BB e Rico tem a melhor avaliação em qualidade de atendimento em abril

Publicado em: 24/06/2021

Levantamento do FGVcef (Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), em parceria com a Toluna, empresa que fornece insights em tempo real sobre os consumidores, revela que o Banco do Brasil é o banco que tem a melhor avaliação por seus clientes em abril, seguido pelo Itaú. Entre as plataformas, a Rico foi a melhor, seguida pela Inter e Nubank+Easyinvest.

O IQA FGV TOLUNA, como é chamado o levantamento, foi baseado em 706 entrevistas com investidores realizadas entre os dias 20 e 30 de Maio de 2021.

Outro ponto importante do levantamento é que o Índice de Qualidade de Atendimento de Bancos e Plataformas caiu 1,45% em maio, na comparação com abril. Os critérios Aconselhamento (1,17%) e Realização (0,05%) tiveram a melhor evolução. Por outro lado, Lealdade (−3,62), Valor Percebido (−2,88) e Privacidade (−2,69), foram os piores avaliados.

“Destacamos que Privacidade vem sendo um tópico de muita preocupação de clientes, considerando o âmbito da LGPD e também de históricos de vazamento de dados”, disse o FGVcef.

Fonte: Space Money

Banco do Brasil traça estratégia de olho em rivais privados

Publicado em: 29/01/2020

O Banco do Brasil planeja uma série de iniciativas para competir melhor com rivais privados, depois que o presidente Jair Bolsonaro descartou planos de privatizar a instituição, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com o assunto. O plano inclui alterar as regras de emprego para facilitar a contratação e demissão de funcionários do banco e remover algumas restrições salariais, manter dividendos em patamares elevados a partir da venda de ativos e fechar parcerias com fintechs e outras startups, disseram essas pessoas, que se recusaram a ser identificadas porque o plano ainda não é público.

As iniciativas foram aprovadas pelo conselho de administração do banco, afirmaram duas das fontes. O jornal Valor Econômico divulgou, na quinta-feira, o plano do banco de formar joint ventures com fintechs, mas os outros detalhes não foram informados anteriormente.

Alguns pontos do plano ainda dependem de aprovações do governo para avançar e podem ser de difícil aprovação política, além de enfrentar resistência dos quase 94 mil empregados do Banco do Brasil, como é o caso das mudanças salariais e nas regras de demissão.

As fontes disseram que as conversas com o Ministério da Economia sobre regras de emprego começaram no ano passado e que qualquer mudança provavelmente se aplicaria a outras empresas controladas pelo Estado. No entanto, o resultado dessas discussões permanece incerto.

O Banco do Brasil se recusou a comentar o assunto. O Ministério da Economia negou que mudanças na forma como as empresas estatais contratam e demitem estejam em discussões. Mas duas fontes do ministério disseram à reportagem que as conversas estão acontecendo na secretaria especial de Desestatização, comandada por Salim Mattar. Uma dessas fontes acrescentou que as discussões são preliminares.

Falhas em promessas

O plano do Banco do Brasil para ganhar competitividade ilustra como a realidade da política brasileira torna mais lenta a agenda do presidente Bolsonaro. Ele assumiu como presidente em janeiro de 2019 com a promessa de reduzir o papel do governo na maior economia da América Latina, mas tem falhado em algumas promessas.

Logo após assumir o cargo, seu governo instalou uma nova administração no Banco do Brasil, o segundo maior banco do País em ativos, com um valor de mercado de R$ 146 bilhões, além de iniciar uma série de desinvestimentos.

Hélio Magalhães, que anteriormente chefiava o Citigroup e a American Express no Brasil, foi nomeado presidente do conselho. Rubem Novaes, economista formado na Universidade de Chicago e acadêmico a maior parte de sua vida, assumiu a presidência-executiva.

A administração do banco defendeu publica e privadamente, e também por meio do Ministério da Economia, que o governo precisava deixar sua posição de controlador no banco para permitir que ele competisse melhor com rivais como o Itaú Unibanco, Bradesco e Banco Santander Brasil. A avaliação da alta cúpula do Banco do Brasil é de que a instituição poderia rapidamente ficar atrás de tais rivais se não fosse ágil em oferecer aos clientes novos produtos, trazer mais tecnologia e reter e contratar talentos.

Bolsonaro, no entanto, rejeitou a ideia, em parte, por acreditar que enfrentaria oposição de membros do Congresso cujos integrantes representam áreas que dependem fortemente da instituição, disse uma das fontes. O Banco do Brasil é o maior banco do País em crédito rural e, muitas vezes, é dono da única agência de cidades pequenas.

Bolsonaro não se pronunciou imediatamente sobre o assunto. Em dezembro, o presidente disse a jornalistas que as discussões sobre a privatização do banco eram um assunto encerrado. (Reuters)

Fonte: Diário do Comércio