Tempos de “vacas magras” para os investidores do Banco do Brasil; BofA comenta

Publicado em: 23/07/2025

Quem investe no Banco do Brasil (BBAS3) de olho nos dividendos fartos deverá enfrentar tempos de vacas magras em 2025, prevê o Bank of America (BofA).

Ainda sob forte pressão nos resultados, o banco estatal agora corre o risco de depositar ainda menos proventos na conta dos investidores nos próximos trimestres, segundo os analistas.

Na avaliação do BofA, as despesas elevadas do Banco do Brasil com provisões contra calotes deverão pressionar o lucro líquido no segundo trimestre.

Dessa forma, o payout de dividendos pode ser reduzido no segundo trimestre, segundo o BofA.

Vale lembrar que a estatal aprovou em 2025 uma banda de tolerância de payout de proventos aos acionistas, que vai de 40% a 45%. Antes, a política era de 45%.

A projeção dos analistas é que o lucro líquido do BB encerre o trimestre em R$ 5,2 bilhões, uma queda de 29% em relação ao primeiro trimestre e um tombo de 45% frente ao mesmo período de 2025.

Para a rentabilidade, a previsão do BofA é de um retorno sobre o patrimônio líquido de apenas 11,6% — o nível mais baixo de ROE do Banco do Brasil desde 2016.

O Bank of America tem recomendação underperform, equivalente à venda, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 20, o que representa uma leve valorização de 0,7% em relação ao último fechamento.

O que mais esperar do balanço do Banco do Brasil (BBAS3)?

O BofA prevê uma desaceleração no crescimento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil (BBAS3), de 12,5% no 1T25 para o limite superior da faixa do guidance, que vai de 5,5% até 9,5%, dado o crédito mais restritivo em todos os segmentos no 2T25.

Os analistas também preveem uma redução na receita com juros no comparativo anual, pressionada pela não capitalização dos empréstimos alocados no Estágio 3.

“O mais importante é que esperamos um aumento significativo nos encargos de provisão, já que o banco deverá provisionar perto de 100% da formação de NPL [inadimplência] no trimestre, contra 70% no 1T25”, projetou o BofA.

Fonte: Seu Dinheiro

BB Seguridade: novo CEO não deve alterar estratégia da empresa

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O Bank of America (BofA) avaliou a recente mudança na liderança da BB Seguridade (BBSE3) após o anúncio de que Delano Valentim de Andrade deverá assumir o cargo de CEO, substituindo Andre Haui, que esteve à frente da companhia desde fevereiro de 2024.

O BofA destacou a rotatividade no comando da BB Seguridade: a empresa teve quatro CEOs nos últimos cinco anos, todos oriundos do Banco do Brasil. Diante disso, o banco acredita que não devem ocorrer mudanças relevantes na estratégia ou nas operações da companhia e, por ora, manteve recomendação neutra para a ação.

O banco também ressaltou que o Andrade possui mais de 38 anos de experiência no Banco do Brasil, tendo atuado como CEO do BB Américas, vice-presidente e membro do Conselho de Administração do Banco Patagonia, além de ter ocupado cargos de liderança como Diretor de Marketing e Gerente Executivo no próprio BB.

A nomeação, segundo comunicado, ainda precisa passar pela análise dos órgãos de governança e pela aprovação do Conselho de Administração, controlado majoritariamente por indicados do Banco do Brasil (BBAS3) e do Ministério da Economia. Por isso, o BofA projeta que o processo de aprovação deve ocorrer sem grandes dificuldades.

Fonte: Infomoney

Operação bancária do BB é subavaliada pelo mercado, diz BofA

Publicado em: 18/04/2024

Os números do Banco do Brasil (BB) apontam que a operação bancária do conglomerado é avaliada com um excessivo desconto pelo mercado, avalia o Bank of America. De acordo com o banco, as ações do BB (BBAS3) embutem, ao preço de tela, uma avaliação de 0,7 vez o valor patrimonial, contra um múltiplo de 1,1 vez que, na visão da casa, seria justo dados os retornos recentes.

“Acreditamos que estes patamares de múltiplo são excessivamente descontados considerando a dinâmica positiva do negócio, que apresentou um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) em média de 17,2% nos últimos dois anos”, afirma em relatório o analista Mario Pierry.

O indicador apontado por ele considera apenas a operação bancária principal do BB, ou seja, exclui a adquirência, que o banco opera através da Cielo, o braço de seguros, abarcado pela BB Seguridade, e o Patagonia, banco que o BB controla na Argentina. Sob este mesmo parâmetro, Pierry calcula que o custo de capital do banco roda próximo dos 16,6%, ou seja, o BB tem rentabilidade superior ao custo de captação.

O analista fez cálculos sobre o valor do banco utilizando a chamada soma das partes, ou seja, separando o resultado de acordo com cada área de atuação. As contas apontaram que a operação bancária é avaliada em R$ 112 bilhões pelo mercado (o conglomerado vale R$ 165,6 bilhões na Bolsa), ante um ROE de 16,5% em 2023 e de 17,9% em 2022.

Na visão do BofA, o desconto é explicado pelos temores do mercado de interferência política, algo que a administração do BB tem dito que não tem ocorrido. A casa menciona o programa “Bom pra Todos”, criado durante o primeiro governo de Dilma Rousseff (2011-2014), e que fez o BB baixar os juros, mas que derrubou os resultados do banco pelos anos seguintes.

“De todo modo, (atualmente) o BB tem uma forte estrutura para protegê-lo de interferência, e o governo controla ‘somente’ 50% das ações, contra 100% da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, afirma o relatório.

O BofA estima que o lucro do BB crescerá 7% neste ano, para R$ 38,1 bilhões. Para tanto, o negócio bancário terá de crescer 20% em 2024, dado que a estimativa inclui uma queda de 60% nos resultados do Patagonia, e também crescimentos de apenas um dígito nos lucros da Cielo e da BB Seguridade.

O BofA mantém recomendação de compra para os papéis do BB (BBAS3), com preço-alvo de R$ 69, potencial de alta de 19,5% em relação ao último fechamento.

Fonte: e_Investidor