Banco do Brasil retoma crédito exclusivo para pessoas com deficiência

Publicado em: 25/08/2022

Na quarta-feira (17 de agosto), o Banco do Brasil retomou a linha de crédito para pessoas com deficiência, a BB Acessibilidade. Contudo, houve um aumento na taxa de juros. Em síntese, a linha de crédito é destinada ao financiamento de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência, como cadeiras de rodas, adaptações em imóvel residencial e aparelhos auditivos. Todavia, desde o dia 1º de agosto, o crédito estava suspenso.

Dessa forma, com a alteração, a taxa mínima de juros aumentou de 5% para 6% ao ano. E a taxa máxima subiu de 5,5% para 7,5% ao ano. Além disso, os juros variam conforme a renda de quem contrata o empréstimo, passando a ser de: 6% para quem recebe até cinco salários mínimos e 7,5% para quem recebe entre cinco e dez salários mínimos.

De acordo com o Banco do Brasil, a suspensão da linha de crédito havia ocorrido “em razão das discussões em curso sobre as suas condições financeiras”. Entretanto, a assessoria não especificou que condições são essas, porém, segundo informações de uma fonte próxima das negociações, a instituição estava negociando com o governo o aumento do subsídio dado a esse tipo de crédito.

Já em relação ao aumento das taxas, o Banco do Brasil afirmou que “as taxas praticadas no crédito acessibilidade continuam atrativas para o público a que se destinam”. E afirmou, ainda, que embora a taxa Selic tenha tido uma alta, o banco atuou para assegurar que os juros que incidem na linha continuassem em patamar menor que à taxa básica de juros.

Financiamento

Em suma, o financiamento continua de R$ 70 a R$ 30 mil e o prazo de pagamento é de até 60 meses – cinco anos.

A linha de crédito para pessoas com deficiência foi criada em 2021 e já disponibilizou R$ 813 milhões e atendeu aproximadamente 100 mil pessoas. De acordo com o Banco do Brasil, nos sete primeiros meses de 2022, foram 5.900 operações, com desembolsos de ao menos R$ 65,9 milhões.

Fonte: Seu Crédito Digital

 

Banco do Brasil suspende crédito para pessoas com deficiência

Publicado em: 11/08/2022

Crédito BB Acessibilidade, linha do Banco do Brasil para financiamento de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência (como cadeiras de roda, adaptações em imóvel residencial e aparelhos auditivos), está suspenso desde o dia 1º de agosto.

A linha foi criada em 2012 e já teve cerca de 99 mil operações contratadas, com desembolsos superiores a R$ 812 milhões. Os juros são subsidiados pelo governo federal e há isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para financiamento de produtos assistivos.

O Banco do Brasil afirmou que a linha foi suspensa “em razão das discussões em curso sobre as suas condições financeiras”. A assessoria não especificou que condições são essas, mas, segundo uma fonte próxima das negociações, o banco negocia com o governo um aumento do subsídio dado a esse tipo de crédito.

A assessoria do banco afirmou que as tratativas estão em estágio avançado e o crédito será retomado em breve, mas não forneceu um prazo estimado para essa retomada.

A advogada especialista em direitos da pessoa com deficiência Nicole Sanches diz que vários clientes já relataram problemas com a suspensão. “Inclusive pessoas que estavam finalizando o procedimento, faltando apenas a liberação, causando prejuízo físico, emocional e grande impacto no dia a dia.”

Sanches diz que a suspensão viola o artigo 75, inciso I, da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (lei n° 13.146/2015), que diz que uma das finalidades do plano específico de medidas desenvolvido pelo poder público a cada quatro anos é “facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta de linhas de crédito subsidiadas, específicas para aquisição de tecnologia assistiva”.

“A única chance de reaver um direito que foi violado é com demandas judiciais”, diz.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Economia disse que a demanda deveria ser direcionada ao Banco do Brasil. Já a assessoria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmou que é um dos parceiros na iniciativa, mas direcionou a demanda ao Tesouro Nacional.

Por sua vez, o Tesouro Nacional direcionou a demanda ao Banco Central do Brasil que, consultado, disse que questionamentos sobre a estratégia das instituições financeiras em relação a linhas de crédito ou a outros produtos financeiros específicos deveriam ser direcionados às respectivas instituições.

Fonte: JCNet