Banco do Brasil libera R$ 15 bilhões para pré-custeio da safra de 2020/21

Publicado em: 26/02/2020

O Banco do Brasil liberou R$ 15 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola de 2020/2021, conforme divulgado nesta quinta-feira (20/02). A quantia é 47% maior do que o valor da safra de 2019/2020, que era de pouco mais de R$ 10 bilhões. Os recursos destinam-se para que os produtores rurais — que sejam clientes da instituição — possam financiar as lavouras de todas as culturas, sobretudo de soja, milho, algodão, café, arroz e cana de açúcar.

De acordo com o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, com a liberação dos recursos, os produtores terão melhores condições para financiar suas atividades, estimulando a economia do país. “O BB é hoje responsável por 55,4% de todo o crédito destinado ao setor”, frisou, ao afirmar que os financiamentos oferecidos pelo banco ao setor rural alcançam 97% dos municípios brasileiros.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, defendeu o pré-custeio da safra. “Essa antecipação, esse custeio, possibilita que o produtor possa fazer as contas e que tenha maior lucratividade no final da sua safra, do seu plantio, da sua atividade, podendo se programar, comprando e transportando na hora certa. Todos os bancos que financiam o agronegócio brasileiro deveriam seguir esse exemplo”, declarou

Tereza Cristina garantiu que será implementado no programa cerca de R$ 1 bilhão, maior valor para subsídio desde sua criação. “Gostaríamos de R$ 1,5 bilhão ou até um pouco mais, estamos discutindo com o Ministério da Economia, e conto com a sensibilidade do ministro Paulo Guedes. É uma política que a economia vê com bons olhos, pelo que representa a agricultura e pelos resultados positivos”, acrescentou.

Condições
As operações do pré-custeio 2020/2021 podem ser contratadas com recursos controlados, sob taxas a partir de 6% ao ano e, alternativamente, com recursos não controlados (LCA), com taxas a partir de 6,1% ao ano. Com o crédito, os produtores rurais podem comprar insumos antecipadamente, como sementes, fertilizantes e defensivos, além de terem a oportunidade de negociar a preços mais baixos junto a fornecedores.

O custeio da pré-safra destina-se à produtores rurais de médio ou grande porte, em geral monocultores. Desse modo, o crédito não atinge o agricultor pequeno ou familiar. O vice-presidente de Agronegócio e Governo do BB, João Rabelo, explicou que os menores não participam pois, geralmente, plantam culturas diversificadas e sem um calendário específico de antecipação de compras.

O crédito para o pré-custeio da safra para médio agricultor ocorre por meio do Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais (Pronamp), com juros a partir de 6% ao ano. O limite dos empréstimos é de R$ 1,5 milhão. Para os grandes agricultores, a taxa de juros aumenta para 8% ao ano e o teto dos empréstimos também, subindo para R$ 3 milhões. Em ambos os tamanhos de negócio, o tipo de lavoura decide o prazo para o pagamento, que varia de 12 a 14 meses.

A contratação do crédito pode ser feita pela internet ou presencialmente, conforme a preferência do cliente. Para tanto, foi feita uma análise de risco prévia relativa a 750 mil clientes, cujo crédito encontra-se pré-aprovado, segundo o banco.

Fonte: Correio Braziliense

BB anuncia novidades para cliente agro, com destaque para o BB Agro Digital

Publicado em: 06/01/2017


Dentre as medidas, destaque para o BB Agro Digital, aplicativo de celular e internet que pretende liberar recursos para o produtor sem precisar ir ao banco.
Entrevistado do Direto ao Ponto deste domingo, dia 1, o novo vice-presidente de Agronegócio, Tarcísio Hubner, acredita que 2017 será um bom ano para a agricultura e pecuária. Afirma ainda: o maior desafio é melhorar a experiência do produtor rural com a instituição financeira.

Hoje, a carteira de crédito do agronegócio do BB gira em torno de R$ 179 bilhões. Hubner tem 34 anos de banco, trabalhou em capitais agrícolas como Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e foi empossado no fim de 2016.

De acordo com ele, o produtor terá novidades em 2017, sobretudo com o uso da tecnologia a favor da emissão de créditos. “Hoje, o nosso cliente produtor rural consegue visualizar todo o seu relacionamento com o agronegócio através do mobile e da internet, mas está sendo desenvolvido o projeto do BB Agro Digital, com o foco na liberação de recursos, sem perder a segurança”, afirma.

A ideia é simplificar os processos, dentro das possibilidades dadas pelo Manual do Crédito Rural. Segundo Hubner, haverá diversos custeios e será observado o perfil e a fidelidade do produtor, no que tange à burocracia de análise de crédito. Outra novidade, que inclusive já está sendo aplicada nesta safra, é o estabelecimento de um teto para a taxa de juros, fixada em 12,75% para os recursos.

Não há limites para empréstimo e o valor está dentro da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). “O LCA se mostrou um produto de um crescimento expressivo nos últimos anos. O Banco do Brasil tem hoje uma carteira em torno de R$ 130 bilhões, parte disso aplicado no agronegócio.”

Os estados do Centro-Sul são os mais atendidos pelo Banco do Brasil. Em segundo lugar, vem o Centro-Oeste, local onde há um crescimento de demanda. Todavia, de acordo com Hubner, há uma mudança no perfil: no Sul, por exemplo, as pequenas propriedades estão se destacando. Lá, o BB está investindo em parcerias de tecnologia para atender os produtores. Nesta safra, de julho até novembro, já foram feitas 44 mil operações.

Seguro Rural

Questionado sobre as garantias que o produtor precisa deixar no banco na hora da negociação, Hubner afirma que o seguro rural não é obrigatório, mas está disponível, pois é necessário analisar o capital que está em risco. Quando não se faz o seguro, outras modelagens são discutidas, caso a caso. Vale lembrar, segundo Hubner, que o diálogo com o produtor também é um canal para a renegociação de dívidas e atendimento das demandas individuais.

“Nós temos uma situação econômica que é preciso estar atento. Segundo, nós tivemos, pelos dados da Conab, uma queda na produção em função da estiagem. Então é preciso ter a modelagem de risco, porque a capacidade de pagamento de alguns produtores pode estar mais apertada”, reitera.

Na última safra, o Banco do Brasil indenizou cerca de R$ 1 Bilhão em seguro e mais de R$ 260 milhões em Proagro, Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. O maior pagamento foi no estado de Goiás e o segundo, em Mato Grosso. “Onde nunca tivemos problema, tivemos o maior número de indenizações”, explica.

Mesmo com os problemas da safra passada, o vice-presidente é enfático em dizer que “analisa-se a conjuntura, mas, de forma alguma, se fecha a carta de custeios.” Para Hubner, é preciso produzir para pagar as dívidas adquiridas.

Fonte: Canal Rural