Lucro dos grandes bancos salta 32,5% em 2021 e atinge recorde de R$ 81,6 bi

Publicado em: 17/02/2022

Os quatro grandes bancos do país de capital aberto tiveram lucro líquido somado de R$ 81,6 bilhões em 2021, um salto de 32,5% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.

Trata-se do melhor resultado nominal (sem considerar a inflação) já registrado pelos grandes bancos com capital aberto na bolsa. O lucro conjunto de 2021 superou inclusive o resultado de 2019 (R$ 81,5 bilhões) – o maior até então.

O levantamento considera os demonstrativos financeiros contábeis disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander desde 2006.

Em valores ajustados pela inflação medida pelo IPCA, porém, o resultado do ano passado foi o quarto maior, atrás do registrado em 2019 (R$ 93,7 bilhões), 2015 (R$ 84,3 bilhões) e 2018 (R$ 82,8 bilhões).

Itaú lidera ganhos

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 24,98 bilhões, o segundo maior resultado nominal da história de um banco brasileiro de capital aberto, atrás apenas do lucro registrado pelo Itaú em 2019 (R$ 26,5 bilhões).

O Bradesco registrou um lucro líquido R$ 21,9 bilhões no ano passado, uma alta de 32% na comparação com 2020.

O terceiro lugar fica com Banco do Brasil, com ganhos de R$ 19,7 bilhões, com um salto de 55,2%. Por fim, o Santander acumulou R$ 14,98 bilhões no ano passado.

O crescimento do lucro dos bancos em 2021 foi impulsionado pelo avanço das carteiras de créditos, pela redução nas despesas com provisões de crédito e pelo aumento nas receitas de prestação de serviços em meio a um cenário de elevação da taxa básica de juros.

No 4º trimestre, o lucro dos quatro bancos somou R$ 18,5 bilhões, um recuo de 13% na comparação com os R$ 21,3 bilhões do 3° trimestre.

Bancos distribuíram R$ 33,4 bilhões a acionistas

O ano de 2021 também foi de bonança para os acionistas dos quatro bancos. No total, foram distribuídos R$ 33,4 bilhões, em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

O valor distribuído em 2021 superou os R$ 29,7 bilhões de 2020, mas ficou abaixo dos R$ 33,4 bilhões de 2019.

O Itaú Unibanco continua sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 1,93 bilhão, Bradesco com R$ 1,65 trilhão e Santander com R$ 963 bilhões.

Fonte: Portal G1

Atendimento de bancos e corretoras piora em janeiro; veja o ranking

Publicado em: 11/02/2022

O atendimento dos bancos e plataformas de investimentos piorou no mês de janeiro, segundo uma pesquisa do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. O levantamento mostrou que os bancos tiveram uma perda de 3,30% na avaliação enquanto as plataformas perderam 1,27% ante novembro de 2021, última vez em que o levantamento foi feito.

O Índice de Qualidade de Atendimento de Bancos e Plataformas é feito pelo Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcef), em parceria com a consultoria Toluna. Ele foi baseado em 500 entrevistas com investidores, realizadas entre os dias 2 e 7 de fevereiro de 2022. Todos os respondentes indicam qual é o principal banco ou plataforma onde fazem investimentos.

Na pesquisa são avaliados nove critérios. O primeiro é eficiência, que leva em consideração a facilidade de uso dos serviços daquela instituição. Depois, vem disponibilidade, que avalia problemas no site ou app. Em seguida aparece o critério realização, que analisa os prazos de concretização das operações. Privacidade é outro fator, que considera a segurança dos dados e informações dos usuários. Depois, vem responsabilidade, que avalia a resolução de eventuais problemas.

Em seguida está o aconselhamento, que leva em conta clareza e os resultados do que é orientado ao cliente por parte dos funcionários daquele banco ou plataforma. Na sequência vem o critério de contato, que considera a facilidade na resolução de problemas por meio de contatos pessoais. Há ainda o valor percebido, em que são avaliadas a transparência e competitividade dos diversos custos. Por último, lealdade, que é a recomendação daquela plataforma a amigos e parentes.

Em janeiro, os bancos apresentaram evolução negativa em todos os critérios, menos em disponibilidade. As piores avaliações ficaram nos critérios aconselhamento (queda de 5,8%), privacidade (queda de 5,7%), e realização (queda de 5,3%). Já no caso das plataformas, foram quatro critérios com evolução positiva: aconselhamento (alta de 6,5%), disponibilidade (alta de 1,5%), realização (alta de 1%) e responsabilidade (alta de 0,9%).

Ranking

Na avaliação dos bancos são considerados Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander. Já na das plataformas, o índice acompanha BTG Pactual, Clear, Nubank/Easy, Inter, Modalmais, Rico e XP.

A Caixa foi o banco mais bem avaliado pelos clientes em janeiro de 2022, com destaque para os critérios de disponibilidade e eficiência. O banco com pior evolução foi o Banco do Brasil, com variação negativa nos critérios Valor Percebido e Realização.

Entre as plataformas, a mais bem avaliada foi a Rico, com destaque aconselhamento e Responsabilidade. O BTG foi a plataforma com pior evolução, com ênfase negativa nos critérios contato, lealdade, aconselhamento valor percebido, privacidade e responsabilidade.

Fonte: Valor Investe

Sindicato apresenta pesquisa sobre efeitos da Covid-19 para Fenaban

Publicado em:

O Sindicato, junto com o Comando Nacional dos Bancários, se reuniu, na tarde desta terça-feira (8 de fevereiro), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para apresentar a pesquisa “Avaliação longitudinal do Impacto do SARS-CoV2 no sistema nervoso em bancários”. A pesquisa foi coordenada pelas professoras doutoras Clarissa Yassuda e Márcia Bandini, que participaram da reunião.

Márcia Bandini revelou que prefere utilizar a palavra “efeitos prolongados” ao invés de “sequelas desta doença”, completando: “Aparentemente, os efeitos da Covid-19 são temporários. A gente sabe que nossos colegas de trabalho ou familiares que foram contaminados não são os mesmos. A gente sempre soube, também, que a Covid-19 provoca efeitos logo após a passagem da doença. Alguns deles descobrimos que passam no curto prazo, outros não.”

Para a professora doutora Clarissa Yasuda, participar de uma reunião como a desta terça-feira foi uma experiência diferente e inovadora. “Participo com muita satisfação, por transformar os dados que a gente coleta em algo que seja útil para os trabalhadores e para toda a sociedade.”

Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), afirmou que além de apresentar o corte para a categoria bancária da pesquisa, o encontro também serviu para reforçar as reivindicações da categoria com relação aos protocolos de segurança sanitária, que garantem a saúde e a vida da categoria, apresentadas nas reuniões realizadas dias 18 e 31 de janeiro. “O que nós queremos é que os trabalhadores sejam atendidos, assistidos, cuidados, para que depois não vire afastamento, com efeitos piores, e, posteriormente, demissões. Nós queremos continuar com este debate na mesa e também fazer uma discussão banco a banco.”

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e também uma das coordenadoras do Comando, completou: “A gente tem visto que os estudos estão avançando muito, por isso é fundamental este debate, para darmos o melhor respaldo possível a todos os bancários.”

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, afirmou que entender a situação é peça-chave para a proteção dos bancários. “Essa pesquisa tem mostrado uma necessidade séria de ter um cuidado especial com o pós-covid. A doença impacta a saúde e a vida profissional. Tem colega voltando sem plenas condições para os trabalhos. Precisamos nos debruçar sobre esta situação, com informações sérias, dados concretos, pesquisas científicas, para aprofundar este tema e definir algumas medidas que resolvam o problema. Nós temos responsabilidade na representação dos colegas e os bancos têm responsabilidades com a saúda e a vida dos seus trabalhadores.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Caged 2021: bancos criaram 6.934 vagas, mas número ainda é insuficiente

Publicado em:

O Novo Caged de 2021, divulgado recentemente, aponta que o setor bancário teve saldo positivo de emprego, com a criação de 6.934 vagas no ano passado. Porém, boa parte dessas vagas deve-se às contratações da Caixa Econômica Federal em 2021, que foi obrigada pela Justiça Trabalhista a convocar os concursados de 2014, uma vitória do movimento sindical bancário (foram a Contraf-CUT e a Fenae que entraram com ação na Justiça requerendo a convocação).

Assim, a Caixa foi responsável pela abertura de 4.346 vagas no ano passado, o que equivale a 62,7% do saldo positivo do setor bancário. Já os bancos múltiplos com carteira comercial – categoria na qual se enquadram os outros quatro grandes bancos no país: BB, Itaú, Bradesco e Santander – foram responsáveis por apenas 29,5% da abertura de vagas.

Mais de 5 mil vagas eliminadas na pandemia

Outro dado importante é que, durante a pandemia, desde março de 2020 (até dezembro 2021), o setor bancário já eliminou mais de 5 mil empregos. Só no ano de 2020, houve a eliminação de 11.804 vagas.

Nota-se que apesar do saldo positivo de empregos no setor, os bancos em geral continuam contratando bem menos do que deveriam e do que poderiam. Já foram mais de 5 mil vagas de emprego extintas na pandemia. O resultado é que os bancários estão mais sobrecarregados e adoecidos; o que mostra também que os bancos não priorizam a qualidade do serviço prestado à população”, destaca a secretária de Estudos Sócio-econômicos do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa.

Maioria das novas vagas são de TI

Os dados do Caged 2021 mostram ainda que a maioria das vagas criadas pelos bancos são para as áreas de tecnologia da informação. Em 2021, houve a ampliação de 3.722 empregos nestas ocupações.

Levantamento feito pelo Dieese, com base no Caged, mostra que em todos os meses do ano houve crescimento das vagas de TI e, por outro lado, em vários meses há fechamento de postos nas demais ocupações.

“Os bancos têm aumentado seus investimentos em tecnologia bancária e em atendimento digital. O resultado disso é cada vez menos bancários nas agências e cada vez menos atendimento presencial de qualidade. Não somos contra o uso da tecnologia, mas uma grande parcela da população brasileira não tem acesso a essas ferramentas digitais, e não pode ser marginalizada dos serviços bancários”, observa Rita Berlofa.

O Dieese levantou também as vagas por ocupação bancária, e constatou que em grande medida os postos de trabalho estão sendo criados fora das agências bancárias (com exceção de escriturário de banco, cargo de admissão do concurso da Caixa).

Remuneração Média

Os dados do Caged mostram que a rotatividade no setor bancário continua sendo lucrativa para os bancos. O salário mensal médio de um bancário admitido em dezembro de 2021 foi de R$ 5.293,59 enquanto o do desligado foi de R$ 7.009,76. Ou seja, o salário médio do admitido correspondeu a 75% do desligado.

Além disso, o valor do salário médio de admissão em dezembro foi 13,5% inferior ao salário de admissão de janeiro, já descontada a inflação (INPC).

Emprego bancário por estado

Houve fechamento de emprego em 6 dos 27 estados da federação: Paraná (-172 vagas), Rio de Janeiro (-367 vagas), Rio Grande do Sul (-238 vagas), Santa Catarina (-16 vagas) e Sergipe (-119 vagas). Os melhores resultados se deram nos estados de São Paulo (+ 3.397 vagas), Minas Gerais (+1.415 vagas), Pará (+ 473 vagas), Pernambuco (+ 401 vagas) e Distrito Federal (+ 328 vagas). É importante destacas que a criação de vagas no Estado de São Paulo está concentrada na capital paulista, onde houve aumento de 4.194 postos (os números da capital são maiores do que do estado porque em 207 cidades paulistas teve fechamento de vagas), sendo que do total na capital, 2.874 postos foram em ocupações de TI.

Empregos por gênero

A maioria das novas vagas em 2021 foram ocupadas por homens. Foram 4.904 vagas para homens, enquanto houve criação de 2.030 postos de trabalho entre as mulheres. As admissões de mulheres foram 18,1% menores que a dos homens e os desligamentos foram 7,8% inferiores ao dos homens.

Empregos por faixa etária

O saldo de empregos bancários é positivo entre as primeiras faixas, até 39 anos, com aumento de 12.007 vagas. E é negativo para as faixas etárias acima dos 40 anos, onde houve fechamento de 5.073 vagas. A idade média do trabalhador bancário admitido em 2021 foi de 30 anos e a idade média do trabalhador desligado foi de 37 anos.

Por escolaridade e raça

Os número do Caged 2021, analisados pelo Dieese, mostram ainda que o setor continua contratando mais brancos do que pretos ou pardos. A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (63,0%) e com superior completo (55,4%), assim como o perfil da maioria dos desligados. As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram 30,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 23,0%.

PCDs

Houve também redução no número de PCDs (pessoas com deficiência) nos bancos, apesar de existir previsão legislativa (empresas são obrigadas a cumprir a cota de PCDs no seu quadro funcional) e de a contratação de PCDs ter caráter de inclusão social.

Na categoria bancária, em 2021, o número de trabalhadores com deficiência foi reduzido em 157 postos de trabalho, ou seja, o número de desligamentos superou as admissões. Tal fato ocorreu em todas as atividades, inclusive na Caixa.

Aumento dos desligamentos a pedido do trabalhador

Durante todo o ano de 2021, ocorreram na categoria 44.168 admissões e 37.234 desligamentos. Os desligamentos apresentaram motivações mais diversas, sendo 42,6% por demissão sem justa causa, 38,5% a pedido e 12,7% por aposentadoria.

Chama atenção o elevado número de desligamentos por pedido. Em janeiro, 29,6% das demissões foram a pedido dos trabalhadores e em dezembro o percentual saltou para 46,2% do total.

O Dieese destaca que é difícil determinar a motivação dos desligamentos por pedidos, mas as principais hipóteses são: aumento na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro como fintechs e corretoras de valores (houve aumento de 23,6% no número de agentes autônomos de investimento entre 2020 e 2021 segundo dados da CVM; e a PNAD aponta elevação de ocupações por conta própria no setor financeiro); facilidade de mudanças promovidas pelo home office e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas.

No setor financeiro

No setor financeiro, excluindo a categoria bancária, verifica-se saldo positivo em todos os meses da série apresentada, com geração de cerca de 51.533 postos de trabalho durante o ano de 2021.

Considerando a totalidade do ramo financeiro, incluída a atividade bancária, foram gerados 58,5 mil novas vagas formais em 2021, o que corresponde a praticamente 5% do emprego criado no setor de serviços.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Bancos podem antecipar a segunda parcela da PLR dos bancários

Publicado em: 28/01/2022

A CCT determina que os bancos têm até 1º de março para realizarem o crédito, mas todos os anos a entidade pede que seja antecipado, e muitas instituições financeiras assim o fazem.

O que vem em março é a segunda parcela da PLR 2021, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2021. Com os balanços dos bancos no ano de 2021 fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já pode calcular o que pagará de PLR a seus funcionários.

É importante lembrar que em 2020 a categoria bancária conquistou um acordo de dois anos que garantiu, entre outros avanços, um reajuste de 10,97% (reposição da inflação + aumento real de 0,5%) nas parcelas fixa e adicional e no teto da PLR 2021.

A categoria bancária foi a primeira no Brasil a conquistar participação no lucro das empresas. Assim, desde 1995, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários determina o pagamento da PLR pelos bancos.

A PLR dos bancários é composta por regra básica e parcela adicional:

1- Regra Básica: corresponde a 90% do salário-base + verbas fixas de natureza salarial, reajustados em setembro de 2021, mais o valor fixo de R$ 2.807,03, limitada ao valor individual de R$ 15.058,34.

A regra básica tem como teto o percentual de 12,8% do lucro líquido do banco; e, como mínimo, o percentual de 5% do lucro líquido do banco. Ou seja, se o valor total da “Regra Básica” da PLR for inferior a 5% do lucro líquido do banco, em 2021, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários do empregado e limitado ao valor de R$ 33.128,31, ou até que o valor total da “Regra Básica” da PLR atinja 5% do lucro líquido, o que ocorrer primeiro.

2- Parcela Adicional: corresponde à divisão linear de 2,2% do lucro líquido, pelo número total de empregados, em partes iguais, até o limite individual de R$ 5.614,06.

De acordo com a CCT, todas as instituições financeiras que apresentaram lucro estão obrigadas a pagar a PLR, com exceção das que tiveram prejuízo em 2021.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Paranaguá

 

Caça a dinheiro esquecido em bancos só funcionará em fevereiro, diz BC

Publicado em:

O Banco Central comunicou, na noite desta quinta-feira (27), que o Sistema Valores a Receber só voltará a ser disponibilizado à população em 14 de fevereiro.

Assim que foi lançado, nesta última segunda-feira (24), o sistema online que “caça” valores esquecidos de brasileiros em instituições financeiras recebeu grande procura e derrubou a página do BC na internet por dias —o site da autoridade monetária só voltou a funcionar normalmente nesta quinta.

Segundo o BC, a “quantidade de acessos ao site foi 20 vezes maior que um dia de alto volume — ou 50 vezes maior que um dia normal”, disse, por nota. “Essa alta procura ao site para acessar o SVR provocou sua instabilidade, seguida de indisponibilidade, levando o BC a retirar o SVR do ar”.

Para retomar o serviço, o BC afirma que está investindo na sua capacidade de atendimento e, a partir do dia 14 de fevereiro, a população poderá voltar às consultas ao sistema.

Apesar das instabilidades, 79 mil cidadãos conseguiram acessar o Sistema Valores a Receber (SVR), segundo primeiro balanço do BC. Destes, 8,5 mil solicitações resgataram ao menos R$ 900 mil.

Ao menos R$ 8 bilhões estão sob a posse de instituições financeiras.

Quem tiver dinheiro a resgatar será informado sobre a data em que poderá solicitar a transferência dos recursos para sua conta. Essas solicitações de transferências poderão ser agendadas, de acordo com comunicado da autoridade monetária, a partir de 7 de março.

O BC disse ainda que a população não precisa se preocupar em relação ao recursos “esquecidos” no período em que o sistema passa por manutenção. “Não há risco de prescrição ou perda desses recursos, que permanecerão guardados pelas instituições financeiras à espera de seus proprietários”, afirmou.

Fonte:Infomoney

 

Governo compartilha dados pessoais de brasileiros com bancos; Idec é contra

Publicado em: 20/01/2022

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou questionamentos à ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) sobre um acordo de cooperação do governo que envolve a liberação de dados de cidadãos brasileiros com instituições bancárias. A iniciativa é de uma parceria entre Ministério da Economia, representado pela SGD (Secretaria de Governo Digital), e a ABBC (Associação Brasileira de Bancos).

Publicada em 7 de de janeiro no Diário Oficial da União, a medida 27/2021 prevê o compartilhamento de dados da ICN (Identidade Civil Nacional) para a utilização pelas instituições financeiras — em uma espécie de “degustação experimental”, segundo o Idec. Entre as informações, estão dados sensíveis como de origem biométrica e eleitoral.
Para os especialistas do órgão, o acordo traz uma série de inconsistências, é muito aberto, não especifica os usos nem abrangência, não tem base legal e também não evidencia a finalidade pública.

A ICN, criada em 2017, reúne dados da Justiça Eleitoral, do Sirc (Sistema Nacional de Informações de Registro Civil), da CRC Nacional (Central Nacional de Informações do Registro Civil) e de outros institutos de identificação dos estados e do Distrito Federal. Informações que são centralizadas na plataforma Gov.br e permitem o acesso a diversos serviços disponibilizados pelo governo federal e ainda municipais e estaduais.

No texto no DOU, o argumento é de que o acordo permitirá a validação biométrica e biográfica. Além disso, oferecerá uma conexão entre a plataforma de autenticação gov.br e os bancos. Com o uso de APIs (interface de programação de aplicativo), o intercâmbio de dados ofereceria mais segurança na identificação dos usuários.
O acordo não contempla repasses financeiros, o que é vedado por lei, e tem a duração mínima de um ano, podendo ser prorrogado.

Por que a ANPD foi questionada?

Em documento enviado no dia 13 de janeiro à ANPD, órgão responsável por criar as regras e fiscalizar a aplicação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a entidade lista quatro preocupações:
• ausência de explicitação de medidas de segurança de dados e uso compartilhado de dados com entes privados sem base legal e sem finalidade;
• insuficiente comprovação de interesse público e de finalidade legítima e ausência de transparência das finalidades e interesses privado;
• desproporcionalidade do acordo e desvio a finalidade de tratamento dos dados nas plataformas governamentais;
• falta de transparência e violação à autodeterminação informativa do titular de dados.

O Idec lembra ainda que no “Perguntas e Respostas” da plataforma Gov.br há a informação de que o sistema atende aos princípios da LGPD e que, por lei, “o cidadão é o dono dos seus próprios dados e precisa ser avisado sobre como eles estão sendo usados e compartilhados”.

As explicações destacam ainda que os dados da conta gov.br da pessoa “são compartilhados apenas com os serviços que você autoriza e podem ser desautorizados por você a qualquer momento”. Logo, o compartilhamento com os bancos não se encaixaria nessas regras.

Diante desses elementos, o Idec quer que a ANPD se manifeste sobre diversos tópicos, como a base legal para o acordo, os interesses e finalidades concretos da ABBC e os benefícios públicos que justifiquem o uso compartilhado dos dados, segundo a LPGD e a realização ou não de Relatório de Impacto de Dados. E, caso não tenha as informações, que oficialize os envolvidos.

A Tilt, o Idec informou que a ANPD não indicou uma prazo de resposta aos questionamentos e relembrou que a entidade de Proteção de Dados “chegou a ser oficiada pelo Ministério da Economia comunicando o acordo, mas depois de sua publicação no Diário Oficial”.

Já a ANPD disse que, em 11 de janeiro, quando tomou conhecimento do acordo, instaurou de ofício um procedimento preparatório de fiscalização para averiguar a regularidade do compartilhamento de dados com os bancos.

“Acerca da análise sobre o ACT [Acordo de Cooperação Técnica], o Ministério da Economia foi oficiado por esta Autoridade para apresentar a documentação necessária para análise da ANPD. Não é possível, sem a análise da documentação completa, firmar qualquer juízo antecipado sobre a regularidade do ACT. Eventuais riscos no compartilhamento desses dados só podem ser avaliados após a análise da documentação a ser encaminhada pelo Ministério”, informou em nota.

A ANPD não respondeu sobre prazos para que se tenha uma resposta final sobre o acordo.

Fonte: Portal UOL

Pandemia aumenta acesso da população brasileira a serviços bancários

Publicado em:

Os bancos digitais aumentaram o acesso da população brasileira a produtos financeiros, com destaque para a parcela de baixa renda. Atualmente 19% dos brasileiros têm conta em bancos digitais e 30% estão nas classes D e E. É o que revela pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva, feita com 1.519 brasileiros, com 18 anos de idade ou mais, entre 27 de outubro e 7 de novembro do ano passado.

O presidente do Locomotiva, Renato Meirelles, disse hoje (19) à Agência Brasil que, antes da pandemia de covid-19, o banco digital era o segundo banco da classe mais rica e o substituto da conta universitária. “Os bancos digitais falavam, praticamente, para os mais ricos. Tanto que, para depositar dinheiro no banco digital, era preciso fazer uma transferência de outro banco. Então, ele [banco digital] era, basicamente, para quem já tinha conta.”

Com a pandemia, o receio de se expor a uma possível contaminação ao se dirigir a uma agência bancária tradicional fez cair consideravelmente a procura por esses serviços. Por outro lado, aumentou o acesso à internet e cresce a demanda por serviços e compras online, destacou Meirelles.

“Além de fazer crescer o mercado das fintechs (empresas que oferecem serviços financeiros), isso mudou o perfil desse público. Por isso, temos 30% que são das classes D e E. Praticamente, um terço de quem tem conta em fintechs vem das classes D e E.”

Inclusão

Segundo Meirelles, um dado que ajuda a entender esse processo de inclusão é o fato de 86% dos brasileiros dizerem que os bancos digitais permitiram que pessoas antes discriminadas pelas instituições financeiras tivessem conta em banco e de 80% afirmarem que bancos digitais não discriminam clientes de acordo com a renda. Ele lembrou que anteriormente os bancos tradicionais eram os únicos “que tinham detector de pobre” na entrada – a porta giratória. “Hoje abrir uma conta no banco digital, é muito mais fácil, muito menos burocrático.”

O presidente do Instituto Locomotiva aponta facilidades do processo atual: “você tira uma foto de si mesmo e consegue provar que é você, com uma simples foto. Não precisa mais mandar aqueles 50 documentos. Isso torna o sistema financeiro mais democrático e mais acessível para a parcela da população que não era tão bem atendida antes da existência das fintechs. Este é mais um motivo para a adesão das pessoas ao banco digital, afirmou Meirelles.

Menos taxas

A isso, soma-se a percepção de os bancos digitais cobrarem menos taxas e serem mais fáceis de usar. As fintechs atraem mais os jovens, que são mais conectados. Entretanto, durante a pandemia, o que se viu foram pessoas mais velhas aprendendo com os netos a usar as novas tecnologias, entre as quais as fintechs. “Como os mais velhos eram do grupo de risco, tinham mais dificuldade para ir aos bancos. E isso os levou a se digitalizar mais e a usar as fintechs.”

Meirelles disse que, no geral, são os mais jovens que usam mais as fintechs, mas ressaltou que, proporcionalmente, quem mais elevou o uso dos bancos digitais foram os mais velhos, que saíram de uma base menor, quase equivalente a 0%. “Foi o grupo que mais cresceu na pandemia.”

A sondagem mostra que 57% dos entrevistados têm conta em bancos tradicionais e digitais e 19%, só em instituições digitais; 30% são das classes D e E e 20% são clientes apenas de bancos tradicionais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 36% têm apenas conta digital.

Fonte: Agência Brasil

Saldo de empregos no setor foi positivo, mas maiores bancos continuam extinguindo vagas

Publicado em: 16/12/2021

Segundo dados do Novo Caged, o saldo de empregos no setor bancário foi positivo em outubro, com a geração de 1.012 vagas. Mas esse resultado foi impactado pelas contratações da Caixa decorrentes de decisão judicial favorável aos aprovados no concurso de 2014. Excluindo-se o resultado da Caixa, os bancos apresentariam fechamento de 44 postos de trabalho no mês.

O saldo positivo também não reflete o movimento de contratações e demissões nos quatro maiores bancos do país (BB, Itaú, Bradesco e Santander). Estes se enquadram na categoria “bancos múltiplos com carteira comercial” – não inclui a Caixa, que se enquadra na categoria “caixas econômicas” -, e esta categoria extinguiu 77 postos de trabalho em outubro, e 1.441 nos últimos 12 meses.

Desde abril de 2021, a trajetória do emprego formal no setor bancário tem apresentado criação de postos de trabalho. De janeiro a outubro, verifica-se a criação de 5.121 postos de trabalho. Mas esse total deve-se principalmente às contratações na Caixa por determinação da Justiça (mencionadas acima); e deve-se também a uma ampliação de postos de trabalho não ligados diretamente às áreas mais tradicionais dos serviços bancários, como os de profissionais de TI. No acumulado dos últimos 12 meses, houve aumento de 1.271 postos de trabalho na categoria.

“O que se percebe ao analisar os dados do Caged é que o saldo positivo de empregos não significa aumento de contratações para as funções tradicionais de bancários. O que o setor está fazendo é contratar mais profissionais de TI, uma consequência da digitalização dos serviços bancários. Mas os maiores bancos, com exceção da Caixa que este ano foi obrigada a chamar os concursados de 2014, continuam extinguindo empregos, principalmente nas agência físicas. Ou seja, a categoria continua sobrecarregada, adoecendo, e o atendimento presencial da população continua sendo relegado a segundo plano pelos bancos”, diz Rita Berlofa, secretária de Estudos Sócio Econômicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A dirigente também destaca que os trabalhadores contratados para a TI são, em grande maioria, terceirizados. “São trabalhadores contratados pelo banco, porém sem os direitos da categoria bancária. Não têm a cobertura da Convenção Coletiva, não tem os direitos conquistados pela categoria ao longo de anos. É uma contratação fraudulenta de mão de obra, porque são trabalhadores que prestam serviço para bancos, mas estão sendo contratados de forma terceirizada”, afirma Rita Berlofa.

Remuneração média

O salário mensal médio de um bancário admitido em setembro foi de R$ 5.014,59 enquanto o do desligado foi de R$ 5.207,72, ou seja, o admitido entra ganhando 96,3% do que ganhava o desligado. Isso mostra que os bancos continuam ganhando com a rotatividade.

Desligamentos por pedido dos empregados

Outro dado interessante mostra que o número de desligamentos por pedido do empregado no setor bancário tem aumentado nos últimos meses. No início da pandemia até outubro de 2020, o número de desligamentos por pedido representava em média um quarto do total dos desligamentos. Em dezembro de 2020, chegou ao pico de 65,4% das demissões, e nos últimos dois meses tem superado 40% do total de desligados, ou seja, para cada dez desligamentos quatro foram motivados por iniciativa do trabalhador. Nos últimos 12 meses foram mais de 15 mil pedidos de demissão.

Em nota, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) observa que compreender a motivação não é uma tarefa fácil, e lista como principais hipóteses: a melhoria na oferta de vagas com possível migração de trabalhadores para fintechs e corretoras de valores; facilidade de mudanças promovidas pelo home office e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas. “De toda forma, apenas através de uma investigação qualitativa com os trabalhadores seria possível entender este movimento”, diz a nota do Dieese.

No Brasil

Segundo o Caged, o emprego formal no Brasil apresentou crescimento em outubro de 2021, registrando saldo de 253.083 postos de trabalho. O saldo positivo ocorreu em quatro Grandes Grupos de Atividades Econômicas: Serviços (+144.641 postos); Indústria geral (+26.697 postos), concentrado na Indústria de Transformação (+23.747 postos); Comércio (+70.355 postos); e Construção (+17.236 postos). Em atividades da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura o saldo foi negativo (-5.844 postos). Para o acumulado do ano, janeiro até outubro, o saldo positivo ultrapassa 2,6 milhões de novas vagas de emprego e no acumulado dos últimos 12 meses houve a criação de 2,8 milhões de postos de trabalho formais.

Adicionalmente, informações da PNAD Trimestral (3º trimestre de 2021) – que incorpora números do emprego formal e informal – aponta uma taxa de desocupação estimada em 12,6% da população brasileira, o que representa um contingente de pessoas desocupadas de, aproximadamente, 13,5 milhões. No período, existiam também 30,7 milhões de pessoas subutilizadas (pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a Força de trabalho ampliada). Considerando a inflação e o aumento do postos de trabalho informais, a renda real média do trabalhador teve queda recorde de 11,1% em um ano.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Ações Banco do Brasil, Itaú e Santander podem render até 40% em 2022

Publicado em:

A rápida deterioração das perspectivas econômicas para 2022 fez com que a Ágora Investimentos, em parceria com o Bradesco BBI, realizasse uma ampla revisão das estimativas das ações do setor bancário.

Em linhas gerais, as projeções de lucros para 2022 foram cortadas, na média, em 2,7%, e as de 2023 ficaram 3,7% menores. O preço-alvo dos papéis encolheu, na média, 12,6%, pressionado pela elevação do custo de capital (cost of equity) para 15,1%, refletindo a deterioração das condições político-econômicas.

Gustavo Schroden, do Bradesco BBI, e Maria Clara Negrão, da Ágora, que assinam o relatório, afirmam que “a qualidade dos ativos das pessoas físicas e PMEs são os principais riscos e, de acordo com nossa análise estatística, os empréstimos pessoais, de cartão de crédito e PMEs têm a maior correlação com a Selic.”

De qualquer modo, a dupla considera que “todos os pontos negativos parecem estar precificados.” Isto porque, segundo os analistas, “os bancos brasileiros estão negociando a 6,5x P/L, 25% abaixo da média histórica, e 1,1x P/Valor Patrimonial, 24% abaixo da média histórica.”

Veja, a seguir, o que a Ágora e o Bradesco BBI pensam das principais ações do setor bancário listadas na Bolsa.

Itaú Unibanco (ITUB4)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 31
Alta potencial (sobre 10/dez): 39,9%
Análise: o Itaú é o papel favorito da Ágora e do Bradesco BBI para 2022, entre os bancos listados na Bolsa. Mesmo assim, os analistas cortaram as estimativas de lucro líquido em 5,2% para 2022, e 7,5% em 2023. A grande exposição do banco a cartões de crédito (13% da carteira) e PMEs (17% da carteira) é o ponto que mais preocupa a dupla.

Banco do Brasil (BBAS3)
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 38
Alta potencial (sobre 10/dez): 16,9%
Análise: mesmo com a recomendação neutra, o Banco do Brasil é a segunda favorita da Ágora e do Bradesco BBI. O motivo é a pequena exposição da carteira de crédito a produtos mais arriscados, como os cartões de crédito, empréstimos pessoais (excluindo o crédito consignado) e PMEs.

Santander (SANB11)
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 39
Alta potencial (sobre 10/dez): 22%
Análise: a grande exposição da carteira de crédito do Santander a empréstimos pessoais (11% do total da carteira) é o que mais preocupa os analistas.

Fonte: Money Times

 

Bancos e cervejas têm as marcas mais valiosas do Brasil em 2021

Publicado em:

O Itaú tem a marca mais valiosa do Brasil em 2021, com valor estimado em R$ 40,5 bilhões, de acordo com o estudo anual da consultoria Interbrand divulgado na última semana.

As cinco primeiras posições repetem o levantamento de 2020 das Marcas Brasileiras Mais Valiosas. O banco é seguido por Bradesco, com valor de marca de R$ 27,5 bilhões, Skol, com R$ 18,8 bilhões, Brahma, com R$ 12,7 bilhões e, finalmente, a Natura, com valor de marca de R$ 10,5 bilhões.

Todas as dez primeiras posições pertencem a empresas abertas em bolsa e participantes do Ibovespa: Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Ambev (ABEV3), Natura &Co (NTCO3), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR3 e PETR4), Magazine Luiza (MGLU3), Telefônica (VIVT3) e Americanas (LAME4 e AMER3).

Segundo a Interbrand, neste ano, duas novas marcas passaram a integrar o ranking, que tem, no total, 25 integrantes: a Claro, que estreou na 14ª posição, com valor de marca estimado em R$ 1 bilhão, e a Hering, que estreou na 25ª posição, com valor de marca de R$ 520 milhões.

Somadas, as 25 marcas que compõem o ranking ultrapassaram um valor de R$ 144 bilhões, um crescimento de 7% em comparação com o ranking do ano passado.

O varejo foi o setor que mais se destacou, dobrando a sua representatividade na tabela em relação a 2019. Os maiores crescimentos em valor de marca foram os da Magalu (+66%) e das Lojas Americanas (+25%), que estreou no top dez em 2021.

 

Governo alinha arcabouço contábil dos bancos a padrões internacionais

Publicado em: 26/11/2021

O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou nesta 5ª feira (25.nov.2021) um novo padrão para a contabilização e o registro dos instrumentos financeiros e das provisões dos bancos brasileiros. O objetivo é alinhar o sistema financeiro nacional às melhores práticas internacionais.

Segundo o BC (Banco Central), a nova regra alinha os critérios contábeis aplicáveis aos instrumentos das instituições financeiras e das demais autorizadas a funcionar ao pronunciamento IFRS 9. Isto é, à norma para instrumentos financeiros do IASB (International Accounting Standards Board), organização que fixa padrões internacionais de contabilidade.

Em nota, o Banco Central disse que “a medida representa um passo relevante em direção à finalização do processo de convergência das normas contábeis previstas no Cosif (Padrão Contábil das Instituições Reguladas pelo Banco Central do Brasil) em relação aos padrões internacionais de contabilidade”.

A autoridade monetária afirmou que a nova padronização foi alvo de “amplo debate com os segmentos sociais mais diretamente afetados pela norma, a fim de aprimorar as propostas de atos normativos e de alcançar maior nível de convergência”. O assunto foi tema de 3 consultas públicas, em 2017 e 2018.

O BC também afirmou que “haverá prazo adequado para ajustes nos processos e rotinas das instituições financeiras, garantindo um processo de transição suave e eficiente”.

A nova padronização contábil dos bancos entra em vigor em 1º de janeiro de 2025 e consta na Resolução nº 4.966 do CMN, aprovada e publicada nesta 5ª feita (25.nov.2021).

Fonte: Poder 360

 

Pix completa um ano com nova funcionalidade de devolução

Publicado em:

No aniversário de um ano, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), ganha nova funcionalidade. Entra em vigor hoje (16) o Mecanismo Especial de Devolução, que agilizará o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.

O mecanismo está regulamentado por uma resolução editada pelo BC em junho. Desde então, as instituições financeiras estavam se adaptando aos procedimentos.

Até agora, em uma eventual fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas precisavam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais para devolver o dinheiro. Segundo o BC, isso dificultava o processo e aumentava o tempo necessário para que o caso fosse analisado e finalizado. Com o Mecanismo Especial de Devolução, as regras e os procedimentos serão padronizados.

Outras novidades para o Pix virão em breve. A partir do dia 29 estarão disponíveis o Pix Saque e o Pix Troco, que permitem o saque em espécie e a obtenção de troco em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.

No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados quanto da própria instituição financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca do caixa.

O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.

Open banking

Ainda neste trimestre, o BC pretende estender o iniciador de pagamentos ao Pix. Por meio dessa ferramenta, existente para pagamentos por redes sociais e por aplicativos de compras e de mensagens, o cliente recebe um link com os dados da transação e confirma o pagamento.

Atualmente, o iniciador de pagamentos existe para compras com cartões de crédito e de débito. O BC pretende ampliar a ferramenta para o Pix, o que só será possível por causa da terceira fase do open banking (compartilhamento de dados entre instituições financeiras), que entrou em vigor no fim de outubro.

Com a troca de informações, o cliente poderá fazer transações Pix sem abrir o aplicativo da instituição financeira, como ocorre hoje. O usuário apenas clicará no link e informa a senha ou a biometria da conta corrente para concluir a transação. Tudo sem sair do site de compras, do aplicativo de entregas ou da rede social.

Estatísticas

Até o fim de outubro, segundo os dados mais recentes do BC, o Pix tinha 348,1 milhões de chaves cadastradas por 112,65 milhões de usuários. Desse total, 105,24 milhões são pessoas físicas e 7,41, pessoas jurídicas. Cada pessoa física pode cadastrar até cinco chaves Pix e cada pessoa jurídica, até 20. As chaves podem ser distribuídas em um ou mais bancos.

Em um ano de funcionamento, o volume de transações pelo Pix deu um salto. Em outubro, o sistema de pagamentos instantâneos movimentou R$ 502 bilhões, contra R$ 25,1 bilhões liquidados em novembro do ano passado. Segundo o Banco Central, 75% das transações do Pix em outubro ocorreram entre pessoas físicas, contra 87% no primeiro mês de funcionamento. Os pagamentos de pessoa física para empresa saltaram de 5% para 16% no mesmo período.

Empresas e governo

O aumento nos pagamentos a empresas decorre de funcionalidades adicionadas ao longo deste ano para estimular o recebimento de Pix por empresas e prestadores de serviço. Em maio, começou a funcionar o Pix Cobrança, que substitui o boleto bancário e permite o pagamento instantâneo por meio de um código QR (versão avançada do código de barras) fotografado com a câmera do celular.

Em julho, começou a ser ofertado o Pix Agendado, que permite o agendamento de cobranças, com a definição de uma data futura para a transação. Em setembro, o oferecimento da funcionalidade por todas as instituições financeiras passou a ser obrigatório.

As transações entre pessoas físicas e o governo aumentaram de R$ 2,25 milhões em novembro de 2020 para R$ 409,83 milhões em outubro deste ano. Apesar de pequenas em relação ao total movimentado, essas operações estão subindo graças a medidas como o pagamento de alguns tributos por grandes, micro e pequenas empresas e à quitação de taxas federais por meio do Pix.

Segurança

O Pix completa um ano em meio a preocupações com a segurança do sistema. Por causa do aumento de sequestros-relâmpago e de fraudes relacionadas ao Pix, o BC limitou, em outubro, as transferências a R$ 1 mil entre as 20h e as 6h. Medidas adicionais de segurança foram adotadas, como o bloqueio, por até 72 horas, do recebimento de recursos por pessoas físicas em caso de suspeita de fraude.

Em setembro, ocorreu o incidente mais sério com o Pix registrado até agora. Uma brecha de segurança no Banco Estadual de Sergipe permitiu o vazamento de 395 mil chaves Pix do tipo telefone. Na ocasião, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, valores movimentados e saldos nas contas, mas os números de telefone de clientes capturados por pessoas de fora da instituição, que foi punida pelo BC.

Se casos semelhantes ocorrerem, as próximas punições poderão ser mais duras. No fim da semana passada, o BC acelerou as notificações às instituições financeiras que violarem os regulamentos do Pix e diminuiu as situações em que as multas serão isentas.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

 

Grandes bancos aceleram transformação para atrair clientes jovens

Publicado em: 11/11/2021

Em resposta às mudanças trazidas pela pandemia e com a proximidade da abertura de capital do Nubank, que deve chegar à Bolsa mais valioso que Itaú, Bradesco e Santander, os maiores bancos privados brasileiros aceleraram sua transformação digital. Para não perderem espaço, os bancos tradicionais correm contra o tempo para atrair jovens clientes em seus bancos digitais. O Next, do Bradesco, quer fechar o ano com 10 milhões de correntistas, enquanto o iti, do Itaú, pretende ir além e chegar a 15 milhões.

A distância entre eles é grande, ao menos em número de clientes. Somados, iti, Next e Superdigital (fintech do Santander) tinham 19,6 milhões de clientes no terceiro trimestre deste ano. O Nubank, de acordo com os documentos de sua oferta de ações, somava 48,1 milhões de clientes, 47 milhões deles no Brasil.

A disputa não é apenas por quantidade. O Nubank afirma que a maior parte de seus clientes é jovem e tem menor renda, público que torce o nariz para os bancos tradicionais. O papel das marcas digitais nos conglomerados é justamente o de conquistar essa parcela do público sem cobrar tarifas. Itaú e Bradesco destacaram, por exemplo, que a maior parte dos correntistas de seus “filhotes” não é correntista de suas marcas principais.

“É um desafio grande. É um público jovem, de renda inferior”, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, durante teleconferência de resultados da instituição. O Itaú pretende gerar 50% das receitas do banco de varejo pelos canais digitais até 2025. O papel do iti é o de engajar aos produtos do banco um público que hoje não está lá dentro.

Crédito pode ser vantagem dos grandes bancos

Em teleconferência com analistas e investidores estrangeiros na última sexta-feira, 5, o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Leandro Miranda, afirmou que a experiência na concessão de crédito, produto em que as fintechs ainda buscam avançar, é uma carta na manga do conglomerado. “Temos concedido mais crédito através de nossos canais digitais do que todo o universo das fintechs”, disse.

Para analistas, os números que os grandes bancos exibem no mundo digital são reflexo de seu protagonismo no sistema financeiro. “Sem dúvida nenhuma, eles são protagonistas, junto com as fintechs, dessa digitalização. A participação analógica garante a eles um lugar na mesa. O que mudou com a digitalização é que a vantagem que os bancos grandes tinham na distribuição, com as agências, tornou-se uma desvantagem”, diz Carlos Macedo, analista associado à Ohmresearch.

Ele considera que o grande desafio das fintechs é ganhar experiência na concessão de crédito, o que inclui o cálculo dos riscos, mas também a assertividade das ofertas, e fazer com que o cliente utilize uma quantidade maior de produtos. “Monetizar o cliente é algo que fintechs ainda têm que fazer de melhor forma. O Nubank e o Inter têm 3, 4 produtos por cliente; o Bradesco e o Itaú, 6, 7.”

O Nubank, apontado como o maior de seu segmento no mundo, escolheu a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) para fazer sua oferta inicial de ações, em operação que poderá movimentar R$ 22 bilhões (US$ 4 bilhões), de acordo com fontes de mercado.

Segundo cálculos atualmente na mesa, a fintech brasileira poderá chegar valendo quase R$ 400 bilhões (ou US$ 70 bilhões). Se isso ocorrer, o Nubank será mais valioso do que o maior banco da América Latina, o Itaú Unibanco, atualmente avaliado em R$ 221 bilhões na B3, e o Bradesco (R$ 182 bilhões) combinados. A previsão é de que a oferta na Bolsa de Nova York ocorra em dezembro.

Esses dados fizeram com que os executivos dos grandes bancos privados fossem questionados sobre a avaliação do mercado ao setor. De janeiro a setembro, a fintech teve prejuízo de US$ 99,1 milhões, o equivalente a R$ 547,3 milhões. No mesmo período, o Itaú teve lucro de R$ 19,720 bilhões; o Bradesco, de R$ 19,602 bilhões; e o Santander, de R$ 12,466 bilhões.

Maluhy, do Itaú, não citou diretamente o Nubank, mas considerou que nos bancos de grande porte, como o que comanda, o lucro é resultado de múltiplas atividades, enquanto nas fintechs, a carteira de produtos e serviços ainda é menor.

Miranda, CFO do Bradesco, afirmou que espera que essa diferença de avaliação diminua ao longo do tempo. “O mercado sempre tem a resposta, mas à medida que ficamos mais e mais digitais e emprestamos mais que toda a indústria, incluindo o Nubank, deveríamos ter múltiplos muito mais altos”, disse. Uma das evidências desse avanço digital é que, no Bradesco, enquanto as transações feitas pelo celular saltaram 92% este ano, as realizadas nas agências caíram 70%.

Desconexão entre avaliação e lucratividade

Neste ano, o Índice Financeiro da B3 caiu 18%, mais que o Ibovespa, que perdeu cerca de 12%, em uma mistura de temores com as contas públicas nacionais e a concorrência que os grandes bancos devem enfrentar à frente.

No entanto, analistas do setor acreditam que essa queda seja exagerada. “Ainda vemos uma desconexão entre lucratividade e avaliação de mercado, mesmo com o recente desempenho da ação”, comentaram Marcelo Telles, Daniel Vaz e Bruna Amorim, do Credit Suisse, a respeito do Itaú.

Os analistas do banco suíço consideraram ainda que o mercado precisa dar mais atenção ao progresso do iti, em especial ao compará-lo ao Nubank. “Agora, com os depósitos pagando 100% do CDI e ofertas gratuitas de cartão de crédito aos usuários, muito similares às ofertas do Nubank, o iti está expandindo sua base rapidamente”, escreveram.

Fonte: Estadão

 

Fraudes contra clientes de bancos crescem 165% em 2021

Publicado em: 05/11/2021

Os golpes contra clientes de bancos cresceram 165% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os golpes que mais aumentaram foram aqueles chamados de “engenharia social”, em que a vítima é manipulada e levada a fazer ações em benefício dos criminosos.

O crescimento ocorre, entretanto, em um contexto em que o celular já responde por mais da metade das transações bancárias. Segundo a Febraban, os aplicativos para telefone móvel foram usados em 51% das transações em 2020. Em 2016, o percentual era de 28%. De acordo com a federação, a pandemia aumentou a importância desses aparelhos, que passaram a ser usados por pessoas que antes sequer tinham conta em banco.

Esse público, com pouca intimidade com o funcionamento do sistema bancário e com a segurança digital, é o alvo preferencial dos grupos de criminosos, diz a entidade. Os golpistas tendem a se aproveitar da falta das informação das vítimas para induzi-las a fazer depósitos e transferências, o que é mais fácil do que burlar os sistemas de segurança dos aplicativos e sistemas dos bancos.

Golpes

O chamado golpe do falso funcionário cresceu 62% no primeiro semestre deste ano. Nessa modalidade, o criminoso liga para a vítima e se faz passar por funcionário de uma instituição com a qual a pessoa tem relação. O golpista informa a vítima sobre supostos problemas de segurança, como a conta invadida ou clonada, para conseguir dados pessoais e financeiros. Durante a ligação, o criminoso pede ainda que a vítima digite a senha do cartão. Com essas informações, ele pode fazer retiradas de contas da vítima.

O golpe do falso motoboy funciona de forma semelhante. O golpista liga para a vítima passando-se por funcionário do banco e diz que o cartão foi fraudado, pede a senha e instrui a pessoa a cortar o cartão. No entanto, o chip fica preservado. Um suposto funcionário do banco vai à residência da pessoa sob o pretexto de retirar o cartão para que um novo seja emitido. Com a senha e o chip, os golpistas podem sacar dinheiro e fazer transações em nome da vítima.

Nesse tipo de situação, alerta a Febraban, os golpistas tentam provocar medo na vítima para que ela aja por impulso e siga as instruções dos criminosos. Por isso, é importante lembrar que, em nenhum contato real de bancos, serão solicitados senhas, números de cartão ou será pedido para fazer transferências. Em caso de dúvida, o cliente deve desligar e telefonar por conta própria para os canais de atendimento informados no verso do cartão bancário.

As tentativas de golpe do tipo phishing cresceram 26%. Nessa modalidade de fraude, são enviados e-mails ou mensagens por WhatsApp na tentativa de obter dados ou induzir as pessoas a clicar em páginas falsas de bancos. Por isso, os clientes devem sempre desconfiar de ofertas não solicitadas ou descontos muito acima do esperado, além de verificar com cuidado os endereços de e-mail e das páginas nesse tipo de mensagem que, muitas vezes, tentam simular com troca de letras ou domínios do exterior as páginas oficiais dos bancos.

Há ainda as fraudes com empréstimos e venda de produtos com condições aparentemente muito vantajosas. Os criminosos, então, induzem o senso de urgência nas vítimas para que façam depósitos sob o pretexto de não perderem a oportunidade das ofertas. A Febraban alerta que nenhuma modalidade de empréstimo solicita pagamentos antecipados. No caso de compras, é importante fazer em páginas seguras e certificadas.

A Febraban afirma que os bancos investem R$ 2,5 bilhões por ano em segurança digital. Porém, em casos em que as vítimas fazem os depósitos ou entregam informações para os criminosos, o entendimento dos bancos é que a fraude não envolveu o sistema, por isso, não há chance de ressarcimento.

Fonte: Agência Brasil

Bancos estão preparados para enfrentar novos choques na economia, diz BC

Publicado em: 28/10/2021

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) está preparado para enfrentar todos os choques macroeconômicos e não há riscos relevantes para a estabilidade financeira do país, nem mesmo em relação à pandemia de covid-19. A avaliação é do Banco Central (BC), em seu Relatório de Estabilidade Financeira, referente ao primeiro semestre do ano.

“No primeiro semestre de 2021, o SFN manteve as provisões elevadas, as perdas esperadas com crédito se reduziram, a capitalização do sistema bancário melhorou, e a liquidez manteve-se confortável. Esse desempenho está em linha com a evolução positiva da economia doméstica, em um período de recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos e de avanço da campanha de vacinação”, informou o BC.

Ainda assim, a autarquia alerta para a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia, diante do risco de disseminação de novas variantes do coronavírus, da dificuldade para algumas cadeias produtivas obterem insumos, além de eventuais implicações no fornecimento de energia em razão da crise hídrica que o país vive.

Segundo o BC, a rentabilidade dos bancos já está no nível pré-pandemia. O sistema registrou lucro líquido de R$ 62 bilhões no primeiro semestre de 2021, 53% acima do registrado em igual período do ano passado e 3% acima do observado no primeiro semestre de 2019.

A principal causa para a recuperação da rentabilidade é o menor volume de despesas com provisões [reservas para pagar dívida]. “A inadimplência sob controle e a materialização de perdas aquém do esperado sugerem que não haverá alteração significativa nas despesas com provisões no curto prazo. Melhoras consistentes nas receitas com serviços e despesas administrativas crescendo abaixo da inflação também têm beneficiado a rentabilidade”, diz o relatório.

Mas a incerteza segue acima do usual, diante da elevação da taxa básica de juros, a Selic, que deve pressionar o custo de captação de crédito, à medida que novas operações forem sendo concedidas. Uma eventual recuperação da atividade mais lenta que o esperado também pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente.

“A reforma tributária, se aprovada pelo Congresso, impactará a rentabilidade de diferentes formas. No primeiro momento, haverá reavaliação do crédito tributário, sem efeito no caixa dos bancos. No médio prazo, a alíquota menor reduzirá o dispêndio com tributos”, completou o BC.

Crédito

O relatório aponta ainda que a recuperação econômica permitiu que empresas de capital aberto melhorassem a situação econômico-financeira e que empresas de grande porte voltassem ao mercado de capitais. As empresas de menor porte, por sua vez, impulsionam o crédito bancário, com crescimento anual em torno de 35%.

“O crescimento [do crédito bancário às micro, pequenas e médias empresas] foi expressivo, mesmo com o fim dos programas emergenciais. Espera-se nova expansão a partir do segundo semestre de 2021, com a retomada dos programas de incentivo”, diz o relatório.

O mercado de crédito como um todo tem crescido na faixa de 18%. No caso do crédito às pessoas físicas, a expansão ocorre em praticamente todas as modalidades. De acordo com o BC, as contratações do financiamento imobiliário seguem estimuladas pelas taxas de juros baixas, mas a participação dessa modalidade de crédito no Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas os serviços e riquezas produzidas pelo país) continua baixa para padrões internacionais.

“O crédito consignado elevou-se devido ao aumento do limite de consignação, que foi prorrogado até dezembro de 2021. O forte aumento das modalidades voltadas ao consumo [como o não consignado e o cartão de crédito] indica mais apetite ao risco por parte das instituições financeiras, em um contexto de menos restrições à circulação da população”, diz o BC.

Riscos

Apesar do aumento das concessões de crédito, o endividamento e o comprometimento de renda, quando calculados somente para os indivíduos que regularmente possuem dívidas bancárias, apresentam, respectivamente, leve aumento e estabilidade. Segundo o BC, isso indica a manutenção da qualidade da carteira de crédito e mostra que, mesmo depois de uma crise como a ocorrida no ano passado, o comportamento da inadimplência tem se mantido de forma bastante satisfatória.

Há riscos, entretanto, no desempenho de algumas carteiras específicas, como o crédito imobiliário com recursos do FGTS, cuja inadimplência tem aumentado. De modo geral, as instituições pesquisadas reduziram a preocupação com inadimplência e atividade, mas há cautela em razão de riscos de cepas do coronavírus mais resistentes às vacinas, da retirada de estímulos econômicos e da persistência do desemprego.

Já os riscos fiscais e cenário internacional continuaram muito citados na Pesquisa de Estabilidade Financeira. “O primeiro está mais associado a um aumento de preocupações com eventuais políticas favoráveis à expansão fiscal, que impactem a sustentabilidade das contas públicas. O segundo está associado a possíveis ajustes monetários nas economias avançadas, que podem alterar custos e fluxos dos recursos para economias emergentes”, diz o BC.

Para o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, há ainda os riscos políticos, principalmente em período eleitoral, sempre citados pelas instituições. “Ao que tudo indica, teremos uma eleição bastante acirrada, polarizada. Acho que o complicador maior quando se fala em ano de eleição é que, nesse período, você tem uma maior aversão a risco por parte de famílias e empresas e isso prejudica um pouco a atividade econômica”, disse, durante evento virtual para comentar os dados do relatório.

Ainda assim, desde o início da pandemia de covid-19, o mercado apresenta confiança na estabilidade financeira bem acima do que esteve durante a recessão de 2015/2016. No início de agosto de 2021, o nível de confiança aproximou-se do maior valor histórico observado, atingido em 2019.
Teste de estresse

No teste de estresse, o BC simula o quanto uma situação de severa inadimplência e de corrida aos bancos impacta o cumprimento dos limites regulatórios mínimos pelas instituições financeiras e quanto a autoridade monetária precisaria aportar ao sistema financeiro. Entre esses limites estão a manutenção de uma reserva em caixa para garantir que os bancos paguem todos os clientes que forem sacar dinheiro em momentos de crise. São testados também os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis.

O BC considerou dois cenários. O primeiro com uma queda conjunta na atividade econômica, na inflação e na taxa de juros. O segundo provocaria queda na atividade econômica, com aumento na inflação e na taxa de juros.

Os resultados dos testes de estresse de capital seguem indicando resiliência do SFN para absorver os choques de todos os cenários simulados e os resultados indicam que não haveria “desenquadramentos relevantes”. Segundo o BC, os testes avaliaram também o efeito sobre o capital de uma eventual aprovação da reforma tributária em discussão no Congresso Nacional.

No início da crise no ano passado, o BC estimou em R$ 400 bilhões a necessidade de provisões adicionais por parte do sistema e um aporte de R$ 70 bilhões na simulação que considerou um choque severo da pandemia. Já no segundo semestre de 2020, houve redução bastante significativa na necessidade de provisão, para R$ 128 bilhões, e o impacto para um enquadramento de todo o sistema financeiro seria algo na faixa de R$ 1,5 bilhão.

Fonte: Agência Brasil

Com lucro de R$ 62 bi, rentabilidade dos bancos volta ao patamar pré-pandemia

Publicado em: 22/10/2021

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (18/10) novo Relatório de Estabilidade Financeira (REF) que aponta que os bancos lucraram R$ 62 bilhões no 1º semestre de 2021, após queda no lucro líquido de 26% em 2020. Com volume 53% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, após queda significativa no primeiro semestre, “a rentabilidade do sistema recuperou-se e retornou aos níveis pré-pandemia”.

“As despesas com provisões (reserva para cobrir calotes) se reduziram e devem se estabilizar próximo dos patamares atuais”, afirma o documento. De acordo com o estudo, os resultados tendem a seguir melhorando com o avanço da campanha de vacinação, mas as incertezas do atual momento econômico seguem acima do usual. “Uma recuperação mais lenta da atividade pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente”, diz a nota do BC.

Ainda segundo a análise, os bancos privados aceleraram acima de 20% o ritmo das concessões de crédito ao longo do primeiro semestre de 2021, também superando o nível observado no período pré-crise. “As concessões de crédito mensais feitas pelos bancos privados, considerando valores deflacionados e dessazonalizados, aumentaram no primeiro semestre e alcançaram R$ 350 bilhões em junho de 2021”, informa a autoridade monetária.

O documento da autarquia também traz previsões sobre o futuro dos lucros dos bancos caso seja aprovada a reforma tributária. Para o BC, a redução das alíquotas de tributos sobre lucros impactará negativamente no curto prazo, mas “será benéfica no longo prazo”. Ainda segundo a análise, as receitas de serviços deverão continuar se recuperando, e os custos deverão seguir sob controle. “Desde meados de 2020, as rendas com serviço vêm se recuperando do impacto da pandemia de forma consistente. No curto prazo, a demanda por serviços bancários deve continuar se beneficiando da melhora da atividade econômica”, pontua o relatório.

Fonte: Correio Braziliense

 

Bancos têm queda de 10% em receita, mas mostram resiliência na pandemia

Publicado em:

Os bancos brasileiros tiveram um ano desafiador em 2020. A pandemia explica parte relevante da história, mas não ela inteira. As receitas somadas das empresas de serviços financeiros recuaram quase 10% no último ano, para 108,3 bilhões de reais, em decorrência da crise econômica provocada pela covid-19, mas, ainda assim, os bancos brasileiros mais uma vez deram prova de resiliência, a exemplo do que já havia acontecido na crise financeira de 2008.

A inadimplência de pessoas físicas não explodiu nos meses mais agudos da crise, em boa medida graças à suspensão dos pagamentos pelos bancos, e sim ficou sob controle e até diminuiu, mesmo com a retomada das cobranças. A taxa média de inadimplência encerrou o ano passado em 4,2%, abaixo dos 5% de 2019.

Para os maiores bancos do país, privados ou públicos, foi um ano para preservar o capital com o aumento das provisões para os picos de inadimplência que não chegaram, mas também de ganhar eficiência operacional e de acelerar investimentos na digitalização dos negócios. Novas plataformas foram lançadas para o cliente, ao mesmo tempo que milhares de agências foram fechadas porque se tornaram desnecessárias, pois até o cliente mais resistente à tecnologia descobriu a praticidade de realizar operações pelo aplicativo ou pelo internet banking.

A mudança de comportamento do consumidor de serviços e produtos financeiros deu o tom do outro desafio enfrentado pelos bancos: a crescente concorrência com novos entrantes e players que abraçaram com mais ímpeto a transformação digital e as vantagens do modelo, como o ganho de escala mais acelerado e a redução de custos, tudo com a bênção regulatória do Banco Central para estimular a competição e beneficiar o cliente.

Fonte: Exame

Taxa média do empréstimo pessoal varia 0,95% em outubro, diz Procon-SP

Publicado em:

A taxa média do empréstimo pessoal teve variação positiva de 0,95% em outubro, segundo a pesquisa de taxa de juros do Procon-SP.  Nos seis bancos pesquisados, a taxa média do crédito pessoal ficou em 6,38% ao mês, acréscimo de 0,06 ponto percentual (pp) em relação à média referente ao mês anterior, que foi de 6,32%, representando uma variação positiva de 0,95%.

O levantamento foi feito em 4 de outubro pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor nos seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 7,96% ao mês, sem alteração em nenhum dos bancos pesquisados.

Segundo o Procon-SP, as mudanças foram promovidas pelos Bancos do Brasil e Bradesco. O Banco do Brasil alterou sua taxa de 5,73% para 5,81%, um acréscimo de 0,08 pp, representando uma variação positiva de 1,40%. E o Bradesco alterou sua taxa de 7,42% para 7,72%, um acréscimo de 0,30 pp, representando uma variação positiva de 4,04%.

“O Procon-SP recomenda que o consumidor fique sempre atento ao seu orçamento. No caso de dívidas, deve pesquisar formas de obter linhas de crédito ou até mesmo buscar alternativas para negociá-las. Uma forma de pagar as dívidas de cheques especiais e cartão de crédito é trocá-las por empréstimos consignados, pois eles possuem taxas de juros menores”, diz o Procon-SP.

Fonte: Agência Brasil

Conta digital para menores de idade vira “filão” para bancos

Publicado em:

Em uma disputa acirrada e crescente entre bancos tradicionais e fintechs, os menores de idade já entraram no foco de atenção das instituições financeiras. Com isso, as crianças e jovens ganham cada vez mais opções. Desta vez é o C6 que lança uma conta focada nesse público, batizada de C6 Yellow.

Antes o next, banco digital do Bradesco, já tinha dado um passo semelhante ano passado, ao lançar uma conta focada nos menores de idade por meio de uma parceria com a Disney para utilizar os personagens para customização da interface. Também no ano passado o banco Inter lançou a “conta kids”.

No caso do C6, jovens clientes poderão escolher a cor do cartão entre a cartela que inclui as opções de amarelo, azul, verde, rosa e laranja. Será possível aos pais utilizar a opção mesada e programar uma entrada mensal na conta dos filhos – e todos os gastos serão comunicados por SMS.

Fonte: Estadão

Artigo: “Os grandes bancos e suas tarifas abusivas”, por Celso Ming

Publicado em: 15/10/2021

Celso Ming*

O forte crescimento das fintechs explica-se não apenas pela sua maior agilidade em relação aos bancões tradicionais, mas, principalmente, porque não cobram tarifas ou cobram menos por serviços prestados.

Alguns desses bancos vêm alardeando pela TV e pelas redes sociais agressivas mensagens de marketing em que procuram atrair correntistas, com base no fato de que não são predadores como as instituições tradicionais. Seu objetivo não é apenas atrair os mais jovens, mas, também, a população sub-bancarizada e desbancarizada, que corresponde a 21% da população (34 milhões de brasileiros), de acordo com os últimos dados do Instituto Locomotiva.

Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que, ao longo da pandemia, os bancos tradicionais brasileiros “abusaram” dos reajustes de tarifas. O levantamento, realizado entre junho de 2020 e julho de 2021, revelou que os reajustes das tarifas avulsas ficaram acima da inflação do período, que foi de 8,35%. O campeão desses abusos é o Banco do Brasil que na compra de moeda estrangeira no cheque viagem aplicou uma correção de 213%. Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal seguem nesse ranking.

Os canais digitais mantêm-se em crescimento. Em 2020, realizaram cerca de 67% dos 103,5 bilhões de transações bancárias realizadas no Brasil, de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), a entidade que defende os interesses dos bancos.

Importante nome no segmento dos bancos digitais, o Inter alcançou a marca de 14 milhões de clientes no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 94% sobre o mesmo período de 2020, como mostra sua prévia operacional. Agora prepara o lançamento de suas ações na bolsa especializada em empresas de alta tecnologia, a Nasdaq, dos Estados Unidos. O Nubank, outra fintech bem-sucedida, já tem mais de 40 milhões de clientes. Levantou aporte de US$ 1,15 bilhão neste ano – se tornando o maior da história na América Latina, e também se prepara para abrir capital nos Estados Unidos.

São casos que dão uma ideia de quanto esses banquinhos começam a incomodar os pesados, lentos e caros bancos convencionais.

Mas o desenvolvimento das fintechs não se explica apenas pela sua força em tecnologia. Como observa a advogada tributarista e sócia-fundadora do Junqueira le Advogados, Lavinia Junqueira, uma junção de oportunidades, tanto regulatórias como tributárias, as vem incentivando. Elas pagam menos tributos do que outras instituições reguladas. “Aproveitaram a vantagem de se criar do zero, com base em um modelo menos burocratizado. Mas os grandes conglomerados financeiros começam a reagir a essas novidades.”

Até recentemente, os bancos se concentraram na sua tarefa de reduzir custos e aumentar os lucros. Entre março de 2020 até agosto de 2021, fecharam 2.138 agências (dados do Banco Central), demitiram mais de 10 mil bancários (dados do Caged) e empurraram para o próprio correntista grande parte das tarefas antes executadas por funcionários. Mas agora cuidam de se equipar.

No último ano, o orçamento em tecnologia do setor bancário avançou 7% na comparação anual, totalizando R$ 25,7 bilhões, como mostra pesquisa da Febraban. Inteligência artificial e segurança cibernética foram as prioridades destacadas pelas instituições.

A disputa tem mexido na estrutura e no modelo de negócios do setor e contribuído para melhor relacionamento e comunicação entre os atores em temas como investimentos e educação financeira. “Essa relação de trazer as pessoas para perto do banco e mostrar a maneira mais eficiente de gerir o dinheiro é o legado desta competição no mercado financeiro”, avalia Luiz Gomes, head da aceleradora de startups Overdrives.

E esse movimento tende a acelerar com a implementação do open banking, sistema que permite o compartilhamento de dados dos clientes entre instituições financeiras, aposta Renata Ramalhosa, CEO da consultoria Beta-i. “Os bancos vão enfrentar esse fenômeno com grandes investimentos em inovação e tecnologia. A revolução digital em curso continuará a alavancar a concorrência.”

Mas fortes investimentos em tecnologia e em segurança digital, uma das grandes vulnerabilidades dos grandes bancos, não os levarão a aumentar seu número de correntistas se, também, não cuidarem da redução de seu pacote tão escorchante de tarifas. /COM PABLO SANTANA

*É comentarista de economia

 

Dois em cada três bancos devem perder mercado se não investirem em digitalização

Publicado em: 07/10/2021

Mais de dois terços (71%) dos executivos de bancos da América Latina e 67% do mundo todo acreditam que irão perder participação de mercado dentro de dois anos se não investirem em digitalização. É o que mostra um novo estudo da fintech de soluções bancárias na nuvem Mambu e da The Financial Times Focus (FT Focus).

O estudo Evolve or be extinct (“Evolua ou seja extinto”, em português) consultou mais de 500 executivos sêniores de bancos do mundo inteiro, inclusive do Brasil, para compreender suas percepções do setor bancário atualmente e para o futuro. Os resultados reforçam a urgência na modernização das ofertas dessas instituições.

Para 44% dos entrevistados da América Latina e 58% no mundo seus negócios podem acabar dentro dos próximos cinco ou dez anos a não ser que eles mudem radicalmente seus modelos de negócio.

Impactos da covid-19

Mais do que qualquer outra região no mundo, a América Latina utilizou a pandemia como um acelerador de mudanças permanentes. Outra oportunidade identificada foi o desenvolvimento de estratégias digitais e redefinição dos relacionamentos com os clientes por meio da inclusão financeira.

Em toda a região, 57% dos executivos veem o aumento da inclusão financeira como um dos maiores benefícios para a construção de um modelo bancário centrado no cliente por meio da transformação digital.

Oitenta e três por cento (83%) dos líderes do setor de bancos de varejo da América Latina e 81% dos respondentes mundiais concordam que substituir modelos mais conservadores por um propósito social progressivo é vital para suas estratégias de crescimento. Isso fica claro ao ver que termos como “lucro” e “aumento de ganhos” caiu na lista de prioridades dos bancos.

Progresso lento

O estudo destaca, porém, que as instituições financeiras estão ainda longe de chegar nos serviços realmente digitais. Menos da metade dos executivos entrevistados descreve as estratégias digitais dos seus bancos como “maduras” ou “avançadas”. Entre os entrevistados mundiais, 53% admitem estar correndo risco de perder as metas da transformação digital, índice um pouco menor entre latinos (45%).

“Está na hora de prestar atenção em quem lidera a corrida rumo a esta nova era. Estamos falando das fintechs, pequenos bancos de varejo recém-criados e outros players com abordagens inovadoras, que priorizam os serviços com propósito e experiências inéditas para seus clientes”, comenta Elliott Limb, diretor de comunicação da Mambu.

Segundo o diretor-geral da Mambu no Brasil, Sergio Costantini, embora os bancos de varejo tenham demorado para responder às mudanças no comportamento do consumidor provocadas pela pandemia, há um grupo de ‘evolucionistas digitais’ que contraria essa tendência. “Esses players podem ajudar quem está no final da fila da jornada digital a acelerar seu processo de transformação, principalmente devido ao alto índice de desbancarizados que ainda vemos no Brasil, indicando o caminho a seguir, além de comprovar o sucesso de uma abordagem centrada no cliente”, diz o executivo.

O futuro é das Big Techs

De acordo com 78% dos executivos da América Latina e 74% do mundo, gigantes da tecnologia como Amazon e Google serão os donos das maiores fatias de mercado do setor bancário em apenas cinco anos. O estudo conclui que esse é o momento ideal para os bancos fazerem investimentos significativos em suas ofertas digitais.

Fonte: Valor Investe

 

Bancos são condenados por quebrar promessa de não demitir na pandemia

Publicado em:

Os bancos Bradesco, Santander e HSBC foram condenados pela justiça de São Paulo por demitirem durante a pandemia. As empresas participaram, em 2020, do movimento “Não demita”, cujo objetivo era garantir empregos durante a pandemia. Pelo menos outros 15 processos contra as instituições financeiras estão em andamento no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 1ª e 2ª região.

Bradesco
• 5ª Turma do TRT1 concedeu uma liminar para anular a demissão e ordenar a reintegração de funcionário dispensado em outubro de 2020. Entre os argumentos do pedido está a participação do banco no movimento “Não demita”. Bradesco nega ter oficializado a adesão ao movimento;

• O Bradesco foi condenado em 1ª instância ao pagamento de indenização por danos morais a um funcionário demitido em novembro de 2020. A decisão foi reformada pela 18ª Turma do TRT2 pelo argumento de que “não há nos autos qualquer comprovação de promessa efetiva e clara da reclamada de que iria manter a integralidade de corpo de funcionários, durante todo o período da pandemia”, segundo a relatora.

HSBC
• O mesmo grupo de desembargadores que condenou o Bradesco, também anula demissão no HSBC e solicita reintegração de funcionário.

Santander
• Segundo o sindicato dos bancários de São Paulo, o Santander demitiu cerca de 200 funcionários até junho de 2020. Em abril, o banco havia de manifestado dizendo que “devido ao contexto da Covid-19, o Santander firmou o compromisso de não demitir funcionários durante a crise”.

• Em julho deste ano, o juiz da 60ª Vara do Trabalho de São Paulo condenou o Santander por dispensas, ação contrária aos compromissos assumidos, ao pagamento de R$ 50 milhões em ação civil pública movida pelo sindicato da categoria. Na decisão, constam o fechamento de 3.220 postos de trabalho. Um recurso do banco foi aceito em 9 de setembro e a sentença foi suspensa até o julgamento do mérito.

No TRT da 1ª (Rio de Janeiro) e 2ª região (São Paulo) há, ao menos, 15 processos sobre o tema, geralmente com condenações aos bancos, segundo levantou o JOTA.

Lucro

Os lucros dos 4 principais bancos do país –Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander– somaram R$ 17,4 bilhões no 3º trimestre de 2020. O resultado representa alta de 29% em relação ao 2º trimestre de 2019. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 20,5%.

Já em 2021, os lucros somados do Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander atingiram R$ 22,1 bilhões no 2º trimestre. Houve alta de 63,6% ante o mesmo período de 2020. Em relação ao trimestre anterior, avançou 1,3%. Eis o que influenciou:

• Bradesco – o lucro de R$ 6,3 bilhões do banco veio abaixo das estimativas do mercado. Pesou na conta fatores pontuais, como o aumento no gasto com seguros na pandemia;

• Banco do Brasil – reportou avanço positivo de R$ 5 bilhões –elevado pelas linhas de crédito consignado e do agronegócio;

• Itaú – o resultado de R$ 6,5 bilhões foi impulsionado pelo aumento do crédito, principalmente voltado a pessoas físicas;

• Santander – o lucro de R$ 4,2 bilhões veio em linha com o que esperavam os analistas, com maior receita na prestação de serviços e tarifas.

Fonte: Poder 360

 

Pix alcança 100 milhões de usuários, 61% dos usuários de banco do Brasil

Publicado em: 01/10/2021

O Pix ultrapassou a marca de 100 milhões de usuários nesta semana. Isso significa que cerca de 61% dos brasileiros que têm conta em banco já fizeram ou receberam um pagamento instantâneo.

De acordo com dados do BC (Banco Central), 164 milhões de pessoas têm relacionamento bancário no Brasil e o Pix atingiu a marca de 100,3 milhões de usuários pessoa física na última 4ª feira (22.set.2021). São exatamente 100.389.158 de pessoas no Pix.

No fim de agosto, o BC contabilizava 97,8 milhões de usuários do sistema de pagamentos instantâneos. Em julho, eram 93,7 milhões e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, falou que 46% da população adulta já haviam feito ou recebido um Pix.

O sistema de pagamentos instantâneos foi lançado em novembro de 2020 e hoje só perde para o cartão na preferência dos brasileiros.

Além dos 100 milhões de usuários pessoa física, o Pix conta com 7,3 milhões de usuários pessoa jurídica, segundo os dados mais recentes do BC, do final de agosto. São, ao todo, 204,2 milhões de contas bancárias registradas no sistema.

Para fazer pagamentos instantâneos de forma facilitada, os brasileiros podem cadastrar até 5 chaves Pix e as empresas, 20. O BC já tem 313,2 milhões de chaves registradas, sendo 300,5 milhões de pessoas físicas e 12,7 milhões de empresas.

Eis a divisão por tipos de chaves:
• chaves aleatórias, como QR Codes: 104 milhões;
• CPF: 88,8 milhões;
• celular: 69 milhões;
• e-mail: 45,3 milhões;
• CNPJ: 5,9 milhões.

Recentemente, o BC também divulgou outra marca do Pix: o recorde de 40 milhões de transações em um único dia. Foi em 6 de agosto, a 6ª feira que antecedeu o Dia dos Pais. Em todo o mês de agosto, o Pix registrou 973,8 milhões de transações, que movimentaram R$ 532,8 bilhões.

Para evitar fraudes, o BC estabeleceu um limite de R$ 1.000 para as transações que são realizadas no Pix no período das 20h às 6h. O limite começa a valer até 4 de outubro e foi anunciado depois de relator de fraudes no Pix.

Fonte: Poder 360

34 milhões de brasileiros ainda estão fora dos bancos, revela pesquisa

Publicado em:

São inegáveis os efeitos da pandemia da Covid-19, em alguns setores o impacto foi negativo, mas em outros afetou “positivamente”. A pandemia trouxe diversos desafios, que em muitos casos foram aproveitados para o desenvolver inovações e promover o crescimento pessoal e das empresas.

Esse é o caso do mercado financeiro, que apesar de se ver afetado pelos altos índices de inadimplência atual (72,9%, segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de agosto publicados pela CNC), do alto índice de desemprego (14,1% no segundo trimestre deste ano) e da baixa lucratividade dos negócios, projetam um cenário otimista.

Mesmo sem poder prognosticar as dimensões da crise, as diferentes empresas e instituições do setor estão tomando atitudes proativas desde o ano passado para garantir seu desenvolvimento e minimizar os efeitos. Uma das principais ações foi a migração dos serviços e do atendimento para os aplicativos, redes sociais e outros canais digitais. O que garante maior disponibilidade de serviços e horários para os correntistas e gerou um relacionamento mais rápido e menos burocrático, demonstrando maior interesse das instituições pelo cliente.

Estimular o atendimento por meio do mobile banking e o uso dos canais digitais para fazer pagamentos, foi uma necessidade no começo do ano de 2020. No entanto, agora é uma tendência, não só do mercado financeiro, mas também de todos os negócios e empresas que estão implementando estas estratégias.

Os consumidores superaram a desconfiança que tinham dos canais digitais e começaram a usar mais esta modalidade, por exemplo, com a simplicidade do Pix para fazer pagamentos ou o uso do QR code. Isso, apesar dos riscos reais destas operações, que ajudaram a desenvolver o segmento de tecnologias voltadas a garantir a segurança no mundo digital.

Confiança no sistema: cada vez são mais os brasileiros bancarizados

De acordo com o último informe do Global Findex Database, em 2017 69% da população mundial possuía conta em um banco, aumento de 7 p.p. desde a versão anterior da pesquisa, em 2014. Nesse estudo era considerado bancarizado quem possuía conta em alguma instituição financeira, e se destaca o fato que o porcentual que brasileiros que faziam pagamentos por meios on-line era insignificante.

O que fazia as pessoas permanecerem por fora do sistema bancário era, principalmente, a falta de renda (57,8% dos desbancarizados). Em segundo lugar, com 56,5%, estava o custo para formar parte do sistema; em terceiro o fato de um familiar já estar bancarizado (50,8%). Por último e não menos importante, a falta de confiança no sistema (25%).

Uma pesquisa nacional um pouco mais recente, feita pelo Instituto Locomotiva, aponta que em agosto de 2019, havia 45 milhões de brasileiros que estavam desbancarizados. Quantidade que caiu para 34 milhões em janeiro deste ano. Entre elas, 16,3 milhões não têm conta em nenhum tipo de instituição financeira e 17,7 milhões têm conta bancária, mas usam com pouca frequência ou não possuem acesso aos produtos.

Atualmente são em torno de 127,4 milhões de brasileiros (67%) que possuem contas bancárias, 51% em grandes bancos como a Caixa Econômica Federal, o Bradesco e o Banco do Brasil. Mas 39% possuem conta em bancos digitais, o Nubank, por exemplo, aparece depois destes grandes bancos como preferência dos entrevistados.

As vantagens dos bancos digitais respondem ao que em 2017 os brasileiros viam como aspectos que impediam o acesso ao sistema: oferecem maior confiança e menores custos, fato que agrada ao 66% da população que considera que as taxas cobradas pelos bancos para ter uma conta são muito elevadas, segundo esta pesquisa. No entanto, ainda 65% das pessoas bancarizadas são titulares de contas básicas, apenas para receber e sacar dinheiro.

Inclusão no sistema e a importância da educação financeira

Além das novas tecnologias e produtos, o processo de Open Banking está colaborando para que cada vez mais pessoas se somem a contratar serviços digitais. Este sistema de regulação aberta dá maior controle aos usuários sobre seus dados, sobre quais produtos consumir e onde. Mas também está estimulando a diversificação de produtos e permitindo a maior participação das novas startups do segmento. O que possibilita a aplicação de inovações e mudanças aceleradas no mercado financeiro.

A cada dia, nossas vidas se vinculam mais com o mundo digital. Neste sentido, os desenvolvimentos na área de cibersegurança, por si só, não são suficientes, é preciso da conscientização dos usuários. Isto é fundamental para garantir o aproveitamento destas novas tecnologias e todas as possibilidades que nos apresentam.

Os usuários dos canais digitais, especialmente do sistema financeiro, devem estar por dentro de como funcionam os serviços que consomem e também sobre como operam os sistemas que sua instituição disponibiliza. Afinal de contas, um dos principais motivos de desconfiança das pessoas é o aumento das fraudes. O desconhecimento é a principal forma que os criminosos usam para manipular suas vítimas, que por pouca informação ou ingenuidade confiam neles.

É preciso, tanto do investimento na inclusão financeira como também predisposição dos clientes para procurar informação e ficar por dentro, pelo menos dos serviços que mais utilizam. Afinal de contas, estar incluído financeiramente não é só ter uma conta bancária, é também aceder aos produtos e saber usar os serviços de forma vantajosa.
A inclusão financeira traz benefícios tanto para o indivíduo como também para a sociedade. Por exemplo, ao facilitar e permitir que mais pessoas possam fazer compras on-line, existe um movimento maior dos recursos fomentando assim a economia, vemos isso nos registros de transações com cartões de crédito ou débito.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), os meios de pagamento digitais movimentaram R$ 52,6 bilhões, provenientes do auxílio emergencial em 2020. Isto foi possível graças ao aplicativo Caixa Tem, que permitiu a inclusão financeira de milhares de brasileiros que estavam fora do sistema.

Também, durante a pandemia, houve um aumento de 32,2% no comércio on-line, onde o uso do cartão permitiu a movimentação de R$ 2 trilhões no ano passado, 8,2% a mais do que no ano anterior. O uso do cartão de crédito teve uma alta de transações de 2,6% e o cartão pré-pago de 107,4%.

Apesar da situação vivida e com as restrições impostas, as facilidades que as novas tecnologias trazem tanto para os negócios como para os consumidores são muitas. No entanto, é preciso conhecimento sobre as modalidades de comercialização que existem hoje em dia e das formas de segurança.

A digitalização já é inevitável, agora resta somar iniciativas que apontem a conscientização e a educação sobre os serviços financeiros, para aumentar a confiança dos consumidores e a maior adesão aos serviços.

Fonte: TI Inside

Bancos tradicionais perdem quase metade do mercado em quatro anos

Publicado em:

Dos pagamentos realizados pela plataforma de automação de pagamentos da Transfeera em abril de 2017, 100% eram direcionados para os cinco maiores bancos brasileiros, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú e Santander. Em agosto deste ano, essa proporção caiu para 45% em quatro anos, considerando transações de pessoas físicas e jurídicas.

O levantamento da fintech, com mais de 6 milhões de transações bancárias realizadas pela plataforma entre abril de 2017 e agosto deste ano, reforça a gradativa e crescente perda de espaço das grandes instituições financeiras dentro da indústria de meios de pagamentos.

Quando consideradas apenas as transações feitas para pessoas físicas, os grandes bancos representavam 100% das transações da Transfeera em abril de 2017 e passaram para 56% em agosto deste ano.

Entre os grandes que estão perdendo parcela do mercado, a Caixa Econômica Federal lidera esse recuo. A instituição financeira, que representava 40% das movimentações da fintech em abril de 2017, viu esse número cair para 14% em agosto deste ano. Em segundo lugar aparece o Santander, que reduziu sua presença de 30% para 11% no mesmo período. Em contrapartida, o Nubank ganhou escala, com 19,5% das transações somente em agosto ante 10,5% um ano antes.

No caso de pessoas jurídicas, o estudo aponta para uma perda de 33%. O Itaú representava 60% e caiu para 10% — perdendo 50 pontos percentuais de participação de mercado. A Caixa Econômica também viu um declínio, reduzindo de 27% para 4%.

Pix

Dados da Comscore mostram que o Brasil lidera a digitalização bancária da América Latina e, segundo a Global Fintechs Ranking de 2021, o país se consolidou como um dos grandes ecossistemas de fintechs, ocupando a 14ª posição no mundo.

Com a digitalização dos bancos acelerada pelo Pix e a chegada do open finance, o impacto e a força dos novos participantes deste mercado já podem ser vistos no levantamento, mostrando uma mudança no comportamento de pessoas físicas e empresas quando o assunto são as opções de pagamento.

Nos recebimentos de transações por pessoas físicas por banco, o Nubank é destaque, com 25% do total, seguido por Itaú (9,8%) e Bradesco (9,4%), respectivamente.

Segundo Carlos Augusto de Oliveira, presidente da CertDox e Fintech Board Member da VC BossaNova Investimentos, os bancos tradicionais estão acompanhando as mudanças, mas tendem a se mover mais lentamente em função das suas próprias estruturas.

“Mesmo quando tecnicamente prontos, existe uma evidente cautela dos bancos na migração para os serviços digitais porque muita coisa está em jogo, especialmente o risco de perda significativa de receita de tarifas de serviços provocado pelo Pix”, explica.

Fonte: Valor Investe

Apps de bancos brasileiros são lentos e gastam muitos dados, mostra pesquisa

Publicado em:

Você está satisfeito com o aplicativo do seu banco? Se sua resposta é “não”, saiba que você não está errado. Um levantamento feito pela Movizzon, empresa especializada em medir e otimizar a experiência do usuário em canais digitais, mapeou a quantidade de falhas, dados gastos e a demora apresentados pelos apps dos bancos brasileiros e também de instituições financeiras de outros países da América Latina. Embora o Brasil apresente menos falhas “pequenas”, os aplicativos são mais lentos e gastam mais dados.

O estudo foi dividido em quatro pontos de avaliação: falhas temporárias (em que o app trava por alguns instantes), falhas mais graves (em que o app trava totalmente e o usuário “perde” a operação que estava fazendo), o tempo de resposta e a quantidade de dados de navegação gastos em ações como acessar o app, fazer login e realizar alguma consulta.

Em relação às falhas menores, os apps de bancos brasileiros se saíram melhor do que os demais latinos. Segundo a pesquisa, a cada 100 acessos, os apps do Brasil apresentaram 0,08 falhas simples, enquanto nos demais países, a média foi de 0,35 falhas a cada 100 acessos.

No entanto, no quesito login a performance brasileira foi pior. A cada 100 vezes em que os brasileiros entravam no app, houve 5,87 falhas simples. A média de erros da América Latina ficou em 1,55 a cada 100 logins.

Em relação às falhas chamadas de “globais”, ou seja, quando os aplicativos saem do ar por um tempo considerável e o usuário é obrigado a abandonar a operação, a comparação entre Brasil e América Latina ficou praticamente empatada.

Nas ações de abertura do aplicativo, login e consultas, os apps brasileiros apresentaram um bom desempenho em 99,97%, 99,89% e 99,98% das vezes, respectivamente. Enquanto a média dos apps latino-americanos foi de 99,96%, 99,75% e 99,96%.

Rapidez

Com relação ao tempo que o aplicativo leva para realizar uma dessas três ações, os brasileiros saíram na frente na abertura do aplicativo, com 4,2 segundos frente à média de 6,2 segundos dos aplicativos dos demais bancos pesquisados.

Em relação ao tempo para fazer um login e à realização de consultas, os aplicativos brasileiros foram mais lentos e apresentaram tempo médio de 5,5 segundos e 4,2 segundos, respectivamente. Na América Latina, as ações demoram 4,9 segundos e 1,5 segundo. Vale ressaltar que o Google recomenda que aplicativos não levem mais de 5 segundos para abrir.

Dados gastos

E para usar os aplicativos, os usuários gastam dados de internet. E no caso dos brasileiros, a abertura do app gasta 14,1 Kb contra 69,6 Kb. No login, o destaque foi dos latino americanos, com 69,9 Kb contra 124,4 Kb gastos pelos apps brasileiros.

Já para as movimentações, o uso de dados foi de 12,2 Kb em média na América Latina e 15 Kb no Brasil. “Os números da Anatel mostram que, no Brasil, 48,3% dos celulares são de planos pré-pagos. Para essas pessoas, torna-se muito caro e pouco vantajoso acessar um aplicativo que consome tantos dados de navegação”, afirma Tiago Lecey, executivo da Movizzon .

“Isso deixa de ser inclusivo, num momento em que todas as políticas estão voltadas para a inclusão digital. O número de transações realizadas pelo mobile banking saltou de 37 bilhões em 2019 para 52,9 bilhões em 2020, um aumento de 20% segundo a Febraban”.

Fonte: Valor Investe

Crédito concedido por bancos deve crescer 12,6% este ano, estima BC

Publicado em:

O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 12,6% este ano, de acordo com o Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (30) em Brasília. O resultado vem do crescimento de 16,2% no crédito para famílias e de 8% para pessoas jurídicas.

A estimativa é maior do que a observada no relatório anterior, de 11,1%. “O aumento decorre de surpresas positivas nos últimos três meses nos saldos de pessoa física, em linha com a recuperação da mobilidade e o avanço da vacinação”, diz o relatório.

As modalidades de crédito pessoa física com recursos livres tiveram a variação do saldo revisada de 14% para 18% e as com recursos direcionados de 13% para 14%. Nos financiamentos às empresas, as projeções foram mantidas, de crescimento de 13% com recursos livres e de estabilidade nos direcionados.

O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Análise

De acordo com o BC, o crescimento relativamente mais elevado para as famílias reflete a perspectiva de gradual melhora no mercado de trabalho. Nos dados do mercado de crédito bancário destacam-se as trajetórias do cartão de crédito à vista e do crédito pessoal não consignado. Os financiamentos imobiliários também continuaram impulsionando o crescimento do saldo do crédito pessoa física, entretanto, a elevação em curso das taxas de juros contribui para atenuar o crescimento das novas contratações de crédito imobiliário.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, elevou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista para a política monetária para conter o avanço da inflação. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

No segmento de pessoas jurídicas, as empresas de maior porte devem continuar a buscar fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário doméstico, como captações no exterior e emissões de títulos de dívida, que tiveram aumento relevante nos últimos meses.

“Esse movimento contribui para arrefecer a demanda por crédito bancário pessoa jurídica. Adicionalmente, a menor expansão do crédito esperada também decorre de um processo de normalização da alavancagem das empresas, em especial daquelas que aumentaram seus financiamentos nos momentos mais críticos da crise sanitária em 2020 e 2021 por motivos precaucionais”, diz o relatório.

Segundo o BC, no crédito direcionado para as empresas, a amortização gradual dos programas emergenciais de crédito deve contribuir para essa desaceleração na carteira de pessoa jurídica, mesmo com a nova rodada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), iniciada em julho.

Para 2022, a projeção é de 8,5% do estoque de crédito, uma desaceleração que se aplica tanto a pessoas físicas (11,1%) como jurídicas (5%). “Essa menor taxa de expansão do crédito nominal decorre do menor ritmo de crescimento esperado da atividade econômica e do ciclo atual de aperto monetário”, diz o relatório. “Em conjunto, as projeções de crescimento do estoque total de crédito para 2021 e 2022 indicam gradual desaceleração em comparação a 2020 e trajetória mais equilibrada de endividamento das empresas.”

Em 2020, o saldo do crédito cresceu 15,6%, com alta de 11,2% para famílias e 21,8% para empresas.

Fonte: Agência Brasil

Bancos têm até 4 de outubro para limitar transferências noturnas pelo PIX

Publicado em: 24/09/2021

O Banco Central (BC) informou nesta quinta-feira (23) que as instituições financeiras têm até o dia 4 de outubro para estabelecer o limite de R$ 1 mil para transferências e pagamentos realizados por pessoas físicas das 20h às 6h. Pessoas jurídicas (empresas) não serão atingidas com a medida.

A mudança faz parte de conjunto de medidas anunciadas pelo Banco Central no fim de agosto. O objetivo é reduzir a vulnerabilidade dos sistemas às ações de criminosos, como sequestros relâmpagos. O PIX – mecanismo de transferência de recursos que opera em tempo real, 24 horas por dias – vem sendo usado por criminosos para a prática do crime.

O limite de R$ 1 mil valerá para operações realizadas via PIX, TED e DOC, além de pagamentos de boletos e compras pelo cartão de débito.

O limite poderá ser alterado a pedido do cliente, através dos canais de atendimento eletrônicos. Porém, a instituição financeira deve estabelecer prazo mínimo de 24 horas para a efetivação do aumento. Esse prazo mínimo também precisa entrar em vigor até 4 de outubro.

Até esta data, os bancos também devem oferecer aos seus clientes a opção de cadastrar previamente contas que poderão receber transferências acima dos limites estabelecidos.

As instituições financeiras precisam implementar, ainda, registros diários das ocorrências de fraudes ou de tentativas de fraude na prestação de serviços de pagamento, além das medidas corretivas adotadas. O prazo para implementação dessa medida é até 16 de novembro.

Com base nesses registros, as instituições deverão elaborar relatório mensal consolidando as ocorrências e as medidas adotadas.

Fonte: G1

Bancos aumentam taxas acima da inflação durante pandemia, diz Idec

Publicado em: 16/09/2021

A maioria das tarifas avulsas dos cinco maiores bancos saltou acima da inflação entre junho do ano passado e julho deste ano, em meio à crise do coronavírus, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Serviços como depósitos, saques e transferências subiram entre 9% e 25%, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA) acumulada no mesmo período foi de 8,35%.

A maior elevação foi praticada pelo Banco do Brasil, que encareceu a compra de moeda estrangeira pelo “cheque viagem” em 213%, de R$ 80 para R$ 250, de acordo com a entidade. A segunda maior elevação foi praticada pelo Bradesco, que aumentou o preço do depósito em 25%, de R$ 6,45 para R$ 8,05, conforme o instituto.

O custo dos pacotes das instituições financeiras também saltou em ofertas cujo público-alvo são clientes de classe média, mostra o levantamento. O pacote que mais subiu foi o “Bradesco Expresso 5”, do Bradesco, em 20%, de R$ 27,70 para R$ 33,20.

A pesquisa foi feita com os seis maiores bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú, Santander e Safra. O único que não elevou tarifas acima da inflação foi o Safra. Também foi realizada com sete bancos digitais: Nubank, Agibank, Neon, Original, Superdigital, Inter e Next. O relatório apontou que os bancos digitais mantiveram os preços.

Fonte: Portal IG