Bancos formam o pódio das melhores empresas para desenvolver carreira em 2023

Publicado em: 02/05/2023

Em meio às demissões em grandes companhias e um cenário econômico incerto, a procura por estabilidade no emprego é um dos objetivos de muitos profissionais, independentemente da área de atuação.

E, ao mesmo tempo, a busca por oportunidades com maior flexibilidade e possibilidade de crescimento profissional — evidenciado pela “demissão silenciosa” (quiet quitting) — marcaram o mundo corporativo no ano passado.

De olho nas tendências do mercado de trabalho, o LinkedIn divulgou, nesta semana, a lista anual das melhores companhias para desenvolver carreira.

Em 2023, o LinkedIn Top Companies elegeu 25 empresas e, novamente, o pódio foi liderado pelo setor bancário: Itaú Unibanco, Banco Bradesco e Banco do Brasil.

Em linhas gerais, as empresas que entraram no ranking foram avaliada em oito requisitos:

  1. Progressão de crescimento;
  2. Desenvolvimento de competências;
  3. Estabilidade na empresa;
  4. Oportunidades externas;
  5. Afinidade com a empresa;
  6. Diversidade de gênero;
  7. Nível de formação acadêmica e
  8. Presença de funcionários no país.

Além disso, as empresas deveriam ter pelo menos 500 funcionários em 31 de dezembro de 2022 no país e a taxa de rotatividade de funcionários não poderia ultrapassar 10% durante o período estabelecido na metodologia, com base em dados do LinkedIn.

Por fim, companhias que demitiram mais de 10% do quadro de funcionários entre janeiro e dezembro de 2022, de acordo com pronunciamentos oficiais, foram considerados inelegíveis. Confira a seguir o ranking.

Fonte: Seu Dinheiro

Bancos dominam lista das 10 melhores empresas para crescer na carreira; BB fica em 6º

Publicado em: 14/04/2022

O que você busca na sua carreira? Flexibilidade, aprimoramento de competências e oportunidades de promoção são alguns dos motivos que fizeram muitos profissionais mudarem de emprego.

Isso porque pensar na cultura da empresa em que se quer atuar pode até ser mais importante do que o cargo ou a remuneração oferecida. A abertura da possibilidade de mudança de função dentro da mesma empresa também é outro ponto a ser considerado.

Segundo a pesquisa realizada pela startup Intera, especializada em recrutamento para o mercado digital, cerca de 53% dos entrevistados desejam trabalhar em outra área e 47% querem desafios diferentes para desenvolver a carreira. A pesquisa teve a participação de 23,6 mil pessoas entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021.

Pensando nisso, o LinkedIn divulgou uma lista das melhores empresas, no ponto de vista do desenvolvimento de carreira. Essa é a segunda edição do levantamento LinkedIn Top Companies, divulgada neste mês.

As empresas que entraram no ranking foram avaliada em sete competências: progressão de crescimento, desenvolvimento de competências, estabilidade na empresa, oportunidade externa, afinidade com a empresa, diversidade de gênero e nível de formação acadêmica.

Essas companhias “têm oferecido estabilidade mesmo em um mundo de trabalho em constante evolução, conseguindo não apenas atrair, mais reter seus funcionários”, aponta o levantamento.

Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e a indústria automobilística Mercedes-Benz são as empresas que formam o top 3 de melhores lugares para desenvolver carreira.

Os bancos, aliás, são destaque no levantamento do LinkedIn, com cinco deles posicionados entre as dez melhores empresas para crescer profissionalmente. Confira a seguir o ranking.

10 – Procter & Gamble (P&G) (PGCO34)

Em 10º lugar está a empresa de bens de consumo P&G. A empresa é uma ótima opção para quem atua com vendas. Promotores e gerentes de vendas e representantes de marketing de campo são as carreiras mais promissoras na companhia.

A companhia tem mais de 100 mil colaboradores que atuam em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ).

Vale mencionar que a P&G tem criado iniciativas voltadas para a diversidade e a inclusão social. Em 2021, a empresa lançou um programa de desenvolvimento e capacitação para empreendedores negros.

9 – Unimed

A operadora de planos de saúde é a única do setor que está no ranking de melhores empresas para desenvolver a carreira. Com cerca de 134 mil colaboradores com presença maior nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

As carreiras mais reconhecidas são da área médica, mas não somente. As posições mais comuns são de enfermagem, auxiliar de enfermagem ocupacional e assistente administrativo. Relacionadas aos cargos, as competências mais valorizadas são a de atendimento e foco no cliente.

Com o objetivo de acelerar startups da área da saúde, a Unimed lançou a hub de inovação Vibee em 2020. Até o momento, mais de 20 startups foram aceleradas com investimento e capacitação.

8 – Sanofi

A controladora da farmacêutica Medley Indústria, Sanofi, é a oitava melhor empresa para desenvolver a carreira no Brasil. As competências dos colaboradores que possuem maior reconhecimento são boas práticas de laboratório, as habilidades que compõem o senso 5S – utilização, organização, limpeza, saúde, disciplina – e propaganda.

Os cargos mais bem avaliados são de consultor de vendas, gerente de contas e representante de marketing de campo.

Entre as principais iniciativas da companhia estão o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa.

7 – JP Morgan (JPMC34)

O Banco JP Morgan é uma das cinco instituições financeiras presentes na lista. Os cargos mais comuns são de engenheiro de software, especialista corporativo e analista de pagamento.

Já em relação às competências mais reconhecidas, finanças, gestão de riscos e análise financeira são as necessárias para quem deseja trabalhar no JPM.

Além disso, é importante saber que o banco detém 60% das ações do banco digital C6 Bank e já entrou no metaverso Decentraland.

6 – Banco do Brasil (BBAS3)

Em seguida, o Banco do Brasil segue no 6º lugar do ranking. Para quem deseja atuar e crescer na carreira no banco é preciso ter as competências de gestão estratégica empresarial e de investimentos. Os cargos mais comuns são de gerente de relacionamento, bancário e consultor financeiro.

5 – Banco Santander (SANB11)

O banco espanhol Santander reconhece como as principais habilidades dos colaboradores a resiliência e o foco no cliente. Assim como o Banco do Brasil, os cargos mais comuns são de gerência do negócio, de relacionamento e de serviços.

4- SAP (SAPP34)

A empresa de software SAP está no top 5 das melhores empresas no quesito carreiras. Por ser uma companhia com foco em tecnologia, os cargos mais bem avaliados são de engenharia de software e de suporte e consultoria de soluções.

Sendo assim, as habilidades com maior reconhecimento se relacionam com a migração de sistema, arquitetura de rede e aplicativos de nuvem.

A SAP é bem reconhecida, sobretudo, pelo desenvolvimento de uma plataforma de georreferenciamento utilizada no combate a incêndios florestais e controle de reflorestamento da região de Brumadinho, em Minas Gerais, afetada por um rompimento da barragem em 2019.

3 – Mercedes-Benz

A indústria automobilística Mercedes-Benz é a terceira melhor companhia em carreiras do levantamento do LinkedIn.

Gestão de vendas e de equipes e recrutamento são as competências mais reconhecidas. Contudo, os cargos mais comuns na empresa são de vendedor, líder de produção e operário de linha de montagem.

2 – Banco Bradesco (BBDC4)

Com mais de 87 mil colaboradores, o Banco Bradesco é o segundo melhor lugar para se trabalhar. As competências mais reconhecidas giram em torno do foco no cliente e investimentos. Já os cargos mais comuns são de gerente de relacionamento e de conta, além da posição de bancário.

O Bradesco também está apostando no meio digital. Next, Bitz e Digio fazem parte do grupo da instituição financeira, que deseja expandir as operações do banco digital em outros países, como Estados Unidos e México.

1- Banco Itaú (ITUB4)

A melhor empresa, segundo o levantamento do LinkedIn, é o Banco Itaú. Com o foco no cliente, gestão estratégica empresarial e inovação em serviços bancários, a instituição financeira tem expandido os negócios.

Os principais cargos dos colaboradores são de executivo, gerente de relacionamento e agente comercial.

Recentemente, o Itaú assinou um acordo com a Totvs (TOTS3) para a criação de joint ventures de serviços financeiros.

Fonte: Seu Dinheiro

Banco do Brasil indica funcionário de carreira para presidir BB Mapfre

Publicado em: 03/08/2017

O Banco do Brasil indicou o economista mineiro Fernando Barbosa de Oliveira para comandar a seguradora BB Mapfre, nas áreas de vida, rural e habitacional. Ele substituirá Roberto Barroso, que deixa a companhia após mais de oito anos no cargo. Funcionário de carreira do BB, Oliveira foi diretor do banco e também presidiu a seguradora Brasilveículos, incorporada na parceria com a espanhola Mapfre. Seu nome ainda depende de aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Casamento
Em paralelo, avançam as conversas entre BB e Mapfre para rever a distribuição de receitas no âmbito do acordo bilionário que possuem em seguros. O objetivo é chegarem em um consenso até dezembro para que iniciem o próximo ano com os ajustes feitos.

Necessidade
O contrato de BB Mapfre é de, no mínimo, 20 anos. O debate para mudar a distribuição das receitas entre ambos ocorre em meio à corrida do banco público para melhorar a sua rentabilidade, reaproximando-se dos pares privados.

Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo

Carreira estável vira pesadelo para funcionários do BB

Publicado em: 08/02/2017

Imagine que você tem uma carreira estável conquistada via concurso público e após anos de evolução nessa carreira atingiu um padrão de vida confortável para sua família. E de um dia para outro, as regras mudam. Você não é demitido pois é concursado. Mas se vê obrigado a aceitar a perda do cargo em comissão, a redução do salário e, em muitos casos, a mudar de cidade para continuar no emprego. Essa é a situação atual dos funcionários do Banco do Brasil, dos que sobraram após um programa de estímulo à aposentadoria, sob a justificativa da redução de custos.

O processo de reestruturação do Banco do Brasil começou com o anúncio, em novembro de 2016, do fechamento de 402 agências pelo país e a transformação de outras 379 agências em postos de atendimento. Os funcionários desses locais perdem suas funções e são chamados de excedentes. E ao invés da direção da instituição financeira realocar esses bancários que perderam seus postos de trabalho, iniciou uma escalada de modificação de cargos em todos os níveis. O resultado é de funcionários preocupados com seu futuro no banco, tendo que modificar drasticamente suas vidas, sem saber como lidar com as dívidas que a situação financeira anterior lhes permitia e que agora não é mais possível manter.

Durante plenária regional dos três estados do Sul realizada com funcionários do BB no último sábado (4), em Curitiba, diversos relatos, principalmente de gerentes, que foram rebaixados a escriturários. Esses bancários vão receber até R$ 6 mil a menos em seus proventos. E muitos dos que continuaram com seus cargos comissionados estão ainda na expectativa se continuam ou não em suas agências. O banco retirou a carteira de clientes de gerentes de contas, transferiu para sistemas de agências digitais, e esvaziou as agências. Em locais que antes trabalhavam dezenas de bancários, a estimativa é que comporte menos de dez. Além disso, mais de 20 gerentes de contas sem carteira de clientes ainda não foram removidos. Estão no limbo.

Um gerente descomissionado relatou que seu cargo atual é de escriturário e que no mapa de vagas disponibilizado pelo banco aparecem somente dez disponíveis e que na agência que ele trabalha são cinco “excedentes”. “Onde vão trabalhar todas essas pessoas que estão excedentes nas demais agências de Curitiba?”, questionou.

Para o movimento sindical bancário, a intenção do governo federal é sucatear o Banco do Brasil (e também a Caixa e o BNDES) para que os serviços bancários sejam prestados somente pelas instituições financeiras privadas. “Sucateando, o banco vai desaparecendo. E até a boataria de juntar BB e Caixa, atuariam como apêndices das políticas sociais do governo, o BB no financiamento agrícola, a Caixa no financiamento habitacional e só, sem produtos financeiros, que pertencem ao sistema financeiro privado”, contextualizou Beto Von Der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT), em exposição durante a plenária organizada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

Os problemas relatados no dia a dia dos bancários do BB desde o início da reestruturação e fechamento de agências são muitos: a falta de transparência no processo (o banco vai anunciando as mudanças e os descomissionamentos e muitos funcionários ainda não sabem se serão os próximos); em agências que permanecem abertas, já se sabe que terá, por exemplo, dois funcionários transferidos, mas esses bancários não sabem quem será o transferido; ainda não há uma opção de renegociação de dívidas para os trabalhadores que tiveram redução drástica nos salários; os bancários tiveram de assinar um documento que reduz jornada com redução salarial para manter o recebimento de uma verba temporária de transição; as carteiras de clientes dos gerentes das agências físicas foram transferidas para agências digitais; não há vagas suficientes para concorrência para que os bancários se mantenham em seus cargos ou sejam promovidos, essas vagas estariam sendo ocupadas por indicação, de acordo com relatos dos trabalhadores, e as opções disponíveis são vagas com rebaixamento salarial.

Com a falta de transparência no processo de reestruturação anunciado pelo BB, o movimento sindical está atuando em algumas frentes, como a realização de atos para dar visibilidade ao problema desses trabalhadores, que vai acabar refletindo no atendimento à população. De acordo com Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, a entidade já atua com mobilizações, nas negociações com o banco, no pedido de intermediação no Ministério Público do Trabalho, tanto em Brasília, sede do banco, como nos estados; e no suporte jurídico para prever ações que poderão ser judicializadas caso esgote a negociação administrativa, especialmente com relação à redução salarial imposta. Os próximos passos são atuar na intensificação de uma campanha nacional em defesa das empresas públicas, dos bancos públicos e do Banco do Brasil; a viabilização de audiências públicas em todos os espaços de discussões, como assembleias legislativas e câmaras de vereadores, além de contato com prefeitos e governadores; coleta de dados e depoimentos para subsidiar a intermediação do Ministério Público do Trabalho.

O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) esteve na plenária e se colocou à disposição para promover uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Paraná. Para ele, funcionário de carreira do BB, não tem saída individual. “O banco percebeu uma mudança de paradigma no sistema financeiro e com as novas tecnologias vão tirar os trabalhadores de dentro das agências. Quanto mais junto estivermos, mais difícil será para essa direção temporária executar esse projeto perverso”, alertou o deputado, que passou, como funcionário e dirigente sindical bancário, pelos ataques aos serviços públicos promovidos na Era FHC (1994-2002), que privatizou a maioria dos bancos públicos estaduais, restando atualmente somente cinco dessas instituições.

Para a advogada Jane Salvador, do escritório Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), que assessora o Sindicato dos Bancários de Curitiba, judicialmente é possível questionar as perdas salariais em diversos aspectos que estão sendo impostos pelo banco, e a primeira delas é a própria Constituição Federal de 1988, que proíbe a redução salarial ilícita.

O BB estaria reduzindo jornada e salário atingindo trabalhadores que anteriormente entraram com ações judiciais para reconhecimento da 7ª e 8ª horas diárias trabalhadas como extra. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece a jornada legal da categoria bancária como seis horas diárias e esses trabalhadores tiveram reconhecido por sentença judicial que os cargos que exercem não são de confiança, portanto, teriam direito às horas-extras e à incorporação de seus salários dessa diferença. Agora, o banco reage reduzindo a jornada de todos para seis horas, mas reduzindo o salário na mesma proporção. “Tem argumento jurídico para todos. Para quem tem ação judicial transitada em julgado ou em execução de sentença, o banco está descumprindo sentença judicial”, explicou Jane.

O desafio para o movimento sindical é engajar os trabalhadores concursados do BB e o poder público nas pequenas e grandes cidades na mobilização em defesa do Banco do Brasil como uma instituição necessária para o fomento de políticas públicas em infraestrutura. O fechamento, sucateamento e precarização do atendimento à população prejudica o acesso aos serviços financeiros, alimentando a demanda para os bancos privados, deixando a população, mais ainda, refém das altas taxas de juros e de serviços praticada pelos bancos.

Além do fechamento de agências, o Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) realizado no final de 2016 diminuiu o quadro de funcionários em quase 10 mil pessoas, que aproveitaram a chance de se aposentar antes da uma Reforma da Previdência anunciada por Michel Temer, que vai fazer homens e mulheres se aposentarem somente após os 65 anos de idade e sem acesso ao valor integral da aposentadoria.

Fonte: Rede Brasil Atual