reivindicação dos trabalhadores desde 2007, que é a volta do pagamento das substituições nas unidades de negócios, chamado agora pela empresa de “designação interina”.

Os bancários do BB podem substituir, nas áreas de negócios (agências varejo e alta renda), os Gerentes de Serviços, de Relacionamento e Supervisores de Atendimento, após 10 dias úteis de afastamento da pessoa substituída em situação de férias, licença-saúde, abonos e folgas.

“Avaliamos de forma positiva a decisão do banco, que vem ao encontro de uma reivindicação histórica do movimento sindical e dos funcionários da empresa. Mas ainda insuficiente porque não contempla o pagamento das substituições desde o primeiro dia de afastamento, como era no início. Além disso, a possibilidade de substituir não contempla a todos: os funcionários das áreas de apoio e direção geral, e toda a cadeia subordinante, além de escriturários, não podem substituir assistentes, e o ideal é que eles também pudessem”, destaca Getúlio Maciel, dirigente sindical e representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB pela Fetec-SP

O dirigente pondera, porém, que desde a perda desse direito, há quinze anos, o movimento sindical vem conquistando avanços sobre o tema nas últimas campanhas salariais, tais como o pagamento de substituições na ausência de gerentes de módulos da PSO, e para aqueles que substituem gerentes de agências em unidades de negócios com poucos funcionários (cláusula 31ª do Acordo Coletivo de Trabalho do BB).

“Ainda esperamos que o banco faça mais avanços nesse sentido, inclusive por ocasião das mesas permanentes, que irão tratar sobre o tema, a partir de setembro desse ano”, completa Getúlio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancários do BB protestam por teletrabalho e medidas de proteção contra covid-19

Publicado em: 28/01/2022

Os funcionários do Banco do Brasil, ao lado dos seus sindicatos, fizeram nesta quinta-feira 27 de janeiro um ato em todo o país (Dia Nacional de Luta) para protestar pela implementação do teletrabalho (home office) e dos protocolos de segurança sanitária contra covid-19 e Influenza (H3N2); e contra a direção do BB, que vem priorizando as metas e o lucro em detrimento da saúde e da vida de clientes e trabalhadores.

Foram realizados atos em agências e centros administrativos por todo o país. Muitos funcionários usaram a cor preta em protesto contra a atitude negligente e negacionista da direção do banco.

Em São Paulo, os atos se concentram no Centro Empresarial São Paulo (Cenesp); no Prédio Verbo Divino; no Prédio Centro (SAC-BB); e em agências e departamentos do eixo da Avenida Paulista, onde também ocorreu uma atividade lúdica com uma atriz representando uma bancária com covid-19 sendo transportada em uma ambulância, a fim de chamar a atenção da população para o descaso do banco frente ao aumento de casos de Covid-19 entre os bancários. No final da manhã foi realizada uma manifestação virtual, no Twitter e demais redes sociais, com a hashtag #DiaDeLutaBB.

Em dezembro, mesmo diante do evidente cenário de aumento de transmissões da covid-19, a direção do BB insistiu em acabar com o home office. E, no início de janeiro, sem nenhuma negociação com o movimento sindical – e já com o número de infecções aumentando exponencialmente no banco, e de internações batendo recordes no Brasil –, o comando da empresa divulgou um novo Manual do Trabalho, sem o item que previa o encerramento do expediente em unidades, na hipótese de confirmação de trabalhador contaminado nas últimas 72 horas.

Justiça manda retomar home office no DF

A 22ª Vara do Trabalho de Brasília determinou que o Banco do Brasil faça a imediata alocação para o home office de empregados que estavam nesse regime de trabalho em 2021. Em decisão expedida na noite de quarta-feira (26/1), a juíza do Trabalho substituta Natalia Queiroz Cabral Rodrigues concedeu a liminar para assegurar o retorno de trabalhadores do BB ao modelo de serviço remoto. O Banco do Brasil tem 48 horas para atender à decisão, a partir da intimação.

A magistrada também determinou a suspensão do expediente presencial nas agências bancárias do BB em que forem confirmados casos de Covid-19. A decisão vale por dois meses e poderá ser revista após esse prazo.

“O período ora determinado [de dois meses] compatibiliza-se com a situação de saúde hoje presente no Distrito Federal e com a proximidade do feriado do Carnaval – que, segundo as autoridades competentes, deverá aumentar o número de casos”, escreveu a juíza na decisão.

A magistrada atendeu ao pedido do Sindicato dos Bancários de Brasília, representado pelo advogado Paulo Roberto Alves da Silva, do escritório LBS Advogados.

“A Justiça do Trabalho demonstra estar acompanhando o quadro de saúde pública desencadeado pela variante Ômicron, protegendo o valor fundamental que é a saúde e a integridade, em última análise, a vida do trabalhador”, disse Silva à coluna.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, disse à Grande Angular que há casos de empregados que continuam trabalhando mesmo com diagnóstico de Covid.

“O Banco do Brasil e a Caixa, alinhadas com o governo federal nesse negacionismo, têm negligenciado os protocolos, de forma que a gente localizou colegas com Covid trabalhando em ambiente presencial. Tem agência de 35 funcionários, dos quais 30 estão afastados. Isso inviabiliza o tratamento”, afirmou.

Em nota enviada à coluna, o Banco do Brasil disse que, quando for notificado oficialmente, avaliará a adoção das medidas cabíveis.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região com Metrópoles

Protesto em Sapopemba marca defesa do Banco do Brasil em SP

Publicado em: 07/07/2021

Uma agência do Banco do Brasil, no bairro de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, foi palco de protesto em defesa do banco público. A atividade foi deflagrada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região nesta segunda-feira 5

“Denunciamos à população o desmonte que o Banco do Brasil vem sofrendo nos últimos anos, com o fechamento de milhares de postos de trabalho e centenas de agências pelo país. Dialogamos sobre a importância do banco público para o comércio, os empregos e a movimentação da economia em regiões como Sapopemba, que fica na periferia, onde muitas vezes os bancos privados não têm interesse de operar, porque não trazem o retorno financeiro considerado suficiente, por visarem exclusivamente o lucro”, afirma o dirigente sindical e bancário do Banco do Brasil Antonio Netto.

“Importante destacar que, de uma forma geral, Sapopemba é uma região muito populosa e muito carente de serviços públicos. É um dos bairros recordistas de mortes em decorrência da covid-19 e um também um dos mais pobres de São Paulo. E, mesmo assim, o Banco do Brasil está presente na região, concedendo crédito mais acessível para os pequenos comércios, via Pronampe, ainda que operando com sobrecarga, em uma agência que convive diariamente com filas muito grandes por causa do número insuficiente de bancários para o atendimento: apenas seis. Um resultado direto do processo de sucateamento que o banco público vem enfrentando desde 2016, com seguidos planos de demissão voluntária e fechamento de unidades bancárias”, acrescenta Antonio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Contra desmonte, bancários do BB em todo país paralisam atividades

Publicado em: 29/01/2021

Com 89.76% dos votos favoráveis, os bancários da ativa do Banco do Brasil, da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, aprovaram em assembleia virtual a realização de paralisação por prazo determinado, das 00h às 23h59 de sexta-feira 29. A paralisação, que ocorre em todo o país, é contra a reestruturação anunciada recentemente pela direção do banco, que prevê fechamento de centenas de unidades, desligamento de milhares de trabalhadores, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa.

“Mais uma vez, como não poderia deixar de ser diante da atual conjuntura de desmonte do BB e ataques aos direitos dos funcionários, os bancários e bancárias do banco público da base do Sindicato reafirmaram a sua disposição para a luta. Na sexta-feira 29, todos iremos cruzar os braços, de agências ou departamentos, trabalhando presencialmente ou em home office. Juntos somos mais fortes”, enfatiza a dirigente do Sindicato e bancária do BB, Adriana Ferreira.

“O Sindicato reconhece o grave momento da pandemia de coronavírus. Portanto, não será possível a realização de piquetes em todos os locais e muito menos aglomerações. O Sindicato está preparado para dar o suporte necessário para a paralisação, mas a adesão deve ser voluntária e responsável, sempre com a utilização de máscaras e respeitando o distanciamento social”, acrescenta.

Uma das principais críticas dos trabalhadores é a redução salarial de até 40%. “A perspectiva é de revertermos essa desestruturação com fechamento de agências e demissão em massa, principalmente com a evolução da entrada em cena também de atores sociais e políticos em defesa do Banco do Brasil como instituição pública indissociável da vida dos brasileiros e do processo de desenvolvimento do nosso país”, disse ao Metrópoles o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília , Kleytton Morais, que acrescentou que a paralisação vai envolver todos os estados do Brasil.

A paralisação ainda luta contra a privatização do Banco do Brasil . “Temos como objetivo avisar toda a população que vai ficar desassistida dos serviços bancários, uma vez que vários municípios brasileiros têm apenas a nossa agência em operação. Isso obriga o pequeno agricultor, por exemplo, andar dias e mais dias em busca de uma operação”, completou o presidente.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região com Portal IG

 

Bancários do BB aprovam acordo que garante direitos na pandemia

Publicado em: 03/07/2020

Os bancários do BB aprovaram, em assembleia virtual, o acordo emergencial que garante direitos aos trabalhadores da instituição pública durante a pandemia de coronavírus. A votação online – por meio de link no site do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, disponível das 8h de quarta 1 até 22h de quinta 2 – contou com 1.884 votantes da base da entidade, dos quais 82.43% aprovaram o acordo.

O acordo, reivindicado e negociado pelo movimento sindical, prevê compromisso de não descomissionamento por desempenho enquanto durar a pandemia; anistia de 10% do saldo total de horas negativas a compensar; prazo de compensação de horas negativas de 18 meses; e abono dos dias 7, 8, 9, 28 e 29 de abril para funcionários autodeclarados do grupo de risco e coabitantes (quem mora com pessoas do grupo de risco) que estavam à disposição do banco nessas datas.

Prevê ainda que o período de férias em aquisição, que de acordo com a MP 927 pode ser antecipado durante a pandemia, seja de apenas 15 dias, ao invés de ser compulsoriamente determinado pelo banco, que na maioria das vezes determina que seja de 30 dias, à revelia do trabalhador.

O compromisso de não descomissionamento por desempenho terá a mesma validade do decreto de calamidade pública do governo federal, que a princípio é 31 de dezembro. O acordo prevê que caso o decreto seja prorrogado ao final do ano, o compromisso de não descomissionamento consequentemente também será prorrogado.

“O acordo, conquistado pelo movimento sindical, garante proteção aos direitos dos funcionários, ameaçados pelas medidas provisórias editadas pelo governo Bolsonaro durante a pandemia, e que colocam o peso da crise econômica sobre o trabalhador, em especial as MPs 927 e 936. É fundamental que, durante a pandemia, os trabalhadores tenham garantia de não redução salarial. Trata-se, portanto, de uma conquista, fruto da organização e união dos trabalhadores em seus sindicatos”, afirma o dirigente sindical da Fetec-Cut/SP e representante da Comissão de Empresa do BB, Getúlio Maciel.

Getúlio destaca ainda que a participação dos funcionários do BB foi massiva. “A votação online foi expressiva, e número de “sim” ultrapassou 80%, o que demonstra que o acordo foi acertado.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região