Goiás é o Estado líder no País em imóveis retomados por bancos

Publicado em: 07/04/2022

Goiás é líder no País em número de imóveis retomados por bancos. Isso é o que mostra mapeamento realizado pelo Banco BTG Pactual e pela proptech Resale, que considera dados dos cinco principais bancos que atuam no País sobre os Bens Não de Uso (BNDUs). Entre as cinco cidades que somam maior quantidade de casos, quatro são do Estado, todas do Entorno do Distrito Federal. Depois do Estado, aparecem cidades do Rio de Janeiro.

São elas Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental e Planaltina. Em quinto, está São Gonçalo (RJ). Sendo que esse ranqueamento divulgado recentemente considera os dados da Caixa Econômica Federal – que detém 66% dos retomados no País – para o quarto trimestre de 2021. De acordo com o CRO (Diretor de Receitas) da Resale, Igor Freire, os municípios goianos aparecem como campeões em quantidade desde o balanço do quarto trimestre de 2020.

Desses imóveis retomados, a maior parte são casas (83,2%), com predomínio de apenas dois quartos (85,6%) e uma vaga na garagem (82,4%). Esse perfil é semelhante à média brasileira. O mapeamento mostra que, a partir das bases das cinco principais e maiores instituições financeiras públicas e privadas, ao final de 2021 eram 36.478 imóveis retomados e disponíveis para venda no Brasil, avaliados em R$ 6,2 bilhões.

Fonte: Pode Goiás

Minerar dados é prioridade estratégica para bancos em 2022

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A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária chegou à sua 30ª edição e revela que para 78% dos bancos a análise e a exploração dos dados obtidos via Open Finance, sistema que cria novos modelos de negócios digitais com o uso de APIs (sigla em inglês para interfaces de programação de aplicativos), são uma prioridade. A entidade informa ainda que, agora, o estudo será divulgado em três fases: essa primeira com dados de aposta de tecnologia. A segunda etapa irá revelar e detalhar os investimentos feitos em tecnologia pelos bancos em 2021; na terceira parte será divulgado um raio-x das transações bancárias feitas pelos brasileiros no ano passado.

O relatório mostra que as temáticas da cibersegurança e da segurança da informação atraem olhares significativos das instituições financeiras. Anualmente, os bancos investem, em média, cerca de 10% de seu orçamento de tecnologia da informação (TI) à segurança cibernética — valor que pode ser estimado em R$ 2,5 bilhões. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, não escondeu o clima pesado entre bancos e fintechs.

“Não iniciamos ontem. Foram os bancos brasileiros, e não as fintechs ou as startups, que, ao longo das últimas três décadas, estiveram e continuam na vanguarda da tecnologia bancária mundial. Ser digital, inovador e moderno, e sobretudo seguro e confiável, sempre esteve no DNA dos bancos. Não transigimos com isso”, afirmou, no comunicado enviado à imprensa.

“A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar mais de 100 bilhões de transações a cada ano com segurança. Os bancos contam com o que há de mais moderno em relação a segurança cibernética e prevenção a fraudes e usam tecnologias de ponta em processos de prevenção de riscos para que milhões de pessoas continuem fazendo suas operações financeiras do dia a dia com comodidade e tranquilidade, sem precisarem sair de suas casas”, complementou o executivo.

Inteligência Artificial

Ao lado da cibersegurança e da segurança da informação, outra prioridade apontada na pesquisa, a Inteligência Artificial, tem revolucionado os serviços bancários e está aproximando os bancos de seus clientes, permitindo que o atendimento fique cada vez mais personalizado e consultivo. Todas as instituições participantes esperam aumentar seus investimentos neste ano nessa área.

As aplicações de IA são usadas em interações para aprimorar a experiência do cliente nos canais digitais, por meio dos chatbots e assistentes virtuais. Aqui, os robôs são dotados da capacidade de “pensar” como seres humanos, o que inclui tomar decisões a partir do cruzamento de dados. Com isso, ajudam a tirar dúvidas, fornecer informações, auxiliar em consultas e até sugerir investimentos. A tecnologia também tem sido muito usada pelos bancos na parte de crédito e de cobrança e no processamento de regras para controle de acesso e em sistemas antifraude.

Os robôs não são apenas assistentes virtuais que ajudam clientes em suas operações, mas também atuam nos bastidores das instituições financeiras. Segundo a pesquisa, a eficiência operacional sempre estará na agenda dos bancos e, por isso, a automação é relevante. A simplificação e a redefinição de processos tradicionais via automação ou robotização podem levar a ganhos de eficiência e de controle e segurança.

Open Finance

O Open Finance, começou a ser implementado no Brasil em fevereiro do ano passado, é prioridade para 78% dos bancos em sua agenda de tecnologia para 2022, no que se refere a análise e exploração dos dados compartilhados pelos clientes. “No Open Finance, Inteligência Artificial e Cloud serão fundamentais na criação das capacidades necessárias para que os bancos explorem o valor dos dados compartilhados. As estratégias das instituições financeiras começam a ser articuladas e espera-se que a adoção dos clientes aumente à medida que os consumidores percebam os benefícios do compartilhamento”, avalia Sérgio Biagini, sócio-líder para a indústria de serviços financeiros da Deloitte.

Participaram da parte quantitativa deste primeiro volume do levantamento 24 bancos, que correspondem a 90% dos ativos bancários do Brasil; 34 executivos atuantes na área de tecnologia bancária de 18 bancos concederam as entrevistas para a parte qualitativa.

Fonte: Convergência Digital

 

Assaltos a bancos no país caem 36% em 2021, argumenta Febraban

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O número de assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias caiu 36,2% em 2021 na comparação com o ano anterior, passando de 58 para 37 ocorrências. A informação foi divulgada hoje (5) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base em um levantamento feito com 17 instituições financeiras, que representam juntas 90% do mercado bancário do país.

As ocorrências de ataques a caixas eletrônicos também apresentaram queda na comparação entre os dois anos, passando de 434 para 266 notificações, o que representou recuo de 38,7%.

Em 21 anos, o número de ocorrências de assaltos a banco caiu 98%. Já os ataques a caixas bancários vêm registrando tendência de queda há sete anos. Em 2014, esse tipo de ataque registrou o pico, com 3.584 ocorrências. Comparando os números de 2014 e 2021, o recuo foi de 92,5%.

“O setor bancário está fortemente empenhado em ações tecnológicas e novos produtos que reduzem a necessidade do uso de dinheiro em espécie e em grandes quantias, o que tem sido fundamental para desestimular as ações criminosas, das quais os bancos também são vítimas”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Segundo a entidade, para impedir os crimes, os bancos brasileiros têm investido R$ 9 bilhões ao ano em segurança, o triplo do que era gasto há dez anos. Os bancos também têm investido em canais digitais, o que reduz a necessidade de manuseio de dinheiro em espécie pelo cliente nas agências.

Fonte: Agência Brasil

Nova geração chega às empresas e pressiona bancos por ESG

Publicado em: 01/04/2022

Os bancos de atacado, que atendem grandes empresas, estão sendo pressionados por seus clientes para que invistam em produtos e serviços alinhados com a economia “verde”. A conclusão é de um estudo realizado pela NTT Data, consultoria de TI e inovação, sediada em Tóquio, que conversou com mais 800 executivos de alto escalão em 12 países, incluindo o Brasil.

Para 48% dos entrevistados, temas ligados a meio ambiente, social e governança (ESG, na sigla em inglês) se tornaram fundamentais nos bancos de atacado. É uma resposta a demandas de uma geração mais jovem que ocupa cargos executivos nas empresas e tem aumentado desde o início da pandemia. Entre os bancos consultados, 44% já estão investindo nessa frente.

A mudança geracional entre o empresariado no mundo, somada à perspectiva de recuperação com o arrefecimento da pandemia, aceleraram a adoção de tecnologia e mudaram fundamentalmente o setor bancário. O estudo mostrou que 85% dos bancos trabalham globalmente para melhorar seus sites e aplicações e 57% deles usam inteligência artificial em processos contra lavagem de dinheiro (Prevenção à Lavagem de Dinheiro) e para conhecer melhor os clientes.

Fonte: Estadão

Governo estuda elevar tributo sobre bancos para compensar Refis do Simples

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O governo avalia a possibilidade de elevar a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras para compensar o impacto gerado pela derrubada de veto presidencial a um programa de refinanciamento de dívidas tributárias para micro e pequenas empresas, disseram três fontes do Ministério da Economia à Reuters.

No início de março, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro e liberou a adoção do programa de renegociação de dívidas para companhias de pequeno porte. Técnicos da equipe econômica argumentavam que a medida contrariava o interesse público e beneficiava empresas que não sofreram impacto da pandemia de Covid-19.

Quando o texto foi vetado, a equipe econômica estimou que o custo total do programa seria de 1,7 bilhão de reais em dez anos, o que significa uma renúncia média de 170 milhões de reais ao ano, valor que precisaria ser compensado.

A alíquota da CSLL de instituições financeiras foi elevada em março do ano passado, de 20% para 25%, com validade até 31 de dezembro do mesmo ano. A medida foi adotada como parte da compensação pela perda de receita após redução de alíquotas do PIS/Cofins sobre óleo diesel e gás de cozinha.

Ainda no fim de 2021, a equipe econômica avaliou manter em patamar elevado a alíquota cobrada dos bancos para fazer frente à desoneração da folha salarial de empresas. A medida acabou não sendo adotada e a cobrança voltou para 20%.

Agora, o governo estuda retomar a elevação da alíquota, ainda que a ideia seja levá-la a patamar inferior a 25%. A informação foi noticiada inicialmente pelo jornal O Globo.

Nas discussões sobre o veto ao chamado Refis do Simples, o Ministério da Economia também chegou a avaliar outras ações. Entre as possibilidades estava um corte de incentivos tributários de indústrias que produzem xarope de refrigerante na Zona Franca de Manaus, alternativa que segue na mesa.

Fonte: Infomoney

 

Bancos fecham quase 4 agências por dia em cidades pequenas

Publicado em: 18/03/2022

O advento da tecnologia trouxe consigo diversas facilidades para o cotidiano que antes a sociedade não pensava em experienciar. Todavia, essa dinâmica sempre é dialética, de um lado a ganhos e do outro a perdas, inevitavelmente isso ocorre, de forma natural. Dessa forma, avanço da digitalização bancária e a invenção do Pix, o sistema de pagamentos criado pelo Banco Central, impulsionaram o fechamento de agências bancárias.

De acordo com os dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), hodiernamente, apenas 3% das 100 bilhões de operações bancárias são realizadas em agências. Só no ano passado, 1.017 agências bancárias fecharam as portas no Brasil, ou quase quatro (3,85%) por dia. Segundo os dados do Banco Central, Damolândia, no interior de Goiás, é uma das 438 cidades que ficaram sem agência bancária desde 2016.

Um morador da cidade, Augusto, disse que o “pessoal mais idoso já ia para a agência e recebia, subia a rua e ia pagando, comprando de novo. Hoje em dia o pessoal vai para Inhumas receber e em Inhumas já gasta também”, relatando acerca da cidade próxima de Damolândia — a cerca de 30 quilômetros onde ainda há agência bancária. O morador também comenta que quando as agências fecham, de fato, a população da cidade não sabia utilizar/não havia se adaptado ao uso do cartão de crédito ou débito.

Com o passar do tempo, as maquininhas de cartão foram sendo adotadas pelos comércios e, com a chegada do Pix, as vendas ganharam impulso, “muita gente tem cartão hoje ou às vezes paga no Pix, mas são pessoas mais novas. As mais de idade não têm costume de usar cartão. Pagar no Pix, nem se fala”.

Não obstante, em Damolândia, existe uma lotérica que permite fazer depósitos, pagamentos, saques e empréstimos, mas segundo a secretária de Finanças da cidade, Lucélia Joventina Alvarenga, o local não consegue atender toda a demanda da população. Porém, ressalta, também, que os bancos digitais estão começando a ser utilizados pela maioria das pessoas depois que uma operadora de internet móvel passou a funcionar na cidade.

É fundamental destacar, também, que a prefeitura tem procurado instituições financeiras que se interessam em se instalar na cidade. O prefeito está otimista com as conversas atuais com o Sicoob e argumenta que a abertura de uma agência seria urgente, relatando que “o maior desafio que temos na cidade é a geração de emprego, mas acho que é a questão da agência é fundamental, porque qual empresário vem para a cidade se não tem um banco”?

O banco Daycoval, especializado em crédito para empresas e pessoas físicas, produtos de câmbio, gestão de recursos e investimentos aposta em uma abertura de uma agência na cidade. (O Globo)

Fonte: Escola Educação

Quase 39 milhões de brasileiros têm R$ 27,71 bilhões em valores a receber

Publicado em: 23/02/2022

Pelo menos 38,92 milhões de brasileiros têm um total de R$ 27,71 bilhões em valores a receber, entre benefícios não sacados e dinheiro esquecido nos bancos.

O Banco Central liberou consulta aos recursos “esquecidos” nos bancos, referentes, por exemplo, a contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível e tarifas ou parcelas relacionadas a operações de crédito cobradas indevidamente.

Nesta primeira fase, são cerca de R$ 4 bilhões a serem devolvidos para 28 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões, mas não informou o total de brasileiros que poderão ser beneficiados com a totalidade dos valores.

Há ainda outras fontes de recursos disponíveis aos brasileiros. As cotas do PIS/Pasep, por exemplo, ainda não foram retiradas por 10,6 milhões de pessoas, que têm direito a R$ 23,5 bilhões.

Veja abaixo todas as fontes de dinheiro que pode estar “esquecido” e pode ser resgatado pelos brasileiros:

Dinheiro “esquecido” nos bancos

O Banco Central liberou a consulta ao dinheiro “esquecido” nos bancos. Em princípio, serão liberados cerca de R$ 4 bilhões para 28 milhões de brasileiros (26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas). O valor médio a ser devolvido é de R$ 142,85 por pessoa ou empresa. Neste primeira fase estão incluídos valores referentes a:

  • contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o BC;
  • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
  • recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Para consultar se tem valores a receber, os trabalhadores devem:

  • Acesse o site https://valoresareceber.bcb.gov.br/
  • Os clientes precisam do CPF, no caso das pessoas físicas, e do CNPJ, no caso das empresas, para consultar a existência de recursos para saque
  • A página vai informar uma data para consultar os valores e solicitar o saque – anote esta data
  • Na data informada, retorne à página https://valoresareceber.bcb.gov.br/
  • Use seu login gov.br para acessar o sistema (clique aqui para ver como fazer o cadastro)
  • Após o acesso, consulte o valor e solicite a transferência

Fonte: G1

 

Grandes bancos do Brasil perderam mais de R$ 1 bi com o PIX

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Os quatro maiores bancos do país: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander perderam R$ 1,5 bilhão em receita devido a transferências feitas via PIX em 2021. Brasileiros têm preferido utilizar essa modalidade de transferência gratuita ao invés das tradicionais e pagas, TED ou DOC. Mesmo assim, o lucro dos principais bancos do Brasil alcançou a casa dos R$ 90,5 bilhões no ano passado.

Como toda evolução na prestação de serviço, a utilização do PIX está em franca ascensão sem apresentar sinais de enfraquecimento. Somente em janeiro deste ano foram realizadas 1,3 bilhão de transações através da modalidade, segundo informou o Banco Central. Atualmente, 72% do total de transações financeiras feitas no país são realizadas via Pix.

Dentre as instituições financeiras integrantes do ‘G4’ brasileiro, o Banco do Brasil foi a que mais sentiu os impactos derivados da preferência pelo novo sistema de pagamentos. As receitas com conta corrente do banco de economia mista caíram 17% só em 2021. Do volume total de transações movimentado através da ferramenta no país, o Banco do Brasil é responsável por quase 30%. Apenas o Bradesco conseguiu aumentar a receita com conta corrente entre os anos de 2020 e 2021, entre os bancos observados.

O ano de 2021 representou para muitos cidadãos brasileiros uma grande queda em sua qualidade de vida e no seu poder de compra, muito em parte devido à alta vertiginosa da inflação. Nesse mesmo tempo, no entanto, os grandes bancos brasileiros acumularam um lucro de R$ 90,5 bilhões.

O Itaú, por exemplo, divulgou um lucro de R$ 26,8 bilhões. O Santander fechou o ano com um lucro de R$ 16,3 bilhões. Por sua vez, o Banco do Brasil apresentou R$ 21 bilhões em lucro, enquanto o Bradesco comunicou R$ 26,2 bilhões de lucro em 2021.

Ao todo, esse valor representa uma alta de 38,4% e figura entre os maiores lucros na série histórica desses bancos. Em primeiro lugar está o ano de 2019, quando os bancos apresentaram um lucro de R$ 93,7 bilhões.

Fonte: Yahoo.com

Lucro dos grandes bancos salta 32,5% em 2021 e atinge recorde de R$ 81,6 bi

Publicado em: 17/02/2022

Os quatro grandes bancos do país de capital aberto tiveram lucro líquido somado de R$ 81,6 bilhões em 2021, um salto de 32,5% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.

Trata-se do melhor resultado nominal (sem considerar a inflação) já registrado pelos grandes bancos com capital aberto na bolsa. O lucro conjunto de 2021 superou inclusive o resultado de 2019 (R$ 81,5 bilhões) – o maior até então.

O levantamento considera os demonstrativos financeiros contábeis disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander desde 2006.

Em valores ajustados pela inflação medida pelo IPCA, porém, o resultado do ano passado foi o quarto maior, atrás do registrado em 2019 (R$ 93,7 bilhões), 2015 (R$ 84,3 bilhões) e 2018 (R$ 82,8 bilhões).

Itaú lidera ganhos

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 24,98 bilhões, o segundo maior resultado nominal da história de um banco brasileiro de capital aberto, atrás apenas do lucro registrado pelo Itaú em 2019 (R$ 26,5 bilhões).

O Bradesco registrou um lucro líquido R$ 21,9 bilhões no ano passado, uma alta de 32% na comparação com 2020.

O terceiro lugar fica com Banco do Brasil, com ganhos de R$ 19,7 bilhões, com um salto de 55,2%. Por fim, o Santander acumulou R$ 14,98 bilhões no ano passado.

O crescimento do lucro dos bancos em 2021 foi impulsionado pelo avanço das carteiras de créditos, pela redução nas despesas com provisões de crédito e pelo aumento nas receitas de prestação de serviços em meio a um cenário de elevação da taxa básica de juros.

No 4º trimestre, o lucro dos quatro bancos somou R$ 18,5 bilhões, um recuo de 13% na comparação com os R$ 21,3 bilhões do 3° trimestre.

Bancos distribuíram R$ 33,4 bilhões a acionistas

O ano de 2021 também foi de bonança para os acionistas dos quatro bancos. No total, foram distribuídos R$ 33,4 bilhões, em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

O valor distribuído em 2021 superou os R$ 29,7 bilhões de 2020, mas ficou abaixo dos R$ 33,4 bilhões de 2019.

O Itaú Unibanco continua sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 1,93 bilhão, Bradesco com R$ 1,65 trilhão e Santander com R$ 963 bilhões.

Fonte: Portal G1

Atendimento de bancos e corretoras piora em janeiro; veja o ranking

Publicado em: 11/02/2022

O atendimento dos bancos e plataformas de investimentos piorou no mês de janeiro, segundo uma pesquisa do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. O levantamento mostrou que os bancos tiveram uma perda de 3,30% na avaliação enquanto as plataformas perderam 1,27% ante novembro de 2021, última vez em que o levantamento foi feito.

O Índice de Qualidade de Atendimento de Bancos e Plataformas é feito pelo Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcef), em parceria com a consultoria Toluna. Ele foi baseado em 500 entrevistas com investidores, realizadas entre os dias 2 e 7 de fevereiro de 2022. Todos os respondentes indicam qual é o principal banco ou plataforma onde fazem investimentos.

Na pesquisa são avaliados nove critérios. O primeiro é eficiência, que leva em consideração a facilidade de uso dos serviços daquela instituição. Depois, vem disponibilidade, que avalia problemas no site ou app. Em seguida aparece o critério realização, que analisa os prazos de concretização das operações. Privacidade é outro fator, que considera a segurança dos dados e informações dos usuários. Depois, vem responsabilidade, que avalia a resolução de eventuais problemas.

Em seguida está o aconselhamento, que leva em conta clareza e os resultados do que é orientado ao cliente por parte dos funcionários daquele banco ou plataforma. Na sequência vem o critério de contato, que considera a facilidade na resolução de problemas por meio de contatos pessoais. Há ainda o valor percebido, em que são avaliadas a transparência e competitividade dos diversos custos. Por último, lealdade, que é a recomendação daquela plataforma a amigos e parentes.

Em janeiro, os bancos apresentaram evolução negativa em todos os critérios, menos em disponibilidade. As piores avaliações ficaram nos critérios aconselhamento (queda de 5,8%), privacidade (queda de 5,7%), e realização (queda de 5,3%). Já no caso das plataformas, foram quatro critérios com evolução positiva: aconselhamento (alta de 6,5%), disponibilidade (alta de 1,5%), realização (alta de 1%) e responsabilidade (alta de 0,9%).

Ranking

Na avaliação dos bancos são considerados Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander. Já na das plataformas, o índice acompanha BTG Pactual, Clear, Nubank/Easy, Inter, Modalmais, Rico e XP.

A Caixa foi o banco mais bem avaliado pelos clientes em janeiro de 2022, com destaque para os critérios de disponibilidade e eficiência. O banco com pior evolução foi o Banco do Brasil, com variação negativa nos critérios Valor Percebido e Realização.

Entre as plataformas, a mais bem avaliada foi a Rico, com destaque aconselhamento e Responsabilidade. O BTG foi a plataforma com pior evolução, com ênfase negativa nos critérios contato, lealdade, aconselhamento valor percebido, privacidade e responsabilidade.

Fonte: Valor Investe

Sindicato apresenta pesquisa sobre efeitos da Covid-19 para Fenaban

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O Sindicato, junto com o Comando Nacional dos Bancários, se reuniu, na tarde desta terça-feira (8 de fevereiro), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para apresentar a pesquisa “Avaliação longitudinal do Impacto do SARS-CoV2 no sistema nervoso em bancários”. A pesquisa foi coordenada pelas professoras doutoras Clarissa Yassuda e Márcia Bandini, que participaram da reunião.

Márcia Bandini revelou que prefere utilizar a palavra “efeitos prolongados” ao invés de “sequelas desta doença”, completando: “Aparentemente, os efeitos da Covid-19 são temporários. A gente sabe que nossos colegas de trabalho ou familiares que foram contaminados não são os mesmos. A gente sempre soube, também, que a Covid-19 provoca efeitos logo após a passagem da doença. Alguns deles descobrimos que passam no curto prazo, outros não.”

Para a professora doutora Clarissa Yasuda, participar de uma reunião como a desta terça-feira foi uma experiência diferente e inovadora. “Participo com muita satisfação, por transformar os dados que a gente coleta em algo que seja útil para os trabalhadores e para toda a sociedade.”

Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), afirmou que além de apresentar o corte para a categoria bancária da pesquisa, o encontro também serviu para reforçar as reivindicações da categoria com relação aos protocolos de segurança sanitária, que garantem a saúde e a vida da categoria, apresentadas nas reuniões realizadas dias 18 e 31 de janeiro. “O que nós queremos é que os trabalhadores sejam atendidos, assistidos, cuidados, para que depois não vire afastamento, com efeitos piores, e, posteriormente, demissões. Nós queremos continuar com este debate na mesa e também fazer uma discussão banco a banco.”

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e também uma das coordenadoras do Comando, completou: “A gente tem visto que os estudos estão avançando muito, por isso é fundamental este debate, para darmos o melhor respaldo possível a todos os bancários.”

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, afirmou que entender a situação é peça-chave para a proteção dos bancários. “Essa pesquisa tem mostrado uma necessidade séria de ter um cuidado especial com o pós-covid. A doença impacta a saúde e a vida profissional. Tem colega voltando sem plenas condições para os trabalhos. Precisamos nos debruçar sobre esta situação, com informações sérias, dados concretos, pesquisas científicas, para aprofundar este tema e definir algumas medidas que resolvam o problema. Nós temos responsabilidade na representação dos colegas e os bancos têm responsabilidades com a saúda e a vida dos seus trabalhadores.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Caged 2021: bancos criaram 6.934 vagas, mas número ainda é insuficiente

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O Novo Caged de 2021, divulgado recentemente, aponta que o setor bancário teve saldo positivo de emprego, com a criação de 6.934 vagas no ano passado. Porém, boa parte dessas vagas deve-se às contratações da Caixa Econômica Federal em 2021, que foi obrigada pela Justiça Trabalhista a convocar os concursados de 2014, uma vitória do movimento sindical bancário (foram a Contraf-CUT e a Fenae que entraram com ação na Justiça requerendo a convocação).

Assim, a Caixa foi responsável pela abertura de 4.346 vagas no ano passado, o que equivale a 62,7% do saldo positivo do setor bancário. Já os bancos múltiplos com carteira comercial – categoria na qual se enquadram os outros quatro grandes bancos no país: BB, Itaú, Bradesco e Santander – foram responsáveis por apenas 29,5% da abertura de vagas.

Mais de 5 mil vagas eliminadas na pandemia

Outro dado importante é que, durante a pandemia, desde março de 2020 (até dezembro 2021), o setor bancário já eliminou mais de 5 mil empregos. Só no ano de 2020, houve a eliminação de 11.804 vagas.

Nota-se que apesar do saldo positivo de empregos no setor, os bancos em geral continuam contratando bem menos do que deveriam e do que poderiam. Já foram mais de 5 mil vagas de emprego extintas na pandemia. O resultado é que os bancários estão mais sobrecarregados e adoecidos; o que mostra também que os bancos não priorizam a qualidade do serviço prestado à população”, destaca a secretária de Estudos Sócio-econômicos do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa.

Maioria das novas vagas são de TI

Os dados do Caged 2021 mostram ainda que a maioria das vagas criadas pelos bancos são para as áreas de tecnologia da informação. Em 2021, houve a ampliação de 3.722 empregos nestas ocupações.

Levantamento feito pelo Dieese, com base no Caged, mostra que em todos os meses do ano houve crescimento das vagas de TI e, por outro lado, em vários meses há fechamento de postos nas demais ocupações.

“Os bancos têm aumentado seus investimentos em tecnologia bancária e em atendimento digital. O resultado disso é cada vez menos bancários nas agências e cada vez menos atendimento presencial de qualidade. Não somos contra o uso da tecnologia, mas uma grande parcela da população brasileira não tem acesso a essas ferramentas digitais, e não pode ser marginalizada dos serviços bancários”, observa Rita Berlofa.

O Dieese levantou também as vagas por ocupação bancária, e constatou que em grande medida os postos de trabalho estão sendo criados fora das agências bancárias (com exceção de escriturário de banco, cargo de admissão do concurso da Caixa).

Remuneração Média

Os dados do Caged mostram que a rotatividade no setor bancário continua sendo lucrativa para os bancos. O salário mensal médio de um bancário admitido em dezembro de 2021 foi de R$ 5.293,59 enquanto o do desligado foi de R$ 7.009,76. Ou seja, o salário médio do admitido correspondeu a 75% do desligado.

Além disso, o valor do salário médio de admissão em dezembro foi 13,5% inferior ao salário de admissão de janeiro, já descontada a inflação (INPC).

Emprego bancário por estado

Houve fechamento de emprego em 6 dos 27 estados da federação: Paraná (-172 vagas), Rio de Janeiro (-367 vagas), Rio Grande do Sul (-238 vagas), Santa Catarina (-16 vagas) e Sergipe (-119 vagas). Os melhores resultados se deram nos estados de São Paulo (+ 3.397 vagas), Minas Gerais (+1.415 vagas), Pará (+ 473 vagas), Pernambuco (+ 401 vagas) e Distrito Federal (+ 328 vagas). É importante destacas que a criação de vagas no Estado de São Paulo está concentrada na capital paulista, onde houve aumento de 4.194 postos (os números da capital são maiores do que do estado porque em 207 cidades paulistas teve fechamento de vagas), sendo que do total na capital, 2.874 postos foram em ocupações de TI.

Empregos por gênero

A maioria das novas vagas em 2021 foram ocupadas por homens. Foram 4.904 vagas para homens, enquanto houve criação de 2.030 postos de trabalho entre as mulheres. As admissões de mulheres foram 18,1% menores que a dos homens e os desligamentos foram 7,8% inferiores ao dos homens.

Empregos por faixa etária

O saldo de empregos bancários é positivo entre as primeiras faixas, até 39 anos, com aumento de 12.007 vagas. E é negativo para as faixas etárias acima dos 40 anos, onde houve fechamento de 5.073 vagas. A idade média do trabalhador bancário admitido em 2021 foi de 30 anos e a idade média do trabalhador desligado foi de 37 anos.

Por escolaridade e raça

Os número do Caged 2021, analisados pelo Dieese, mostram ainda que o setor continua contratando mais brancos do que pretos ou pardos. A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (63,0%) e com superior completo (55,4%), assim como o perfil da maioria dos desligados. As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram 30,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 23,0%.

PCDs

Houve também redução no número de PCDs (pessoas com deficiência) nos bancos, apesar de existir previsão legislativa (empresas são obrigadas a cumprir a cota de PCDs no seu quadro funcional) e de a contratação de PCDs ter caráter de inclusão social.

Na categoria bancária, em 2021, o número de trabalhadores com deficiência foi reduzido em 157 postos de trabalho, ou seja, o número de desligamentos superou as admissões. Tal fato ocorreu em todas as atividades, inclusive na Caixa.

Aumento dos desligamentos a pedido do trabalhador

Durante todo o ano de 2021, ocorreram na categoria 44.168 admissões e 37.234 desligamentos. Os desligamentos apresentaram motivações mais diversas, sendo 42,6% por demissão sem justa causa, 38,5% a pedido e 12,7% por aposentadoria.

Chama atenção o elevado número de desligamentos por pedido. Em janeiro, 29,6% das demissões foram a pedido dos trabalhadores e em dezembro o percentual saltou para 46,2% do total.

O Dieese destaca que é difícil determinar a motivação dos desligamentos por pedidos, mas as principais hipóteses são: aumento na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro como fintechs e corretoras de valores (houve aumento de 23,6% no número de agentes autônomos de investimento entre 2020 e 2021 segundo dados da CVM; e a PNAD aponta elevação de ocupações por conta própria no setor financeiro); facilidade de mudanças promovidas pelo home office e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas.

No setor financeiro

No setor financeiro, excluindo a categoria bancária, verifica-se saldo positivo em todos os meses da série apresentada, com geração de cerca de 51.533 postos de trabalho durante o ano de 2021.

Considerando a totalidade do ramo financeiro, incluída a atividade bancária, foram gerados 58,5 mil novas vagas formais em 2021, o que corresponde a praticamente 5% do emprego criado no setor de serviços.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Bancos podem antecipar a segunda parcela da PLR dos bancários

Publicado em: 28/01/2022

A CCT determina que os bancos têm até 1º de março para realizarem o crédito, mas todos os anos a entidade pede que seja antecipado, e muitas instituições financeiras assim o fazem.

O que vem em março é a segunda parcela da PLR 2021, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2021. Com os balanços dos bancos no ano de 2021 fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já pode calcular o que pagará de PLR a seus funcionários.

É importante lembrar que em 2020 a categoria bancária conquistou um acordo de dois anos que garantiu, entre outros avanços, um reajuste de 10,97% (reposição da inflação + aumento real de 0,5%) nas parcelas fixa e adicional e no teto da PLR 2021.

A categoria bancária foi a primeira no Brasil a conquistar participação no lucro das empresas. Assim, desde 1995, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários determina o pagamento da PLR pelos bancos.

A PLR dos bancários é composta por regra básica e parcela adicional:

1- Regra Básica: corresponde a 90% do salário-base + verbas fixas de natureza salarial, reajustados em setembro de 2021, mais o valor fixo de R$ 2.807,03, limitada ao valor individual de R$ 15.058,34.

A regra básica tem como teto o percentual de 12,8% do lucro líquido do banco; e, como mínimo, o percentual de 5% do lucro líquido do banco. Ou seja, se o valor total da “Regra Básica” da PLR for inferior a 5% do lucro líquido do banco, em 2021, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários do empregado e limitado ao valor de R$ 33.128,31, ou até que o valor total da “Regra Básica” da PLR atinja 5% do lucro líquido, o que ocorrer primeiro.

2- Parcela Adicional: corresponde à divisão linear de 2,2% do lucro líquido, pelo número total de empregados, em partes iguais, até o limite individual de R$ 5.614,06.

De acordo com a CCT, todas as instituições financeiras que apresentaram lucro estão obrigadas a pagar a PLR, com exceção das que tiveram prejuízo em 2021.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Paranaguá

 

Caça a dinheiro esquecido em bancos só funcionará em fevereiro, diz BC

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O Banco Central comunicou, na noite desta quinta-feira (27), que o Sistema Valores a Receber só voltará a ser disponibilizado à população em 14 de fevereiro.

Assim que foi lançado, nesta última segunda-feira (24), o sistema online que “caça” valores esquecidos de brasileiros em instituições financeiras recebeu grande procura e derrubou a página do BC na internet por dias —o site da autoridade monetária só voltou a funcionar normalmente nesta quinta.

Segundo o BC, a “quantidade de acessos ao site foi 20 vezes maior que um dia de alto volume — ou 50 vezes maior que um dia normal”, disse, por nota. “Essa alta procura ao site para acessar o SVR provocou sua instabilidade, seguida de indisponibilidade, levando o BC a retirar o SVR do ar”.

Para retomar o serviço, o BC afirma que está investindo na sua capacidade de atendimento e, a partir do dia 14 de fevereiro, a população poderá voltar às consultas ao sistema.

Apesar das instabilidades, 79 mil cidadãos conseguiram acessar o Sistema Valores a Receber (SVR), segundo primeiro balanço do BC. Destes, 8,5 mil solicitações resgataram ao menos R$ 900 mil.

Ao menos R$ 8 bilhões estão sob a posse de instituições financeiras.

Quem tiver dinheiro a resgatar será informado sobre a data em que poderá solicitar a transferência dos recursos para sua conta. Essas solicitações de transferências poderão ser agendadas, de acordo com comunicado da autoridade monetária, a partir de 7 de março.

O BC disse ainda que a população não precisa se preocupar em relação ao recursos “esquecidos” no período em que o sistema passa por manutenção. “Não há risco de prescrição ou perda desses recursos, que permanecerão guardados pelas instituições financeiras à espera de seus proprietários”, afirmou.

Fonte:Infomoney

 

Governo compartilha dados pessoais de brasileiros com bancos; Idec é contra

Publicado em: 20/01/2022

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou questionamentos à ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) sobre um acordo de cooperação do governo que envolve a liberação de dados de cidadãos brasileiros com instituições bancárias. A iniciativa é de uma parceria entre Ministério da Economia, representado pela SGD (Secretaria de Governo Digital), e a ABBC (Associação Brasileira de Bancos).

Publicada em 7 de de janeiro no Diário Oficial da União, a medida 27/2021 prevê o compartilhamento de dados da ICN (Identidade Civil Nacional) para a utilização pelas instituições financeiras — em uma espécie de “degustação experimental”, segundo o Idec. Entre as informações, estão dados sensíveis como de origem biométrica e eleitoral.
Para os especialistas do órgão, o acordo traz uma série de inconsistências, é muito aberto, não especifica os usos nem abrangência, não tem base legal e também não evidencia a finalidade pública.

A ICN, criada em 2017, reúne dados da Justiça Eleitoral, do Sirc (Sistema Nacional de Informações de Registro Civil), da CRC Nacional (Central Nacional de Informações do Registro Civil) e de outros institutos de identificação dos estados e do Distrito Federal. Informações que são centralizadas na plataforma Gov.br e permitem o acesso a diversos serviços disponibilizados pelo governo federal e ainda municipais e estaduais.

No texto no DOU, o argumento é de que o acordo permitirá a validação biométrica e biográfica. Além disso, oferecerá uma conexão entre a plataforma de autenticação gov.br e os bancos. Com o uso de APIs (interface de programação de aplicativo), o intercâmbio de dados ofereceria mais segurança na identificação dos usuários.
O acordo não contempla repasses financeiros, o que é vedado por lei, e tem a duração mínima de um ano, podendo ser prorrogado.

Por que a ANPD foi questionada?

Em documento enviado no dia 13 de janeiro à ANPD, órgão responsável por criar as regras e fiscalizar a aplicação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a entidade lista quatro preocupações:
• ausência de explicitação de medidas de segurança de dados e uso compartilhado de dados com entes privados sem base legal e sem finalidade;
• insuficiente comprovação de interesse público e de finalidade legítima e ausência de transparência das finalidades e interesses privado;
• desproporcionalidade do acordo e desvio a finalidade de tratamento dos dados nas plataformas governamentais;
• falta de transparência e violação à autodeterminação informativa do titular de dados.

O Idec lembra ainda que no “Perguntas e Respostas” da plataforma Gov.br há a informação de que o sistema atende aos princípios da LGPD e que, por lei, “o cidadão é o dono dos seus próprios dados e precisa ser avisado sobre como eles estão sendo usados e compartilhados”.

As explicações destacam ainda que os dados da conta gov.br da pessoa “são compartilhados apenas com os serviços que você autoriza e podem ser desautorizados por você a qualquer momento”. Logo, o compartilhamento com os bancos não se encaixaria nessas regras.

Diante desses elementos, o Idec quer que a ANPD se manifeste sobre diversos tópicos, como a base legal para o acordo, os interesses e finalidades concretos da ABBC e os benefícios públicos que justifiquem o uso compartilhado dos dados, segundo a LPGD e a realização ou não de Relatório de Impacto de Dados. E, caso não tenha as informações, que oficialize os envolvidos.

A Tilt, o Idec informou que a ANPD não indicou uma prazo de resposta aos questionamentos e relembrou que a entidade de Proteção de Dados “chegou a ser oficiada pelo Ministério da Economia comunicando o acordo, mas depois de sua publicação no Diário Oficial”.

Já a ANPD disse que, em 11 de janeiro, quando tomou conhecimento do acordo, instaurou de ofício um procedimento preparatório de fiscalização para averiguar a regularidade do compartilhamento de dados com os bancos.

“Acerca da análise sobre o ACT [Acordo de Cooperação Técnica], o Ministério da Economia foi oficiado por esta Autoridade para apresentar a documentação necessária para análise da ANPD. Não é possível, sem a análise da documentação completa, firmar qualquer juízo antecipado sobre a regularidade do ACT. Eventuais riscos no compartilhamento desses dados só podem ser avaliados após a análise da documentação a ser encaminhada pelo Ministério”, informou em nota.

A ANPD não respondeu sobre prazos para que se tenha uma resposta final sobre o acordo.

Fonte: Portal UOL

Pandemia aumenta acesso da população brasileira a serviços bancários

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Os bancos digitais aumentaram o acesso da população brasileira a produtos financeiros, com destaque para a parcela de baixa renda. Atualmente 19% dos brasileiros têm conta em bancos digitais e 30% estão nas classes D e E. É o que revela pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva, feita com 1.519 brasileiros, com 18 anos de idade ou mais, entre 27 de outubro e 7 de novembro do ano passado.

O presidente do Locomotiva, Renato Meirelles, disse hoje (19) à Agência Brasil que, antes da pandemia de covid-19, o banco digital era o segundo banco da classe mais rica e o substituto da conta universitária. “Os bancos digitais falavam, praticamente, para os mais ricos. Tanto que, para depositar dinheiro no banco digital, era preciso fazer uma transferência de outro banco. Então, ele [banco digital] era, basicamente, para quem já tinha conta.”

Com a pandemia, o receio de se expor a uma possível contaminação ao se dirigir a uma agência bancária tradicional fez cair consideravelmente a procura por esses serviços. Por outro lado, aumentou o acesso à internet e cresce a demanda por serviços e compras online, destacou Meirelles.

“Além de fazer crescer o mercado das fintechs (empresas que oferecem serviços financeiros), isso mudou o perfil desse público. Por isso, temos 30% que são das classes D e E. Praticamente, um terço de quem tem conta em fintechs vem das classes D e E.”

Inclusão

Segundo Meirelles, um dado que ajuda a entender esse processo de inclusão é o fato de 86% dos brasileiros dizerem que os bancos digitais permitiram que pessoas antes discriminadas pelas instituições financeiras tivessem conta em banco e de 80% afirmarem que bancos digitais não discriminam clientes de acordo com a renda. Ele lembrou que anteriormente os bancos tradicionais eram os únicos “que tinham detector de pobre” na entrada – a porta giratória. “Hoje abrir uma conta no banco digital, é muito mais fácil, muito menos burocrático.”

O presidente do Instituto Locomotiva aponta facilidades do processo atual: “você tira uma foto de si mesmo e consegue provar que é você, com uma simples foto. Não precisa mais mandar aqueles 50 documentos. Isso torna o sistema financeiro mais democrático e mais acessível para a parcela da população que não era tão bem atendida antes da existência das fintechs. Este é mais um motivo para a adesão das pessoas ao banco digital, afirmou Meirelles.

Menos taxas

A isso, soma-se a percepção de os bancos digitais cobrarem menos taxas e serem mais fáceis de usar. As fintechs atraem mais os jovens, que são mais conectados. Entretanto, durante a pandemia, o que se viu foram pessoas mais velhas aprendendo com os netos a usar as novas tecnologias, entre as quais as fintechs. “Como os mais velhos eram do grupo de risco, tinham mais dificuldade para ir aos bancos. E isso os levou a se digitalizar mais e a usar as fintechs.”

Meirelles disse que, no geral, são os mais jovens que usam mais as fintechs, mas ressaltou que, proporcionalmente, quem mais elevou o uso dos bancos digitais foram os mais velhos, que saíram de uma base menor, quase equivalente a 0%. “Foi o grupo que mais cresceu na pandemia.”

A sondagem mostra que 57% dos entrevistados têm conta em bancos tradicionais e digitais e 19%, só em instituições digitais; 30% são das classes D e E e 20% são clientes apenas de bancos tradicionais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 36% têm apenas conta digital.

Fonte: Agência Brasil

Saldo de empregos no setor foi positivo, mas maiores bancos continuam extinguindo vagas

Publicado em: 16/12/2021

Segundo dados do Novo Caged, o saldo de empregos no setor bancário foi positivo em outubro, com a geração de 1.012 vagas. Mas esse resultado foi impactado pelas contratações da Caixa decorrentes de decisão judicial favorável aos aprovados no concurso de 2014. Excluindo-se o resultado da Caixa, os bancos apresentariam fechamento de 44 postos de trabalho no mês.

O saldo positivo também não reflete o movimento de contratações e demissões nos quatro maiores bancos do país (BB, Itaú, Bradesco e Santander). Estes se enquadram na categoria “bancos múltiplos com carteira comercial” – não inclui a Caixa, que se enquadra na categoria “caixas econômicas” -, e esta categoria extinguiu 77 postos de trabalho em outubro, e 1.441 nos últimos 12 meses.

Desde abril de 2021, a trajetória do emprego formal no setor bancário tem apresentado criação de postos de trabalho. De janeiro a outubro, verifica-se a criação de 5.121 postos de trabalho. Mas esse total deve-se principalmente às contratações na Caixa por determinação da Justiça (mencionadas acima); e deve-se também a uma ampliação de postos de trabalho não ligados diretamente às áreas mais tradicionais dos serviços bancários, como os de profissionais de TI. No acumulado dos últimos 12 meses, houve aumento de 1.271 postos de trabalho na categoria.

“O que se percebe ao analisar os dados do Caged é que o saldo positivo de empregos não significa aumento de contratações para as funções tradicionais de bancários. O que o setor está fazendo é contratar mais profissionais de TI, uma consequência da digitalização dos serviços bancários. Mas os maiores bancos, com exceção da Caixa que este ano foi obrigada a chamar os concursados de 2014, continuam extinguindo empregos, principalmente nas agência físicas. Ou seja, a categoria continua sobrecarregada, adoecendo, e o atendimento presencial da população continua sendo relegado a segundo plano pelos bancos”, diz Rita Berlofa, secretária de Estudos Sócio Econômicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A dirigente também destaca que os trabalhadores contratados para a TI são, em grande maioria, terceirizados. “São trabalhadores contratados pelo banco, porém sem os direitos da categoria bancária. Não têm a cobertura da Convenção Coletiva, não tem os direitos conquistados pela categoria ao longo de anos. É uma contratação fraudulenta de mão de obra, porque são trabalhadores que prestam serviço para bancos, mas estão sendo contratados de forma terceirizada”, afirma Rita Berlofa.

Remuneração média

O salário mensal médio de um bancário admitido em setembro foi de R$ 5.014,59 enquanto o do desligado foi de R$ 5.207,72, ou seja, o admitido entra ganhando 96,3% do que ganhava o desligado. Isso mostra que os bancos continuam ganhando com a rotatividade.

Desligamentos por pedido dos empregados

Outro dado interessante mostra que o número de desligamentos por pedido do empregado no setor bancário tem aumentado nos últimos meses. No início da pandemia até outubro de 2020, o número de desligamentos por pedido representava em média um quarto do total dos desligamentos. Em dezembro de 2020, chegou ao pico de 65,4% das demissões, e nos últimos dois meses tem superado 40% do total de desligados, ou seja, para cada dez desligamentos quatro foram motivados por iniciativa do trabalhador. Nos últimos 12 meses foram mais de 15 mil pedidos de demissão.

Em nota, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) observa que compreender a motivação não é uma tarefa fácil, e lista como principais hipóteses: a melhoria na oferta de vagas com possível migração de trabalhadores para fintechs e corretoras de valores; facilidade de mudanças promovidas pelo home office e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas. “De toda forma, apenas através de uma investigação qualitativa com os trabalhadores seria possível entender este movimento”, diz a nota do Dieese.

No Brasil

Segundo o Caged, o emprego formal no Brasil apresentou crescimento em outubro de 2021, registrando saldo de 253.083 postos de trabalho. O saldo positivo ocorreu em quatro Grandes Grupos de Atividades Econômicas: Serviços (+144.641 postos); Indústria geral (+26.697 postos), concentrado na Indústria de Transformação (+23.747 postos); Comércio (+70.355 postos); e Construção (+17.236 postos). Em atividades da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura o saldo foi negativo (-5.844 postos). Para o acumulado do ano, janeiro até outubro, o saldo positivo ultrapassa 2,6 milhões de novas vagas de emprego e no acumulado dos últimos 12 meses houve a criação de 2,8 milhões de postos de trabalho formais.

Adicionalmente, informações da PNAD Trimestral (3º trimestre de 2021) – que incorpora números do emprego formal e informal – aponta uma taxa de desocupação estimada em 12,6% da população brasileira, o que representa um contingente de pessoas desocupadas de, aproximadamente, 13,5 milhões. No período, existiam também 30,7 milhões de pessoas subutilizadas (pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a Força de trabalho ampliada). Considerando a inflação e o aumento do postos de trabalho informais, a renda real média do trabalhador teve queda recorde de 11,1% em um ano.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Ações Banco do Brasil, Itaú e Santander podem render até 40% em 2022

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A rápida deterioração das perspectivas econômicas para 2022 fez com que a Ágora Investimentos, em parceria com o Bradesco BBI, realizasse uma ampla revisão das estimativas das ações do setor bancário.

Em linhas gerais, as projeções de lucros para 2022 foram cortadas, na média, em 2,7%, e as de 2023 ficaram 3,7% menores. O preço-alvo dos papéis encolheu, na média, 12,6%, pressionado pela elevação do custo de capital (cost of equity) para 15,1%, refletindo a deterioração das condições político-econômicas.

Gustavo Schroden, do Bradesco BBI, e Maria Clara Negrão, da Ágora, que assinam o relatório, afirmam que “a qualidade dos ativos das pessoas físicas e PMEs são os principais riscos e, de acordo com nossa análise estatística, os empréstimos pessoais, de cartão de crédito e PMEs têm a maior correlação com a Selic.”

De qualquer modo, a dupla considera que “todos os pontos negativos parecem estar precificados.” Isto porque, segundo os analistas, “os bancos brasileiros estão negociando a 6,5x P/L, 25% abaixo da média histórica, e 1,1x P/Valor Patrimonial, 24% abaixo da média histórica.”

Veja, a seguir, o que a Ágora e o Bradesco BBI pensam das principais ações do setor bancário listadas na Bolsa.

Itaú Unibanco (ITUB4)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 31
Alta potencial (sobre 10/dez): 39,9%
Análise: o Itaú é o papel favorito da Ágora e do Bradesco BBI para 2022, entre os bancos listados na Bolsa. Mesmo assim, os analistas cortaram as estimativas de lucro líquido em 5,2% para 2022, e 7,5% em 2023. A grande exposição do banco a cartões de crédito (13% da carteira) e PMEs (17% da carteira) é o ponto que mais preocupa a dupla.

Banco do Brasil (BBAS3)
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 38
Alta potencial (sobre 10/dez): 16,9%
Análise: mesmo com a recomendação neutra, o Banco do Brasil é a segunda favorita da Ágora e do Bradesco BBI. O motivo é a pequena exposição da carteira de crédito a produtos mais arriscados, como os cartões de crédito, empréstimos pessoais (excluindo o crédito consignado) e PMEs.

Santander (SANB11)
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 39
Alta potencial (sobre 10/dez): 22%
Análise: a grande exposição da carteira de crédito do Santander a empréstimos pessoais (11% do total da carteira) é o que mais preocupa os analistas.

Fonte: Money Times

 

Bancos e cervejas têm as marcas mais valiosas do Brasil em 2021

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O Itaú tem a marca mais valiosa do Brasil em 2021, com valor estimado em R$ 40,5 bilhões, de acordo com o estudo anual da consultoria Interbrand divulgado na última semana.

As cinco primeiras posições repetem o levantamento de 2020 das Marcas Brasileiras Mais Valiosas. O banco é seguido por Bradesco, com valor de marca de R$ 27,5 bilhões, Skol, com R$ 18,8 bilhões, Brahma, com R$ 12,7 bilhões e, finalmente, a Natura, com valor de marca de R$ 10,5 bilhões.

Todas as dez primeiras posições pertencem a empresas abertas em bolsa e participantes do Ibovespa: Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Ambev (ABEV3), Natura &Co (NTCO3), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR3 e PETR4), Magazine Luiza (MGLU3), Telefônica (VIVT3) e Americanas (LAME4 e AMER3).

Segundo a Interbrand, neste ano, duas novas marcas passaram a integrar o ranking, que tem, no total, 25 integrantes: a Claro, que estreou na 14ª posição, com valor de marca estimado em R$ 1 bilhão, e a Hering, que estreou na 25ª posição, com valor de marca de R$ 520 milhões.

Somadas, as 25 marcas que compõem o ranking ultrapassaram um valor de R$ 144 bilhões, um crescimento de 7% em comparação com o ranking do ano passado.

O varejo foi o setor que mais se destacou, dobrando a sua representatividade na tabela em relação a 2019. Os maiores crescimentos em valor de marca foram os da Magalu (+66%) e das Lojas Americanas (+25%), que estreou no top dez em 2021.

 

Governo alinha arcabouço contábil dos bancos a padrões internacionais

Publicado em: 26/11/2021

O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou nesta 5ª feira (25.nov.2021) um novo padrão para a contabilização e o registro dos instrumentos financeiros e das provisões dos bancos brasileiros. O objetivo é alinhar o sistema financeiro nacional às melhores práticas internacionais.

Segundo o BC (Banco Central), a nova regra alinha os critérios contábeis aplicáveis aos instrumentos das instituições financeiras e das demais autorizadas a funcionar ao pronunciamento IFRS 9. Isto é, à norma para instrumentos financeiros do IASB (International Accounting Standards Board), organização que fixa padrões internacionais de contabilidade.

Em nota, o Banco Central disse que “a medida representa um passo relevante em direção à finalização do processo de convergência das normas contábeis previstas no Cosif (Padrão Contábil das Instituições Reguladas pelo Banco Central do Brasil) em relação aos padrões internacionais de contabilidade”.

A autoridade monetária afirmou que a nova padronização foi alvo de “amplo debate com os segmentos sociais mais diretamente afetados pela norma, a fim de aprimorar as propostas de atos normativos e de alcançar maior nível de convergência”. O assunto foi tema de 3 consultas públicas, em 2017 e 2018.

O BC também afirmou que “haverá prazo adequado para ajustes nos processos e rotinas das instituições financeiras, garantindo um processo de transição suave e eficiente”.

A nova padronização contábil dos bancos entra em vigor em 1º de janeiro de 2025 e consta na Resolução nº 4.966 do CMN, aprovada e publicada nesta 5ª feita (25.nov.2021).

Fonte: Poder 360

 

Pix completa um ano com nova funcionalidade de devolução

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No aniversário de um ano, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), ganha nova funcionalidade. Entra em vigor hoje (16) o Mecanismo Especial de Devolução, que agilizará o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.

O mecanismo está regulamentado por uma resolução editada pelo BC em junho. Desde então, as instituições financeiras estavam se adaptando aos procedimentos.

Até agora, em uma eventual fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas precisavam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais para devolver o dinheiro. Segundo o BC, isso dificultava o processo e aumentava o tempo necessário para que o caso fosse analisado e finalizado. Com o Mecanismo Especial de Devolução, as regras e os procedimentos serão padronizados.

Outras novidades para o Pix virão em breve. A partir do dia 29 estarão disponíveis o Pix Saque e o Pix Troco, que permitem o saque em espécie e a obtenção de troco em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.

No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados quanto da própria instituição financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca do caixa.

O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.

Open banking

Ainda neste trimestre, o BC pretende estender o iniciador de pagamentos ao Pix. Por meio dessa ferramenta, existente para pagamentos por redes sociais e por aplicativos de compras e de mensagens, o cliente recebe um link com os dados da transação e confirma o pagamento.

Atualmente, o iniciador de pagamentos existe para compras com cartões de crédito e de débito. O BC pretende ampliar a ferramenta para o Pix, o que só será possível por causa da terceira fase do open banking (compartilhamento de dados entre instituições financeiras), que entrou em vigor no fim de outubro.

Com a troca de informações, o cliente poderá fazer transações Pix sem abrir o aplicativo da instituição financeira, como ocorre hoje. O usuário apenas clicará no link e informa a senha ou a biometria da conta corrente para concluir a transação. Tudo sem sair do site de compras, do aplicativo de entregas ou da rede social.

Estatísticas

Até o fim de outubro, segundo os dados mais recentes do BC, o Pix tinha 348,1 milhões de chaves cadastradas por 112,65 milhões de usuários. Desse total, 105,24 milhões são pessoas físicas e 7,41, pessoas jurídicas. Cada pessoa física pode cadastrar até cinco chaves Pix e cada pessoa jurídica, até 20. As chaves podem ser distribuídas em um ou mais bancos.

Em um ano de funcionamento, o volume de transações pelo Pix deu um salto. Em outubro, o sistema de pagamentos instantâneos movimentou R$ 502 bilhões, contra R$ 25,1 bilhões liquidados em novembro do ano passado. Segundo o Banco Central, 75% das transações do Pix em outubro ocorreram entre pessoas físicas, contra 87% no primeiro mês de funcionamento. Os pagamentos de pessoa física para empresa saltaram de 5% para 16% no mesmo período.

Empresas e governo

O aumento nos pagamentos a empresas decorre de funcionalidades adicionadas ao longo deste ano para estimular o recebimento de Pix por empresas e prestadores de serviço. Em maio, começou a funcionar o Pix Cobrança, que substitui o boleto bancário e permite o pagamento instantâneo por meio de um código QR (versão avançada do código de barras) fotografado com a câmera do celular.

Em julho, começou a ser ofertado o Pix Agendado, que permite o agendamento de cobranças, com a definição de uma data futura para a transação. Em setembro, o oferecimento da funcionalidade por todas as instituições financeiras passou a ser obrigatório.

As transações entre pessoas físicas e o governo aumentaram de R$ 2,25 milhões em novembro de 2020 para R$ 409,83 milhões em outubro deste ano. Apesar de pequenas em relação ao total movimentado, essas operações estão subindo graças a medidas como o pagamento de alguns tributos por grandes, micro e pequenas empresas e à quitação de taxas federais por meio do Pix.

Segurança

O Pix completa um ano em meio a preocupações com a segurança do sistema. Por causa do aumento de sequestros-relâmpago e de fraudes relacionadas ao Pix, o BC limitou, em outubro, as transferências a R$ 1 mil entre as 20h e as 6h. Medidas adicionais de segurança foram adotadas, como o bloqueio, por até 72 horas, do recebimento de recursos por pessoas físicas em caso de suspeita de fraude.

Em setembro, ocorreu o incidente mais sério com o Pix registrado até agora. Uma brecha de segurança no Banco Estadual de Sergipe permitiu o vazamento de 395 mil chaves Pix do tipo telefone. Na ocasião, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, valores movimentados e saldos nas contas, mas os números de telefone de clientes capturados por pessoas de fora da instituição, que foi punida pelo BC.

Se casos semelhantes ocorrerem, as próximas punições poderão ser mais duras. No fim da semana passada, o BC acelerou as notificações às instituições financeiras que violarem os regulamentos do Pix e diminuiu as situações em que as multas serão isentas.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

 

Grandes bancos aceleram transformação para atrair clientes jovens

Publicado em: 11/11/2021

Em resposta às mudanças trazidas pela pandemia e com a proximidade da abertura de capital do Nubank, que deve chegar à Bolsa mais valioso que Itaú, Bradesco e Santander, os maiores bancos privados brasileiros aceleraram sua transformação digital. Para não perderem espaço, os bancos tradicionais correm contra o tempo para atrair jovens clientes em seus bancos digitais. O Next, do Bradesco, quer fechar o ano com 10 milhões de correntistas, enquanto o iti, do Itaú, pretende ir além e chegar a 15 milhões.

A distância entre eles é grande, ao menos em número de clientes. Somados, iti, Next e Superdigital (fintech do Santander) tinham 19,6 milhões de clientes no terceiro trimestre deste ano. O Nubank, de acordo com os documentos de sua oferta de ações, somava 48,1 milhões de clientes, 47 milhões deles no Brasil.

A disputa não é apenas por quantidade. O Nubank afirma que a maior parte de seus clientes é jovem e tem menor renda, público que torce o nariz para os bancos tradicionais. O papel das marcas digitais nos conglomerados é justamente o de conquistar essa parcela do público sem cobrar tarifas. Itaú e Bradesco destacaram, por exemplo, que a maior parte dos correntistas de seus “filhotes” não é correntista de suas marcas principais.

“É um desafio grande. É um público jovem, de renda inferior”, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, durante teleconferência de resultados da instituição. O Itaú pretende gerar 50% das receitas do banco de varejo pelos canais digitais até 2025. O papel do iti é o de engajar aos produtos do banco um público que hoje não está lá dentro.

Crédito pode ser vantagem dos grandes bancos

Em teleconferência com analistas e investidores estrangeiros na última sexta-feira, 5, o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Leandro Miranda, afirmou que a experiência na concessão de crédito, produto em que as fintechs ainda buscam avançar, é uma carta na manga do conglomerado. “Temos concedido mais crédito através de nossos canais digitais do que todo o universo das fintechs”, disse.

Para analistas, os números que os grandes bancos exibem no mundo digital são reflexo de seu protagonismo no sistema financeiro. “Sem dúvida nenhuma, eles são protagonistas, junto com as fintechs, dessa digitalização. A participação analógica garante a eles um lugar na mesa. O que mudou com a digitalização é que a vantagem que os bancos grandes tinham na distribuição, com as agências, tornou-se uma desvantagem”, diz Carlos Macedo, analista associado à Ohmresearch.

Ele considera que o grande desafio das fintechs é ganhar experiência na concessão de crédito, o que inclui o cálculo dos riscos, mas também a assertividade das ofertas, e fazer com que o cliente utilize uma quantidade maior de produtos. “Monetizar o cliente é algo que fintechs ainda têm que fazer de melhor forma. O Nubank e o Inter têm 3, 4 produtos por cliente; o Bradesco e o Itaú, 6, 7.”

O Nubank, apontado como o maior de seu segmento no mundo, escolheu a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) para fazer sua oferta inicial de ações, em operação que poderá movimentar R$ 22 bilhões (US$ 4 bilhões), de acordo com fontes de mercado.

Segundo cálculos atualmente na mesa, a fintech brasileira poderá chegar valendo quase R$ 400 bilhões (ou US$ 70 bilhões). Se isso ocorrer, o Nubank será mais valioso do que o maior banco da América Latina, o Itaú Unibanco, atualmente avaliado em R$ 221 bilhões na B3, e o Bradesco (R$ 182 bilhões) combinados. A previsão é de que a oferta na Bolsa de Nova York ocorra em dezembro.

Esses dados fizeram com que os executivos dos grandes bancos privados fossem questionados sobre a avaliação do mercado ao setor. De janeiro a setembro, a fintech teve prejuízo de US$ 99,1 milhões, o equivalente a R$ 547,3 milhões. No mesmo período, o Itaú teve lucro de R$ 19,720 bilhões; o Bradesco, de R$ 19,602 bilhões; e o Santander, de R$ 12,466 bilhões.

Maluhy, do Itaú, não citou diretamente o Nubank, mas considerou que nos bancos de grande porte, como o que comanda, o lucro é resultado de múltiplas atividades, enquanto nas fintechs, a carteira de produtos e serviços ainda é menor.

Miranda, CFO do Bradesco, afirmou que espera que essa diferença de avaliação diminua ao longo do tempo. “O mercado sempre tem a resposta, mas à medida que ficamos mais e mais digitais e emprestamos mais que toda a indústria, incluindo o Nubank, deveríamos ter múltiplos muito mais altos”, disse. Uma das evidências desse avanço digital é que, no Bradesco, enquanto as transações feitas pelo celular saltaram 92% este ano, as realizadas nas agências caíram 70%.

Desconexão entre avaliação e lucratividade

Neste ano, o Índice Financeiro da B3 caiu 18%, mais que o Ibovespa, que perdeu cerca de 12%, em uma mistura de temores com as contas públicas nacionais e a concorrência que os grandes bancos devem enfrentar à frente.

No entanto, analistas do setor acreditam que essa queda seja exagerada. “Ainda vemos uma desconexão entre lucratividade e avaliação de mercado, mesmo com o recente desempenho da ação”, comentaram Marcelo Telles, Daniel Vaz e Bruna Amorim, do Credit Suisse, a respeito do Itaú.

Os analistas do banco suíço consideraram ainda que o mercado precisa dar mais atenção ao progresso do iti, em especial ao compará-lo ao Nubank. “Agora, com os depósitos pagando 100% do CDI e ofertas gratuitas de cartão de crédito aos usuários, muito similares às ofertas do Nubank, o iti está expandindo sua base rapidamente”, escreveram.

Fonte: Estadão

 

Fraudes contra clientes de bancos crescem 165% em 2021

Publicado em: 05/11/2021

Os golpes contra clientes de bancos cresceram 165% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os golpes que mais aumentaram foram aqueles chamados de “engenharia social”, em que a vítima é manipulada e levada a fazer ações em benefício dos criminosos.

O crescimento ocorre, entretanto, em um contexto em que o celular já responde por mais da metade das transações bancárias. Segundo a Febraban, os aplicativos para telefone móvel foram usados em 51% das transações em 2020. Em 2016, o percentual era de 28%. De acordo com a federação, a pandemia aumentou a importância desses aparelhos, que passaram a ser usados por pessoas que antes sequer tinham conta em banco.

Esse público, com pouca intimidade com o funcionamento do sistema bancário e com a segurança digital, é o alvo preferencial dos grupos de criminosos, diz a entidade. Os golpistas tendem a se aproveitar da falta das informação das vítimas para induzi-las a fazer depósitos e transferências, o que é mais fácil do que burlar os sistemas de segurança dos aplicativos e sistemas dos bancos.

Golpes

O chamado golpe do falso funcionário cresceu 62% no primeiro semestre deste ano. Nessa modalidade, o criminoso liga para a vítima e se faz passar por funcionário de uma instituição com a qual a pessoa tem relação. O golpista informa a vítima sobre supostos problemas de segurança, como a conta invadida ou clonada, para conseguir dados pessoais e financeiros. Durante a ligação, o criminoso pede ainda que a vítima digite a senha do cartão. Com essas informações, ele pode fazer retiradas de contas da vítima.

O golpe do falso motoboy funciona de forma semelhante. O golpista liga para a vítima passando-se por funcionário do banco e diz que o cartão foi fraudado, pede a senha e instrui a pessoa a cortar o cartão. No entanto, o chip fica preservado. Um suposto funcionário do banco vai à residência da pessoa sob o pretexto de retirar o cartão para que um novo seja emitido. Com a senha e o chip, os golpistas podem sacar dinheiro e fazer transações em nome da vítima.

Nesse tipo de situação, alerta a Febraban, os golpistas tentam provocar medo na vítima para que ela aja por impulso e siga as instruções dos criminosos. Por isso, é importante lembrar que, em nenhum contato real de bancos, serão solicitados senhas, números de cartão ou será pedido para fazer transferências. Em caso de dúvida, o cliente deve desligar e telefonar por conta própria para os canais de atendimento informados no verso do cartão bancário.

As tentativas de golpe do tipo phishing cresceram 26%. Nessa modalidade de fraude, são enviados e-mails ou mensagens por WhatsApp na tentativa de obter dados ou induzir as pessoas a clicar em páginas falsas de bancos. Por isso, os clientes devem sempre desconfiar de ofertas não solicitadas ou descontos muito acima do esperado, além de verificar com cuidado os endereços de e-mail e das páginas nesse tipo de mensagem que, muitas vezes, tentam simular com troca de letras ou domínios do exterior as páginas oficiais dos bancos.

Há ainda as fraudes com empréstimos e venda de produtos com condições aparentemente muito vantajosas. Os criminosos, então, induzem o senso de urgência nas vítimas para que façam depósitos sob o pretexto de não perderem a oportunidade das ofertas. A Febraban alerta que nenhuma modalidade de empréstimo solicita pagamentos antecipados. No caso de compras, é importante fazer em páginas seguras e certificadas.

A Febraban afirma que os bancos investem R$ 2,5 bilhões por ano em segurança digital. Porém, em casos em que as vítimas fazem os depósitos ou entregam informações para os criminosos, o entendimento dos bancos é que a fraude não envolveu o sistema, por isso, não há chance de ressarcimento.

Fonte: Agência Brasil

Bancos estão preparados para enfrentar novos choques na economia, diz BC

Publicado em: 28/10/2021

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) está preparado para enfrentar todos os choques macroeconômicos e não há riscos relevantes para a estabilidade financeira do país, nem mesmo em relação à pandemia de covid-19. A avaliação é do Banco Central (BC), em seu Relatório de Estabilidade Financeira, referente ao primeiro semestre do ano.

“No primeiro semestre de 2021, o SFN manteve as provisões elevadas, as perdas esperadas com crédito se reduziram, a capitalização do sistema bancário melhorou, e a liquidez manteve-se confortável. Esse desempenho está em linha com a evolução positiva da economia doméstica, em um período de recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos e de avanço da campanha de vacinação”, informou o BC.

Ainda assim, a autarquia alerta para a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia, diante do risco de disseminação de novas variantes do coronavírus, da dificuldade para algumas cadeias produtivas obterem insumos, além de eventuais implicações no fornecimento de energia em razão da crise hídrica que o país vive.

Segundo o BC, a rentabilidade dos bancos já está no nível pré-pandemia. O sistema registrou lucro líquido de R$ 62 bilhões no primeiro semestre de 2021, 53% acima do registrado em igual período do ano passado e 3% acima do observado no primeiro semestre de 2019.

A principal causa para a recuperação da rentabilidade é o menor volume de despesas com provisões [reservas para pagar dívida]. “A inadimplência sob controle e a materialização de perdas aquém do esperado sugerem que não haverá alteração significativa nas despesas com provisões no curto prazo. Melhoras consistentes nas receitas com serviços e despesas administrativas crescendo abaixo da inflação também têm beneficiado a rentabilidade”, diz o relatório.

Mas a incerteza segue acima do usual, diante da elevação da taxa básica de juros, a Selic, que deve pressionar o custo de captação de crédito, à medida que novas operações forem sendo concedidas. Uma eventual recuperação da atividade mais lenta que o esperado também pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente.

“A reforma tributária, se aprovada pelo Congresso, impactará a rentabilidade de diferentes formas. No primeiro momento, haverá reavaliação do crédito tributário, sem efeito no caixa dos bancos. No médio prazo, a alíquota menor reduzirá o dispêndio com tributos”, completou o BC.

Crédito

O relatório aponta ainda que a recuperação econômica permitiu que empresas de capital aberto melhorassem a situação econômico-financeira e que empresas de grande porte voltassem ao mercado de capitais. As empresas de menor porte, por sua vez, impulsionam o crédito bancário, com crescimento anual em torno de 35%.

“O crescimento [do crédito bancário às micro, pequenas e médias empresas] foi expressivo, mesmo com o fim dos programas emergenciais. Espera-se nova expansão a partir do segundo semestre de 2021, com a retomada dos programas de incentivo”, diz o relatório.

O mercado de crédito como um todo tem crescido na faixa de 18%. No caso do crédito às pessoas físicas, a expansão ocorre em praticamente todas as modalidades. De acordo com o BC, as contratações do financiamento imobiliário seguem estimuladas pelas taxas de juros baixas, mas a participação dessa modalidade de crédito no Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas os serviços e riquezas produzidas pelo país) continua baixa para padrões internacionais.

“O crédito consignado elevou-se devido ao aumento do limite de consignação, que foi prorrogado até dezembro de 2021. O forte aumento das modalidades voltadas ao consumo [como o não consignado e o cartão de crédito] indica mais apetite ao risco por parte das instituições financeiras, em um contexto de menos restrições à circulação da população”, diz o BC.

Riscos

Apesar do aumento das concessões de crédito, o endividamento e o comprometimento de renda, quando calculados somente para os indivíduos que regularmente possuem dívidas bancárias, apresentam, respectivamente, leve aumento e estabilidade. Segundo o BC, isso indica a manutenção da qualidade da carteira de crédito e mostra que, mesmo depois de uma crise como a ocorrida no ano passado, o comportamento da inadimplência tem se mantido de forma bastante satisfatória.

Há riscos, entretanto, no desempenho de algumas carteiras específicas, como o crédito imobiliário com recursos do FGTS, cuja inadimplência tem aumentado. De modo geral, as instituições pesquisadas reduziram a preocupação com inadimplência e atividade, mas há cautela em razão de riscos de cepas do coronavírus mais resistentes às vacinas, da retirada de estímulos econômicos e da persistência do desemprego.

Já os riscos fiscais e cenário internacional continuaram muito citados na Pesquisa de Estabilidade Financeira. “O primeiro está mais associado a um aumento de preocupações com eventuais políticas favoráveis à expansão fiscal, que impactem a sustentabilidade das contas públicas. O segundo está associado a possíveis ajustes monetários nas economias avançadas, que podem alterar custos e fluxos dos recursos para economias emergentes”, diz o BC.

Para o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, há ainda os riscos políticos, principalmente em período eleitoral, sempre citados pelas instituições. “Ao que tudo indica, teremos uma eleição bastante acirrada, polarizada. Acho que o complicador maior quando se fala em ano de eleição é que, nesse período, você tem uma maior aversão a risco por parte de famílias e empresas e isso prejudica um pouco a atividade econômica”, disse, durante evento virtual para comentar os dados do relatório.

Ainda assim, desde o início da pandemia de covid-19, o mercado apresenta confiança na estabilidade financeira bem acima do que esteve durante a recessão de 2015/2016. No início de agosto de 2021, o nível de confiança aproximou-se do maior valor histórico observado, atingido em 2019.
Teste de estresse

No teste de estresse, o BC simula o quanto uma situação de severa inadimplência e de corrida aos bancos impacta o cumprimento dos limites regulatórios mínimos pelas instituições financeiras e quanto a autoridade monetária precisaria aportar ao sistema financeiro. Entre esses limites estão a manutenção de uma reserva em caixa para garantir que os bancos paguem todos os clientes que forem sacar dinheiro em momentos de crise. São testados também os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis.

O BC considerou dois cenários. O primeiro com uma queda conjunta na atividade econômica, na inflação e na taxa de juros. O segundo provocaria queda na atividade econômica, com aumento na inflação e na taxa de juros.

Os resultados dos testes de estresse de capital seguem indicando resiliência do SFN para absorver os choques de todos os cenários simulados e os resultados indicam que não haveria “desenquadramentos relevantes”. Segundo o BC, os testes avaliaram também o efeito sobre o capital de uma eventual aprovação da reforma tributária em discussão no Congresso Nacional.

No início da crise no ano passado, o BC estimou em R$ 400 bilhões a necessidade de provisões adicionais por parte do sistema e um aporte de R$ 70 bilhões na simulação que considerou um choque severo da pandemia. Já no segundo semestre de 2020, houve redução bastante significativa na necessidade de provisão, para R$ 128 bilhões, e o impacto para um enquadramento de todo o sistema financeiro seria algo na faixa de R$ 1,5 bilhão.

Fonte: Agência Brasil

Com lucro de R$ 62 bi, rentabilidade dos bancos volta ao patamar pré-pandemia

Publicado em: 22/10/2021

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (18/10) novo Relatório de Estabilidade Financeira (REF) que aponta que os bancos lucraram R$ 62 bilhões no 1º semestre de 2021, após queda no lucro líquido de 26% em 2020. Com volume 53% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, após queda significativa no primeiro semestre, “a rentabilidade do sistema recuperou-se e retornou aos níveis pré-pandemia”.

“As despesas com provisões (reserva para cobrir calotes) se reduziram e devem se estabilizar próximo dos patamares atuais”, afirma o documento. De acordo com o estudo, os resultados tendem a seguir melhorando com o avanço da campanha de vacinação, mas as incertezas do atual momento econômico seguem acima do usual. “Uma recuperação mais lenta da atividade pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente”, diz a nota do BC.

Ainda segundo a análise, os bancos privados aceleraram acima de 20% o ritmo das concessões de crédito ao longo do primeiro semestre de 2021, também superando o nível observado no período pré-crise. “As concessões de crédito mensais feitas pelos bancos privados, considerando valores deflacionados e dessazonalizados, aumentaram no primeiro semestre e alcançaram R$ 350 bilhões em junho de 2021”, informa a autoridade monetária.

O documento da autarquia também traz previsões sobre o futuro dos lucros dos bancos caso seja aprovada a reforma tributária. Para o BC, a redução das alíquotas de tributos sobre lucros impactará negativamente no curto prazo, mas “será benéfica no longo prazo”. Ainda segundo a análise, as receitas de serviços deverão continuar se recuperando, e os custos deverão seguir sob controle. “Desde meados de 2020, as rendas com serviço vêm se recuperando do impacto da pandemia de forma consistente. No curto prazo, a demanda por serviços bancários deve continuar se beneficiando da melhora da atividade econômica”, pontua o relatório.

Fonte: Correio Braziliense

 

Bancos têm queda de 10% em receita, mas mostram resiliência na pandemia

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Os bancos brasileiros tiveram um ano desafiador em 2020. A pandemia explica parte relevante da história, mas não ela inteira. As receitas somadas das empresas de serviços financeiros recuaram quase 10% no último ano, para 108,3 bilhões de reais, em decorrência da crise econômica provocada pela covid-19, mas, ainda assim, os bancos brasileiros mais uma vez deram prova de resiliência, a exemplo do que já havia acontecido na crise financeira de 2008.

A inadimplência de pessoas físicas não explodiu nos meses mais agudos da crise, em boa medida graças à suspensão dos pagamentos pelos bancos, e sim ficou sob controle e até diminuiu, mesmo com a retomada das cobranças. A taxa média de inadimplência encerrou o ano passado em 4,2%, abaixo dos 5% de 2019.

Para os maiores bancos do país, privados ou públicos, foi um ano para preservar o capital com o aumento das provisões para os picos de inadimplência que não chegaram, mas também de ganhar eficiência operacional e de acelerar investimentos na digitalização dos negócios. Novas plataformas foram lançadas para o cliente, ao mesmo tempo que milhares de agências foram fechadas porque se tornaram desnecessárias, pois até o cliente mais resistente à tecnologia descobriu a praticidade de realizar operações pelo aplicativo ou pelo internet banking.

A mudança de comportamento do consumidor de serviços e produtos financeiros deu o tom do outro desafio enfrentado pelos bancos: a crescente concorrência com novos entrantes e players que abraçaram com mais ímpeto a transformação digital e as vantagens do modelo, como o ganho de escala mais acelerado e a redução de custos, tudo com a bênção regulatória do Banco Central para estimular a competição e beneficiar o cliente.

Fonte: Exame

Taxa média do empréstimo pessoal varia 0,95% em outubro, diz Procon-SP

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A taxa média do empréstimo pessoal teve variação positiva de 0,95% em outubro, segundo a pesquisa de taxa de juros do Procon-SP.  Nos seis bancos pesquisados, a taxa média do crédito pessoal ficou em 6,38% ao mês, acréscimo de 0,06 ponto percentual (pp) em relação à média referente ao mês anterior, que foi de 6,32%, representando uma variação positiva de 0,95%.

O levantamento foi feito em 4 de outubro pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor nos seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 7,96% ao mês, sem alteração em nenhum dos bancos pesquisados.

Segundo o Procon-SP, as mudanças foram promovidas pelos Bancos do Brasil e Bradesco. O Banco do Brasil alterou sua taxa de 5,73% para 5,81%, um acréscimo de 0,08 pp, representando uma variação positiva de 1,40%. E o Bradesco alterou sua taxa de 7,42% para 7,72%, um acréscimo de 0,30 pp, representando uma variação positiva de 4,04%.

“O Procon-SP recomenda que o consumidor fique sempre atento ao seu orçamento. No caso de dívidas, deve pesquisar formas de obter linhas de crédito ou até mesmo buscar alternativas para negociá-las. Uma forma de pagar as dívidas de cheques especiais e cartão de crédito é trocá-las por empréstimos consignados, pois eles possuem taxas de juros menores”, diz o Procon-SP.

Fonte: Agência Brasil

Conta digital para menores de idade vira “filão” para bancos

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Em uma disputa acirrada e crescente entre bancos tradicionais e fintechs, os menores de idade já entraram no foco de atenção das instituições financeiras. Com isso, as crianças e jovens ganham cada vez mais opções. Desta vez é o C6 que lança uma conta focada nesse público, batizada de C6 Yellow.

Antes o next, banco digital do Bradesco, já tinha dado um passo semelhante ano passado, ao lançar uma conta focada nos menores de idade por meio de uma parceria com a Disney para utilizar os personagens para customização da interface. Também no ano passado o banco Inter lançou a “conta kids”.

No caso do C6, jovens clientes poderão escolher a cor do cartão entre a cartela que inclui as opções de amarelo, azul, verde, rosa e laranja. Será possível aos pais utilizar a opção mesada e programar uma entrada mensal na conta dos filhos – e todos os gastos serão comunicados por SMS.

Fonte: Estadão

Artigo: “Os grandes bancos e suas tarifas abusivas”, por Celso Ming

Publicado em: 15/10/2021

Celso Ming*

O forte crescimento das fintechs explica-se não apenas pela sua maior agilidade em relação aos bancões tradicionais, mas, principalmente, porque não cobram tarifas ou cobram menos por serviços prestados.

Alguns desses bancos vêm alardeando pela TV e pelas redes sociais agressivas mensagens de marketing em que procuram atrair correntistas, com base no fato de que não são predadores como as instituições tradicionais. Seu objetivo não é apenas atrair os mais jovens, mas, também, a população sub-bancarizada e desbancarizada, que corresponde a 21% da população (34 milhões de brasileiros), de acordo com os últimos dados do Instituto Locomotiva.

Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que, ao longo da pandemia, os bancos tradicionais brasileiros “abusaram” dos reajustes de tarifas. O levantamento, realizado entre junho de 2020 e julho de 2021, revelou que os reajustes das tarifas avulsas ficaram acima da inflação do período, que foi de 8,35%. O campeão desses abusos é o Banco do Brasil que na compra de moeda estrangeira no cheque viagem aplicou uma correção de 213%. Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal seguem nesse ranking.

Os canais digitais mantêm-se em crescimento. Em 2020, realizaram cerca de 67% dos 103,5 bilhões de transações bancárias realizadas no Brasil, de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), a entidade que defende os interesses dos bancos.

Importante nome no segmento dos bancos digitais, o Inter alcançou a marca de 14 milhões de clientes no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 94% sobre o mesmo período de 2020, como mostra sua prévia operacional. Agora prepara o lançamento de suas ações na bolsa especializada em empresas de alta tecnologia, a Nasdaq, dos Estados Unidos. O Nubank, outra fintech bem-sucedida, já tem mais de 40 milhões de clientes. Levantou aporte de US$ 1,15 bilhão neste ano – se tornando o maior da história na América Latina, e também se prepara para abrir capital nos Estados Unidos.

São casos que dão uma ideia de quanto esses banquinhos começam a incomodar os pesados, lentos e caros bancos convencionais.

Mas o desenvolvimento das fintechs não se explica apenas pela sua força em tecnologia. Como observa a advogada tributarista e sócia-fundadora do Junqueira le Advogados, Lavinia Junqueira, uma junção de oportunidades, tanto regulatórias como tributárias, as vem incentivando. Elas pagam menos tributos do que outras instituições reguladas. “Aproveitaram a vantagem de se criar do zero, com base em um modelo menos burocratizado. Mas os grandes conglomerados financeiros começam a reagir a essas novidades.”

Até recentemente, os bancos se concentraram na sua tarefa de reduzir custos e aumentar os lucros. Entre março de 2020 até agosto de 2021, fecharam 2.138 agências (dados do Banco Central), demitiram mais de 10 mil bancários (dados do Caged) e empurraram para o próprio correntista grande parte das tarefas antes executadas por funcionários. Mas agora cuidam de se equipar.

No último ano, o orçamento em tecnologia do setor bancário avançou 7% na comparação anual, totalizando R$ 25,7 bilhões, como mostra pesquisa da Febraban. Inteligência artificial e segurança cibernética foram as prioridades destacadas pelas instituições.

A disputa tem mexido na estrutura e no modelo de negócios do setor e contribuído para melhor relacionamento e comunicação entre os atores em temas como investimentos e educação financeira. “Essa relação de trazer as pessoas para perto do banco e mostrar a maneira mais eficiente de gerir o dinheiro é o legado desta competição no mercado financeiro”, avalia Luiz Gomes, head da aceleradora de startups Overdrives.

E esse movimento tende a acelerar com a implementação do open banking, sistema que permite o compartilhamento de dados dos clientes entre instituições financeiras, aposta Renata Ramalhosa, CEO da consultoria Beta-i. “Os bancos vão enfrentar esse fenômeno com grandes investimentos em inovação e tecnologia. A revolução digital em curso continuará a alavancar a concorrência.”

Mas fortes investimentos em tecnologia e em segurança digital, uma das grandes vulnerabilidades dos grandes bancos, não os levarão a aumentar seu número de correntistas se, também, não cuidarem da redução de seu pacote tão escorchante de tarifas. /COM PABLO SANTANA

*É comentarista de economia

 

Dois em cada três bancos devem perder mercado se não investirem em digitalização

Publicado em: 07/10/2021

Mais de dois terços (71%) dos executivos de bancos da América Latina e 67% do mundo todo acreditam que irão perder participação de mercado dentro de dois anos se não investirem em digitalização. É o que mostra um novo estudo da fintech de soluções bancárias na nuvem Mambu e da The Financial Times Focus (FT Focus).

O estudo Evolve or be extinct (“Evolua ou seja extinto”, em português) consultou mais de 500 executivos sêniores de bancos do mundo inteiro, inclusive do Brasil, para compreender suas percepções do setor bancário atualmente e para o futuro. Os resultados reforçam a urgência na modernização das ofertas dessas instituições.

Para 44% dos entrevistados da América Latina e 58% no mundo seus negócios podem acabar dentro dos próximos cinco ou dez anos a não ser que eles mudem radicalmente seus modelos de negócio.

Impactos da covid-19

Mais do que qualquer outra região no mundo, a América Latina utilizou a pandemia como um acelerador de mudanças permanentes. Outra oportunidade identificada foi o desenvolvimento de estratégias digitais e redefinição dos relacionamentos com os clientes por meio da inclusão financeira.

Em toda a região, 57% dos executivos veem o aumento da inclusão financeira como um dos maiores benefícios para a construção de um modelo bancário centrado no cliente por meio da transformação digital.

Oitenta e três por cento (83%) dos líderes do setor de bancos de varejo da América Latina e 81% dos respondentes mundiais concordam que substituir modelos mais conservadores por um propósito social progressivo é vital para suas estratégias de crescimento. Isso fica claro ao ver que termos como “lucro” e “aumento de ganhos” caiu na lista de prioridades dos bancos.

Progresso lento

O estudo destaca, porém, que as instituições financeiras estão ainda longe de chegar nos serviços realmente digitais. Menos da metade dos executivos entrevistados descreve as estratégias digitais dos seus bancos como “maduras” ou “avançadas”. Entre os entrevistados mundiais, 53% admitem estar correndo risco de perder as metas da transformação digital, índice um pouco menor entre latinos (45%).

“Está na hora de prestar atenção em quem lidera a corrida rumo a esta nova era. Estamos falando das fintechs, pequenos bancos de varejo recém-criados e outros players com abordagens inovadoras, que priorizam os serviços com propósito e experiências inéditas para seus clientes”, comenta Elliott Limb, diretor de comunicação da Mambu.

Segundo o diretor-geral da Mambu no Brasil, Sergio Costantini, embora os bancos de varejo tenham demorado para responder às mudanças no comportamento do consumidor provocadas pela pandemia, há um grupo de ‘evolucionistas digitais’ que contraria essa tendência. “Esses players podem ajudar quem está no final da fila da jornada digital a acelerar seu processo de transformação, principalmente devido ao alto índice de desbancarizados que ainda vemos no Brasil, indicando o caminho a seguir, além de comprovar o sucesso de uma abordagem centrada no cliente”, diz o executivo.

O futuro é das Big Techs

De acordo com 78% dos executivos da América Latina e 74% do mundo, gigantes da tecnologia como Amazon e Google serão os donos das maiores fatias de mercado do setor bancário em apenas cinco anos. O estudo conclui que esse é o momento ideal para os bancos fazerem investimentos significativos em suas ofertas digitais.

Fonte: Valor Investe